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A Acidez Do Solo Ou PH Do Solo
A Acidez Do Solo Ou PH Do Solo
Introdução
Onde vimos que para a correção do mesmo necessitamos da prática da calagem que é
responsável pela melhoria das condições químicas do solo, sendo importante para a
disponibilidade do calcário no solo, fornecendo cálcio e magnésio para as plantas e neutralizar a
acidez. Dessa forma, a correção da acidez é uma atividade fundamental para o sucesso das
culturas, dominadas por solos de baixa fertilidade, elevada acidez e altos níveis de alumínio
tóxico.
1.1.Objetivos
Objetivo geral:
Objetivos específicos:
A quantidade de íons hidrogênio é avaliada pela medição de seu pH, o chamado potencial
hidrogeniónico. Quanto mais baixo for o valor do pH do solo, maior a sua acidez. Ao contrário,
quanto maior o pH, menos ácido é o terreno, estando a neutralidade no valor 7,0.
A acidez do solo é muito importante ao se cultivar plantas e vegetais, pois alguns se adaptam
melhor em solos mais ácidos, como a mandioca e a erva-mate; já outras necessitam de um solo
mais básico, como a soja, o algodão e o feijão.
Essa medida do grau de acidez do solo é feita por meio do potencial hidrogeniónico (pH), ou
seja, é a medida do teor de íons H3O+ livres por unidade de volume. Quanto maior esse teor,
mais ácido é considerado o solo.
Esse pH do solo não influencia somente no crescimento, mas também na cor que as plantas irão
apresentar. Um exemplo bem nítido de como isso ocorre é a hortênsia. Essa flor apresenta uma
grande variedade de tamanhos e tipos, sendo que pode se apresentar com cor rosa, lilás, branca,
roxa, vermelha, azul-clara e azul-escuro. A mais comum é a azul.
As cores das hortênsias são determinadas pela acidez do solo em que são plantadas. É importante
saber que a cal e o mármore atuam também, como indicadores ácidos-base, sendo que eles
auxiliam no reconhecimento do pH de certas substâncias.
Porém, um fato bastante interessante é que uma hortênsia azul pode se tornar, com o tempo, rosa
e vice-versa. Isso ocorre em razão do pH do solo. Em solo ácido a hortênsia produz flores azuis,
já em solos básicos, suas flores são cor-de-rosa. A intensidade dessas cores depende do teor de
acidez ou alcalinidade do solo; quanto mais ácido, mais rosa-escuro ficará; e quanto mais básico,
mais claro será, SOARES et al 2011.
Essa mudança de cor, dependendo da acidez ou da basicidade, ocorre com várias substâncias que
são chamadas de indicadores ácido-base. Por exemplo, a fenolftaleína é uma solução alcoólica
que atua como indicador ácido-base, pois ela fica incolor na presença de uma solução ácida e em
meio neutro ou em meio levemente básico; já na presença de meio fortemente básico, ela adquire
coloração rosa, SOARES et al 2011.
Toda substância que em solução aquosa libera íons hidrogénio (H+). Por exemplo: acido
sulfúrico (H2SO4). É muito importante ao se cultivar plantas e vegetais, pois alguns se adaptam
melhor em solos mais ácidos, como a mandioca e a erva-mate; já outras necessitam de um solo
mais básico, como a soja, o algodão e o feijão.
A acidez do solo tem origem nas rochas que formam o solo, na interação do solo com o clima -
principalmente em áreas onde a pluviosidade é elevada-, na absorção dos sais alcalinos pelas
plantas cultivadas ou na reação de ácida de certos produtos utilizados na fertilização do solo. A
acidez do solo pode ser corrigida com a incorporação no solo de substâncias alcalinas como
conchas moídas, margas e calcário, SOARES et al 2011.
A origem da acidez do solo se deu nos processos pedológicos que por milhões de anos atuaram
sobre sua matriz, lixiviando as bases e concentrando o alumínio trocável. Esses processos atuam
em escala geológica de tempo, o que os tornam praticamente estáveis se considerarmos a escala
de tempo dos cultivos agrícolas ou das atividades humanas como um todo, Procedi, 2019.
5.Tipos de Acidez (Acidez Ativa e Potencial)
Os solos apresentam diversos componentes que possuem a propriedade de troca iônica. Essa
capacidade de troca de cátions dos solos é contrabalançada, em parte, por cátions trocáveis,
existindo também grupamentos ionogênicos (posições na estrutura sólida que apresentam ou
podem liberar cargas elétricas negativas) ocupados por hidrogênio não dissociado.
A determinação mais comum em amostras de solo é a que estima a atividade do íon H+, o pH.
Determina-se a atividade dos íons H+ em suspensão com água ou solução salina.
A acidez ativa é medida pelo pH. Por exemplo: pH = 6,0 [H+] = 10-6 mol L-1 H+
Os componentes da acidez potencial, os íons de Aℓ³+ e H+, diferem quanto ao modo de se ligar
ao complexo coloidal. No caso do Aℓ3+, as ligações são predominantemente eletrostáticas. Isso
significa que os íons Aℓ3+ podem ser deslocados dos sítios de adsorção por simples troca iônica.
Os íons de Aℓ3+ são chamados de trocáveis, e a acidez por eles gerada é denominada de acidez
trocável (RAIJ et al., 2001).
Os íons H+ estão ligados à fase sólida do solo, através de ligações covalentes, que são bem mais
estáveis do que as ligações eletrostáticas.
Devido a este fato, a extração dos íons H+ do complexo coloidal requer uma reação mais
enérgica do que a troca iônica.
Utilizam indicadores ácido-base na forma de fitas ou soluções que mudam de cor pela atividade
do íon H+ (Tabela 7). São métodos rápidos, apresentando apenas o inconveniente de ser pouco
precisos.
Emprega-se a solução de acetato de cálcio 0,5 mol L-1 a pH 7,0 para extrair os íons H+ e
consequentemente são extraídos também os Aℓ3+. O conjunto destes íons é denominado de
Acidez potencial (RIBEIRO; GUIMARÃES; ALVAREZ, 1999).
a) Acidez trocável: refere-se aos íons Aℓ3+ e H+ retidos na superfície dos coloides do solo. Esta
quantidade de H+ trocável é. Como o H+ representa menos de 5% da acidez trocável, é admitido
apenas o Aℓ3+ trocável; a acidez trocável: refere-se ao alumínio (Aℓ3+) e hidrogênio (H+)
trocáveis e adsorvidos nas superfícies dos coloides minerais ou orgânicos por forças pequena
eletrostáticas;
b) Acidez não trocável: é o íon H+ de ligação covalente associado aos coloides em carga
negativa e aos compostos de alumínio. É a acidez que os solos apresentam quando em pH menor
que 5,5.
Acima de pH 5,5 não existe mais Aℓ3+ trocável. Acidez não trocável é a quantidade de acidez
tutelável que ainda permanece no solo, após a remoção da acidez trocável com uma solução de
um sal neutro não-tamponado, como KCℓ 1 mol L-1.
Acima de pH 5,5 não existe mais Aℓ3+ trocável. Acidez não trocável é a quantidade de acidez
tutelável que ainda permanece no solo, após a remoção da acidez trocável com uma solução
de um sal neutro não-tamponado, como KCℓ 1 mol L-1.
Esse tipo de acidez é representado por H+ em ligação covalente (mais difícil de ser rompida)
com as frações orgânicas e minerais do solo. A acidez potencial é a soma da acidez trocável e da
acidez não trocável.
É ela que limita o crescimento das raízes e ocupa espaços nos coloides, possibilitando que os
nutrientes livres na solução do solo sejam lixiviados (GIANELLO; BISSANI; TEDESCO, 1995;
TEDESCO et al., 1995; RAIJ et al., 2001).
6.Correção da acidez
A calagem ou correção da acidez do solo é responsável pela melhoria das condições químicas do
solo, sendo importante para a disponibilidade do calcário no solo, fornecendo cálcio e magnésio
para as plantas e neutralizar a acidez. Dessa forma, a correção da acidez é uma atividade
fundamental para o sucesso das culturas, dominadas por solos de baixa fertilidade, elevada
acidez e altos níveis de alumínio tóxico, LOPES 1991.
Quando a acidez estiver elevada, afeta a disponibilidade dos nutrientes. Com exceção dos
micronutrientes catiônicos (ferro, cobre, manganês e zinco), todos os demais nutrientes
importantes para a planta têm sua disponibilidade reduzida em baixos pHs.
Sendo assim, uma vez corrigidos os solos, os processos que provocariam a sua acidificação são:
a exportação de bases pelas plantas, a produção e exsudação de ácidos orgânicos pelas raízes, a
decomposição da matéria orgânica do solo e a aplicação de fertilizantes de reação ácida (como o
sulfato de amônio). Esses processos causam acidificação gradual dos solos, o que exige um
acompanhamento constante, para evitar perdas de produtividade, PROCEDI, 2019.
7.Conclusão
A acidez do solo é muito importante ao se cultivar plantas e vegetais, pois alguns se adaptam
melhor em solos mais ácidos, como a mandioca e a erva-mate; já outras necessitam de um solo
mais básico, como a soja, o algodão e o feijão.
A acidez do solo tem origem nas rochas que formam o solo, na interação do solo com o clima -
principalmente em áreas onde a pluviosidade é elevada-, na absorção dos sais alcalinos pelas
plantas cultivadas ou na reação de ácida de certos produtos utilizados na fertilização do solo. A
acidez do solo pode ser corrigida com a incorporação no solo de substâncias alcalinas como
conchas moídas, margas e calcário, SOARES et al 2011.
8.Referencias