4-Motores Elétricos - Introdução

Acionamentos de Dispositivos Atuadores
Motores Elétricos
Tópicos abordados nesta sessão:
• O que são motores elétricos;

• Breve histórico sobre motores elétricos;
• Funcionamento;
• Motores elétricos síncronos e assíncronos;
• Motores elétricos monofásicos e trifásicos;
• Características mecânicas;
• Plaqueta de identificação: aprendendo a interpretar;
• Características elétricas;
• Tipos de motores.
1
Motores Elétricos
O que é um motor elétrico?

• Um motor elétrico é, genericamente
falando, uma máquina capaz de
transformar energia elétrica em energia
mecânica através do giro;
• Este giro, por sua vez é convertido

para os mais diversos tipos de aplicação
nas indústrias. Para se ter uma ideia
80% da energia elétrica mundial é Figura 1: Um motor elétrico WEG. Fonte:
utilizada por motores dos mais diversos Acionamentos de dispositivos atuadores V1
tipos.
2
Motores Elétricos - Tipos
Figura 2: Família de motores elétricos. Fonte:

Acionamentos de dispositivos atuadores V1
3
Motores Elétricos - Breve histórico
• Tales de Mileto havia percebido sobre o fenômeno de eletricidade estática em

641 a.C.. Em 1600, o cientista Willian Gilbert publicou o estudo De Magnete,
descrevendo a força de atração magnética;
• Em 1820, Hans Christian Oersted, verificou a correlação entre eletricidade e
magnetismo, que até então eram tidas como ciências completamente diferentes,
abrindo assim caminho para a criação dos equipamentos eletromagnéticos;
• Baseado nisso, Willian Sturgeon desenvolveu o primeiro eletroímã, ao
perceber que um condutor, preenchido por uma peça metálica virava um imã,
fundamental para o desenvolvimento do motor;
• Em 1833, W. Ritchie inventou o comutador, construindo um pequeno motor. A
seguir vemos a evolução desde então:
4
Motores Elétricos - Evolução
Figura 2: Evolução dos Motores Elétricos. Fonte: Acionamentos de dispositivos atuadores V1
5
Motores Elétricos - Funcionamento
• Baseando-se nos estudos de geradores, temos o funcionamento de um motor

elétrico fazendo o processo inverso ao de um gerador.
• Em um gerador, a energia cinética é transformada em energia elétrica, no

motor, o efeito contrário é utilizado;
• Desta maneira podemos dizer que o motor, nada mais é que um gerador “ao
contrário”;
• A animação a seguir elucida o entendimento do mesmo:
6
Motores Elétricos - Funcionamento
Figura 3: Simulador de motores elétricos. Fonte: Sistema FIESC
7
Motores Elétricos – Motores Síncronos e Assíncronos
• Velocidade síncrona em um motor de indução:
8
• Exercício:
• Calcule os dados pendentes para cada um dos seguintes motores:
9
• Velocidades síncronas em motores de indução:
Tabela 1: Velocidade em rpm, conforme polaridades

Fonte: Acionamentos de dispositivos atuadores V1
10
9
• Escorregamento em um motor de indução:
11
8
• A diferença se encontra na velocidade máxima alcançada por ambos;

• No motor assíncrono existe o escorregamento.
Tabela 2: Velocidade em rpm, considerando escorregamento

Fonte: Acionamentos de dispositivos atuadores V1
12
Motores Elétricos – Descrição Mecânica
Figura 4: Motor Elétrico em

corte.
Fonte: WEG
13
14
Figura 5: Motor
Elétrico explodido.
Fonte: WEG
15
Motores Elétricos – Fabricação de um motor
16
17
18
Motores Elétricos – Interpretação de Plaqueta
Figura 6: Uma plaqueta de um motor elétrico. Fonte: WEG
19
• ~ 3 : Se refere ao sistema elétrico ao qual o motor vai ser instalado. No caso,

alternado trifásico.
20
• 250 S/M: O número 250 é referente ao tamanho da carcaça. Todo motor é

medido com base na distância entre o centro de eixo e a base do motor, dado em
mm. O S/M, significa quais são as distâncias de furação presentes na carcaça.
Elas podem ser S=Short, M=Medium e L= Large.
21
Figura 7: Representação da mecânica de um motor. Fonte: Manual Motores

WEG
22
• Vamos analisar esta última informação;

• Olhando no catálogo, obtemos as seguintes informações:
Figura 8: Informações mecânicas motor WEG. Fonte: WEG
23
• 11/01 : Mês e ano de fabricação.
24
• AY53872 : Número de série.
25
• 60Hz : Frequência nominal. Todos os valores de plaqueta, são válidos apenas

para essa frequência. Mudando isso, vários valores mudam.
26
Exemplo de alteração de frequência

a) Ligar um motor de 50Hz com a mesma tensão para uma frequência de 60Hz:
• a potência do motor é a mesma;
• a corrente nominal é a mesma;
• a corrente de partida diminui 17%;
• o conjugado de partida diminui 17%;
• o conjugado máximo diminui 17%;
• a velocidade nominal aumenta 20%.
• Você deve observar os valores de potência requeridos para motores que
acionam equipamentos que possuem conjugados variáveis com a rotação.
27
• CAT N : Categoria do motor, relacionando conjugado e velocidade. Existem 3

categorias definidas pela NBR 5410. N: Se destina ao acionamento de cargas
comuns como bombas e ventiladores, H: Usadas para cargas que que exigem
maior conjugado na partida, como peneiras e britadores. D: Usado em prensas
excêntricas e elevadores, aplicações de alto conjugado constante.
28
Figura 9: Curvas de comportamento. Fonte: WEG
29
• FS 1.00: Fator de serviço. Define o percentual de carga a mais que o motor

aceita em regime contínuo. Basicamente uma reserva de potência.
30
• Exemplo 1: Motor de 5cv e FS 1,10

Carga máxima admissível no eixo = 5cv x 1,10 = 5,5cv
• Exemplo 2: Motor de In 8,7A e FS 1,15

Corrente máxima admissível = 8,7A x 1,15 = 10,005A
31
• kW(HP-cv) 75(100): Potência nominal do motor
32
Cálculos para definir a potência elétrica de um motor:
𝑃 = 𝑈 ∗ 𝐼 ∗ 3 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜑 ∗ 𝑛
Onde:
• P = Potência (W)
• U = Tensão (V);
• I = Corrente (A);
• 𝑐𝑜𝑠𝜑 = Fator de potência;
• n = rendimento
33
• RPM 1775: Velocidade nominal, considerando escorregamento.
34
• ISOL F: Classe dos isolantes térmicos do motor.
35
As classes isolantes mais conhecidas podem ser vistas abaixo:
36
• Ip/In: É a relação entre os valores de corrente nominal e a corrente de partida,

podendo ser de 6 a 12 vezes o valor de corrente nominal. Não confundir com IP.
Exemplo de cálculo: O motor acima por exemplo tem Ip = 142 * 8,8 = 1249,6A
37
• IP: Define o grau de proteção da carcaça do motor em relação a sólidos e

líquidos. Podemos conferir a definição completa da numeração no slide seguinte.
38
39
SEGUNDO DIGITO
DiGITO DESCRl<;:AO PROTE<;:AO
0 Nao protegido.
Nenhuma prote930 especial. lnv61ucro
aberto
Gotas de agua caindo na vertical nao
Protegido contra queda vertical
prejudicam o equipamento,
de gotas de agua.
(condensa�o).
Protegido contra queda de agua
2
Gotas de agua nao tem efeito prejudicial
com inclina9ao de 15' com a
para inclina9oes de ate 15' com a vertical.
vertical.
3
Protegido contra agua Agua aspergida de 60' com a vertical nao
aspergida. tern efeitos prejudiciais ao equipamento.
4 Protegido contra proje96es de

agua.
Agua projetada de qualquer dire9ao nao
tern efeito prejudicial.
Agua projetada por bico em qualquer
Protegido contra jatos de agua. dire9ao nao tem efeitos prejudiciais sobre
o equipamento.
Agua em forma de onda, ou Jatos
Protegido contra ondas do mar. potentes nao tern efeitos prejudiciais ao
equipamento.
Sob certas condi96es de tempo e pressao
7
Protegido contra os efeitos de
nao ha penetra9ao de agua. Ex:
imersao.
lnunda9oes.
Adequado a submersao continua sob
8 Protegido contra submersao condi9oes especfficas. Ex: Equipamento
submerse.
40
• ALT: Define a altura para a qual o motor foi fabricado, em relação ao nível do
mar. Quando não é especificado, significa que foi feito para até 1000m.
41
• 220/380/440V e 245/142/123A: Tensões e respectivas correntes.
42
• S1: O regime define de que maneira a carga será operada.
43
Os regimes padronizados estão definidos a seguir:
• regime contínuo (S1);

• regime de tempo limitado (S2);
• regime intermitente periódico (S3);
• regime intermitente periódico com partidas (S4);
• regime intermitente periódico com frenagem elétrica (S5);
• regime de funcionamento contínuo com carga intermitente (S6);
• regime de funcionamento contínuo com frenagem elétrica (S7);
• regime de funcionamento contínuo com mudança periódica na relação
carga/velocidade de rotação (S8);
• regimes especiais.
44
• MAX AMB: Temperatura ambiente para a qual o motor foi fabricado. Quando
não especificado, significa que foi feito para 40°C.
45
• Informações mecânicas: Contém dados como tipo de rolamento, graxa

lubrificante e peso do motor.
46
• REND. %: Demonstra quantos % da potência do motor é transformada em

força na ponta do eixo efetivamente.
47
• Cos𝜑: É a relação entre a potência ativa e a potência reativa do motor. É

encontrada através de teorema de Pitágoras, e fica entre 0 e 1, sendo que,
quando mais próximo de 1, melhor.
48
• Exercício:
• Calcule a potência elétrica do seguinte motor de indução:
49
9

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• O que são motores elétricos;

O que é um motor elétrico?

• Este giro, por sua vez é convertido

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• Tales de Mileto havia percebido sobre o fenômeno de eletricidade estática em

Figura 2: Evolução dos Motores Elétricos. Fonte: Acionamentos de dispositivos atuadores V1

• Baseando-se nos estudos de geradores, temos o funcionamento de um motor

• Em um gerador, a energia cinética é transformada em energia elétrica, no

• A animação a seguir elucida o entendimento do mesmo:

Figura 3: Simulador de motores elétricos. Fonte: Sistema FIESC

• Velocidade síncrona em um motor de indução:

• Velocidades síncronas em motores de indução:

Tabela 1: Velocidade em rpm, conforme polaridades

• Escorregamento em um motor de indução:

• A diferença se encontra na velocidade máxima alcançada por ambos;

Tabela 2: Velocidade em rpm, considerando escorregamento

Figura 4: Motor Elétrico em

Figura 6: Uma plaqueta de um motor elétrico. Fonte: WEG

• ~ 3 : Se refere ao sistema elétrico ao qual o motor vai ser instalado. No caso,

• 250 S/M: O número 250 é referente ao tamanho da carcaça. Todo motor é

Figura 7: Representação da mecânica de um motor. Fonte: Manual Motores

• Vamos analisar esta última informação;

Figura 8: Informações mecânicas motor WEG. Fonte: WEG

• 11/01 : Mês e ano de fabricação.

• AY53872 : Número de série.

• 60Hz : Frequência nominal. Todos os valores de plaqueta, são válidos apenas

Exemplo de alteração de frequência

• CAT N : Categoria do motor, relacionando conjugado e velocidade. Existem 3

Figura 9: Curvas de comportamento. Fonte: WEG

• FS 1.00: Fator de serviço. Define o percentual de carga a mais que o motor

• Exemplo 1: Motor de 5cv e FS 1,10

• Exemplo 2: Motor de In 8,7A e FS 1,15

• kW(HP-cv) 75(100): Potência nominal do motor

Cálculos para definir a potência elétrica de um motor:

• RPM 1775: Velocidade nominal, considerando escorregamento.

• ISOL F: Classe dos isolantes térmicos do motor.

As classes isolantes mais conhecidas podem ser vistas abaixo:

• Ip/In: É a relação entre os valores de corrente nominal e a corrente de partida,

• IP: Define o grau de proteção da carcaça do motor em relação a sólidos e

4 Protegido contra proje96es de

• 220/380/440V e 245/142/123A: Tensões e respectivas correntes.

• S1: O regime define de que maneira a carga será operada.

Os regimes padronizados estão definidos a seguir:

• regime contínuo (S1);

• Informações mecânicas: Contém dados como tipo de rolamento, graxa

• REND. %: Demonstra quantos % da potência do motor é transformada em

• Cos𝜑: É a relação entre a potência ativa e a potência reativa do motor. É

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