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Criando Sinergias

entre a Agenda 2030


para o Desenvolvimento
Sustentável e o G20
Caderno Desigualdades
Primeiras análises
Presidente da República
Luiz Inácio Lula da Silva

Ministra do Planejamento e Orçamento


Simone Nassar Tebet

INSTITUTO BRASILEIRO
DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA - IBGE

Presidente
Marcio Pochmann

Diretora-Executiva
Flávia Vinhaes Santos

ÓRGÃOS ESPECÍFICOS SINGULARES

Diretoria de Pesquisas
Elizabeth Belo Hypólito

Diretoria de Geociências
Ivone Lopes Batista

Diretoria de Tecnologia da Informação


Marcos Vinícius Ferreira Mazoni

Centro de Documentação e Disseminação de Informações


José Daniel Castro da Silva

Escola Nacional de Ciências Estatísticas


Paulo de Martino Jannuzzi
Ministério do Planejamento e Orçamento
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE

Criando Sinergias
entre a Agenda 2030
para o Desenvolvimento
Sustentável e o G20
Caderno Desigualdades
Primeiras análises
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE
Av. Franklin Roosevelt, 166 - Centro - 20021-120 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil

© IBGE. 2024
Introdução

“Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável” é Em 2016, os membros do G20 endossaram a Agenda 2030,
o lema do Grupo dos Vinte (G20) escolhido para a presidên- criando o Grupo de Trabalho de Desenvolvimento, que é seu
cia brasileira, em 2024. A construção de um mundo justo órgão coordenador. O combate às desigualdades, um dos
nos remete a assuntos também presentes na Agenda 2030 maiores desafios globais, está entre seus temas de traba-
para o Desenvolvimento Sustentável, como o combate às lho, que igualmente aparece em outros Grupos do G20 (ex:
desigualdades sociais e econômicas, à pobreza e à fome. anticorrupção, pesquisa e inovação, saúde). O Objetivo 10 da
Promover a articulação entre essas agendas, trabalhando Agenda 2030 aborda as desigualdades, mas, como um tema
as sinergias existentes, é uma forma de contribuir para a transversal, o assunto também tem relação com outros ODS.
eficiência das ações das políticas públicas, com resultados
positivos para a sociedade. O IBGE tem realizado um esforço de produção dos indicado-
res globais para o monitoramento da Agenda 2030 no País,
O G20, criado em 1999, é formado por 19 países1 dos cinco de forma colaborativa com as demais instituições produtoras
continentes e dois órgãos regionais, como a União Europeia e de dados oficiais, e tendo representação em diversos gru-
a União Africana. É um Fórum de cooperação econômica mun- pos internacionais sobre o tema. Um exemplo é o Grupo de
dial, que foi ampliando o seu escopo de atuação para além da Especialistas Interagências para os Indicadores dos Objetivos
dimensão econômica, incluindo outros assuntos associados de Desenvolvimento Sustentável (IAEG-SDGs, na sigla em in-
ao desenvolvimento sustentável, como mudanças climáticas, glês), coordenado pela Divisão de Estatística da ONU, no qual
agricultura, saúde, energia, combate à corrupção, entre outros. o IBGE faz a representação do Brasil, dos países do Mercosul e
do Chile e tornou-se copresidente em 2023.
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, por
sua vez, foi assinada pelos países membros da ONU, em A desagregação de dados para os indicadores ODS é funda-
setembro de 2015. É um Plano de Ação para as Pessoas, o mental para a implementação da Agenda 2030 e seu Princí-
Planeta e a Prosperidade, que que depende de Parcerias e pio de “Não Deixar Ninguém para Trás”, pois permite captar
Paz para sua realização (5 Ps da Agenda). Possui 17 Obje- a população em situação de vulnerabilidade e as desigual-
tivos, 169 metas e 231 indicadores globais para monitorar
dades, para então combatê-las através de políticas públicas.
o seu avanço. O Brasil possui mais um objetivo, o ODS 18,
lançado na Cúpula Mundial dos ODS, em 2023, e que tratará O produto resultante deste esforço colaborativo é a Platafor-
da Igualdade Racial na Sociedade Brasileira, contemplando ma ODS Brasil, que disponibiliza atualmente um conjunto de
a população afrodescendente e indígena. 125 indicadores para o acompanhamento da Agenda 2030

1
Países membros do G20: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita,
Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Uni-
dos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia,
Turquia e mais a União Africana e União Europeia.
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no Brasil (https://odsbrasil.gov.br). Os indicadores seguem as A publicação traz sete indicadores globais dos Objetivos de
metodologias e padrões internacionalmente estabelecidos Desenvolvimento Sustentável (ODS), que apresentam um
e são calculados com os dados nacionais oficiais produzidos retrato das desigualdades dentro dos países do G20 e entre
regularmente. eles, através da informação mais recente disponível para
a maioria dos países. Na sequência, há 17 indicadores para
Com essa publicação, o Instituto Brasileiro de Geografia e sete ODS (1 - pobreza, 3 - saúde, 4 - educação, 5 - gênero,
Estatística - IBGE traz para o debate as sinergias existen- 8 - crescimento econômico e trabalho decente, 10 - desigual-
tes entre a Agenda 2030 e o G20, fornecendo um primeiro dades e 16- paz, justiça e instituições eficazes), que mostram
conjunto de informações que possam subsidiar as discussões a importância da desagregação de dados, quando revelam
sobre o tema das desigualdades, que se darão no âmbito dos desigualdades nas mais variadas dimensões (renda, gêne-
grupos de trabalho e forças-tarefa, bem como no G20 Social e ro, cor ou raça, grupos de idade, pessoas com deficiência e
na própria Cúpula, a ser realizada em novembro. desigualdades regionais).
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Um retrato das desigualdades no G20,


por ODS selecionados

ODS 1 Acabar com a pobreza em todas


as suas formas, em todos os lugares

A erradicação da pobreza extrema, a


expansão dos programas de prote-
ção social, a ampliação do acesso aos
serviços essenciais estão entre os
desafios para alcançar o ODS 1 nos
países.

Indicador 1.1.1
Proporção da população vivendo abaixo da linha de
pobreza internacional (%)

2021 2022

Índia

Brasil
Entre os países do G20 que possuem
Indonésia
informação na Base Global de
Indicadores ODS, considerando a
México
linha de pobreza de $ 2,15/dia, a Índia,
o Brasil e a Indonésia apresentaram Argentina
as maiores proporções de pobres, em
Itália
2021, com decréscimo em 2022 sendo
observado no Brasil (de 5,8 para 3,5%) Turquia
e Indonésia (3,5 para 2,5%). O gráfico
mostra as disparidades no Grupo. Reino Unido

Enquanto a Índia possuía 12,9% da


EUA
população abaixo da linha de pobreza
internacional, a proporção na França França
era de 0,1%, e 0,2% nos Estados Unidos
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0
e no Reino Unido, em 2021.
Fonte: Banco Mundial. https://data.worldbank.org/indicator/SI.POV.DDAY?view=chart.

Nota: Considerando a linha de pobreza de $ 2,15/dia.


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ODS 4 Assegurar a educação inclusiva e equitativa de


qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem
ao longo da vida para todos

Assegurar igualdade de acesso à edu-


cação, melhorar a qualidade, finan-
ciamento e cooperação internacional,
construção e melhoria da infraestru-
tura nas escolas, e a eliminação das
desigualdades estão entre os desafios
para alcançar o ODS 4 nos países.

Indicador 4.1.2
Taxa de conclusão do ensino médio (%)

2021

EUA

França

Rússia

Em 2021, nenhum país do G20 havia Reino Unido


alcançado a cobertura universal de
conclusão do ensino médio, o que Austrália

significa que há pessoas que estão


Itália
‘sendo deixadas para trás’ (fora da
escola) e há desigualdades, embora as
Alemanha
proporções dos países desenvolvidos
sejam mais elevadas do que as dos China
países em desenvolvimento. Nos
Estados Unidos a taxa de conclusão Brasil
do ensino médio alcançou 94,58%. Por
outro lado, no México era 59,53% e no Indonésia

Brasil, 73,37%.
Argentina

África do Sul

México

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Fonte: UNESCO. http://sdg4-data.uis.unesco.org.


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ODS 5 Alcançar a igualdade de gênero e empoderar


todas as mulheres e meninas
Ampliar a representação das mulheres
nos espaços de poder e liderança, elimi-
nar a violência contra a mulher e todas
as formas de discriminação e práticas
nocivas estão entre os muitos desafios
para alcançar o ODS 5 nos países.

Indicador 5.5.1
Proporção de assentos ocupados por mulheres em
parlamentos nacionais (%)

2022

50,0

40,0

30,0
México, África do Sul e Argentina
20,0
são os países do G20 com a maior
10,0
representação de mulheres nos
parlamentos nacionais. Destaca- 0,0
Japão

Brasil

Índia

Rússia

Turquia

Coréia do Sul

Arábia Saudita

Indonésia

China

EUA

Canadá

Austrália

Reino Unido

Alemanha

Itália

França

Argentina

África do Sul

México
se o México, que já alcançou uma
proporção de 50%, em 2022. Em
vários países a distância para uma
representação igualitária é maior,
entre eles o Japão (9,68%) e o Brasil
Fonte: https://unstats.un.org/sdgs/dataportal.
(14,81%) e Índia (14,94).

Indicador 5.5.2
Proporção de de mulheres em posições gerenciais (%)
2021
50,0

40,0

30,0

20,0

10,0

0,0
Japão

Coréia do Sul

Arábia Saudita

Turquia

Itália

Alemanha

África do Sul

Indonésia

Argentina

Canadá

França

México

Brasil

EUA

Rússia

Fonte: https://unstats.un.org/sdgs/dataportal.
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ODS 8 Promover o crescimento econômico sustentado,


inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e
trabalho decente para todos

O crescimento econômico, a geração


de empregos, o trabalho decente para
todos, independente de sexo, idade,
cor ou raça ou condição de deficiência
se configuram em grandes desafios
globais para o alcance do ODS 8.

Indicador 8.3.1
Taxa de informalidade das pessoas de 15 anos ou mais de
idade ocupadas na semana de referência, por sexo (%)
2022
Homem Mulher

Índia

A taxa de informalidade das pessoas Indonésia


de 15 anos ou mais de idade ocupadas
apresenta um comportamento México
diferenciado entre os países do G20. Na
Índia, Indonésia, África do Sul, Turquia
Argentina
e Alemanha a informalidade é maior
entre as mulheres. Nos demais países
aqui representados, a informalidade África do Sul

é mais entre os homens. Os valores


também revelam as desigualdades Brasil
entre os países. Enquanto na Índia a
taxa é de 91,32% para as mulheres, na Turquia
Alemanha é de 4,61%.

Itália

França

Alemanha

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

Fonte: https://unstats.un.org/sdgs/dataportal.
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Indicador 8.5.2
Taxa de desocupação, por sexo e grupos de idade (%)
2022
Homem Mulher

15 a 24 anos

África do Sul

Itália

França

Brasil

A taxa de desocupação é maior entre Argentina

a população de 15 a 24 anos em todos Índia


os países do G20 que apresentam Turquia
informação para o indicador. Entre as
Indonésia
mulheres dessa faixa etária, os maiores
Rússia
valores ocorrem na África do Sul
(53,85%), na Arábia Saudita (26,41%), na Arábia Saudita

Itália (25,81%) e na Turquia (25,71%). Canadá

Austrália

EUA

Coréia do Sul

Alemanha

México

Japão

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0

25 anos ou mais

Entre a população de 25 anos ou África do Sul


mais de idade as maiores taxas são Turquia
observadas na África do Sul (24,73%
Itália
para os homens e 27,42% para
França
mulheres) e Arábia Saudita (13,98%
para mulheres). As maiores diferenças Brasil

na taxa de desocupação por sexo Canadá


nessa faixa etária ocorrem na Arábia Argentina
Saudita, Turquia e Brasil (5,42% -
Rússia
homens e 8,85% - mulheres).
Alemanha

EUA

Índia

Austrália

México

Japão

Coréia do Sul

Indonésia

Arábia Saudita

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0

Fonte: https://unstats.un.org/sdgs/dataportal.
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ODS 16 Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o


desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça
para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e
inclusivas em todos os níveis

A promoção da paz e de sociedades


inclusivas, o combate à corrupção, o
fortalecimento das instituições e a
ampliação da participação da sociedade
nas tomadas de decisão estão entre os
desafios para o alcance do ODS 16.

Indicador 16.1.1
Número de vítimas de homicídio intencional,
por 100 000 habitantes, por sexo

2021

Homem
Segundo o último relatório da ONU para 80,0

os ODS, 2021 foi o ano que apresentou


70,0
o maior número de homicídios
intencionais no mundo em relação 60,0
as duas últimas décadas. Entre os 15
50,0
países do G20 com informações sobre o
número de vítimas de homicídio, África 40,0
do Sul, México e Brasil apresentaram
30,0
os maiores valores em 2021. As vítimas
de homicídios são bem maiores entre 20,0
os homens do que entre as mulheres,
10,0
com diferenças marcantes, a ponto
de representarmos o indicador em 0,0
Japão

Coréia do Sul

Itália

Alemanha

Austrália

França

Canadá

Índia

Turquia

Argentina

EUA

Rússia

Brasil

México

África do Sul

gráficos separados. Na África do


Sul foram registradas 72,04 vítimas
homens/100 mil habitantes, enquanto
no Japão o valor foi 0,25, também para
os homens. Para efeitos de comparação,
a taxa global foi de 5,8/100 mil, também Mulher
12,0
em 2021, sendo que 9,3 para homens e
10,0
2,2 para mulheres. 8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
Japão

Austrália

Itália

Coréia do Sul

França

Alemanha

Canadá

Turquia

Argentina

Índia

EUA

Rússia

Brasil

México

África do Sul

Fonte: https://unstats.un.org/sdgs/dataportal.
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Um retrato das desigualdades no Brasil,


por ODS selecionados

ODS 1 Acabar com a pobreza em todas


as suas formas, em todos os lugares

O ODS 1, erradicação da pobreza, não todas as suas dimensões – as desa-


por acaso, é o primeiro dos 17 objeti- gregações dos indicadores por grupos
vos da Agenda 2030. Acabar com a de idade e por situação de domicílio
pobreza em todas as suas formas, e (urbano ou rural) evidenciam desi-
em todos os lugares, está diretamen- gualdades marcantes na proporção
te ligado à melhoria das condições da população abaixo da linha nacional
de vida e ao bem-estar das pessoas. de pobreza. Em relação à pobreza não
No âmbito da meta 1.1 – reduzir pelo monetária, ao mesmo tempo que há
menos à metade a proporção de uma redução acentuada no intervalo
homens, mulheres e crianças, de todas de uma década, a pobreza continua
as idades, que vivem na pobreza, em concentrada no Norte e Nordeste.

Indicador 1.2.1
Proporção da população abaixo da linha nacional de pobreza,
por grupos de idade (%)
2022

70 anos ou mais 11,6

60 a 69 anos 17,4

50 a 59 anos 23,8

40 a 49 anos 27,8

30 a 39 anos 29,4
A pobreza monetária está
25 a 29 anos 29,8
concentrada nas pessoas mais
jovens, com até 17 anos de idade. 18 a 24 anos 34,1

15 a 17 anos 46,6

6 a 14 anos 48,5

0 a 5 anos 49,9

Total 31,6

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

Notas: 1. Consolidado das primeiras entrevistas de 2012-2019 e das quintas entrevistas de 2020-2022.
2. Linha de 6,85 dólares por dia, convertidos pela paridade do poder de compra (PPC-2017) do consumo
privado de R$ 2,3273771 por dólar.
3. Depois de convertido, o valor da linha é corrigido pela inflação acordo com os deflatores utilizados pela
PNAD Contínua.
4. As estatísticas reportadas se referem a proporção de pessoas com rendimento domiciliar per capita
abaixo da linha de pobreza.
5. Nos cálculos são excluídas as pessoas na condição no domicílio de pensionista, empregado doméstico ou
parente de empregado doméstico.
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Indicador 1.2.1
Proporção da população abaixo da linha nacional de pobreza,
segundo a situação do domicílio (%)
2012 2022

22,3
Total
17,9

18,0
Urbana
15,3
Entre os ocupados, a pobreza se
concentra nas áreas rurais. 50,3
Rural
38,7

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

Notas: 1. Consolidado das primeiras entrevistas de 2012-2019 e das quintas entrevistas de 2020-2022.
2. Linha de 6,85 dólares por dia, convertidos pela paridade do poder de compra (PPC-2017) do consumo
privado de R$ 2,3273771 por dólar.
3. Depois de convertido, o valor da linha é corrigido pela inflação acordo com os deflatores utilizados pela
PNAD Contínua.
4. As estatísticas reportadas se referem a proporção de pessoas com rendimento domiciliar per capita
abaixo da linha de pobreza.
5. Nos cálculos são excluídas as pessoas na condição no domicílio de pensionista, empregado doméstico ou
parente de empregado doméstico.

Indicador 1.2.2
Índice de Pobreza Multidimensional Não Monetário (IPM-NM)

2008-2009 2017-2018
O IPM-NM indica forte redução
dos níveis de pobreza. Entretanto 6,7
Brasil
o indicador mostra que a pobreza 2,3

continua concentrada no Norte e 13,8


Norte
Nordeste. 5,2

12,4
Nordeste
4,3

3,2
Sudeste
1,1

2,2
Sul
0,6

5,3
Centro-Oeste
1,7

0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0

Fonte: IBGE, Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF).

Notas: 1. Nos cálculos são excluídas as pessoas na condição na família empregado doméstico ou parente de
empregado doméstico.
2. Mais detalhes sobre as estatísticas podem ser vistos na divulgação "Evolução dos indicadores não
monetários de pobreza e qualidade de vida no Brasil com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares"
de 2023. <https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=2102021>.
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ODS 3 Assegurar uma vida saudável e promover


o bem-estar para todos, em todas as idades

O ODS 3, objetivo da saúde e bem- da saúde mental (meta 3.4), saúde


-estar, está entre os que possuem um ambiental, abordada na meta 3.9
maior número de metas e indicado- (redução de doenças e mortes por
res, abordando temas diversos, como produtos químicos perigosos, con-
a eliminação das mortes evitáveis de taminação e poluição do ar e água),
recém-nascidos e de crianças meno- entre várias outras questões.
res de 5 anos (meta 3.2), a promoção

Indicador 3.2.1
Taxa de Mortalidade em menores de 5 anos

2000 2022
45,0
Houve redução da taxa de mortalidade 40,0
35,0
de nascidos vivos durante os cinco 30,0
primeiros anos de vida, entre 2000 e 25,0
2022, em todas as regiões do Brasil. 20,0
15,0
O Nordeste e o Norte foram as 10,0
regiões que apresentaram as maiores 5,0
reduções da taxa de mortalidade 0,0
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
em menores de 5 anos. Em 2000, o
Fonte: CGIAE/DAENT/SVS/MS - Busca Ativa.
Nordeste apresentava a maior taxa
Notas: 1. De 2014 a 2020, dados estimados pelo MS/SVS/CGIAE utilizando a metodologia do Busca Ativa.
de mortalidade (41,2) já em 2022 o
2. O CGI Demográfico e o de Mortalidade da RIPSA consideraram as Unidades da Federação Espírito Santo,
Norte apresentou a maior taxa de Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal
mortalidade (19,7). com boa qualidade de informação no SIM e no Sinasc, permitindo o cálculo direto de indicadores para
estas Unidades da Federação. Assim, nesse período, essas Unidades da Federação apresentam taxas de
100% de cobertura, pois não foram realizadas estimativas corrigidas pelo Busca Ativa.

Indicador 3.4.2
Taxa de mortalidade por suicídio, na população
Entre 2000 e 2021, a taxa de
com 5 anos ou mais, segundo as Grandes Regiões
mortalidade por suicídio aumentou
Óbitos por 100 mil habitantes
em todas as Regiões, registrando
o maior crescimento no Nordeste Brasil
(171,6%) – passando de 2,6 para 14,0
2000
12,0
7,1 óbitos por cem mil habitantes. 2020
10,0
No total Brasil, o aumento 2021
Centro- 8,0 Norte
correspondeu a 79,9% - saindo de Oeste
6,0
4,3, em 2000, para 7,8 óbitos por 4,0
cem mil habitantes, em 2021. Entre 2,0
2020 e 2021, também se observa 0,0
crescimento de 11,2%.

Sul Fonte: Ministério da Saúde, Sistema


Nordeste
de Informações sobre Mortalidade -
SIM; e IBGE, Retroprojeção da
População 2000/2010 e Projeções da
População do Brasil e Unidades da
Federação por sexo e idade:
Sudeste 2010-2060 (ano de ref. 2018).
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Indicador 3.9.2
Taxa de mortalidade atribuída a fontes de água inseguras, saneamento
inseguro e falta de higiene, por Grandes Regiões

2000 2022

Óbitos por 100 mil habitantes


Redução de 38,9% da taxa de 12,0
mortalidade por doenças atribuídas a
10,0
fontes de água inseguras, saneamento 9,8
inseguro e falta de higiene e das 8,0
desigualdades regionais, embora 7,7
7,2
estas permaneçam marcantes. 6,0 6,1
6,0 5,7
5,5
4,0 4,8
4,4
3,9 3,9 3,7
2,0

0,0
Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Fontes: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/MS); e Retroprojeção da População 2000/2010 e


Projeções da População do Brasil e Unidades da Federação por sexo e idade: 2010-2060 (ano de ref. 2018) (IBGE).

Indicador 3.9.2
Taxa de mortalidade atribuída a fontes de água inseguras,
saneamento inseguro e falta de higiene, por grupos de idade (%)

As principais vítimas são crianças


de até 4 anos e idosos de 60 anos 7,3 13,5 79,2
ou mais, tendo a participação
destes últimos no total dos 5 a 59 anos 60 anos ou mais
óbitos em questão aumentado 0 a 4 anos
significativamente ao longo do tempo.
Em 2022, 79,2% dos óbitos atribuídos a Fontes: Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM/MS); e Retroprojeção da População 2000/2010 e Projeções
fontes de água inseguras, saneamento da População do Brasil e Unidades da Federação por sexo e idade: 2010-2060 (ano de ref. 2018) (IBGE).

inseguro e falta de higiene ocorreram


entre idosos de 60 anos ou mais.
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ODS 4 Assegurar a educação inclusiva e equitativa de


qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem
ao longo da vida para todos

O ODS 4, educação de qualidade, está Essas diferenças ressaltam a persis-


diretamente ligado às possibilidades tência de desafios ligados ao alcance
de trabalho decente, assim como ao das metas 4.1 (garantir que todas as
exercício da cidadania. As desagrega- meninas e meninos completem o
ções por renda e por Região Geográfi- ensino primário e secundário gratuito,
ca mostram as desigualdades relacio- equitativo e de qualidade) e 4.2 (ga-
nadas a taxa de conclusão do ensino rantir que todos as meninas e meninos
fundamental e à frequência escolar tenham acesso a um desenvolvimento
das pessoas de cinco anos de idade. de qualidade na primeira infância).

Indicador 4.1.2
Taxa de conclusão do ensino fundamental, segundo as classes de
percentual de pessoas em ordem crescente de rendimento
domiciliar per capita (%)
2022

Em 2022, 89,8% das pessoas de Total 89,8


17 a 19 anos haviam concluído o Mais de 80% 97,1
ensino fundamental. Entre os 20%
Mais de 60% até 80% 96,2
da população com os maiores
rendimentos a taxa de conclusão do Mais de 40% até 60% 92,8
ensino fundamental chegou a 97,1%
Mais de 20% até 40% 88,1
e, entre os 20% da população com os
Até 20% 81,6
menores rendimentos, essa taxa foi
de 81,6%.
0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual - 2º trimestre.

Indicador 4.2.2
Frequência à escola das pessoas de 5 anos de idade, segundo
as Grandes Regiões (%)

2022

Em 2022, 95,9% das pessoas de 5 anos Brasil 95,9

de idade frequentavam escola no Norte 89,9


Brasil. A Região Norte apresentou o Nordeste 96,7
menor percentual (89,9%), enquanto a
Sudeste 97,0
Região Sudeste o maior (97,0%).
Sul 96,6

Centro-Oeste 95,2

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual - 2º trimestre.
Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20
16
Caderno Desigualdades | Primeiras análises

ODS 5 Alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas


as mulheres e meninas
O ODS 5 trata da igualdade de gênero ção da responsabilidade comparti-
e do empoderamento das mulhe- lhada dentro do lar e da família (meta
res. Entre as questões abordadas no 5.4). A garantia da participação plena
objetivo estão o reconhecimento e e efetiva das mulheres e a igualdade
a valorização do trabalho doméstico de oportunidades para a liderança em
não remunerado e de assistência, todos os níveis de tomada de decisão
através da disponibilização de serviços na vida política, econômica e pública
públicos, infraestrutura e políticas de também estão presentes (meta 5.5).
proteção social, assim como a promo-

Indicador 5.4.1
Proporção de tempo gasto em trabalho
doméstico não remunerado e cuidados (%)

2022
Homem Mulher Branca Preta ou
parda
As mulheres dedicam o dobro do 14,0
tempo em trabalho doméstico 12,0 12,9 13,3
12,2
11,5
não remunerado e cuidados do 10,0 11,1
9,5
que os homens. Essas diferenças 8,0
também aparecem na desagregação 6,0 6,1 6,1 6,4
5,7 5,6
por grupos de idade, sendo que 4,0 4,5
as mulheres entre 50 e 59 anos 2,0

dedicam 13,3% do seu tempo nesta 0,0


14 a 29 30 a 49 50 a 59 60 anos Homem Mulher
atividade, enquanto para as de 14 anos anos anos ou mais
a 29 anos a proporção é de 4,5%.
Para as mulheres pretas ou pardas a Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual - 2º trimestre.

proporção é maior (12,2%).

Indicador 5.5.2
Proporção de mulheres em posições gerenciais (%)

80,0

70,0

60,0

50,0
38,3 38,5 39,3
36,0 37,2 35,8 36,8 36,9 36,6
Em 11 anos, a proporção de mulheres 40,0
35,7 34,9
em posições gerenciais pouco
30,0
cresceu, alcançando 39,3% em 2022.
20,0

10,0

0,0
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual - 2º trimestre.
Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20
17
Caderno Desigualdades | Primeiras análises

Indicador 5.5.2
Proporção de mulheres em posições gerenciais, segundo o
setor da atividade econômica e a cor ou raça (%)

80,0
70,0 74,5
67,7
60,0
As mulheres brancas ocupam mais
50,0
posições gerenciais do que as pretas
40,0
ou pardas e, por atividade econômica, 39,3
30,0 31,0
no Setor de Serviços. 20,0 24,5
10,0
1,0
0,0
Total Agropecuária Indústria Serviços Branca Preta ou parda

Setor de atividade econômica (1) Cor ou raça (2)

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual - 2º trimestre.

(1) Não estão apresentados resultados para atividades maldefinidas. (2) Não estão apresentados resultados
para cor ou raça amarela ou indígena.

ODS 8 Promover o crescimento econômico sustentado,


inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e
trabalho decente para todos

O ODS 8, trabalho decente e cres- e sem deficiência, entre homens e


cimento econômico, está bastante mulheres, e entre diferentes grupos
ligado ao rendimento das pessoas e às de idades, com destaque para aqueles
perspectivas futuras, especialmente com idade entre 15 e 17 anos. O incen-
as dos jovens. As desagregações da tivo à formalização é um dos elemen-
taxa de informalidade, do rendimen- tos da meta 8.3, focada na promoção
to médio e da taxa de desocupação de políticas para o desenvolvimento
evidenciam desigualdades regionais, que incluam, entre outros temas, a
além de diferenças entre pessoas com geração de emprego decente.

Indicador 8.3.1
Taxa de informalidade das pessoas de 15 anos ou mais de idade,
por existência de deficiência, segundo as Grandes Regiões (%)

2022

A taxa de informalidade das pessoas Sem deficiência Com deficiência


com deficiência é maior nas Regiões 80,0
Norte e Nordeste, onde mais da
69,0
metade das pessoas de 15 anos ou 60,0 64,9

mais de idade ocupadas se encontram 54,4


51,4 48,7 49,3
40,0 46,3
nessa situação (69% e 64,9%,
33,3 34,9
respectivamente). Por outro lado, na 29,6
20,0
Região Sul a taxa alcança 46,3% para
pessoas com deficiência, embora a
0,0
desigualdade permaneça como nas Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
demais Regiões (29,6% para pessoas
sem deficiência). Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual - 3º trimestre.

Nota: Pessoas ocupadas na semana de referência.


Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20
18
Caderno Desigualdades | Primeiras análises

Indicador 8.5.1
Rendimento médio por hora real das pessoas de 15 anos ou
mais de idade, por sexo e existência de deficiência (R$)

2022
Total 15,7

Homens 16,1

Mulheres 14,2
O rendimento médio por hora
é menor entre as pessoas com Sem deficiência 15,9

deficiência e as mulheres, com valores Com deficiência 11,7


menores que o total nacional.
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual - 3º trimestre.

Nota: Pessoas ocupadas na semana de referência com rendimento de trabalho, habitualmente recebido
em todos os trabalhos.

Indicador 8.5.2
Taxa de desocupação, na semana de referência, das pessoas
de 15 anos ou mais de idade, por grupos de idade (%)

2023

60 anos ou mais

50 a 59 anos

40 a 49 anos

O desemprego no Brasil é maior entre 30 a 39 anos

os jovens de 15 a 17 anos. 25 a 29 anos

18 a 24 anos

15 a 17 anos

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0

Fonte: IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, acumulado de primeiras visitas.
Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20
19
Caderno Desigualdades | Primeiras análises

ODS 10 Reduzir a desigualdade dentro


dos países e entre eles

Um objetivo da Agenda 2030 que está que a média nacional é uma das suas
dedicado ao combate às desigual- metas (10.1). Entre outros elementos, o
dades entre os países e dentro dos ODS 10 também objetiva empoderar
países: Objetivo 10. A desigualdade, e promover a inclusão social, econô-
em conjunto com outros fatores, con- mica e política de todos, independen-
tribui para a violência, a insegurança temente da idade, sexo, deficiência,
e a injustiça. Alcançar e sustentar o raça, etnia, origem, religião, condição
crescimento da renda dos 40% da po- econômica ou outra (meta 10.2).
pulação mais pobre a uma taxa maior

Indicador 10.1.1
Taxa de crescimento anual do rendimento médio domiciliar
per capita entre os 40% com os menores rendimentos e a
população total (%)

40% menores rendimentos População total

No período inicial o crescimento anual 1,0


do rendimento médio dos 40% com
0,5
menores rendimentos foi inferior ao 0,1 0,39
0,0
crescimento do rendimento médio
-0,5
da população total. No período final
a redução do rendimento médio -1,0 -1,22

anual dos 40% com os menores -1,5


rendimentos foi superior à redução do -2,08
-2,0
rendimento médio da população total. -2,5
2012/2017 2016/2021

Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2012/2021.

Nota: As taxas se referem à média anual de crescimento do rendimento em um período de cinco anos.

Indicador 10.2.1
Proporção de pessoas com rendimento abaixo de 50% do
rendimento mediano mensal domiciliar per capita (%)
No indicador de pobreza relativa,
25,0 24,6
a proporção de pobres varia em
função da variação do rendimento 24,0
24,0 23,6
mediano. Houve queda entre 2012 23,4 24,0
23,1
e 2014 e posterior crescimento 23,0
contínuo até 2019, quando atingiu a 22,9 22,8
maior proporção da série. A redução 22,0 22,5 21,7
22,3
22,2
em 2020 ocorreu, sobretudo, pela
adoção dos programas emergenciais 21,0

de transferência de renda. Em 2023


20,0
foi registrada a menor proporção de 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023
pessoas vivendo abaixo de 50% do
rendimento média verificado na série. Fonte: IBGE - Pesquisa Nacional por Amotra de Domicílios Contínua 2012-2023.

Nota: Rendimentos deflacionados para reais médios de 2023.


Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20
20
Caderno Desigualdades | Primeiras análises

Indicador 10.2.1
Proporção de pessoas com rendimento abaixo de 50% do
rendimento mediano mensal domiciliar per capita, segundo o
sexo e os grupos de idade (%)
2023

Total 21,7

Quanto mais jovem maior é a Homens 20,9


proporção de pessoas vivendo
Mulheres 22,5
com rendimento abaixo de 50% do
rendimento mediano domiciliar per Até 9 anos 38,7
capita. A mesma realidade é verificada
10 a 19 anos 34,1
quando se desagrega o indicador por
20 a 29 anos 20,8
sexo, sendo a proporção de mulheres
superior à dos homens. 30 a 39 anos 21,0

40 a 49 anos 18,1

50 a 59 anos 14,1

60 a 69 anos 8,4

70 a 79 anos 5,1

80 anos ou mais 4,1

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual - 3º trimestre.

Nota: Pessoas ocupadas na semana de referência com rendimento de trabalho, habitualmente recebido
em todos os trabalhos.
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21
Caderno Desigualdades | Primeiras análises

ODS 16 Promover sociedades pacíficas e inclusivas para o


desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça
para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e
inclusivas em todos os níveis

O ODS 16 está bastante ligado ao mostram desigualdades relacionadas


conceito de governança e direitos a sexo, idade, local de moradia e cor
humanos, inclusive o direito à vida. Há ou raça. Destaca-se também para a
desafios para a produção regular de in- desigualdade por sexo um indicador
dicadores relacionados a esses temas. relacionado aos esforços para se ter
Destacam-se aqui indicadores relacio- serviços públicos inclusivos, o que está
nados à homicídios, violência, sensação presente na meta 16.7 - Garantir a to-
de insegurança (meta 16.1 - Reduzir mada de decisão responsiva, inclusiva,
significativamente todas as formas de participativa e representativa em todos
violência e as taxas de mortalidade os níveis.
relacionada em todos os lugares), que

Indicador 16.1.1
Homicídios intencionais por 100 mil habitantes, por sexo,
segundo os grupos de idade

2022
Homem Mulher

120,0

Vítimas de homicídios intencionais são 100,0


sobretudo homens jovens. A maior 80,0
taxa em 2022 foi encontrada no grupo 60,0
de homens com 20 a 24 anos (99,1 por 40,0
100 mil habitantes).
20,0

0,0
0 a 4 anos

5 a 9 anos

10 a 14 anos

15 a 19 anos

20 a 24 anos

25 a 29 anos

30 a 34 anos

35 a 39 anos

40 a 44 anos

45 a 49 anos

50 a 54 anos

55 a 59 anos

60 anos ou mais

Fonte: Ministério da Saúde. SVS/DANTPS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), 2022.
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Caderno Desigualdades | Primeiras análises

Indicador 16.1.3
Percentual de pessoas de 18 anos ou mais de idade que
sofreram violência nos últimos 12 meses, segundo a situação
do domicílio, o sexo e a cor ou raça (%)
2019

A Pesquisa Nacional de Saúde (PNS)


Total 18,3
de 2019 mostra que mais mulheres,
pessoas pretas ou pardas e moradores
Urbana 18,9
de áreas urbanas reportaram ter sido
vítimas de violência nos 12 meses que Rural 14,2

antecederam a pesquisa. Pessoas


Homens 17,0
pretas foram as maiores vítimas, com
20,6% delas reportando violência. Mulheres 19,4

Branca 16,6

Preta 20,6

Parda 19,3

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0

Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional de Saúde 2019.


Criando Sinergias entre a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e o G20
23
Caderno Desigualdades | Primeiras análises

Indicador 16.1.4
Proporção da população de 15 anos ou mais de idade que
se sente segura quando caminha sozinha na área onde
vive durante a noite (%)
O indicador Proporção da população 2021
que se sente segura quando caminha
Norte
sozinha na área onde vive se refere
39,6
a proporção de pessoas adultas
Nordeste
(acima de 15 anos) que se sentem
45,6
seguras andando sozinhas na área
em que vivem após escurecer (noite
ou madrugada), no ano da pesquisa.
Uma minoria se sentia segura em
2021 (48,3%), com forte diferença por
sexo (41,1% das mulheres se sentiam
seguras, contra 55,1% dos homens), por Centro-Oeste Sudeste
46,9
49,6
cor ou raça (46,7% das pessoas pretas
Sul
ou pardas contra 50,5% das pessoas 61,9
Brasil
brancas) e Grandes Regiões, com a
48,3
proporções de pessoas se sentindo
seguras na Região Norte (39,6%). Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2021.
Para informações mais detalhadas sobre os indicadores
brasileiros apresentados nesta publicação, consulte a
Plataforma ODS Brasil: https://odsbrasil.gov.br

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