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ARTIGO DE REVISÃO

Intervenção terapêutica ocupacional com idosos


diabéticos: uma revisão da literatura
Occupational therapy intervention with diabetic elderly: a literature revie

Caroline Santos Bezerra Marns1, Érica Verônica de Vasconcelos Lyra2

RESUMO
O aumento da expectativa de vida da população leva ao crescimento do número de idosos que necessitam
de cuidados de saúde, principalmente das complicações ocasionadas pelas doenças crônicas. O diabetes
mellitus é uma doença de alta prevalência nos idosos, caracterizada por um distúrbio metabólico decorrente
1Terapeuta ocupacional do Núcleo da falta de insulina e/ou da incapacidade de esta substância agir adequadamente. A doença promove a
de Apoio à Saúde da Família instalação de complicações macrovasculares (doença cardiovascular, cerebrovascular e de vasos periféricos),
(Nasf) da Prefeitura do Recife microvasculares (retinopatia, nefropatia e neuropatia) e musculoesqueléticas (artrite reumatoide e
e da Associação de Assistência osteoartrite) que interferem na qualidade de vida dos idosos e no desempenho ocupacional (autocuidado,
à Criança Deficiente (AACD trabalho e lazer). Este estudo consiste de uma pesquisa bibliográfica que investiga a atuação do terapeuta
Pernambuco). ocupacional junto ao idoso com diabetes mellitus, abrangendo as duas últimas décadas, com a finalidade
2Docente do curso de Terapia de identificar as possibilidades de intervenções, diante das diversas complicações clínicas. Constatou-se a
Ocupacional da UFPE e importância do profissional na prevenção das incapacidades e na manutenção da funcionalidade durante as
doutoranda em Psicologia Clínica diversas etapas da doença. A intervenção estimula a recuperação da autonomia para o autocuidado, orienta
pela Unicap. o indivíduo no controle da glicemia, e, diante da instalação de complicações, contribue para a melhoria do
desempenho funcional. A atuação do terapeuta ocupacional junto ao idoso diabético possibilita a manutenção
do desempenho satisfatório das atividades de vida diária, como no que diz respeito a alimentação, vestuário,
higiene pessoal e locomoção, o que melhora também sua relação com os meios familiar e social.
Palavras-chave: diabetes mellitus, complicações do diabetes mellitus, idoso, reabilitação, terapia ocupacional
ABSTRACT
Increased life expectancy of the population leads to the growing number of the elderly who need health care,
mainly due to complications caused by chronic diseases. Diabetes mellitus is a disease of high prevalence
in the elderly, characterized by a metabolic disorder resulting from the lack of insulin and/or its inability to
act appropriately. The disease promotes the appearance of macrovascular (cardiovascular, cerebrovascular
and peripheral vessels), microvascular (retinopathy, nephropathy and neuropathy) and musculoskeletal
(osteoarthritis and rheumatoid arthritis) complications that affect the quality of life of seniors and their
occupational performance (self-care, work and leisure). This study consists of a literature research that
investigates the role of the occupational therapist following the elderly with diabetes mellitus, enclosing
the two last decades, in order to identify possible interventions in the face of medical complications. It was
noted the importance of the professional in the prevention of the disability and in the maintenance of the
functionality during the various stages of the disease. The intervention stimulates the recovery of self-care
autonomy, guides the individual in in the glycemic control, and in the face of complications, it contributes to
the improvement of functional performance. The role of the therapist following the diabetic elderly enables
the maintenance of a satisfactory performance of daily life activities such as eating, getting dressed, personal
hygiene, mobility as well as improves the elderly´s family and social relationships.
Keywords: diabetes mellitus, diabetes complications, aged, rehabilitation, occupational therapy
Endereço: Caroline Santos Bezerra Martins - Rua dos Navegantes, 992 - Boa Viagem 51021-010 Recife, PE
E-mail: caroline.bezerra@yahoo.com.br

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A terapia ocupacional e o diabetes: uma revisão 83

INTRODUÇÃO A doença contribui para o comprometi-


mento da qualidade de vida dos idosos, po-
O diabetes mellitus (DM) é um importante
dendo ser decorrente de fatores psicológicos
e crescente problema de saúde pública, cuja
ou de outros – como educação, conhecimen-
incidência e a prevalência aumentam no mun-
to sobre a doença, tipo de assistência, uso de
do todo, alcançando proporções epidêmicas,
insulina, idade, complicações, nível social etc.
inclusive em países em desenvolvimento. Isso
O DM, associado às alterações relacionadas à
ocorre, em grande parte, devido ao acelerado
idade que ocorrem praticamente em todas as
processo de transição demográica e epide-
partes do corpo com o envelhecimento, pro-
miológica em curso nesses países1-3.
move o aumento de consumo de recursos em
Segundo a International Diabetes Fede- saúde e mortalidade2.
ration (IDF), estima-se que o número de pes-
Nos idosos diabéticos, a doença apresen-
soas com a doença passe de 366 milhões em
2011 para 552 milhões em 2030, caso nenhu- ta-se de forma peculiar, sendo que os sintomas
ma ação de urgência seja tomada. Acredita-se clássicos costumam estar ausentes e podem
que aproximadamente três novos casos sur- ocorrer as manifestações menos comuns11.
gem a cada dez segundos, ou seja, quase dez Estudos realizados em São Paulo e na re-
milhões por ano, sendo que 183 milhões de gião Nordeste, em 2005, com egressos de gru-
pessoas não sabem que têm a doença4. pos da terceira idade, apontaram que mais de
A incidência de DM em idosos brasilei- 80% dos idosos apresentam pelo menos uma
ros varia de 13,1 a 15,4%5,6. Trata-se de um enfermidade crônica e algum grau de depen-
problema de saúde pública, apresentando dência, necessitando de ajuda de outras pes-
aumento das taxas de mortalidade, de 6,25% soas para realizar uma ou mais atividades bá-
em 2008 para 6,47% em 20107. sicas de vida diária3.
O DM insere-se no grupo das doenças crô- O DM é portanto, uma doença que com-
nicas não transmissíveis que, no Brasil, leva promete o desempenho ocupacional que
os indivíduos a se tornarem incapacitantes abrange as áreas de autocuidados, trabalho
para o trabalho, inicialmente de maneira tem- e lazer. Dessa forma, o terapeuta ocupacional
porária, podendo levar à invalidez e aposen- insere-se na problemática promovendo uma
tadoria precoces, além de causar importan- intervenção que atenda às reais necessidades
te morbimortalidade entre os idosos6,8. Em do indivíduo12.
estudos realizados com idosos diabéticos no A atuação do terapeuta ocupacional fun-
Brasil, observa-se um predomínio do sexo fe- damenta-se no uso da atividade, com o obje-
minino5,6, na faixa etária de 60 a 70 anos5. tivo de promover a saúde e atingir resultados
Assim, o envelhecimento da população é funcionais por meio do desenvolvimento, da
um fator importante no aumento expressivo melhora ou da restauração do nível mais ele-
do DM, doença que acarreta complicações vado de independência. A intervenção é pro-
macrovasculares (doença cardiovascular, ce- posta ao indivíduo que esteja limitado por
rebrovascular e de vasos periféricos) e micro- uma doença, ou lesão física, apresentando
vasculares (retinopatia, nefropatia e neuropa- uma condição de não funcionalidade. As-
tia), além de outros fatores, como alterações sim, tem-se o objetivo de melhorar as habi-
negativas no estilo de vida, aumento de casos lidades de vida diária, aptidão para o traba-
de obesidade e questões socioeconômicas9,10. lho e o lazer13.

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84 Geriatria & Gerontologia

Diante da problemática do DM, o terapeu- e espanhol durante as últimas duas décadas.


ta ocupacional pode inserir-se em programas Alguns artigos anteriores a essa data foram
de prevenção primária, possibilitando a pro- selecionados, devido à sua relevância quanto
moção da saúde; de prevenção secundária, ao assunto abordado.
prevenindo o aparecimento de sequelas que Foi realizada uma busca de artigos cientí-
ocasionem uma possível invalidez; e, por im, icos sobre o tema nas bases de dados Medli-
em programas de prevenção terciária, na re- ne, Scielo e Lilacs (via Bireme), tendo como
abilitação do paciente em estágio mais avan- descritores: diabetes mellitus (diabetes melli-
çado que apresente invalidez ou deformidade tus), complicações do diabetes (diabetes com-
de algum membro14. A intervenção visa à ade-
plications), idoso (aged), reabilitação (rehabi-
quação do estilo de vida do indivíduo acome-
litation) e terapia ocupacional (occupational
tido pelas complicações do DM em conjunto
therapy). Fontes adicionais foram obtidas
com outros proissionais da área da saúde15.
por meio de estudos encontrados em outras
O DM é uma doença que compromete a fontes cientíicas (livros, revistas, sites) que
autonomia e a realização das atividades co- abordavam o assunto.
tidianas. Diante dos comprometimentos no
desempenho ocupacional decorrentes da
RESULTADOS
doença, realizou-se uma pesquisa bibliográ-
ica sobre a atuação terapêutica ocupacional Os resultados da pesquisa apresentam um
junto a idosos diabéticos, para uma melhor total de 40 publicações, demonstradas nas Ta-
compreensão da doença e suas complicações, belas 1 e 2. Foram encontradas 14 publicações
visando a uma intervenção mais eicaz junto em bases de dados de literatura cientíica, sen-
a esse grupo. do três na Medline, três Lilacs e oito na Scielo.
Em acervo de especialistas, localizaram-se 26
publicações, sendo que 14 destas correspon-
MÉTODOS dem a livros; duas a teses de doutorado; duas
Trata-se de um estudo de revisão de lite- são dissertações de mestrado; quatro corres-
ratura, cuja busca e análise se concentraram pondem a sites na internet; três são artigos; e
nas publicações escritas em português, inglês uma diz respeito a anais de congresso.

Tabela 1. Resultado da pesquisa bibliográfica realizada nas bases de dados da literatura científica (Medline, Lilacs e Scielo)

Base de
Autor Título Fonte Língua Ano
Dados
The occupational therapist’s role in the Can J Occup Ther. 1987
Andrew MA Inglês 1987 Medline
management of diabetes Feb;54(1):11-5.
The American Journal of
Occupational Therapy and the person with
Cate Y, Baker SS, Gilbert MP Occupational Therapy. Inglês 1995 Medline
diabetes and vision impairment
1995 Oct; 49(9):905-11.
Clinical experience of rehabilitation
Clin Rehabil. 1998
Rijken PM, Dekker J therapists with chronic diseases: a Inglês 1998 Medline
Apr;12(2):143-50.
quantitative approach

(continua)

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Tabela 1. Resultado da pesquisa bibliográfica realizada nas bases de dados da literatura científica (Medline, Lilacs e Scielo)
(continuação)

Base de
Autor Título Fonte Língua Ano
Dados
Deficiência visual: características e
expectativas da clientela de serviço de Rev. Ciênc Méd
Montilha RCL, Temporino ER,
reabilitaçäo/ Visual deficiency: characteristics (Campinas). 2000 Set- Português 2000 Lilacs
Kara-José N
and expectations of the rehabilitation service Dez;9(3):123-8.
clientele

Repercussão das doenças crônicas não-


Moura AAG, Carvalho EF, Silva Ciênc saúde coletiva. 2007
transmissíveis na concessão de benefícios Português 2007 Lilacs
NJC Nov-Dez;12(6):1661-72.
pela previdência social

Intervención de terapia ocupacional en


Porras AX, Cáceres NM, Garcés prevención y tratamiento de obesidad y Rev Chil Ter Ocup. 2006
Espanhol 2006 Lilacs
MA, Riveros GMF, Seguel VA diabetes mellitus tipo II: nunca pensamos Nov;(6):55-68.
que era algo más que una dieta1
Avaliação do cuidado prestado a diabéticos Rev Saúde Pública.
Araújo RB, et al Português 1999 Scielo
em nível primário 1999;33(1):24-32.
Distribuição espacial dos idosos de um
Campos FG, Barrozo LV, Ruiz T,
município de médio porte do interior paulista Cad Saúde Pública.
César CLG, Barros MBA, Carandina Português 2009 Scielo
segundo algumas características sócio- 2009;25(1):77-86.
L, et al
demográficas e de morbidade

Coeli CM, Ferreira LGFD, Drbal


Mortalidade em idosos por diabetes mellitus Rev Saúde Pública. 2002;
MM, Veras RP, Camargo Júnior Português 2002 Scielo
como causa básica e associada 36(2):135-40.
KR, Cascão AM
Trabalho, suporte social e lazer protegem Rev Saúde Pública. 2011
D’Orsi E, Xavier AJ, Ramos LR Português 2011 Scielo
idosos da perda funcional: estudo epidoso Aug;45(4):685-92.

Francisco PMSB, Belon AP, Barros Diabetes auto-referido em idosos:


Cad Saúde Pública. 2010;
MBA, Carandina L, Alves MCGP, prevalência, fatores associados e práticas de Português 2010 Scielo
26(1):175-84.
Goldbaum M, et al controle

Lima MG, Barros MBA, César Impact of chronic disease on quality of life
Rev Panam Salud Publica.
CLG, Goldbaum M, Carandina L, among the elderly in the state of São Paulo, Inglês 2009 Scielo
2009; 25(4):314-21.
Ciconelli RM Brazil: a population-based study

Pavarini SCI, Mendiondo MSZ, Texto Contexto Enferm.


A arte de cuidar do idoso: Gerontologia como
Barham EJ, Varoto VAG, Filizola 2005 Jul-Set; 14(3):398- Português 2005 Scielo
profissão?
CLA 402.

Controle de Diabetes Mellitus e Hipertensão


Arterial com Grupos de Intervenção
Silva TR, Lima MHA, Nobre MRC, Saúde e Sociedade. 2006
Educacional e Terapêutica em Seguimento Português 2006 Scielo
Domingues RZL Set-Dez;15(3):80-89.
Ambulatorial de uma Unidade Básica de
Saúde

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Tabela 2. Resultado da pesquisa bibliográfica realizada em acervo de especialistas (livros, periódicos, dissertações, internet)

Base de
Autor Título Fonte Língua Ano
Dados
The occupational therapist’s role in the Can J Occup Ther. 1987
Andrew MA Inglês 1987 Medline
management of diabetes Feb;54(1):11-5.

The American Journal of


Occupational Therapy and the person with
Cate Y, Baker SS, Gilbert MP Occupational Therapy. Inglês 1995 Medline
diabetes and vision impairment
1995 Oct; 49(9):905-11.

Clinical experience of rehabilitation therapists Clin Rehabil. 1998


Rijken PM, Dekker J Inglês 1998 Medline
with chronic diseases: a quantitative approach Apr;12(2):143-50.

Deficiência visual: características e expectativas


Rev. Ciênc Méd
Montilha RCL, Temporino ER, da clientela de serviço de reabilitaçäo/ Visual
(Campinas). 2000 Set- Português 2000 Lilacs
Kara-José N deficiency: characteristics and expectations of
Dez;9(3):123-8.
the rehabilitation service clientele

Repercussão das doenças crônicas não- Ciênc saúde


Moura AAG, Carvalho EF,
transmissíveis na concessão de benefícios pela coletiva. 2007 Nov- Português 2007 Lilacs
Silva NJC
previdência social Dez;12(6):1661-72.

Intervención de terapia ocupacional en


Porras AX, Cáceres NM, Garcés prevención y tratamiento de obesidad y Rev Chil Ter Ocup. 2006
Espanhol 2006 Lilacs
MA, Riveros GMF, Seguel VA diabetes mellitus tipo II: nunca pensamos que Nov;(6):55-68.
era algo más que una dieta1

Avaliação do cuidado prestado a diabéticos em Rev Saúde Pública.


Araújo RB, et al Português 1999 Scielo
nível primário 1999;33(1):24-32.

Distribuição espacial dos idosos de um


Campos FG, Barrozo LV, Ruiz
município de médio porte do interior paulista Cad Saúde Pública.
T, César CLG, Barros MBA, Português 2009 Scielo
segundo algumas características sócio- 2009;25(1):77-86.
Carandina L, et al
demográficas e de morbidade

Coeli CM, Ferreira LGFD,


Mortalidade em idosos por diabetes mellitus Rev Saúde Pública. 2002;
Drbal MM, Veras RP, Camargo Português 2002 Scielo
como causa básica e associada 36(2):135-40.
Júnior KR, Cascão AM

Trabalho, suporte social e lazer protegem idosos Rev Saúde Pública. 2011
D’Orsi E, Xavier AJ, Ramos LR Português 2011 Scielo
da perda funcional: estudo epidoso Aug;45(4):685-92.

Francisco PMSB, Belon AP,


Barros MBA, Carandina L, Diabetes auto-referido em idosos: prevalência, Cad Saúde Pública. 2010;
Português 2010 Scielo
Alves MCGP, Goldbaum M, fatores associados e práticas de controle 26(1):175-84.
et al

Lima MG, Barros MBA, César Impact of chronic disease on quality of life
Rev Panam Salud Publica.
CLG, Goldbaum M, Carandina among the elderly in the state of São Paulo, Inglês 2009 Scielo
2009; 25(4):314-21.
L, Ciconelli RM Brazil: a population-based study

(continua)

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Tabela 2. Resultado da pesquisa bibliográfica realizada em acervo de especialistas (livros, periódicos, dissertações, internet).
(Continuação)

Base de
Autor Título Fonte Língua Ano
Dados
Pavarini SCI, Mendiondo Texto Contexto Enferm.
A arte de cuidar do idoso: Gerontologia como
MSZ, Barham EJ, Varoto VAG, 2005 Jul-Set; 14(3):398- Português 2005 Scielo
profissão?
Filizola CLA 402.

Controle de Diabetes Mellitus e Hipertensão


Silva TR, Lima MHA, Nobre Arterial com Grupos de Intervenção Educacional Saúde e Sociedade. 2006
Português 2006 Scielo
MRC, Domingues RZL e Terapêutica em Seguimento Ambulatorial de Set-Dez;15(3):80-89.
uma Unidade Básica de Saúde

Quanto ao idioma, 32 são em língua portu- diminuindo o autocuidado e favorecendo o


guesa, sete em língua inglesa e uma em língua aparecimento de complicações crônicas12.
espanhola. Em relação ao ano de publicação, Dessa forma, o adequado controle da doença
encontram-se três em 2002, duas em 2003, aliada às atividades de trabalho e lazer devem
três em 2004, oito em 2005, três em 2006, ser valorizados por seu efeito protetor, assim
quatro em 2007, uma em 2008, duas em 2009, como o relacionamento dos idosos com os
uma em 2010, duas em 2011 e três em 2012. amigos deve ser levado em conta16.
Nota-se uma escassez de publicações mais Considerando que o cenário nacional
recentes. No entanto, as mais antigas pos- aponta para um número cada vez maior de
suem conteúdo relevante para a construção idosos na população e que esses idosos po-
deste estudo. Foram encontradas uma em dem apresentar múltiplas doenças crônicas,
2001, uma em 2000, duas em 1999, duas em as quais podem causar dependência, este sé-
1998, uma em 1995 e uma em 1987. culo será marcado por novas necessidades de
cuidado3.

DISCUSSÃO Para Araújo et al.17 ações de controle da


glicemia são necessárias para a prevenção
Idoso com DM versus capacidade fun- das complicações do DM no idoso. No entan-
cional to, observam-se diiculdades de adesão aos
D’Orsi et al.16 airmam que o DM faz parte tratamentos que impliquem mudanças de
do grupo de patologias crônicas que provo- comportamento, apesar de existirem evidên-
cam perdas na capacidade funcional de ido- cias na literatura de que o maior contato com
sos com impacto sobre a vitalidade, a saúde serviços se dá em caráter prevencionista, re-
mental e componentes ísicos, nos custos sultando em menor probabilidade de óbitos
do manejo, como a dieta alimentar, as medi- ocasionados pela doença.
cações e, principalmente, no automonitora- O terapeuta ocupacional enfatiza a pre-
mento – o que pode comprometer o trata- venção das complicações crônicas decorren-
mento e a qualidade de vida do idoso. tes do DM, permitindo que o doente e seus
A perda da autonomia pode inluenciar a familiares evitem situações perigosas e/ou
autoestima e propiciar o descaso com a saúde, danosas causadoras de sequelas irreversíveis.

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88 Geriatria & Gerontologia

No entanto, diante de comprometimentos ins- A intervenção ocorre de acordo com a


talados, o proissional faz uso de adaptações, fase e evolução da doença reumática, e com
técnicas e equipamentos que minimizem a as necessidades especíicas do indivíduo. A
limitação funcional, o isolamento e o afasta- ação do proissional direciona-se à redução
mento social do idoso15,18. dos sinais e sintomas, prevenção de deformi-
Em estudo realizado com diabéticos, Por- dades, além de manutenção do desempenho
ras et al.19 demonstram a importância de o ocupacional23.
terapeuta ocupacional ouvir do indivíduo a Muitos idosos diabéticos apresentam o
descrição do seu cotidiano. Assim, é possível comprometimento visual como complicação
conhecer a história de vida de cada um e o da doença15,24. Na fase crônica, pode ocorrer
que leva o indivíduo a ter hábitos alimentares um início de catarata ou instalação de retino-
prejudiciais à sua saúde. A partir disso, serão patia diabética25,26.
realizadas orientações sobre a alimentação As complicações no âmbito visual exigem
correta para que o diabético mantenha os do terapeuta ocupacional, atenção ao fun-
níveis de glicose sob controle. cionamento visual durante a avaliação, para
É importante destacar que o proissional possíveis intervenções de ajustes visuais25,26.
atua na reabilitação do paciente diabético em O paciente pode apresentar diiculdades para
parceria com a equipe multidisciplinar, pro- manter-se independente na realização das
movendo ações com pacientes institucionali- atividades de vida diária (AVD), como no con-
zados ou não20. trole da glicemia, no planejamento e preparo
Intervenção terapêutica ocupacional das refeições, e na manutenção dos cuidados
nas complicações do DM com a pele15.
Os objetivos da terapia ocupacional jun- O proissional orienta o uso de disposi-
to a idosos com DM são: promover uma ati- tivos adaptados que facilitam a visualização
vidade metódica para ajudar na regulação da dos níveis de glicose no sangue com telas de
insulina; possibilitar um meio no qual o dia- exibição ampliadas, e auxilia o diabético no
bético possa demonstrar seus conhecimentos manuseio de aparelhos sonoros para medi-
sobre sua dieta, mediante o planejamento e ção de insulina. Além disso, o terapeuta ocu-
a preparação dos alimentos; avaliar e orien- pacional explica quanto ao uso de seringas,
tar adaptações diante de complicações que com orientações de fácil leitura, para os dia-
originam perdas da visão, da sensibilidade béticos que necessitam realizar aplicações de
ou amputação, entre outros; promover apoio insulina15. Assim, o indivíduo comprometido
psicológico21. visualmente mantém maior independência26.
As complicações musculoesqueléticas cor- Veriica-se também que comprometimen-
respondem às primeiras manifestações do DM. tos cardíacos podem surgir com o DM, levan-
A Artrite reumatoide e a osteoartrite são as do- do a óbito dois terços dos indivíduos, sejam os
enças incapacitantes em que o terapeuta ocu- que necessitam de insulina ou não. Durante a
pacional direciona sua intervenção, pois provo- internação hospitalar do paciente com com-
cam dor, fadiga, perda de força, resistência ou plicações cardíacas, o terapeuta ocupacional
amplitude de movimentos da articulação. Além fornece orientações sobre os fatores de risco
disso, promovem modiicações sociais que in- e métodos para evitá-los, além de orientar o
terferem no desempenho ocupacional22. controle dos níveis de açúcar no sangue. O

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A terapia ocupacional e o diabetes: uma revisão 89

proissional auxilia a realização das AVD de por meio do teste de pressão limiar ou toque,
maneira mais adequada e a prevenção de em que utiliza o estesiômetro Semmes-Weins-
perdas de massa muscular durante o repouso tein (teste de sensibilidade), instrumento vá-
no leito. O paciente pode ser inserido em ati- lido e coniável, que quantiica as anormali-
vidades de grupos organizados no hospital, dades do sistema nervoso periférico e de suas
diante da estabilização do quadro clínico27. condições de funcionamento33,34.
O DM também pode ocasionar nefropa- Bentzel e Quitana31 evidenciam que a di-
tia, que acomete de 15 a 20% dos indivídu- minuição ou perda da sensibilidade protetora,
os, evidenciando um elevado número de ca- a incapacidade de sentir dor em resposta aos
sos de insuiciência renal crônica, e que leva estímulos potencialmente nocivos, sugere a
o indivíduo a realizar eventualmente diálise necessidade de ensinar ao doente estratégias
e transplante de rim28,29. O terapeuta ocupa- compensatórias de prevenção das lesões. O
cional, nesta fase, pode orientar quanto ao proissional promove junto ao indivíduo, a re-
comprometimento renal, proporcionando ao educação da função do membro acometido e
indivíduo uma melhor compreensão da do- o treinamento de técnicas de compensação25.
ença. O proissional utiliza atividades auto- O terapeuta ocupacional propõe adapta-
expressivas, que permitem a diminuição da ções para ajudar a compensar a neuropatia e
ansiedade e da ociosidade, durante sessões a sensibilidade diminuída, nas mãos e nos pés.
de hemodiálise15. Realizam-se ajustes na temperatura da água
No indivíduo com DM, ocorre o compro- para diminuir as possibilidades de queimadu-
metimento da sensibilidade, sendo a neu- ras durante o banho e ao lavar louça26.
ropatia periférica precursora da perda da A doença vascular periférica é causa prin-
função sensorial25. A limitação do sistema cipal das amputações de membros inferio-
somatossensorial, a partir dessa compli- res35. Devido à crescente incidência da doença
cação, promove prejuízos na execução dos em idosos, os casos de amputações nesta faixa
movimentos, aumento dos riscos de que- etária superam as decorrentes por trauma-
das, alteração da propriocepção dos mem- tismos25. Torna-se relevante destacar que os
bros inferiores, além de maiores riscos de comprometimentos ocasionados pelo DM são
lesões30. as principais causas de internamento hospita-
A Associação Americana de Diabetes re- lar neste grupo36.
comenda o teste sensorial dos pés de todos os Após o procedimento de amputação, o te-
indivíduos com a doença, para que as úlceras rapeuta ocupacional atua no controle da dor
e amputações possam ser evitadas, diante da pós-operatória, delimitando juntamente com
perda de sensibilidade31. Por meio de testes o paciente, os objetivos e as estratégias para o
realizados para avaliar o grau de comprome- programa de reabilitação28. O proissional au-
timento, o terapeuta ocupacional identiica xilia na organização do esquema corporal e da
alterações de sensibilidade, que interferem autoimagem, e fornece recomendações para o
na realização do desempenho das atividades uso de dispositivos adaptativos e equipamen-
cotidianas, e analisa se a sensação está ade- tos médicos duráveis, aumentando a indepen-
quada para a realização das AVD32,33. dência do indivíduo35.
O proissional avalia as lesões ou compres- Berghe28, Keenan e Morris35 airmam que
sões dos nervos periféricos associadas ao DM, o objetivo do terapeuta ocupacional, dian-

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90 Geriatria & Gerontologia

te da amputação, é a formulação e execução formação do ambiente clínico e do próprio


do programa pré-protético e o treinamento processo educativo12.
do uso da prótese. O proissional inicia suas Ferreira et al.37 evidenciam a realização
atividades com o paciente preparando-o para de atividades em grupo, objetivando melho-
receber a prótese25. Em seguida, a interven- rias na qualidade de vida dos indivíduos. As-
ção visa a promover a tolerância e o treina- sim, acontecem ganhos na organização do co-
mento funcional da mesma35. tidiano destes indivíduos, como maior inde-
O proissional orienta a mobilidade no pendência e satisfação de suas necessidades,
leito, uso da cadeira de rodas, treinamento melhoria nos cuidados com a aparência ísica
para as transferências, higiene do membro e higiene pessoal, adesão às atividades pro-
residual; além de favorecer maior indepen- dutivas e de lazer, maior engajamento na co-
dência na realização do banho e do vestir-se, munidade, além de relexão e participação em
promovendo melhor desempenho nas ativi- acontecimentos sociais, políticos e culturais.
dades cotidianas35. Um recurso utilizado em grupo é o tea-
Diante de todas as complicações decor- tro espontâneo do cotidiano, que proporcio-
rentes do DM referidas, observa-se que a do- na aos diabéticos expressão e canalização
ença ocasiona restrições em muitas ativida- das emoções, além de promoção da constru-
des e consequente ruptura do cotidiano, tra- ção criativa na busca de soluções de conli-
zendo insatisfações e comprometimentos no tos que surgem a partir das questões da vida
estilo de vida12. Por meio da estimulação da cotidiana39,40.
capacidade criativa, promove-se a conscienti-
zação do potencial do indivíduo, possibilitan- CONCLUSÃO
do uma participação dinâmica do diabético
na intervenção37. Diante do desaio de compreender como
o desempenho ocupacional do idoso é alte-
O terapeuta ocupacional utiliza recursos
rado na presença das complicações do DM,
visuais, auditivos e táteis nas ações educa-
este estudo permitiu visualizar aspectos da
tivas, possibilitando ao diabético auxílio no
doença e a importância do atendimento te-
controle das suas medições dos níveis de gli-
rapêutico ocupacional no contexto do idoso
cose no sangue15. O processo requer pouco diabético.
custo inanceiro, e inclui familiares no pro-
cesso educativo, para que os cuidados com a O terapeuta ocupacional desempenha um
saúde do doente tornem-se mais eicazes14. papel essencial voltado ao autocuidado e à
autonomia de idosos diabéticos, por meio de
Em estudo realizado por Gregg et al.38, as ações em saúde voltadas à qualidade de vida.
atividades em oicinas educativas promove- A educação e a informação são consideradas
ram mudanças na aceitação da doença e no pontos-chave importantes e com menor custo
autocuidado. inanceiro para uma mudança favorável, ob-
A utilização de jogos, como recurso tera- jetivando a prevenção e conscientização dos
pêutico, permite que o diabético perceba e as- problemas decorrentes do DM. Para tanto, o
suma sua responsabilidade na prevenção, no terapeuta ocupacional atua junto ao doente e
controle da doença e na promoção da saúde. a seus familiares, auxiliando na prevenção de
Assim, possibilita a ampliação da participa- situações perigosas e/ou danosas, causado-
ção do indivíduo na terapia e permite a trans- ras de sequelas irreversíveis.

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A terapia ocupacional e o diabetes: uma revisão 91

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