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Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria,
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a
emissão de conceitos.
SISTEMAS ESTRUTURAIS
PROF. PEDRO HENRIQUE MARTINEZ
SUMÁRIO
AULA 01 REVISÃO DE CONCEITOS BÁSICOS 05
INTRODUÇÃO
Nesta disciplina vamos trabalhar com estruturas hiperestáticas. Sim aquelas que
contêm mais vinculações do que as mínimas necessárias. Isto é de extrema importância,
pois muitos dos projetos estruturais são feitos com base nesses sistemas.
Por mais que utilizamos softwares no nosso dia a dia, o engenheiro tem que ter
muita noção sobre os fenômenos que podem acontecer nesses sistemas.
Aqui vai um conselho, vá até a aula 16 do livro e comece estudando e baixando o
software FTOOL. Ele vai lhe auxiliar durante muitas das aulas.
Sobre a disciplina em si, neste livro vou desenvolver exercícios passo a passo.
Porém, vá além e depois de entendido o esquema de solução busque mais exercícios,
mais utilizações e pratique.
Se seguir estes conselhos tirará grande proveito do livro.
AULA 1
REVISÃO DE
CONCEITOS BÁSICOS
Começaremos aqui um curso que dará a vocês alunos ferramentas para lidar com
problemas mais complexos do que os que foram apresentados até agora. É claro que
este “dará” é apenas uma expressão, você terá que estudar para adquirir de forma
satisfatória os conhecimentos apresentados aqui.
É claro que eu farei o possível para traduzir este conhecimento de uma maneira
que seja agradável e fácil de entender. Em relação ao caminho a seguir, aconselho a
seguinte ordem.
Acima está o caminho mais aconselhável possível para conseguir ter um bom
aprendizado. Você deve estar se perguntando a respeito das fontes. Vou listar aqui
as fontes que eu particularmente gosto e que utilizei para escrever este texto. Não há
necessidade de seguir as mesmas fontes que eu existem inúmeros livros excelentes.
Apenas escolha alguma bibliografia que se identifique mais.
Agora que já sabem como estudar e onde procurar, vamos ao que interessa. Em
cada subitem abaixo terá um tema que deverá ser revisado antes de prosseguir com
a leitura das próximas aulas. Nos subitens abaixo estará apenas um breve resumo
sobre os tópicos é necessário que faça uma revisão mais completa nos materiais
relativos a cálculo estrutural de disciplinas anteriores.
1.1 Vinculações
Este primeiro item é fácil, porém é muito importante. Como já sabem, as estruturas
são vinculadas. Isto significa que existem regiões nelas atuantes como limitadores
de movimento. No caso da engenharia civil podemos nos referir às fundações. Elas
podem impedir rotações e translações. De forma mais simples, elas podem impedir
que a estrutura de um prédio não saia andando por aí e nem tombe. Portanto, as
vinculações reagem aos esforços que chegam até elas.
Neste tópico vamos relembrar quais as simbologias e o que as vinculações fazem.
Vamos começar com as possíveis movimentações de um corpo no espaço. A Figura 1
representa essas movimentações levando em consideração três dimensões. Na Figura
1 temos três eixos e todas as movimentações possíveis em linha reta que podem ser
realizadas como uma composição desses movimentos. Além disso, de forma análoga
temos três rotações. Um total de 6 graus de liberdade.
Podemos usar o apoio móvel para identificar que em uma região da nossa estrutura
uma das translações estará impedida e a outra estará livre. No caso da Figura 2 a
movimentação em x está livre e em z está restringida. Esta vinculação não restringe
possíveis giros.
Podemos usar o apoio fixo para identificar uma região da nossa estrutura em que
não será possível nenhum tipo de translação. A nossa estrutura neste ponto não
poderá se movimentar na vertical e nem na horizontal. Porém poderá girar neste ponto.
Figura 4 - Engaste
Fonte: Martinez (2020)
Por fim temos o engaste. Este vínculo impede todos os movimentos possíveis em
uma estrutura. Com estes símbolos podemos idealizar as estruturas das Figuras 5,
6 e 7.
Em um curso anterior vimos como identificar em qual caso estamos. Isto deve ser
revisto também. Mas podemos dar um exemplo bem simples para identificarmos
em qual situações estamos. Na Figura 8 está representado um possível projeto. A
questão é: “ Podemos projetar algo deste tipo?”.
A resposta é não, pois a estrutura acima é hipostática. Como o apoio fixo impede
apenas translações, a barra vai girar em torno do símbolo do apoio fixo e simplesmente
cair.
A solução para este projeto é trocar o apoio fixo por um engaste, pois ele vai
impedir translações e giros. No plano (duas dimensões) precisamos travar no mínimo
movimentações na horizontal, vertical e possíveis giros. O engaste faz tudo isso. Na
Figura 9 temos a correção do projeto apresentado pela Figura 8. A estrutura da Figura
9 é isostática.
https://www.abcem.org.br/construmetal/2012/arquivos/Cont-tecnicas/
apresentacoes/31_FALHAS-E-PATOLOGIAS-NAS-ESTRUTURAS-METALICAS.pdf
AULA 2
ENERGIA DE DEFORMAÇÃO
Começaremos nesta aula a definir alguns conceitos muito úteis para o cálculo de
estruturas hiperestáticas. Vamos começar com a energia de deformação. Sim, iremos
trabalhar com alguns conceitos da física.
Na física básica existe o princípio geral da conservação de energia. Se você lembrar,
já deve ter resolvido vários exercícios sobre o assunto. Em muitos casos iguala-se a
energia cinética em um ponto com a energia potencial gravitacional em outro ponto
para chegar a alguns resultados do problema. Além da energia cinética e potencial foi
usado também anteriormente em seu curso a ideia do trabalho que uma força exerce.
É muito bom ir puxando em nossa memória estas ideias, pois vamos pensar em
formas análogas de utilização das mesmas para as nossas estruturas. Esta aula será
para transportar para a realidade das estruturas os conceitos de energia.
Tensão de cisalhamento
Relembrado o tema acima podemos ir para a Figura 10. Nela temos um cubo
infinitesimal, podemos pensar em um pequeno ponto em nossa estrutura formado
pelos lados dx, dy e dz. Se em um projeto uma barra sofre uma tração, podemos
pensar em cada um dos pontos internos desta barra. Cada um dos pontos internos
vai sofrer a tração em termos de tensão normal conforme a própria Figura 10.
Sendo
A última parcela é diferente das demais porque ela é referente à tensão de cisalhamento
e a sua respectiva deformação. A deformação referente à tensão de cisalhamento é
uma distorção ou deformação angular e por isso utiliza-se a letra .
Para fazer uma aplicação do que foi descrito acima precisamos primeiramente
modificar as expressões acima utilizando os conhecimentos adquiridos em disciplinas
anteriores. Percebam como utilizamos tudo o que foi ensinado a vocês até agora no
decorrer de todo o curso.
Vamos transformar as integrais em termos da área e ao longo da barra. Por que
fazemos isso? Porque nossas estruturas são compostas de barras e deixar tudo em
função do comprimento de cada barra é mais adequado. A nossa equação ficará da
seguinte forma.
Só falta resolver cada uma dessas parcelas. Na Figura 11 temos cada uma dessas
soluções. Nela N é o esforço normal, M é o momento fletor e Q é o esforço cortante.
Por extenso significa que o trabalho realizado pelas forças externas quando a
estrutura se deforma é igual à energia de deformação elástica armazenada na estrutura.
Então, essa formulação serve para tudo? Do jeito que foi idealizada não. Temos
que levar em consideração as seguintes hipóteses.
Você pode estar pensando que limitou demais, porém é possível resolver muitos
projetos com estas hipóteses. Nas Figuras 12 e 13 temos a aplicação dessas equações
em um exemplo muito simples, no qual desejamos conhecer o deslocamento vertical
máximo da estrutura em um determinado ponto.
Figura 12 - Estrutura do exemplo com o gráfico do momento fletor e a relação do trabalho externo.
Fonte: Martha (2020)
AULA 3
PRINCÍPIO DOS
TRABALHOS VIRTUAIS
Na aula de hoje vamos acabar com a limitação apresentada acima. O que é muito bom
e nos dará a possibilidade de resolver exercícios diversos. É claro que estamos falando
aqui de estruturas hiperestáticas. As isostáticas já foram trabalhadas anteriormente.
Na aula anterior vimos basicamente que existe uma relação entre a força aplicada
externamente (sistema de forças externas) e a deformação final da estrutura
(configuração deformada). Isto faz muito sentido, é claro.
Porém, é possível “separar” essas duas situações. A questão é como? Em primeiro
lugar não vai mais ser estabelecido a relação de causa e efeito entre as forças e as
deformações, porém vai ser respeitado o equilíbrio da estrutura e a compatibilidade
entre deslocamentos e deformações.
A combinação do que foi dito acima resulta no princípio dos trabalhos virtuais
(PTV). Agora vamos às formulações.
Acima temos que o trabalho externo realizado é igual à energia interna da estrutura.
Até agora igual à aula anterior.
Se abrirmos a fórmula acima ficaremos com a seguinte sentença.
Temos a somatória das forças (Fa) vezes os deslocamentos (Db), isto nada mais é
que a somatória dos trabalhos externos. Do outro lado temos a energia de deformação
interna da estrutura.
O que vamos fazer é compatibilizar as forças externas com as tensões internas e
os deslocamentos externos com as deformações internas da estrutura. De uma forma
mais simples seria manter o sistema em equilíbrio devido às forças e tensões e os
deslocamentos e deformações compatíveis.
Em resumo o que vamos fazer (repetindo) é retirar a causa e efeito do sistema, as
deformações e forças não serão consequências uma das outras. Por causa disso surge
o nome virtual, pois este processo tem mais a ver com a matemática do problema
do que com a física da situação. Neste caso, chamamos de trabalho virtual e energia
de deformação virtual.
Agora vamos expressar em termos de relações matemáticas o que foi descrito acima.
Agora que possuímos um norte para onde vamos, podemos trabalhar melhor
em cima do conceito de forças virtuais. Basicamente, vamos impor condições de
compatibilidade para estruturas em situações deformadas que facilitam o cálculo
de estruturas hiperestáticas. Porém, vamos começar com algo mais simples. Para o
exemplo vamos usar Figura 14 abaixo.
O que queremos ?
Queremos calcular o deslocamento D2 devido a uma força P1 no centro de uma viga
biapoiada conforme o esquema à esquerda da Figura 14. Temos que entender aqui que
esta é uma situação real de projeto, ou seja, é o que vai realmente acontecer na prática.
O que vamos fazer é utilizar o princípio das forças virtuais para encontrar uma
situação que nos dê a mesma resposta naquele ponto onde desejamos encontrar
o deslocamento D2. Podemos fazer melhor ainda, deixar P2 igual a 1 e depois fazer
a proporção necessária equivalente ao sistema real em termos de momento fletor.
Agora que fizemos a equivalência vamos aos cálculos necessários.
A conclusão aqui é que o princípio das forças virtuais nos permite calcular os
deslocamentos e rotações de forma generalizada. As cargas na estrutura podem ser de
qualquer tipo e quantidades, pois vamos estabelecer uma equivalência com um sistema
virtual de baixa complexidade para extrairmos as respostas necessárias do problema.
As respostas podem ser deslocamentos e rotações em qualquer ponto da estrutura.
Percebam que a ferramenta apresentada aqui é poderosíssima e será aplicada com
frequência durante este curso.
Na prática muito dos métodos energéticos são utilizados para resolver problemas
de forma aproximada numericamente.
AULA 4
APROFUNDAMENTO TEÓRICO
Nesta aula vamos nos dedicar um pouco a alguns nomes importantes que
desenvolveram teoremas muito úteis para a resolução de problemas hiperestáticos.
Cada um desses personagens nos deram contribuições teóricas que nos capacitam a
transformar um sistema com maior complexidade em sistema de menor complexidade.
Estamos nos referindo aos:
• Teorema de Betti
• Teorema de Maxwell
• Teoremas de Castigliano
A expressão que está logo acima indica o teorema de Betti. A tradução do teorema
acima no diz que:
Temos que lembrar aqui que o esforço pode ser uma força ou um momento. Podemos
usar a Figura 16 para exemplificar a relação acima.
Por fim, estamos no último tópico. Neste tópico falaremos um pouco de derivadas.
Sim, isso mesmo, as derivadas do cálculo diferencial e integral. Mas fique tranquilo
é coisa simples.
Temos que compreender duas situações básicas que já foram referenciadas nesta
disciplina.
AULA 5
INTRODUÇÃO AO
MÉTODO DAS FORÇAS
Nesta aula vamos fazer uma abordagem teórica sobre o método das forças utilizando
todos os conhecimentos adquiridos até agora. Em resumo sabemos pelos métodos
energéticos apresentados que podemos criar casos virtuais em uma estrutura.
Esses casos virtuais são casos que não estão acontecendo de fato ali, mas que no
final das resoluções e compatibilização de esforços vão nos ajudar para chegarmos
a resolução final do nosso problema.
O nosso problema aqui será sempre um caso hiperestático. Vamos fazer uma breve
revisão sobre o tema. Primeiro, o que é uma estrutura isostática?
Uma estrutura isostática é uma estrutura que possui um número mínimo de
vinculações (apoios e engastes) que a deixam em equilíbrio estático. Em termos de
formulações conseguimos resolver o problema apenas aplicando as equações básicas
da estática.
As equações acima foram usadas exaustivamente por você durante o curso. Porém,
não dá para resolver todas as estruturas dessa forma. Vamos a uma situação.
Em termos gerais, na Figura 18 temos três travamentos. Dois travamentos no
apoio fixo da esquerda e um travamento no apoio móvel da direita. Como o esquema
estático é muito simples (viga biapoiada) sabemos que esses três travamentos fazem
com que ela seja isostática. Leia mais sobre o assunto na aula 1.
• Se tirarmos um apoio móvel, vamos colocar uma força no lugar que terá uma
intensidade, direção e sentido que anule o deslocamento vertical ali. De outra
forma esta força será equivalente ao apoio que tiramos.
• Se rotularmos em um determinado ponto, vamos colocar um momento ali que
também anule o deslocamento e funcione como o vínculo retirado.
Depois de escolher quais vínculos serão retirados para formar um problema isostático
o próximo passo será montar um sistema de compatibilidade entre as situações
geradas.
Para ficar claro, vamos ao exemplo da Figura 22. Na Figura 22 o primeiro esquema
estático é o real, ou seja, é o que você realmente tem para resolver no seu projeto,
por exemplo.
O segundo caso de cima para baixo chamamos de principal, ou seja, é o caso
isostático a partir da retirada de vínculos ou da aplicação de rótulas. No nosso caso
foi escolhido colocar rótulas.
O caso 1 e 2 também são isostáticos, porém neles são aplicados esforços unitários
( igual a 1) equivalente ao vínculo retirado. No nosso caso rotulamos a estrutura então
o esforço unitário é igual a um momento de valor 1.
ANOTE ISSO
Separar os casos é de extrema importância para o método. Por esta razão, atenção
dobrada nesta parte.
Qual é o objetivo aqui? O objetivo é fazer uma combinação entre o sistema principal,
o caso 1 e o caso 2 de tal forma que chegaremos aos valores do sistema real.
Isto só é possível de fazer por causa das demonstrações das aulas passadas a
respeito da possibilidade de trabalhar com sistemas virtuais.
Tanto o caso principal, quanto o caso 1 e o caso 2 são isostáticos e portanto, o
próximo passo é encontrar os diagramas de momento de cada um deles da maneira
que você já conhece. Fazendo as somatórias de forças e momentos passo a passo
como nas disciplinas anteriores.
Na Figura 23 temos como exemplo todos os diagramas, do caso real, do principal,
do caso 1 e do caso 2.
Baseado no princípio dos trabalhos virtuais o objetivo será montar um sistema
de equações que combinarão o caso principal, com o caso 1 e com o caso 2 para
chegarmos na situação real.
Tudo isto que foi falado acima é um resumo de como funciona o método das forças.
Nas aulas que se seguem, vamos fazer um passo a passo em cima de um exemplo
para que você entenda todo o procedimento.
AULA 6
MÉTODO DAS FORÇAS PARTE 1
Começaremos esta aula com um caso prático. O que fizermos aqui em termos de
roteiro você poderá usar para exercícios diferentes. Vamos usar a situação da aula
passada. Como você já conhece o primeiro passo começaremos a nossa resolução
do problema a partir da Figura 24 e 25. Vamos considerar o módulo de elasticidade
E e o momento de inércia I igual em toda a viga.
Traduzindo a fórmula acima. O esforço final será dado pelo esforço do caso principal
mais a somatória dos esforços de cada caso vezes o coeficiente X encontrado.
ANOTE ISSO
ANOTE ISSO
Agora que já sabemos o que será feito vamos começar nesta aula combinando os
diagramas. Vamos utilizar como ferramenta a Tabela de Kurt Beyer. A Figura 27 é a
representação da tabela.
Dito tudo isso podemos fazer as combinações usando a tabela de Kurt Beyer. A
combinação irei demonstrar passo a passo, o restante segue o mesmo raciocínio.
A combinação é a combinação entre uma parábola e um triângulo, porém os
dois possuem sentidos contrários, isto significa que a combinação será negativa. Pela
tabela de Kurt Beyer utilizaremos o caso demonstrado na Figura 28. Os valores da
fórmula abaixo foram retirados das Figuras 27 e 28. Sendo E o módulo de elasticidade
do trecho e I o momento de inércia do trecho. Não há uma terceira parcela, pois no
último trecho o caso 1 vale zero (sem diagrama)
AULA 7
MÉTODO DAS FORÇAS PARTE 2
Na aula passada caminhamos bastante com o método das forças e agora falta a
finalização do mesmo. Vamos fazer um resuminho e apresentar os cálculos finais.
Na Figura 30 temos os dados iniciais do problema e como transformamos tudo em
isostático.
É interessante que você como aluno treine encontrar as reações de apoio em cada
uma das estruturas manualmente.
Depois de encontrar as reações de apoio nos casos isostáticos criados deve ser feito
as combinações conforme a seguinte fórmula que já foi apresentada na aula passada.
ANOTE ISSO
Saber fazer os diagramas é fundamental para a resolução dos problemas, por esta
razão preste muita atenção nas aulas gravadas. O assunto será comentado lá.
AULA 8
MÉTODO DAS FORÇAS PARTE 3
Nesta aula vamos nos dedicar a resolver um problema de pórtico pelo método das
forças. O pórtico será o da Figura 37.
Outra aplicação para pórticos pode ser encontrada neste link https://www.youtube.
com/watch?v=_kV29ZIY5RM
AULA 9
MÉTODO DAS FORÇAS PARTE 4
Para finalizar o método das forças vamos encerrar o exercício da aula passada.
Em resumo temos os esquemas estáticos da Figura 45.
Em resumo ficamos com as seguintes reações de apoio. Aqui vale uma observação.
Os valores podem sofrer pequenas variações devido a arredondamentos. Na Figura 49
temos a representação das reações de apoio no esquema estático real do problema.
A partir das reações acima e do carregamento real basta seguir a lógica de desenhar
os diagramas. Lembrando que aqui serão três diagramas. Diagrama de esforço normal,
diagrama de esforço cortante e diagrama de momento fletor.
O diagrama de esforço normal está representado na Figura 50, o diagrama de
esforço cortante está representado na Figura 51 e o diagrama de momento fletor
está representado na Figura 52.
O método das forças também pode ser utilizado para calcular esforços
causados por deslocamentos externos conforme link https://www.youtube.com/
watch?v=fAjihMi-7ns&t=2828s
AULA 10
MÉTODO DOS
DESLOCAMENTOS PARTE 1
Nesta aula vamos apresentar um novo método para resolver problemas hiperestáticos.
O método dos deslocamentos. Para entendermos ele de maneira simples pensem o
seguinte.
No método das forças nós trabalhamos com um sistema de forças que nos geram
as equações necessárias para resolver o nosso esquema estático. Aqui no método
dos deslocamentos nós vamos trabalhar com um sistema de deslocamentos para
conseguir essas informações. Mais especificamente, aqui nós iremos trabalhar com
os giros em uma estrutura.
Como vocês alunos já conseguiram entender bem o método anterior, aqui
explicaremos ele no decorrer de um exercício.
O exercício que vamos fazer aqui como exemplo será o da Figura 53.
O primeiro passo aqui consiste em aplicar uma chapa no encontro entre barras. No
caso do exercício consideramos a posição intermediária. Essa chapa gerará no ponto
o que chamamos de engastamento perfeito. Na Figura 54 temos a representação
do esquema.
(Momento no engaste da
barra 1)
(Momento no engaste
da barra 2)
Fizemos todas as reações pela tabela o diagrama de momento de cada uma das
barras está representado na Figura 57. Pequenas variações dos valores é por questão
de arredondamentos.
AULA 11
MÉTODO DOS
DESLOCAMENTOS PARTE 2
Continuaremos agora a resolução do nosso problema. Para isto ficar claro vamos
a um pequeno resumo dos passos realizados. O primeiro passo consiste em ter os
dados do nosso problema conforme Figura 61.
Seguimos pelas tabelas, pois a solução será encontrada de forma mais fácil. Quais
os dados que me interessam? Simples, os momentos fletores e as reações de apoio.
Pois nesta aula nós vamos combiná-los para encontrarmos as respostas finais.
As informações que precisamos extrair dessa rotação são as mesmas obtidas no terceiro
passo. Precisamos dos momentos gerados e das reações. Como resolver manualmente
esse problema é um pouco complexo, também utilizamos o auxílio das tabelas das aulas
anteriores. Feito tudo isso chegamos até a etapa final do problema que consiste em
resolver o seguinte sistema linear. Neste caso temos apenas uma equação.
Agora vamos às proporções que nos dão a resposta final das reações. Mas primeiro
abaixo colocaremos um resumo dos dados encontrados na aula anterior.
Com as reações encontradas não existe mais mistério, temos apenas que encontrar
o diagrama de esforço cortante e o diagrama de momento fletor da estrutura.
Na Figura 66 temos a representação do diagrama de esforço Cortante do problema.
AULA 12
MÉTODO DOS
DESLOCAMENTOS PARTE 3
Nesta aula vamos resolver um pórtico pelo método dos deslocamentos. O pórtico que
será resolvido é o da Figura 68. Neste exercício o módulo de elasticidade e o momento
de inércia são iguais para as duas barras. Entenda que se eles forem diferentes basta
colocar seus valores nas fórmulas.
Os passos são iguais aos das aulas anteriores. Vamos aplicar uma chapa na estrutura
em um lugar estratégico conforme a Figura 69.
A partir desse esquema vamos criar duas situações, uma com os engastes
representada pela Figura 70 e a outra com os giros representada pela Figura 71.
AULA 13
MÉTODO DE CROSS
Este será o último método estudado por nós para resolver sistemas hiperestáticos.
Ele é chamado de Cross, pois foi um matemático alemão que desenvolveu este método.
O método é bem simples e funciona como um algoritmo de computador. São vários
procedimentos iterativos sucessivos até encontrarmos a resposta correta. De certa
forma ele é muito parecido com alguns procedimentos anteriores.
Por exemplo, suponha o esquema estático real da Figura 77. Para resolvermos
este sistema por Cross devemos primeiramente aplicar um engaste nas vinculações
intermediárias. No caso da Figura 77 o resultado disso é formar dois esquemas
hiperestáticos que nós já aprendemos a lidar por meio de tabelas. Inclusive demos o
nome engastamento perfeito.
Portanto quando realizamos este processo usaremos este dado inicial dos momentos
adquiridos pelas tabelas das aulas passadas.
A partir disso Cross teve a seguinte ideia a respeito dos giros representados pela
Figura 78.
Quando a viga da Figura 78 está em equilíbrio, o giro existe e é igual tanto para o
tramo AB quanto para o tramo BC. Isto ocorre porque neste caso a viga é contínua.
Dessa forma podemos escrever.
Vale lembrar que “l” é o vão da viga. Como vimos devemos distribuir levando
em consideração a rigidez de cada um dos trechos. Para fazer isso de forma mais
simples vamos calcular um coeficiente de distribuição dado pela seguinte equação
em relação ao esquema da Figura 80.
As equações estão explícitas logo abaixo. Sendo D o coeficiente de distribuição.
AULA 14
EXERCÍCIO CROSS
Podemos desprezar a parcela EI, pois como vimos na aula passada se a rigidez
não mudar ela não influenciará.
ANOTE ISSO
AULA 15
TÓPICOS ESPECIAIS
Nas últimas aulas nos dedicamos a resolver estruturas hiperestáticas pelos seguintes
métodos.
Até aqui nada demais, porém podemos pensar que isto de fato não é o que acontece
com a estrutura. Como assim? Para que você entenda bem vamos olhar a Figura 92 e
recalcular o mesmo momento fletor levando em consideração a situação deformada
da estrutura.
Você como projetista tem que saber bem as condições do seu projeto e buscar os
dados dos pesos na norma acima.
Outra norma importante é a da combinação das ações, a NBR 8681:2003. Ela serve
para sabermos como vamos aumentar o carregamento existente em uma estrutura. Por
que fazemos isso? Simples, se sabemos que em cima de uma laje existe a chance do
carregamento chegar a 100kN, se projetarmos a mesma para resistir apenas 100kN,
quando o carregamento chegar neste valor a laje vai romper. Portanto devemos projetar
uma estrutura para ela resistir mais que o carregamento possível de acontecer.
Vou listar aqui uma série de normas interessantes que um projetista deve se atentar.
AULA 16
USO DE SOFTWARE (FTOOL)
Nesta última aula vamos focar na utilização de um software muito útil que nos dá
todas as informações que foram calculadas no decorrer do curso. Além do software
servir para conferir exercícios é possível utilizá-lo como auxílio para projetos. O nome
do software é FTOOL e ele é facilmente encontrado na internet.
Para que vocês compreendam o funcionamento básico do software, vamos utilizá-
lo em um exemplo prático de uma viga.
Na Figura 93 temos a tela inicial do software. É nesta tela inicial que estão todos
os comandos necessários para desenhar a estrutura e para fazer todos os cálculos
necessários.
Para desenhar uma reta com 3 metros de comprimento vamos marcar a opção
Grid e snap na parte inferior do software conforme Figura 92.
Agora é muito simples, clicamos na opção de desenho da reta exibida na Figura
94 e logo em seguida clicamos em um ponto da tela onde começará a reta e depois
clicamos a três metros à direita. Isto é fácil de fazer, pois a opção grid e snap esta
programada para marcar na tela pontos de um em um metro. Desenhado a reta vamos
ao segundo passo.
Figura 95 - Vinculações
Fonte: elaborado pelo autor
ANOTE ISSO
Caso for usar uma seção genérica, coloque o valor 1 na área e na inércia do
material.
ANOTE ISSO
Faça e refaça vários exercícios neste software e procure aprender como lidar melhor
com ele.
CONCLUSÃO
ELEMENTOS COMPLEMENTARES
LIVRO
FILME
WEB
REFERÊNCIAS
CAMPANARI, F.A. Teoria das Estruturas. Rio de Janeiro: Guanabara Dois S.A., 1985.
POPOV, E.P. Introdução à Mecânica dos Sólidos. São Paulo: Edgard Blucher, 1978.
ROCHA, A.M. Teoria e prática estruturas. 5 ed. Rio de Janeiro: Científica, 1976.
SILVA, J.F. da. Método de Cross. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1981.
TIMOSHENKO, S.P., GERE, J.E. Mecânica dos Sólidos. Trab. José Rodrigues de
Carvalho. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1984.