Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
mais.cpb.com.br/licao/fe-contra-todas-as-dificuldades/
Lição 5
27 de abril a 03 de maio
Sábado à tarde
Verso para memorizar: “Guardo a Tua palavra no meu coração para não pecar contra Ti” (Sl
119:11).
Leituras da semana: Sl 119:162; Jo 16:13-15; 2Pe 1:20, 21; Ef 2:8, 9; Rm 3:23, 24; 6:15-18
Nesta semana, com exemplos da Reforma, veremos como os ensinos bíbli- cos
transformadores dão base para o verdadeiro significado da vida. Com- preender essas
verdades nos preparará para a crise final no conflito entre o bem e o mal. Fomos chamados
a continuar a batalha dos reformadores. Podemos descobrir o Deus grande o suficiente para
todos os desafios, Aquele que dá sentido e propósito à vida como nada no mundo jamais
poderia dar.
Domingo, 28 de abril
1/17
Ano Bíblico: RPSP: Ez 34
A Bíblia foi a base da fé dos reformadores e a essência de seus ensinos. Eles entendiam
que lidavam com a inspirada “Palavra de Deus, a qual vive e é permanente” (1Pe 1:23).
Amavam cada palavra. Quando liam suas páginas e acreditavam em suas promessas, a fé
deles era fortalecida. “O mesmo se dá quanto a todas as promessas da Palavra de Deus.
Por meio delas, Ele está falando a nós, individualmente; falando tão diretamente como se
pudéssemos ouvir Sua voz. É por intermédio dessas promessas que Cristo nos comunica
Sua graça e poder. Elas são folhas daquela árvore que é ‘para a cura dos povos’ (Ap 22:2).
Recebidas, assimiladas, elas serão a fortaleza do caráter, a inspiração e o sustentáculo da
vida. Nenhuma outra coisa pode possuir tal poder restaurador. Nada além delas pode
comunicar o ânimo e a fé que dão energia vital a todo o ser” (Ellen G. White, A Ciência do
Bom Viver [CPB, 2021], p. 65).
As Escrituras fazem resplandecer alegria sobre a tristeza, esperança sobre o desânimo, luz
sobre as trevas. Elas dão direção na confusão, certeza na perplexidade, força na fraqueza e
sabedoria na ignorância. Quando meditamos na Palavra de Deus e, pela fé, confiamos em
suas promessas, o poder divino vivificante energiza todo o nosso ser nos aspectos físico,
mental, emocional e espiritual.
A paixão de Wycliffe era traduzir a Bíblia para o inglês a fim de que as pessoas pudessem
lê-la e entendê-la. Visto que isso era ilegal, ele foi julgado, condenado como herege e
sentenciado à morte. Em seu julgamento, Wycliffe fez um apelo. “‘Com quem vocês pensam
que estão lutando?’, disse ao concluir. ‘Com um idoso à beira da sepultura? Não! Com a
Verdade – Verdade que é mais forte do que vocês e os vencerá’” (Ellen G. White, O Grande
Conflito [CPB, 2021], p. 76). As últimas palavras de Wycliffe se cumpriram quando a luz da
verdade divina dissipou as trevas da Idade Média.
Segunda-feira, 29 de abril
2/17
Transmitindo a Palavra de Deus
2. Ao proclamar a verdade, que confiança Paulo tinha apesar dos desafios que
enfrentava? 2Co 4:1-6; 2:14
Quatro anos após sua morte, quatro traduções inglesas da Bíblia foram publicadas. Em
1611, a versão King James da Bíblia foi impressa. Os 54 estudiosos que realizaram o
trabalho se basearam grandemente na tradução de Tyndale para o inglês. Uma estimativa
sugere que o AT da Bíblia King James de 1611 seja 76% da tradução de Tyndale, e o NT
seja 83%. Em 2011, a versão King James da Bíblia comemorou seu 400o aniversário,
ultrapassando a marca de um bilhão de Bíblias impressas. Traduzida para muitos idiomas,
impactou dezenas de milhões de pessoas ao redor do mundo. O sacrifício de William
Tyndale valeu a pena.
Apesar das dificuldades e dos desafios, Tyndale e seus companheiros confiavam que Deus
estava no controle. A vida de Tyndale fez a diferença para a eternidade.
Leia Daniel 12:3 e Apocalipse 14:13. Como esses textos se aplicam à vida de Tyndale? Eles
nos encorajam a respeito da oportunidade que temos de influenciar outros para a
eternidade?
Terça-feira, 30 de abril
3/17
Um dia, enquanto estudava na biblioteca da Universidade, Martinho Lutero teve um
momento decisivo, quando descobriu uma cópia da Bíblia em latim. Ele não sabia que um
livro como esse existia e leu capítulo após capítulo, ficando surpreso com a clareza e o
poder das Escrituras. Ao debruçar-se sobre suas páginas, o Espírito Santo iluminou sua
mente à medida que verdades obscurecidas pela tradição pareciam saltar das páginas da
Bíblia. Ao descrever sua primeira experiência com a Bíblia, escreveu: “Oh, que Deus dê
esse livro para mim!”
3. Que princípios podemos tirar dos seguintes textos a respeito de como devemos
interpretar a Bíblia? Jo 14:25, 26; 16:13-15; 2Pe 1:20, 21
Nesses versos, temos a certeza de que o mesmo Espírito Santo que inspirou os escritores
bíblicos nos guia enquanto lemos as Escrituras. Ele é o intérprete da verdade. Infelizmente,
muitos minimizam o elemento sobrenatural da Bíblia e exageram no elemento humano. Uma
vez que Satanás não pode mais manter a Bíblia longe de nós, ele usa a segunda melhor
estratégia: despojá-la de seu caráter sobrenatural, torná-la meramente uma boa literatura
ou, pior ainda, uma ferramenta opressora da religião para controlar as massas.
Quarta-feira, 01 de maio
Deus oferece a salvação como um dom. O Espírito Santo nos leva a aceitar pela fé o que
Cristo ofereceu por meio de Sua morte na cruz do Calvário. Jesus, o divino Filho de Deus,
ofereceu Sua vida perfeita para expiar nossos pecados.
4/17
A justiça divina exige obediência. A vida perfeita de Cristo está no lugar de nossa
imperfeição. A lei que quebramos nos condena à morte eterna. Por nossas escolhas
pecaminosas, “ficamos aquém” do ideal de Deus. Sozinhos, não podemos atender às
exigências de Deus. Merecemos a morte. Mas há boas notícias: “O salário do pecado é a
morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus” (Rm 6:23). É um dom
imerecido; se fosse pelas obras, nós a conquistaríamos. Se há uma verdade no evangelho,
é que não obtemos a salvação por nossas obras.
Ao ler o NT, Lutero comoveu-se com a bondade divina. Ficou surpreso com o desejo de
Deus de salvar toda a humanidade. A visão popular ensinada pelos líderes da igreja era que
a salvação era uma combinação de obra humana com obra divina. Lutero descobriu que a
morte de Cristo na cruz era suficiente para todos.
“Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que
Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação,
para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte
que era nossa, para que recebêssemos a vida que era Dele” (Ellen G. White, O Desejado de
Todas as Nações [CPB, 2021], p. 14).
Se a salvação é a obra de Deus, que papel as boas obras desempenham na vida cristã?
Como afirmar a importância das boas obras sem torná-las o fundamento da esperança?
Quinta-feira, 02 de maio
Obediência: o fruto da fé
5. Leia Romanos 3:27-31; 6:15-18; 8:1, 2. O que esses versos nos ensinam sobre a
salvação somente por meio da justiça de Cristo?
Um novo vento soprava na igreja cristã nos dias de Lutero. Dezenas de milhares de
pessoas foram ensinadas a desviar o olhar de seu eu pecaminoso e olhar para Jesus.
Olhando para si mesmas e para o que eram, essas pessoas viam apenas razões para
5/17
desencorajamento. Que crente não sente isso? Por isso, precisamos olhar para Jesus.
A graça nos transforma. John Wesley participou de uma reunião dos morávios, em Londres,
e ficou maravilhado ao ouvir a introdução de Lutero à leitura de Romanos. Ali, entendeu o
evangelho. Ele se sentiu estranhamente atraído pelo Cristo que havia dado a vida por ele.
Exclamou: “Senti que confiava em Cristo, em Cristo somente para a salvação; e me foi dada
a certeza de que Ele havia tirado meus pecados, até os meus, e me salvado da lei do
pecado e da morte” (John Whitehead, The Life of the Rev. John Wesley, M.A. [Londres:
Stephen Couchman, 1793], p. 331).
6. Leia 1 Pedro 2:2; 2 Pedro 3:18; Colossenses 1:10; Efésios 4:18-24. Que verdades
vitais essas passagens revelam sobre a vida cristã?
Quando você olha para si mesmo, que esperança de salvação você tem?
Sexta-feira, 03 de maio
Estudo adicional
“Os fiéis servos de Deus não estavam lutando sozinhos. Enquanto ‘principados’,
‘potestades’ e ‘forças espirituais do mal, nas regiões celestes’ (Ef 6:12) se aliavam contra
eles, o Senhor não Se esquecia de Seu povo. Se seus olhos pudessem ser abertos, teriam
visto uma prova da presença e do auxílio divinos, como foi concedida ao profeta no
passado. Quando o servo de Eliseu mostrou ao seu senhor o exército hostil que os cercava,
excluindo toda possibilidade de escape, o profeta orou: ‘Senhor, peço-Te que lhe abras os
olhos para que veja’ (2Rs 6:17). E ele viu que a montanha estava cheia de carros e cavalos
6/17
de fogo; o exército do Céu estava pronto para proteger o homem de Deus. Da mesma
forma, os anjos guardaram os obreiros na causa da Reforma” (Ellen G. White, O Grande
Conflito [CPB, 2021], p. 176).
2. O que é legalismo? Por que é fácil cair no legalismo? Ele é prejudicial à fé cristã?
Resumo da Lição 5
FOCO DO ESTUDO: Sl 119:162; 2Pe 1:20, 21; Jo 16:13, 14; Ef 2:8, 9; Rm 3:23-31; Rm 5:8-
10; Rm 6:22, 23
7/17
ESBOÇO
Introdução: O estudo desta semana destaca três princípios centrais que caracterizam o
grande conflito:
3) Os primeiros dois princípios derivam de uma única fonte: a revelação de Deus que Jesus
Cristo e as Sagradas Escrituras manifestam.
Durante a era medieval, esses três princípios pareciam estar eternamente envoltos nas
trevas do maligno, destinados a não serem defendidos ou proclamados novamente.
Contudo, Deus convocou vários defensores notáveis, os reformadores, a se levantarem no
meio do campo de batalha e a hastearem novamente o estandarte da verdade divina. Esses
guerreiros eram poucos, porém a escassez nas fileiras dos reformadores foi destinada a
mostrar que o movimento não era humano, mas divino, tanto em suas origens quanto em
suas operações. Conquistamos a vitória somente quando testemunhamos o que a Palavra
de Deus proclama e os feitos que o poder da graça divina pode fazer e, com efeito, realiza,
por nós e em nós. Por tais razões, os reformadores perceberam que sua missão consistia
em proclamar os cinco pilares, ou solas (somente) : Sola Scriptura (Somente a Escritura),
Sola Gratia (Somente a Graça), Sola Fide (Somente a Fé), Solus ou Solo Christus (Somente
Cristo) e Soli Deo Gloria (Glória Somente a Deus).
1. Estar ao lado de Deus no grande conflito envolve expressar fé inabalável nas Escri-
turas como a única revelação do caráter e do amor Dele por nós.
COMENTÁRIO
Por que o princípio protestante do Sola Scriptura é tão significativo para o grande con- flito?
De que maneira ele está interligado com a salvação e com os outros princípios pro-
testantes, especialmente Sola Gratia e Sola Fide? (Observação: De acordo com Efésios 2:8,
essa abordagem considera Sola Gratia e Sola Fide como um princípio único).
8/17
proposicional, ou seja, não é comunicada diretamente por meio de palavras. Além disso, o
pecado resultou em mudanças substanciais na natureza, na história, na natureza humana,
na moralidade, no pensamento humano e na nossa percepção da realidade, o que traz
desafios à nossa compreensão e assimilação da revelação geral.
Por essas razões, Deus Se manifesta principalmente por meio da revelação especial, e esta
implica que Ele Se revela de maneira pessoal e proposicional. Após a queda, Deus não
abandonou a humanidade, embora o pecado tenha alterado gravemente Seu
relacionamento com a raça humana.
Por milênios, Deus trabalhou por meio de patriarcas e profetas a fim de combater a
desinformação do diabo e para alcançar um objetivo ainda mais importante, chamar a
humanidade a entendê-Lo corretamente, confiar Nele e aceitar Seu plano de salvação. No
entanto, Deus não Se limitou a essa forma de revelação intermediária. O Filho de Deus, a
Segunda Pessoa da Trindade, encarnou como ser humano para que o Senhor pudesse
estar conosco pessoalmente (Jo 1:1-3, 14) e assim demonstrar pessoalmente Seu amor por
nós. Para nos salvar, Deus tomou sobre Si a culpa do nosso pecado, tornando-Se pecado
por nós para que pudéssemos nos tornar a justiça de Deus Nele (2Co 5:21). Jesus Cristo, o
Deus encarnado, representou o ápice da revelação especial e pessoal de Deus para a
humanidade, e até mesmo para todo o Universo (Hb 1:1-3). Por meio de Jesus, Deus
revelou plenamente Seu caráter de amor e justiça, e Seu poder criativo e salvífico. Após a
ascensão de Cristo, Deus continuou Sua revelação profética por meio da presença e
atividade do Espírito Santo.
Por meio do processo de inspiração, Deus trabalhou com os profetas e apóstolos, e por
meio deles (Ef 2:20), para registrar Sua revelação, a fim de que pudesse ser publicada e
disseminada globalmente (2Tm 3:16; Mt 28:20). Esse registro da revelação divina está nas
Escrituras Sagradas, focadas na revelação de Deus em Cristo (Jo 5:39, 40; Lc 24:27).
Ataques
Satanás empregou várias estratégias para minar a revelação especial de Deus. Uma delas
foi fazer com que a humanidade duvidasse do que Ele revelou em Sua Palavra. Mas depois
que a Bíblia se provou verdadeira, repetidas vezes o diabo redirecionou seu foco para sua
estratégia principal: tornar as Escrituras dependentes da interpretação e tradição humanas.
Nos tempos do Novo Testamento, muitos tiveram dificuldade em aceitar Jesus, não devido à
falta de clareza das Escrituras, mas porque desejavam interpretar a Palavra de Deus por
9/17
meio de suas próprias tradições (Mc 7:1-13). Assim, o diabo atingiu seus três objetivos:
negligenciar “os mandamentos de Deus”, “pôr de lado os mandamentos de Deus” e anular
“a Palavra de Deus” (Mc 7:1–13, NVI).
Inicialmente, como no caso dos judeus, a tradição pode até ter sido bem-intencionada. Mas,
se não for cuidadosamente regulada pelos princípios bíblicos, a tradição finalmente dá
origem à própria essência do pecado: a remoção da autoridade divina; uma tentativa de
controlá-Lo; e o estabelecimento da autoridade humana sobre Deus, Seu reino e Sua
revelação. Quando colocamos a tradição acima da Bíblia, destruímos o propósito e o
significado da revelação especial de Deus, que é mostrar Seu verdadeiro caráter, propósitos
e planos e apresentar o caminho da redenção. Em vez do amor de Deus e da salvação pela
graça, as pessoas são ensinadas a seguir as instruções dos líderes religiosos e um caminho
penoso de salvação (Mt 23:4
10/17
excluído outras formas de conhecimento, como a razão, as artes ou a experiência. O que os
reformadores queriam dizer com o Sola Scriptura é que a Bíblia é a revelação oficial de
Deus que molda nossa visão de mundo, dizendo-nos quem Ele é, o que Ele fez, quem
somos e o que aconteceu conosco na queda. Além disso, as Escrituras revelam como o Pai
nos salva e o que Ele espera de nós. Assim, a autoridade da Escritura está acima da
autoridade da Igreja e acima de qualquer outra autoridade humana ou forma de
conhecimento. A Palavra de Deus criou a Igreja e não o contrário.
O ataque liberal
Os protestantes liberais não restringiam o acesso das pessoas à leitura individual das
Escrituras. Em vez disso, esses pensadores liberais reinterpretaram a própria definição e a
natureza da Bíblia. Para eles, o livro sagrado não era mais a revelação divina especial, mas
meramente um produto de uma mente, cultura e moralidade humanas em evolução. Assim,
a Bíblia não era a Palavra de Deus para a humanidade, mas meras palavras humanas,
imaginações ou especulações sobre Deus, que brotavam do ambiente natural ou histórico
das pessoas. Por esse motivo, conforme a perspectiva do protestantismo liberal, uma leitura
direta, natural, literal e devota das Escrituras como a Palavra de Deus era um ato
equivocado. Em vez disso, devemos ler a Palavra de Deus da mesma forma e com os
mesmos métodos que usaríamos para ler literatura, história, cultura ou filosofia.
11/17
Como igreja remanescente de Deus no fim dos tempos, mais uma vez os adventistas do
sétimo dia foram encarregados por Ele da missão de proclamar os princípios bíblicos
fundamentais do Sola Scriptura e Sola Gratia/Sola Fide.
2. Defender a Bíblia em sua região é difícil? Isso faz parte do grande conflito?
Garanta o conteúdo completo da Lição da Escola Sabatina para o ano inteiro. Faça
aqui a sua assinatura!
"Deus, ajude-me"
Uzbequistão | Alla
Quando era pequena, Alia não entendia o que sua avó estava fazendo enquanto se
ajoelhava diante de ícones em sua casa, na República Soviética do Uzbequistão.
"Esse é Jesus, nosso Deus", respondia a avó. "Ele veio à Terra, e as pessoas O mataram."
Isso era tudo o que a jovem Alia sabia sobre Deus. Ela não tinha muita fé, mas entendia que
poderia orar a Deus. Então, sempre que estava com medo, ela orava.
Alia se casou e teve um filho e uma filha. Uma igreja abriu na cidade, e ela levava seus
filhos lá todos os domingos. Ela acendia velas e orava. Mas toda vez que saía da igreja, ela
se sentia vazia por dentro.Algo parecia estar faltando.
12/17
Certo dia, uma amiga lhe deu um livro de presente. Era o livro Patriarcas e Profetas. Alia
jamais havia ouvido falar da autora, Ellen White. Mas ela ficou maravilhada com seu relato
vívido das histórias do Antigo Testamento. Ela leu pela primeira vez que o sétimo dia, o
sábado, era o shabbat de Deus. O desejo de ir a uma igreja em que as pessoas adoravam
no sábado cresceu nela. Mas onde?
Então uma velha amiga, veio visitá-la de outra cidade. Ela disse a Alia que estava adorando
no sábado em uma Igreja Adventista do Sétimo Dia. Alia ficou surpresa e encantada. Ela se
perguntou: "Será que realmente há pessoas no Uzbequistão que guardam o sábado?"
Sua amiga, que era ateia, falou com entusiasmo sobre como ela havia aprendido sobre
Deus e como agora ela O amava de todo o coração.
Para Alla, sua amiga era uma nova pessoa. Ela não se parecia nada com oque era antes.
Um tempo depois, Alla foi visitar sua amiga que morava a quatro horas de ônibus. Ela
visitou a Igreja Adventista no sábado. Ela gostou de tudo, mas a igreja era muito longe para
ir todos os sábados.
Após isso, o esposo de Alia faleceu, e ela se mudou para Tasquente para ficar com Violeta.
Ela soube por sua amiga adventista que havia três igrejas adventistas em Tasquente.
Alia e Violeta começaram a adorar na igreja a cada sábado. Um membro da igreja se
ofereceu para dar estudos bíblicos. Mãe e filha completaram todas as 28 lições. AI la
começou a pensar em entregar seu coração a Jesus através do batismo.
Deus havia ouvido suas orações. Ele a ajudara, e seu coração estava pleno.
Parte das ofertas do décimo terceiro sábado deste trimestre ajudará a abrir a primeira
escola primária adventista do sétimo dia em Tasquente, Uzbequistão.
13/17
Por Andrew McChesney
Garanta o conteúdo completo da Lição da Escola Sabatina para o ano inteiro. Faça
aqui a sua assinatura!
Introdução
14/17
subordinada. A tradição oral registrada na patrística, bem como o magistério da igreja, têm
primazia no que se refere à questão das fontes doutrinárias. É a igreja que interpreta a
Bíblia e está, portanto, acima dela.
I – Sola Scriptura
Um dos maiores legados deixados pela Reforma foi o princípio do Sola Scriptura. Por
séculos, a Igreja Católica foi detentora da Palavra de Deus e fez mau uso das Escrituras:
somente o clero podia interpretá-la, somente a Igreja tinha a palavra final sobre o texto
sagrado. Se ao menos a Bíblia fosse seguida à risca, seria menos ruim. No entanto, a Igreja
se valia de interpretações pessoais, de acréscimos à Palavra (apócrifos), das opiniões do
magistério da Igreja e da tradição. Ou seja, a Bíblia acabava por ocupar uma posição de
inferioridade. Como ninguém tinha acesso às Escrituras, o que a “Santa Igreja” dizia era lei.
Com Wycliffe, Martinho Lutero e demais reformadores, a Bíblia voltou a ocupar seu papel na
cristandade. Os enganos promovidos pela Igreja durante séculos foram desmascarados à
luz da Palavra de Deus. Os princípios do Sola Scriptura (Somente as Escrituras), Sola Fide
(Somente a Fé), Sola Gratia (Somente a Graça), Solus Christus (Somente Cristo) e Soli Deu
Gloria (Somente a Deus a Glória) estavam em contraste com as enormes exigências e o
pavor que a Igreja impunha sobre os cidadãos. Ao mesmo tempo, a simplicidade do
evangelho contrastava com a pompa e a ganância do clero, fazendo com que as pessoas
preferissem a leveza e a liberdade da cruz a ter que viver na opressão e na masmorra da
falsa religião.
II – Sola Gratia
No grande período de trevas da Idade Média, o medo era a principal ferramenta da Igreja.
Ninguém podia discordar da Igreja, ninguém podia ler e interpretar a Bíblia sozinho,
ninguém teria salvação senão através da Igreja. Seu slogan, que até hoje perdura, foi: “fora
15/17
da Igreja, não há salvação”. Para manter as pessoas debaixo de suas ordens, foram criadas
doutrinas heréticas, como inferno eterno, purgatório, indulgências, confissão auricular, entre
outras. Pessoas davam altas somas de dinheiro, bens e propriedades para a Igreja a fim de
obter perdão dos pecados e receber a salvação. Os ricos, por mais ímpios que fossem,
sempre recebiam a salvação, pois tinham condições de pagar por ela através das
indulgências. Aos pobres, restava o medo, obediência absoluta a tudo quanto a Igreja dizia
e as penitências.
Em meio a essas densas trevas, surgiu alguém dizendo que a salvação só pode ser obtida
pela graça de Cristo, e que não há necessidade de indulgências, de penitências, de obras;
só precisamos aceitar a graça redentiva do Mestre. As pessoas não mais precisavam
recorrer a um pecador para obter o perdão de seus pecados. Isso foi como um bálsamo
para as pessoas. Só o fato de agora saberem que poderiam ter a salvação sem precisar
pagar por ela, de que não precisavam fazer penitências ou se confessar a homens, mas ir
diretamente a Jesus, trouxe alívio indescritível a quem teve contato com as grandes
verdades trazidas pela Reforma.
III – Fé x Obras
“Mas se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça. Se,
porém, é pelas obras, já não é mais graça; de outra maneira a obra já não é obra” (Rm 11:6,
ACF).
Um dos pontos principais trazidos pela Reforma foi a salvação pela graça, por meio da fé,
independentemente das obras. A má compreensão, entretanto, do papel das obras pode
levar o cristão à desobediência e à rejeição prática da graça de Cristo. Por não entender
plenamente o papel das obras, Martinho Lutero chegou a declarar que a carta de Tiago, que
mostra o valor das obras, era uma carta de palha. Como conciliar a fé com as obras? A
resposta é simples: A fé é para a salvação, as obras sempre serão o resultado da salvação
recebida. É possível que uma pessoa que não creia em Deus e rejeite Sua Palavra tenha
boas obras de caridade, mas isso não significa que terá a salvação. Porém, para aquele que
recebeu a salvação pela graça, é impossível não demonstrar isso através de boas obras.
Satanás pode até se transfigurar em anjo de luz, mas um anjo de luz jamais se transfigurará
em Satanás.
O texto que, talvez, sintetize melhor o papel da graça/fé e das obras, seja a passagem
clássica de Efésios 2:8 a 10: “Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós,
é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie.” As pessoas leem até aqui
e param. Mas o verso 10 traz exatamente o papel e o valor das obras: “Porque somos
feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que
andássemos nelas.” Note que as boas obras existem para andarmos nelas e foram
16/17
preparadas por Deus. Ele não é contra as boas obras. Todo cristão deve ter obras. A única
coisa que não pode fazer é achar que tais obras sejam meritórias, isto é, que elas tenham
qualquer valor salvífico ou que contribuam em um mínimo que seja para a salvação.
Conclusão
Como ficou muito claro, a única regra de fé e prática para os cristãos deve ser a Bíblia.
Rejeitamos o magistério da igreja, a tradição oral ou qualquer outra coisa que se ponha
como fonte doutrinária ou acréscimo às doutrinas das Escrituras Sagradas.
Quanto à salvação, ela é apenas pela graça por meio da fé. Nenhuma indulgência,
nenhuma obra podem contribuir no mínimo que seja para salvação. Não há possibilidade de
que as obras humanas, por melhores que sejam, obtenham méritos salvíficos, visto que as
nossas justiças são “trapo da imundícia”. Dependemos, portanto, das obras e dos méritos
de Cristo. Elas sim, são perfeitas e podem substituir as nossas, que são falhas e
defeituosas.
Conheça o autor dos comentários deste trimestre: O Pr. Eleazar Domini é mestre em
Teologia e apresentador do canal “Fala sério, pastor”, no YouTube. Serve à Igreja Adventista
há mais de 14 anos e atuou em diferentes funções. Atualmente, exerce sua atividade como
pastor nas igrejas de Danbury e Waterbury, Connecticut – EUA. É casado com Gisele
Domini, farmacêutica, e é pai de Hannah e Isabella.
Garanta o conteúdo completo da Lição da Escola Sabatina para o ano inteiro. Faça
aqui a sua assinatura!
17/17