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Curso 24915 Aula 09 v1
Curso 24915 Aula 09 v1
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
AULA 09
Olá pessoal!
SUMÁRIO
Vamos então?
LISTA DE QUESTÕES
56. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Antes da celebração de PPP,
deve-se constituir sociedade de propósito específico, por meio da criação de uma
companhia, cuja maior parte do capital votante deve pertencer à administração
pública.
57. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) A prestação de serviços públicos
é espontânea, não podendo o serviço ser prestado compulsoriamente ao particular.
58. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Os serviços públicos podem ser
prestados diretamente pelo Estado ou mediante delegação a particulares, entretanto,
somente na segunda hipótese, pode-se cobrar pela utilização do serviço.
59. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Uma campanha de vacinação
contra a gripe que se destine a imunizar determinadas comunidades carentes
classifica-se como serviço público coletivo, pois se destina a um número
indeterminado de pessoas.
60. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Caso a União pretenda firmar
contrato de concessão com determinada empresa para a construção de uma rodovia
federal, no qual esteja prevista a cobrança de pedágio, tal contrato poderá ser
realizado com prazo indeterminado, desde que seja condicionado ao cobrimento dos
valores despendidos pela empresa para a realização da obra.
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QUESTÕES COMENTADAS
públicos, feita pelo poder concedente, à pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
Portanto, permissão não pode ser modalidade de delegação de serviço a
consórcio de empresas, devendo ser através de concessão.
Gabarito: Errado
4. (Cespe – Secretário Executivo – FUNPRESP-JUD 2016) A delegação da
prestação de serviço público mediante o regime de permissão independe de
realização de prévio procedimento licitatório.
Comentário: De acordo com a Lei 8.987/95, permissão é a delegação de
serviço público, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços
públicos, feita pelo poder concedente, à pessoa física ou jurídica que demonstre
capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
Gabarito: Errado
5. (Cespe – Secretário Executivo – FUNPRESP-JUD 2016) Depois de ter celebrado
contrato de concessão de serviço público, o poder público concedente pode retomar
o serviço antes do término do prazo da concessão, alegando razões de interesse
público, ainda que não haja qualquer irregularidade na prestação do serviço pela
concessionária.
Comentário: De acordo com o art. 37 da Lei 8.987/95, considera-se
encampação a retomada do serviço pelo poder concedente antes do término do
prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa
específica e após prévio pagamento de indenização. Portanto, a situação
apresentada é possível.
Gabarito: Certo
6. (Cespe – Auditor – TCE/SC 2016) A concessionária de serviço público responde
objetivamente pelos prejuízos causados aos usuários ou terceiros e subjetivamente
pelos prejuízos causados ao poder concedente.
Comentário: Em relação à responsabilidade civil das concessionárias, o art. 37,
§ 6º, da Constituição Federal deixa bem claro que se trata de responsabilidade
objetiva: “§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes,
nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra
o responsável nos casos de dolo ou culpa”.
Em relação aos não usuários, o STF firmou entendimento no sentido de
que também há responsabilidade civil objetiva da concessionária (RE
591.874/MS).
Gabarito: Certo
10. (Cespe – Analista – DPU 2016) A classificação de determinado serviço público
como singular pressupõe a individualização de seus destinatários, propiciando a
medição da utilização individual direta do serviço público prestado.
Comentário: Serviço individual, ou uti singuli, é aquele usufruído individual
e diretamente pelo cidadão, sendo possível mensurar, caso a caso, quanto do
serviço está sendo consumido por cada usuário, separadamente. São mantidos
por meio das receitas das taxas ou das tarifas, a exemplo da energia elétrica,
telefone, água etc.
Gabarito: Certo
11. (Cespe – Analista – DPU 2016) A efetiva prestação de um serviço público e a
obrigatoriedade de procedimento licitatório prévio são características comuns ao
regime de concessão e ao de permissão de serviços públicos.
Comentário: De acordo com o art. 175 da CF/88, incumbe ao Poder Público,
na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre
através de licitação a prestação de serviços públicos.
A prestação de serviços públicos de forma indireta se dá através da
concessão de serviços públicos e de permissão de serviços públicos.
Gabarito: Certo
12. (Cespe –Técnico – DPU 2016) Os serviços públicos gerais são indivisíveis,
sendo prestados a toda a coletividade, sem destinatários determinados ou
individualizados.
Comentário: Serviço público geral, ou uti universi, é aquele prestado a toda
a coletividade, indistintamente, ou seja, beneficia grupos indeterminados de
indivíduos, não sendo possível ao Poder Público identificar, de forma
individualizada e exata, quanto cada usuário utiliza do serviço. São financiados
Gabarito: Certo
26. (Cespe – Especialista em Regulação – ANTAQ 2014) As características
essenciais de um contrato de concessão incluem o objeto, o prazo da concessão e os
critérios para revisão das tarifas. Por outro lado, os direitos e deveres dos usuários
para obtenção e utilização do serviço não são considerados essenciais nesse tipo de
contrato.
Comentário: De acordo com o art. 23 da Lei 8.987/95, são cláusulas essenciais
do contrato de concessão de serviços públicos:
Art. 23. São cláusulas essenciais do contrato de concessão as relativas:
I - ao objeto, à área e ao prazo da concessão;
II - ao modo, forma e condições de prestação do serviço;
III - aos critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade do
serviço;
IV - ao preço do serviço e aos critérios e procedimentos para o reajuste e a
revisão das tarifas;
V - aos direitos, garantias e obrigações do poder concedente e da concessionária,
inclusive os relacionados às previsíveis necessidades de futura alteração e expansão
do serviço e consequente modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos
equipamentos e das instalações;
VI - aos direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço;
VII - à forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e
práticas de execução do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para
exercê-la;
VIII - às penalidades contratuais e administrativas a que se sujeita a concessionária
e sua forma de aplicação;
IX - aos casos de extinção da concessão;
Gabarito: Errado 4
27. (Cespe – Especialista em Regulação – ANTAQ 2014) Caso um serviço não seja
prestado de forma adequada, segundo critérios e indicadores de qualidade definidos,
poderá ser declarada a caducidade da concessão pelo poder concedente.
Comentário: Conforme o art. 38 da Lei 8.987, a caducidade é a modalidade
de extinção do contrato de concessão, antes do término do prazo fixado, em
decorrência da inexecução total ou parcial do contrato por parte da
concessionária.
Seja qual for a causa da decretação da caducidade, a concessionária tem
direito a indenização pelos investimentos realizados nos bens reversíveis e
ainda não amortizados ou depreciados.
Gabarito: Certo
28. (Cespe – Especialista em Regulação – ANTAQ 2014) Os direitos e deveres do
concessionário incluem a captação, a aplicação e a gestão dos recursos financeiros,
dada a importância que esses processos têm para a qualidade da prestação do
serviço público.
Comentário: De acordo com o art. 31 da Lei 8.987/95, incumbe à concessionária:
Art. 31. Incumbe à concessionária:
I - prestar serviço adequado, na forma prevista nesta Lei, nas normas técnicas
aplicáveis e no contrato;
II - manter em dia o inventário e o registro dos bens vinculados à concessão;
III - prestar contas da gestão do serviço ao poder concedente e aos usuários, nos
termos definidos no contrato;
IV - cumprir e fazer cumprir as normas do serviço e as cláusulas contratuais da
concessão;
Gabarito: Certo
7
29. (Cespe – Especialista em Regulação – ANTAQ 2014) A transferência de concessão,
de uma concessionária para outra, pode ocorrer sem prévia anuência do poder
concedente, sem implicar na caducidade da concessão.
Comentário: De acordo com o art. 27 da Lei 8.987/95, a transferência da
concessão ou do controle societário da concessionária sem prévia anuência do
poder concedente implicará a caducidade da concessão.
Gabarito: Errado
30. (Cespe – Especialista em Regulação – ANTAQ 2014) Nem toda concessão de
serviço público deve ser decorrente de licitação prévia, porém toda concessão deve
observar os princípios da legalidade, da moralidade, da publicidade e da igualdade.
Comentário: De acordo com o art. 175 da CF/88, incumbe ao Poder Público, na
forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre
através de licitação a prestação de serviços públicos.
A prestação de serviços públicos de forma indireta se dá através da
concessão de serviços públicos e de permissão de serviços públicos.
Gabarito: Errado
31. (Cespe – Nível Médio – ANATEL 2014) O princípio da modicidade afasta a
possibilidade de adoção de serviços públicos prestados gratuitamente.
Comentário: Não há nenhum impedimento para que os serviços públicos sejam
prestados gratuitamente, embora isso seja difícil de acontecer na prática, pois
a concessionária necessita recuperar os investimentos realizados, e sua
remuneração provém, em grande medida, das tarifas cobradas dos usuários.
Porém, se a concessionária conseguir amortizar seus investimentos, por
exemplo, apenas mediante a obtenção de receitas alternativas, nada impede que
o serviço seja prestado de forma gratuita.
Gabarito: Errado
Gabarito: Certo
35. (Cespe – Administrador – ANATEL 2014) A única modalidade de licitação admitida
pelo ordenamento jurídico brasileiro para a concessão de serviços públicos é a
concorrência.
Gabarito: Errado
39. (Cespe – Auditor – TC/DF 2014) É possível a celebração de contrato na modalidade
de parceria público-privada cujo objeto exclusivo seja a instalação de equipamentos
para uso do poder público.
Comentário: De acordo com o art. 2º, § 4º, III da Lei 11.079/04, é vedada a
celebração de contrato de parceria público privada que tenha como objeto único
o fornecimento de mão de obras, fornecimento e instalação de equipamentos
ou a execução de obra pública.
Gabarito: Errado
40. (Cespe – Nível Superior – MEC 2014) O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento
da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB)
assegura recursos constitucionalmente vinculados para todas as etapas e
modalidades da educação básica. Pela primeira vez no país, ficam subvinculados
recursos da União, dos estados, do DF e dos municípios para o atendimento em
creches e pré-escolas.
A educação infantil no Brasil figurou uma trajetória histórica em que o Estado
formulou e estimulou uma política de atendimento baseada na parceria com
instituições privadas sem fins lucrativos, comunitárias, filantrópicas e confessionais,
principalmente no que diz respeito ao atendimento de crianças de zero a três anos,
como forma de não ficar totalmente ausente desse atendimento.
Mesmo estando claro que a obrigação do Estado com a educação infantil deve
ser efetivada pela expansão da rede pública, o convênio entre o poder público e
instituições educacionais sem fins lucrativos foi, e é, uma realidade que assegura, na
maioria dos municípios, o atendimento a um número significativo de crianças, em
geral, da população pobre e vulnerabilizada. Orientações sobre convênios entre
secretarias municipais de educação e instituições comunitárias, confessionais ou
filantrópicas sem fins lucrativos para a oferta de educação infantil. Brasília: MEC, SEB,
2009 (com adaptações).
No que se refere ao assunto tratado no fragmento de texto acima, julgue os itens
subsequentes.
A parceria público-privada é firmada mediante contrato administrativo de concessão,
na modalidade patrocinada ou administrativa, o qual pode ter por objeto a prestação
de serviço público à população de forma desconcentrada, independentemente da
cobrança de tarifas aos usuários.
Comentário: De acordo com o § 1º do art. 2º, da Lei 11.079/04, concessão
patrocinada envolve, além da tarifa cobrada do usuário, contraprestação
pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. Portanto, na PPP
patrocinada, deve haver cobrança de tarifa do usuário. Ademais, a PPP constitui
prestação de serviço de forma descentralizada, e não desconcentrada.
Gabarito: Errado
Gabarito: Certo
42. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Caso determinada empresa
concessionária de serviços públicos preste serviços de forma deficiente, e essa
deficiência seja identificada pelo poder público por meio da análise de indicadores de
qualidade previamente definidos em contrato, o referido poder poderá declarar a
caducidade como forma de extinção da concessão.
Comentário: Conforme o art. 38 da Lei 8.987, a caducidade é a modalidade de
extinção do contrato de concessão, antes do término do prazo fixado, em
decorrência da inexecução total ou parcial do contrato por parte da
concessionária.
Seja qual for a causa da decretação da caducidade, a concessionária tem
direito a indenização pelos investimentos realizados nos bens reversíveis e
ainda não amortizados ou depreciados.
Gabarito: Certo
43. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) O princípio da igualdade, que
pressupõe a não diferenciação entre usuários na prestação de serviço público, é
inaplicável à determinação legal de isenção de tarifas para idosos e deficientes.
Comentário: Segundo o art. 13 da Lei 8.987/95, as tarifas poderão ser
diferenciadas em função das características técnicas e dos custos específicos
provenientes do atendimento dos distintos segmentos de usuários. Assim, é
perfeitamente possível haver cobrança de tarifas diferenciadas para idosos e
deficientes.
Gabarito: Errado
44. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) O serviço prestado por um
taxista é classificado como serviço público impróprio, porque atende às necessidades
coletivas, mas não é executado pelo Estado.
Comentário: Serviços públicos impróprios são aqueles que atendem às
necessidades coletivas, mas que não são de titularidade e nem são prestados
pelo Estado, mas apenas por ele autorizados, regulamentados e fiscalizados
(são prestados por particulares, sob regime de direito privado). Essa é a
Gabarito: Errado
49. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Considerando que um usuário
do serviço de energia elétrica fornecido por empresa privada concessionária deixe de
pagar as contas referentes aos três últimos meses, e tendo em vista aspectos
diversos relacionados a essa situação hipotética, julgue o item a seguir.
A remuneração do fornecimento de energia pela empresa privada concessionária do
serviço se dá por taxa, que possui natureza tributária.
Comentário: A remuneração do fornecimento de energia por concessionária se
dá por tarifa, e por não taxa. A taxa é um tributo cobrado pela prestação de
serviço público ao usuário ou posto à sua disposição. Podemos perceber que,
caso não haja consumo de energia, não deverá ser paga a tarifa correspondente.
Gabarito: Errado
50. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Considerando que um
usuário do serviço de energia elétrica fornecido por empresa privada concessionária
57. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) A prestação de serviços públicos
é espontânea, não podendo o serviço ser prestado compulsoriamente ao particular.
Comentário: De acordo com o art. 175 da CF/88, incumbe ao Poder Público, na
forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre
através de licitação a prestação de serviços públicos. Portanto, a prestação do
serviço público é obrigação do Estado.
Como exemplo de serviços públicos obrigatórios, temos os serviços
universais, como a iluminação pública, coleta de lixo, dentre outros.
Gabarito: Errado
58. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Os serviços públicos podem ser
prestados diretamente pelo Estado ou mediante delegação a particulares, entretanto,
somente na segunda hipótese, pode-se cobrar pela utilização do serviço.
Comentário: Os serviços prestados diretamente pelo Estado também podem
ensejar a cobrança por sua utilização.
Gabarito: Errado
59. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Uma campanha de vacinação
contra a gripe que se destine a imunizar determinadas comunidades carentes
classifica-se como serviço público coletivo, pois se destina a um número
indeterminado de pessoas.
Comentário: Serviço público coletivo, geral, ou uti universi, é aquele prestado a
toda a coletividade, indistintamente, ou seja, beneficia grupos indeterminados
de indivíduos, não sendo possível ao Poder Público identificar, de forma
individualizada e exata, quanto cada usuário utiliza do serviço. São financiados
pelas receitas dos impostos, a exemplo da campanha de vacinação retratada no
enunciado da questão.
Gabarito: Certo
60. (Cespe – Analista – Câmara dos Deputados 2014) Caso a União pretenda firmar
contrato de concessão com determinada empresa para a construção de uma rodovia
federal, no qual esteja prevista a cobrança de pedágio, tal contrato poderá ser
realizado com prazo indeterminado, desde que seja condicionado ao cobrimento dos
valores despendidos pela empresa para a realização da obra.
Comentário: De acordo com a Lei 8.9878/95, o contrato de concessão deve ter
prazo determinado.
Gabarito: Errado
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Gabarito
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e c e e c e c c c c
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
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21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
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31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
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41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
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51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
c c c e e e e e c e
Erick Alves
RESUMÃO DA AULA
SERVIÇOS PÚBLICOS
Elementos da definição:
▪ Subjetivo: o sujeito é o Estado (Poder Público), que presta direta ou indiretamente.
▪ Objetivo: atividades de interesse coletivo (nem sempre, ex: loterias).
▪ Formal: o regime jurídico é de direito público (mas quando prestado por concessionárias ou
permissionárias o regime predominante é de direito privado regime híbrido).
Não são serviços públicos: atividades judiciais, legislativas e de governo (políticas); fomento; poder de
polícia; intervenção na propriedade privada; obras públicas.
Ordem social (saúde e educação): podem ser prestados pelos particulares independentemente de
delegação. São atividades privadas, sujeitas ao poder de polícia do Estado. Apenas quando
desempenhadas pelo Estado é que se sujeitam ao regime de direito público.
Formas de prestação:
▪ Prestação direta: o serviço é prestado pela Administração Pública, direta ou indireta.
▪ Prestação indireta: o serviço é prestado por particulares, aos quais, mediante delegação do Poder
Público, é atribuída a sua mera execução.
Regulamentação e controle: atividade típica do Poder Público, indelegável a particulares.
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS
Princípio da predominância do interesse.
▪ União: interesse nacional. Rol taxativo. Ex: defesa nacional, serviço postal, energia, transporte ferroviária, e
rodoviário interestadual e internacional.
▪ Municípios: interesse local. Rol exemplificativo. Ex: transporte coletivo, serviço funerário.
▪ Estados: interesse regional. Serviços residuais. Ex: transporte intermunicipal; gás canalizado.
▪ Distrito Federal: serviços estaduais e municipais.
▪ Comum: rol taxativo. Serviços prestados de forma paralela, sem subordinação.
CLASSIFICAÇÕES
Originário: só pode ser prestado pelo Estado; poder de império; indelegável. Ex: segurança nacional.
Derivado: pode ser prestado por particulares; delegável. Ex: energia, telefonia.
Próprio: prestado pelo Estado, direta ou indiretamente. Ex: energia, escola pública.
Impróprio: prestado por particular, sem delegação. Ex: saúde, educação.
DELEGAÇÃO
Concessão Permissão Autorização
Celebração com pessoa jurídica ou Celebração com pessoa física ou Celebração com pessoa física ou
consórcio de empresas. jurídica. jurídica.
Não é cabível revogação do contrato. A lei prevê a revogabilidade Pode ser revogado, sem
unilateral do contrato pelo poder indenização ao particular.
concedente.
CONCESSÃO E PERMISSÃO
Serviço público adequado: regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia
na sua prestação e modicidade das tarifas.
✓ Em situação de emergência (ex: queda de raio na central elétrica); ou
✓ Após prévio aviso, quando:
Serviço pode
▪ motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações (ex:
ser paralisado
manutenção periódica e reparos preventivos); e
▪ por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade;
Prazo: deve ser determinado (a lei não prevê prazos mínimos e máximos).
Transferência de encargos:
▪ Contratação com terceiros (não depende de autorização)
▪ Subconcessão (parcial; licitação na modalidade concorrência; sub-rogação)
▪ Transferência de concessão (total; anuência prévia do poder concedente, sob pena de caducidade)
▪ Transferência de controle societário (anuência prévia do poder concedente, sob pena de caducidade)
▪ Assunção do controle ou da administração temporária pelos financiadores
Política tarifária: poder concedente homologa reajustes e promove a revisão.
INTERVENÇÃO:
➢ Provisória, por decreto, para assegurar serviço público adequado. Prazo: 30 dias para instaurar processo
administrativo e mais 180 dias para conclusão do procedimento (máximo 210 dias).
➢ Após a intervenção a concessão será extinta; ou a administração será devolvida à concessionária.
EXTINÇÃO:
➢ Termo contratual: término do prazo do contrato.
➢ Encampação: por interesse público, com indenização prévia e autorização legislativa.
➢ Caducidade: por inadimplência do contratado, com indenização posterior e sem autorização legislativa.
➢ Rescisão: por iniciativa da concessionária, após decisão judicial.
➢ Anulação: por ilegalidade ou ilegitimidade no contrato ou na licitação; decretada pelo poder concedente
ou pelo Judiciário, se provocado.
➢ Falência ou extinção da concessionária (ou falecimento/incapacidade o titular, no caso de empresa
individual).
Em todas as hipóteses há indenização das parcelas não amortizadas dos bens reversíveis.
PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
Há contraprestação financeira paga pelo Estado (investimentos de grande vulto, para atrair investidores).
Restrições:
▪ Quanto ao valor: a PPP não pode ser inferior a R$ 20 milhões;
▪ Quanto ao tempo: a PPP deve ter periodicidade mínima de 5 anos e máxima de 35 anos, incluindo
eventual prorrogação,
▪ Quanto à matéria: não é cabível PPP que tenha como objeto único o fornecimento de mão-de-obra, o
fornecimento e instalação de equipamentos ou a execução de obra pública.
▪ Quanto à área de atuação: a PPP não pode ser utilizada para delegação das atividades de poder de polícia,
regulação, jurisdicional e de outras atividades exclusivas do Estado, pois são serviços indelegáveis; e
Tipos de contraprestação: ordem bancária, cessão de créditos não tributários, outorga de direitos em face da
Administração Pública; outorga de direitos sobre bens públicos dominicais; outros meios admitidos em lei.
Antes da celebração do contrato, deverá ser constituída sociedade de propósito específico incumbida de
implantar e gerir o objeto da parceria. Pode assumir a forma de companhia aberta.
O Poder Público não pode controlar a SPE, exceto se banco público financiador assumir a empresa como
garantia.
Licitações: modalidade concorrência; inversão de fases (julgamento ocorre antes da habilitação); admitida fase
de lances (propostas com preço até 20% superior à melhor proposta).
Referências:
Alexandrino, M. Paulo, V. Direito Administrativo Descomplicado. 22ª ed. São Paulo:
Método, 2014.
Bandeira de Mello, C. A. Curso de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Malheiros,
2010.
Borges, C. Curso de Direito Administrativo para AFRB 2014: teoria e questões comentadas.
Estratégia Concursos, 2014.
Carvalho Filho, J. S. Manual de Direito Administrativo. 27ª ed. São Paulo: Atlas, 2014.
Di Pietro, M. S. Z. Direito Administrativo. 22ª ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
Furtado, L. R. Curso de Direito Administrativo. 4ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2013.
Knoplock, G. M. Manual de Direito Administrativo: teoria e questões. 7ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2013.
Justen Filho, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos
Tribunais, 2014.
Marrara, Thiago. As fontes do direito administrativo e o princípio da legalidade. Revista
Digital de Direito Administrativo. Ribeirão Preto. V. 1, n. 1, p. 23-51, 2014.
Meirelles, H. L. Direito administrativo brasileiro. 34ª ed. São Paulo: Malheiros, 2008.
Scatolino, G. Trindade, J. Manual de Direito Administrativo. 2ª ed. JusPODIVM, 2014.