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Aula 09

1000 Questões de Direito Administrativo - Banca CESPE


Professor: Erick Alves

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Direito Administrativo - CESPE
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AULA 09

Olá pessoal!

Na aula de hoje iremos comentar questões sobre Serviços Públicos.

Seguiremos o seguinte sumário:

SUMÁRIO

Lista de questões ............................................................................................................... 3


Questões comentadas...................................................................................................................... 11
Gabarito .......................................................................................................................... 32
RESUMÃO DA AULA.......................................................................................................................... 33

Vamos então?

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LISTA DE QUESTÕES

1. (Cespe – Procurador – Prefeitura de Fortaleza/CE 2017) Conforme a doutrina, a


União pode firmar contrato de concessão com empresa privada, com prazo
indeterminado, para, por exemplo, a construção e manutenção de rodovia federal com
posterior cobrança de pedágio.
2. (Cespe – Professor – SEDF 2017) A concessão de serviço público é um contrato
administrativo pelo qual a administração pública delega a outrem a execução de
determinado serviço com características específicas, sem, entretanto, transferir a
titularidade do serviço.
3. (Cespe – Direito – SEDF 2017) A exploração e operação de determinado aeroporto
foi transferida pelo governo federal para um consórcio de empresas pelo prazo de
vinte anos. Em determinado dia, durante a vigência da execução desse serviço público
pelo consórcio, uma passageira sofreu um acidente grave em esteira rolante do
aeroporto, a qual se encontrava em manutenção devidamente sinalizada. A
passageira, por estar enviando mensagem no aparelho celular, não observou a
sinalização relativa à manutenção da esteira.
A respeito dessa situação hipotética e de aspectos legais e doutrinários a ela
relacionados, julgue o item subsequente.
Na situação descrita, a transferência do referido serviço público para o consórcio terá
obedecido à legislação pertinente se tiver sido realizada por meio de contrato de
permissão de serviço público.
4. (Cespe – Secretário Executivo – FUNPRESP-JUD 2016) A delegação da prestação
de serviço público mediante o regime de permissão independe de realização de prévio
procedimento licitatório.
5. (Cespe – Secretário Executivo – FUNPRESP-JUD 2016) Depois de ter celebrado
contrato de concessão de serviço público, o poder público concedente pode
retomar o serviço antes do término do prazo da concessão, alegando razões de
interesse público, ainda que não haja qualquer irregularidade na prestação do
serviço pela concessionária.
6. (Cespe – Auditor – TCE/SC 2016) A concessionária de serviço público responde
objetivamente pelos prejuízos causados aos usuários ou terceiros e subjetivamente
pelos prejuízos causados ao poder concedente.
7. (Cespe – Técnico– INSS 2016) A encampação, que consiste em rescisão unilateral
da concessão pela administração antes do prazo acordado, dá ao concessionário o
direito a ressarcimento de eventual prejuízo por ele comprovado.

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8. (Cespe – Direito – FUNPRESP-EXE 2016) Poderá o poder concedente prever no


edital de licitação a possibilidade de a concessionária obter outras fontes de receita
complementares à tarifa, com vistas a favorecer a modicidade tarifária.
9. (Cespe – Agente Administrativo – DPU 2016) As modalidades de licitação previstas
em lei incluem a concorrência, a tomada de preços, o convite, o concurso, o leilão, o
pregão e o regime diferenciado de contratação. A legislação prevê também situações
de dispensa e de inexigibilidade de licitação. A respeito desse assunto, julgue o item
seguinte.
Situação hipotética: O poder público, por meio de análises de indicadores de
qualidade definidos em contrato com determinada concessionária de serviços
públicos, identificou má gestão e deficiência na prestação de serviços para os quais a
referida empresa foi contratada. Assertiva: Nessa situação, o poder concedente
poderá declarar a caducidade como forma de extinção da concessão.
10. (Cespe – Analista – DPU 2016) A classificação de determinado serviço público como
singular pressupõe a individualização de seus destinatários, propiciando a medição
da utilização individual direta do serviço público prestado.
11. (Cespe – Analista – DPU 2016) A efetiva prestação de um serviço público e a
obrigatoriedade de procedimento licitatório prévio são características comuns ao
regime de concessão e ao de permissão de serviços públicos.
12. (Cespe –Técnico – DPU 2016) Os serviços públicos gerais são indivisíveis, sendo
prestados a toda a coletividade, sem destinatários determinados ou
individualizados.
13. (Cespe – Analista – TJ/DFT 2015) Com base no princípio da continuidade do
serviço público, a extinção da concessão, nas hipóteses previstas em lei, autoriza a
imediata assunção do serviço pelo poder concedente e a utilização de todos os
bens reversíveis.
14. (Cespe – Analista – TJ/DFT 2015) Admite-se que a União, no prazo da concessão
de determinado serviço público, retome o serviço por encampação, mediante lei
autorizativa específica, após prévio pagamento de indenização e por motivo de
interesse público.
15. (Cespe – Administrador – TCE/RN 2015) Tanto a concessão como a permissão
de serviço público têm a natureza de contrato de adesão; nesse sentido, são
formalizadas por contrato administrativo e não dispensam licitação prévia.
16. (Cespe – Administrador – TCE/RN 2015) Classificam-se como indelegáveis
aqueles serviços que só podem ser prestados diretamente pelo estado, de que são
exemplos os serviços de defesa nacional e segurança pública.

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17. (Cespe – Analista – STJ 2015) A caducidade do contrato de concessão acarreta


a reversão ao poder concedente, mediante indenização ao concessionário, de
todos os bens necessários à continuidade do serviço público.
18. (Cespe – Técnico – MPOG 2015) Caso tenha de abrir processo licitatório visando
delegar a execução de determinado serviço público por contrato de permissão, a
administração pública deverá fazê-lo na modalidade de concorrência.
19. (Cespe – Técnico – MPOG 2015) Os serviços de fornecimento domiciliar de água
e de energia elétrica, assim como os de telefonia, são exemplos de serviços
públicos uti universi (gerais ou coletivos), pois são prestados de maneira igualitária
a todos os particulares que satisfaçam as condições técnicas e jurídicas exigidas,
==3b479==

sem distinção de caráter pessoal.


20. (Cespe – Técnico – MPOG 2015) No julgamento das propostas decorrentes do
processo licitatório de PPP, a vencedora será aquela que apresentar a melhor
combinação entre os critérios menor preço e melhor técnica, de acordo com os pesos
estabelecidos em edital, e não a que apresentar apenas o menor valor.
21. (Cespe – Técnico – MPOG 2015) Após a edição da lei que instituiu normas
gerais para licitação e contratação de PPP no âmbito dos poderes da União, dos
estados, dos municípios e do Distrito Federal, passou a haver três modalidades de
concessão: patrocinada, administrativa e comum.
22. (Cespe – Técnico – MPOG 2015) Para a contratação de PPP, é imprescindível a
realização de licitação, que deverá ser feita, unicamente, na modalidade de
concorrência.
23. (Cespe – Analista – TRE/GO 2015) Determinado ente da administração pública
deseja realizar procedimento licitatório para a contratação de serviços de
segurança patrimonial armada para seu edifício sede. Considerando essa situação
hipotética, julgue o próximo item.
A contratação dos serviços pretendidos constitui forma descentralizada de
execução de serviços públicos, por delegação, na modalidade terceirização.
24. (Cespe – Analista – TRE/GO 2015) Um candidato a deputado estadual ajuizou
ação pleiteando a anulação de decisão administrativa que desaprovou suas contas
como prefeito. O órgão indicado como réu na ação considerou irregular a delegação
de permissão de serviço público com base em tomada de preços. O candidato autor
da ação apontou suposto excesso de poder e nulidades na decisão.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item.
Nessa situação, o órgão julgador das contas agiu corretamente ao apontar a
irregularidade, uma vez que a tomada de preços é modalidade de licitação
inadequada para a delegação de permissão de serviço público.

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25. (Cespe – Defensor Público – DPE/PE 2015) Segundo o entendimento


jurisprudencial dominante no STJ relativo ao princípio da continuidade dos serviços
públicos, não é legítimo, ainda que cumpridos os requisitos legais, o corte de
fornecimento de serviços públicos essenciais, em caso de estar inadimplente
pessoa jurídica de direito público prestadora de serviços indispensáveis à
população.
26. (Cespe – Especialista em Regulação – ANTAQ 2014) As características
essenciais de um contrato de concessão incluem o objeto, o prazo da concessão e os
critérios para revisão das tarifas. Por outro lado, os direitos e deveres dos usuários
para obtenção e utilização do serviço não são considerados essenciais nesse tipo de
contrato.
27. (Cespe – Especialista em Regulação – ANTAQ 2014) Caso um serviço não seja
prestado de forma adequada, segundo critérios e indicadores de qualidade definidos,
poderá ser declarada a caducidade da concessão pelo poder concedente.
28. (Cespe – Especialista em Regulação – ANTAQ 2014) Os direitos e deveres do
concessionário incluem a captação, a aplicação e a gestão dos recursos financeiros,
dada a importância que esses processos têm para a qualidade da prestação do
serviço público.
29. (Cespe – Especialista em Regulação – ANTAQ 2014) A transferência de concessão,
de uma concessionária para outra, pode ocorrer sem prévia anuência do poder
concedente, sem implicar na caducidade da concessão.
30. (Cespe – Especialista em Regulação – ANTAQ 2014) Nem toda concessão de
serviço público deve ser decorrente de licitação prévia, porém toda concessão deve
observar os princípios da legalidade, da moralidade, da publicidade e da igualdade.
31. (Cespe – Nível Médio – ANATEL 2014) O princípio da modicidade afasta a
possibilidade de adoção de serviços públicos prestados gratuitamente.
32. (Cespe – Nível Médio – ANATEL 2014) O inadimplemento do concessionário, que
deixa de executar total ou parcialmente serviço público concedido, acarreta a extinção
do contrato de concessão por rescisão promovida pelo poder concedente.
33. (Cespe – Nível Médio – ANATEL 2014) Os princípios da generalidade e da
impessoalidade impõem a unicidade da tarifa para todos os usuários, vedando, por
exemplo, a diferenciação tarifária na cobrança pelo serviço de abastecimento de água.
34. (Cespe – Nível Médio – ANATEL 2014) O princípio da continuidade do serviço
público não impede a concessionária de energia elétrica de suspender o fornecimento
de eletricidade no caso de inadimplemento do usuário.

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35. (Cespe – Administrador – ANATEL 2014) única modalidade de licitação admitida


pelo ordenamento jurídico brasileiro para a concessão de serviços públicos é a
concorrência.
36. (Cespe – Analista – TJ/SE 2014) Os serviços públicos podem ser remunerados
mediante taxa ou tarifa.
37. (Cespe – Analista – TC/DF 2014) Nos termos da Lei n.º 8.987/1995, que dispõe sobre
o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos,
diferentemente da concessão, a permissão de serviços públicos tem a natureza de
ato administrativo unilateral e precário, e não a de negócio bilateral que se formaliza
mediante contrato.
38. (Cespe – Analista – TC/DF 2014) De acordo com o princípio da continuidade, os
serviços públicos, compulsórios ou facultativos, devem ser prestados de forma
contínua, não podendo ser interrompidos mesmo em casos de inadimplemento do
usuário.
39. (Cespe – Auditor – TC/DF 2014) É possível a celebração de contrato na modalidade
de parceria público-privada cujo objeto exclusivo seja a instalação de equipamentos
para uso do poder público.
40. (Cespe – Nível Superior – MEC 2014) O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB)
assegura recursos constitucionalmente vinculados para todas as etapas e
modalidades da educação básica. Pela primeira vez no país, ficam subvinculados
recursos da União, dos estados, do DF e dos municípios para o atendimento em
creches e pré-escolas.
A educação infantil no Brasil figurou uma trajetória histórica em que o Estado formulou
e estimulou uma política de atendimento baseada na parceria com instituições
privadas sem fins lucrativos, comunitárias, filantrópicas e confessionais,
principalmente no que diz respeito ao atendimento de crianças de zero a três anos,
como forma de não ficar totalmente ausente desse atendimento.
Mesmo estando claro que a obrigação do Estado com a educação infantil deve ser
efetivada pela expansão da rede pública, o convênio entre o poder público e
instituições educacionais sem fins lucrativos foi, e é, uma realidade que assegura, na
maioria dos municípios, o atendimento a um número significativo de crianças, em
geral, da população pobre e vulnerabilizada. Orientações sobre convênios entre
secretarias municipais de educação e instituições comunitárias, confessionais ou
filantrópicas sem fins lucrativos para a oferta de educação infantil. Brasília: MEC, SEB,
2009 (com adaptações).
No que se refere ao assunto tratado no fragmento de texto acima, julgue os itens
subsequentes.

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A parceria público-privada é firmada mediante contrato administrativo de concessão,


na modalidade patrocinada ou administrativa, o qual pode ter por objeto a prestação
de serviço público à população de forma desconcentrada, independentemente da
cobrança de tarifas aos usuários.
41. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) As parcerias público-privadas
são contratos administrativos de concessão e podem ser realizadas nas modalidades
patrocinada ou administrativa.
42. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Caso determinada empresa
concessionária de serviços públicos preste serviços de forma deficiente, e essa
deficiência seja identificada pelo poder público por meio da análise de indicadores de
qualidade previamente definidos em contrato, o referido poder poderá declarar a
caducidade como forma de extinção da concessão.
43. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) O princípio da igualdade, que
pressupõe a não diferenciação entre usuários na prestação de serviço público, é
inaplicável à determinação legal de isenção de tarifas para idosos e deficientes.
44. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) O serviço prestado por um
taxista é classificado como serviço público impróprio, porque atende às necessidades
coletivas, mas não é executado pelo Estado.
45. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) O princípio da mutabilidade, que
determina que o regime jurídico possa mudar para atender ao interesse público,
integra o rol de princípios inerentes ao regime jurídico dos serviços públicos.
46. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) A contraprestação do poder
público será precedida da disponibilização do serviço objeto do contrato pelo parceiro
privado, sendo facultado à administração pública, prever, no instrumento contratual,
as peculiaridades das condições em que a mesma poderá efetuar o pagamento da
contraprestação relativa à parcela fruível.
47. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) A PPP é definida como o contrato
administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa. A
modalidade patrocinada envolve, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, a
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado, na concessão de
serviços públicos ou de obras públicas; ao passo que, na modalidade administrativa,
há contrato de prestação de serviços de que a administração pública seja a usuária
direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação
de bens.
48. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Não há óbice legal para a
celebração de um contrato de PPP no valor de R$ 17 milhões, com período de três
anos, para a prestação de serviços de fornecimento de mão de obra e de material e

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insumos, de aluguel, de instalação de equipamentos e de execução de obras públicas,


em que todas as demais condições estejam de acordo com a legislação em vigor.
49. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Considerando que um usuário
do serviço de energia elétrica fornecido por empresa privada concessionária deixe de
pagar as contas referentes aos três últimos meses, e tendo em vista aspectos
diversos relacionados a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A remuneração do fornecimento de energia pela empresa privada concessionária do
serviço se dá por taxa, que possui natureza tributária.
50. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Considerando que um usuário
do serviço de energia elétrica fornecido por empresa privada concessionária deixe de
pagar as contas referentes aos três últimos meses, e tendo em vista aspectos
diversos relacionados a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Na hipótese considerada, em razão do inadimplemento por parte do usuário, a
concessionária está autorizada a suspender o fornecimento de energia elétrica para a
preservação do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão, sem que
isso vulnere o princípio da continuidade dos serviços públicos.
51. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Considerando que um usuário
do serviço de energia elétrica fornecido por empresa privada concessionária deixe de
pagar as contas referentes aos três últimos meses, e tendo em vista aspectos
diversos relacionados a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Na situação considerada, a concessionária, pessoa jurídica de direito privado, fornece
serviço público por descentralização negocial, mas o Estado detém a titularidade e o
controle do serviço.
52. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) A prestação de serviços públicos
sob regime de concessão ou de permissão deve ser precedida de licitação, sendo
possível, em ambos os regimes, a fixação, em contrato, de cláusulas exorbitantes.
53. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) O concessionário de um serviço
público é remunerado mediante o sistema de tarifas pagas pelos usuários, as quais
configuram remuneração pelo serviço prestado e concedido pelo concedente em
contrato.
54. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Antes de iniciar os serviços a ele
concedidos pela administração pública, o permissionário poderá estabelecer os
termos de concordância com o contrato que será celebrado.
55. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Em PPP para a manutenção de
estradas cujo contrato de serviço tenha duração de no máximo cinco anos, os riscos
do empreendimento são divididos entre o parceiro público e o privado.

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56. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Antes da celebração de PPP,
deve-se constituir sociedade de propósito específico, por meio da criação de uma
companhia, cuja maior parte do capital votante deve pertencer à administração
pública.
57. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) A prestação de serviços públicos
é espontânea, não podendo o serviço ser prestado compulsoriamente ao particular.
58. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Os serviços públicos podem ser
prestados diretamente pelo Estado ou mediante delegação a particulares, entretanto,
somente na segunda hipótese, pode-se cobrar pela utilização do serviço.
59. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Uma campanha de vacinação
contra a gripe que se destine a imunizar determinadas comunidades carentes
classifica-se como serviço público coletivo, pois se destina a um número
indeterminado de pessoas.
60. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Caso a União pretenda firmar
contrato de concessão com determinada empresa para a construção de uma rodovia
federal, no qual esteja prevista a cobrança de pedágio, tal contrato poderá ser
realizado com prazo indeterminado, desde que seja condicionado ao cobrimento dos
valores despendidos pela empresa para a realização da obra.

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1. (Cespe – Procurador – Prefeitura de Fortaleza/CE 2017) Conforme a doutrina, a


União pode firmar contrato de concessão com empresa privada, com prazo
indeterminado, para, por exemplo, a construção e manutenção de rodovia federal com
posterior cobrança de pedágio.
Comentário: De acordo com a Lei 8.987/95, concessão é a delegação da
prestação de serviço público, feita pelo poder concedente, mediante licitação,
na modalidade concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo
determinado. Portanto, a concessão não pode ser por prazo indeterminado.
Gabarito: Errado
2. (Cespe – Professor – SEDF 2017) A concessão de serviço público é um contrato
administrativo pelo qual a administração pública delega a outrem a execução de
determinado serviço com características específicas, sem, entretanto, transferir a
titularidade do serviço.
Comentário: A concessão de serviço público é uma forma de
descentralização por delegação, na qual o Poder Público transfere para a
concessionária apenas a responsabilidade pela execução do serviço, mas não
a titularidade. Como o Poder Público permanece com a titularidade do serviço,
ele pode, por exemplo, retomá-lo a qualquer tempo, por razões de interesse
público, respeitados os requisitos legais.
Gabarito: Certo
3. (Cespe – Direito – SEDF 2017) A exploração e operação de determinado
aeroporto foi transferida pelo governo federal para um consórcio de empresas pelo
prazo de vinte anos. Em determinado dia, durante a vigência da execução desse
serviço público pelo consórcio, uma passageira sofreu um acidente grave em esteira
rolante do aeroporto, a qual se encontrava em manutenção devidamente sinalizada.
A passageira, por estar enviando mensagem no aparelho celular, não observou a
sinalização relativa à manutenção da esteira. A respeito dessa situação hipotética e de
aspectos legais e doutrinários a ela relacionados, julgue o item subsequente.

Na situação descrita, a transferência do referido serviço público para o consórcio terá


obedecido à legislação pertinente se tiver sido realizada por meio de contrato de
permissão de serviço público.
Comentário: De acordo com a Lei 8.987/95, permissão é a delegação de
serviço público, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços

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públicos, feita pelo poder concedente, à pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
Portanto, permissão não pode ser modalidade de delegação de serviço a
consórcio de empresas, devendo ser através de concessão.
Gabarito: Errado
4. (Cespe – Secretário Executivo – FUNPRESP-JUD 2016) A delegação da
prestação de serviço público mediante o regime de permissão independe de
realização de prévio procedimento licitatório.
Comentário: De acordo com a Lei 8.987/95, permissão é a delegação de
serviço público, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços
públicos, feita pelo poder concedente, à pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
Gabarito: Errado
5. (Cespe – Secretário Executivo – FUNPRESP-JUD 2016) Depois de ter celebrado
contrato de concessão de serviço público, o poder público concedente pode retomar
o serviço antes do término do prazo da concessão, alegando razões de interesse
público, ainda que não haja qualquer irregularidade na prestação do serviço pela
concessionária.
Comentário: De acordo com o art. 37 da Lei 8.987/95, considera-se
encampação a retomada do serviço pelo poder concedente antes do término do
prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa
específica e após prévio pagamento de indenização. Portanto, a situação
apresentada é possível.
Gabarito: Certo
6. (Cespe – Auditor – TCE/SC 2016) A concessionária de serviço público responde
objetivamente pelos prejuízos causados aos usuários ou terceiros e subjetivamente
pelos prejuízos causados ao poder concedente.
Comentário: Em relação à responsabilidade civil das concessionárias, o art. 37,
§ 6º, da Constituição Federal deixa bem claro que se trata de responsabilidade
objetiva: “§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra
o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
Em relação aos não usuários, o STF firmou entendimento no sentido de
que também há responsabilidade civil objetiva da concessionária (RE
591.874/MS).

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Resta saber em relação ao Estado, e aqui o tema é bem mais complexo!


Se a concessionária estiver prestando um serviço ao Estado (por exemplo:
a empresa de telefonia fixa que venha a danificar equipamentos do órgão
público), a relação é a mesma que ocorre com os usuários, existindo a
responsabilidade objetiva da concessionária.
Por outro lado, quando estamos falando de “poder concedente”, devemos
imaginar que a questão tratava da relação do contrato administrativo de
concessão. Nessa linha, o art. 25 da Lei 8.987/1995 dispõe que:
Art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe
responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a
terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa
responsabilidade.
Ocorre, contudo, que o art. 37, § 6º, trata da responsabilidade
extracontratual do Estado. Contudo, na relação poder concedente e
concessionária, estamos diante de uma relação contratual. Por esse motivo,
nesta relação contratual, a responsabilidade é, em regra, subjetiva, ainda que a
fiscalização do Estado não reduza ou atenue a responsabilidade da
concessionária pela regular execução do contrato.
Entretanto, o Cespe deu a questão como errada. Entendo que caberia
recurso, já que a questão não deixou clara qual a relação (contratual ou
extracontratual) presente na situação.
Gabarito: Errado
7. (Cespe – Técnico– INSS 2016) A encampação, que consiste em rescisão
unilateral da concessão pela administração antes do prazo acordado, dá ao
concessionário o direito a ressarcimento de eventual prejuízo por ele comprovado.
Comentário: De acordo com o art. 37 da Lei 8.987/95, considera-se
encampação a retomada do serviço pelo poder concedente antes do término do
prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa
específica e após prévio pagamento de indenização. Portanto, de fato, a
encampação dá ao concessionário o direito a indenização por eventual prejuízo
por ele comprovado.
Gabarito: Certo
8. (Cespe – Direito – FUNPRESP-EXE 2016) Poderá o poder concedente prever no
edital de licitação a possibilidade de a concessionária obter outras fontes de receita
complementares à tarifa, com vistas a favorecer a modicidade tarifária.
Comentário: Com vistas a favorecer a modicidade das tarifas cobradas dos
usuários, o edital de licitação e o contrato poderão permitir que o

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concessionário explore fontes alternativas de receita, como propagandas em


outdoors e aluguel de espaços. Em outras palavras, a justa remuneração do
investimento feito pela concessionária e o equilíbrio econômico-financeiro do
contrato não precisam advir apenas da cobrança de tarifas, fato que certamente
contribui para a redução destas. Sobre o assunto, vamos ver o que diz a Lei
8.987/1995:
Art. 11. No atendimento às peculiaridades de cada serviço público, poderá o poder
concedente prever, em favor da concessionária, no edital de licitação, a possibilidade
de outras fontes provenientes de receitas alternativas, complementares, acessórias
ou de projetos associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer a
modicidade das tarifas, observado o disposto no art. 17 desta Lei.
(...)
Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas:
(...)
VI - as possíveis fontes de receitas alternativas, complementares ou acessórias, bem
como as provenientes de projetos associados;
Gabarito: Certo
9. (Cespe – Agente Administrativo – DPU 2016) As modalidades de licitação
previstas em lei incluem a concorrência, a tomada de preços, o convite, o concurso, o
leilão, o pregão e o regime diferenciado de contratação. A legislação prevê também
situações de dispensa e de inexigibilidade de licitação. A respeito desse assunto,
julgue o item seguinte.
Situação hipotética: O poder público, por meio de análises de indicadores de
qualidade definidos em contrato com determinada concessionária de serviços
públicos, identificou má gestão e deficiência na prestação de serviços para os quais a
referida empresa foi contratada. Assertiva: Nessa situação, o poder concedente
poderá declarar a caducidade como forma de extinção da concessão.
Comentário: Conforme o art. 38 da Lei 8.987, a caducidade é a modalidade
de extinção do contrato de concessão, antes do término do prazo fixado, em
decorrência da inexecução total ou parcial do contrato por parte da
concessionária.
Na verdade, a caducidade da concessão só poderá ser declarada pelo
poder concedente quando (art. 38, §1º):
I - o serviço estiver sendo prestado de forma inadequada ou deficiente, tendo por base
as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço;
II - a concessionária descumprir cláusulas contratuais ou disposições legais ou
regulamentares concernentes à concessão;

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III - a concessionária paralisar o serviço ou concorrer para tanto, ressalvadas as


hipóteses decorrentes de caso fortuito ou força maior;
IV - a concessionária perder as condições econômicas, técnicas ou operacionais para
manter a adequada prestação do serviço concedido;
V - a concessionária não cumprir as penalidades impostas por infrações, nos devidos
prazos;
VI - a concessionária não atender a intimação do poder concedente no sentido de
regularizar a prestação do serviço; e
VII - a concessionária não atender a intimação do poder concedente para, em 180 (cento
e oitenta) dias, apresentar a documentação relativa a regularidade fiscal, no curso da
concessão, na forma do art. 29 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

Gabarito: Certo
10. (Cespe – Analista – DPU 2016) A classificação de determinado serviço público
como singular pressupõe a individualização de seus destinatários, propiciando a
medição da utilização individual direta do serviço público prestado.
Comentário: Serviço individual, ou uti singuli, é aquele usufruído individual
e diretamente pelo cidadão, sendo possível mensurar, caso a caso, quanto do
serviço está sendo consumido por cada usuário, separadamente. São mantidos
por meio das receitas das taxas ou das tarifas, a exemplo da energia elétrica,
telefone, água etc.
Gabarito: Certo
11. (Cespe – Analista – DPU 2016) A efetiva prestação de um serviço público e a
obrigatoriedade de procedimento licitatório prévio são características comuns ao
regime de concessão e ao de permissão de serviços públicos.
Comentário: De acordo com o art. 175 da CF/88, incumbe ao Poder Público,
na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre
através de licitação a prestação de serviços públicos.
A prestação de serviços públicos de forma indireta se dá através da
concessão de serviços públicos e de permissão de serviços públicos.
Gabarito: Certo
12. (Cespe –Técnico – DPU 2016) Os serviços públicos gerais são indivisíveis,
sendo prestados a toda a coletividade, sem destinatários determinados ou
individualizados.
Comentário: Serviço público geral, ou uti universi, é aquele prestado a toda
a coletividade, indistintamente, ou seja, beneficia grupos indeterminados de
indivíduos, não sendo possível ao Poder Público identificar, de forma
individualizada e exata, quanto cada usuário utiliza do serviço. São financiados

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pelas receitas dos impostos, a exemplo dos serviços de segurança pública e


saneamento básico.
Gabarito: Certo
13. (Cespe – Analista – TJ/DFT 2015) Com base no princípio da continuidade do
serviço público, a extinção da concessão, nas hipóteses previstas em lei, autoriza a
imediata assunção do serviço pelo poder concedente e a utilização de todos os bens
reversíveis.
Comentário: Pelo princípio da continuidade do serviço público, os serviços
públicos não devem sofrer interrupção, a fim de evitar que sua paralisação
provoque, como às vezes ocorre, o colapso nas múltiplas atividades
particulares. Com base nesse princípio, extinta a concessão, o art. 35, § 1º da
Lei 8.987/95 determina que os bens reversíveis devem retornar ao poder
concedente, além dos direitos e privilégios transferidos ao concessionário,
conforme previsto no edital e estabelecido no contrato.
Gabarito: Certo
14. (Cespe – Analista – TJ/DFT 2015) Admite-se que a União, no prazo da
concessão de determinado serviço público, retome o serviço por encampação,
mediante lei autorizativa específica, após prévio pagamento de indenização e por
motivo de interesse público.
Comentário: De acordo com o art. 37 da Lei 8.987/95, considera-se encampação
a retomada do serviço pelo poder concedente antes do término do prazo da
concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica
e após prévio pagamento de indenização. Portanto, a situação apresentada é
possível.
Gabarito: Certo
15. (Cespe – Administrador – TCE/RN 2015) Tanto a concessão como a permissão
de serviço público têm a natureza de contrato de adesão; nesse sentido, são
formalizadas por contrato administrativo e não dispensam licitação prévia.
Comentário: De acordo com o art. 40 da Lei 8.987/95, a permissão de serviços
públicos será formalizada mediante contrato de adesão.
Em relação à concessão de serviços públicos, a lei não explicita que deva
ser contrato de adesão, porém, como é precedida de licitação, o contrato
celebrado será um contrato administrativo, portanto, contrato de adesão.
Gabarito: Certo

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16. (Cespe – Administrador – TCE/RN 2015) Classificam-se como indelegáveis


aqueles serviços que só podem ser prestados diretamente pelo estado, de que são
exemplos os serviços de defesa nacional e segurança pública.
Comentário: Em regra, os serviços públicos podem ser delegados a pessoas
físicas ou jurídicas, mediante prévia licitação. Porém, alguns serviços públicos
não podem ser delegados, devendo ser prestados diretamente pelo Estado,
como a segurança pública e defesa nacional, considerados serviços típicos de
Estado.
Gabarito: Certo
17. (Cespe – Analista – STJ 2015) A caducidade do contrato de concessão acarreta
a reversão ao poder concedente, mediante indenização ao concessionário, de todos
os bens necessários à continuidade do serviço público.
Comentário: Conforme o art. 38 da Lei 8.987, a caducidade é a modalidade de
extinção do contrato de concessão, antes do término do prazo fixado, em
decorrência da inexecução total ou parcial do contrato por parte da
concessionária.
Seja qual for a causa da decretação da caducidade, a concessionária tem
direito a indenização pelos investimentos realizados nos bens reversíveis e
ainda não amortizados ou depreciados.
Gabarito: Certo
18. (Cespe – Técnico – MPOG 2015) Caso tenha de abrir processo licitatório visando
delegar a execução de determinado serviço público por contrato de permissão, a
administração pública deverá fazê-lo na modalidade de concorrência.
Comentário: A Lei 8.987/95 determina que para as concessões a modalidade
seja a concorrência, não prevendo a modalidade aplicável à permissão (pode
ser qualquer uma, inclusive, mas não necessariamente, a concorrência).
Gabarito: Errado
19. (Cespe – Técnico – MPOG 2015) Os serviços de fornecimento domiciliar de água
e de energia elétrica, assim como os de telefonia, são exemplos de serviços
públicos uti universi (gerais ou coletivos), pois são prestados de maneira igualitária a
todos os particulares que satisfaçam as condições técnicas e jurídicas exigidas, sem
distinção de caráter pessoal.
Comentário: Serviço público geral, ou uti universi, é aquele prestado a toda a
coletividade, indistintamente, ou seja, beneficia grupos indeterminados de
indivíduos, não sendo possível ao Poder Público identificar, de forma
individualizada e exata, quanto cada usuário utiliza do serviço. São financiados
pelas receitas dos impostos, a exemplo dos serviços de segurança pública e

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saneamento básico. Os serviços mencionados no enunciado, por sua vez, são


serviços individuais, pois é possível mensurar o quanto de cada serviço é
consumido pelo usuário, o qual paga apenas pelo que utilizou. Basta você
consultar suas contas de água, energia e telefonia para ver que a tarifa a ser
paga é proporcional ao consumo.
Gabarito: Errado
20. (Cespe – Técnico – MPOG 2015) No julgamento das propostas decorrentes do
processo licitatório de PPP, a vencedora será aquela que apresentar a melhor
combinação entre os critérios menor preço e melhor técnica, de acordo com os pesos
estabelecidos em edital, e não a que apresentar apenas o menor valor.
Comentário: De acordo com o art. 12, II “a” da Lei 11.079/04, o julgamento poderá
adotar, como melhor proposta, a razão da combinação do critério de menor valor
com o de melhor técnica, de acordo com os pesos estabelecidos no edital.
Gabarito: Certo
21. (Cespe – Técnico – MPOG 2015) Após a edição da lei que instituiu normas gerais
para licitação e contratação de PPP no âmbito dos poderes da União, dos estados,
dos municípios e do Distrito Federal, passou a haver três modalidades de concessão:
patrocinada, administrativa e comum.
Comentário: Antes da edição da Lei das PPP, tínhamos apenas as concessões
comuns, regidas pela Lei 8.987/95, as quais não contam com a contraprestação
pecuniária do Poder Público. Após a Lei 11.079/04, temos as concessões
comuns, patrocinadas e administrativas.
Gabarito: Certo
22. (Cespe – Técnico – MPOG 2015) Para a contratação de PPP, é imprescindível
a realização de licitação, que deverá ser feita, unicamente, na modalidade de
concorrência.
Comentário: De acordo com o art. 10 da Lei 11.079/04, a contratação de parceria
público-privada será precedida de licitação na modalidade concorrência. Porém,
de acordo com o § 3º do art. 4º da Lei 9.491/97, as PPP inseridas no âmbito do
programa de desestatização poderão ser realizadas na modalidade leilão.
Gabarito: Errado
23. (Cespe – Analista – TRE/GO 2015) Determinado ente da administração pública
deseja realizar procedimento licitatório para a contratação de serviços de segurança
patrimonial armada para seu edifício sede.
Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item.

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A contratação dos serviços pretendidos constitui forma descentralizada de execução


de serviços públicos, por delegação, na modalidade terceirização.
Comentário: A prestação de serviço de segurança patrimonial não é
considerada serviço público, mas serviço privado, portanto não se trata de
descentralização de serviços públicos, mas mera terceirização. A terceirização
não constitui modalidade de delegação de serviços públicos.
Gabarito: Errado
24. (Cespe – Analista – TRE/GO 2015) Um candidato a deputado estadual ajuizou
ação pleiteando a anulação de decisão administrativa que desaprovou suas contas
como prefeito. O órgão indicado como réu na ação considerou irregular a delegação
3
de permissão de serviço público com base em tomada de preços. O candidato autor
da ação apontou suposto excesso de poder e nulidades na decisão.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o seguinte item.
Nessa situação, o órgão julgador das contas agiu corretamente ao apontar a
irregularidade, uma vez que a tomada de preços é modalidade de licitação inadequada
para a delegação de permissão de serviço público.
Comentário: Tanto a concessão quanto a permissão devem ser precedidas de
licitação, sendo que, no primeiro caso, deverá ser adotada a modalidade
concorrência, e no segundo não há exigência de modalidade específica,
podendo ser adotada, inclusive, a tomada de preços. Portanto, agiu de forma
equivocada o respectivo órgão de contas.
Gabarito: Errado
25. (Cespe – Defensor Público – DPE/PE 2015) Segundo o entendimento
jurisprudencial dominante no STJ relativo ao princípio da continuidade dos serviços
públicos, não é legítimo, ainda que cumpridos os requisitos legais, o corte de
fornecimento de serviços públicos essenciais, em caso de estar inadimplente pessoa
jurídica de direito público prestadora de serviços indispensáveis à população.
Comentário: Em regra, nos termos do art. 6º, §3º da Lei 8.987/1995, não
caracteriza descontinuidade do serviço a sua interrupção por inadimplemento
do usuário, considerado o interesse da coletividade. Porém, quando o devedor
for ente público, a interrupção do serviço de energia elétrica de serviços
essenciais, tais como hospitais, centros de saúde, creches e iluminação pública
não poderá ser realizada. Segue jurisprudência a respeito:
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS
DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO ESPECIAL. ENERGIA ELÉTRICA. UNIDADES
PÚBLICAS ESSENCIAIS. FORNECIMENTO DE ÁGUA. INADIMPLÊNCIA.
SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO. SERVIÇO PÚBLICO ESSENCIAL. 1. A
suspensão do serviço de energia elétrica, por empresa concessionária, em razão

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de inadimplemento de unidades públicas essenciais - hospitais; pronto-socorros;


escolas; creches; fontes de abastecimento d'água e iluminação pública; e
serviços de segurança pública -, como forma de compelir o usuário ao pagamento
de tarifa ou multa, despreza o interesse da coletividade. Precedentes: EREsp
845.982/RJ, Rel. Ministro LUIZ FUX, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 24/06/2009, DJe
03/08/2009; EREsp 721.119/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 08/08/2007, DJ 10/09/2007. 2. In casu, o v. acórdão hostilizado firmou
orientação no sentido de ser inadmissível o corte no fornecimento de energia da
concessionária pública inadimplente, haja vista ser responsável pelo abastecimento de
água de três municípios, o que poderia inviabilizar aquele serviço essencial à população.
3. Incidência da Súmula nº 168/STJ: “Não cabem embargos de divergência, quando a
jurisprudência do Tribunal se firmou no mesmo sentido do acórdão embargado.” 4.
b
Agravo regimental a que se nega provimento. AgRg nos EREsp 1003667 / RS

Gabarito: Certo
26. (Cespe – Especialista em Regulação – ANTAQ 2014) As características
essenciais de um contrato de concessão incluem o objeto, o prazo da concessão e os
critérios para revisão das tarifas. Por outro lado, os direitos e deveres dos usuários
para obtenção e utilização do serviço não são considerados essenciais nesse tipo de
contrato.
Comentário: De acordo com o art. 23 da Lei 8.987/95, são cláusulas essenciais
do contrato de concessão de serviços públicos:
Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas:
I - ao objeto, à área e ao prazo da concessão;
II - ao modo, forma e condições de prestação do serviço;
III - aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade do
serviço;
IV - ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a
revisão das tarifas;
V - aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente e da concessionária,
inclusive os relacionados às previsíveis necessidades de futura alteração e expansão
do serviço e consequente modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos
equipamentos e das instalações;
VI - aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço;
VII - à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e
práticas de execução do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para
exercê-la;
VIII - às penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita a concessionária
e sua forma de aplicação;
IX - aos casos de extinção da concessão;

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X - aos bens reversíveis;


XI - aos critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas
à concessionária, quando for o caso;
XII - às condições para prorrogação do contrato;
XIII - à obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação de contas da
concessionária ao poder concedente;
XIV - à exigência da publicação de demonstrações financeiras periódicas da
concessionária; e
XV - ao foro e ao modo amigável de solução das divergências contratuais.

Gabarito: Errado 4
27. (Cespe – Especialista em Regulação – ANTAQ 2014) Caso um serviço não seja
prestado de forma adequada, segundo critérios e indicadores de qualidade definidos,
poderá ser declarada a caducidade da concessão pelo poder concedente.
Comentário: Conforme o art. 38 da Lei 8.987, a caducidade é a modalidade
de extinção do contrato de concessão, antes do término do prazo fixado, em
decorrência da inexecução total ou parcial do contrato por parte da
concessionária.
Seja qual for a causa da decretação da caducidade, a concessionária tem
direito a indenização pelos investimentos realizados nos bens reversíveis e
ainda não amortizados ou depreciados.
Gabarito: Certo
28. (Cespe – Especialista em Regulação – ANTAQ 2014) Os direitos e deveres do
concessionário incluem a captação, a aplicação e a gestão dos recursos financeiros,
dada a importância que esses processos têm para a qualidade da prestação do
serviço público.
Comentário: De acordo com o art. 31 da Lei 8.987/95, incumbe à concessionária:
Art. 31. Incumbe à concessionária:
I - prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas normas técnicas
aplicáveis e no contrato;
II - manter em dia o inventário e o registro dos bens vinculados à concessão;
III - prestar contas da gestão do serviço ao poder concedente e aos usuários, nos
termos definidos no contrato;
IV - cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláusulas contratuais da
concessão;

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V - permitir aos encarregados da fiscalização livre acesso, em qualquer época, às


obras, aos equipamentos e às instalações integrantes do serviço, bem como a seus
registros contábeis;
VI - promover as desapropriações e constituir servidões autorizadas pelo poder
concedente, conforme previsto no edital e no contrato;
VII - zelar pela integridade dos bens vinculados à prestação do serviço, bem como
segurá-los adequadamente; e
VIII - captar, aplicar e gerir os recursos financeiros necessários à prestação
do serviço.

Gabarito: Certo
7
29. (Cespe – Especialista em Regulação – ANTAQ 2014) A transferência de concessão,
de uma concessionária para outra, pode ocorrer sem prévia anuência do poder
concedente, sem implicar na caducidade da concessão.
Comentário: De acordo com o art. 27 da Lei 8.987/95, a transferência da
concessão ou do controle societário da concessionária sem prévia anuência do
poder concedente implicará a caducidade da concessão.
Gabarito: Errado
30. (Cespe – Especialista em Regulação – ANTAQ 2014) Nem toda concessão de
serviço público deve ser decorrente de licitação prévia, porém toda concessão deve
observar os princípios da legalidade, da moralidade, da publicidade e da igualdade.
Comentário: De acordo com o art. 175 da CF/88, incumbe ao Poder Público, na
forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre
através de licitação a prestação de serviços públicos.
A prestação de serviços públicos de forma indireta se dá através da
concessão de serviços públicos e de permissão de serviços públicos.
Gabarito: Errado
31. (Cespe – Nível Médio – ANATEL 2014) O princípio da modicidade afasta a
possibilidade de adoção de serviços públicos prestados gratuitamente.
Comentário: Não há nenhum impedimento para que os serviços públicos sejam
prestados gratuitamente, embora isso seja difícil de acontecer na prática, pois
a concessionária necessita recuperar os investimentos realizados, e sua
remuneração provém, em grande medida, das tarifas cobradas dos usuários.
Porém, se a concessionária conseguir amortizar seus investimentos, por
exemplo, apenas mediante a obtenção de receitas alternativas, nada impede que
o serviço seja prestado de forma gratuita.
Gabarito: Errado

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32. (Cespe – Nível Médio – ANATEL 2014) O inadimplemento do concessionário,


que deixa de executar total ou parcialmente serviço público concedido, acarreta a
extinção do contrato de concessão por rescisão promovida pelo poder concedente.
Comentário: Conforme o art. 38 da Lei 8.987, a caducidade é a modalidade
de extinção do contrato de concessão, antes do término do prazo fixado, em
decorrência da inexecução total ou parcial do contrato por parte da
concessionária. Portanto não é por rescisão, mas caducidade.
A rescisão é a forma de extinção da concessão por iniciativa do
concessionário (e não do poder concedente!). Decorre do descumprimento de
normas contratuais pelo poder concedente e depende de ação judicial
9
especialmente intentada com o objetivo de obter a rescisão.
Gabarito: Errado
33. (Cespe – Nível Médio – ANATEL 2014) Os princípios da generalidade e da
impessoalidade impõem a unicidade da tarifa para todos os usuários, vedando, por
exemplo, a diferenciação tarifária na cobrança pelo serviço de abastecimento de água.
Comentário: Segundo o art. 13 da Lei 8.987/95, as tarifas poderão ser
diferenciadas em função das características técnicas e dos custos específicos
provenientes do atendimento dos distintos segmentos de usuários.
Gabarito: Errado
34. (Cespe – Nível Médio – ANATEL 2014) O princípio da continuidade do serviço
público não impede a concessionária de energia elétrica de suspender o fornecimento
de eletricidade no caso de inadimplemento do usuário.
Comentário: Nos termos do art. 6º, §3º da Lei 8.987/1995, não caracteriza
descontinuidade do serviço a sua interrupção:
• Em situação de emergência (ex: queda de raio na central elétrica); ou
• Após prévio aviso, quando:
• motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações (ex:
manutenção periódica e reparos preventivos); e,
• por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

Gabarito: Certo
35. (Cespe – Administrador – ANATEL 2014) A única modalidade de licitação admitida
pelo ordenamento jurídico brasileiro para a concessão de serviços públicos é a
concorrência.

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Comentário: Tanto a concessão quanto a permissão devem ser precedidas de


licitação, sendo que, no primeiro caso, deverá ser adotada a modalidade
concorrência, e no segundo não há exigência de modalidade específica.
Gabarito: Errado
36. (Cespe – Analista – TJ/SE 2014) Os serviços públicos podem ser remunerados
mediante taxa ou tarifa.
Comentário: Os serviços públicos são mantidos por meio das receitas de taxas
(ex: coleta de lixo) ou de tarifas (ex: energia, água e telefone).
Gabarito: Certo
37. (Cespe – Analista – TC/DF 2014) Nos termos da Lei n.º 8.987/1995, que dispõe sobre
o regime de concessão e permissão da prestação de serviços públicos,
diferentemente da concessão, a permissão de serviços públicos tem a natureza de
ato administrativo unilateral e precário, e não a de negócio bilateral que se formaliza
mediante contrato.
Comentário: De acordo com a Lei 8.987/95, permissão é a delegação de serviço
público, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos,
feita pelo poder concedente, à pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
Além disso, de acordo com o art. 40 da Lei 8.987/95, a permissão de
serviços públicos será formalizada mediante contrato de adesão.
Gabarito: Errado
38. (Cespe – Analista – TC/DF 2014) De acordo com o princípio da continuidade, os
serviços públicos, compulsórios ou facultativos, devem ser prestados de forma
contínua, não podendo ser interrompidos mesmo em casos de inadimplemento do
usuário.
Comentário: Nos termos do art. 6º, §3º da Lei 8.987/1995, não caracteriza
descontinuidade do serviço a sua interrupção:
• Em situação de emergência (ex: queda de raio na central elétrica); ou
• Após prévio aviso, quando:
• motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações (ex:
manutenção periódica e reparos preventivos); e,
• por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.

Gabarito: Errado
39. (Cespe – Auditor – TC/DF 2014) É possível a celebração de contrato na modalidade
de parceria público-privada cujo objeto exclusivo seja a instalação de equipamentos
para uso do poder público.

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Comentário: De acordo com o art. 2º, § 4º, III da Lei 11.079/04, é vedada a
celebração de contrato de parceria público privada que tenha como objeto único
o fornecimento de mão de obras, fornecimento e instalação de equipamentos
ou a execução de obra pública.
Gabarito: Errado
40. (Cespe – Nível Superior – MEC 2014) O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB)
assegura recursos constitucionalmente vinculados para todas as etapas e
modalidades da educação básica. Pela primeira vez no país, ficam subvinculados
recursos da União, dos estados, do DF e dos municípios para o atendimento em
creches e pré-escolas.
A educação infantil no Brasil figurou uma trajetória histórica em que o Estado
formulou e estimulou uma política de atendimento baseada na parceria com
instituições privadas sem fins lucrativos, comunitárias, filantrópicas e confessionais,
principalmente no que diz respeito ao atendimento de crianças de zero a três anos,
como forma de não ficar totalmente ausente desse atendimento.
Mesmo estando claro que a obrigação do Estado com a educação infantil deve
ser efetivada pela expansão da rede pública, o convênio entre o poder público e
instituições educacionais sem fins lucrativos foi, e é, uma realidade que assegura, na
maioria dos municípios, o atendimento a um número significativo de crianças, em
geral, da população pobre e vulnerabilizada. Orientações sobre convênios entre
secretarias municipais de educação e instituições comunitárias, confessionais ou
filantrópicas sem fins lucrativos para a oferta de educação infantil. Brasília: MEC, SEB,
2009 (com adaptações).
No que se refere ao assunto tratado no fragmento de texto acima, julgue os itens
subsequentes.
A parceria público-privada é firmada mediante contrato administrativo de concessão,
na modalidade patrocinada ou administrativa, o qual pode ter por objeto a prestação
de serviço público à população de forma desconcentrada, independentemente da
cobrança de tarifas aos usuários.
Comentário: De acordo com o § 1º do art. 2º, da Lei 11.079/04, concessão
patrocinada envolve, além da tarifa cobrada do usuário, contraprestação
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. Portanto, na PPP
patrocinada, deve haver cobrança de tarifa do usuário. Ademais, a PPP constitui
prestação de serviço de forma descentralizada, e não desconcentrada.
Gabarito: Errado

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41. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) As parcerias público-privadas


são contratos administrativos de concessão e podem ser realizadas nas modalidades
patrocinada ou administrativa.
Comentário: É o que está previsto no art. 2º da Lei 11.079/04:
Art. 2º Parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão, na
modalidade patrocinada ou administrativa.

Gabarito: Certo
42. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Caso determinada empresa
concessionária de serviços públicos preste serviços de forma deficiente, e essa
deficiência seja identificada pelo poder público por meio da análise de indicadores de
qualidade previamente definidos em contrato, o referido poder poderá declarar a
caducidade como forma de extinção da concessão.
Comentário: Conforme o art. 38 da Lei 8.987, a caducidade é a modalidade de
extinção do contrato de concessão, antes do término do prazo fixado, em
decorrência da inexecução total ou parcial do contrato por parte da
concessionária.
Seja qual for a causa da decretação da caducidade, a concessionária tem
direito a indenização pelos investimentos realizados nos bens reversíveis e
ainda não amortizados ou depreciados.
Gabarito: Certo
43. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) O princípio da igualdade, que
pressupõe a não diferenciação entre usuários na prestação de serviço público, é
inaplicável à determinação legal de isenção de tarifas para idosos e deficientes.
Comentário: Segundo o art. 13 da Lei 8.987/95, as tarifas poderão ser
diferenciadas em função das características técnicas e dos custos específicos
provenientes do atendimento dos distintos segmentos de usuários. Assim, é
perfeitamente possível haver cobrança de tarifas diferenciadas para idosos e
deficientes.
Gabarito: Errado
44. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) O serviço prestado por um
taxista é classificado como serviço público impróprio, porque atende às necessidades
coletivas, mas não é executado pelo Estado.
Comentário: Serviços públicos impróprios são aqueles que atendem às
necessidades coletivas, mas que não são de titularidade e nem são prestados
pelo Estado, mas apenas por ele autorizados, regulamentados e fiscalizados
(são prestados por particulares, sob regime de direito privado). Essa é a

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definição tradicional da doutrina para serviços públicos impróprios, na qual o


serviço de táxi não se encaixa, por ser um serviço de titularidade do Estado,
prestado por particulares mediante delegação (autorização). Não obstante, a
banca considerou a assertiva correta, talvez por considerar a posição menos
consagrada da doutrina, pela qual serviços públicos “próprios” e “impróprios”
seriam sinônimos de serviços “indelegáveis” e “delegáveis”, respectivamente.
Gabarito: Certo
45. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) O princípio da mutabilidade, que
determina que o regime jurídico possa mudar para atender ao interesse público,
integra o rol de princípios inerentes ao regime jurídico dos serviços públicos.
Comentário: De acordo com Di Pietro, o interesse público por determinado
serviço pode mudar com o tempo, fazendo com que o Regime Jurídico se
adeque a tais mudanças; portanto, os serviços públicos se submetem ao
princípio da mutabilidade.
Gabarito: Certo
46. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) A contraprestação do poder
público será precedida da disponibilização do serviço objeto do contrato pelo parceiro
privado, sendo facultado à administração pública, prever, no instrumento contratual,
as peculiaridades das condições em que a mesma poderá efetuar o pagamento da
contraprestação relativa à parcela fruível.
Comentário: Questão praticamente “copia e cola’ do art. 7º e seu parágrafo 1º
da Lei 11.079/04:
Art. 7º A contraprestação da Administração Pública será obrigatoriamente precedida da
disponibilização do serviço objeto do contrato de parceria público-privada.
§ 1º É facultado à administração pública, nos termos do contrato, efetuar o pagamento
da contraprestação relativa a parcela fruível do serviço objeto do contrato de parceria
público-privada.
Gabarito: Certo
47. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) A PPP é definida como o contrato
administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa. A
modalidade patrocinada envolve, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, a
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado, na concessão de
serviços públicos ou de obras públicas; ao passo que, na modalidade administrativa,
há contrato de prestação de serviços de que a administração pública seja a usuária
direta ou indireta, ainda que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação
de bens.

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Comentário: A PPP é um contrato administrativo de concessão, na modalidade


patrocinada ou administrativa (art. 2º da Lei 11.079/04).
A concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras
públicas quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários
contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.
Já a concessão administrativa é o contrato de prestação de serviços de
que a Administração Pública seja a usuária direta ou indireta, ainda que envolva
execução de obra ou fornecimento e instalação de bens.
Gabarito: Certo
48. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Não há óbice legal para a
celebração de um contrato de PPP no valor de R$ 17 milhões, com período de três
anos, para a prestação de serviços de fornecimento de mão de obra e de material e
insumos, de aluguel, de instalação de equipamentos e de execução de obras públicas,
em que todas as demais condições estejam de acordo com a legislação em vigor.
Comentário: O art. 2º, § 4º da Lei 11.079/04 nos apresenta as vedações em
relação à PPP:
§ 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada:
I – cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais);
II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou
III – que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o fornecimento
e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.

Gabarito: Errado
49. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Considerando que um usuário
do serviço de energia elétrica fornecido por empresa privada concessionária deixe de
pagar as contas referentes aos três últimos meses, e tendo em vista aspectos
diversos relacionados a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A remuneração do fornecimento de energia pela empresa privada concessionária do
serviço se dá por taxa, que possui natureza tributária.
Comentário: A remuneração do fornecimento de energia por concessionária se
dá por tarifa, e por não taxa. A taxa é um tributo cobrado pela prestação de
serviço público ao usuário ou posto à sua disposição. Podemos perceber que,
caso não haja consumo de energia, não deverá ser paga a tarifa correspondente.
Gabarito: Errado
50. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Considerando que um
usuário do serviço de energia elétrica fornecido por empresa privada concessionária

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deixe de pagar as contas referentes aos três últimos meses, e tendo em


vista aspectos diversos relacionados a essa situação hipotética, julgue o item a
seguir.
Na hipótese considerada, em razão do inadimplemento por parte do usuário, a
concessionária está autorizada a suspender o fornecimento de energia elétrica para a
preservação do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão, sem que
isso vulnere o princípio da continuidade dos serviços públicos.
Comentário: Nos termos do art. 6º, §3º da Lei 8.987/1995, não caracteriza
descontinuidade do serviço a sua interrupção:
• Em situação de emergência (ex: queda de raio na central elétrica); ou
• Após prévio aviso, quando:
• motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações (ex:
manutenção periódica e reparos preventivos); e,
• por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade.
Gabarito: Certo
51. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Considerando que um usuário
do serviço de energia elétrica fornecido por empresa privada concessionária deixe de
pagar as contas referentes aos três últimos meses, e tendo em vista aspectos
diversos relacionados a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
Na situação considerada, a concessionária, pessoa jurídica de direito privado, fornece
serviço público por descentralização negocial, mas o Estado detém a titularidade e o
controle do serviço.
Comentário: A descentralização por colaboração, ou negocial como afirmou a
banca, ocorre quando o Estado descentraliza determinada atividade ao setor
privado mediante concessão e permissão de serviço público. A
descentralização não transfere a titularidade do serviço, mas apenas a sua
execução.
Gabarito: Certo
52. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) A prestação de serviços públicos
sob regime de concessão ou de permissão deve ser precedida de licitação, sendo
possível, em ambos os regimes, a fixação, em contrato, de cláusulas exorbitantes.
Comentário: De acordo com o art. 40 da Lei 8.987/95, a permissão de serviços
públicos será formalizada mediante contrato de adesão.
Em relação à concessão de serviços públicos, a lei não explicita que deva
ser contrato de adesão, porém, como é precedida de licitação, o contrato
celebrado será um contrato administrativo, portanto, contrato de adesão.

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Em ambas modalidades de delegação de serviços públicos, devido ao fato


de serem celebrados mediante contrato administrativo, estão presentes as
cláusulas exorbitantes, características inerentes aos contratos administrativos.
Gabarito: Certo
53. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) O concessionário de um serviço
público é remunerado mediante o sistema de tarifas pagas pelos usuários, as quais
configuram remuneração pelo serviço prestado e concedido pelo concedente em
contrato.
Comentário: A remuneração do concessionário de serviços públicos é oriunda
das tarifas pagas pelos usuários na utilização de tais serviços. É o caso das
tarifas de transporte público.
Gabarito: Certo
54. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Antes de iniciar os serviços a ele
concedidos pela administração pública, o permissionário poderá estabelecer os
termos de concordância com o contrato que será celebrado.
Comentário: Os contratos celebrados no âmbito das permissões de serviços
públicos são contratos administrativos de adesão; portanto, uma vez celebrada
a concessão, cabe à permissionária a execução dos serviços nos termos do
contrato, não havendo termo de concordância.
Gabarito: Errado
55. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Em PPP para a manutenção de
estradas cujo contrato de serviço tenha duração de no máximo cinco anos, os riscos
do empreendimento são divididos entre o parceiro público e o privado.
Comentário: O contrato de PPP deve ter duração mínima de 5 e máxima de 35
anos (Art. 2º, § 4º, II da Lei 11.079/04).
Gabarito: Errado
56. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Antes da celebração de PPP,
deve-se constituir sociedade de propósito específico, por meio da criação de uma
companhia, cuja maior parte do capital votante deve pertencer à administração
pública.
Comentário: De acordo com o art. 9º, § 1º da Lei 11.079/04, antes da celebração
do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico,
incumbida de implantar e gerir o objeto da parceria, sendo vedada à
Administração Pública ser titular da maioria de capital votante das sociedades
de propósito específico.
Gabarito: Errado

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57. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) A prestação de serviços públicos
é espontânea, não podendo o serviço ser prestado compulsoriamente ao particular.
Comentário: De acordo com o art. 175 da CF/88, incumbe ao Poder Público, na
forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre
através de licitação a prestação de serviços públicos. Portanto, a prestação do
serviço público é obrigação do Estado.
Como exemplo de serviços públicos obrigatórios, temos os serviços
universais, como a iluminação pública, coleta de lixo, dentre outros.
Gabarito: Errado
58. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Os serviços públicos podem ser
prestados diretamente pelo Estado ou mediante delegação a particulares, entretanto,
somente na segunda hipótese, pode-se cobrar pela utilização do serviço.
Comentário: Os serviços prestados diretamente pelo Estado também podem
ensejar a cobrança por sua utilização.
Gabarito: Errado
59. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Uma campanha de vacinação
contra a gripe que se destine a imunizar determinadas comunidades carentes
classifica-se como serviço público coletivo, pois se destina a um número
indeterminado de pessoas.
Comentário: Serviço público coletivo, geral, ou uti universi, é aquele prestado a
toda a coletividade, indistintamente, ou seja, beneficia grupos indeterminados
de indivíduos, não sendo possível ao Poder Público identificar, de forma
individualizada e exata, quanto cada usuário utiliza do serviço. São financiados
pelas receitas dos impostos, a exemplo da campanha de vacinação retratada no
enunciado da questão.
Gabarito: Certo
60. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Caso a União pretenda firmar
contrato de concessão com determinada empresa para a construção de uma rodovia
federal, no qual esteja prevista a cobrança de pedágio, tal contrato poderá ser
realizado com prazo indeterminado, desde que seja condicionado ao cobrimento dos
valores despendidos pela empresa para a realização da obra.
Comentário: De acordo com a Lei 8.9878/95, o contrato de concessão deve ter
prazo determinado.
Gabarito: Errado

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Gabarito

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e c e e c e c c c c
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
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21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
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31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
e e e c e c e e e e
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
c c e c c c c e e c
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
c c c e e e e e c e

(61) 99170 1432


Neste número, o Prof. Erick Alves e a
Prof. Érica Porfírio disponibilizam dicas, materiais e informações
sobre Direito Administrativo.
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Erick Alves

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RESUMÃO DA AULA
SERVIÇOS PÚBLICOS
 Elementos da definição:
▪ Subjetivo: o sujeito é o Estado (Poder Público), que presta direta ou indiretamente.
▪ Objetivo: atividades de interesse coletivo (nem sempre, ex: loterias).
▪ Formal: o regime jurídico é de direito público (mas quando prestado por concessionárias ou
permissionárias o regime predominante é de direito privado regime híbrido).
 Não são serviços públicos: atividades judiciais, legislativas e de governo (políticas); fomento; poder de
polícia; intervenção na propriedade privada; obras públicas.
 Ordem social (saúde e educação): podem ser prestados pelos particulares independentemente de
delegação. São atividades privadas, sujeitas ao poder de polícia do Estado. Apenas quando
desempenhadas pelo Estado é que se sujeitam ao regime de direito público.
 Formas de prestação:
▪ Prestação direta: o serviço é prestado pela Administração Pública, direta ou indireta.
▪ Prestação indireta: o serviço é prestado por particulares, aos quais, mediante delegação do Poder
Público, é atribuída a sua mera execução.
 Regulamentação e controle: atividade típica do Poder Público, indelegável a particulares.

REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Princípio da predominância do interesse.
▪ União: interesse nacional. Rol taxativo. Ex: defesa nacional, serviço postal, energia, transporte ferroviária, e
rodoviário interestadual e internacional.
▪ Municípios: interesse local. Rol exemplificativo. Ex: transporte coletivo, serviço funerário.
▪ Estados: interesse regional. Serviços residuais. Ex: transporte intermunicipal; gás canalizado.
▪ Distrito Federal: serviços estaduais e municipais.
▪ Comum: rol taxativo. Serviços prestados de forma paralela, sem subordinação.

CLASSIFICAÇÕES
Originário: só pode ser prestado pelo Estado; poder de império; indelegável. Ex: segurança nacional.
Derivado: pode ser prestado por particulares; delegável. Ex: energia, telefonia.

Exclusivo: titularidade do Estado, prestados direta ou indiretamente. Ex: energia.


Não exclusivo: Estado não é titular; podem ser prestados por particulares sem delegação. Ex: saúde, educação.

Próprio: prestado pelo Estado, direta ou indiretamente. Ex: energia, escola pública.
Impróprio: prestado por particular, sem delegação. Ex: saúde, educação.

Geral, uti universi: Usuários indeterminados. Ex: iluminação pública, saneamento.


Individual, uti singuli: Usuários determinados, mensuráveis. Ex: água, exergia.

Administrativo: atende necessidades internas da Administração. Ex: imprensa oficial.


Comercial: atende necessidades econômicas da população; gera lucro. Ex: transporte
Social: atende necessidades de ordem social; não gera lucro. Ex: cultura, assistência social.

Obrigatório: colocado à disposição dos cidadãos, obrigatoriamente; remunerado por tributos.


Facultativo: usuário pode optar por recebê-lo ou não; remunerado por tarifas.

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DELEGAÇÃO
Concessão Permissão Autorização

Sempre precedida de licitação, na Sempre precedida de licitação, mas Não há licitação.


modalidade concorrência. não há modalidade específica.

Celebração com pessoa jurídica ou Celebração com pessoa física ou Celebração com pessoa física ou
consórcio de empresas. jurídica. jurídica.

Não há precariedade. Delegação a título precário. Delegação a título precário.

Natureza contratual. Natureza contratual; a lei explicita Ato administrativo, discricionário.


tratar-se de contrato de adesão.

Não é cabível revogação do contrato. A lei prevê a revogabilidade Pode ser revogado, sem
unilateral do contrato pelo poder indenização ao particular.
concedente.

 Permissão de serviço público = contrato administrativo


 Permissão de uso de bem público = ato administrativo

CONCESSÃO E PERMISSÃO
Serviço público adequado: regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia
na sua prestação e modicidade das tarifas.
✓ Em situação de emergência (ex: queda de raio na central elétrica); ou
✓ Após prévio aviso, quando:
Serviço pode
▪ motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações (ex:
ser paralisado
manutenção periódica e reparos preventivos); e
▪ por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade;

✓ Concessão = concorrência; permissão = qualquer modalidade.


✓ Não pode ser dispensada (a doutrina admite a inexigibilidade, por inviabilidade
de competição).
Licitação ✓ Inversão de fases (julgamento antes da habilitação)
✓ É possível a participação de empresa estatal (pode contratar por dispensa para
formular proposta).
✓ Autores dos projetos básicos ou executivo podem participar.

Prazo: deve ser determinado (a lei não prevê prazos mínimos e máximos).
Transferência de encargos:
▪ Contratação com terceiros (não depende de autorização)
▪ Subconcessão (parcial; licitação na modalidade concorrência; sub-rogação)
▪ Transferência de concessão (total; anuência prévia do poder concedente, sob pena de caducidade)
▪ Transferência de controle societário (anuência prévia do poder concedente, sob pena de caducidade)
▪ Assunção do controle ou da administração temporária pelos financiadores
Política tarifária: poder concedente homologa reajustes e promove a revisão.

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INTERVENÇÃO:
➢ Provisória, por decreto, para assegurar serviço público adequado. Prazo: 30 dias para instaurar processo
administrativo e mais 180 dias para conclusão do procedimento (máximo 210 dias).
➢ Após a intervenção a concessão será extinta; ou a administração será devolvida à concessionária.

EXTINÇÃO:
➢ Termo contratual: término do prazo do contrato.
➢ Encampação: por interesse público, com indenização prévia e autorização legislativa.
➢ Caducidade: por inadimplência do contratado, com indenização posterior e sem autorização legislativa.
➢ Rescisão: por iniciativa da concessionária, após decisão judicial.
➢ Anulação: por ilegalidade ou ilegitimidade no contrato ou na licitação; decretada pelo poder concedente
ou pelo Judiciário, se provocado.
➢ Falência ou extinção da concessionária (ou falecimento/incapacidade o titular, no caso de empresa
individual).
 Em todas as hipóteses há indenização das parcelas não amortizadas dos bens reversíveis.

PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
Há contraprestação financeira paga pelo Estado (investimentos de grande vulto, para atrair investidores).

Concessão patrocinada: contraprestação do Estado + tarifa do usuário.


Concessão administrativa: remuneração integral do Estado.

Restrições:
▪ Quanto ao valor: a PPP não pode ser inferior a R$ 20 milhões;
▪ Quanto ao tempo: a PPP deve ter periodicidade mínima de 5 anos e máxima de 35 anos, incluindo
eventual prorrogação,
▪ Quanto à matéria: não é cabível PPP que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o
fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
▪ Quanto à área de atuação: a PPP não pode ser utilizada para delegação das atividades de poder de polícia,
regulação, jurisdicional e de outras atividades exclusivas do Estado, pois são serviços indelegáveis; e

Tipos de contraprestação: ordem bancária, cessão de créditos não tributários, outorga de direitos em face da
Administração Pública; outorga de direitos sobre bens públicos dominicais; outros meios admitidos em lei.

Fundo Garantidor: recursos da União, mas garante PPP de todas as esferas.

 Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico incumbida de
implantar e gerir o objeto da parceria. Pode assumir a forma de companhia aberta.

 O Poder Público não pode controlar a SPE, exceto se banco público financiador assumir a empresa como
garantia.

Licitações: modalidade concorrência; inversão de fases (julgamento ocorre antes da habilitação); admitida fase
de lances (propostas com preço até 20% superior à melhor proposta).

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Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São Paulo:
Método, 2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Malheiros,
2010.
Borges, C. Curso de Direito Administrativo para AFRB 2014: teoria e questões comentadas.
Estratégia Concursos, 2014.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
Furtado, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.
Knoplock, G. M. Manual de Direito Administrativo: teoria e questões. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013.
Justen Filho, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
Marrara, Thiago. As fontes do direito administrativo e o princípio da legalidade. Revista
Digital de Direito Administrativo. Ribeirão Preto. V. 1, n. 1, p. 23-51, 2014.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 34ª ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
Scatolino, G. Trindade, J. Manual de Direito Administrativo. 2ª ed. JusPODIVM, 2014.

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