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MÁQUINAS ELÉTRICAS

MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS
Introdução
Tipos de motores
Motor de Corrente Contínua DC
Motor de Corrente Alternada AC
Monofásico
Universal
Trifásico
Fechamento de motores

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MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS

INTRODUÇÃO

A rotação inerente aos motores elétricos é a base do funcionamento de muitas máquinas e


eletrodomésticos. Por vezes, esse movimento de rotação é óbvio, como nos ventiladores ou
batedeiras de bolos, mas frequentemente permanece um tanto disfarçado, como nos agitadores
das máquinas de lavar roupas ou nos 'vidros elétricos' das janelas de certos automóveis.
Motores elétricos são encontrados nas mais variadas formas e tamanhos, cada qual apropriado à
sua tarefa. Não importa quanto torque ou potência um motor deva desenvolver, com certeza,
você encontrará no mercado aquele que lhe é mais satisfatório.

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MOTORES ELÉTRICOS
INTRODUÇÃO

Alguns motores operam com corrente contínua (CC / DC) e podem ser alimentados quer por
pilhas/baterias quer por fontes de alimentação adequadas, outros requerem corrente
alternada (CA / AC) e podem ser alimentados diretamente pela rede elétrica domiciliar. Há até
mesmo motores que trabalham, indiferentemente, com esses dois tipos de correntes.

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MOTORES ELÉTRICOS

INTRODUÇÃO

Motor elétrico é a máquina destinada a transformar energia elétrica em energia mecânica. O


motor de indução é o mais usado de todos os tipos de motores, pois combina as vantagens da
utilização de energia elétrica, baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e simplicidade de
comando, com sua construção simples, custo reduzido, grande versatilidade de adaptação às
cargas dos mais diversos tipos, e melhores rendimentos.

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MOTORES ELÉTRICOS
TIPOS DE MOTORES

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MOTORES ELÉTRICOS
TIPOS DE MOTORES

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MOTORES ELÉTRICOS

TIPOS DE MOTORES
Motor Síncrono

• É um motor elétrico cuja velocidade de rotação é proporcional à frequência da sua alimentação.


• Este motor pode ter seu rotor constituído por um eletroimã e ser alimentado por CC(corrente
contínua) ou constituído por imãs permanentes. Como o campo magnético do rotor independe do
campo magnético do estator, quando o campo magnético do rotor tenta se alinhar com o campo
magnético girante do estator, o rotor adquire velocidade proporcional a frequência da
alimentação do estator e acompanha o campo magnético girante estabelecido no mesmo, sendo
por este motivo denominado síncrono. O aumento ou diminuição da carga não afeta sua
velocidade. Se a carga ultrapassar os limites nominais do motor, este pára definitivamente

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MOTORES ELÉTRICOS

TIPOS DE MOTORES
Motor Assíncrono

É um motor elétrico de corrente monofásica ou trifásica, cujo rotor não está excitado pelo estator
e a velocidade de rotação não é proporcional à frequência da sua alimentação (a velocidade do
rotor é menor que a do campo girante, devido ao escorregamento).

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MOTORES ELÉTRICOS

TIPOS DE MOTORES
Motores de Corrente Contínua

• São motores de custo mais elevado e, além disso, precisam de uma fonte de corrente contínua
ou de um dispositivo que converta a corrente alternada comum, em contínua. Podem funcionar
com velocidade ajustável entre amplos limites, e se prestam a controles de grande flexibilidade e
precisão. Por isso, seu uso é restrito a casos especiais, em que estas exigências compensam o
custo muito mais alto da instalação.

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MOTORES ELÉTRICOS

MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE CONTÍNUA (DC)

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MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (AC)

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MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)
Motores de Corrente Alternada
• São os mais utilizados, porque a distribuição de energia elétrica é feita normalmente em corrente
alternada. Os principais tipos são:
• Motor síncrono: Funciona com velocidade fixa, utilizado somente para grandes potências
(devido ao seu alto custo em tamanhos menores) ou quando se necessita de velocidade
invariável.
• Motor de indução: Funciona normalmente com velocidade constante, que varia ligeiramente
com a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo
custo, é o motor mais utilizado de todos, sendo adequado para quase todos os tipos de
máquinas acionadas, encontradas na prática. Atualmente, é possível controlarmos a velocidade
dos motores de indução com o auxílio de inversores de frequência.

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TEMA 3: MOTORES ELÉTRICOS

MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)

Motores de Corrente Alternada

Motor assíncrono
Quando os enrolamentos localizados nas cavas do estator são sujeitos a uma corrente alternada,
gera-se um campo magnético no estator. Por consequência no rotor surge uma força eletromotriz
induzida devido ao fluxo magnético variável que atravessa o rotor. Esta f.e.m. induzida dá origem a
uma corrente induzida no rotor que tende a opor-se à causa que lhe deu origem, criando assim um
movimento giratório no rotor.

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MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA


(CA)

MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

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MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)

MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

Os motores monofásicos são assim chamados, porque os seus enrolamentos de campo são
ligados diretamente a uma fonte monofásica. Os motores de indução monofásicos são a
alternativa natural aos motores de indução trifásicos, nos locais onde não se dispõe de
alimentação trifásica, como residências, escritórios, oficinas e em zonas rurais. Apenas se
justifica a sua utilização para baixas potências (1 a 2 KW).

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MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)

MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

Tipos de Motores de indução monofásicos:

• Motor de Pólos Sombreados;


• Motor de Fase Dividida;
• Motor de Condensador de Partida;
• Motor de Condensador Permanente;
• Motor com dois Condensadores.
• Motor Universal
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MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)

MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR DE PÓLOS SOMBREADOS

• O motor de pólos sombreados, também chamado de motor de campo distorcido (ou shaded
pole), graças ao seu processo de arranque, é o mais simples, fiável e econômico dos motores de
indução monofásicos. Construtivamente existem diversos tipos, sendo que uma das formas mais
comuns é a de pólos salientes. Cada pólo vai ter uma parte (em geral 25% a 35% do mesmo) é
abraçada por uma espira de cobre em curto-circuito.
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MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)

MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR DE PÓLOS SOMBREADOS

• A corrente induzida nesta espira faz com que o fluxo que a atravessa sofra um atraso em relação
ao fluxo da parte não abraçada pela mesma.

• O resultado disto ‚ semelhante a um campo girante que se move na direção da parte não
abraçada para a parte abraçada do pólo, produzindo o torque que fará o motor partir e atingir a
rotação nominal.

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MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)

MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR DE PÓLOS SOMBREADOS

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MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)

MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR DE FASE DIVIDIDA


Este motor possui um enrolamento principal e um auxiliar (para o arranque), ambos defasados de
90 graus. O enrolamento auxiliar cria um deslocamento de fase que produz o torque necessário
para a rotação inicial e a aceleração. Quando o motor atinge uma rotação predeterminada, o
enrolamento auxiliar‚ é desligado da rede através de uma chave que normalmente é atuada por
uma força centrífuga (chave ou disjuntor centrífugo) ou em casos específicos, por relé de corrente,
chave manual ou outros dispositivos especiais. Como o enrolamento auxiliar é dimensionado para
atuar apenas no arranque, se não for desligado logo após o arranque danifica-se.

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MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)
MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR DE FASE DIVIDIDA

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MOTORES ELÉTRICOS

MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR DE CONDENSADOR DE PARTIDA

É um motor semelhante ao de fase dividida. A principal diferença reside na inclusão de um


condensador eletrolítico em série com o enrolamento auxiliar de arranque. O condensador permite
um maior ângulo de defasagem entre as correntes dos enrolamentos principal e auxiliar,
proporcionando assim, elevados torques de arranque. Como no motor de fase dividida, o circuito
auxiliar é desligado quando o motor atinge entre 75% a 80% da velocidade síncrona. Neste
intervalo de velocidades, o enrolamento principal sozinho desenvolve quase o mesmo torque que
os enrolamentos combinados. 40
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MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)
MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR DE CONDENSADOR DE PARTIDA

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MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)
MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR DE CONDENSADOR PERMANENTE

Neste tipo de motor, o enrolamento auxiliar e o condensador ficam permanentemente ligados,


sendo o condensador do tipo eletrostático. O efeito deste condensador é o de criar condições de
fluxo muito semelhantes às encontradas nos motores polifásicos, aumentando, com isso, o torque
máximo, o rendimento e o fator de potência, além de reduzir sensivelmente o ruído.
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MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)

MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR DE CONDENSADOR PERMANENTE

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MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)
MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR COM DOIS CONDENSADORES

É um motor que utiliza as vantagens dos dois anteriores: arranque como o do motor de
condensador de partida e funcionamento em regime idêntico ao do motor de condensador
permanente. Porém, devido ao seu alto custo, normalmente são fabricados apenas para potências
superiores a 1 cv.

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MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)
MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR COM DOIS CONDENSADORES

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MOTORES ELÉTRICOS

MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)

MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR UNIVERSAL

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MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)
MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR UNIVERSAL

• Os motores do tipo universal podem funcionar tanto com corrente contínua quanto com
corrente alternada, daí a origem de seu nome, porém os que se destinam a correntes
alternadas, (apesar de funcionarem em correntes continuas não devem ser ligados nessa
corrente pois cada motor é feito para ser ligado em um determinado tipo de corrente, os
detalhes construtivos influenciam no funcionamento do motor, que nesse caso
centelharia muito e levaria a queima do mesmo).
• O motor universal é o motor monofásico cujas bobinas do estator são ligadas eletricamente ao
rotor por meio de dois contatos deslizantes ( escovas ). Esses dois contatos, por sua vez, ligam
em série o estator e o rotor .
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MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES ELÉTRICOS

MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR UNIVERSAL

• A construção e o princípio de funcionamento do motor universal são iguais ao do motor em serie


de corrente contínua. Quando o motor universal é alimentado por corrente alternada, a variação
do sentido da corrente provoca variação no campo, tanto do rotor quanto do estator. Dessa
forma, o conjugado continua girar no mesmo sentido inicial, não havendo inversão do sentido de
rotação normal.

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MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES ELÉTRICOS
MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR UNIVERSAL
• O motor universal apresenta características construtivas semelhantes as do motor CC.
Ele possui armadura, coletor, escovas e um enrolamento de campo fixo ao estator.

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MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)
MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR UNIVERSAL

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MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR UNIVERSAL

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MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR UNIVERSAL

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MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES ELÉTRICOS
MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR UNIVERSAL

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MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR UNIVERSAL

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MOTORES DE INDUÇÃO MONOFÁSICOS

MOTOR UNIVERSAL

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MOTORES ELÉTRICOS

MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)

MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

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MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

O motor de indução trifásico é o tipo mais utilizado, tanto na indústria como no ambiente
doméstico, devido a maioria dos sistemas atuais de distribuição de energia elétrica serem
trifásicos, de corrente alternada.

A utilização de motores de indução trifásicos é aconselhável a partir dos 2 KW, para potências
inferiores justifica-se o uso de monofásicos.

O motor de indução trifásico apresenta vantagens ao monofásico, como o arranque mais fácil,
menor nível de ruído e menor preço para potências superiores a 2KW.
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MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

O rotor do motor precisa de um torque para iniciar o seu giro. Este torque (momento)
normalmente é produzido por forças magnéticas desenvolvidas entre os pólos magnéticos do
rotor e aqueles do estator. Forças de atração ou de repulsão, desenvolvidas entre estator e rotor,
'puxam' ou 'empurram' os pólos móveis do rotor, produzindo torques, que fazem o rotor girar
mais e mais rapidamente, até que os atritos ou cargas ligadas ao eixo reduzam o torque
resultante ao valor 'zero'. Após esse ponto, o rotor passa a girar com velocidade angular
constante.
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MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Tanto o rotor como o estator do motor devem ser 'magnéticos', pois são essas forças entre pólos
que produzem o torque necessário para fazer o rotor girar.

Todavia, mesmo que ímãs permanentes sejam frequentemente usados, principalmente em


pequenos motores, pelo menos alguns dos 'ímãs' de um motor devem ser 'eletroímãs'.

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MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

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TEMA 3: MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)

Conteúdo 1- ESTRUTURA E PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES ELÉTRICOS

TÓPICO 1 – PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO


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MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

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MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

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MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO
PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

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MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

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MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA))


MOTOR
MOTOR DE
DE INDUÇÃO
INDUÇÃO TRIFÁSICO
TRIFÁSICO

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO EM MOTORES TRIFÁSICO

Motor trifásico, é um motor elétrico que usa corrente alternada trifásica para girar o campo
magnético do estator.

Eles possuem três conjuntos de enrolamentos equidistantes no estator. A primeira fase da corrente
trifásica entra no primeiro conjunto de enrolamentos para criar um campo eletromagnético. Isto faz
com que o estator gire conforme mostrado. À medida que a voltagem cai na primeira fase,
acumula-se na segunda fase. Esta voltagem cria um campo eletromagnético no segundo conjunto
de enrolamentos.
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MOTORES ELÉTRICOS

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO EM MOTORES TRIFÁSICO

O estator gira outros 60.°À medida que a voltagem na segunda fase cai, a voltagem se acumula
na terceira fase, criando um campo eletromagnético no terceiro conjunto de enrolamentos. O
estator gira outros 60°. À medida que a voltagem cai na terceira fase, a voltagem se acumula
novamente na primeira fase. A corrente alternada inverte a polaridade do campo
eletromagnético, fazendo com que o ciclo de giros continue

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO EM MOTORES TRIFÁSICO

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ESTRUTURA DOS MOTORES

O motor assíncrono é constituído basicamente pelos seguintes elementos:

 Um circuito magnético estático, constituído por chapas ferromagnéticas empilhadas e


isoladas entre si, ao qual se dá o nome de estator;

 por bobinas localizadas em cavidades abertas no estator e alimentadas pela rede de


corrente alternada;

 por um rotor constituído por um núcleo ferromagnético, também laminado, sobre o qual se
encontra um enrolamento ou um conjunto de condutores paralelos, nos quais são induzidas
correntes provocadas pela corrente alternada das bobinas do estator.
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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ESTRUTURA DOS MOTORES

O rotor é apoiado num veio, que por sua vez transmite à carga, a energia mecânica produzida. O
entreferro (distância entre o rotor e o estator) é bastante reduzido, de forma a reduzir a corrente
em vazio e, portanto, as perdas, mas também para aumentar o fator de potência em vazio. Como
exemplo, apresentamos a "projeção" dos diversos elementos do motor assíncrono de rotor, em
gaiola de esquilo.

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ESTRUTURA DOS MOTORES

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ESTRUTURA

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO


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MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ESTRUTURA DOS MOTORES


ESTATOR
Um estator é um grupo de enrolamentos cilíndricos que produz um campo eletromagnético.
O estator consiste em:
• carcaça do estator
• núcleo do estator
• enrolamentos do estator
• camisa dos mancais.

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MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ESTRUTURA DOS MOTORES


ESTATOR

• CARCAÇA DO ESTATOR

A carcaça do estator é a maior fonte de potência mecânica de todo o motor. Ela suporta o núcleo
do estator, oferecendo apoio para o rotor e o eixo, e é o ponto de união normal entre o motor e a
sua base.

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ESTATOR

NÚCLEO DO ESTATOR

• O núcleo do estator é formado de uma grande quantidade de finas laminações de aço silício nas
quais os enrolamentos do estator estão enrolados.
• Uma laminação é uma fina chapa de aço.
• O núcleo do estator reforça o campo magnético produzido pelos enrolamentos do estator.

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MOTORES ELÉTRICOS
ESTRUTURA DOS MOTORES

ESTATOR MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ENROLAMENTOS DO ESTATOR
Os enrolamentos do estator são bobinas de fio isolado através das quais a corrente pode
passar. Os enrolamentos do estator criam os campos eletromagnéticos giratórios aos quais o rotor
responde. As bobinas estão ligadas e formadas de modo a atender às dimensões específicas do
estator e aos respectivos pólos do estator.

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ESTRUTURA DOS MOTORES


ESTATOR

CAMISA DOS MANCAIS

• A camisa dos mancais são placas metálicas que ficam em cada extremidade do motor. A camisa
dos mancais abriga os mancais do eixo e mantém o rotor na posição correta dentro do estator.

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ESTRUTURA

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TEMA 3: MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


Conteúdo 1- ESTRUTURA E PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO DOS MOTORES ELÉTRICOS

MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO


TÓPICO 2

ESTRUTURA DOS MOTORES

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ESTRUTURA DOS MOTORES


ROTOR

Um rotor é um conjunto de enrolamentos que giram dentro do estator. Um rotor consiste no


seguinte:
• núcleo do rotor
• enrolamentos do rotor
• anéis de fechamento
• eixo do rotor.

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ESTRUTURA
ROTOR

Diversos são os tipos de motores elétricos existentes e os mais utilizados na indústria é o motor de
indução. Estes motores tem geralmente rotores do tipo gaiola de esquilo dado que o enrolamento
do rotor é constituído de barras de cobre ou alumínio dispostas circularmente e fechadas por anéis
do mesmo metal (anéis de fechamento) onde as barras condutoras se engastam dando rigidez a
estrutura, resultando em uma geometria lembrando uma gaiola de esquilo.

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO


ESTRUTURA
ROTOR
• NÚCLEO DO ROTOR
O núcleo do rotor reforça o campo eletromagnético gerado pelos enrolamentos do rotor. O
núcleo do rotor consiste em camadas (laminações) de chapas de aço ajustadas ao eixo do rotor.
As laminações possuem fendas de forma a permitir que os enrolamentos do rotor se encaixem
com segurança em volta do núcleo

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO


ESTRUTURA
ROTOR
ENROLAMENTOS DO ROTOR
• Os enrolamentos do rotor são barras sólidas, geralmente de cobre ou alumínio, sendo curto
circuitadas pelos anéis de fechamento do rotor. Estas barras são fundidas nas fendas dentro do
núcleo do rotor formando assim uma gaiola. Quando a corrente elétrica flui através dos
enrolamentos do rotor, é gerado um campo eletromagnético. O campo eletromagnético interage
com o campo eletromagnético gerado pelos enrolamentos do estator para produzir energia
mecânica.

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ESTRUTURA MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ROTOR

ANÉIS DE FECHAMENTO

Os anéis de fechamento são anéis lisos, que atuam como terminais elétricos. Estes estão
localizados em cada extremidade dos condutores do rotor e são feitos do mesmo material dos
condutores do rotor aos quais estão conectados. As barras do rotor estão ligadas aos anéis
coletores para formar um circuito elétrico fechado. Acorrente elétrica que passa pelo circuito
fechado gera o campo eletromagnético do rotor.

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ESTRUTURA
ROTOR
• EIXO DO ROTOR

O eixo do rotor está localizado no centro do rotor e se estende além do núcleo do rotor para fora
da carcaça do estator, onde fica apoiado por mancais nas camisas dos mancais. O eixo está
conectado à bomba, por exemplo, através de um acoplamento.

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ESTRUTURA

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ESTRUTURA
VENTILADOR PARA REFRIGERAÇÃO

Um ventilador fica acoplado a uma extremidade do rotor, conforme mostra a Figura 15. À medida
que o rotor gira, o ventilador faz o ar circular pelo rotor e pelos enrolamentos do estator para
mantê-los frios.

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ESTRUTURA
MANCAIS

• Um mancal é um dispositivo que fica em uma base de montagem fixa que sustenta o eixo e
permite que ele gire.
• Os mancais evitam que o eixo do motor faça movimentos axiais (movimentos ao longo do eixo)
ou radiais (movimentos laterais ao eixo). O eixo gira sobre uma posição fixa.

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MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO
ESTRUTURA DOS MOTORES
CARCAÇAS
A carcaça é o envoltório que envolve o motor.
A carcaça evita a ação do tempo e a penetração de objetos estranhos, assegurando que
nada vai atingir e danificar as peças girantes do motor. A carcaça também abriga o sistema de
ventilação que resfria o motor durante o funcionamento. Existem três tipos principais de carcaças:

• Protegido contra o tempo segundo a Norma NEMAII


• Ventilação Forçada a partir da Base
• Ventilação Forçada a partir da parte Superior

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MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ROTOR GAIOLA

Este é o motor mais utilizado na indústria, atualmente. Tem a vantagem de ser mais econômico
em relação aos motores monofásicos, tanto na sua construção como na sua utilização. Além
disso, escolhendo o método de arranque ideal, tem um leque muito maior de aplicações.

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MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ROTOR GAIOLA

• O motor com rotor em gaiola de esquilo tem um rotor constituído por barras de cobre ou de
alumínio colocadas nas ranhuras do rotor. As extremidades são unidas por um anel também de
cobre ou de alumínio.
• Entre o núcleo de ferro e o enrolamento de barras não há necessidade de isolação, pois as
tensões induzidas nas barras do rotor são muito baixas.
• Esse tipo de motor apresenta as seguintes características:
• · velocidade que varia de 3 a 5% à vazio até a plena carga;
• · ausência de controle de velocidade;
• · possibilidade de ter duas ou mais velocidades fixas;
• · baixa ou média capacidade de arranque, dependendo do tipo de gaiola de esquilo do
rotor (simples ou dupla).
93
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ROTOR GAIOLA

• Esses motores são usados para situações que não exigem velocidade variável e que possam
partir com carga. Por isso são usados em moinhos, ventiladores, prensas e bombas centrifugas,
por exemplo.

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MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ROTOR GAIOLA

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MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)

MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ROTOR GAIOLA

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MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ROTOR BOBINADO

O motor com rotor bobinado trabalha em rede de corrente alternada trifásica. Permite um arranque
vigoroso com pequena corrente de partida.
Ele é indicado quando se necessita de partida com carga e variação de velocidade, como é o caso
de compressores, transportadores, guindastes e pontes rolantes.
O motor de rotor bobinado é composto por um estator e um rotor.
O estator é semelhante ao dos motores trifásicos tipo gaiola. Apresenta o mesmo tipo de
enrolamentos, ligações e distribuição que os estatores de induzido em curto.

97
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO
ROTOR BOBINADO

O rotor bobinado usa enrolamentos de fios de cobre nas ranhuras, tal como o estator.
O enrolamento é colocado no rotor com uma defasagem de 120º, e seus terminais são ligados a
anéis coletores nos quais, através das escovas, tem-se acesso ao enrolamento.

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MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO
ROTOR BOBINADO

Ao enrolamento do rotor bobinado deve ser ligado um reostato (reostato de partida) que permitirá
regular a corrente nele induzida, Isso torna possível a partida sem grandes picos de corrente e
possibilita a variação de velocidade dentro de certos limites.
O reostato de partida é composto de três resistores variáveis, conjugados por meio de uma ponte
que liga os resistores em estrela, em qualquer posição de seu curso.

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MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ROTOR BOBINADO

O motor trifásico de rotor bobinado é recomendado nos casos em que se necessita de partidas a
plena carga. Sua corrente de partida apresenta baixa intensidade: apenas uma vez e meia o valor
da corrente nominal.
É também usado em trabalhos que exigem variação de velocidade, pois o enrolamento existente
no rotor, ao fazer variar a intensidade da corrente que percorre o induzido, faz variar a velocidade
do motor.

 Deslizamento maior que os demais motores;


 Relação de 3:1 entre parâmetros de operação do estator e do rotor;
 Maior custo em relação ao motor tipo gaiola.
100
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ROTOR BOBINADO

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MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO
ROTOR BOBINADO

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MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

ROTOR BOBINADO

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MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

MOTOR CA SÍNCRONO

O motor síncrono de CA apresenta a mesma construção de um alternador, e ambos têm o rotor


alimentado por CC. A diferença é que o alternador recebe energia mecânica no eixo e produz CA
no estator; o motor síncrono, por outro lado, recebe energia elétrica trifásica CA no estator e
fornece energia mecânica ao eixo.

Esse tipo de motor apresenta as seguintes características:

· velocidade constante (síncrona);


· velocidade dependente da frequência da rede;
· baixa capacidade de arranque. 104
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

MOTOR CA SÍNCRONO

A energia elétrica de CA no estator cria o campo magnético rotativo, enquanto o rotor, alimentado
com CC, age como um ímã.
Um ímã suspenso num campo magnético gira até ficar paralelo ao campo.
Quando o campo magnético gira, o ímã gira com ele. Se o campo rotativo for intenso, a força
sobre o rotor também o será. Ao se manter alinhado ao campo magnético rotativo, o rotor pode
girar uma carga acoplada ao seu eixo.

105
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

MOTOR CA SÍNCRONO

106
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTOR DE CORRENTE ALTERNADA (CA)


MOTORES ELÉTRICOS
MOTOR DE INDUÇÃO TRIFÁSICO

MOTOR CA SÍNCRONO

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MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS

FECHAMENTO DE MOTORES

108
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS

FECHAMENTO DE MOTORES

TÓPICOS

1.FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS

2.FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS

109
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS

FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS


Os motores trifásicos podem apresentar 6 ou 12 terminais, sendo cada par de terminais referente a
uma bobina.

Os terminais são numerados como a seguir:

110
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS

FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS

Ligações em estrela ( Y ) e em triângulo

Cada bobina do motor trifásico deve receber 220V em funcionamento normal, exceto se for
motor especial para alta tensão.
O motor de 6 terminais pode ser ligado em 220V ou em 380V; O motor de 12 terminais pode ser
ligado em 220V, 380V, 440V, ou 760V.

111
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS

FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS

A tensão com que se pode alimentar o motor depende da forma como são associadas suas
bobinas.
Tal ligação pode ser estrela (Y) ou triangulo (∆), sendo que em triângulo, as bobinas recebem a
tensão existente entre fases, e em estrela, as bobinas recebem tal tensão dividida por raiz
quadrada 3.

112
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS

FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS

As bobinas do motor de 6 terminais podem ser associadas em triangulo (para funcionar em


220V) ou em estrela (para funcionar em 380V ou para partir em 220V).
As bobinas do motor de 12 terminais podem ser ligadas de diversas formas diferentes:
Triângulo paralelo (220V) , estrela paralelo (380V), triângulo serie (440V) e em estrela série
(760V).
Observe-se que em paralelo as tensões são as mesmas do motor de 6 terminais e em série as
tensões são dobradas.

113
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS

FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS

FECHAMENTO EM TRIÂNGULO
Na maioria dos casos os motores possuem 6 pontas de cabos em sua caixa de ligação. O
fechamento em triângulo proporciona o fechamento na menor tensão suportada, por exemplo:
um motor que suporte 380v e 220v o fechamento em triângulo será para o 220v.

114
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS

FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS

FECHAMENTO EM TRIÂNGULO

115
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS

FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS

FECHAMENTO EM ESTRELA
Como vimos, a maioria dos motores apresentam 6 pontas, e para podermos ligá-lo ao maior
nível de tensão disponível, devemos fechá-lo em estrela.
Este fechamento é basicamente simples e mais fácil que o triângulo. Veja a seguir, a ilustração
deste fechamento.

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MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS

FECHAMENTO DE MOTORES DE 6 TERMINAIS

FECHAMENTO EM ESTRELA

117
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS
FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS

Dentre os tipos de motores elétricos disponíveis no mercado um que se destaca é o motor de 12


pontas. este tipo de motor disponibiliza doze terminais de interligação que faz com que possamos
alimentá-lo com até quatro níveis diferentes de tensão, por exemplo:
• 220V
• 380V
• 440V
• 760V

118
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS
FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS

FECHAMENTO EM TRIÂNGULO

119
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS
FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS

Para cada nível de tensão requerido teremos uma forma de realizar o fechamento de suas
bobinas. são basicamente quatro tipos de fechamento, são eles:
• DUPLO TRIÂNGULO (220V)
• DUPLO ESTRELA (380V)
• TRIÂNGULO (440V)
• ESTRELA (760V)

120
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS
FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS

FECHAMENTO DUPLO TRIÂNGULO

Este tipo de fechamento fará com que seja possível a conexão motor na menor tensão suportada
por ele, em nosso exemplo 220V. Partindo do pressuposto que independente da tensão de
alimentação, o motor de 12 pontas sempre receberá em seus Enrolamentos o mesmo nível de
tensão e que em nosso exemplo, cada bobina permanecerá com 220V, temos abaixo o esquema
elétrico de um fechamento para a tensão de 220V que por sinal é a menor tensão que este motor
suporta: 121
MÁQUINAS ELÉTRICAS

TEMA 3: MOTORES ELÉTRICOS


FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS

FECHAMENTO DUPLO TRIÂNGULO

122
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS
FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS

FECHAMENTO DUPLO ESTRELA

Neste fechamento temos a disposição das bobinas do motor a fim de alimentá-lo com uma tensão
de 380V. Por se tratar do mesmo motor, temos que levar em consideração que cada bobina do
motor elétrico trifásico receberá um nível de tensão de 220V, desta maneira vamos realizar o
fechamento considerando as características de Tensão de Fase e Tensão de Linha aplicado aos
seu enrolamentos, observe:

123
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS
FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS

FECHAMENTO DUPLO ESTRELA

124
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS

FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS


FECHAMENTO EM TRIÂNGULO

Quando a necessidade é interligar o motor a uma tensão de 440v, então realizamos o fechamento
triângulo.
Levando em consideração as características apresentadas anteriormente, permitiremos através
deste fechamento, que cada um dos enrolamentos receba o mesmo nível de tensão dos
fechamentos duplo estrela e duplo triângulo, ou seja, 220v.

125
MÁQUINAS ELÉTRICAS

TEMA 3: MOTORES ELÉTRICOS

Conteúdo 3 – FECHAMENTO DE MOTORES

TÓPICO 1

FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS


FECHAMENTO EM TRIÂNGULO

126
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS
FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS

FECHAMENTO EM TRIÂNGULO
OBS.:

• No fechamento em triângulo o motor será configurado, a fim de receber a tensão de 440v,


observe que, teoricamente, a tensão de fase seria de 440v, mas o fato de associarmos os
enrolamentos em série, permite que esta tensão seja dividida entre os dois enrolamentos,
fazendo com que cada um receba 220v

127
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS
FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS

FECHAMENTO EM ESTRELA

Quando há necessidade de interligar o motor de 12 pontas em um nível elevado de tensão,


fazemos o uso do fechamento estrela para o motor de 12 pontas.

Levando em consideração as características apresentadas anteriormente, permitiremos através


deste fechamento, que cada um dos enrolamentos receba o mesmo nível de tensão dos
fechamentos duplo estrela e duplo triângulo, ou seja, 220v.

128
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS
FECHAMENTO DE MOTORES DE 12 TERMINAIS

FECHAMENTO EM ESTRELA

Observe que os conjuntos de bobinas são associados em série, a fim de garantir a distribuição da
tensão de fase de forma proporcional a cada uma.

129
MÁQUINAS ELÉTRICAS

130
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS

MANUTENÇÃO DE MOTORES

131
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MANUTENÇÃO DE MOTORES
MOTORES ELÉTRICOS
MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA

Este tipo de intervenção é resultado normalmente da queima do motor por vários motivos:
-travamento dos rolamentos com consequente queima por sobrecarga.
-sobrecarga no motor e relé térmico mal ajustado ou com defeito.
-falta de fase e novamente as proteções não atuando.
-baixa isolação e disparo a massa por ambiente insalubre ou lavagem da área com água pela
operação.
-curto entre espiras por deterioração do verniz isolante.
-disparo à massa por surto de tensão.
-outras.

132
MÁQUINAS ELÉTRICAS MANUTENÇÃO DE MOTORES
MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA

Atualmente este tipo de intervenção é realizado fora da empresa, por terceiros. Porém é
conveniente desmontar o motor antes dentro da empresa pelos seguintes motivos:
- sacar acoplamento para recolocá-lo no motor reserva.
- análise do motor para comprovação dos motivos da queima para fins de histórico.
-examinar os mancais para verificação de folgas e necessidade de embuchamento de tampas
ou metalização do eixo, principalmente nos motores grandes. (motores pequenos trocam-se
toda a tampa)
.
Certos danos ocorridos em motores pequenos, associados à rebobinagem, inviabilizam o
conserto do motor como:
-quebra da carcaça ou dos pés do motor.
-embaralhamento das lâminas de silício do estator ou rotor
-eixo quebrado, etc...

Neste caso opta-se pela aquisição de um motor novo com as mesmas características.
Algumas empresas já optam em não mais rebobinar motores de 1 CV ou menor. 133
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MANUTENÇÃO DE MOTORES
MOTORES ELÉTRICOS
MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA

134
MÁQUINAS ELÉTRICAS MANUTENÇÃO DE MOTORES

MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA


ISOLAÇÃO DOS MOTORES

A norma ABNT NBR5383-1 Fev 2002 estabelece que a isolação mínima de um equipamento
elétrico para que possa ser ligado sem risco de disparo à massa deve ser:

Assim:
- para uma tensão de 440 volts, por exemplo, devemos ter no mínimo 1,44 MegaOhms.
- para uma tensão de 4160 volts, por exemplo, devemos ter no mínimo 5,16 MegaOhms.
Porém em rebobinagem de motores como se utilizam novos materiais, o bobinado será
considerado novo após a rebobinagem, então padrões de exigência bem mais elevados são
exigidos:
-para motores de BT =100 vezes o mínimo estabelecido pela norma:
Exemplo: em 440 volts, 144 MegaOhms.
-Para motores de MT = 1000 vezes o mínimo estabelecido pela norma:
Exemplo: em 4,16 kV, 5160 MegaOhms. 135
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS
MANUTENÇÃO DE MOTORES

MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA

IMPREGNAÇÃO A VÁCUO

Em motores de grande porte (MT) é utilizado o método de impregnação à vácuo, que permite uma
isolação de melhor qualidade, desta forma um maior nível de isolação pode ser exigido. Este
método é executado com o auxílio de autoclave.
Autoclave consiste de um tanque ou reservatório onde o estator é colocado hermeticamente
fechado, e com auxilio de uma bomba de vácuo é extraído todo o ar do reservatório. Após a
retirada do ar, é aberta a válvula que permite a entrada do verniz isolante preenchendo todos os
orifícios do bobinado não permitindo a permanência de nenhuma bolha de ar.
Depois o verniz é novamente retirado do tanque e o estator vai para estufa para cura do verniz.

136
MÁQUINAS ELÉTRICAS
MANUTENÇÃO DE MOTORES
MOTORES ELÉTRICOS

MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA

MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA

Os Serviços executados no estator (rebobinagem de bobinas de campo ou interpolos) seguem as


mesmas orientações do motor assíncrono de indução. Se o induzido for rebobinado além das
orientações sobre isolação se faz necessário o balanceamento sob dois pontos de simetria
para eliminar vibrações o rotor. E a usinagem do coletor (alisamento) e rebaixamento da
mica isolante entre as aletas do coletor (conforme orientações do fabricante) , troca de escovas
com assentamento das mesmas

137
MÁQUINAS ELÉTRICAS
MANUTENÇÃO DE MOTORES
MOTORES ELÉTRICOS

MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA

MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA

138
MÁQUINAS ELÉTRICAS
MANUTENÇÃO DE MOTORES

MANUTENÇÃO CORRETIVA NÃO PLANEJADA

MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA

139
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MANUTENÇÃO DE MOTORES

MANUTENÇÃO PLANEJADA

Esta ordem de serviço de manutenção pode como vimos anteriormente ter origens, motivos
geradores.

-Troca de rolamentos
-Rejuvenescimento do estator (baixa isolação)
-limpeza do sistema de ventilação e pintura.

Independentemente do motivo original, uma manutenção completa será realizada neste motor, pois
mesmo concluída deverá deixar o motor em estado de 0 km, quando deverá ser incluído no
almoxarifado aguardando nova oportunidade para trabalhar em outra posição. Crítica ou não.
A primeira etapa é remover a tampa traseira, o ventilador, placa de patrimônio e do fabricante, e
encaminhar o motor para o jato de areia (micro esferas) e pintura. 140
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO DE MOTORES

MANUTENÇÃO PLANEJADA

Retornado da pintura executa-se a desmontagem do motor, com a remoção das tampas,


separando o rotor do estator e lavando todas as peças com um solvente desengraxante que não
ataca o verniz isolante do estator. Existem vários fabricantes no mercado que fabricam este
produto não inflamável.
Duas etapas distintas se agora são executadas:

Estator e rotor.

141
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MANUTENÇÃO DE MOTORES
MOTORES ELÉTRICOS

MANUTENÇÃO PLANEJADA

REVISÃO DO ESTATOR (MOTOR ASSÍNCRONO):

Uma vez lavado e limpo efetua-se a medição da isolação do estator antes de por na estufa a
70ºC, e anota-se. Deixando-o aquecer até o dia seguinte quando se mede novamente a
isolação e observa-se a elevação da isolação que normalmente é significativa.

Com a isolação elevada e o estator ainda a quente, aplica-se uma camada de verniz isolante para
restaurar a degradação do isolamento e repõe-se o estator na estufa agora para secagem do
verniz isolante. No dia seguinte retira-se o estator da estufa para esfriar, e com o estator à
temperatura ambiente se faz a medição de isolação definitiva. Esta etapa repetira até se obter a
isolação desejada.
142
MÁQUINAS ELÉTRICAS
MANUTENÇÃO DE MOTORES

MANUTENÇÃO PLANEJADA

ÍNDICES DE ABSORÇÃO E POLARIZAÇÃO


Os índices de absorção e polarização medem o envelhecimento da camada de isolação das
bobinas do estator e sua medição é obtida com o megômetro da seguinte forma (RIOCELL 1993):

143
MÁQUINAS ELÉTRICAS
MANUTENÇÃO DE MOTORES

MOTORES ELÉTRICOS
MANUTENÇÃO PLANEJADA

REVISÃO DO ROTOR (MOTOR ASSÍNCRONO):

Lavados e limpos, os rolamentos são extraídos, com auxílio de um saca-polia ou extrator hidráulico
e sucateados. Uma vez requisitados os novos rolamentos os mesmos são aquecidos em panela de
óleo quente ou aquecedor indutivo, sempre observando para que a temperatura não ultrapasse
70ºC para não danificar a graxa (rolamento blindado) e o próprio rolamento e colocados com as
mãos sobre o eixo, sem necessidade de esforço.

144
MÁQUINAS ELÉTRICAS
MANUTENÇÃO DE MOTORES
MOTORES ELÉTRICOS

MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Devem ser observados periodicamente os seguintes itens:

-Anotar na planilha de inspeção dados característicos do motor para feedback, como tag, número
elétrico e número de inventário do mesmo.

-Lubrificar os rolamentos do motor periodicamente, de acordo com intervalos e quantidades de


graxa recomendados pelo fabricante, definido pelas dimensões do rolamento, desde que o
mesmo possua tubulação de renovação/evacuação de excesso de graxa. Motores de menor
potência, com rolamentos de menores dimensões são fabricados com blindagem, e com graxa
suficiente no seu interior para a vida útil estimada do mesmo.

145
MANUTENÇÃO PREDITIVA MANUTENÇÃO DE MOTORES
MÁQUINAS ELÉTRICAS
Periodicamente os motores elétricos em operação devem ser revisados através de um plano
de inspeção para garantir a continuidade do processo produtivo.
Neste plano devem ser revisados os seguintes itens:

MANUTENÇÃO PREDITIVA NÃO INSTRUMENTALIZADA:

-Verificar a temperatura do motor tocando a mão na carcaça do mesmo para constatar que o
mesmo não está acima de 70ºC (temperatura máxima recomendada pelo fabricante da graxa, pois
acima de 70º o óleo se separa do sabão). Observação: se suportar manter a mão sobre o motor
por alguns segundos, a temperatura está abaixo dos 70ºC.
Se alguma alteração for observada, uma ordem de serviço corretiva planejada, para a limpeza do
sistema de ventilação ou solução do problema deverá ser emitida, com prioridade de acordo com a
criticidade do equipamento.

-Auscultar os rolamentos do motor elétrico com auxílio de uma ferramenta rígida, ou estetoscópio,
para verificar o seu estado e estimar sua vida útil restante. Esta estimativa de vida útil se dá
através do desenvolvimento dos sentidos do inspetor e dos conhecimentos adquiridos através
146 da
MÁQUINAS ELÉTRICAS
MANUTENÇÃO DE MOTORES

MOTORES ELÉTRICOS
MANUTENÇÃO PREDITIVA

MANUTENÇÃO PREDITIVA NÃO INSTRUMENTALIZADA:

147
MANUTENÇÃO DE MOTORES
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS MANUTENÇÃO PREDITIVA

MANUTENÇÃO PREVENTIVA INSTRUMENTALIZADA:

-Verificar a temperatura da carcaça do motor medindo a mesma com um pirômetro digital para
constatar que a mesma não está acima de 70ºC (temperatura máxima recomendada pelo
fabricante da graxa, pois acima de 70º o óleo se separa do sabão).

Se alguma alteração for observada, uma ordem de serviço corretiva planejada, para a limpeza do
sistema de ventilação ou solução do problema deverá ser emitida, com prioridade de acordo com
a criticidade do equipamento.

- Inspecionar o estado dos rolamentos medindo o nível de ruído dos rolamentos, com auxílio de
um medidor digital de vibração. Analisar as leituras e estimar a vida útil restante. A utilização e
interpretação dos dados obtidos através do medidor de vibração dependem de cursos
específicos, aliados a experiência do inspetor. 148
MÁQUINAS ELÉTRICAS
MANUTENÇÃO DE MOTORES

MANUTENÇÃO PREDITIVA

MANUTENÇÃO PREVENTIVA INSTRUMENTALIZADA:

149
MÁQUINAS ELÉTRICAS

MOTORES ELÉTRICOS
MANUTENÇÃO DE MOTORES

MANUTENÇÃO PREDITIVA

MOTORES DE CORRENTE CONTÍNUA

Os motores de corrente contínua devem receber o mesmo tratamento dos motores assíncronos
trifásicos, porém, um item a mais s inspecionar são o comprimento das escovas, a existência de
faiscamento e o estado da “Patina”. Patina é o filme que a escova forma sobre o anel coletor e é
responsável pela comutação de modo que não haja o mínimo atrito entre escova e coletor na
comutação.

150
MANUTENÇÃO PREDITIVA MANUTENÇÃO DE MOTORES
MÁQUINAS ELÉTRICAS
COMUTAÇÃO

A Comutação depende da temperatura em que é realizada, do sistema de ventilação, da


densidade de corrente que percorre as escovas e tipo de escova a ser utilizada.

A escova não pode ser muito abrasiva para não riscar o coletor e não muito macia para não se
desgastar muito rápido. Deve trabalhar dentro da densidade de corrente para a qual foi fabricada.
(ver especificação do fabricante).

O sistema de ventilação forçada deve introduzir sobre o comutador ar quente, não úmido, nem
contaminado. O sentido de circulação do ar deve ser sempre contrário, ou seja, entrar do lado
contrário do motor e sair do lado da comutação. De modo que o ar aqueça enquanto percorre o
interior do motor.

As tampas laterais do motor do lado da comutação normalmente são substituídas por tampas de
acrílico, que permitem a inspeção das escovas e comutação com o motor em funcionamento.

A comutação bem feita é facilmente percebida, pois sobre o anel coletor forma-se o filme escuro,
151
bem fino, uniforme e sem ricos.
MÁQUINAS ELÉTRICAS MANUTENÇÃO DE MOTORES

MOTORES ELÉTRICOS

MANUTENÇÃO PREDITIVA

COMUTAÇÃO

152
MÁQUINAS ELÉTRICAS
MANUTENÇÃO DE MOTORES
MOTORES ELÉTRICOS
MANUTENÇÃO DETECTIVA

O método mais comum de monitoramento é o controle da temperatura das bobinas do estator do


motor através de sensores tipo PT100 inseridos no bobinado.
A Elevação da temperatura fará atuar o alarme de sobreaquecimento e até mesmo desligar o motor.

153
Máquinas Elétricas

Referências Bibliográficas:

- ALMEIDA, Jason E. de. Motores elétricos. 3 ed. Editora Hemus.


- ELETROBRÁS. Guia Operacional de Motores Elétricos versão 1.1 – 1998.
- KOSOW, Irving L. Máquinas elétricas e transformadores. Editora Globo.
- SIMONE, Gílio Aluísio. Máquinas de Indução Trifásicas. Editora Érica.
- SIMONE, Gílio Aluísio. Máquinas de Corrente Contínua. Editora Érica.

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