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ODS 8 – Trabalho decente e crescimento econômico

Muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre como adotar ações que contribuam para o alcance
dos ODS da Agenda 2030, ou ainda encontram dificuldades para compreender que toda
ajuda faz a diferença. Por isso, nós do InfoCom pesquisamos e selecionamos algumas
dicas de atividades desenvolvidas em ações culturais, onde você pode praticar o
voluntariado simples, alinhado a cada um dos 17 Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável.

Talvez você até identifique ações que já estão sendo feitas em sua empresa ou
comunidade e que têm tudo a ver com os ODS, e você nem sabia que era sobre alguns
dos objetivos globais da Agenda 2030 da ONU.

Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno,


decente e produtivo para todes. As dificuldades de informação para promover o
crescimento econômico de maneira sustentável, são a justificativa para que esse objetivo
seja mais amplamente trabalhado. A definição mais aceita para desenvolvimento
sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem
comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o
desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.

No ano de 2018, o Nobel de Economia premiou os americanos William Nordhaus e Paul


Romer, que estudam a economia de mercado interagindo com a natureza e com o
conhecimento. Alinhadas a este Objetivo, podem ser realizadas palestras e oficinas sobre
educação financeira, aulas sobre conceitos básicos de empreendedorismo, feiras e bazares
com artesãos e pequenos produtores, promoção de cursos que gerem possíveis fontes de
renda, palestras sobre direito do trabalhador, mapeamento e divulgação de feiras livres da
cidade, entre outras, são algumas opções de ação alinhadas ao ODS 8.
Estudo revela que o Brasil está distante de alcançar
trabalho digno e emprego pleno para todos
A meta está presente no compromisso assumido pelo País, em setembro de
2015, com a Agenda 2030 e os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
(ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU); pesquisadora da Faculdade
de Direito de Ribeirão Preto identificou que a falta de informações é um dos
principais gargalos para alcançar esses objetivos

25/06/2021 - Publicado há 2 anos


Por Brenda Marchiori
Sustentabilidade com trabalho digno e crescimento econômico parece mesmo
realidade distante para o povo brasileiro. Comprometido desde setembro de
2015 com a Agenda 2030 e os Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil
continua emperrado quanto à meta de emprego pleno para todos. É o que
mostra o estudo de Mariana Faciroli, pesquisadora da Faculdade de Direito de
Ribeirão Preto (FDRP) da USP, que encontrou um gargalo logo na base do
compromisso com a Agenda 2030, a falta de informações.

A pesquisa se concentrou na meta 8.5 – que integra o ODS 8 e contempla o


emprego pleno, produtivo e trabalho decente para todos, avaliada por
Mariana a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio
Contínua (Pnad Contínua) e da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Os
resultados mostraram que pouco foi realizado para “reduzir a desigualdade
de salário médio por hora trabalhada entre homens e mulheres”. O salário
feminino, de 2013 a 2017, permaneceu os mesmos 13,13% menor que o dos
homens. Com relação às faixas etárias, o salário médio de empregados de 15
a 24 anos foi menos privilegiado que o de trabalhadores de 40 a 59 anos.
O pior ocorreu com o indicador da taxa de desocupação (desemprego),
segundo Mariana: “Os dados mostraram que, ao invés de progresso, houve
retrocesso”. A desocupação geral no Brasil passou de 7,12% em 2013 para
12,7% em 2017. E o objetivo da Agenda 2030, garante a pesquisadora, era
uma redução de 40% na taxa de desocupação, para aproximar os patamares
brasileiros aos de países desenvolvidos, que possuem taxas de apenas 3% a
6%.

Falta de dados
Orientadora de Mariana, a professora da FDRP Maria Hemília Fonseca adianta
que a meta 8.5 consiste em alcançar “emprego pleno e trabalho decente para
todas as mulheres e homens, inclusive para jovens e pessoas com deficiência”,
além de remuneração igual para trabalhos equivalentes. Objetivos estes,
argumenta a professora, que devem ser implementados por políticas públicas
baseadas em indicadores de salário médio por hora e a taxa de desocupação,
considerando sexo, idade e se o trabalhador apresenta alguma deficiência.
O problema, diz Maria Hemília, é que faltam informações para desenvolver as
políticas públicas. A realidade do Brasil é a da falta de dados, com “falta de
divulgação, alimentação de dados e a periodicidade desta alimentação”,
enfatiza. Mariana ainda informa que o País não realizou, desde a adoção da
Agenda 2030, “adaptações nos seus processos de levantamentos de dados”
sobre os indicadores de salário médio por hora trabalhada e taxa de
desocupação.

Desenvolvimento sustentavel
As violações e o desrespeito aos direitos sociais, ambientais e econômicos em
curso distanciam o Brasil do desenvolvimento sustentável, de acordo com
o III Relatório Luz da Sociedade Civil da Agenda 2030 de Desenvolvimento
Sustentável, publicado pelo Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a
Agenda 2030 (GT Agenda 2030). Para a pesquisadora Mariana, “não se pode
obter um desenvolvimento que seja verdadeiramente sustentável sem que os
três pilares [econômico, social e ambiental], nos quais se funda a
sustentabilidade, estejam em harmonia e sejam igualmente valorizados”.
Nesse sentido, a falta de dados brasileiros é um obstáculo para o alcance do
desenvolvimento sustentável, que ocasiona a insuficiência de meios de
implementação das metas dos ODS e a necessidade de um monitoramento
eficaz sobre a adoção da Agenda 2030. Dificulta também “apontar com
critério as variações ou a falta de estratégias e as dificuldades (ou as
realidades) que o Brasil vem enfrentando”, informa a professora Maria
Hemília Fonseca.
Sobre as perspectivas futuras, Mariana diz que o cenário brasileiro é
nebuloso, porque o País ainda está enfrentando a pandemia de covid-19 “que
impactou diretamente na questão econômica e de trabalho”. Assim, será
preciso maior esforço “de implementação de políticas públicas voltadas ao
alcance das metas, além de um trabalho integrado entre todas as partes
interessadas”.
Os resultados desse estudo fazem parte da dissertação de
mestrado Desenvolvimento sustentável, Agenda 2030 e promoção do trabalho
decente: considerações sobre o acompanhamento da meta de emprego pleno,
produtivo e trabalho decente para todos no cenário brasileiro, apresentada por
Mariana Inácio Faciroli à FDRP em 2020.
ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA CORINA DE OLIVEIRA
Ensino Fundamental e Médio
Disciplina: Núcleo de Inovação Matemática
Professor: Domingos Cezar Marino Pontes

Ano e Turma:
Alunos:

PERGUNTAS
1. Qual é a definição mais aceita para desenvolvimento sustentável?
2. O que pode ser realizado em alinhamento com o ODS 8?
3. Em qual meta o Brasil enfrenta dificuldades para seguir?
4. Qual gargalo foi encontrado na base do compromisso com a Agenda
2030?
5. Qual meta se concentrou a pesquisa?
6. Qual a realidade do Brasil segundo Maria Hemília?
7. Que informação Mariana relata que o país não realizou desde a adoção
da Agenda 2030?
8. Quais são os três pilares para se ter realmente um desenvolvimento
que seja verdadeiramente sustentável?
9. O que ocasiona a falta de dados brasileira? E quais as dificuldades
encontradas?

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