03 - Regência Verbal e Nominal (Resumo Geral Das Aulas)

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Língua Portuguesa – Professora Luciana

9º ano

Regência

A regência é a parte da Gramática que estuda a relação de dependência entre dois termos em
uma oração. Isso significa que ela estuda a necessidade que algumas palavras têm de um complemento para
que tenham seus sentidos completos.

Existem dois tipos de regência: a verbal e a nominal.

Regência Verbal

Podemos entender por regência verbal a relação que o verbo estabelece com seu
complemento (objeto direto ou indireto), ou seja, é o que determina se o verbo é transitivo
direto ou indireto.

Isso significa que a regência estuda a necessidade, ou não, do uso de uma preposição depois do
verbo.

Existem alguns verbos que têm apenas uma transitividade, ou seja, sempre seguem a mesma regra
na hora de ligarem-se ao seus complementos. A dificuldade na regência está naqueles verbos que têm mais
de uma regência ou que, por conta de suas regências diferentes, mudam de significado.

Vejam alguns exemplos a seguir:

Aspirar

O verbo aspirar é transitivo direto quando tem significado de: inspirar, tragar.

Exemplo: Nós aspiramos todos os dias o dióxido de carbono dos veículos.

É transitivo indireto se significar desejar, pretender. É seguido de preposição “a”.

Exemplo: João aspira ao cargo de gerente dessa loja.

Assistir

O verbo assistir é transitivo indireto quando tem significado de: ver, presenciar, nesse caso, o objeto
indireto é precedido da preposição “a” e, portanto, não cabe o pronome lhe e sim ele(s) e ela(s). É
também transitivo indireto quando tem sentido de: caber, pertencer e, já neste caso, o pronome lhe é
admitido.

Exemplo: Nós assistimos ao jogo da seleção brasileira.

Exemplo: Assiste-lhe o direito de participar dessa reunião.

É transitivo direto quando significa ajudar, socorrer.

Exemplo: A enfermeira assistiu o paciente atenciosamente.


Língua Portuguesa – Professora Luciana

Chamar

É transitivo direto quando tem significado de: convocar.

Exemplo: Chamei todos os partidários.

É transitivo indireto quando exige preposição por e significa: invocar.

Exemplo: Eu chamei por Ele e fui prontamente atendida.

É transitivo direto ou indireto quando significar: apelidar.

Exemplo: Ela chamou o menino de “sem graça”.

Exemplo: Ela chamou-lhe “sem graça”.

Querer

É transitivo direto quando tem significado de: desejar.

Exemplo: Eu quero um presente útil.

É intransitivo quando significar: gostar.

Exemplo: Ela não lhe quer mal algum.

Visar

É transitivo direto quanto tem significado de: dar visto.

Exemplo: A polícia federal visou meu passaporte.

É transitivo indireto quando significar: pretender.

Exemplo: A medida que tomamos visa ao melhoramento de nossa equipe.

IMPORTANTE: Como conversamos em aula, é importante ficarmos atentos à regência verbal,


principalmente, nos casos em que a fala acaba fugindo da norma-padrão. Muitas vezes são essas as questões
que nos levantam mais dúvida.

Um exemplo básico, além do verbo assistir citado acima, são os verbos ir e chegar, que têm como
regência a necessidade da preposição A:

Professora, posso ir ao banheiro?

Cheguei à escola na hora certa.


Língua Portuguesa – Professora Luciana

Regência Nominal

Já a regência nominal é a relação que um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio)


estabelece com seu complemento nominal, ou seja, é o que determina a necessidade, ou não,
de um CN em uma oração.

Abaixo, seguem alguns exemplos de nomes e as preposições que podem acompanhá-los em algumas
situações:

Acostumado a, com Alheio a, de


Apto a, para Capaz de, para
Contrário a Descontente com
Equivalente a Fácil de
Generoso com Idêntico a
Indeciso em Liberal com
Natural de Nocivo a
Passível de Propício a
Prestes a Relativo a
Certeza de Suspeito de
Bacharel em Medo a, de
Capacidade de, para Respeito a, com, para com, por
Longe de Perto de
Relativa a Paralelamente a

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