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Resumos de

Graduação

HISTOLOGIA

Milena Almeida

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Estrutura dos Tecidos Bucais
ESMALTE
O DENTE
A coroa anatômica é composta por esmalte,
Os dentes constituem 20% da área
tecido altamente mineralizado.
superficial da boca, os dentes superiores
mais que os inferiores. Os dentes são Constituído de:
essenciais para MASTIGAÇÃO, FALA e
96% de material inorgânico
ESTÉTICA.
(hidroxiapatia)
O dente é constituído de:
Duro, acelular, formado por
ESMALTE células epiteliais apoiado pelo Esse material altamente inorgânico torna o
tecido conjuntivo menos
esmalte particularmente vulnerável a
mineralizado e mais resistente .
desmineralização em ambientes ácidos
criados por bactérias (cárie dentária).
DENTINA Constituída e apoiada pela polpa A célula responsável pela formação de
dentária, esmalte

AMELOBLASTOS
Os dentes estão presos aos ossos maxilares
pelo (cemento, ligamento periodontal e osso Cobrem toda superfície do esmalte, á medida
alveolar). Os quais promovem flexibilidade que ele se forma, mas são perdidas quando
para suportar os esforços mastigatório. entram na cavidade oral.

A perda dessas células torna o esmalte


um tecido não-vital e insensível, que
quando destruído não pode ser
substituído ou regenerado.

É permeável, e trocas iônicas podem ocorrer


entre o esmalte e o ambiente da cavidade
oral. EX: quando o fluoreto tópico é aplicado a

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superfície do esmalte o que o torna mais A dentina é um tecido sensível, capaz de
resistente. fazer reparos, pois os odontoblastos
estimulam a deposição de mais dentina.

POLPA

A câmara pulpar é envolvida pela dentina,


que é preenchida por um tecido conjuntivo
mole a POLPA.

DENTINA - Nutridora

A dentina forma o corpo do dente apoia o - Protetora


esmalte e compensa sua fragilidade.
- Reparadora
A dentina é um tecido DURO, BRANCO-
AMARELADO e AVASCULAR, que envolve a
câmara pulpar. TECIDOS DE SUPORTE

70% é mineralizado e composto por cristais O dente é preso aos maxilares em um

de hidroxiapatita. aparato de suporte (osso alveolar, ligamento


periodontal e cemento).

Um aspecto característico da dentina é a


permeabilização dos túbulos que atravessam LIGAMENTO PERIODONTAL

toda sua espessura e contêm extensões


É um tecido altamente especializado de
citoplasmáticas das células que formaram e
aproximadamente 0.2mm de largura situado
que a mantêm.
entre o dente e o osso alveolar.

ODONTOBLASTOS

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Sua função é: O cemento CELULAR: desempenha papel de
adaptador.
- Conectar os dentes aos maxilares.
O osso, o LP e cemento juntos formam uma
- Suportar os esforços da mastigação.
unidade funcional.
- Sensorial

Os feixes de fibras colágenas atravessam o


espaço entre o osso e o dente, cada feixe de
fibra colágena parece com cordas trançadas.
Com isso os feixes podem se adaptar aos
esforços imposto.

CEMENTO

O cemento é duro e semelhante ao osso


cobrindo as raízes dos dentes, avascular. MUCOSA BUCAL

50% mineralizado, matriz orgânica é A cavidade oral é revestida por uma


constituída de COLÁGENO. membrana mucosa que tem 2 camadas:

TECIDO EPITELIAL
Há dois tipos de cemento: ACELULAR e
TECIDO CONJUNTIVO
CELULAR.

ACELULAR: cemento ligado a dentina da raiz


que a cobre desde a margem cervical ao As principais funções: REVESTIMENTO,
ápice da raiz. PROTEÇÃO e ela também serve para
movimentação dos músculos.
CELULAR: cobre o cemento acelular.

Pode ser classificada em 3 tipos:


CEMENTOBLASTOS
Cobre a gengiva e o palato
Os cementoblastos ficam presos em lacunas
duro.
dentro da própria matriz. MASTIGATÓRIA

O cemento ACELULAR: ancora os feixes de Mais flexível, para realizar


REVESTIMENTO
fibras do LP ao dente. sua função de proteção.

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E pelas glândulas salivares menores,
ESPECIALIZADA Cobre a superfície da espalhadas por toda cavidade.

língua.
Desempenha funções como:

Os dentes são as únicas estruturas do corpo


que perfuram o epitélio.

GENGIVA

Mucosa que circunda o dente.

Mantém a umidade da boca, facilita a fala,


lubrifica os alimentos e ajuda no paladar.

Além disso ela contém anticorpos que atua


como tampão, desempenhando o papel de
manutenção do PH da cavidade oral.

A estrutura histológica das glândulas

A junção da mucosa bucal ao dente não é salivares maiores é bem semelhantes. Pode

muito estreita, os antígenos podem passar ser comparada com um cacho de uva.

facilmente através dela. Podendo iniciar um


processo inflamatório na gengiva marginal.
OSSOS MAXILARES
GLÂNDULAS SALIVARES
O osso alveolar, constitui o processo alveolar
A saliva é um fluido que quando saudável, que está firmemente preso ao osso basal dos
lubrifica as partes dos dentes expostos maxilares. O processo alveolar se forma em
dentro da cavidade bucal. É produzida por 3 relação ao dente.
glândulas salivares maiores:
Ou seja: quando há perda de dentes também
PARÓTIDA ocorre perda gradual do processo alveolar.

SUBMANDIBULAR

SUBLINGUAIS

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ARTICULAÇÃO TEMPOROMANDIBULAR

A relação entre os ossos maxilares é mantida


pela articulação do processo condilar da
mandíbula com a fossa glenóide do osso
temporal.

É uma articulação sinovial, que permitem os


movimentos complexos da mastigação.

Consiste em dois ossos coberto por


cartilagens hialina e separados por uma
cavidade preenchida por um líquido sinovial,
mantido dentro de uma cápsula revestida por
uma membrana sinovial.

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Citoesqueleto, junções e fibroblastos
O dente com seu aparelho de sustentação, VIMENTINA e aparecem como estruturas
forma um complexo estrutural com delgadas e levemente curvas não contrateis.
características de desenvolvimento
JUNÇÕES ENTRE AS CÉLULAS
específicas.
● Junções oclusivas.
CITOESQUELETO
● Junções de ancoragem.
As células possuem um citoesqueleto, de
(junções aderentes célula a célula – cintos de
microtúbulos e filamentos que dá suporte à
adesão).
célula, facilita o transporte intracelular,
sustenta as junções celulares e permite a ● Sítios de adesão por filamentos

motilidade. intermediários.
(célula a célula – desmossomo).
Os microtúbulos – consistem na proteína (célula a matriz – hemidesmossomo).
TUBULINA, estruturas cilíndricas que
● Junções comunicantes.
conferem o suporte interno da célula atua
como vias de orientações para vesículas
excretoras.
As junções existem em diferentes
Os filamentos – são de dois tipo: combinações, extensões e formas. Uma
microfilamentos e filamentos intermediários. junção que rodeia a célula é a ZÔNULA.

Os MICROFILAMENTOS: são compostos Para uma junção que está mais circunscrita à
por proteína contrátil (actina). forma é a MÁCULA ou SPOT.

Os FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS: DESMOSSOMOS – bem restrito as células


possuem uma variada composição de epiteliais, são como pontes de união entre as
proteína relacionam-se com a manutenção células adjacentes.
da forma da célula e com contato entre as
HEMIDESMOSSOMO - morfologicamente
células adjacentes.
tem semelhança com o desmossomo, porém
Nos fibroblastos – os filamentos com diferenças na estrutura e na
intermediários são compostos de proteína composição. Eles constituem áreas
especializadas da superfícies celular para a

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ligação das células epiteliais ao tecido
conjuntivo.

FIBROBLASTO

São células predominantes no tecido


conjuntivo, os fibroblastos desempenham um
importante papel no desenvolvimento,
JUNÇÃO ENTRE O EPITÉLIO E SEUS estrutura e função do dente.
TECIDOS CONJUNTIVOS DE
Funcionam na formação de fibras do tecido
SUSTENTAÇÃO
conjuntivo, que são fibras colágenas e as
Uma estrutura especial, organizada uma elásticas.
lâmina delgada, firme, adjacente ao epitélio é
a LÂMINA BASAL.

Atua como filtro dinâmico, para controlar


a passagem das moléculas entre o epitélio
e o tecido conjuntivo.

APOPTOSE

Descreve um tipo de morte celular que


resulta numa eliminação seletiva das células.
Caracteriza-se pela condensação da célula e
Outras funções:
sua subsequente fragmentação em partículas
ligadas a membrana, que são fagocitadas. - Produzem e mantêm a substancia
fundamental.
É um processo importante, permitindo
renovação das células. - Motilidade.

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ESTRUTURA DOS FIBROBLASTOS: JUNÇÕES

São reconhecidos como feixe de fibras Nos tecidos conjuntivos, os fibroblastos são
colágenas. Quando estão em repouso eles separados uns dos outros de forma que não
apresentam núcleo achatado e de coloração existem junções intercelulares.
escura e pouco citoplasma.
No LP, em que os fibroblastos do ligamento
Quando ativos possuem núcleo maior, pouco frequentemente exibem contato célula a
corado e maior quantidade de citoplasma. célula tipo ADERENTE.

Há um grande número de cisternas do ENVELHECIMENTO


complexo de Golgi, muitos perfis do reticulo
Os fibroblastos se se originam de células
endoplasmático granular, mitocôndrias,
mesenquimais. Uma vez diferenciadas
vesículas secretoras.
podem se replicar por divisão celular mitótica.

PRODUTOS DE SECREÇÃO

Os fibroblastos tem habilidade de sintetizar e


secretar várias moléculas extracelular,
algumas delas são :

COLÁGENOS
ELASTINAS
PROTEOGLICANOS
GLICOPROTÉINAS

CONTRAÇÃO E MOTILIDADE COLÁGENOS

O citoesqueleto do fibroblasto contém Todos os colágenos são compostos de 3

proteínas contráteis, que possibilita a cadeias polipeptídicas.

contração da célula. Variações são produzidas por:

Uma das maneiras pelas quais essa ● Diferenças das montagens da cadeia
habilidade de contração se manifesta é a polipeptídicas básicas.
capacidade da célula se mover. ● Diferentes comprimentos de hélices.
● Várias interrupção na hélice.
● Diferenças nas terminações dos domínios
helicoidais.
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FIBRAS ELÁTICAS, OXITALÂNICAS,
ELAUNÍNICAS E RETICULARES

São todas produtos dos fibroblastos e sua


formação envolve a síntese (secreção de
tropoelastina e sua montagem fora da
célula.)

A elastina é uma proteína amorfa que


quando ocorre sozinha, é depositada em fitas
ou lâminas.

PROTEOGLICANOS

São grandes grupos de macromoléculas


extracelular, associada a membrana que
consistem em um núcleo central de proteína
estão ligadas as cadeias.

GLICOPROTEÍNAS

Possuem propriedades adesivas. A função


principal é:

- Ligar a célula aos elementos extracelulares.

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Formação e destruição dos
tecidos duros
O osso, o cemento e dentina, possuem muita PROTEÍNA FIBROSA associada a outras
semelhança em sua formação. Todos são macromoléculas (proteoglicanas,
tecidos conjuntivos especializados e o fosfoproteínas, fosfolipídios).
colágeno desempenha um papel na
MINERAL
determinação de suas estruturas.
O componente orgânico do tecido
A formação de tecidos duros é a produção de
mineralizado – sal de fosfato de cálcio, com
celular de uma matriz orgânica capaz de
uma composição semelhante a
receber mineral, tendo como pré-requisito
hidroxiapatita.
atividade da FOSFATASE ALCALINA.
A hidroxiapatita observada no mesenquima
dos tecidos duros é encontrada como
CÉLULAS CRISTALITOS .

As células sintetizadoras que produzem A capa de hidratação é uma camada de água


matriz orgânica dos tecidos mineralizados, existente em torno de cada cristalito.
devem estar unidas para secreção.
MINERALIZAÇÃO
A via secretoras dos constituintes da matriz
O fluido tecidual é supersaturado em relação
orgânica envolve:
aos íons de cálcio e fosfato. O fluido tecidual
RETICULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO contém outras células, as quais inibem a
VESÍCULAS DE TRANSPORTE formação do cristal.
APARELHO DE GOLGI
Dessa forma, várias condições devem estar
VESÍCULAS SECRETÓRIAS
presentes, isoladamente ou combinadas,
para a mineralização ocorrer. Qualquer
aumento local na concentração de íons
MATRIZ ORGÂNICA
orgânicos permite formar um número
No caso dos tecidos conjuntivos suficiente de agrupamentos iônicos e
mineralizados, a matriz orgânica é uma cristalinos nucleação homogênea.

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A presença de substância nucleante (capaz menos. Numerosos fatores influenciam o
de reduzir a barreira de energia), ausência de crescimento e a composição do cristal, mas
um aumento localizado de concentração especialmente importante é meio em torno
iônica, também permite que ocorra a do seu crescimento.
formação do cristal mineralização
heterogênea.

Dois mecanismos executam a mineralização NUCLEAÇÃO SECUNDÁRIA


do tecido duro:
Cristalitos adicionais podem-se formar por
1º - vesícula da matriz nucleação secundária em partículas na fase
mineral que surgem da colisão e fratura dos
2º - nucleação heterogênea
cristais anteriormente formados por
nucleação.

1º mecanismo:

As vesículas são relacionadas apenas com a FOSFATASE ALCALINA


mineralização inical. A vesícula é uma
A atividade da enzima fosfatase alcalina é
pequena estrutura que brota da menbrana
sempre associada á produção de qualquer
celular formando uma unidade independente
tecido mineralizado. Em todos os casos, a
dentro da matriz orgânica de tecido
enzima exibe um padrão similar de
mineralizado.
distribuição, sendo envolvida com vasos
2º mecanismo: sanguíneos e membranas das células
formadores de tecido mineralizado.
Os cristalinos são depositados em relação às
fibras colágenas. Proteínas que não formam Nos tecidos conjuntivos mineralizados a
colágeno cumprem essa função. Algumas fosfatase alcalina pode ser encontrada livre
atuam como nucleadores e outras para no interior da matriz ou associada ás
controlar o crescimento do cristal. vesículas da matriz, quando elas estão
presentes.

CRESCIMENTO DO CRISTAL
DESTRUIÇÃO DO TECIDOS DURO
Uma vez que um cristalino de apatita tenha
começado a se formar, o seu crescimento O osso está constantemente remodelando-se

inicial é rápido, ocorrendo em minutos ou por uma orquestra da interação entre a

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remoção do osso velho e sua reposição por
osso novo. Os tecidos duros remanescentes
(cemento, dentina, osso) não são
remodelados, mas são degradáveis durante
o processo fisiológico normal de esfoliação
dos dentes decíduos.

A degradação e a remoção de tecidos duros


são eventos celulares produzidos pelas
células gigantes multinucleadas, formadas
diretamente pela fusão assíncrona de células
mononucleares.

OSTEOCLASTO

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Desenvolvimento do dente e seus tecidos
de suporte
LÂMINA VESTIBULAR
BANDA EPITELIAL PRIMÁRIA
O vestíbulo forma-se como resultado da

Após 37 dias de desenvolvimento, uma proliferação da lâmina vestibular dentro do

banda epitelial contínua forma-se com a ectomesênquima. As células rapidamente

fusão de placas isoladas de epitélio aumentam e seguida degeneram-se, para

espessado, em torno da boca, na maxila e formar a fenda, que se convertem no

mandíbula. vestíbulo entre a bochecha e a área de


suporte dos dentes.
Essas banda apresentam formato
semelhante ao de uma ferradura e
posicionamento correspondente aos futuros
arcos dentários dos maxilares.

A formação dessas bandas epiteliais resulta


no aumento da atividade proliferativa no
epitélio. Cada banda epitelial será a

LÂMINA DENTÁRIA
Banda epitelial primária
Dentro da lâmina dentária, a atividade
Que rapidamente se subdivide em:
proliferativa continuada localizada leva à
Lâmina vestibular formação de uma série de crescimento
Lâmina dentária epiteliais para dentro do ectomesênquima
nos locais correspondentes à posição dos
futuros dentes decíduos.

São mais baixos do


O índice mitótico
que os índices
Índice de marcação correspondentes ao
ectomesênquima
Crescimento das células
subjacente.

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O desenvolvimento dos dentes continua em 3 A odontogênese é primeiro iniciado por
estágios: fatores residentes no epitélio do 1º arco,
influenciando o ectomesênquima.
Broto
Capuz
Sino

Assim, as proteínas morfogenéticas do osso


(BMP2 e BMP4), são especificamente e
momentaneamentge expressadas no epitélio,
no local em que os dentes irão se formar.

Uma vez que a habilidade para iniciar o


desenvolvimento dentário tenha sido
adiquirida pelo ectomesênquima , ela é
mantida pelas células da papila dentária.

ESTÁGIO DE BROTO

O estágio de broto é constituído pela primeira


invasão epitelial para o interior do
INICIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ectomesênquima dos maxilares. As células

DENTÁRIO epiteliais mostram pouca ou nenhuma


mudança na forma ou função. As células
Quando o epitélio do 1º arco é combinado ectomesenquimais de suporte são
com outro caudal ou da crista neural craniana condensadas abaixo e ao redor do broto
na câmara anterior do olho – os dentes se epitelial.
formam.

O epitélio a partir de outras origens, tais


como o broto de um membro ou o 2º arco.
Após o 12º dia de desenvolvimento, o epitélio
do 1º arco perde o potencial odontogênico, o
qual é assumido pelo ectomesênquima, de
modo que ele pode desencadear a formação
do dente a partir de diversos epitélios.
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ESTÁGIO DE CAPUZ

Como o broto epitelial continua a se proliferar


no interior do ectomesênquima, aumenta a
densidade celular adjacente ao epitélio em
crescimento.

Condensação do ectomesênquima – resulta


no agrupamento local de células ineficazes
na produção de substâncias extracelular e
que, por isso não se separam uma das
outras.

Nesse estágio de desenvolvimento do dente, O órgão dentário, papila dentária e folículo


já é possível identificar os elementos dentário juntos formam o – germe dentário.
formadores do dente e os seus tecidos de
suporte.O crescimento interno do epitélio,
que superficialmente parece um capuz ESTÁGIO DE SINO
assentado em uma esfera de
O crescimento continuado do germe dentário
ectomesênquima condensado – órgão
leva ao próximo estágio de desenvolvimento
dentário .
do dente – estágio de sino.
A esfera de células ectomesenquimais
O órgão dentário se torna parecido com um
condensadas – papila dentária (forma a
sino conforme o epitélio, na superfície
dentina e a polpa).
interna, aprofunda o capuz. Mudanças
O ectomesenquima condensado, que limita a importantes no desenvolvimento iniciam-se
papila dentária e encapsula o orgão dentário no final do estágio de capuz para o de sino.
– folículo dentário e origina os tecidos de Essas mudanças são – histodiferenciação
suporte do dente. Como o órgão dentário se (um conjunto de células epiteliais
situa por cima da papila dentária, parecendo semelhantes torna-se um componente
um capuz. distinto morfológica e funcionalmente.

As células no centro do órgão dentário


continuam a sintetizar e secretar
glicosaminoglicanos no compartimento extra

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O epitélio dentário interno encontram o
epitélio dentário externo na borda do órgão
dentário – alça cervical.

DESINTEGRAÇÃO DA LÂMINA
DENTÁRIA E DETERMINAÇÃO DA
FORMA DA COROA

A lâmina dentária que une o germe dentário


ao epitélio bucal se integra, formando ilhas
de células epiteliais, separando, assim, o
dente em desenvolvimento do epitélio bucal.

celular entre as células epiteliais. Os O epitélio dentário interno dobra-se, tomando


glicosaminoglicanos são hidrofílicos e por possível reconhecer a forma da futura coroa
isso atraem água para dentro do órgão do dente.
dentário. A maior quantidade de líquido
A fragmentação da lâmina dentária resulta na
aumenta o volume do compartimento
formação de discretos agrupamentos de
extracelular do órgão dentário e as células do
células epiteliais que normalmente se
órgão são forçados à separação.
degeneram e são reabsorvidas. Caso
O centro do órgão dentário – retículo algumas persistirem pode formar pequenos
estrelado. cistos cistos de erupção.

Na periferia do órgão dentário, as células Assim para que o dente possa exercer suas
assumem características cubodais – epitélio funções, ele deve primeiro restabelecer a
dentário externo. As células que limitam a união com o epitélio bucal, penetrá-lo e
papila dentária diferenciam-se em dois alcançar o plano oclusal.
componentes histologicamente distintos. As
Quando se inicia a formação característica
imediatamente adjacentes à papila dentária
da coroa, o germe dentário pode ser
adquirem uma forma cilíndrica baixa.
comparado com gotas de líquido, tendo uma
Juntos formam o epitélio dentário interno. separação ( o epitélio dentário interno) de um
lado a outro na sua porção central.
Entre o epitélio dentário interno e o retículo
estrelado recém diferenciados, algumas As células do retículo estrelado são
células epiteliais sofrem diferenciação e separadas umas das outras pela substância
originam a camada – estrato intermediário. fundamental (que consiste em grande

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quantidade de glicosaminoglicanos, que A zona de maturação estende-se, então,
atraem água). abaixo da inclinação da cúspide e é
acompanhada pela deposição de dentina e
esmalte, que determina o contorno da junção
O crescimento da papila dentária também amelodentinária. O aparecimento de uma
pressiona o epitélio dentário interno, por segunda zona de maturação dentro do
estar contida dentro do folículo dentário. epitélio dentário interno leva à formação de
Assim, o epitélio dentário interno situa-se uma segunda cúspide, uma terceira zona
entre duas pressões opostas que se anulam, leva a uma terceira cúspide.
e, dessa forma, há um equilíbrio: a dobra que
ocorre com o desenvolvimento da coroa não
resulta da pressão do crescimento dentro da SUPRIMENTO VASCULAR E
papila dentária, mas sim, do crescimento NERVOSO DURANTE O
intrínsecos, provocando pelo diferencial das
DESENVOLVIMENTO INICIAL
taxas de divisão mitótica dentro do epitélio
dentário interno.

SUPRIMENTO VASCULAR

Agrupamentos de vasos sanguíneos são


encontrados ramificados ao redor do germe
dentário no folículo dentário, e entrando na
papila dentária (ou polpa) durante o estágio
de capuz. Com a idade, o volume do tecido
pulpar diminui, e o suprimento vascular torna-
se, progressivamente, reduzido, afetando a
viabilidade tecidual.

O órgão dentário, derivado exclusivamente


do epitélio, é avascular, embora exista uma
Como o epitélio dentário interno migra na abundante concentração de vasos no folículo
alça cervical e continua a proliferação das adjacente ao epitélio externo.
células em cada lado da zona de maturação.
Assim a futura cúspide migra em direção ao
epitélio dentário externo.

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SUPRIMENTO NERVOSO Conforme a matriz orgânica é depositada, os
odontoblastos movem-se em direção ao
Fibras nervosas pioneiras aproximam-se do
centro da papila deixando a extensão
dente durante os estágios de
citoplasmática – ao redor da qual a dentina
desenvolvimento broto-capuz.
se forma.
As fibras nervosas ramificam-se e formam
Após a 1ª dentina ter-se formada, as células
um rico plexo ao redor da estrutura do germe
do epitélio interno concluem a diferenciação
dentário, penetrando a papila dentária, porém
assumindo a função secretora e produzem
não antes de iniciar a dentinogênese.
matriz orgânica.

Essa matriz orgânica é parcialmente


A inervação inicial do desenvolvimento do mineralizada transformando-se no esmalte
dente está relacionada à inervação sensorial da coroa.
do futuro ligamento periodontal e polpa.

FORMAÇÃO RADICULAR
FORMAÇÃO DOS TECIDOS DUROS
A raiz do dente consiste em dentina.
OU ESTÁGIO DE COROA
As células epiteliais também são requeridas
No final do estágio de sino, é a formação da para indução dos odontoblastos, formam a
dentina e esmalte. dentina da raiz.

A formação da dentina precede a do esmalte Os odontoblastos diferenciam-se conforme


– início do estágio de coroa. as células dos epitélios dentários interno e
externo proliferam da alça cervical do órgão
Até completar o estágio de sino, todas as
dentário, para formar uma dupla camada de
células do epitélio dentário interno dividem-se
célula – bainha epitelial radicular de
para permitir o crescimento total do germe
Hertwing.
dentário. No local da ponta da cúspide ocorre
a 1ª formação de dentina.

O desenvolvimento continua, ocorrendo


maturação das células do epitélio dentário
interno – diferenciação progressiva dos
odontoblastos na papila, com a diferenciação
começam a elaboração da matriz orgânica da
dentina, mineralizando-se.
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Osso
O osso é um tecido conjuntivo especializado Ao redor de cada osso compacto, existe uma
mineralizado. menbrana de tecido conjuntivo osteogênico –
28% de colágeno tipo I periósteo.
33% matriz orgânica
5% de proteínas A superfície interna do osso compacto, assim
como a do osso esponjoso são recobertas
A matriz orgânica é permeada por cristais de por uma camada – endósteo.
hidroxiapatita.

Funções Suporte
Proteção
Locomoção

O osso constitui um reservatório importante


de minerais sendo controlado por fatores
hormonais.

Todos os ossos apresentam uma densa


camada externa - osso compacto e uma
cavidade medular central. Também contrasse
CÉLULAS ÓSSEA
a parte esponjosa.

Osteoblastos – forma matriz óssea.

Osteócitos – mantém a matriz óssea.

Osteoclastos – reabsorvem matriz óssea.

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OSTEOBLASTOS

Células uninucleadas que sitetizam tanto


colágeno quanto proteínas não-colagenosas
– a matriz orgânica osteóide.

Responsáveis pela mineralização e derivam


células mesenquimais.

OSTEOCLASTOS
A aderência de osteoblastos adjacentes
através da junção comunicante tipo gap. Células multinucleada, quando comparado a
todas as células ósseas .
Os osteoblastos produzem grande
quantidade de colágeno tipo I, pequenas Sua função é reabsorver matriz óssea.
quantidades de proteoglicanas e
glicoproteínas.

Eles iniciam a mineralização da matriz pela


secresção principal de fosfoproteínas.

OSTÉOCITOS

Os osteoblastos secretam matriz óssea e


OSSIFICAÇÃO ENDOCONDRAL
alguns deles ficam aprisionados em lacunas
– osteócitos . Células mesenquimais se diferenciam em
condroblastos (células que formam
Após a sua formação os osteócitos perdem
cartilagem).
a maior parte da sua maquinaria formadora
de matriz. O espaço da matriz ocupada por Os condroblastos começam a produzir a
um osteócito – lacuna osteocítica. matriz cartilagínea. Com isso irão ficar

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aprisionados nessa matriz originando os
condrócitos. Então a cartilagem se forma.

OSSIFICAÇÃO INTRAMEMBRANOSO

As células mesenquimais se diferenciam em


osteoblastos que iram produzir substância
óssea da matriz osteoide que irá sofrer
calcificação, com isso terá o tecido ósseo.

RENOVAÇÃO ÓSSEA

A repetida atividade de deposição e remoção


de tecido ósseo acomoda o crescimento de
um osso, sem que ele perca a função.

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Dentinogênese
A dentina é formada por células – epiteliais – células da bainha epitelial
odontoblastos, que se diferenciam a partir radicular de Hertwing.
de células ectomesenquimais da paila
A alça cervical do órgão dentário ao redor da
dentária .
paila que inicia a diferenciação dos
Os odontoblastos produzem uma matriz odontoblastos radiculares.
orgânica extracelular que uma vez
A formação inicial da raiz precede a erupção
mineralizada passa a ser – dentina.
dentária e ocorre ao mesmo tempo que o
Fatores importantes para mineralização: dente adiquiri a sua posição funcional.

- Bom suprimento sanguineo

- Ação da enzima fosfatase alcalina DIFERENCIAÇÃO DOS ODONTOBLASTOS

A diferenciação dos odontoblastos a partir da


papila dentária durante o desenvolvimento
FORMAÇÃO DA DENTINA
ocorre através de fatores de crescimento
A formação de dentina inicia-se no tecido da pelas células de epitélio dentário interno.
papila adjacente ao ápice epitelial formado
As células do epitélio dentário interno são
pela curvatura do epitélio dentário interno.
indutoras, expressam e secretam diversos
Nesse local, começa a se densenvolver as fatores de crescimento
TGF-β, BMP e IGF
futuras cúspides.

A formação de dentina estende-se à alça


cervical, formada na extremidade inferior do
órgão dentário e aumenta em espessura até
que toda dentina coronária fique formada .

A dentina radicular forma-se no estágio tardio


de sino e requer a proliferação das células

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As células ectomesenquimais da papila
dentária assumem a competência somente
após sofrerem várias divisões celulares.

REFERÊNCIA

Livro: Histologia bucal – Tem Cate, 5ª Ed.

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