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SOBRE O LIVRO

LEÔNIDAS MÜLLER

Você vai aprender um

processo de seis etapas

que os engenheiros

calculistas utilizam para

dimensionar qualquer

estrutura metálica.

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Capa

Wallyck Borges

Imagens

Acervo do Autor

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ESTRUTURAS
METÁLICAS
Como encontrar as cargas

atuantes em galpões em 3

simples passos

Leônidas Muller de Oliveira

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SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS
05
INTRODUÇÃO
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PASSO 1 - CONCEPÇÃO ESTRUTURAL
16
PASSO 2 - CARGAS ATUANTES NAS ESTRUTURAS
26
PASSO 3 - CARREGAMENTOS NA ESTRUTURA
34
PASSO 4 - COMO ENCONTRAR AS FORÇAS

ATUANTES NA ESTRUTURA?
48
PASSO 5 – COMO DIMENSIONAR A ESTRUTURA?
74
CONCLUSÃO
97

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© 2023 LEÔNIDAS

MÜLLER DE OLIVEIRA
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críticas ou artigos, sem a previa permissão por
escrito da editora.

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AGRADECIMENTOS
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São tantas pessoas para agradecer, porque tudo


isso não vem de um único evento ou aprendizado,
mas sim de uma soma de informações adquiridas
e unidas para dar clareza, fazendo as peças se
encaixarem.

Porém, existem alguns nomes que eu não poderia


deixar de citar, visto que tudo o que está neste livro
é uma soma de conhecimentos transmitidos por
eles: Edson S., Jorge A., Edemar S., Fábio L.

Agradeço a Deus por todas as coisas, pois eu sou


o fim e o começo.

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INTRODUÇÃO
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E muitas outras perguntas

que sempre me mandam:

Esse livro vai servir para você

descobrir como são calculadas as

Estruturas Metálicas em um escritório

de engenharia de projetos ou em

indústrias fabricantes de estruturas e

equipamentos.

Para dimensionar e chegar nos perfis

a serem utilizados em uma estrutura

nós utilizamos seis passos e eu vou

revelar aqui para você, todos eles, pois

eu já fui como você e sei que os

engenheiros não te contam como

fazer, para que você possa finalmente

calcular qualquer estrutura metálica.

E até o último passo você aprenderá a

como calcular passo a passo um perfil

e assim ter a sua primeira vitória

dentro do dimensionamento de

estruturas metálicas de forma

concreta e segura.

Mas já quero recomendar para você

não pular para o último passo, pois aí

está o erro da maioria das pessoas,

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pois elas não aprender o que é mais importante


antes mesmo de pensar em escolher qual perfil
será utilizado em uma estrutura.

Muitas graduações e cursos ensinam somente o


que é necessário para encontrar a resistência de
um perfil a um determinado tipo de solicitação,
mas acabam enchendo somente de fórmulas e
processos de decisão que no final das contas só
confundem a cabeça dos alunos, não fazendo
com que eles tenham o conhecimento de todo o
processo.

Tornando assim as pessoas inseguras ao lidar


com o resultado encontrado, pois elas
simplesmente ignoraram o fato de que existem
outras etapas antes mesmo de se quer pensar em
quanto de fato resistirá um perfil a compressão ou
qual será o momento que está em uma
determinada viga.

Assim como muitos sabem qual é o peso de uma


pessoa a ser considerado sobre uma laje ou o
peso por metro quadrado de uma telha, mas não
sabem lançar essas cargas em cima de uma viga
ou uma terça.

Então esse livro tem o objetivo de lhe ensinar


todos os passos necessários para calcular
estruturas metálicas, para que você saiba de uma
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vez por todas o que fazer, por onde começar e se

no final você chegou a um resultado aprovado ou

não dos elementos a serem utilizados em uma

estrutura.

E muitas outras perguntas

que sempre me mandam:

O que eu devo considerar no cálculo?...

Como eu encontro o peso da telha distribuído na

terças?...

Como eu encontro à altura de uma tesoura ou a

inclinação correta de um telhado?...

Fique tranquilo que durante essa jornada eu vou

responder todos esses seus questionamentos.

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Mas afinal de contas como

eu comecei nessa jornada?

Eu iniciei a primeira graduação em engenharia de

controle e automação, ou mecatrônica, como

muitos gostam de dizer e desde pequeno eu era

apaixonado por robôs e achava que essa seria a

solução para eu trabalhar e desenvolver

equipamentos e estruturas.

Mas o que não me contaram é que as peças

entregues durante a graduação e responsabilidade

técnica não seriam suficientes para eu ter tudo o

que eu precisava, mas isso eu fui descobrir alguns

quatro anos depois de formado e ainda batendo

muito a cabeça.

Ao final da minha primeira graduação eu fui

contratado como projetista de equipamentos e

também com a missão de desenvolver uma

máquina de corte de plasma, então lá eu sozinho

na empresa, tive que ser gestor, projetista,

comprador e dentre outras muitas atribuições que

são necessárias para se conceber um projeto do

início de sua criação até a sua execução e

validação.

Mas o que mais me doeu em todo esse processo e

que me despertou para o dimensionamento dos

elementos metálicos foi na fase de projeto da

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mesa de suporte de corte das chapas.

Quando eu me perguntei, tá e com


qual espessura vamos fazer os pés
da máquina?

Ai aquele silêncio total...

Eu não sabia, ninguém sabia e quem sabia ou


poderia ajudar estava longe já a algum tempo da
empresa e vou abrir um parênteses aqui, em todos
os outros lugares depois que eu passei era sempre
a mesma coisa...

Faz desse jeito mesmo, ou alguém definiu essa


espessura agora é só aumentar um pouco, ou
deixa assim mesmo...

Qual era de fato o processo para


chegar à espessura de um perfil

a ser utilizado em uma estrutura?


Quem já fez?

Como que eu faço isso?

Onde tem um manual que

me fala como eu devo fazer?


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E a pior quando eu encontrei todas essas respos-

tas, até chegar na pessoa que já tinha feito isso, eu

na maior humildade fui pedir ajuda ou orientação,

eu fui inocentemente perguntar:

Como você faz para calcular

estruturas metálicas?

Ele respondeu, sendo engenheiro...

E eu prontamente respondi, sim,

mas eu sou engenheiro...

Então faz o seguinte, pega esse manual aqui e se

vira, pois eu não ganho para ensinar ninguém!

Foi então que a partir desse “manual secreto” eu

passei dois anos debruçado tentando entender

cada etapa do processo de cálculo de perfis de

aço.

E quando eu finalmente fui solicitado para

dimensionar a minha primeira estrutura completa,

onde novamente me vi frustrado ao não conhecer

um software adequado para o dimensionamento

de uma estrutura conforme as normas técnicas.

Mas por final da jornada eu recebi orientação

dessa nova pessoa que foi contratada para revisar

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meu processo de cálculo e me entregou a última


peça que faltada do quebra cabeça e leia com
atenção todos os passos que eu vou te revelar
tudo na prática como eu aprendi e você também
poderá aprender de uma vez por todas a calcular
estruturas metálicas.

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CONCEPÇÃO

ESTRUTURAL
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A concepção estrutural é a base para

a construção de qualquer estrutura

metálica. Ela envolve a escolha dos

materiais, a definição das cargas e a

seleção dos elementos estruturais.

Para aqueles que estão iniciando no

campo, é importante familiarizar-se

com as estruturas comuns, como

mezaninos, escadas, galpões de 2

águas, galpões de 1 água, galpões em

arco, torres, passarelas, silos e

armazéns.

Cada uma dessas estruturas tem sua

concepção básica, que é usada de

forma consistente e se adapta às

solicitações ou cargas específicas.

Além disso, cada uma dessas

estruturas possui seus próprios

elementos e ligações, como banzos,

diagonais, montantes, terças, pilares,

contraventamento, agulhas ou

correntes.

É importante lembrar que, em alguns

casos, as tesouras são apoiadas em

pilares de alvenaria, o que requer uma

análise adicional. Um exemplo disso é

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a concepção de uma tesoura para uma cobertura


de duas águas, onde é necessário levar em
consideração o vão, o comprimento da estru-tura, a
altura dos pilares e o tipo de telha a ser utilizada.

É importante destacar que, normalmente, os clien-


tes já possuem uma ideia do resultado final e das
estruturas a serem utilizadas. Portanto, é essencial
que o calculista de estruturas metálicas tenha
informações precisas sobre as dimensões do
projeto, como o vão, o comprimento da estrutura, a
altura dos pilares e o tipo de telha a ser utilizada.
Dessa forma, é possível garantir que a estrutura
seja projetada de forma segura e eficiente.

Além desses aspectos, é importante levar em


conta as cargas que atuam na estrutura, como
cargas permanentes, sobrecargas e cargas de
vento. Estas cargas devem ser calculadas de
acordo com as normas e regulamentos aplicáveis,
como a NBR 8800:2008, que fornece recomenda-
ções para o cálculo das cargas em estruturas
metálicas.

Outro aspecto importante a ser considerado é a


seleção dos materiais. Os materiais utilizados na
construção de estruturas metálicas devem ser de
boa qualidade e devem atender aos requisitos de
resistência e durabilidade. Os perfis metálicos
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utilizados para a construção de estruturas


metálicas devem ser selecionados de acordo com
as solicitações e cargas aplicadas.

Por fim, é importante lembrar que a concepção


estrutural é uma etapa crucial na construção de
estruturas metálicas. Ela deve ser realizada com
precisão e atenção aos detalhes, para garantir que
a estrutura seja projetada de forma segura e
eficiente.

O processo para determinar a inclinação de um


telhado de 2 águas é composto por algumas
etapas:

1. Seleção da telha: A telha é um dos elementos mais importantes na


concepção estrutural de um telhado de 2 águas, pois ela define a inclinação
mínima da cobertura. É importante escolher uma telha que atenda aos
requisitos de resistência e durabilidade, além de ser adequada para a região
onde a estrutura será construída.

2. Determinação da inclinação mínima: Com base na telha selecionada, é


possível determinar a inclinação mínima da cobertura. Esta inclinação deve
ser seguida para garantir que a telha funcione corretamente e evitar
problemas como vazamentos.

3. Cálculo da altura máxima da cumeeira (h): A altura máxima da


cumeeira é calculada com base na inclinação mínima da cobertura. Ela deve
ser suficiente para garantir que a água da chuva escoe adequadamente.

4. Cálculo da distância entre as terças (t): A distância entre as terças é


calculada com base na inclinação mínima da cobertura, altura máxima da
cumeeira e distância entre os montantes. A distância entre as terças é
importante para garantir a estabilidade e segurança da estrutura.

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5. Cálculo da distância entre montantes (m): A distância entre os


montantes é calculada com base na inclinação mínima da cobertura, altura
máxima da cumeeira, distância entre as terças e as cargas aplicadas na
estrutura. A distância entre os montantes deve ser suficiente para garantir

a estabilidade e segurança da estrutura, além de garantir que as cargas

sejam distribuídas de forma adequada.

6. Verificação das normas e regulamentos: Por fim, é importante verificar


se as especificações calculadas atendem as normas e regulamentos
aplicáveis, como a NBR 8800:2008, para garantir a segurança e eficiência
da estrutura.

É importante lembrar que essas etapas devem ser


realizadas com precisão e atenção aos detalhes,
para garantir que a estrutura seja projetada de
forma segura e eficiente. Além disso, é
recomendável sempre trabalhar com profissionais
capacitados e experientes no campo para garantir
o sucesso do projeto.
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A determinação da inclinação de um telhado de 2


águas é um processo importante para garantir que
a estrutura seja projetada de forma segura e
eficiente.

Conforme um fabricante de telha trapezoidal


zincada, a inclinação de caimento mínima exigida é
de 5% (i = 0,05). Isso significa que a inclinação do
telhado deve ser no mínimo 5%.

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Para calcular a altura da cumeeira


(hf), utilizamos a seguinte equação:

hf = i( . L
( + hi
2

Onde L é o vão do telhado e hi é a altura inicial da


tesoura.

Considerando que o vão do telhado é de 20 metros


e a altura inicial da tesoura é de 1,0 metros,
podemos calcular a altura da cumeeira da seguinte
maneira:

hf =( 0,05 . 20
( + 1,0
2
hf = ( 0,05 . 10 ( + 1,0
hf = 0,5 + 1,0
hf = 1,5 m

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Assim, a altura da cumeeira no telhado seria de


1,5 metros.

Todos os dados devem levantados devem sempre


ser separados em planilhas que irão nos auxiliar
em futuras alterações e melhorando o nosso
desempenho de dimensionamento, utilizando o
método automatizado você sempre poderá refazer
o levantamento das cargas rapidamente.
Inclinação
Vão
Altura Inicial
Altura da Cumeeira

(i) (L) (Hi) (Hf)


0,05 10 m 1,0 m 1,25 m
0,05 15 m 1,0 m 1,38 m
0,05 20 m 1,0 m 1,50 m
0,05 25 m 1,0 m 1,63 m
0,05 30 m 1,0 m 1,75 m

Essa planilha ilustra como a altura da cumeeira


muda de acordo com o vão do telhado e a
inclinação escolhida. É importante notar que a
altura inicial da tesoura foi mantida constante em
1,0 m para fins de exemplo.

É importante lembrar que esses cálculos devem


ser realizados com precisão e atenção aos
detalhes, para garantir que a estrutura seja
projetada de forma segura e eficiente. Além disso,
é sempre recomendável trabalhar com
profissionais capacitados e experientes no campo

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para garantir o sucesso do projeto.

Este capítulo trouxe uma visão


geral sobre a concepção estrutural
de estruturas metálicas.

Foi discutido como é importante


reutilizar o que já existe e seguir os
padrões estabelecidos pelos
fabricantes de estruturas. Além
disso, foi apresentada uma lista de
estruturas que é essencial dominar
para se tornar um calculista de
estruturas metálicas.

É importante lembrar que esses


cálculos devem ser realizados com
precisão e atenção aos detalhes,
para garantir que a estrutura seja
projetada de forma segura e
eficiente.

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Além disso, é sempre recomendável trabalhar com


profissionais capacitados e experientes no campo
para garantir o sucesso do projeto.

Este foi apenas o início do nosso estudo sobre


concepção estrutural. No próximo capítulo, vamos
entrar em detalhes sobre como calcular as cargas
e como utilizar esses cálculos para dimensionar os
elementos estruturais.

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CARGAS ATUANTES

NAS ESTRUTURAS
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Este capítulo irá discutir como calcular as cargas


que atuam em uma estrutura metálica. É
importante compreender as cargas a serem
consideradas no projeto de uma estrutura, pois a
partir delas vamos determinar a capacidade
resistente dos elementos estruturais e elas afetam
diretamente a segurança e desempenho da
estrutura.

A norma brasileira NBR 8800 é a norma principal


que regulamenta o cálculo das cargas para
estruturas metálicas no Brasil. Além disso, as
normas NBR 6120 e NBR 6123 também devem ser
consideradas, pois fornecem informações
adicionais sobre cargas específicas e técnicas de
projeto. De acordo com essas normas, as cargas a
serem consideradas em uma estrutura metálica
incluem cargas de vento, cargas de impacto,
cargas de vida útil, entre outros. As normas
também descrevem os procedimentos para
calcular essas cargas, incluindo as fórmulas e
tabelas a serem utilizadas.
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É importante seguir as normas NBR 8800, NBR


6120 e NBR 6123, e as normas adicionais de
projeto para garantir que as cargas estejam
sendo calculadas corretamente e que a estrutura
esteja projetada de forma segura e eficiente.
Além disso, é importante levar em consideração
as características climáticas e geográficas do
local onde a estrutura será construída, pois isso
pode afetar as cargas que atuam na estrutura.

A norma NBR 6120 especifica as ações para


estruturas metálicas, incluindo cargas
permanentes e variáveis, enquanto a NBR 6123
fornece informações sobre as cargas de vento a
serem consideradas no projeto.

É fundamental realizar o cálculo das cargas com


precisão e atenção aos detalhes, pois ele é a
base para o dimensionamento dos elementos
estruturais e para garantir a segurança e
desempenho da estrutura. Não só é importante
seguir as normas e regulamentações, mas
também é necessário considerar as condições
climáticas e geográficas do local para garantir
que todas as cargas relevantes

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estejam sendo consideradas no projeto.

As cargas que atuam em uma estrutura metálica


são basicamente separadas em dois tipos: cargas
permanentes e cargas acidentais.

Cargas permanentes são aquelas que atuam


continuamente na estrutura, como o peso próprio
da estrutura. Já as cargas acidentais são aquelas
que ocorrem de forma esporádica ou imprevista,
como cargas de vento, cargas de neve, cargas
sísmicas e cargas de pessoas e equipamentos.

De acordo com a norma brasileira NBR 6120,


todas as cargas acidentais devem ser
consideradas no projeto de uma estrutura
metálica. A norma descreve os procedimentos para
calcular essas cargas, incluindo as fórmulas e
tabelas a serem utilizadas.

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É importante notar que as cargas acidentais


podem ser mais difíceis de serem calculadas, pois
são imprevisíveis e podem variar de acordo com as
condições climáticas e geográficas do local onde a
estrutura será construída. Portanto, é essencial
seguir as normas e procedimentos descritos na
NBR 6120 para garantir que as cargas estejam
sendo calculadas corretamente e que a estrutura
esteja projetada de forma segura e eficiente.

É importante lembrar de considerar cargas de


pessoas e equipamentos como cargas acidentais,
pois elas podem ser consideradas nas estruturas
metálicas, seja em uma estrutura de mezanino,
escada, galpão, torres, passarelas, silos, armazéns,
entre outros. Essas cargas devem ser levadas em
consideração para garantir que a estrutura possa
suportar o uso previsto e evitar problemas de
segurança.

A norma NBR 6120 fornece as diretrizes para o


cálculo de cargas acidentais e é fundamental
seguir essas diretrizes para garantir que a estrutura
seja projetada de forma segura e eficiente, levando
em consideração cargas de pessoas e
equipamentos como cargas acidentais.

A carga de vento é uma das cargas acidentais


mais importantes a serem consideradas nas
estruturas metálicas, pois pode causar grandes
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De acordo com a NBR 6123, é necessário


considerar a velocidade do vento, a direção do
vento e a pressão do vento sobre a estrutura.
A norma também descreve os procedimentos
para calcular essas cargas, incluindo as
fórmulas e tabelas a serem utilizadas. É
importante levar em consideração as
características climáticas e geográficas do
local onde a estrutura será construída, pois
isso pode afetar as cargas de vento que atuam
na estrutura.

As ações de vento são combinadas com as


cargas permanentes e acidentais para se obter
a carga total que atua na estrutura.

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De acordo com a NBR 6123, é necessário


considerar a velocidade do vento, a direção do
vento e a pressão do vento sobre a estrutura. A
norma também descreve os procedimentos para
calcular essas cargas, incluindo as fórmulas e
tabelas a serem utilizadas. É importante levar em
consideração as características climáticas e
geográficas do local onde a estrutura será
construída, pois isso pode afetar as cargas de
vento que atuam na estrutura.

As ações de vento são combinadas com as cargas


permanentes e acidentais para se obter a carga
total que atua na estrutura.

A norma NBR 6120 é a principal fonte de


regulamentação para o cálculo das cargas em
estruturas metálicas no Brasil. Ela descreve as
cargas permanentes, como a carga de telhas e
equipamentos, e as cargas acidentais, como a
carga de vento e impacto. Além disso, a norma
NBR 6123 é também importante para consideração
da carga de vento. É importante seguir essas
normas e outras normas adicionais de projeto para
garantir que as cargas estejam sendo calculadas
corretamente e que a estrutura esteja projetada de
forma segura e eficiente.
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No próximo capítulo, vamos abordar sobre como


determinar os valores de carregamentos a serem
aplicados na estrutura metálica.

Esses carregamentos incluem o peso próprio da


estrutura, as sobrecargas e as cargas de vento.
Vamos discutir as fórmulas e tabelas utilizadas
para realizar esses cálculos.

É importante compreender esses carregamentos


para garantir que a estrutura seja projetada de
forma segura e eficiente.

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CARREGAMENTOS

NA ESTRUTURA
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Neste capítulo, vamos explorar como chegar aos


valores de carregamentos a serem lançados na
estrutura, considerando as cargas de peso próprio,
sobrecarga e vento. Então o nosso primeiro passo
é levantas quais são as cargas que serão aplicadas
nas terças, separando as três hipóteses de cargas:

· Carga Permanente (CP) · Sobrecarga (SC)

· Vento (VT)

O primeiro passo é determinar os valores de


carregamentos permanentes que atuam na
estrutura, como por exemplo, nos galpões, temos a
telha, as terças, as correntes, o contraventamento,
as tesouras e os pilares, ou seja, tudo que sempre
estará atuando durante todo o ciclo de vida da
estrutura e descarregando permanentemente essa
carga na fundação da edificação.
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As peças de aço que fazem parte da estrutura


dependerão exclusivamente de suas dimensões e
do seu peso específico. Vamos adotar o peso
específico do aço como 7.800 kg/m³ e inicialmente
usaremos um peso próprio estimado para os perfis,
os quais serão corrigidos na etapa de otimização
da estrutura.

No nosso exemplo, vamos realizar o levantamento


de cargas atuantes nos nós da tesoura, que serão
os pontos de apoio das terças. Esses elementos
transmitem os carregamentos atuantes e, ao defini-
los, poderemos fazer o dimensionamento da
tesoura.

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AÇÕES DEVIDO AO PESO PRÓPRIO


O primeiro passo é levantarmos o peso próprio da
telha a ser utilizada. Esse elemento é o que temos
controle inicialmente, pois quem determinará isso
é a necessidade do projeto. Portanto, vamos
utilizar uma telha, conforme o catálogo de um
fornecedor, que terá o peso próprio de 5,0 kgf/m²
ou 0,5 kN/m².

Para organizar a nossa sequência de cálculo


vamos colocar os dados conforme a tabela abaixo,
dos carregamentos permanentes:

Hipótese Descrição Valor Unidade


CP-1 Telha 5,00 kgf/m²
CP-2 Terças e Correntes 5,00 kgf/m²
CP Ação Permanente Total 10,00 kgf/m²

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AÇÕES DEVIDAS AS SOBRECARGAS


O próximo passo é determinar o carregamento da
sobrecarga característica em galpões, conforme a
NBR 8800, que recomenda a utilizar esse
carregamento devido as ações causadas pelo uso
e ocupação da edificação no dimensionamento de
estrutura de aço.

Além disso, devemos considerar um carregamento


concentrado, além das demais ações variáveis,
como uma força concentrada aplicada na posição
mais desfavorável, como o peso de uma pessoa ou
mais, sendo no centro das terças ou nos banzos da
treliça. Conforme a NBR 6120, adotaremos o valor
de 1 kN ou 100 kgf.

Em coberturas comuns, como telhados, deve ser


prevista uma sobrecarga característica mínima de
0,25 kN/m² ou 25 kgf/m², em projeção horizontal.
Essa sobrecarga engloba as cargas devidas às
instalações hidráulicas, elétricas, forros e
eventuais peças fixadas na cobertura.

Para organizar a nossa sequência de cálculo


vamos colocar os dados conforme a tabela abaixo,
dos carregamentos acidentais de sobrecarga:

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Sobrecarga característica conforme NBR-8800

Hipótese Descrição Valor Unidade


SC-1 Característica 25,00 kgf/m²
Ação Sobrecarga Total 25,00 kgf/m²

Hipótese Descrição Valor Unidade


SC-1 Característica 0,25 kN/m²
Ação Sobrecarga Total 0,25 kN/m²

Sobrecarga concentrada conforme NBR-6120

Hipótese Descrição Valor Unidade


SC-2 Concentrada 100,00 kgf/m²
Ação Sobrecarga Total 100,00 kgf/m²

Hipótese Descrição Valor Unidade


SC-2 Concentrada 1,00 kN/m²
Ação Sobrecarga Total 1,00 kN/m²

A sobrecarga concentrada será lançada em outra


hipótese de carregamento não combinável com a
ação de sobrecarta característica.

39
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AÇÕES DEVIDAS AO VENTO


A terceira etapa do levantamento de cargas é a
carga de vento, que atua em estruturas que são
suscetíveis a este tipo de ação. Para determinar a
força de vento a ser aplicada em galpões de duas
águas, devemos seguir os procedimentos
descritos na norma NBR 6123.

O primeiro passo é definir o local de instalação da


estrutura, pois isso determinará a velocidade
básica do vento de acordo com o mapa de
isopletas.

40
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A determinação das forças estáticas causadas


pelo vento é feita da seguinte forma: o primeiro
passo é identificar a velocidade básica do vento,
V0, apropriada para a localização onde a estrutura
será construída, utilizando o mapa de isopletas.

A velocidade básica é multiplicada por fatores S1,


S2 e S3 para obter a velocidade característica do
vento, Vk (m/s):

Vk = V0.S1.S2.S3

E finalmente temos a pressão dinâmica (kN/m²) é


então determinada utilizando a equação:

q= 0,613.V k
2

1000

O fator topográfico S1 é determinado conforme o


terreno onde será construída a edificação, variando
entre plano, taludes ou morros e vales, sendo
assim vamos adotar no nosso exemplo o terreno
plano, considerando o fator S1 igual 1,0 ou
conforme a tabela abaixo:
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S1 Fator Topográfico
1,0 Terrenos Planos com poucas ondulações
0,9 Vales protegidos do vento em todas as direções
CALCULAR Taludes e Morros

O próximo fator S2, é a rugosidade do terreno, que


leva em consideração as dimensões da edificação
a altura sobre o terreno, calculado pela equação
abaixo:

z
( (
p
S2 = b . Fr 10

Como esse fator depende de vários dados de


entrada, deveremos utilizar uma planilha
automatizada para encontrar esses valores, pois
cada vez que mudamos as dimensões da
edificação, a sua altura e a altura média das
proteções ao seu redor, esse valor sofrerá
alterações, senão temos que verificar várias vezes
os valores contidos nas tabelas da NBR 6123.

Vamos considerar as seguintes características


para o nosso projeto, um galpão de 20,0m de vão
com 30,0m de comprimento e altura dos pilares
até o final da tesoura de 7,0m e com uma cota
média de 10,0m do topo dos obstáculos,
42
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resultando em um fator S2 igual a 0,8.

A categoria do terreno é determinada pela altura


média das cotas de proteções aos redores da
instalação da edificação, conforme a tabela abaixo:
Valor da
Categoria do Terreno
Categoria
Superfícies lisas de grandes dimensões, com mais de 5km de extensão,

medida na direção e sentido do vento incidente.

I Exemplos: mar calmo; lagos e rios;

pântanos sem vegetação.

Edificações baixas.

II A cota média do topo dos obstáculos é considerada inferior ou igual a 1m.

Exemplos: zonas costeiras planas; pântanos com vegetação rala; campos de


aviação; pradarias e charnecas; fazendas sem sebes ou muros.

Terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como sebes

e muros, poucos quebra-ventos de árvores, edificações baixas e esparsas.

III A cota média do topo dos obstáculos é considerada igual a 3m.

Exemplos: granjas e casas de campo, com exceção das partes com matos,
fazendas com sebes e/ou muros, subúrbios a considerável distância do centro,
com casas baixas e esparsas.

Terrenos cobertos por obstáculos numerosos e pouco espaçados em zona


florestal, industrial ou urbanizada.

A cota média do topo dos obstáculos é considerada igual a 10m.

IV Exemplos: zonas de parques e bosques com muitas árvores; cidades pequenas

e seus arredores; subúrbios densamente construídos de grandes cidades; áreas


industriais plena ou parcialmente desenvolvidas.

Terrenos cobertos por obstáculos numerosos, grandes, altos e pouco


espaçados. A cota média do topo dos obstáculos é considerada igual ou
V
superior a 25m. Exemplos: florestas com árvores altas de copas isoladas;
centros de grandes cidade; complexo industriais bem desenvolvidos.

43
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A classe da edificação é determinada pela tabela


abaixo conforme a sua maior dimensão em planta:

Classe Descrição

Todas as unidades de vedação, seus elementos de fixação e peças


individuais de estruturas sem vedação. Toda edificação ou parte da
A edificação na qual a maior dimensão horizontal ou vertical da superfície
frontal não exceda 20 metros.

Toda edificação ou parte da edificação para a qual a maior dimensão

B horizontal ou vertical da superfície frontal esteja entre 20 e 50 metros.

Toda a edificação ou parte da edificação para a qual a maior dimensão

C horizontal ou vertical da superfície frontal exceda 50 metros.

E em seguida encontraremos os fatores


meteorológicos, considerando sempre Fr como
categoria II.

Categoria zg (m) Parâmetro Classes


A B C
b
1,10
1,11
1,12

I 250 p 0,06 0,065 0,07


b
1,00
1,00
1,00

II 300 Fr
1,00
0,98
0,95

p 0,085 0,09 0,10


b
0,94
0,94
0,93

III 350 p 0,10 0,105 0,115

IV 420 b
0,86
0,85
0,84

p 0,12 0,125 0,135

b
0,74
0,73
0,71

V 500 p 0,15 0,16 0,175

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Seguindo a seleção das tabelas acima teremos os


seguintes valores:
Classe B
Categoria IV

b 0,85

Fr 0,98

z 7,5

p 0,125

S2 0,8

O fator S3 será definido conforme o tipo da


ocupação da estrutura, ou seja, conforme a sua
finalidade de uso, se ela é para fins industriais,
residenciais e até mesmo para quarteis e hospitais,
sendo que para cada um terá seu fator de
ponderação.

Descrição S3

Estruturas cuja ruína total ou parcial pode afetar a segurança ou possibilidade


de socorro a pessoas após uma tempestade destrutiva (hospitais, quartéis de
bombeiros e de forças de segurança, centrais de controle e de comunicação 1,10
etc.). Obras de infraestrutura rodoviária e ferroviária.

Edificações para hotéis e residências. Edificações para comércio e


indústria com alto fator de ocupação. Estruturas destinadas a uso e
ocupação humana. Estruturas ou elementos estruturais desmontáveis
1,00
com vistas a reutilização.

Edificações e instalações industriais com baixo fator de ocupação


(depósitos, silos, construções rurais etc.) e baixa circulação de pessoas 0,95
no entorno.

Vedações (telhas, vidros, painéis de vedação etc.). 1,00

Edificações temporárias não reutilizáveis. Estruturas dos Grupos 1 a 3


durante a construção. 0,83

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Para o nosso exemplo vamos considerar um


galpão para uso industrial, sendo assim o fator S3
terá o valor de 0,95.

Por fim ao juntarmos todos os dados conseguimos


determinar a velocidade característica do local de
instalação e a pressão dinâmica do vento.

Vk = V0.S1.S2.S3
Vk = 35.1,0.0,8.0,95
Vk = 26,6m/s

0,613.(26,6)2
q=
1000
q = 0,43 kN/m2

Por fim vamos descrever o resumo dos valores dos


levantamentos das cargas atuantes na estrutura.
Descrição Valor Unidade
CP 0,10 kN/m²
b 0,25 kN/m²

Fr 0,43 kN/m²

Descrição Valor Unidade


CP 10,0 kN/m²
b 25,0 kN/m²

Fr 43,0 kN/m²

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Os valores acima representam os carregamentos


por área que serão distribuídos no telhado em kN/
m² e kgf/m².

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COMO ENCONTRAR AS

FORÇAS ATUANTES

NA ESTRUTURA?
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Neste capítulo, vamos explorar as forças atuantes


na estrutura, considerando as ações encontradas
no capítulo anterior.

Vamos discutir como encontrar as forças que


afetam a estrutura, como a carga de peso próprio,
sobrecargas e vento.

A partir dessas informações, vamos desenvolver


uma metodologia para calcular as forças atuantes,
para que possamos avaliar a capacidade resistente
da estrutura posteriormente, pois de nada adianta
saber o quanto resistirá um perfil se não sabemos
corretamente quais são os esforços internos
solicitantes.

Este capítulo será importante para projetistas,


engenheiros e arquitetos que desejam entender
melhor como as forças atuantes afetam a
estrutura e como elas podem ser consideradas no
projeto.

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FORÇA DE PESO PRÓPRIO


A força de peso próprio atuante na
estrutura é uma das principais forças a
serem consideradas no projeto estrutural.
Segundo a NBR 6120, é necessário levar
em conta o peso dos materiais utilizados
na edificação.

A norma também estabelece critérios


para o cálculo do peso próprio, incluindo
o uso de densidades específicas para
diferentes tipos de materiais. No decorrer
deste capítulo, vamos ver como o peso
próprio pode ser calculado de acordo
com a NBR 6120 e como encontrar a
força atuante a ser lançada no projeto de
cálculo.

A força de peso próprio é composta pelo


peso do material da treliça, o peso das
telhas e o peso de outros elementos
como, correntes, contraventamento, mão
francesas etc. É importante levar em
conta todos esses fatores na definição
da força de peso próprio, pois eles
podem afetar significativamente a
capacidade resistente da treliça.

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Para calcular a força de peso próprio,


primeiramente deve-se definir a geometria
da treliça, incluindo a altura, a largura e a
espessura das vigas e do telhado.

Em seguida, deve-se determinar o tipo de


material utilizado na treliça, bem como sua
densidade e peso específico. A partir
dessas informações, é possível calcular o
peso da treliça utilizando fórmulas
matemáticas específicas.

É importante notar que, de acordo com a


NBR 8681, é necessário considerar o fator
de segurança na definição da força de peso
próprio. Isso significa que é preciso
adicionar um fator de segurança adicional à
força de peso próprio calculada, a fim de
garantir que a treliça possa suportar cargas
adicionais além da força de peso próprio.

Para definir o Peso Próprio (PP)


relacionado as telhas que estarão
instaladas na estrutura, deve-se seguir o
valor conforme o catálogo da telha do
fornecedor, no nosso exemplo vamos
utilizar uma telha galvanizada de 0,43 mm
de espessura, onde o peso próprio é de
0,04 kN/m² ou 4,0 kgf/m².
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Outros elementos que serão apoiados nas treliças,


serão estimados com o valor de 6,0 kgf/m² ou 0,06
kN/m² e o peso próprio da treliça será verificado
posteriormente através de uma análise
computacional.

Neste primeiro passo devemos fazer a


determinação das forças que serão lançadas nos
nós da treliça, onde encontram-se as terças, pois
são elas que distribuição os esforços atuantes até
a tesoura.

Então seguimos a seguinte equação para


determinar a força atuante devido ao peso próprio:

PP = dterças . dpórticos. (PPtelha + PPoutros)

No nosso exemplo temos a distância das terças


(dterças) como 1,67m e distância entre pórticos
(dpórticos) como 5,0 m.

kN
PP = 1,67m.5,0m. (0,4+0,6)
m2
kN
PP = 8,35 m2.0,10
m2
PP = 0,84 kN ou 83,5 kgf

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As terças laterais, no começo e no final da

cobertura, possuem somente metade da área de

influência então vamos sempre dividir o valor

central encontrado por 2.

0,84
PPlateral = kN
2

PPlateral = 0,42 kN ou 42 kgf

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FORÇA DE SOBRECARGA

Uma das principais preocupações na projeto de

estruturas metálicas é o lançamento das

sobrecargas, que podem ser geradas por vários

fatores, como o uso da edificação, a instalação de

equipamentos, ou a ocupação humana.

É importante considerar as sobrecargas na projeto

para garantir a segurança da estrutura e evitar

colapso ou deformações excessivas.

A NBR 8800 estabelece as regras para o cálculo

das sobrecargas em treliças de estruturas

metálicas e deve ser seguida pelos projetistas,

engenheiros e arquitetos.

Nesta etapa, vamos explorar a definição de

sobrecargas, sua importância e como são

calculadas de acordo com a norma NBR 8800 que

sugere a utilização em coberturas de telhados, uma

sobrecarga de 0,25 kN/m² ou 25,0 kgf/m² em

projeção horizontal.

Então seguimos a seguinte equação para

determinar a força atuante devido a sobrecarga

característica:

SC = dterças .dpór ticos .SCcaracterística

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No nosso exemplo temos a distância das terças

(dterças) como 1,67m e distância entre pórticos

(dpórticos) como 5,0 m.

KN
PP = 1,67m . 5,0m 0,25
.
m2

KN
PP = 8,35m2 . 0,25
m2

PP = 2,1kN ou 210 kgf

As terças laterais, no começo e no final da

cobertura, possuem somente metade da área de

influência então vamos sempre dividir o valor

central encontrado por 2.

KN
PPlateral = kN
m2

PPlateral = 1,05 kN ou 105 kgf

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FORÇA DE VENTO

Neste capítulo, vamos abordar a força de vento e


sua importância na estrutura metálica. Segundo a
NBR 6123, é necessário considerar as ações do
vento nas estruturas metálicas para garantir a
segurança e a durabilidade da estrutura. Vamos
começar com a determinação da velocidade básica
do vento, levando em conta as características

topográficas e os fatores de habitação da região.

Em seguida, vamos analisar a dimensão da


estrutura e calcular a pressão do vento, levando em
conta os coeficientes de pressão interno e externo.
Estas informações serão importantes para o
cálculo da força de vento atuante na estrutura,
garantindo a segurança e a durabilidade da
estrutura.

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VELOCIDADE BÁSICA DO VENTO

O primeiro passo é definir o local de instalação da

estrutura, pois isso definirá a velocidade básica do

vento conforme o mapa de isopletas.

O próximo passo é definir os fatores necessários

para chegarmos à velocidade característica que

ocorrerá no local da estrutura instalada. Define-se o

fator topográfico, a cota média dos obstáculos,

qual categoria e classe da edificação, parâmetros

meteorológicos, altura máxima e tipo de ocupação.

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Então teremos que definir os fatores S1, S2 e S3

para encontrarmos a velocidade característica Vk.

O fator topográfico S1, será definido conforme a

topográfica do terreno, variando de plano, vale ou a

definir conforme descrito na norma.

O fator S2, dependerá da cota média do topo dos

obstáculos, da classe da edificação, que é definida

conforme as suas dimensões, para a maior largura

de até 20m temos a classe A, até 50m classe B e

acima teremos a classe C.

O fator S3 será definido conforme o tipo da

ocupação da estrutura, ou seja, conforme a sua

finalidade de uso, se ela é para fins industriais,

residenciais e até mesmo para quarteis e hospitais,

sendo que para cada um terá seu fator de

ponderação.

Depois de definidos todos os fatores, velocidade

básica do vento, consegue-se chegar na velocidade

característica, que é a velocidade que será aplicada

na estrutura, naquele local, conforme aquele

terreno, tipo de ocupação e a partir da velocidade

característica encontra-se pôr fim a pressão do

vento que será o carregamento por área de

influência da estrutura.

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Vamos tomar como exemplo os seguintes dados

para encontrarmos a pressão de obstrução do

vento (q) e com isso concluiremos a etapa dos

levantamentos de carga.

Vo = 30 m/s

S1 = 1,0

S2 = 0,9

S3 = 0,95

Vk = Vo . S1 . S2 . S3

Vk = 26 m/s

q = 0,613 . Vk²

q = 0,40 kN/m² ou 40 kgf/m²

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COEFICIENTES DE PRESSÃO

A força do vento é determinada pela diferença de

pressão entre as faces opostas da estrutura em

questão. Por isso, os coeficientes de pressão são

dados para as superfícies externas e internas.

Segundo a Norma NBR 6123, a pressão efetiva, ∆p,

em um ponto da superfície de uma edificação é

definida como:

∆p = ∆pe - ∆pi

Onde:

∆pe = pressão efetiva externa

∆pi = pressão efetiva interna

Portanto:

∆p = (cpe- cpi) . q

O valor da pressão efetiva pode ser determinado

pela diferença de pressão entre as faces opostas

de uma estrutura. Os coeficientes de pressão são

dados para as superfícies externas e internas.

Quando o valor do coeficiente de pressão é positivo,

60
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há uma sobrepressão, enquanto que um valor


negativo indica uma sucção. Um valor positivo para
a pressão efetiva representa uma pressão externa
adicional, enquanto um valor negativo representa
uma pressão de sucção externa.

61
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COEFICIENTE DE PRESSÃO INTERNA


As edificações que são completamente
vedadas ao ar, não serão afetadas pela
velocidade do vento externo e a pressão
interna permanecerá constante. Entretanto,
é comum que paredes e telhados de
edificações consideradas fechadas
permitam a entrada de ar, o que afeta as
condições ideais supostas.

De acordo com a NBR 6123, os elementos


construtivos e as vedações que são
considerados impermeáveis incluem lajes e
cortinas de concreto armado ou protendido,
bem como paredes de alvenaria, pedra,
tijolos, blocos de concreto e similares que
não possuem portas, janelas ou qualquer
outra abertura.

Já os elementos construtivos e vedações


que possuem aberturas, como juntas entre
painéis de vedação, frestas em portas e
janelas, ventilações em telhas e telhados,
vãos abertos de portas e janelas, chaminés
e lanternins, são considerados permeáveis.

Para edificações com paredes internas


permeáveis, a pressão interna pode ser
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considerada uniforme. Os valores para o


coeficiente de pressão interna cpi: poderão ser
adotados segundo as condições de impermeáveis,
permeáveis, aberturas dominantes.

Para facilitar seu entendimento inicial vamos


trazer aqui apenas duas condições e os seus
seguintes valores, sendo que adotaremos
posteriormente ao nosso exemplo prático o item b,
considerando as quatro fáceis permeáveis.

a) duas faces opostas igualmente permeáveis;


as outras faces impermeáveis:

- Vento perpendicular a uma face

permeável: cpi = + 0,2

- Vento perpendicular a uma face impermeável:

cpi = - 0,3

b) quatro faces igualmente permeáveis:

cpi = 0,3 ou 0,0

- Abertura dominante na face de barlavento

- Abertura dominante na face sotavento

- Abertura dominante situada em zona

de alta sucção externa.

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COEFICIENTE DE PRESSÃO EXTERNO

Os coeficientes de pressão externa são

considerados como um dos fatores importantes

para o cálculo da força do vento atuante em uma

estrutura. Eles são determinados com base nas

características aerodinâmicas da edificação e na

velocidade do vento.

Os coeficientes de pressão externa são utilizados

para avaliar a pressão do vento sobre a superfície

externa da estrutura, e assim, determinar a força

atuante e são influenciados por fatores como a

forma e a altura da edificação, a posição e a

orientação da superfície externa, entre outros.

Valores de Ce para

Altura Relativa θ α = 90° α = 0°

EF GH I J EG FH I J

0° -0,8 -0,4 -0,80 -0,40 -0,8 -0,4 -0,35 -0,35

5° -0,9 -0,4 -0,90 -0,40 -0,8 -0,4 -0,35 -0,35


h
1

<
10° -1,2 -0,4 -1,20 -0,40 -0,8 -0,6 -0,50 -0,50
b 2

15° -1,0 -0,4 -1,00 -0,40 -0,8 -0,6 -0,50 -0,50

Primeiro necessita-se determinar o ângulo do

telhado, pela equação:

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(hf - hi )

[( ( [
α = arctg L

(1,5 - 0,5)

α = arctg
[ (
20

2
( [
(1,5 - 0,5)

[ [
α = arctg
20

( (
2

10

α = arctg
(10 (

α = arctg (0,1(

α = 5,71°

Os valores de ângulos intermediários deverão ser

interpolados conforme o ângulo da inclinação da

estrutura, conforme a equação abaixo, para

encontrarmos o valor de Ce da região EG para o

vento na direção α = 0°.

x - x1
y = y1 +
[ x2 - x 1 [ *
(y2 - y1 )

Primeiro determinamos a altura relativa (h/b),

sendo h a Altura Total da Parede (Pilar + Final da

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Tesoura) (h), dividido pela Largura Frontal (b).

h
6

=
b 20

h
7,75

=
b 20

= 0,39
b

Substituindo os valores da tabela:

Valores de Ce para

Altura Relativa θ α = 90° α = 0°

EF GH I J EG FH I J


-0,8
-0,4
-0,80
-0,40
-0,8
-0,4
-0,35
-0,35

(x1) (y1) (y1) (y1) (y1) (y1) (y1) (y1) (y1)


0,39

5,71°

y y y y y y y y
(x)

10°
-1,2
-0,4
-1,20
-0,40
-0,8
-0,6
-0,50
-0,50

(x2) (y2)
(y2) (y2) (y2) (y2) (y2) (y2) (y2)

x - x1

y = y1 +
[ x2 - x 1 [ * (y2 - y1 )

5,71° - 5°

EF = -0,90 +
( 10° - 5° ) * (-1,20 - (-0,90))

66
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0,71°

EF = -0,90 +
) 5° ) * -0,30

EG = -0,90 - 0,04

EG = -0,94

Repetindo o procedimento de interpolação

encontramos os outros valores, chegando na

tabela abaixo:

Valores de Ce para

θ α = 90° α = 0°
Altura

Relativa EF GH I J EG FH I J

5,71°
-0,94 -0,40 -0,94 -0,40 -0,80 -0,43 -0,37 -0,37

Distribuindo os valores em cada região da

cobertura, teremos os coeficientes de pressão

externa são utilizados para avaliar a pressão do

vento sobre a superfície:

VENTO 0° VENTO 90°

E
G
E
G

-0,80 -0,80 -0,94 -0,40

F
H
F
H

-0,43 -0,43 -0,94 -0,40

I
J
I
J

-0,31 -0,31 -0,94 -0,40

67
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Então seguimos a seguinte equação para


determinar a força atuante devido ao vento no
sentido 0°:

VT_0° = dterças.dpórticos.q. (Ce - Ci)

No nosso exemplo temos a distância das terças


(dterças) como 1,67m e distância entre pórticos
(dpórticos) como 5,0 m.

KN
.
VT0° = 1,67m . 5,0m . 0,40 m2 (-0,80 - 0,0)

. 0,40 KN

VT0° = 8,35m 2 . -0,80


m2

VT0° = -2,68 kN ou 268 kgf

As terças laterais, no começo e no final da


cobertura, possuem somente metade da área de
influência então vamos sempre dividir o valor
central encontrado por 2.

-2,68

VT_0°lateral = kN
2
VT0°lateral = -1,34 kn ou -134 kgf

68
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Também devemos lançar as forças de ventos

laterais devido ao impacto do vento frontal na

estrutura, que vão ser lançadas nos nós do

primeiro e último montante, simulando a abertura

da cobertura e usando o coeficiente externo das

paredes conforme a NBR 6123.

VT_0°montante = hmontante . d . q . (Ce - Ci)

esquerdo/direito inicial pór ticos

KN

. . .
VT_0°montante esquerdo/direito
= 0,75 5,0m 0,40 m2 (-0,80 - 0,0)

KN

. . .
VT_0°montante esquerdo/direito
= 0,75 5,0m 0,40 m2 (-0,80 - 0,0)

VT_0°montante esquerdo/direito
= -0,6 kN ou - 60 kgf

69
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VT_90° = dterças.dpórticos.q. (Ce - Ci)

Então tem-se que encontrar a força nos dois lados


da cobertura, conforme os coeficientes de cada
água, pois vamos simular a passagem do vento
lateral por cima da cobertura.

Continuando, conforme o nosso exemplo, temos a


distância das terças (dterças) como 1,67m e
distância entre pórticos (dpórticos) como 5,0 m.

kN

VT_90°esquerda = 1,67m. 5,0m . 0,40 m2 (-0,94 - 0,0)

. kN

.
VT_90°esquerda = 8,35 m 0,40 m2
2 -0,94

As terças laterais, no começo e no final da


cobertura, possuem somente metade da área de
influência então vamos sempre dividir o valor
central encontrado por 2.

VT_90°esquerda lateral = -3,14


kN
2
VT_90°esquerda lateral = -1,57 kN ou - 157 kgf

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Para a água da “direita” utiliza-se o coeficiente

“menor”, que representa o vento que já passou e foi

absorvido pela água “esquerda”, simulando a perda

de energia pelo impacto na parte de maior

exposição, conforme as equações abaixo:

KN

VT_90°direita = 1,67m. 5,0m . 0,40 . (-0,40 - 0,0)


m2

KN

VT_90°direita = 8,35m
2 . 0,40 . -0,40
m2

VT_90°direita = -1,34 kN ou 134 kgf

As terças laterais, no começo e no final da

cobertura, possuem somente metade da área de

influência então vamos sempre dividir o valor

central encontrado por 2.

-1,34

VT_90°direita lateral
= kN
2

VT_90°direita lateral
= -0,67 kN ou - 67 kgf

No nó central existe a transição entre as duas

águas, com isso tem-se a média entre a força da

água da “esquerda” mais a da “direita” divido por

dois, conforme as equações abaixo:

VT_90°central = (-3,14 + (-1,34))

VT_90°central = -2,24 kN ou -224 kgf

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Também devemos lançar as forças de ventos

laterais devido ao impacto do vento lateral na

estrutura, que vão ser lançadas nos nós do

primeiro e último montante, simulando a abertura

da cobertura, utilizando os coeficientes de parede

conforme a NBR 6123.

. . .
VT_90°montante_esquerda = hmontante inicial
dpór ticos q (Ce_parede_esquerda - Ci)

KN

. . .
VT_90°montante_esquerda = 0,75m 5,0m 0,40 m2 (-0,70 - 0,0)

KN

. . .
VT_90°montante_esquerda = 0,75m 5,0m 0,40 m2 (-0,70 - 0,0)

VT_90°montante_esquerda = 0,525 kN ou 52,5 kgf

VT_90°montante_direita = hmontante . d . q . (Ce - Ci)

inicial pór ticos _parede_direita

KN

. . .
VT_90°montante_direita = 0,75m 5,0m 0,40 m2(-0,40 - 0,0)

KN

. . .
VT_90°montante_direita = 0,75m 5,0m 0,40 m2(-0,40 - 0,0)

VT_90°montante_direita = 0,30 kN ou 30 kgf

72
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Em resumo, neste capítulo abordamos os


principais temas relacionados às cargas atuantes
nas estruturas metálicas, incluindo as cargas de
telhas, o peso próprio, as sobrecargas
características e o vento.

Foi destacado a importância de se realizar um


levantamento rigoroso e preciso dessas cargas, a
fim de garantir a segurança e a durabilidade da
estrutura.

Além disso, foi mencionada a norma NBR 6123,


que estabelece as diretrizes para o cálculo da força
de vento, e a NBR 8800, que trata da determinação
da sobrecarga característica.

Ao finalizarmos esse capítulo, ficou evidente que,


para garantir a qualidade do projeto, é essencial
realizar um levantamento minucioso de todas as
cargas que atuam na estrutura, levando em conta
as normas técnicas e as condições específicas do
local.

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COMO DIMENSIONAR

A ESTRUTURA?
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Neste capítulo, vamos abordar o dimensionamento


das estruturas, através do uso de softwares
automatizados para o dimensionamento de
estruturas metálicas.

Vamos ver como os programas permitem uma


especificação precisa dos perfis de estrutura, bem
como a análise dos esforços internos das barras.

A automação do processo de dimensionamento


ajuda a garantir que as estruturas estejam dentro
das normas e regulamentos, ao mesmo tempo em
que otimiza o tempo e a precisão dos cálculos.

Além disso, o uso de softwares modernos permite


aos projetistas, engenheiros e arquitetos uma
visualização tridimensional da estrutura, o que
facilita a identificação de possíveis problemas
antes da construção.

A conclusão deste capítulo, vamos discutir as


vantagens e desvantagens de utilizar softwares
automatizados na especificação de estruturas
metálicas, e como eles podem ser aplicados no dia
a dia dos profissionais da área.

75
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O USO DE SOFTWARES NOS ESCRITÓRIOS

DE ENGENHARIA E INDÚSTRIAS
O uso de softwares para o dimensionamento de
estruturas metálicas é cada vez mais comum em
projetos de engenharia e arquitetura.

Estes programas permitem uma avaliação mais


precisa e eficiente dos esforços internos nas barras
e na especificação dos perfis. Alguns exemplos
populares incluem o Ftool, DimPerfil, AutoMetal,
CPE3D, Strap, entre outros.

Estes softwares oferecem uma série de recursos,


como modelagem 3D, análise de elementos finitos,
simulação de cargas e esforços internos, além de
serem capazes de gerar relatórios e gráficos para
uma análise mais clara dos resultados.

Eles também são muito úteis para o cálculo de


conexões estruturais, o que pode ser feito de forma
automatizada, otimizando o tempo e a precisão do
projeto.
76
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Além disso, estes softwares permitem ao


projetista comparar diferentes opções de perfis
e conexões, o que pode levar a soluções mais
econômicas e eficientes.

Eles também ajudam a identificar problemas


estruturais precocemente, evitando possíveis
erros no projeto e na construção.

Em resumo, o uso de softwares para o


dimensionamento de estruturas metálicas é
uma ferramenta valiosa para projetistas,
engenheiros e arquitetos, que buscam aprimorar
seus projetos, aumentar a eficiência e garantir a
segurança da estrutura.

77
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AUTOMATIZAÇÃO DOS PROCESSOS


O uso de softwares automatizados para o
dimensionamento de estruturas metálicas tem se
tornado cada vez mais comum no setor da
engenharia de estruturas. Esses programas são
projetados para ajudar na otimização do tempo de
trabalho, garantir precisão nos cálculos e ajudar a
garantir que as estruturas sejam projetadas de
forma adequada e segura.

Os softwares permitem a automação do processo


de dimensionamento, o que significa que muitos
cálculos e verificações podem ser feitos
automaticamente, o que economiza tempo e
esforço. Além disso, os programas também
oferecem uma ampla variedade de recursos e
ferramentas, incluindo a especificação dos perfis e
o cálculo dos esforços internos das barras.
Esses programas são projetados para
atender a uma ampla variedade de
aplicações e necessidades, desde
projetos pequenos até projetos
complexos.

78
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Esses programas são projetados para atender a


uma ampla variedade de aplicações e
necessidades, desde projetos pequenos até
projetos complexos.

Embora os softwares tenham muitas vantagens,


também há algumas desvantagens a serem
consideradas. Por exemplo, o uso de softwares
requer conhecimento técnico e habilidades de
programação, e pode ser difícil para algumas
pessoas usarem com eficiência. Além disso, nem
todos os softwares são igualmente eficientes e
precisos, e é importante fazer uma pesquisa
cuidadosa antes de escolher um programa.

No entanto, é importante avaliar cuidadosamente


as vantagens e desvantagens antes de decidir se
um programa específico é adequado para as suas
necessidades.

Além disso, os softwares de dimensionamento


permitem que o projeto seja revisado com
facilidade, possibilitando a identificação de
possíveis erros ou omissões. A automação do
processo também ajuda a garantir a conformidade
com normas e regulamentos, já que os programas
são atualizados regularmente para incorporar
mudanças e melhorias nas normas de segurança e
projeto.
79
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No entanto, é importante notar que o uso


de softwares de dimensionamento não
substitui completamente a experiência e o
conhecimento humano. É necessário que
o projetista tenha compreensão profunda
do funcionamento do software e dos
cálculos por trás dele para que possa
interpretar corretamente os resultados e
fazer ajustes quando necessário.

A dependência excessiva em softwares


pode tornar o projetista menos habilidoso
em fazer cálculos manuais e compreender
as forças atuantes nas estruturas.

Por isso, é importante equilibrar o uso de


tecnologia com a formação técnica e o
conhecimento tradicional.

Lembrando sempre que é importante, que


seja utilizado de forma equilibrada com a
formação técnica e o conhecimento
tradicional para garantir resultados
confiáveis e seguros.

80
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QUAL SOFTWARE DEVO UTILIZAR?


O uso de softwares para dimensionamento de
estruturas metálicas também permite a
visualização tridimensional da estrutura. Isso pode
ajudar na compreensão mais clara da estrutura e
nas tomadas de decisão, especialmente em termos
de design.

Além disso, os softwares permitem a geração de


relatórios e memoriais de cálculo detalhados, que
podem ser usados para comprovação dos
cálculos. Isso também pode ajudar na transmissão
de informações claras e precisas para outras
equipes, como instaladores, fabricantes e
proprietários. Outra vantagem é a capacidade de
listagem de materiais, permitindo uma estimativa
mais precisa do custo da estrutura.

No entanto, é importante lembrar que, apesar de


todas as vantagens dos softwares, é importante
verificar a precisão dos dados e configurações de
entrada, pois isso pode afetar os resultados. Além
disso, nem todos os softwares são igualmente
eficientes e pode ser necessário experimentar
vários antes de encontrar o que melhor atenda às
suas necessidades. Mas em geral, o uso de
softwares para o dimensionamento de estruturas
metálicas pode ser uma grande vantagem para
garantir 81

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garantir a eficiência, precisão e qualidade do

projeto.

O uso de softwares para o dimensionamento de

estruturas metálicas também possibilita a geração

de relatórios detalhados sobre o projeto, incluindo

o dimensionamento de cada barra, verificações de

esforços internos, deformações e deflexões. Esses

relatórios são importantes para a verificação da

conformidade do projeto com as normas técnicas

e para documentar o processo de

dimensionamento da estrutura. Além disso, a

geração de listagem de materiais e memórias de

cálculo torna mais fácil a gestão do orçamento e a

identificação dos materiais necessários para a

construção da estrutura.

A visualização tridimensional da estrutura é outra

vantagem importante do uso de softwares. Isso

permite que o projetista visualize e teste diferentes

soluções de projeto antes da construção, o que

ajuda a identificar possíveis problemas e a otimizar

o projeto. Além disso, a visualização tridimensional

facilita a comunicação entre os envolvidos no

projeto, incluindo clientes, engenheiros e

construtores, e permite que eles tenham uma

compreensão clara da estrutura antes da

construção.

82
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No entanto, é importante lembrar que o


uso de softwares para o dimensionamento
de estruturas metálicas também tem
algumas desvantagens. Por exemplo, a
dependência excessiva de softwares pode
levar a erros no processo de
dimensionamento se o projetista não tiver
conhecimento adequado das normas
técnicas e do funcionamento do software.
Além disso, o investimento inicial em
licenças de softwares pode ser alto e pode
não ser viável para pequenos projetos ou
escritórios de engenharia.

Em conclusão, o uso de softwares para o


dimensionamento de estruturas metálicas
é uma ferramenta valiosa que pode ajudar
a otimizar o tempo de trabalho, aumentar a
precisão dos cálculos e a visualizar e
comunicar o projeto de forma clara. No
entanto, é importante ter conhecimento
adequado das normas técnicas e do
funcionamento dos softwares para
garantir que os resultados sejam
confiáveis e precisos.

83
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COMBINAÇÕES DAS AÇÕES E SEGURANÇA

NA ESTRUTURA
As combinações de estado limite último (ELU) são
uma parte importante do processo de verificação
dos esforços internos máximos nas barras de uma
estrutura metálica.

A combinação ELU representa as condições mais


adversas de carga que a estrutura pode enfrentar
durante sua vida útil, garantindo assim a sua
segurança e desempenho. É importante considerar
a combinação adequada de cargas para garantir
que as barras da estrutura estejam
adequadamente dimensionadas para suportar os
esforços internos máximos.

Para coberturas as combinações de ELU devem


incluir as cargas permanentes, sobrecargas e ,
cargas de vento. O uso de softwares de
dimensionamento de estruturas metálicas pode
ajudar a simplificar o processo de verificação das
combinações ELU e garantir a precisão dos
cálculos.

De acordo com a NBR 8681, as combinações de


estado limite último são essenciais para verificar
os esforços internos máximos nas barras de
estruturas metálicas. As principais ponderações e
as combinações estão listadas na tabela abaixo: 84
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as combinações estão listadas na tabela

abaixo:

COMBINAÇÃO PP SC -1 SC - 2 VT-0 VT-0

1 1,25 1,50

2 1,25 1,50

3 1,00 1,40

4 1,00 1,40

5 1,00 1,00 0,84

6 1,00 1,00 0,84

7 1,00 1,00 0,84

8 1,00 1,00 0,84

O objetivo é garantir que as estruturas


atendam às condições de segurança e
estabilidade necessárias para sua função.
Por meio da análise dessas combinações,
é possível determinar o dimensionamento
adequado das barras, otimizando o projeto
e evitando falha.

Alguns softwares como o Cype3D geram


as combinações de ELU automaticamente,
mas caso você utilize outro que não tenha,
basta inserir conforme a tabela anterior e
ainda se no seu caso, se quiser fazer o
levantamento dos esforços internos das
85
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das barras no software gratuito FTOOL, deverá


inserir os valores do capítulo anterior já majorados
conforme os estados limites últimos e para isso
basta substituir os valores na tabela de
combinações, multiplicando por seus fatores de
ponderação, lembrando de recalcular o peso
próprio estivado no levantamento de cargas
permanentes, considerando o peso próprio da
tesoura, terças, correntes, contraventamentos etc.

O peso próprio da tesoura pode ser estimado pela


fórmula de Pratt:
.
gt = 2,3 , (1 + 0,33 l)kgf / m 2

Onde (L) é o vão da tesoura.


.
gt = 2,3 , (1 + 0,33 20)kgf / m 2

kN
kN

gt = 17,5 m2 ou 0,17 m2

Em resumo as cargas de peso próprio, podem ser


consideradas como a tabela abaixo:
Telhas 0,04 kN/m² 4,0 kgf/m²
Terças 0,06 kN/m² 6,0 kgf/m²
Correntes e
0,01 kN/m² 1,0 kgf/m²
Contraventamento
Tesoura 0,17 kN/m² 17,5 kgf/m²

Total 0,28 kN/m² 28,5 kgf/m²

86
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Considerando os valores encontrados, recalcula-se


a carga de peso próprio e aplica no software
FTOOL, onde ele gerará os esforços internos das
barras e após isso você deverá elaborar uma
planilha com o esforço de cada barra, para cada
combinação.

Parece muito esforço, não é mesmo?

Sim, de fato realmente é muito esforço!

Por isso eu vou te mostrar a metodologia


automatizada de geração de esforços internos e
combinados das barras, através do software
Cype3d na próxima etapa.

EXEMPLO PRÁTICO
Primeiramente por que não dimensionar estruturas
na mão? Usando lápis e papel?

Se você quiser aprender, para praticar é valido,


mas na vida profissional não compensa, pois para
calcular os esforços de todas as barras e com
precisão, sem nenhum auxilio de automatização
você levaria dias para conseguir concluir. E hoje em
dia as variações de vão, altura e testes que você
poderia fazer, inviabilizam esse processo,
principalmente com os prazos de entrega que

87
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atualmente os clientes tem exigido.

Então vamos ver como podemos ter os resultados

do dimensionamento da tesoura analisada

conforme um dos softwares comerciais

encontrados no mercado, Metálicas Cype 3D, de

maneira prática e automatizada seguindo os

passos que utilizamos aqui no nosso livro.

O primeiro passo é definir a concepção estrutural e

modelar a nossa tesoura no software conforme a

imagem abaixo:

Para você ter uma ideia de como é poderoso o

método automatizado junto com um software, já fiz

a simulação de três posições de diagonais e

poderemos ter a análise conjunta dos três modelos

e ver qual será mais eficiente para o nosso cliente.

88
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E após todas as cargas incluídas conforme as

hipóteses que abordamos anteriormente, o

software automaticamente calcula todos os

esforços internos nas barras e já verifica se o perfil

escolhido previamente resistirá aos esforços

solicitantes em estado limite último.

Conforme as normas técnicas de

dimensionamento de estruturas metálicas, as

solicitantes devem ser menores que as

resistências das peças, onde as solicitantes são

majoradas pelas combinações e as resistências

são minoradas pelos coeficientes de ponderação

da resistência.

Após calculada a estrutura, o software

imediatamente, após poucos segundos

processando, entrega o resultado:

89
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Conforme a imagem acima, as barras vermelhas

são as que não passaram no cálculo, ou seja a sua

resistência para a combinação de maior esforço

interno não atende a essa solicitação.

Com isso devemos substituir a largura ou

espessura da peça, conforme as possibilidades de

fabricação das peças.

Podemos agora também verificar em qual

combinação foi obtida a solicitação máxima em

estado limite último e o programa ainda gera um

relatório de todas as análises realizadas.

90
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Podemos ver que na barra selecionada a

solicitação máxima foi na compressão e na

combinação de 1.25 PP + 1.5 SC.

Após a análise, basta clicar na barra e verificar

quais são as possibilidades de substituição que

atenderão as solicitações máximas.

91
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Podemos ver que na barra selecionada a

solicitação máxima foi na compressão e na

combinação de 1.25 PP + 1.5 SC.

Após a análise, basta clicar na barra e verificar

quais são as possibilidades de substituição que

atenderão as solicitações máximas.

No exemplo o perfil inicial selecionado foi um

U100 x 40 x 2.00 que está com a resistência em

166,11% então poderíamos substituir pelo perfil

92
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U100 x 40 x 3.35 ou ainda poderíamos


verificar outros perfis com almas diferentes
que poderiam atender com uma espessura
menor.

E entramos na etapa de otimização, onde


podemos substituir as barras que não
atendem as solicitações e alterar as barras
internas dos montantes e diagonais para
encaixarem dentro dos banzos inferiores e
superiores.

Podendo criar os perfis que forem


necessários, conforme a lista do fornecedor
ou personalizado caso você consiga realizar
o processo de corte e dobra.

E entramos na etapa de otimização, onde


podemos substituir as barras que não
atendem as solicitações e alterar as barras
internas dos montantes e diagonais para
encaixarem dentro dos banzos inferiores e
superiores.

Podendo criar os perfis que forem


necessários, conforme a lista do fornecedor
ou personalizado caso você consiga realizar
o processo de corte e dobra.

93
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Vamos comparar o peso da estrutura usando os

banzos com dois tamanhos diferentes de perfis,

buscando a estrutura mais leve e otimizada. Para

isso vamos utilizar a grande vantagem do software,

podendo assim, rapidamente copiar e alterar a

estrutura, obtendo-se os dois resultados conforme

as imagens abaixo:

Banzos com perfil U127x 50 x 2.65:

94
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Tabela Resumo

Material Comprimento Volume Peso

Tipo Designação Perfil


Série
Material
Perfil
Série
Material
Perfil
Série
Material

Série Perfil (m) (m) (m) (m3) (m3) (m3) (kg) (kg) (kg)

Aço

A - 36 40.100
106.305 106.305 0.023 0.049 0.049 182.68
383.67 383.67
dobrado
. 66.205 200.99
U127X50X2 66
0.026

U .
U120X40X2 00

Banzos com perfil U100 x 40 x 3.35:

Tabela Resumo

Material Comprimento Volume Peso

Tipo Designação Perfil


Série
Material
Perfil
Série
Material
Perfil
Série
Material

Série Perfil (m) (m) (m) (m3) (m3) (m3) (kg) (kg) (kg)

Aço

A - 36 40.100
106.305 106.305 0.023 0.044 0.044 178.09
343.74 343.74
dobrado
. 66.205 165.65
U100X40X3 35
0.026

U .
U90X38X2 00

Observa-se nas tabelas acima que, mesmo

utilizando um perfil de maior espessura, obteve-se

uma tesoura 40kg mais leve, podendo gerar uma

economia de material, mesmo que aos olhos do

leigo esse perfil do banzo sendo mais “pesado”.

Então antes de finalizar um orçamento ou projeto é

sempre interessante, realizar algumas simulações

para buscar a estrutura mais leve para o cliente.

95
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Claro que temos a questão de possibilidade de

fornecimento da espessura de 3.35, que não é

comum de todos os fornecedores ou regiões, mas

com essa análise você terá um material

dimensionado corretamente para entregar para seu

cliente.

Por fim ainda podemos observar que o peso de

340 kg por tesoura, divido pelo vão de 20m é de

17kg/m conforme a fórmula que estima o peso da

estrutura.

Lembrando que foi considerado para uma região

com ação do vento de 30 m/s e outras regiões com

índice maior, obteremos estruturas mais pesadas.

96
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CONCLUSÃO
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Neste livro, abordamos os principais conceitos de


estruturas metálicas, desde a sua história até os
processos mais modernos de dimensionamento e
análise.

Discutimos a escolha dos materiais, os tipos de


estruturas, os sistemas de conexão e as ações
atuantes nas estruturas, com destaque para as
cargas de peso próprio, sobrecargas e forças de
vento. Também falamos sobre o uso de softwares
automatizados para o dimensionamento e
especificação dos perfis, bem como as
combinações de estado limite último para a
verificação dos esforços internos máximos nas
barras.

Ao longo do livro, ressaltamos a importância da


normatização na área, em especial as normas
brasileiras que regem o projeto, execução e
manutenção de estruturas metálicas. Dentre elas,
destacamos a NBR 8800 - Projeto e execução de
estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e
concreto de edifícios, a NBR 6120 - Cargas para o
cálculo de estruturas de edificações e a NBR 6123 -
Forças devidas ao vento em edificações.

Foi possível observar que a escolha correta dos


perfis e conexões, bem como a correta análise das
cargas e combinações, são fundamentais para
garantir 98
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garantir a segurança e a durabilidade das

estruturas metálicas. Além disso, o uso de

softwares automatizados pode ajudar a

otimizar o tempo de trabalho e a precisão dos

cálculos, permitindo uma melhor visualização

tridimensional da estrutura, geração de

relatórios, memoriais de cálculo e listagem de

materiais.

No entanto, é importante destacar que,

mesmo com a automação do processo de

dimensionamento, ainda é fundamental que

os profissionais envolvidos tenham

conhecimento técnico aprofundado na área, a

fim de garantir a qualidade e segurança da

estrutura.

Além disso, ao longo do livro também foi

apresentado o processo de dimensionamento

de estruturas metálicas, incluindo o

levantamento de cargas atuantes, o cálculo

de esforços internos nas barras, e a

verificação de estados limites. Foi discutido o

uso de softwares automatizados para auxiliar

nesse processo, e apresentadas diversas

opções disponíveis no mercado.

Outro aspecto importante abordado no livro

foi a importância da segurança e da

qualidade nas estruturas metálicas.


99
Licensed to Alberto Pires De Carvalho Neto - apcneto@yahoo.com.br - 783.012.035-87

qualidade nas estruturas metálicas.

Foi enfatizada a necessidade de seguir as normas

e padrões técnicos, bem como a importância de

realizar testes e inspeções para garantir a

integridade das estruturas.

Por fim, é importante destacar que este livro não

esgota todos os assuntos relacionados às

estruturas metálicas. Existem muitos outros temas

relevantes, como a análise de vibrações, o

dimensionamento de ligações e o projeto de

estruturas mistas, que podem ser aprofundados

em outros estudos.

Em resumo, este livro teve como objetivo

apresentar os conceitos básicos de estruturas

metálicas, desde a escolha do material até o

dimensionamento das barras.

Esperamos ter contribuído para o aprimoramento

do conhecimento dos profissionais que atuam na

área, bem como para a formação de novos

engenheiros e estudantes que se interessam pelo

tema.

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Licensed to Alberto Pires De Carvalho Neto - apcneto@yahoo.com.br - 783.012.035-87

Foi enfatizada a necessidade de seguir as normas


e padrões técnicos, bem como a importância de
realizar testes e inspeções para garantir a
integridade das estruturas.

Por fim, é importante destacar que este livro não


esgota todos os assuntos relacionados às
estruturas metálicas. Existem muitos outros temas
relevantes, como a análise de vibrações, o
dimensionamento de ligações e o projeto de
estruturas mistas, que podem ser aprofundados
em outros estudos.

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