Você está na página 1de 20

CONCEITOS INICIAIS

FINALIDADE: fornecer informações para a tomada de decisão,


compreendendo a apuração e o controle dos custos. Sua função é
primordialmente gerencial.

TERMINOLOGIA:
GASTO: compra de produto/serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro para
a entidade, representado este pela entrega (ou promessa) de ativos (no geral,
dinheiro).

INVESTIMENTO: aquisição de bens que serão ativados (registrados no ativo);


são de caráter permanente e compõem o patrimônio para geração de
benefícios futuros OU são mantidos em estoque até serem consumidos,
incluídos no processo de fabricação de outros bens ou serviços.
Ex.: Aquisição de máquinas, equipamentos, veículos; registro de
marcas/patentes; aquisição de matéria-prima (enquanto estocada); aplicações
financeiras.
ATENÇÃO: ativos permanentes, que são depreciados/amortizados, também passam,
gradativamente, a integrar o grupo de despesa ou custo.

CUSTOS: bens/serviços adquiridos com finalidade de aplicação no processo de


fabricação de outros bens/serviços. A cada fase da produção, os custos são
agregados ao produto fabricado, aumentando o ativo gradativamente, até que o
produto seja acabado. Assim, no ato da venda, os custos passarão a ser
registrados como despesa (CPV).
Ex.: Salários da mão de obra da fábrica; aluguel do local de produção;
consumo de matéria-prima; depreciação de máquinas usadas na produção.

🔦 Obs: Mão-de-Obra INDIRETA também compõe os custos, pois faz parte do processo
produtivo. Exemplo: Manutenção de máquinas.

DESPESAS: bens/serviços aplicados nas áreas administrativa, comercial ou


financeira com a finalidade de, direta ou indiretamente, obter receitas.
Ex.: Salários de outras áreas, além das que realizam a produção diretamente;
consumo de materiais de expediente; energia elétrica de áreas administrativas.

PERDAS: bens/serviços consumidos de forma anormal e involuntária.

💣 Perdas Normais (produtivas): inerentes ao processo produtivo, são gastos


intencionais, conhecidos (TRATADOS COMO CUSTO). Ex.: perdas por
evaporação, sobras normais em virtude do corte de materiais etc.
Perdas Anormais (improdutivas): representam o consumo realizado de forma
anormal e involuntária, não se confundindo com despesa (não é sacrifício
voluntário para geração de receitas). Ex.: incêndios, furtos, deterioração de
materiais etc.
Esquematizando:
Gasto ↔ Sacrifício Financeiro
Investimento ↔ Gasto Ativado
Custo ↔ Produção
Despesa ↔ Obtenção de Receitas
FLUXO:
Investimento → Custo → Investimento →
Despesa Material adquirido (estocado) →
Consumo na produção → Produto acabado
→ Custo do produto vendido (CPV)

CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS


a. EM RELAÇÃO AOS PRODUTOS FABRICADOS: DIRETOS x INDIRETOS
i. DIRETOS: custos aplicados diretamente aos produtos; mensurados em
relação a cada produto. Ex.: matérias-primas, embalagens etc.
ii. INDIRETOS: custos que não são facilmente atribuídos a cada
produto, necessitando de critérios para serem rateados entre os produtos
fabricados (critérios de rateio). Ex.: energia elétrica da fábrica,
depreciação de máquinas de produção, salários dos chefes de
departamentos etc.

b. EM RELAÇÃO AO VOLUME DE PRODUÇÃO: FIXOS x VARIÁVEIS


i. FIXOS: não estão diretamente ligados à produção; não se alteram quando
o volume de produção aumenta ou diminui, permanecendo estáveis até o
limite da capacidade instalada.
⚠ Não quer dizer que são imutáveis! Mudanças em seus valores são decorrentes de
outros fatores que não a variação no volume de produção. Ex.: Aluguéis, seguros,
segurança etc.
ii. VARIÁVEIS: variam de acordo com o nível de produção da empresa,
pois são utilizados diretamente na produção. Quanto maior a produção,
maiores serão os custos variáveis. Ex.: materiais e a mão de obra
utilizados no processo produtivo.
⚠ IMPORTANTE!
Unitariamente, custos fixos são variáveis, diminuem quanto maior a quantidade
produzida;
Unitariamente, custos variáveis são fixos, permanecem iguais independentemente da
quantidade produzida.
TODO CUSTO DIRETO É VARIÁVEL! Nem todo custo variável é direto. É possível
haver custo indireto variável.
Os custos indiretos podem ser variáveis ou fixos. Normalmente custos fixos são
indiretos, mas atentar para o caso de produção de produto único, em que custos
indiretos também serão diretos, portanto, variáveis.

c. MISTOS: SEMIFIXOS x SEMIVARIÁVEIS


i. SEMIFIXOS (misto escalonado): fixos dentro de uma faixa, mas variam
se há mudança de faixa. Ex.: mão de obra.
ii. SEMIVARIÁVEIS (misto composto): São variáveis, mas possuem
parcela fixa que existirá mesmo que nada seja produzido. Ex.: energia
elétrica, que possui uma parte que varia conforme o volume produzido
(máquinas) e outra parte que não depende da produção (iluminação).

d. CUSTOS CONTROLÁVEIS
 CUSTOS CONTROLÁVEIS: estão diretamente sob responsabilidade e
controle de uma determinada pessoa cujo desempenho se quer
controlar e analisar;
 CUSTOS NÃO CONTROLÁVEIS: estão fora dessa responsabilidade e
controle - não da empresa em si, mas da pessoa tomada como
referência para análise.

MÉTODOS DE CUSTEIO

POR ABSORÇÃO: método mais elementar, que compreende a apropriação de todos


os custos diretos e indiretos - estes são computados por meio de técnicas de rateio
(envolve uma decisão mais arbitrária).

PLENO (RKW): método que apropria todos os custos e todas as despesas ao produto.

VARIÁVEL (direto): método que SOMENTE apropria ao produto os custos


variáveis (diretos). Todos os custos indiretos são tratados contabilmente como
despesas (método NÃO aceito pela legislação fiscal).

ABC: método que visa reduzir a arbitrariedade dos critérios de rateio dos custos
indiretos, embora não os elimine. Neste método, são utilizados direcionadores de
custos, por meio do rastreio do consumo de atividades.

PADRÃO: utiliza como base a estimativa, com o objetivo de planejar e gerenciar os


custos de produção. Há a avaliação entre os custos estimados e os custos reais.
CUSTEIO POR ABSORÇÃO

TRATAMENTO CONTÁBIL DOS MATERIAIS DIRETOS, DA MÃO DE OBRA


E DOS CUSTOS INDIRETOS

MATÉRIA-PRIMA (MP) E MÃO DE OBRA DIRETA (MOD)


MP = EIMP + Compras de MP – EFMP
MOD = Valor da hora x horas trabalhadas (geralmente é um valor dado pronto)

CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAÇÃO (CIF)


CIF = todos os custos indiretos, tais como: aluguéis, seguros, mão de obra
indireta.

CUSTO DE PRODUÇÃO DO PERÍODO (CPP)


CPP = MP + MOD + CIF

CUSTO DE PRODUTOS ACABADOS (CPA)


CPA = EIPE + CPP – EFPE

CUSTO DE PRODUTOS VENDIDOS (CPV)


CPV = EIPA + CPA – EFPA

CUSTO PRIMÁRIO E CUSTOS DE


TRANSFORMAÇÃO
Custo primário = MP + MOD
Custo de transformação = MOD + CIF

CALCULO:
Incorpora TODOS os custos de produção ao produto (estoque), sejam fixos ou
variáveis, sejam diretos ou indiretos.
PASSO A PASSO de composição do custo do produto pelo método de custeio por
absorção:
i. Separação dos custos e das despesas - estas são reconhecidas no resultado
quando são incorridas, conforme o regime de competência;
ii. Separação dos custos que são diretos e dos que são indiretos;
iii. Apropriação dos custos diretos aos produtos;
iv. Rateio dos custos indiretos aos produtos.

Justamente por utilizar critérios de rateio que o método do custeio por absorção é
considerado um método dotado de arbitrariedade, podendo gerar distorções na análise
gerencial. (FGV considera que aplica critérios arbitrários e subjetivos para alocação dos custos
indiretos)
O método respeita os princípios contábeis, sobretudo o da competência, razão pela
qual é ACEITO pela legislação societária e fiscal.

DEPARTAMENTALIZAÇÃO
A sequência lógica utilizada por empresas departamentalizadas para rateio dos
custos indiretos pressupõe o carregamento dos custos dos departamentos de
serviços para os de produção e, em seguida, o destes para os produtos.

A única diferença na sequência do passo a passo que você viu no item anterior é no
rateio dos custos indiretos. Dessa forma, teríamos:
i. Separação dos custos e das despesas;
ii. Separação dos custos que são diretos e dos que são indiretos;
iii. Apropriação dos custos diretos aos produtos;
iv. Rateio dos custos indiretos:
Rateio dos custos acumulados nos departamentos de serviços aos departamentos
de produção;
Atribuição dos custos indiretos dos departamentos de produção aos produtos.

DEPRECIAÇÃO
1. Linha reta --> custo Fixo
2. Soma de dígitos (Método de Cole) - Quotas crescentes ou decrescentes -->
custo Fixo
3. Unidades Produzidas --> custo Variável
4. Horas trabalhadas --> custo Variável

Quanto ao número de máquinas


 Depreciação de 1 máquina que fabrica 1 produto --> Direto
 Depreciação de 1 máquina que fabrica mais de 1 produto --> Indireto
4. EQUIVALENTE DE PRODUÇÃO (EqP)

a. Na PRODUÇÃO CONTÍNUA, nem sempre é tão fácil fazer a quantificação


dos produtos que estão em elaboração ou que estão acabados. Tente
visualizar em um exemplo simples:

🔦 Pense que está produzindo 200 unidades que estão, cada uma, 40% acabadas.
As 200 unidades estão em elaboração, mas quanto efetivamente pode ser
apropriado no estoque desses itens que estão em elaboração? Só 40%
(equivalente a 80 unidades). Imagine a produção de 200 litros de cerveja, mas

foram preenchidos 400 mL de cada uma das 200 garrafas de 1 litro. Só a
parcela que está acabada é que realmente pode integrar o estoque.

b. A filosofia do cálculo do equivalente de produção e, por consequência, do


custo de produção, resumidamente, é a seguinte:
EqP (em unidades) = nº Produtos acabados (PA) + (% acabamento x nº produtos em
elaboração)
Custo de Produção Unitário = Custo total / EqP (em unidades)

Se o cálculo envolver mais de um período, você deve fazer o cálculo de cada


período separadamente, considerando a existência de estoque final do período
anterior, que será o estoque inicial do período seguinte.

5. CUSTO POR ORDEM vs CUSTO POR PROCESSO

a. Produção POR ORDEM (por encomenda):


i. características do produto são estabelecidas pelo cliente;
ii. utilizado em indústrias de grande porte, construção civil, produtos
especiais com especificações próprias - a produção é descontínua;
iii. custos são acumulados por ordem, até que o produto esteja acabado;
iv. no final do período, se o produto ainda estiver sendo produzido, o saldo
da conta de produto em processamento não é encerrado - depois da
conclusão, é transferido para a conta de produtos acabados;
v. cada produto tem preço único!

Produção POR PROCESSO:


i. fabricação de produtos em série/em massa, no mesmo formato e quase sempre
com mesma técnica;
ii. utilizado em indústrias comuns, de produção contínua;
iii. custos são acumulados em contas representativas dos produtos, e os saldos
NÃO são encerrados com a conclusão do produto, são encerrados de acordo
com o período;
iv. custo unitário é médio, não é atribuído diretamente a cada produto. É usado
o conceito de equivalente de produção.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/33403673
MÉTODO DO VALOR DE MERCADO
Este método é o mais utilizado na prática, mais em função da inexistência d
outros melhores do que de méritos próprios, já que a alegação de que produtos
de maio valor são os que recebem ou têm condições de receber maior custo
carece de maio racionalidade. Talvez seu grande mérito esteja no fato de
distribuir o resultado de forma homogênea aos Co-produtos. Vejamos um
exemplo:

A distribuição dos $45.000.000 de Custo Conjunto feita proporcionalmente à


participação do Co-produto na receita fica:

CUSTEIO VARIÁVEL (ou DIRETO)

a. Método que possui finalidade GERENCIAL e NÃO é aceito pelas legislações


societária e fiscal, por não atender aos princípios contábeis;

b. Neste método, somente os custos variáveis (sejam diretos, sejam indiretos)


são apropriados aos produtos;

Não confunda! Se os custos são VARIÁVEIS, não importa se são diretos ou indiretos,
serão tratados como custo neste método.
Na maior parte das vezes, os custos indiretos são fixos, mas esta não é uma regra
impositiva. É possível haver custo indireto variável e, por essa razão, o cuidado com
as informações do enunciado deve ser redobrado!

c. Custos fixos são tratados como DESPESA, reconhecidos no resultado assim


que incorridos.
⚠ Esse fato confirma o não atendimento do princípio da competência. Para haver
respeito a este, o custo deveria ser reconhecido na despesa somente quando da
venda do produto (momento do reconhecimento do CPV, na baixa do estoque). Da
forma como é feito o reconhecimento no custeio variável, eles são tratados como
despesas antes do momento da venda, logo quando incorridos.

🔦 Como os custos fixos são tratados como despesas no lugar de serem apropriados ao
produto, os estoques ficam subavaliados em relação a outros métodos de custeio, além
de provocarem um redução do lucro antes da venda dos produtos estocados.

CUSTEIO POR ABSORÇÃO versus CUSTEIO VARIÁVEL

Muitas questões cobram correlações entre esses dois métodos de custeio,


então é preciso estar esperto ao seguinte:

a. Diferença no lucro apurado por cada um dos métodos: nesta comparação, há


um caminho alternativo para que você não precise calcular o lucro por um
método, depois pelo outro e só então fazer a comparação.
Como a diferença entre eles é o tratamento do custo fixo, incorporado ao estoque
no custeio por absorção e levado ao resultado no custeio variável, a variação
no lucro será dada por:

⚠ Importante: só há variação (diferença) no lucro apurado em cada um dos métodos


se a venda do estoque for parcial. Se toda a produção for vendida, o lucro apurado em
cada um dos métodos será o mesmo!

b. Comparação entre os lucros em cada um dos métodos em relação ao


confronto entre produção e venda:
Venda parcial com AUMENTO do estoque (produção > venda): lucro do custeio
por absorção (Lcabs) > lucro do custeio variável (Lcv)
Venda parcial do estoque com REDUÇÃO do estoque (venda > produção): lucro
do CV > lucro do Cabs

c. Resumindo:

🔦 O lucro do CV é maior quando há estoque inicial porque os custos fixos lançados na


despesa foram reconhecidos em outro período (quando da produção, e não da venda,
como deve ser – respeitando competência)
CUSTEIO POR ATIVIDADES – Activity Based Costing (ABC)

a. Método de apropriação de custos indiretos em atividades, que reduz


arbitrariedade na distribuição por meio de rateio;

⚠ Uma das principais pegadinhas desse método é a afirmação de que há eliminação do


uso do rateio ou da arbitrariedade do rateio. Não há eliminação, tão somente a
minimização dessa arbitrariedade, o rateio continuará sendo aplicado, mas em menor
dimensão! Fique esperto.

b. É uma ferramenta gerencial, que gera informações úteis para aperfeiçoar


processos;

c. A ATRIBUIÇÃO DE CUSTOS é feita na seguinte ordem de prioridade:

i. Apropriação direta: custos que ocorrem a somente uma atividade; atividades


da produção de apenas um produto;

ii. Rastreamento: busca a relação de causa e efeito entre a ocorrência da


atividade e a geração dos custos, identificando quanto cada atividade consumiu
através dos direcionadores de:
custos de recursos: indicam como as atividades consomem os recursos.
Recurso → atividade (direcionador de custos ou de recursos)
Ex.: consumo de água – direcionador: nº empregados; aluguel – direcionador:
área ocupada.

custos de atividades: indicam o consumo das atividades por produto, são


o elemento causador da atividade.
Atividade → produto (direcionador de atividades)
Ex.: corte – direcionador: tempo de corte.
⚠ Fluxo (💣 deve ser decorado!):
Recursos (custos) → Atividades → Produtos
Direcionador de custo Direcionador de atividades
Direcionador de 1º estágio Direcionador de 2º estágio

iii. Rateio: utiliza bases para apropriar os custos às atividades e estas aos
produtos, de forma arbitrária e subjetiva.

d. O rastreamento, ao contrário do rateio, utiliza direcionadores, critérios


rigorosos e precisos, propiciando resultados mais precisos. O rateio é baseado
em critérios mais arbitrários e subjetivos.

CUSTEIO PLENO (RKW)

Apropriação de todos os custos e de todas as despesas aos produtos. Dessa


forma, as despesas não são lançadas no resultado quando incorridas, mas
incorporadas ao estoque.
Este método é mais tranquilo do que os anteriores e a cobrança, em regra, é limitada a
esse conceito!

Apesar de raro, quando as bancas desejam cobrar algo do método que contenha
cálculos, não é nada assustador. A única diferença para o custeio por absorção é que as
despesas serão incorporadas ao produto tal qual os custos.

CARACTERÍSTICAS DO CUSTO PADRÃO


a. O custo é predeterminado, ou seja, definido antes do início da produção;
b. A finalidade é gerencial (planejamento e gerenciamento de custos), e não
contábil;
c. A metodologia de administração por exceção está associada à ideia de custo
padrão;
d. Definições importantes:

i. Custo-padrão corrente: é o utilizado nas projeções. Este custo:


inclui as deficiências da empresa, mas considera melhorias possíveis;
considera pesquisas práticas; leva em conta a estrutura produtiva da empresa;
é uma meta de curto e médio prazo (próximo período), são estipulações
alcançáveis.

ii. Custo-padrão ideal: não considera as deficiências da empresa;


considera modelos teóricos; leva em conta a estrutura que a empresa deveria
ter;
é uma meta de longo prazo, estipulações de máxima eficiência.

iii. Custo estimado: é apenas a média de períodos passados, introduzindo


pequenas modificações esperadas.

e. Variações de custo padrão x custo real:

i. Materiais diretos (matéria-prima): variação de quantidade; variação de preço;

ii. Mão de obra direta: variação de eficiência; variação de taxa;

iii. Custos indiretos de fabricação: variação de volume; variação de custo.

2. TRATAMENTO DOS CUSTOS DIRETOS (matéria-prima e mão de obra


direta)
a. Antes das fórmulas, atenção ao seguinte:

i. Quando o resultado obtido pela aplicação da fórmula for POSITIVO (maior do


que zero), isto quer dizer um resultado DESFAVORÁVEL! Isto é, foi necessária
uma quantidade ou um valor superior ao definido inicialmente.

ii. Quando o resultado obtido pela aplicação da fórmula for NEGATIVO (menor
do que zero), isto quer dizer um resultado FAVORÁVEL! Isto é, foi necessária
uma quantidade ou um valor inferior ao definido inicialmente.

iii. Resumindo:
Resultado POSITIVO (> 0) → DESFAVORÁVEL;
Resultado NEGATIVO (< 0) → FAVORÁVEL.

b. Variações de materiais diretos:


i. Variação de quantidade:
ii. Variação de preço:
iii. Variação mista:
iv. Variação total dos materiais diretos:

c. Variações de mão de obra direta:


⚠ ATENÇÃO! Estas fórmulas, em essência, são idênticas às apresentadas no item
anterior. A nomenclatura que carrega uma “modificação”: no lugar de Quantidade
(Q), temos a figura da Eficiência (E) - em horas trabalhadas por produção, em regra;
no lugar de Preço (P), temos a Taxa (T) - valor da hora de
produção, em regra.

i. Variação de eficiência:
ii. Variação de taxa:
iii. Variação mista:
iv. Variação total de mão de obra direta:

d. “Método XI”, do Professor Luciano Rosa, para variação de custos diretos


(matéria-prima e mão de
obra direta)

✏ Este método nada mais é do que a estruturação de uma tabela que facilita o cálculo
das variações de custos diretos. Caso tenha o curso do professor, avalie se faz sentido
para você essa forma de resolução. É prática e pode poupar tempo na resolução!

ΔQuantidade = Ppadr o a~ × (Qreal-Qpadr o a~ )


ΔP reço = Qpadr o a~ × (P real-Ppadr o a~ )
ΔMista = (P real-Ppadr o a~ ) × (Qreal-Qpadr o a~ )
ΔT otal = ΔQuantidade + ΔP reço + ΔMista
ΔEfici ncia e^ = Tpadr o a~ × (Ereal-Epadr o a~ )
ΔTaxa = Epadr o a~ × (T real-Tpadr o a~ )
ΔMista = (T real-Tpadr o a~ ) × (Ereal-Epadr o a~ )
ΔT otal = ΔTaxa + ΔEfici ncia e^ Δ + Mista

🚨 Ociosidade x Ineficiência:

Na ⚡Questão #296564, a FGV fugiu um pouco da forma “tradicional” de


cobrança do assunto, perguntando a ociosidade e a ineficiência em um caso
concreto.

É preciso, antes de tudo, ter clareza em relação ao que se pede:


Ociosidade → custo relacionado ao tempo que ficaram “parados”, ou seja, neste
período, nada foi produzido, embora houvesse capacidade instalada para tal.
Ineficiência → custo relacionado ao fato de ter sido o desempenho inferior ao
usado como referência, isto é, a produção poderia ter consumido menos
recursos.
Se isso estiver bem claro, o tempo da resolução será reduzido! Os comentários
do fórum ajudam bastante, aprenda com os colegas.

🎯 A título de aprofundamento, veja que a FGV cobrou a ociosidade na antiga


Questão #245309. Esta questão foi classificada pelo Tec como “Custeio
baseado em atividades (ABC), mas, como pode perceber, a essência do que é
pedido é a mesma.

🔦 Nas Questões #2033 e #1763, também antigas, dessa vez da banca FCC, veja
que esse mesmo entendimento já havia sido cobrado. São boas oportunidades
de expandir o treino dessa abordagem, razão pela qual as mantivemos em
nosso caderno!

MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO (MC)

a. Conceito: parcela das vendas que cada produto gera para a cobertura dos
custos e despesas fixos da empresa e para a formação do resultado (lucro).

Dessa forma, quando MAIOR a MC, mais interessante para a empresa é o


produto → cobrirá os custos e despesas variáveis e ainda sobrará para o
custeio dos fixos e para a formação do lucro.

b. Cálculos:

Sendo:
PV = Preço (ou receita) de Venda CDV = Custos e Despesas Variáveis
Este cálculo pode contemplar o TOTAL da produção ou A UNIDADE produzida.

Na comparação entre produtos, em geral, é calculado o valor da MC unitária de


cada um para a análise de qual deles possui a produção mais vantajosa para a
empresa.

Quanto MAIOR a MC → MAIOR o incentivo à produção → Lucro MAIOR


Quanto MENOR a MC → MENOR o incentivo à produção → Lucro MENOR
(Essa situação é a regra geral, sem considerar fator de limitação)

⚡ Questão #2013528: foi o caso dessa cobrança recente da FGV!

📝 Atenção a mais uma coisa: não caia nas pegadinhas sobre MC que dizem ser
esta afetada pela alteração em custos fixos. Se tiver dúvida, escreva a fórmula
ao lado da assertiva e avalie o que pode impactar ou não!
Veja como a FGV cobrou esse assunto na ⚡ Questão #323482 e na #242552!
⚠ Índice de Margem de Contribuição (IMC): nada mais é do que a comparação
da margem de contribuição em relação à receita (ou ao preço) de venda.
Esse resultado é apresentado, comumente, em percentual (IMC = 40%) ou em
número decimal (IMC = 0,4).

c. Limitação da Capacidade de Produção

Quando há limitação da capacidade de produção, teremos de avaliar qual


produto possui uma margem de contribuição maior em relação ao fator limitante.
A ideia é a seguinte: sua empresa possui uma quantidade limitada de algum
insumo, que é utilizado na produção de vários produtos. Em virtude disso, qual
produto terá a sua produção priorizada em detrimento dos outros? Aquele que,
usando o insumo, seja capaz de gerar a maior margem de contribuição.

Quando tivermos este caso, você irá calcular, ALÉM DA MC, a seguinte
proporção:

Sendo:
FL = Fator limitante

CONCLUSÃO: devemos priorizar aquele que possuir a maior relação .

⚡ Questão #1916604: ótima e recente questão para treino! Todos os detalhes do


enunciado da FGV são importantes! Veja que era preciso estar atento ao
seguinte trecho:
“Em dezembro de X1, a fábrica possuía 100 litros de chá para embalar e vender e
buscava obter o maior resultado possível.”

Há um fator de limitação da produção. Neste caso, não basta apenas calcular a


MC de cada produto. É preciso saber qual possui maior MC em relação ao fator
limitador, oferecendo, assim, o maior resultado possível com a configuração de
restrição.

⚡ Questão #572344: esta também é uma excelente questão da FGV para treino

Margem de Contribuição Unitária (MCU) é, por assim dizer, o valor superior aos
custos e despesas variáveis, o qual é destinado a cobrir os custos e despesas fixos e, em
fim, gerar lucro. Calcula-se a MCU através da seguinte fórmula:

Preço de Venda Unitário


(-) Custos Variáveis Unitários
(-) Despesas Variáveis Unitárias
(=) Margem de Contribuição Unitária

Apuração do Resultado

Custeio por ABSORÇÃO


o Lucro/ Apuração do Resultado
(=) Receita total: unid. vendidas x preço de venda
(-) CMV= CPV: unid. vendidas x CTu
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas: sempre zero
(=) Resultado

Custeio VARIÁVEL OU DIRETO


o Lucro/ Apuração do Resultado
(=) Receita total: unid. vendidas x preço de venda
(-) CMV= CPV: unid. vendidas x CTu
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas: CFt
(=) Resultado

Índice de Margem de Contribuição (IMC): nada mais é do que a comparação da


margem de contribuição em relação à receita (ou ao preço) de venda.
Esse resultado é apresentado, comumente, em percentual (IMC = 40%) ou em
número decimal (IMC = ,4).

ANÁLISE DO CUSTO x VOLUME x LUCRO (CVL)

a. Somente pode ser realizada se houver a segregação dos custos e despesas


fixos e variáveis. Dessa forma, entende-se, quando a questão remete ao uso desta
análise, que o custeio variável é o adotado.

b. Esta análise permite projetar o lucro que seria obtido a diversos níveis de
produção/venda e de variações nos custos incorridos, e estabelecer quantidades
mínimas de produção/venda para não ocorrer prejuízo.

PONTO DE EQUILÍBRIO E SUAS VARIAÇÕES

Ponto de Equilíbrio Contábil (PEC):


Quando a questão não especificar a que ponto de equilíbrio se refere,
considerar este!
O PEC indica a quantidade que deve ser vendida para que não implique
prejuízo à empresa, ou seja, representa o ponto no qual as receitas são iguais
às despesas.

i. considera que será zero o lucro antes dos juros e do imposto de renda, NÃO é o
lucro líquido.
ii. Cálculo:

Sendo: PEC=CDF/MCun

CDF = custos e despesas fixas


MCun = MC unitária

iii. Alguns comentários sobre o Ponto de Equilíbrio (genericamente falando):

Algumas questões exigem a relação entre a alteração em custos fixos ou


variáveis e o seu impacto no ponto de equilíbrio. Ex.: se houver um aumento de
5% nos custos fixos, qual será o novo ponto de equilíbrio?
É possível jogar os novos valores nas fórmulas para avaliar o impacto, no
entanto, o professor Júlio Cardozo tem um bizu muito bom que nos salva
nessas situações:

Alteração % nos custos fixos = PEC será alterado no mesmo % que os custos fixos
Alteração % nos custos variáveis = PEC será alterado no mesmo % que a MC for
alterada.
No PEC, o lucro é zero, correto? Então, é possível manipular as equações e
facilitar a busca do resultado.
Veja:

Receita Total (RT) - CDF - CDV = LL (precisará usar muito essa relação!)
No ponto de equilíbrio, LL = 0, teremos o seguinte:

RT - CDF - CDV = 0 (lembre-se de que RT - CDV = MC)

MC - CDF = 0

MC = CDF (atenção, somente no PEC esta igualdade é válida!)

Quando queremos descobrir o lucro, temos também uma forma rápida de


encontrá-lo. No PEC, sabemos que o LL = 0. Dessa forma, dependendo dos
dados que possua, poderá fazer o seguinte cálculo:

LL = (Quantidade que excede o PEC) x MCun

Se o PEC “zera” a relação entre receitas e despesas, a MC de toda a quantidade que for
vendida a mais será “convertida” em resultado para a empresa. Por exemplo: supondo
que a venda de 20 unidades permita a cobertura de todos os meus custos fixos (PEC =
20), caso eu venda 30 unidades, as 10 excedentes, deduzidos os custos variáveis de
produção, irão compor meu resultado (lucro), uma vez que os custos fixos já foram
“pagos” pelas 20 primeiras.

Ponto de Equilíbrio Econômico (PEE):

indica a quantidade de unidades suficientes para cobrir os custos e despesas da


empresa e, ainda, proporcionar Margem de Lucro (ML) a seus proprietários
(custo de oportunidade).

Cálculo:
Sendo:
PEE=(CDF+ML)/MCun
ML = % desejado x PVun x Q

Ponto de Equilíbrio Financeiro (PEF)

Neste caso, devemos deduzir as despesas de depreciação (ou amortização, ou


exaustão) dos custos e despesas fixos para o cálculo.

Essas despesas não geram saída de caixa, embora reduzam o lucro da


empresa.

Cálculo:
PEF=(CDF−Depreciação)/MCun

Ponto de Equilíbrio Operacional (PEO)

Este caso é menos cobrado. Permite determinar o nível de operação a ser


mantido para que uma empresa cubra todos os seus custos operacionais, ou
seja, são deduzidas as despesas financeiras.

Cálculo:

PEO=(CDF−Dfinanceiras)/MCun

⚠ Temos, em regra, o seguinte:


PEE > PEC > PEF
GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL (GAO)
Conceito: quanto determinado aumento no volume de vendas provoca de
aumento no resultado da empresa (lucro);
Cálculo: temos algumas formas para chegar ao resultado do GAO. As
principais são as seguintes:
i. GAO = %Δ LL / %ΔQ
Sendo:
%Δ LL = variação percentual do lucro líquido;
%Δ Q = variação percentual da quantidade vendida.

ii. GAO = MCT / LL

Sendo:
MCT = Margem de Contribuição TOTAL

iii. GAO = 1/ MS

Sendo:
MS = Margem de Segurança

Estamos diante do conceito de um potencial. Quando a mais obterei de resultado se eu


aumentar a venda de algum produto? Bom, sabemos que o preço de venda deve AO
MENOS cobrir os custos e despesas variáveis de um produto. A “sobra” irá contribuir
para os fixos e para o resultado, como já comentamos.

Dessa forma, quanto mais custos fixos eu tiver, mais precisarei vender para
conseguir honrá-los, concorda? À medida que vendo mais, diluo o custo fixo por mais
unidades e consigo um resultado maior.
É daí que tiramos a seguinte conclusão: QUANTO MAIOR a proporção dos custos
fixos em relação aos totais, MAIOR será a alavancagem operacional!

A alavancagem financeira é a captação de recursos de terceiros para financiar


investimentos.
Quanto maior for o GAF da organização, maior será o endividamento (custos fixos
financeiros) e maior o risco financeiro.

MARGEM DE SEGURANÇA (MS)

Representa o percentual relativo à redução de vendas que a empresa é capaz


de suportar sem que haja prejuízo.

Cálculo:
MS=(Qvendida−Qequilıˊbrio)/Qvendida

A maior parte das questões deste tema está relacionada também às demais
variáveis que mencionamos anteriormente. Assim, as questões exigem a
manipulação das equações dessas variáveis e qual o impacto da modificação
de algumas delas.

Você também pode gostar