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PunçãoLajesLisas Santos 2017
PunçãoLajesLisas Santos 2017
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
NATAL-RN
2017
Isabela Beatriz Macedo dos Santos
Análise numérica de punção em lajes lisas com furos apoiadas em pilares com seção
transver
Natal-RN
2017
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede
Análise numérica de punção em lajes lisas com furos apoiadas em pilares com seção
transver
___________________________________________________
Prof. Dr. José Neres da Silva Filho Orientador
___________________________________________________
Prof. Dr. Joel Araújo do Nascimento Neto Examinador interno
___________________________________________________
Prof. Dr. Petrus Gorgônio Bulhões da Nóbrega Examinador externo
Natal-RN
2017
DEDICATÓRIA
Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem
prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça
prioridades e corra riscos para executar seus sonhos. Melhor é errar por tentar do
que errar por se omitir! (Augusto Cury).
Agradeço primeiramente a DEUS por ter me dado forças e iluminar meu caminho
ao longo dessa jornada.
Aos meus pais, Francisco Henrique e Sandra Maria, pelo apoio, incentivo e amor
que recebi ao longo da minha vida.
Ao meu querido irmão Artur Ricardo pelo apoio, sugestões e companheirismo nas
horas que eu precisei. Agradeço especialmente por ser a pessoa que mais me incentivou
e por ser o meu maior exemplo.
Ao meu namorado, Filipe, que com carinho, paciência, companheirismo e
compreensão me fez sentir vencedora nos momentos difíceis.
Ao professor Dr. José Neres da Silva pela idealização do tema para esta pesquisa,
pela orientação, sugestões, disponibilidade, atenção, pela confiança depositada em mim,
e por ter possibilitado o desenvolvimento desta monografia.
Ao professor Dr. Leandro Mouta Trautwein por colaborar com o aprimoramento
deste trabalho.
Ao professor Dr. Joel Araújo do Nascimento Neto pelas relevantes contribuições
ao trabalho. Aos demais professores do curso de Engenharia Civil por demonstrarem
tanto amor pelo que fazem e nos ensinarem com tanta dedicação.
À Nathália Oliveira pelas sugestões e materiais bibliográficos disponibilizados.
A todos os meus amigos que acreditaram em mim e que contribuíram no meu
aprendizado durante esses anos de faculdade e que sempre estiveram de uma forma ou de
outra motivando o desenvolvimento desse trabalho.
Análise numérica de punção em lajes lisas com furos apoiados em pilares com seção
Title: Numerical analysis of punching shear failure in flat slab structures with openings,
supported by column with "L" cross section.
The flat slab structural system offers great advantages from a constructive point of view,
like flexibility in the definition of internal spaces and more efficiency in refurbishment
and future modifications. However, in slab-column connection appears high stresses that
can lead to abrupt collapse of the structure due to punching shear. Despite brittle behavior
of the system, it is common to place openings for pipes systems, which reduces the
punching shear capacity of flat slabs. This research presents a numerical analysis study
of the punching behavior in 10 reinforced concrete slabs models, without shear
reinforcement, with adjacent openings supported by internal "L" cross section columns
using the finite element method (FEM). The slabs were modeled by the software
SAP2000 v.19 (Structural Analysis and Design Program), to gather results for the
analysis, it was assumed the physical nonlinear behavior of the materials. The influence
of the openings on the punching shear behavior of the slab-column connection was
studied through the analysis of the ultimate loads, stresses distribution, concrete strains
and vertical displacements. It is also presented a comparison of numerical models with
results provided by requirements from the standards: NBR 6118 (ABNT, 2014),
Eurocode 2 (CEN, 2010), ACI 318 (ACI, 2014) and the theoretical model using the
Critical Shear Crack Theory (MUTTONI, 2008).
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
1.1.Considerações Gerais
Fonte: Autora.
Figura 2 - Esquema do sistema estrutural convencional
Fonte: Autora.
16
Fonte: http://www.ctlgroup.com/projects/tropicana-reinforced-concrete-parking-garage-collapse-
evaluation/
18
1.2.Justificativa
Apesar das inúmeras vantagens do sistema com lajes lisas, deve-se ter atenção a
ocorrência da punção, fenômeno caracterizado pela atuação de forças concentradas na
superfície da laje, que causam um deslocamento vertical ao longo de uma superfície
tronco-cônica ou tronco-piramidal (Park e Gamble, 2000).
Mesmo com o comportamento frágil de ruptura do sistema, é comum a realização
de furos e aberturas para a passagem de tubulações (shafts), próximas ou não aos pilares.
Essas aberturas reduzem consideravelmente a capacidade resistente à punção de lajes
lisas. Para exemplificar a fragilidade dessas aberturas, pode-se mencionar o incidente
ocorrido no Shopping Rio Poty, em Teresina-PI, no qual um dos fatores apontados como
possível causada dos desabamentos de sete dos dezoito setores da estrutura foi a presença
de furos adjacentes às quatro faces dos pilares, conforme a Figura 6, comprometendo a
resistência à punção das lajes.
Figura 6 - Furos existentes nas lajes, próximos às faces dos pilares.
Essa pesquisa tem como objetivo geral realizar um estudo analítico e numérico de lajes
lisas de concreto armado com a presença de furos adjacentes às faces dos pilares a fim de
averiguar a sua resistência à punção.
1.4.Objetivos Específicos
1.5.Apresentação do Trabalho
2.1.Introdução
2.2.Punção
2.3.Prescrições Normativas
lajes lisas propostas são ligadas a pilares internos e não prevêm armadura de
cisalhamento, outras situações não foram abordadas.
A seguir são explicitados formulações e conceitos posteriormente utilizados na
deteminação da carga de ruptura previstos pelos normativos:
NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto. Associação Brasileira de Normas
Técnicas. (ABNT, 2014).
EUROCODE 2: Design of concrete structures. European Committee for
Standardization. (CEN, 2010)
ACI 318: American building code requirements for reinforced concrete. American
Concrete Institute. (ACI, 2014)
CEB-FIP MODEL CODE 2010: Final draft. Model Code Prepared by Special
Activity Group 5. (fib, 2011)
Teoria da Fissura Crítica de Cisalhamento (MUTTONI, 2008).
Perímetro de controle
Eq. (1)
Sendo
Eq. (2)
Onde
Punção
A tensão resistente na superfície crítica C é dada por:
Eq. (3)
25
Sendo
Eq. (4)
Eq. (5)
Substituindo as equações 1 e 3 em 5, tem-se:
Eq. (6)
Eq. (7)
Sendo
Eq. (8)
Onde
flexão aderente (armadura não aderente deve ser
desprezada);
são as taxas de armadura nas duas direções ortogonais assim calculadas:
na largura igual à dimensão ou área carregada do pilar acrescida de 3d para cada
um dos lados;
no caso de proximidade da borda prevalece a distância até a borda quando menor
que 3d.
No caso da estabilidade global da estrutura depender da resistência da laje à
Sd Rd1. Essa
armadura deve equilibrar um mínimo de 50% de FSd.
Verificação da tensão resistente de tração diagonal é dada por:
Eq. (9)
Sd é calculado conforme a equação citada anteriormente.
26
Eq. (10)
Perímetro de controle
Eq. (11)
Em que:
é o coeficiente que leva em consideração os efeitos da excentricidade da carga. Para o
caso de punção simétrica, sem a existência de momentos desbalanceados, o valor de
será 1 ( = 1);
d é altura útil da laje ao longo do contorno crítico, em mm;
Ved é a força ou reação concentrada de cálculo (kN);
ui é o perímetro crítico de controle considerado.
28
Punção
Eq. (12)
Em que:
Eq. (13)
Onde:
fissurado por esforço cortante;
No perímetro do pilar, ou no perímetro da área carregada, não deverá ser excedido
o máximo da tensão de puncionamento:
Eq. (14)
Substituindo as equações 11 e 12 na 14, tem-se:
Eq. (15)
Em que:
é o valor de cálculo da resistência ao puncionamento, em MPa;
Fck em MPa;
, d em mm;
c = 1,0 conforme a prescrição desta norma;
, conforme a prescrição desta norma.
A verificação ao puncionamento em lajes de concreto armado sem armadura de
cisalhamento segundo EC2 (2010) é dada por:
Eq. (17)
Eq. (18)
Perímetro de controle
Punção
Eq. (20)
Onde:
Vu e Mu correspondem ao cortante e momento majorados no estado limite último;
fc é a resistência do concreto à compressão em MPa;
d é a altura útil em mm;
bw é a largura mínima ao longo da altura útil d em mm;
é a taxa da armadura de flexão.
Visando uma maior simplicidade na aquisição de resultados da resistência ao
cisalhamento propõe uma maneira simplificada de estimar esta resistência:
Eq. (21)
Eq. (23)
31
A ACI 318 (2014) estabelece que no caso de lajes lisas sem armadura de
cisalhamento a tensão de ruptura por punção é dada apenas pela resistência devida ao
concreto e assume o valor mais desfavorável das equações abaixo:
Eq. (24)
Eq. (25)
Eq. (26)
or lado e o menor lado do pilar;
s é um coeficiente que depende da posição do pilar na laje, devendo ser tomado como
40 para pilares internos, 30 para pilares de borda e 20 para pilares de canto;
Eq. (28)
Eq. (29)
Eq. (30)
Eq. (31)
Em que:
f'c é a resistência específica cilíndrica do concreto, em Mpa;
32
Perímetro de controle
Eq. (33)
Eq. (34)
Punção
Eq. (35)
Onde:
é parcela da resistência à punção advinda do concreto em conjunto com a armadura
longitudinal;
é a parcela da resistência à punção advinda das armadura de cisalhamento.
34
Eq. (36)
Onde:
fc é a resistência à compressão do concreto (MPa);
b0 é o perímetro de controle resistente ao cisalhamento (mm);
dv é a altura efetiva da laje (mm);
Eq. (37)
Em que:
Eq. (38)
A equação 38 deve ser usada para diâmetros máximos do agregado graúdo inferiores ou
iguais a 16 mm, caso contrário deve-se adotar = 1.
Para definir a rotação da laje em relação ao plano, é necessário definir o nível de
aproximação que se deseja (nível I, II, III ou IV), que se diferenciam pelo nível de
complexidade da análise e pelo grau de precisão dos resultados.
O nível I é recomendado para uma laje plana regular, projetada de acordo com
uma análise elástica sem redistribuição significativa de forças internas.
Eq. (39)
Eq. (40)
Eq. (41)
O nível IV calcula a rotação com base numa análise não linear da estrutura.
Onde:
é a distância do centro do pilar até ao raio onde o momento fletor é nulo, pode ser
estimado como sendo igual a 0,22.Lx ou 0,22.Ly em lajes regulares em que a razão dos
vãos está entre 0,5 e 2,0;
Es é o módulo de elasticidade da armadura longitudinal tracionada (MPa);
é momento solicitante médio de cálculo por unidade de comprimento (kN.mm/mm);
é momento resistente de cálculo por unidade de comprimento (kN.mm/mm);
No nível de aproximação II o valor de recomendado para pilares internos é calculado
por:
Eq. (42)
Em que,
Eq. (43)
Perímetro de controle
Punção
Eq. (44)
2.3.6. Resumo
Quadro 1 Resumo das cargas de ruptura para lajes sem armadura de cisalhamento.
Norma Carga de Ruptura Equação Superfície Crítica
NBR 6118
(2014) Equação 6
Equação 10
EUROCODE
(2010)
Equação 15
Equação 18
Equação 30
MODEL
CODE (2010)
Equação 36
MUTTONI
(2008)
Equação 44
Fonte: Autora.
38
Foram ensaiadas quatro lajes quadradas em concreto armado de lado igual a 1800
mm e 120 mm de espessura, submetidas a um carregamento centrado, transmitido aos
através de uma placa metálica. A Tabela 1 e a Figura 20 apresentam
as características das lajes e posicionamento dos furos.
concluir que o Model Code apresentou valores mais conservativos. Com relação aos
furos, a redução dos valores estimados de carga última para as lajes com aberturas
adjacentes, L01, L04 e L07, em relação a laje de referência foram de em média 31%. Para
as demais lajes, a redução não foi significativa.
Tabela 3 - Valores estimados das cargas de ruptura.
Teoria de
NBR 6118 EUROCODE ACI 318 MODELCODE
Lajes Fissura Crítica
(2014) (2010) (2014) (2010)
de Cisalhamento
LR 232,72 266,94 275,78 201,48 264,52
L01 168,62 193,42 188,47 131,51 172,66
L02 216,93 248,83 245,18 201,48 264,52
L03 222,77 255,53 251,48 201,48 264,52
L04 168,62 193,42 188,47 131,51 172,66
L05 205,40 235,61 232,99 191,49 251,41
L06 215,36 247,03 243,55 201,48 264,52
L07 168,62 193,42 188,47 131,51 172,66
L08 209,83 240,69 237,63 196,81 258,39
L09 218,57 250,72 246,98 201,48 264,52
Fonte: Adaptado de Oliveira (2016).
41
3.1.Introdução
De acordo com o item 14.7.8 da NBR 6118 (2014), a análise estrutural de lajes
lisas deve ser realizada mediante emprego de procedimento numérico adequado, por
exemplo, diferenças finitas, elementos finitos e elementos de contorno. Com avanço
tecnológico e o desenvolvimento de computadores esses métodos já são amplamente
utilizados em programas comerciais de análise e de cálculo estrutural.
De acordo com Costa (2013), o Método dos Elementos Finitos consiste em um
procedimento numérico que aproxima a solução de problemas de valor de fronteira
descritos tanto por equações diferenciais ordinárias quanto por equações diferenciais
parciais baseado no conceito de discretização. A ideia central fundamenta-se na
subdivisão da geometria do problema em elementos menores, chamados elementos
finitos, nos quais a aproximação da solução exata pode ser obtida por interpolação de uma
solução aproximada.
Os elementos finitos são conectados entre si por pontos, os quais são denominados
de nós ou pontos nodais. Ao conjunto de todos esses itens, elementos e nós, dá-se o nome
de malha. Em função dessas subdivisões da geometria, as equações matemáticas que
regem o comportamento físico não são resolvidas de maneira exata, mas de forma
aproximada por este método numérico.
A precisão do Método dos Elementos Finitos depende da quantidade de nós e
elementos, do tamanho e dos tipos de elementos da malha. Ou seja, quanto menor for o
tamanho e maior for o número deles em uma determinada malha, maior a precisão nos
resultados da análise (Mirlisenna, 2016).
42
Fonte: Autora.
44
x 10000
0,50
0,00
-5,00 -3,00 -1,00 1,00 3,00 5,00 7,00 9,00 11,00
-0,50 x 0,001
Tensão (KN/m²)
-1,00
-1,50
-2,00
-2,50
Deformação (m/m)
Fonte: Autora.
x 100000
8,00
4,00
-8,00
Deformação (m/m)
CA-50
Fonte: Autora.
Figura 24 - Curva tensão-deformação para armadura CA-60.
8,00
x 100000
4,00
Tensão (KN/m²)
0,00
-0,15 -0,1 -0,05 0 0,05 0,1 0,15
-4,00
-8,00
Deformação (m/m)
CA-60
Fonte: Autora.
Para a modelagem das lajes será admitido o elemento Shell. O elemento casca é
um tipo de elemento finito de área usado para modelar estruturas com comportamento de
membrana e placa, no plano e no espaço cartesiano. O material pode ser homogêneo, ou
possuir camadas com espessuras diferentes. A não linearidade do material pode ser
considerada quando elementos em camadas são utilizados no elemento Shell.
Foi considerada para definição da seção transversal do elemento Shell a disposição
das armaduras adotadas no ensaio realizado por Pinto (2015), conforme as Figura 25 e 26
e espessura da camada de concreto de 12 cm, resultando no detalhamento da Figura 27.
48
Fonte: Autora.
Figura 26 - Armadura Inferior - 6,3 mm c/19,66cm e cobrimento de 1cm.
Fonte: Autora.
Figura 27 - Seção transversal do elemento Shell (SAP2000).
Fonte: Autor.
Fonte: Autora.
50
Fonte: Autora.
Fonte: Autor.
53
4.1.Deslocamentos verticais
250,00
200,00
Carga (KN)
100,00
50,00
0,00
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00
Deslocamento (mm)
Fonte: Autora.
54
200,00
Carga (KN)
150,00
100,00
50,00
0,00
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00
Deslocamento (mm)
Experimental Numérico MEF NBR 6118 (2014) Linear Branson
Fonte: Autora.
200,00
Carga (KN)
150,00
100,00
50,00
0,00
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00
Deslocamento (mm)
Experimental Numérico MEF NBR 6118 (2014) Linear Branson
Fonte: Autora.
300,00
8,0510; 277,20
250,00
200,00
Carga (KN)
150,00
100,00
50,00
0,00
0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00
Deslocamento (mm)
Experimental Numérico MEF NBR 6118 (2014) Linear Branson
Fonte: Autora.
55
Carga (KN)
Carga (KN)
150,00 150,00
7,929; 241,920 8,3550; 264,32
100,00 100,00
50,00 50,00
0,00 0,00
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0
Deslocamento (mm) Deslocamento (mm)
L04 NBR 6118 (2014) Linear Branson L05 NBR 6118 (2014) Linear Branson
Fonte: Autora.
Figura 37 - Curvas carga x deslocamento para as lajes L06 (esquerda) e L07 (direita)
obtidas numericamente, para um mesmo ponto.
300,00 300,00
250,00 250,00
200,00
Carga (KN)
200,00
Carga (KN)
100,00 100,00
50,00 50,00
0,00 0,00
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0
Deslocamento (mm) Deslocamento (mm)
L06 NBR 6118 (2014) Branson Linear L07 NBR 6118 (2014) Linear Branson
Fonte: Autora.
Figura 38 - Curvas carga x deslocamento para as lajes L08 (esquerda) e L09 (direita)
obtidas numericamente, para um mesmo ponto.
300,000 300,00
250,000 250,00
200,00
Carga (KN)
200,000
Carga (KN)
50,000 50,00
0,000 0,00
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0
Deslocamento (mm) Deslocamento (mm)
L08 NBR 6118 (2014) Linear Branson L09 NBR 6118 (2014) Linear Branson
Fonte: Autora.
Foi observado pelos resultados da análise não linear, para todas as lajes, um padrão
de comportamento aproximadamente linear até uma carga média de 75 KN, em que os
56
10 814; 7,877
210; 7,97 1590; 8,48
1245; 6,6
5 555; 5,5
210; 2 1590; 2,1
0 0; 0 1800; 0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Distância da origem (mm)
Numérico MEF Experimental
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
250,000
CARGA (KN)
200,000
150,000
100,000
50,000
0,000
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0 22,0 24,0
DESLOCAMENTO (mm)
Branson Experimental Curva Não-Linear (E) Curva calibrada
Fonte: Autora.
58
Fonte: Autora.
Figura 43 Curva carga x deslocamento para laje L02.
8,074; 280,000 7,978; 273,280 15,65; 270,00 21,552; 273,34
300,000
250,000
CARGA (KN)
200,000
150,000
100,000
50,000
0,000
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0 22,0 24,0
DESLOCAMENTO (mm)
Branson Curva Não-linear (E) Experimental Curva calibrada
Fonte: Autora.
Figura 44 Curva carga x deslocamento para laje L03.
7,97907108; 280 8,051; 277,2 17,82; 250,00 21,785; 278,04
300,000
250,000
CARGA (KN)
200,000
150,000
100,000
50,000
0,000
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0 22,0 24,0
DESLOCAMENTO (mm)
Branson Curva Não-linear (E) Experimental Curva calibrada
Fonte: Autora.
Figura 45 Curva carga x deslocamento para laje L04.
8,910706522; 280 7,929; 241,92 21,578807; 239,302
300,000
250,000
CARGA (KN)
200,000
150,000
100,000
50,000
0,000
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0 22,0 24,0
DESLOCAMENTO (mm)
Branson Curva Não-linear (E) Curva calibrada
Fonte: Autora.
59
Fonte: Autora.
Figura 47 Curva carga x deslocamento para laje L06.
8,056298922; 280 8,145; 269,92 22,110228; 269,682
300,000
250,000
CARGA (KN)
200,000
150,000
100,000
50,000
0,000
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0 22,0 24,0
DESLOCAMENTO (mm)
Branson Curva Não-linear (E) Curva calibrada
Fonte: Autora.
Figura 48 Curva carga x deslocamento para laje L07.
8,640749015; 280 7,012; 228,2 20,8286; 228,088
300,000
250,000
CARGA (KN)
200,000
150,000
100,000
50,000
0,000
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0 22,0
DESLOCAMENTO (mm)
Branson Curva Não-linear (E) Curva calibrada
Fonte: Autora.
Figura 49 Curva carga x deslocamento para laje L08.
8,241315514; 280 8,365; 266,56 22,61545; 266,56
300,000
250,000
CARGA (KN)
200,000
150,000
100,000
50,000
0,000
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0 16,0 18,0 20,0 22,0 24,0
DESLOCAMENTO (mm)
Branson Curva Não-linear (E) Curva calibrada
Fonte: Autora.
60
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
61
4.2.Carga de Ruptura
266,56
273,28
277,20
264,32
269,92
266,56
269,36
241,92
228,20
LR L01 L02 L03 L04 L05 L06 L07 L08 L09
Fonte: Autora.
Tabela 7 Cargas de ruptura estimadas para LR.
De acordo com Rabello (2010), uma vez formadas fissuras inclinadas na região
da laje próxima ao pilar, os esforços de punção não podem ser resistidos pela tração do
concreto, passando a ser resistido pelas bielas de compressão, estendendo da face inferior
da laje no pilar até a armadura de flexão negativa.
Dessa forma, a presença de abertura adjacente ao pilar provoca uma redução
significativa da carga de ruptura pelo fato do aparecimento antecipado de fissura crítica
de cisalhamento que se propaga na laje cortando a diagonal comprimida que transmite a
força cortante para o pilar, levando a uma ruptura por punção.
Quando analisamos o efeito da área da abertura sobre as cargas de ruptura, é
possível notar uma redução de 14%, ao dobrar a área da abertura, da carga para laje com
furo adjacente ao pilar. Para as demais lajes a redução foi 2%, em média, indicando que
o tamanho das aberturas não influenciou tanto na carga de ruptura quando os furos
estiverem em regiões afastadas da aplicação de carga.
No que diz respeito ao formato da abertura, os valores da carga de ruptura foram
bem próximos para todas as lajes, comparando-se aberturas circulares com as quadradas,
mantendo a mesma área.
4.3.Esforços Internos
Eq. (45)
Eq. (46)
Eq. (47)
Eq. (48)
Eq. (49)
Onde:
M11: Momento por unidade de comprimento atuando à meia altura do elemento na face 1
positiva e negativa sobre o eixo 2.
M22: Momento por unidade de comprimento atuando à meia altura do elemento na face 2
positiva e negativa sobre o eixo 1.
M12: Momento torsor por unidade de comprimento atuando à meia altura do elemento na
face 1 positiva e negativa sobre o eixo 1 e atuando na face 2 positiva e negativa sobre o
eixo 2;
V13: Força cortante fora do plano por unidade de comprimento atuando à meia altura do
elemento na face 1 positiva e negativa na direção do eixo 3 (eixo Z).
V23: Força cortante fora do plano por unidade de comprimento atuando à meia altura do
elemento na face 2 positiva e negativa na direção do eixo 3 (eixo Z).
64
A partir dessas designações pode-se obter, os momentos fletores das lajes modeladas.
As Figuras 54 a 63 mostram os resultados obtidos no SAP2000 dos momentos fletores na
direção do eixo X (M11) e na direção do eixo Y (M22), com as unidades em kN.m/m,
definidas anteriormente. Para cada direção realizou-se 2 cortes em seções adjacentes aos
pilares.
Figura 54 - Mapa dos momentos fletores para LR, M22 (à esquerda) e M11 (à direita).
Fonte: Autora.
Figura 55 - Mapa dos momentos fletores para L01, M22 (à esquerda) e M11 (à direita).
Fonte: Autora.
65
Figura 56 - Mapa dos momentos fletores para L02, M22 (à esquerda) e M11 (à direita).
Fonte: Autora.
Figura 57 - Mapa dos momentos fletores para L03, M22 (à esquerda) e M11 (à direita).
Fonte: Autora.
Figura 58 - Mapa dos momentos fletores para L04, M22 (à esquerda) e M11 (à direita).
Fonte: Autora.
66
Figura 59 - Mapa dos momentos fletores para L05, M22 (à esquerda) e M11 (à direita).
Fonte: Autora.
Figura 60 - Mapa dos momentos fletores para L06, M22 (à esquerda) e M11 (à direita).
Fonte: Autora.
Figura 61 - Mapa dos momentos fletores para L07, M22 (à esquerda) e M11 (à direita).
Fonte: Autora.
67
Figura 62 - Mapa dos momentos fletores para L08, M22 (à esquerda) e M11 (à direita).
Fonte: Autora.
Figura 63 - Mapa dos momentos fletores para L09, M22 (à esquerda) e M11 (à direita).
Fonte: Autora.
Diante dos resultados obtidos, todas as lajes estão submetidas a momentos fletores
negativos concentrados na vizinhança dos pilares, o que era de se esperar, tendo em vista
que as lajes foram simplesmente apoiadas ao longo de suas bordas e a carga incremental
foi aplicada verticalmente de baixo para cima na região do pilar.
A partir do mapa de momentos fletores das lajes com furos adjacentes, Figuras
55, 58 e 61, observa-se que os momentos fletores máximos deixam de se concentrar no
contorno do pilar provocando a redistribuição desses esforços para seções um pouco mais
afastadas, já que a presença da abertura reduz significativamente a capacidade da seção
de absorver os esforços.
68
Quanto à posição das aberturas nas lajes, foi possível constatar que para as lajes
com aberturas mais distantes dos pilares (afastadas 2.d) os valores dos momentos fletores
foram bem próximos aos obtidos na laje de referência para uma mesma seção de análise.
Entretanto, para as lajes com furos adjacentes e afastados 0,5.d do centro de gravidade do
pilar, os valores máximos de momento fletores numa mesma seção sofreram uma redução
de 27% e 5%, respectivamente. Esse comportamento se deve a redistribuição dos esforços
provocada pela presença do furo nas lajes, sendo mais significativa para as aberturas
adjacentes aos pilares.
Quanto à influência da área do furo, comparou-se o momento fletor e esforço
cortante máximos numa mesma seção entre as lajes com área de abertura de 10.000mm²
e 20.000mm², mantendo o mesmo formato. A redução dos valores de momento foi
significativa apenas entre as lajes L1 e L7, com furo adjacente, chegando a 24%.
Em relação ao formato dos furos foi possível observar que os valores máximos de
momento entre lajes com abertura circular e quadrada de mesma área (20.000mm²) foram
muito próximos.
Figura 64 - Mapa dos esforços cortantes para LR, V23 (à esquerda) e V13 (à direita).
Fonte: Autora.
69
Figura 65 - Mapa dos esforços cortantes para L01, V23 (à esquerda) e V13 (à direita).
Fonte: Autora.
Figura 66 - Mapa dos esforços cortantes para L02, V23 (à esquerda) e V13 (à direita).
Fonte: Autora.
Figura 67 - Mapa dos esforços cortantes para L03, V23 (à esquerda) e V13 (à direita).
Fonte: Autora.
70
Figura 68 - Mapa dos esforços cortantes para L04, V23 (à esquerda) e V13 (à direita).
Fonte: Autora.
Figura 69 - Mapa dos esforços cortantes para L05, V23 (à esquerda) e V13 (à direita).
Fonte: Autora.
Figura 70 - Mapa dos esforços cortantes para L06, V23 (à esquerda) e V13 (à direita).
Fonte: Autora.
71
Figura 71 - Mapa dos esforços cortantes para L07, V23 (à esquerda) e V13 (à direita).
Fonte: Autora.
Figura 72 - Mapa dos esforços cortantes para L08, V23 (à esquerda) e V13 (à direita).
Fonte: Autora.
Figura 73 - Mapa dos esforços cortantes para L09, V23 (à esquerda) e V13 (à direita).
Fonte: Autora.
72
Eq. (50)
Em que:
a é a medida de comprimento dos perímetros de controle iniciais = 0;
b é a medida de comprimento dos perímetros de controle finais, conforme a prescrição de
cada norma;
V(x) é a função da curva formada pelos valores máximos das forças cortantes;
dx é o comprimento do perímetro de controle considerado.
As Figura 74 a 82 mostram valores para forças cortantes máximas observadas nas
lajes ao longo do perímetro de controle. Em seguida, são estimados os valores da carga
última de ruptura, conforme a equação 50, a partir dos perímetros de controle de cada
norma obtidos por Oliveira (2016).
73
Fonte: Autora.
Tabela 8 Cargas de ruptura estimadas para LR.
Figura 75 - Valores dos esforços cortantes máximos da Laje L01 sobre o Perímetro
Crítico segundo as normas: (a) NBR6118 e Eurocode 2; (b) ACI 318; (c) ModelCode e
Teoria da Fissura Crítica de Muttoni.
Fonte: Autora.
Tabela 9 Cargas de ruptura estimadas para L01.
Figura 76 - Valores dos esforços cortantes máximos da Laje L02 sobre o Perímetro
Crítico segundo as normas: (a) NBR6118 e Eurocode 2; (b) ACI 318; (c) ModelCode e
Teoria da Fissura Crítica de Muttoni.
Fonte: Autora.
Tabela 10 Cargas de ruptura estimadas para L02.
Figura 77 - Valores dos esforços cortantes máximos da Laje L03 sobre o Perímetro
Crítico segundo as normas: (a) NBR6118 e Eurocode 2; (b) ACI 318; (c) ModelCode e
Teoria da Fissura Crítica de Muttoni.
Fonte: Autora.
Tabela 11 Cargas de ruptura estimadas para L03.
Figura 78 - Valores dos esforços cortantes máximos da Laje L04 sobre o Perímetro
Crítico segundo as normas: (a) NBR6118 e Eurocode 2; (b) ACI 318; (c) ModelCode e
Teoria da Fissura Crítica de Muttoni.
Fonte: Autora.
Tabela 12 Cargas de ruptura estimadas para L04.
Figura 79 - Valores dos esforços cortantes máximos da Laje L05 sobre o Perímetro
Crítico segundo as normas: (a) NBR6118 e Eurocode 2; (b) ACI 318; (c) ModelCode e
Teoria da Fissura Crítica de Muttoni.
Fonte: Autora.
Tabela 13 Cargas de ruptura estimadas para L05.
Figura 80 - Valores dos esforços cortantes máximos da Laje L06 sobre o Perímetro
Crítico segundo as normas: (a) NBR6118 e Eurocode 2; (b) ACI 318; (c) ModelCode e
Teoria da Fissura Crítica de Muttoni.
Fonte: Autora.
Tabela 14 Cargas de ruptura estimadas para L06.
Figura 81 - Valores dos esforços cortantes máximos da Laje L07 sobre o Perímetro
Crítico segundo as normas: (a) NBR6118 e Eurocode 2; (b) ACI 318; (c) ModelCode e
Teoria da Fissura Crítica de Muttoni.
Fonte: Autora.
Tabela 15 Cargas de ruptura estimadas para L07.
Figura 82 - Valores dos esforços cortantes máximos da Laje L08 sobre o Perímetro
Crítico segundo as normas: (a) NBR6118 e Eurocode 2; (b) ACI 318; (c) ModelCode e
Teoria da Fissura Crítica de Muttoni.
Fonte: Autora.
Tabela 16 Cargas de ruptura estimadas para L08.
Figura 83 - Valores dos esforços cortantes máximos da Laje L09 sobre o Perímetro
Crítico segundo as normas: (a) NBR6118 e Eurocode 2; (b) ACI 318; (c) ModelCode e
Teoria da Fissura Crítica de Muttoni.
Fonte: Autora.
Tabela 17 Cargas de ruptura estimadas para L09.
A Tabela 18 apresenta a análise das cargas de ruptura previstas por Oliveira (2016)
segundo prescrições normativas com os resultados obtidos na modelagem numérica
utilizando o SAP2000 (v.19) para o mesmo perímetro crítico.
Teoria de
NBR 6118 EUROCODE ACI 318 MODELCODE Fissura Crítica
Lajes
(2014) (2010) (2014) (2010) de
Cisalhamento
LR 1,22802 1,07059 1,10740 1,56150 1,18937
L01 1,20863 1,05366 1,21468 1,48730 1,13283
L02 1,26022 1,09866 1,19746 1,59498 1,21487
L03 1,29249 1,12679 1,15534 1,57688 1,20108
L04 1,13259 0,98737 1,09052 1,48278 1,12939
L05 1,23033 1,07258 1,14985 1,55521 1,18454
L06 1,24759 1,08765 1,19052 1,49329 1,13741
L07 1,05770 0,92208 1,01671 1,33350 1,01569
L08 1,28907 1,12379 1,22227 1,54203 1,17453
L09 1,31672 1,14788 1,15744 1,59045 1,21142
VMEF: carga obtida numericamente pelo método dos elementos finitos.
Vnorma: carga prevista pela prescrição normativa.
Fonte: Autora.
CRITÉRIOS DE
CLASSIFICAÇÃO
AVALIAÇÃO
Vu/Vnorma < 0,95 INSEGURO
PRECISO
SATISFATÓRIO
Vu/Vnorma > 1,40 CONSERVADOR
Fonte: Oliveira (2013).
Os resultados numéricos obtidos pelos perímetros de controle das normas foram
bem próximos dos resultados experimentais. Nota-se ainda que os valores da NBR 6118
(2014) e do EUROCODE (2010) foram iguais tendo em vista que ambas normas adotam
o mesmo perímetro para estimativa da carga de ruptura. O mesmo fato é observado entre
o MODELCODE (2010) e o modelo teórico de Muttoni (2008).
85
CAPÍTULO 5 - CONCLUSÕES
Um dos objetivos desta pesquisa foi efetuar uma análise estrutural mais realista
das lajes lisas considerando características marcantes do concreto como fissuração e
ruptura frágil, visando representar, através do método dos elementos finitos, seu
comportamento estrutural fisicamente não-linear. Apesar dos resultados apresentarem um
comportamento não linear, os valores de deslocamentos obtidos foram significativamente
inferiores ao mensurado nos ensaios experimentais.
Portanto, foi fundamental a calibração dos modelos adotados para validação dos
resultados no que diz respeito aos deslocamentos.
Já em relação à capacidade resistente da laje e às tensões que nela surgem,
observou-se que o programa apresentou uma boa concordância com os resultados
experimentais.
Na análise do efeito da posição do furo na carga de ruptura, momento fletor e
esforço cortante observou-se que a medida que o furo se afastava do pilar, a redução dos
esforços internos e da carga última diminuía.
Além disso, as lajes com furos adjacentes apresentam comportamento
consideravelmente mais flexível que a laje de referência.
Observou-se ainda que as lajes com furos mais afastados apresentaram resultados
próximos da laje sem abertura, o que era de se esperar, pois, os furos encontram-se mais
afastados das regiões onde convergem as maiores tensões. A redução dos valores da carga
de ruptura, momento fletor e força cortante, devido a área do furo, foi relevante apenas
nas lajes com furos adjacentes ao pilar. As demais lajes apresentaram valores próximos
ao da laje de referência.
Quanto ao formato dos furos, para todas as lajes, não houve alterações nos valores
da carga de ruptura, momento fletor e esforço cortante. As estimativas segundo as normas
e a teoria de fissuração crítica de cisalhamento para os modelos estudados apresentaram,
de modo geral, valores inferiores a cargas de ruptura estimadas numericamente para o
mesmo perímetro de controle, onde a relação VMEF/VNORMA variou entre 0,92 e 1,59, em
média.
É importante ressaltar que por se tratar de uma solução numérica, processada por
computadores, a definição dos elementos, configurações e condições a serem aplicadas
devem ser feitas com pleno conhecimento para evitar resultados equivocados, que possam
colocar a estrutura em risco.
86
bom engenheiro ainda melhor, ele pode tornar um mau engenheiro muito per
(Cook, Malkus & Plesha, 1989).
Algumas sugestões para trabalhos futuros envolvendo lajes lisas de concreto armado são
apresentadas a seguir:
Análise numérica das lajes lisas estudadas, utilizando outros softwares que
utilizem o Método dos Elementos Finitos para análise não linear física;
REFERÊNCIAS
CEB-FIP. MODEL CODE 2010: Final draft. Model Code Prepared by Special Activity
Group 5. Lausanne, 2011.
EUROCODE 2. Design of concrete structures Part1: General rules and rules for
buildings. European Standard, 2004.
MIRLISENNA, G.. Método Dos Elementos Finitos: O Que É? Instituto ESSS, 2016.
Disponível em: < http://www.esss.com.br/blog/2016/01/metodo-dos-elementos-finitos-
o-que-e/> Acesso em 26 de março de 2017.
MIRZAEI, Y.. Post-punching behavior of reinforced concrete slabs. EPFL Thesis N°.
4613, Lausanne, Switzerland, 2010
MOE, J.. Shearing Strength of Reinforced Concrete Slabs and Footings under
Concentrated Loads. Development Dept. Bulletin No. D47, Portland, Cement
Association, Skokie, Illinois, 1961.
PARK, R.; GAMBLE, W. L.. Reinforced Concrete Slabs. New York, John Wiley &
Sons, 2000.
89
PINTO, V. C.. Punção em Lajes Lisas Bidirecionais de Concreto Armado com Furos
Dissertação de Mestrado. Universidade
Federal do Pará, 2015.
SOUZA, R. M.. Punção em Lajes Lisas de Concreto Armado com Furos Adjacentes
ao Pilar e Transferência de Momento. Tese de doutorado. Universidade de Brasília.
Brasília, 2008.
TENG, S.; KUANG, K.L.; CHEONG, H.K.. Concrete Flat Plate Design Findings of
Joint BCA-NTU. R&D Project, 1999.
WAYNE, K. B.. Punching Shear of High Strength Concrete Slabs with Perforations.
Departament of Civil Engineering, University of Alberta, A thesis submitted to the
Faculty of Graduate Studies and Research in partial fulfillment of the requirements for
the degree of Master of Science, Edmonton, Alberta, 1997.
WOOD, J. G. M.. Pipers Row Car Park, Wolverhampton: Quantitative Study of the
Causes of the Partial Collapse on 20th March 1997. Report presented to Structural
Studies & Design Ltd, England, 1997.
A.1 Laje LR
Perímetro de controle obtidos com auxílio das ferramentas do AUTOCAD (Autodesk,
2016):
Figura A.1 Perímetro de controle para laje LR.
LR
A = 139782,00 mm²
uo = C = 1600,00 uo = 1600,00
u = C' = 2698,11 u1 = 2698,11 bo = 1807,1 b1,red = 1330,5 mm
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
93
L01
A = 115788,00 mm²
uo = C =
uo = 1600,00
1600,00
u = C' = 1942,48 u = C' = 1942,48 bo = 1300,00 b1,red = 1035,5 mm
Fonte: Autora.
94
Fonte: Autora.
MODEL CODE
NORMA NBR 6118 (2014) EUROCODE (2010) ACI 318 (2014)
(2010)
L02
A = 139782,00 mm²
uo = C = 1600,00 uo = 1600,00
u = C' = 2405,6 u1 = 2405,6 bo = 1635,9 b1,red = 1330,5 mm
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
100
MODEL CODE
NORMA NBR 6118 (2014) EUROCODE (2010) ACI 318 (2014)
(2010)
L03
A = 139782,00 mm²
uo = C = 1600,00 uo = 1600,00
u = C' = 2584,2 u1 = 2584,2 bo = 1740,4 b1,red = 1330,5
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
104
L04
A = 115788,00 mm²
uo = C = 1600,00 uo = 1600,00
u = C' = 1942,5 u1 = 1942,5 bo = 1300 b1,red = 1035,5
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
108
MODEL CODE
NORMA NBR 6118 (2014) EUROCODE (2010) ACI 318 (2014)
(2010)
L05
A = 134284,00 mm²
uo = C = 1600,00 uo = 1600,00
u = C' = 2274,4 u1 = 2274,4 bo = 1559,2 b1,red = 1294,7
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
112
MODEL CODE
NORMA NBR 6118 (2014) EUROCODE (2010) ACI 318 (2014)
(2010)
L06
A = 139782,00 mm²
uo = C = 1600,00 uo = 1600,00
u = C' = 2509,2 u1 = 2509,2 bo = 1696,5 b1,red = 1330,5
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
116
L07
A = 115788,00 mm²
uo = C = 1600,00 uo = 1600,00
u = C' = 1942,5 u1 = 1942,5 bo = 1300 b1,red = 1035,5
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
120
MODEL CODE
NORMA NBR 6118 (2014) EUROCODE (2010) ACI 318 (2014)
(2010)
L08
A = 139782,00 mm²
uo = C = 1600,00 uo = 1600,00
u = C' = 2349,00 u1 = 2349,00 bo = 1602,8 b1,red = 1330,5
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
124
MODEL CODE
NORMA NBR 6118 (2014) EUROCODE (2010) ACI 318 (2014)
(2010)
L09
A = 139782,00 mm²
uo = C = 1600,00 uo = 1600,00
u = C' = 2549,2 u1 = 2549,2 bo = 1719,9 b1,red = 1330,5
Fonte: Autora.
Fonte: Autora.
128
A.11 Resumo
Eq. (B.1)
Sendo:
Ic: momento de inércia da seção bruta de concreto;
Eci: módulo de elasticidade inicial do concreto, dado por:
Eq. (B.2)
fck: resistência característica do concreto à compressão, em MPa;
e e= 1,0.
Eq. (B.3)
Onde:
Ecs: módulo de elasticidade secante do concreto;
Ic: momento de inércia da seção bruta de concreto;
momento de inércia da seção fissurada de concreto no estádio II;
momento fletor na seção considerada;
131
Eq. (B.4)
Eq. (B.5)
Sendo igual a 1,5 para seções retangulares e 1,2 para seções T ou duplo T, yt a distância
do centro de gravidade à fibra mais tracionada, e fct a resistência à tração direta do
concreto, adotada igual a fctk,inf para o estado limite de formação de fissura e fctm para
verificação do estado limite de deformação excessiva, conforme o item 8.2.5 da NBR
6118(2014) dada por:
Eq. (B.7)
Eq. (B.8)
fctm e fck são expressos em MPa;
Para o momento fletor na laje, a ser comparado com o momento fletor de fissuração, deve
ser considerada a combinação rara.
Para a determinação do momento de inércia da seção fissurada III da equação B.3, admite-
se comportamento elástico e linear para o aço e o concreto à compressão, desprezando-se
a tração do concreto, Figura B.1.
Eq. (B.9)
Eq. (B.11)
Resultando:
Eq. (B.12)
Sendo:
Eq. (B.13)
Eq. (B.14)
Eq. (B.15)
(c) Aplicação dos modelos simplificados em uma análise linear das lajes em estudo
A Tabela B.1 apresenta as características das lajes objeto de estudo neste trabalho
obtidas pelas formulações apresentadas neste apêndice.
Tabela B.1 Seção Fissurada (Estádio II).
Características Gerais das Lajes (LR à L09)
b (cm) = 180,00 Ecs (MPa) = 22828,16
h (cm) = 12,00 Es (MPa) = 214000,00
fck (MPa) = 23,00 9,37
fctm (MPa) = 2,426 As (cm²) = 16,00
fctk,inf (MPa) = 1,698 A (cm) = 0,83
fctm (KN/cm²) = 0,246 B (cm²) = 16,67
Ic (cm4) = 25920 XII (cm) = 3,33
Eci (MPa) = 26856,66 III (cm4) = 8888,45
Fonte: Autora.
133
A Figura B.2 apresenta os momentos atuantes nas lajes LR a L09 para uma
determinada seção obtidas através de uma análise linear elástica utilizando o software
SAP2000 v. 19.
Fonte: Autora.
A seguir é calculado a rigidez equivalente obtida pela formulação proposta por
Branson (1966) e a razão entre a rigidez equivalente e a rigidez inicial para todas as lajes.
134
190 1,855601 1,991865 1,895414 1,873167 2,080911 1,949981 1,891316 2,019641 1,935077 1,886207
200 1,953265 2,0967 1,995173 1,971754 2,190432 2,052611 1,990859 2,125938 2,036923 1,985481
210 2,050928 2,201535 2,094931 2,070342 2,299954 2,155242 2,090402 2,232235 2,138769 2,084755
220 2,148591 2,30637 2,19469 2,16893 2,409475 2,257872 2,189945 2,338532 2,240615 2,184029
230 2,246254 2,411205 2,294448 2,267518 2,518997 2,360503 2,289488 2,444829 2,342461 2,283303
240 2,343917 2,51604 2,394207 2,366105 2,628519 2,463133 2,389031 2,551126 2,444307 2,382577
250 2,441581 2,620875 2,493966 2,464693 2,73804 2,565764 2,488574 2,657423 2,546153 2,481851
260 2,539244 2,72571 2,593724 2,563281 2,847562 2,668394 2,588117 2,76372 2,648 2,581125
270 2,636907 2,830545 2,693483 2,661868 2,957084 2,771025 2,687659 2,870016 2,749846 2,680399
280 2,73457 2,93538 2,793242 2,760456 3,066605 2,873656 2,787202 2,976313 2,851692 2,779673
Fonte: Autora.