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Modelagem e Solução de Problemas
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EXEMPLO 8.2.1
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Uma vez que você estiver na mesa, o que deve fazer? Você provavelmente tem
um delineamento do problema que cai em uma das duas categorias:
1. O delineamento é razoavelmente bem definido e você pode prosseguir para
desenvolvê-lo mais completamente. Comentaremos esse processo mais
adiante.
2. Você ainda não tem um delineamento claro. Logo, ainda precisa saber mais
antes de prosseguir.
Para começar, vamos analisar o segundo caso. Você deveria vê-lo como uma ver-
dadeira oportunidade de demonstrar o quão bom você é! Eu sugiro que você escreva
exatamente o que você entende a respeito do delineamento atual do problema. Depois,
escreva o que você acredita que precisa saber antes de prosseguir. Você também pode
realizar uma pausa neste momento e enviar o que você já tem a seu supervisor, mas eu
não recomendo; minha experiência demonstrou que você realmente precisa desenvol-
ver suas ideias primeiro e, só então, enviar o delineamento reescrito a ele. Você pode
ficar surpreso quando o supervisor aceitar suas ideias como uma reflexão das ideias
dele, dizendo que era isso o que ele estava esperando, ou quando ele parabenizá-lo por
ter tomado iniciativa. Neste caso, o supervisor ou lhe dará permissão para continuar,
ou lhe dará um novo delineamento de problema, desta vez muito mais específico que o
original. Em ambos os casos, você sairá ganhando.
EXEMPLO 8.2.2
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8.3 Decomposição do problema ou da tarefa
Uma vez que o problema esteja claramente definido, você precisa decompô-lo
em módulos simples e bem definidos. Nesse momento, já teremos o problema deline-
ado. O processo pode ser executado usando-se a abordagem sistêmica e, no caso dos
problemas mais complicados, a abordagem que estamos definindo deve ser seguida.
8.5 Metas
A compreensão do que é uma meta é razoavelmente simples: é o que queremos
fazer ou o que queremos alcançar. Contudo, ao usar a abordagem sistêmica, uma meta
torna-se muito mais do que isso. Temos metas relativas ao sistema em geral e, quando
dividimos um problema complicado em unidades menores, tais unidades também têm
suas metas, que são diferentes das metas do nível superior.
Esse conceito se tornará claro ao progredirmos neste capítulo e no decorrer do
resto do livro. Adotaremos as seguintes definições:
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escolherá usar. A propósito, você aprenderá que chamamos esses diversos modos de
transporte de “alternativas”. Trabalharemos nesse exemplo mais adiante neste capítulo.
EXEMPLO 8.5.1
8.6 Restrições
Restrições são extremamente importante nesse processo. Elas limitam o uso de téc-
nicas e processos de resolução de problema e limitam as técnicas e processos de projeto.
Adicionalmente, elas também limitam ou impõem exigências sobre o resultado.
Quais são as restrições mais óbvias para a resolução de problemas? No meu caso,
seria o tempo. Se um único problema de uma disciplina tomaria mais de 100 horas
do meu tempo para resolvê-lo (e não fosse parte de um trabalho principal), eu defini-
tivamente não trabalharia no problema. O resultado poderia ser que eu prepararia o
processo de resolução de problema e entregaria a descrição do processo ao professor,
partindo para o próximo problema.
Outra restrição poderia ser a técnica de resolução. Por exemplo, é possível que pe-
çam que resolvamos um problema de circuitos elétricos usando análise nodal. Essa res-
trição eliminaria a análise de malhas da lista de alternativas que poderíamos empregar
na resolução do problema. Isso também leva à preocupação de quão grande é o circuito.
Mesmo que você tenha apenas cinco nós no circuito, já não será fácil resolver o problema
manualmente, então as alternativas podem ser o uso de software para resolver seu pro-
blema (MATLAB, por exemplo) no lugar de um conjunto demorado de cálculos manuais.
Adicionalmente, pacotes de análise de circuito como PSpice poderiam ser usados.
EXEMPLO 8.6.1
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Quais são as restrições mais óbvias do Exemplo 8.5.1? A mais óbvia seria que
estamos restritos a considerar apenas carro, avião ou trem. Isso elimina outros meios,
como viajar a pé, a cavalo ou de ônibus. Outra restrição pode ser econômica, ainda que
em alguns casos isso não seja uma consideração. A duração da viagem também pode ser
uma restrição, ou a hora de chegada ao destino – por exemplo, se você precisar estar em
São Paulo até o meio-dia de uma data específica. Essas seriam as restrições mais óbvias.
8.7 Alternativas
Como se pode ter concluído na seção anterior, as alternativas são os diversos
métodos de alcançar suas metas. Metas indicam que um problema deve ser resolvido
e levam a um projeto de execução em particular. Alternativas são a forma como você
resolve os problemas (que técnicas deve usar) e como realizar um projeto específico
(novamente, que técnicas e/ou processos deve usar).
Quais são as alternativas para a resolução de um problema? Algumas alternati-
vas óbvias que podemos ter para todos os problemas seria utilizando técnicas manuais
(essa é, a propósito, a forma ainda usada em muitas disciplinas), técnicas com calcula-
doras ou usando um pacote de software específico. Alternativas adicionais seriam espe-
cíficas ao problema, como no caso dos circuitos, por exemplo. Aqui você poderia usar
uma combinação de técnicas manuais e MATLAB ou um pacote específico de análise de
circuitos como PSpice.
EXEMPLO 8.7.1
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jáveis que a selecionada não tem, ou que tem em um nível mais fraco. Por exemplo,
podemos escolher um processo de resolução mais rápido que não seja tão exato
quanto um mais demorado. Vejamos os nossos exemplos.
Dado o problema do Exemplo 8.5.1, quais são os prós e contras óbvios? No cál-
culo da solução de um sistema complicado de equação manualmente versus usando um
computador, podemos tentar identificar os prós e contras. Antigamente, as soluções de
computador tendiam a não ser tão precisas ou tão precisamente realizadas quanto os
cálculos manuais. Atualmente, entretanto, cálculos no computador podem ser muito
mais precisos que os cálculos manuais mais cuidadosos, além de mais precisos que os
resultados gerados pelas calculadoras mais precisas. Então, os prós e contras óbvios en-
tre cálculo manual e cálculo em computadores consistem em cálculos manuais menos
precisos e extremamente mais lentos de executar. Na verdade, a partir de uma certa
complexidade, os cálculos manuais começam a nunca produzir resultados corretos.
Consequentemente, se você estiver disposto a arcar com perda de precisão e
velocidade de cálculo, você pode decidir resolver o problema manualmente. Nem todos
os problemas têm prós e contras simples. Às vezes, isso pode confundir mais que escla-
recer. Quando isso acontece, você deve procurar outras pessoas que possam ajudá-lo
com o processo de avaliação.
Obviamente, no processo de decisão informada com base em prós e contras,
precisamos conhecer todas as questões relevantes para cada uma das alternativas. Isso
significa que precisamos avaliar todos os pontos fortes e todas as limitações de cada
alternativa. A melhor forma de fazer isso é aderindo às restrições relevantes.
EXEMPLO 8.8.1
Para o exemplo 8.5.1, avalie cada alternativa na Figura 8.2 e escolha um conjun-
to apropriado de prós e contras.
Se sua meta ou restrição é viajar para outra cidade em uma quantidade mínima
de tempo, a viagem por trem pode ser a melhor opção se você morar perto da estação
de trem. Se não for esse o caso, você deve considerar o tempo de ida até a estação e de
retorno para casa. Isso pode aumentar o tempo da viagem em 3 horas ou mais em relação
aos outros modos de viagem. Se sua meta é redução de custos, a viagem de carro pode ser
a mais vantajosa. Deve ser considerado o desgaste do carro e o cuidado extra de dirigir
em estradas. Alugar um carro exige mais esforço do que o uso do seu próprio carro, sem
mencionar a dificuldade de encontrar um estacionamento na cidade de destino.
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Exemplo 8.5.1
Figura 8.2 Tabela comparando custos, momentos de chegada e duração de cada alternativa.
Na verdade, essa parte do processo é um ciclo que não termina até que você al-
cance os resultados ou sinta que eles nunca serão alcançados. Na nossa experiência, a
maioria de nós acaba encontrando um resultado desejado, mas não necessariamente o
que buscávamos inicialmente.
8.10 Brainstorming
Esse é o processo pelo qual se determinam os diversos elementos da abordagem
sistêmica.
Uma pergunta óbvia, agora, é como poderemos determinar todas essas coisas se
elas não nos forem dadas inicialmente. A solução é uma técnica que provavelmente será
familiar a muitos dos leitores. Brainstorming é nada mais do que o desenvolvimento de
muitas ideias em um ambiente “livre”. A palavra-chave aqui é “livre”. No brainstorming,
permitimos que as ideias fluam livremente sem qualquer restrição. Começamos com
uma meta e, então, são apresentadas alternativas de como alcançá-la. A parte “livre”
vem de não discutir ou explicar as alternativas, que deve ser feita posteriormente. O
processo de apresentação de alternativas é bem similar a esse, podendo começar len-
tamente, chegar a um pico e desaparecer lentamente ao se exaurir a lista de possíveis
alternativas.
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Aplicações das leis
de Newton
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
O conhecimento das leis de Newton nos permite solucionar vários ti-
pos de problemas envolvendo força, massa e aceleração. Por exemplo,
como é possível demonstrar nos foguetes e nas sondas espaciais, que
se fundamentam na inércia — mesmo sem fazer uso de combustível,
continuam se movimentando no espaço.
Neste capítulo, estudaremos as aplicações das leis de Newton.
As leis de Newton
As três leis de Newton são ditas leis porque regem uma gama de aplicações
que envolvem força e aceleração de objetos massivos. Se você parar para
pensar, verá que as leis de Newton estão presentes em praticamente todas as
situações físicas do seu dia a dia. A partir do entendimento dessas leis, foi
possível construir um conhecimento muito maior acerca do que se conhece do
universo. As leis de Newton puderam ser aplicadas e refinadas em vários dos
equipamentos usados no nosso dia a dia, e muitas vezes acoplados a outros
mecanismos, formando uma vasta aplicação nas mais diversas áreas.
Vamos destacar cada uma das três leis de Newton separadamente. Ainda,
veremos onde esse conhecimento se aplica nos mais diversos problemas e
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situações físicas, bem como de que forma acontece o movimento de objetos
a partir de uma força resultante.
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fora do nosso planeta, digamos para um astronauta em órbita na Lua, você
estará se movimentando com velocidade constante em relação a ele. Nesse
caso, o referencial adotado também importa. Você está em repouso ou em
movimento em relação a quem? Essa pergunta é sempre importante de ser
feita para análise de situações físicas.
Por fim, imagine uma mosca que se encontra dentro do carro que está a
80 km/h e com os vidros fechados. Digamos que ela vá do banco traseiro ao
banco dianteiro a uma velocidade de 5 km/h. Para você, que está dentro do
carro, a velocidade de 5 km/h é a velocidade que você vê a mosca se movendo.
Porém, para um observador externo ao carro, essa mosca está se movendo
com uma velocidade incrível de 85 km/h. Como isso é possível? Uma mosca
consegue realmente se mover com uma velocidade dessas? Claro que não!
Porém, para a mosca dentro do carro que está a uma velocidade constante de
80 km/h, o universo dela consiste do interior do carro. O ar que está dentro
do carro também se move a 80 km/h, juntamente com o carro. Logo, a velo-
cidade de 5 km/h é relativa em relação ao carro, e não relativa em relação a
um observador parado do lado da estrada. A situação muda se o carro estiver
acelerado. A mosca, assim como o passageiro do carro, notará a mudança de
velocidade que o carro é submetido, por meio da aceleração imposta sobre o
veículo. E essa é a ideia por trás da segunda lei de Newton.
Essa talvez seja a lei mais importante, pois é com base nela que toda mate-
mática de problemas físicos é aplicada. Ela está vinculada à primeira lei, pois
um corpo que sai do repouso e adquire uma velocidade teve a influência de uma
força externa atuando sobre ele, de modo a adquirir uma aceleração não nula.
Pense em uma mesa em repouso em relação a um chão liso. Quando você
aplicar uma força sobre ela, sairá do repouso e adquirirá uma velocidade, que
vai aumentando se a força aplicada permanecer a mesma durante o movimento.
Vamos voltar ao exemplo fictício do trem. Se uma força externa atuar no
trem, de modo a acelerá-lo para um dos lados, você vai notar essa aceleração,
independentemente de se o trem estava em movimento retilíneo uniforme ou
parado. Novamente, você nota perfeitamente esse conceito sendo aplicado
quando está viajando de carro. Se a velocidade do carro mudar, você notará
a aceleração imposta. A força responsável por esse efeito pode ser a força de
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torque nas rodas, de modo a acelerar o carro, ou ainda a força de fricção nos
discos de freio do carro, de modo desacelerar o carro.
Algebricamente, a segunda lei de Newton se traduz na seguinte equação:
Você pode resumir essa lei como “A toda ação corresponde uma reação
de mesma intensidade, mas em sentido contrário”. Por que um livro sobre
uma mesa, se está sob efeito da gravidade, não acelera em direção ao centro
da Terra? Bom, o livro está sobre a mesa, exercendo uma força sobre a mesa,
e a mesa corresponde com uma força contrária no livro, isto é, no sentido
oposto, mas de igual intensidade, de modo que a força resultante sobre o
livro seja nula. E assim salvamos o planeta! Os objetos não caem em direção
ao planeta Terra com uma aceleração de 9,8 m/s2 porque existe uma força de
contato que oferece uma força de mesma intensidade, mas no sentido contrário.
Eventualmente, poderemos ter objetos que aceleram em direção ao chão, sendo
que, assim, a força de contato entre o objeto e a superfície que o apoia tem
uma força de intensidade menor do que a força gravitacional, acelerando o
objeto na vertical. Um bloco sobre um plano inclinado acelera tanto horizontal
quanto verticalmente.
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Até aqui, você teve uma rápida abordagem das três leis de Newton. Vamos,
agora, aplicar esse conhecimento em problemas físicos, em que a discussão
será mais aprofundada. Em cada um dos exemplos, vamos dar um enfoque
especial na questão conceitual e no tratamento algébrico.
Figura 1. Diagrama de corpo livre do sistema trenó + Papai Noel sendo puxado por uma
rena, bem como o sistema de coordenadas adotado.
Como o trenó está sobre uma superfície lisa formada por gelo, podemos
assumir, em uma primeira abordagem, que o atrito do trenó com o gelo é
desprezível. Assim, temos uma força atuando na horizontal, dada pelo vetor
F. Porém, essa não é a única força presente. Uma outra força nesse sistema é
a força peso P do sistema, que tem módulo:
P ímg
onde m é a massa do sistema e g é a aceleração da gravidade. A direção
da força peso é direcionada no sentido negativo do sistema de coordenadas
adotado, como pode ser visto na figura, e por isso o sinal negativo na equação.
O vetor da força peso pode ser representado com a sua origem no centro de
massa do sistema. Como o trenó é puxado horizontalmente, deve existir mais
uma força no sentido vertical de modo a contrabalancear a força peso. É aí que a
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força normal entra, oriunda da terceira lei de Newton. A toda ação corresponde
uma reação. Nesse caso, como o trenó está se movendo na horizontal e a força
peso é direcionada no sentido negativo de y, a força normal N contrabalança
a força peso com mesma intensidade, porém com sentido contrário à força P.
A força normal também pode ser representada no centro de massa do sistema
do trenó. A magnitude da força normal nessa situação é:
N íP = mg
Existem mais duas forças escondidas no sistema. Como o trenó é puxado
pelas renas por uma corda, ainda teremos a força de tração na corda. Como
estamos considerando uma força constante F sendo oferecida pelas renas, uma
força de igual magnitude, porém com sentido contrário, aparece no ponto final
da corda presa às renas. Chamamos essa força na corda de força de tensão, T1,
com magnitude T1 íF, pelo fato de estar na mesma direção de F, porém com
sentido contrário. Nesse exemplo, desconsideramos a massa da corda. Como
a toda ação corresponde uma reação em um objeto, no início da corda presa
ao trenó aparecerá outra força de tração, T2, com mesma direção e magnitude
de T1, porém com sentido contrário. Desse modo, T2 íT1 = F. Assim como as
forças P e N estão na mesma direção e possuem a mesma magnitude, porém
sentido contrário, as forças T1 e T2 também estão na mesma situação, porém na
horizontal. Nesse caso, ambos os conjuntos de forças se cancelam aos pares,
e ao final temos uma força resultante igual a F, direcionada no sentido do
movimento do trenó. Dessa forma, temos:
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representações é o suficiente para se ter as informações necessárias que gerem
um melhor entendimento do que está acontecendo. Você pode ignorar outros
detalhes, como a representação fidedigna do panorama como um todo. O céu
azul ou com nuvens, árvores, pessoas ou até mesmo a estrutura suportando o
foguete podem ser ignorados, pois são itens que não implicam uma mudança
na questão física do problema em questão. Claro, dependendo do que está acon-
tecendo, esses parâmetros poderiam entrar na análise e cálculos, e, portanto,
deveriam também ser desenhados. Esse tipo de representação não único da
física, estando presente em várias áreas do conhecimento com determinado
enfoque em uma dada situação específica.
No caso do exemplo anterior, que é um problema envolvendo a dinâmica
de movimento de um trenó sendo puxado por uma rena, podemos fazer a
representação gráfica por meio de um desenho chamado de diagrama de
corpo livre, ilustrado na Figura 1.
Figura 2. Diagrama de corpo livre de um bloco sobre um plano inclinado sem atrito.
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Nessa situação, consideramos um bloco de massa m descendo um plano
LQFOLQDGRFRPLQFOLQDomRDQJXODUș&RPRQmRHVWDPRVWUDWDQGRDLQGDGHXP
movimento com atrito, as únicas forças presentes nessa situação são a força
peso, P, e a força normal, N. A força normal é decorrente do contato do bloco
com o plano inclinado, oriunda da terceira lei de Newton. Rigorosamente, essa
força normal deveria estar ilustrada no ponto de contato entre o bloco e o plano,
mas, como essa força é uma reação à força peso e está sendo aplicada ao bloco,
podemos representá-la no centro de massa do bloco, como ilustrado na Figura
2. De fato, a força peso também está ilustrada no centro de massa do bloco,
mas é o resultado do somatório da força peso de cada pedaço infinitesimal
de massa do bloco. Dessa forma, cada pedaço infinitesimal de massa acaba
tendo uma força peso infinitesimal que contribui para a força normal no bloco.
Para estudar o movimento do bloco descendo o plano inclinado, precisa-
mos, primeiramente, adotar um referencial adequado ao movimento. Como
o movimento acontece na direção do plano inclinado, adotamos um sistema
em que um dos eixos esteja nessa direção. No caso da figura, adotamos o eixo
x na direção do movimento. A força normal acaba por estar sobre o eixo de
movimento em y. Já a força peso está decomposta em torno dos dois eixos,
uma vez que aponta na direção do centro de massa da Terra, representado
pelo vetor P na vertical. Dessa forma, a força peso pode ser decomposta nas
direções x e y, como ilustrado na Figura 2B. Agora podemos descobrir o
valor das componentes da força peso em cada uma das direções. Devido à
JHRPHWULDGRSUREOHPDRkQJXORșDSDUHFHHQWUHRVHL[RVYHUWLFDOGHP e Py,
como ilustrado na Figura 2B e 2B. Sabemos que a soma dos vetores Px e Py
nos dá o vetor P:
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Já o somatório das forças na direção y é igual à massa multiplicada pela
aceleração do bloco:
Nos links abaixo, você encontrará mais situações físicas interessantes em que as leis de
Newton são aplicadas. É fortemente aconselhável que você observe essas situações
físicas simples, que estão presentes nos mais diversos mecanismos do nosso cotidiano
e na área da engenharia.
Isaac Newton e a Gravitação Universal: https://goo.gl/yg8gZz
https://goo.gl/ZlR2NP
BEER, P. F. et al. Vector mechanics for engineers: statics and dynamics. 9. ed. New York:
McGraw-Hill, 2010.
HIBBELER, R. C. Statics and dynamics. 14. ed. New Jersey: Pearson, 2016.
WALKER, J.; HALLIDAY, D.; RESNICK, R. Fundamentals of physics. 10. Ed. New Jersey:
John Wiley & Sons, 2014.
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5.1 Força
Se você chutar uma bola com pouca força, ela rolará pelo chão. Se você puxar uma
maçaneta, a porta abrirá. De muitos anos de experiência, você sabe que é necessário
algum tipo de força para mover estes objetos. Nosso objetivo é compreender por que o
movimento ocorre, e a constatação de que força e movimento estão relacionados é um
bom ponto de partida.
Os dois principais assuntos deste capítulo são:
A idéia comum que temos de uma força é que ela é um empurrão ou um puxão. Iremos aperfeiçoar esta idéia mais
adiante, todavia ela é apropriada agora como ponto de partida. Note nossa escolha cuidadosa das palavras: nos
referimos a “uma força”, em vez de, simplesmente, a “força”. Desejamos conceber uma força como um caso muito
específico de ação, de modo que podemos falar a respeito de uma única força ou, talvez, sobre duas ou três forças
individuais que podem ser claramente diferenciadas entre si. Daí a idéia concreta de “uma força” como uma ação
sobre um objeto.
Está implícito em nosso conceito de força que uma força é exercida sobre um objeto. Em outras palavras,
empurrões e puxões são aplicados em algo – um objeto. Do ponto de vista do objeto, uma força foi exercida sobre
ele. Forças não existem isoladas dos objetos que as experimentam.
Existem dois tipos básicos de forças, dependendo se o agente toca ou não o objeto. Forças de contato são aquelas
exercidas sobre um corpo através do contato com algum ponto do mesmo. O bastão deve tocar na bola a fim de
rebatê-la. Uma corda deve ser amarrada a um objeto para poder puxá-lo. A maioria das forças que abordaremos são
forças de contato.
Forças de ação a distância são aquelas exercidas sobre um corpo sem haver contato físico. A força magnética é um
exemplo de força de ação a distância. Sem dúvida você já viu um ímã colocado acima de um clipe conseguir
erguê-lo. Uma xícara de café solta de sua mão é puxada pela Terra pela força de ação a distância da gravidade.
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Vamos resumir estas idéias como nossa definição de força:
NOTA No modelo de partícula, os objetos não podem exercer forças sobre si mes-
mos. Uma força sobre um objeto terá um agente ou uma causa externa ao objeto.
Agora, certamente existem objetos que possuem forças internas (pense nas forças
dentro do motor de seu carro!), porém o modelo de partícula já não é válido se você
precisa levar em conta forças internas. Se você for considerar seu carro como uma
partícula e se concentrar no movimento global dele como um todo, este movimento
será uma conseqüência das forças externas exercidas sobre o carro.
Vetores força
Podemos usar um diagrama simples para visualizar como as forças externas são exercidas
sobre os corpos. Uma vez que estamos usando o modelo de partícula, no qual os objetos são
considerados como pontos, o processo de desenhar um vetor força é direto. Eis como:
BOX TÁTICO
5.1 Desenhando vetores força
Força de
ação a
distância da
gravidade
Caixote Caixote
A Terra é o agente.
Força de puxão da corda Força de empurrão da mola
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Combinando forças (a)
A FIGURA 5.2a mostra uma caixa sendo puxada por duas cordas, cada qual exercendo uma
força sobre a caixa. Como reagirá a caixa? Experimentalmente, constatamos que quando
várias forças , , … são exercidas simultaneamente sobre um corpo, elas se combi-
nam para formar uma força resultante, dada pelo vetor soma de todas as forças: Caixa vista
de cima
(5.1)
Forças de puxão
PARE E PENSE 5.1Duas das três forças exercidas sobre um objeto são mostradas à esquerda das cordas
na figura abaixo. A força resultante aponta para a esquerda. Qual das alternativas repre- Esta é a força
resultante sobre
senta a terceira força exercida?
a caixa.
A caixa é
res
representada
como uma
partícula.
Duas das três
forças exercidas
sobre um objeto FIGURA 5.2 Duas forças exercidas sobre
(a) (b) (c) (d) uma caixa.
Gravidade
Uma pedra em queda é puxada para baixo pela Terra através da força de ação a distância
da gravidade. A gravidade ⫺ o único tipo de força de ação a distância que encontraremos
nos próximos capítulos ⫺ mantém você sobre uma cadeira, mantém os planetas em suas
órbitas em torno do Sol e determina a forma da estrutura de larga escala do universo.
Veremos a gravidade mais detalhadamente no Capítulo 13. Por ora, nos concentraremos
em corpos sobre a superfície da Terra ou próximos dela (ou de outro planeta). Solo
O puxão gravitacional de um planeta sobre um corpo em sua superfície ou próximo
FIGURA 5.3 Gravidade.
dela é chamada de força gravitacional. O agente da força gravitacional é o planeta intei-
ro que puxa o objeto. A gravidade é exercida sobre todos os corpos, estejam eles se mo-
vendo ou parados. O símbolo para a força gravitacional é . O vetor força gravitacional
sempre aponta verticalmente para baixo, como ilustrado na FIGURA 5.3.
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Uma mola comprimida exerce um Uma mola esticada exerce um
empurrão sobre um objeto. puxão sobre um objeto.
elast
(a) elast (b)
Embora você possa estar pensando em uma mola como um uma espiral metálica que
pode ser esticada ou comprimida, isto é somente um tipo de mola. Segure pelas extre-
midades uma régua de madeira, ou qualquer outro pedaço fino de madeira ou metal, e
dobre-a ligeiramente. Ela flexiona. Quando você a libera, ela retorna á forma original.
Isso é exatamente o que uma mola de espiral metálica faz.
Força de tensão
A corda exerce uma força de Quando um barbante, uma corda ou um arame puxa um objeto, ele exerce uma força de
tensão sobre o trenó. contato que chamamos de força de tensão, representada pela letra maiúscula . A orien-
tação da força de tensão é a mesma do barbante ou da corda, como se pode ver na FIGURA
5.5. A referência usual à “tensão” em um barbante é uma maneira informal de expressar
o que se denota por T, o tamanho ou módulo da força de tensão.
NOTA A tensão é representada pelo símbolo T. Isso é lógico, mas existe o risco
FIGURA 5.5 Tensão.
de se confundir o símbolo T da tensão com o símbolo T de período do movimen-
to circular. O número de símbolos usados em ciência e engenharia excede em
muito o número de letras do alfabeto latino. Mesmo tomando emprestadas as
letras do alfabeto grego, os cientistas inevitavelmente acabam usando algumas
letras diversas vezes para representar grandezas inteiramente diferentes. O uso
de T é a primeira ocorrência deste problema, mas não será a última. Você deve
ficar alerta para o contexto em que um símbolo é usado para poder deduzir seu
significado.
Corda Se usássemos um microscópio muito poderoso para olhar o interior de uma corda,
“veríamos” que ela é formada por átomos mantidos juntos por meio de ligações atômi-
cas. As ligações atômicas não são conexões rígidas entre átomos. Elas se parecem mais
Visualização com minúsculas molas mantendo os átomos juntos, como na FIGURA 5.6. Puxando-se as
de uma corda extremidades de um barbante ou de uma corda, estica-se ligeiramente as molas atômi-
em nível atô-
mico, onde as cas. A tensão dentro da corda e a força de tensão experimentada por um objeto em con-
Ligações
moleculares ligações são tato com uma das extremidades da corda são, de fato, a força resultante exercida por bi-
representadas lhões e bilhões de molas microscópicas.
Átomos por molas. Esta visão da tensão em escala atômica introduz uma nova idéia: a de um modelo
atômico microscópico para a compreensão do comportamento e das propriedades dos
objetos macroscópicos. Trata-se de um modelo porque átomos e ligações atômicas não
FIGURA 5.6 Um modelo atômico da tensão. são, realmente, pequenas bolas e molas. Estamos usando conceitos macroscópicos ⫺
bolas e molas ⫺ para entender fenômenos em escala atômica que não podemos ver ou
sentir diretamente. Este é um bom modelo para explicar as propriedades elásticas dos
materiais, mas ele não seria necessariamente um bom modelo para explicar outros fenô-
menos. Com freqüência usaremos modelos atômicos para obter uma compreensão mais
profunda do que observamos.
Força normal
Se você sentar em um colchão de molas, estas serão comprimidas e, em conseqüência
disso, exercerão uma força orientada para cima sobre você. Molas mais duras sofreriam
menor compressão, mas ainda assim exerceriam forças orientadas para cima. Pode ser
que a compressão de molas extremamente duras seja mensurável apenas por instrumen-
tos sensíveis. Apesar disso, as molas seriam comprimidas ainda que ligeiramente e exer-
ceriam uma força orientada para cima sobre você.
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A FIGURA 5.7 mostra um objeto estacionário sobre o tampo duro de uma mesa. A mesa
pode não flexionar ou encurvar visivelmente, mas ⫺ da mesma forma como você fez com
o colchão de molas ⫺ o objeto comprime as molas atômicas da mesa. O tamanho da com-
PHYSICS
pressão é muito pequeno, mas não é nulo. Como conseqüência, as molas atômicas compri- Knight
Knight
Jones
Field
midas empurram para cima o objeto. Dizemos que “a mesa” exerce uma força para cima,
mas é importante que se compreenda que o empurrão é, de fato, realizado pelas molas As molas atômicas
atômicas. Analogamente, um objeto em repouso sobre o solo comprime as molas atômicas comprimidas empurram
que o mantêm íntegro e, conseqüentemente, o solo empurra o abjeto para cima. o objeto para cima.
Podemos ampliar esta idéia. Suponha que você encoste sua mão sobre uma parede e a
empurre, como ilustrado na FIGURA 5.8. A parede exercerá uma força sobre sua mão? Quando Átomos
você empurra, comprime as molas atômicas da parede e, como conseqüência, elas empurram Ligações atômicas
sua mão de volta. Logo, a resposta é sim, a parede realmente exerce uma força sobre você.
A força exercida pelo tampo da mesa é vertical; a força que a parede exerce é hori-
zontal. Em todos os casos, a força exercida sobre um objeto que pressiona uma superfí-
cie tem uma direção perpendicular à superfície. Os matemáticos se referem a uma reta
FIGURA 5.7 Um modelo atômico da força
que é perpendicular a uma superfície como sendo normal a esta. Mantendo esta termi-
exercida por uma mesa.
nologia, definimos a força normal como aquela exercida por uma superfície (o agente)
contra um objeto que a está pressionando. O símbolo para a força normal será . As molas atômicas
Não estamos empregando a palavra normal para significar que se trata de uma força comprimidas da
“comum” ou para diferenciá-la de uma “força anormal”. Uma superfície exerce uma parede empurram
a mão da moça
força perpendicular (i.e., normal) a si mesma quando as molas atômicas empurram para
para fora.
fora. A FIGURA 5.9 mostra um objeto sobre uma superfície plana inclinada, uma situação
inteiramente comum. Note que a força normal é perpendicular à superfície.
Gastamos um bocado de tempo descrevendo a força normal porque muitas pessoas
levam tempo para entendê-la. A força normal é uma força real que surge da compressão
real das ligações atômicas. Ela é, em essência, uma força elástica de uma mola, mas
exercida por um número enorme de molas microscópicas agindo juntas. A força normal
é responsável pela “solidez” dos corpos sólidos. É ela que impede você de atravessar
direto através da cadeira onde está sentado e é ela que causa dor e que o machuca quando
você bate sua cabeça em uma porta. Sua cabeça pode, então, dizer-lhe que a força exer- FIGURA 5.8 A parede empurra para fora.
cida sobre ela pela porta é bem real!
Força de atrito
Certamente você já observou que um objeto rolando ou escorregando, se não for em-
purrado ou propelido, desacelera até parar. Provavelmente você já descobriu que pode
deslizar mais sobre uma camada de gelo do que sobre o asfalto. Você também sabe que a
maioria dos objetos ficam parados sobre uma mesa, sem deslizar para fora dela, mesmo
se a mesa não estiver perfeitamente nivelada. A força responsável por este tipo de com-
portamento é o atrito. O símbolo para o atrito é a letra minúscula .
A superfície empurra para fora a
O atrito, como a força normal, é exercido por uma superfície. Mas enquanto a força parte inferior do corpo do sapo.
normal é perpendicular à superfície, a força de atrito é sempre tangente à superfície. Ao O empurrão é perpendicular à
nível microscópico, o atrito surge quando os átomos do objeto e da superfície movem-se superfície.
uns em relação aos outros. Quanto mais rugosa for a superfície, mais estes átomos serão
FIGURA 5.9 A força normal.
forçados a se aproximar e, como resultado, surgirá uma grande força de atrito. No próxi-
mo capítulo, desenvolveremos um modelo simples para o atrito que será suficiente para
nossas necessidades. Por ora, é útil distinguir entre dois tipos de atrito:
NOTA Uma superfície exerce uma força de atrito cinético quando um objeto se move
em relação à superfície. Uma mala sobre uma esteira rolante encontra-se em movi-
mento, mas não experimenta uma força de atrito cinético por não estar se movimentan-
23
e
O atrito estático
O atrito cinético se atua com uma orien-
opõe ao movimento. tação tal que impede
o deslizamento.
c
do em relação à esteira. Para sermos precisos, deveríamos dizer que a força de atrito ci-
nético tem sentido oposto ao do movimento de um objeto com relação à superfície.
Força de arraste
A resistência do ar é uma força significativa no A força de atrito em uma superfície é um exemplo de força de resistência ou resistiva, uma
caso da queda de folhas. Ela aponta em sentido força que se opõe ou resiste ao movimento. Forças resistivas também são experimentadas
oposto ao do movimento. por objetos que se movem no interior de um fluido ⫺ um gás ou um líquido. A força resisti-
va de um fluido é chamada de força de arraste e simbolizada por (D de drag, que quer
dizer arraste). A força de arraste, como o atrito cinético, tem sentido oposto ao do movimen-
to. A FIGURA 5.11 mostra um exemplo de força de arraste.
A força de arraste pode ser grande para objetos que se movem com altas velocidades ou
em fluidos densos. Mantenha sua mão fora da janela de seu carro em movimento e sinta a
resistência do ar contra ela quando a velocidade do carro aumenta rapidamente. Solte um
objeto leve em uma bacia com água e observe como ele afunda até o fundo. Em ambos os
casos, a força de arraste é muito significativa.
FIGURA 5.11A resistência do ar é um Para objetos pesados e compactos, movendo-se no ar e com velocidade não muito gran-
exemplo de força de arraste. de, a força de arraste do ar é muito pequena. Para manter as coisas tão simples quanto
possível, você pode desprezar a resistência do ar em todos os problemas a menos que
lhe seja pedido explicitamente para incluí-la. O erro introduzido nos cálculos por esta
aproximação geralmente é muito pequeno. Este livro não abordará o caso de objetos se
movendo em líquidos.
Força de empuxo
Durante a decolagem, um avião a jato obviamente é impulsionado para a frente por uma
força. Da mesma forma ocorre com o foguete mostrado durante o lançamento na FIGURA
A força de empuxo é empuxo 5.12. Esta força, chamada de empuxo, ocorre quando o motor de um jato ou de um foguete
exercida sobre o foguete expele moléculas de gás em altas velocidades. O empuxo é uma força de contato, com os
pelos gases de gases da exaustão correspondendo ao agente que empurra o motor. O processo pelo qual o
exaustão.
empuxo é gerado é bastante sutil, e adiaremos sua discussão até que estudemos a terceira lei
de Newton no Capítulo 7. Por ora, abordaremos o empuxo como sendo uma força de sentido
contrário ao dos gases expelidos. Não existe um símbolo especial para o empuxo, de modo
que o denotaremos por .
FIGURA 5.12 A força de empuxo de um
foguete. Forças elétricas e magnéticas
A eletricidade e o magnetismo, como a gravidade, exercem forças de ação a distância. As
forças elétricas e magnéticas são exercidas sobre partículas eletricamente carregadas. Estu-
daremos as forças elétricas e magnéticas detalhadamente na Parte VI deste livro. Por ora,
não é relevante que as forças que mantêm juntas as moléculas ⫺ ligações moleculares ⫺
não sejam realmente como as de pequenas molas. Os átomos e as moléculas são constituí-
dos de partículas carregadas ⫺ elétrons e prótons ⫺, e o que chamamos de ligação mole-
cular é realmente uma força elétrica entre tais partículas. Assim, quando dissermos que a
força normal e a força de tensão devem-se a “molas atômicas” ou que o atrito se deve ao
movimento de uns átomos sobre os outros, o que realmente estaremos querendo expressar é
que estas forças, no nível mais fundamental são, de fato, forças elétricas entre as partículas
carregadas no interior dos átomos.
24
11.1 Condições de equilíbrio
No Capítulo 4, vimos que a condição necessária para o equilíbrio estático é a ausência de força
resultante externa. Nesse caso, a Primeira Lei de Newton estipula que um corpo permanece em
repouso ou se move com velocidade constante. Porém, frequentemene queremos encontrar as
condições necessárias para um corpo rígido permanecer em repouso em equilíbrio estático.
Um corpo (ou conjunto de corpos) está em equilíbrio estático se ele estiver em repouso e não
experimentar movimentos translacionais ou rotacionais. A Figura 11.2 mostra um famoso
exemplo de um conjunto de corpos em equilíbrio estático. Parte do que faz esta instalação tão
espantosa é que o olho não quer aceitar que a configuração seja estável.
A condição para nenhum movimento translacional ou rotacional é que as velocidades li-
Figura 11.2 Essa instalação de
near e angular de um corpo em equilíbrio estático sejam sempre zero. O fato de as velocidades 440 kg, criada por Alexander Calder,
linear e angular não variarem com o tempo, implica que as acelerações linear e angular também pende do teto na National Gallery
sejam nulas todo o tempo. No Capítulo 4, vimos que a Segunda Lei de Newton, of Art (Washington, DC) em perfeito
equilíbrio estático.
(11.1)
implica o fato de que, se a aceleração linear, , é zero, a força externa resultante, , deve
ser zero. Além disso, no Capítulo 10 observou-se que a Segunda Lei de Newton para rotação,
(11.2)
implica o fato de que, se a aceleração angular, , é zero, o torque, , deve ser zero. Esses fatos
conduzem a duas condições de equilíbrio estático.
25
N
Pino de
Condição de equilíbrio estático 2
sustentação Um corpo pode permanecer em equilíbrio estático somente se o torque resultante atuando
sobre ele for zero:
Centro de
massa
(11.4)
Fg
Mesmo se a Primeira Lei de Newton for satisfeita (nenhuma força resultante atua sobre o
corpo) e um corpo não tenha movimento translacional, ele ainda irá girar, se experimentar
(a) um torque resultante.
É importante lembrar que o torque é sempre definido em relação a um ponto de pivô (o ponto
N onde o eixo de rotação cruza o plano definido por e , também chamado de ponto de rota-
ção). Quando calculamos o torque resultante, o ponto de pivô dever ser o mesmo para todas
as forças envolvidas no cálculo. Se tentarmos resolver um problema de equilíbrio estático com
torque resultante tendendo a zero, para qualquer ponto de pivô escolhido, o torque resultante
deve ser zero. Assim, temos a liberdade de selecionar um ponto de pivô que melhor se adapte a
Fg nosso propósito. Uma seleção inteligente de um ponto de pivô é, frequentemente, a chave para
uma rápida solução. Por exemplo, se força desconhecida está presente no problema, podemos
selecionar o ponto onde a força atua como ponto de pivô. Então, aquela força não entrará na
equação do torque, porque ela tem o braço de alavanca de comprimento zero.
(b) Se um corpo é suportado por um pino localizado diretamente acima de seu centro de
massa, como na Figura 11.3a (onde o ponto vermelho marca o centro de massa), então, o corpo
Figura 11.3 (a) Este corpo experimen-
permanece equilibrado; isto é, ele não começa a girar, Por quê? Porque, nesse caso, somente
ta torque resultante zero, porque ele
duas forças atuam sobre o corpo – a força da gravidade, (seta azul), e a força normal (seta
está sustentado por um pino localizado
exatamente acima do centro de massa. verde), do pino – e elas ficam sobre a mesma linha (linha amarela na Figura 11.3a). As duas
(b) Um torque é resultante quando o forças se cancelam reciprocamente e não produzem torque resultante, resultando em equilíbrio
centro de massa do mesmo corpo está estático; o corpo está em equilíbrio.
em uma localização não exatamente Por outro lado, se um corpo é suportado, da mesma maneira, por um pino, mas seu centro
abaixo do ponto de suporte. de massa não está abaixo do ponto de suporte, então, a situação é aquela mostrada na Figura
11.3b. Os vetores força gravitacional e força normal ainda apontam em direções opostas, po-
rém, um torque resultante diferente de zero, agora, atua, porque o ângulo entre o vetor força
gravitacional, , e o braço de alavanca (direcionado ao longo da linha amarela) não é mais zero.
Esse torque viola a condição de que o torque resultante deve ser zero para o equilíbrio estático.
Contudo, suspender um corpo por diferentes pontos é um método prático para encontrar o
centro de massa do corpo, mesmo um corpo de formas estranhas, como o da Figura 11.3.
26
Na Figura 4.6, mostrando a mão sustentando um laptop, o vetor força , exercido pela
mão sobre o laptop, atuou no centro do computador, exatamente como o vetor força gravitacio-
nal, mas em direção oposta. É preciso que a mão seja colocada diretamente abaixo do centro de
massa do computador. De outro modo, se o centro de massa não fosse sustentado diretamente
abaixo, o computador tombaria.
Equações de equilíbrio
Com um entendimento qualitativo dos conceitos e condições para o equilíbrio estático, pode-
mos formular as condições de equilíbrio para mais uma análise quantitativa. No Capítulo 4,
verificamos que a condição de força resultante zero se traduz em três equações independentes
no espaço tridimensional, uma para cada componente cartesiana da força resultante zero (refi-
ra-se à equação 11.3). Além disso, a condição de torque resultante zero nas três dimensões tam-
bém implica em três equações para as componentes do torque resultante (refira-se à equação
11.4), representando rotações independentes sobre os três possíveis eixos de rotação, os quais
são todos perpendiculares entre si. Neste capítulo, não trataremos de situações tridimensionais Figura 11.5 Determinando experi-
(envolvendo seis equações), em vez disso, nos concentraremos em problemas de equilíbrio mentalmente o centro de massa de
um taco de golfe.
estático no espaço bidimensional, isto é, no plano. No plano, existem dois independentes graus
translacionais de liberdade para um corpo rígido (nas direções x e y) e uma possível rotação,
ou no sentido horário ou anti-horário, ao redor de um eixo de rotação, que é perpendicular ao
plano. Assim, as duas equações para as componentes da força resultante são
(11.5)
(11.6)
No Capítulo 10, o torque resultante sobre um eixo fixo de rotação foi definido como a diferença
entre a soma dos torques anti-horários e a soma dos torques horários. A condição de equilíbrio
estático de torque resultante zero sobre cada eixo de rotação pode, assim, ser
(11.7)
Essas três equações (11.5 até 11.7) formam a base para a análise quantitativa do equilíbrio está-
tico nos problemas deste capítulo.
PROBLEMA 1
Onde temos que colocar um corpo de massa m2 (assumida igual à massa m1) para que a gangorra
fique em equilíbrio, com a barra na horizontal e nenhuma das extremidades toque o chão?
Continua →
27
SOLUÇÃO 1
A Figura 11.6b é um diagrama de queda livre da barra, mostrando as forças atuantes sobre ela e
os pontos onde elas atuam. A força que m1 exerce sobre a barra é simplesmente m1g, atuando para
baixo, como mostrado na Figura 11.6b. O mesmo é verdadeiro para a força que m2 exerce sobre a
barra. Além disso, em função de a barra ter massa própria M, ela experimenta uma força gravita-
cional, Mg. A força gravitacional atua no centro de massa, no meio da barra. A força final atuando
sobre a barra é a força normal, N, exercida pelo suporte da barra. Ela atua exatamente no eixo da
gangorra (marcado com um ponto laranja).
A equação de equilíbrio para as componentes y das forças conduz à expressão para o valor
(a) da força normal:
x
N
Os sinais à frente das componentes individuais das forças indicam se elas
r1 r2
atuam para cima (positivo) ou para baixo (negativo).
m1 m2
M Em virtude de todas as forças atuarem na direção y, não é necessário escrever
as equações para as componentes da força resultante nas direções x e z.
m1gyˆ Podemos, agora, considerar o torque resultante. A seleção do apropriado
Mgŷ m2 gŷ ponto de pivô pode fazer nossos cálculos ficarem simples. Para uma gangorra,
a seleção natural está no eixo, o ponto marcado com um ponto laranja no centro
(b)
da barra, na Figura 11.6b. Em função da força normal, N, e do peso da barra, Mg,
Figura 11.6 (a) Uma gangorra de praça de atuarem exatamente através desse ponto, seus braços de alavanca tem compri-
recreação; (b) Diagrama de queda livre mos- mento zero. Assim, essas duas forças não contribuem para a equação do torque, se
trando forças e braços de alavanca. este é selecionado como ponto de pivô. As forças F1 = m1g e F2 = m2g são somente
aqueles torques contribuintes: F1 gera um torque anti-horário e F2 gera um torque
horário. A equação do torque é, então
Mesmo que eles se igualem a 1 e, assim, não tenham efeito, os fatores sen90º estão incluídos como
um lembrete de que o ângulo entre a força e o braço de alavanca geralmente afeta o cálculo dos
torques.
A questão foi onde colocar m2 para o caso em que as duas massas fossem as mesmas: a res-
posta é r1 = r2, nesse caso. Este resultado esperado mostra que nosso caminho sistemático de apro-
ximação da solução funciona nesse caso facilmente verificável.
PROBLEMA 2
Quão grande m2 precisa ser para equilibrar m1, se r1 = 3r2, isto é, se m2 está três vezes mais perto
do ponto de pivô do que m1?
SOLUÇÃO 2
Usamos o mesmo diagrama de queda livre (Figura 11.6b) e chegamos à mesma equação geral para
as massas e distâncias. Resolvendo a equação (i) para m2, temos
Para esse caso, achamos que a massa m2 deve ser três vezes m1 para estabelecermos equilíbrio
estático.
28
PROBLEMA 3
O que acontece à medida que o estudante sobe mais alto na escada?
SOLUÇÃO 3
Da equação (ii), vemos que R cresce mais com o aumento de r. Eventualmente, essa força supera a
força máxima de atrito estático e a escada irá escorregar. Você pode, agora, compreender por que
não é uma boa ideia subir tão alto numa escada nesse tipo de situação.
(a)
Uma força resultante tendendo a zero é uma das condições de equilíbrio, que podemos escre-
ver como , ou como em uma dimensão,
em um dado ponto no espaço. Até aqui, a condição de tender a zero a primeira derivada não
adiciona nova informação. Entretanto, podemos usar a segunda derivada da função energia
potencial para distinguir três casos diferentes, dependendo do sinal da segunda derivada.
(b) (11.8)
Figura 11.14 (a) Empurrando com
uma pequena força a borda superior
de uma caixa. (b) Exercendo uma for- Se a segunda derivada da função energia potencial em relação à coordenada é positiva em um
ça maior sobre a caixa a faz inclinar. ponto, então, a energia potencial tem um mínimo local nesse ponto. O sistema está em equi-
29
líbrio estável. Nesse caso, um pequeno desvio da posição de equilíbrio cria uma força restau- U(x)
radora que leva o sistema de volta ao ponto de equilíbrio. Essa situação é ilustrada na Figura d2U(x)
⬎0
11.15a: se o ponto vermelho é movido para longe de sua posição de equilíbrio, em x0, ou na dx2 x0
direção positiva ou na direção negativa e solto, ele retornará à posição de equilíbrio.
x
Caso 2 Equilíbrio instável x0
(a)
(11.9)
U(x)
d2U(x)
Se a segunda derivada da função energia potencial em relação à coordenada é negativa em um ⬍0
dx2 x0
ponto, então, a energia potencial tem um máximo local nesse ponto. O sistema está em equilíbrio
instável. Nesse caso, um pequeno desvio da posição de equilíbrio cria uma força que leva o siste- x
x0
ma para longe do ponto de equilíbrio. Essa situação é ilustrada na Figura 11.15b: se o ponto ver-
melho é movido, mesmo que levemente, para longe de sua posição de equilíbrio, em x0, ou na di- (b)
reção positiva ou na direção negativa e solto, ele será movido para longe da posição de equilíbrio.
U(x)
Caso 3 Equilíbrio neutro d2U(x)
⫽0
dx2 x0
(11.10)
x
x0
O caso em que o sinal da segunda derivada da função energia potencial em relação à coordena-
(c)
da não é nem positivo nem negativo em um ponto é chamado de equilíbrio neutro, também
referido como indiferente ou marginalmente estável. Essa situação é ilustrada na Figura 11.15c: Figura 11.15 Forma local da fun-
se o ponto vermelho é deslocado por uma pequena quantidade, ele nem retornará e nem se ção energia potencial em um ponto
de equilíbrio: (a) equilíbrio estável;
moverá para longe de sua posição original de equilíbrio. Em vez disso, ele simplesmente per-
(b) equilíbrio instável; (c) equilíbrio
manecerá na nova posição, que é também uma posição de equilíbrio.
neutro.
30
Derivadas: definição
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Pensando na função de uma variável, temos a abscissa (x) e a função
f(x) ou y, cujo valor depende da variável x. Por definição, o incremento
da variável x é dado por x – a, e o incremento da função f(x) é dado por
f(x) – f(a). Portanto, a razão incremental é . O estudo se dá por
meio de representações gráficas e exemplos detalhados, ou seja, você
acompanhará uma noção mais intuitiva e, em seguida, a formalização
em rigor matemático.
Veremos como as retas secantes tendem para a reta tangente,
a inclinação da reta tangente, além das interpretações de derivada.
As derivadas são bastante utilizadas na otimização de problemas – por
exemplo, quando se tem interesse em obter a maximização ou minimiza-
ção de um determinado fenômeno – e em aplicações na física, biologia
e administração.
Neste capítulo, você estudará o limite como uma razão incremental –
a saber, incremento em linguagem matemática significa variação. Análises
geométricas são propostas com as devidas interpretações e exemplifi-
cações. Além disso, chama-se atenção para as diferentes notações com
as quais você pode se deparar.
31
Derivada de uma função
3DUDLQLFLDUPRVRHVWXGRGDGHULYDGDFRQYpPUHFRUGDUDGH¿QLomRGHUHWD
WDQJHQWHDXPJUi¿FRHFDOFXODUDVXDLQFOLQDomRFRPRPRVWUDPRVQD)LJXUD
5HWDVHFDQWHpTXDOTXHUUHWDTXHSDVVDSRUGRLVSRQWRVGHXPDFXUYDRXXP
JUi¿FRFXMDLQFOLQDomRSRGHVHUFDOFXODGDVXSRQGRGRLVSRQWRVP e Q do
JUi¿FRGHy = f(x 2EVHUYHD)LJXUD6HP = (a, f(a)) e Q = (x, f(x)) com xa,
WHPRV D LQFOLQDomR GD UHWD VHFDQWH SRU P e Q = , em que
¨f = f(x) – f(a H¨x = x – a$UD]mRLQFUHPHQWDOpGDGDSHODH[SUHVVmR
52*$:6.,
$VUHSUHVHQWDo}HVJUiILFDVGD)LJXUDDVHJXLUPRVWUDPRTXHDFRQWHFH
FRPRSRQWRQ quando tende a P, ou quando x tende a a.
32
(a) (b)
(c) (d)
1RWHTXHDVUHWDVVHFDQWHVWHQGHPDILFDUFDGDYH]PDLVSUy[LPDVGDUHWD
WDQJHQWH6XSRQKDTXHQHVWiVHPRYHQGRHPGLUHomRDPHQWmRSDUHFHTXH
DVUHWDVVHFDQWHVJLUDPSDUDDUHWDWDQJHQWHFRPRGHPRQVWUDGRQD)LJXUDG
3RGHPRVHQWmRHVSHUDUTXHDVLQFOLQDo}HVGDVUHWDVVHFDQWHVWHQGDPjLQFOL-
QDomRGDUHWDWDQJHQWH6HQGRDVVLPDGHULYDGDfƍ(a SRGHVHUGHILQLGDFRPR
R OLPLWHfƍ(a) = 52*$:6.,
33
Outra forma de escrever a razão incremental é usando a variável h:
h=x–a
34
5RJDZVNL S GHILQHIRUPDOPHQWHDGHULYDGDFRPRDGHULYDGD
GHXPDIXQomRf em x = apROLPLWH VHH[LVWLU GDVUD]}HVLQFUHPHQWDLV
4XDQGRH[LVWLUROLPLWHGL]HPRVTXHfpGHULYiYHOHPx = aRXHQWmRTXH
pGLIHUHQFLiYHOHx = a8PDGHILQLomRHTXLYDOHQWHp
Exemplo
(QFRQWUHDGHULYDGDGDIXQomRy xSHODGH¿QLomRGHOLPLWH
f ´(a) = 2
1DSUy[LPDVHomRLQWHQVLILFDUHPRVRHVWXGRGDGHULYDGDSRUPHLRGD
DQiOLVHJHRPpWULFDGHVHXFRQFHLWRFRPH[HPSORVGHWDOKDGRVSDUDHOXFLGDU
R FRQWH~GR
35
Análise geométrica de derivada
$QWRQ%LYHQVH'DYLV XWLOL]DPXPDQRWDomRPXLWRVHPHOKDQWHj
TXHDFDEDPRVGHHVWXGDUSDUDDQDOLVDUJHRPHWULFDPHQWHRFRQFHLWRGHGHUL-
YDGD2VDXWRUHVGH¿QHPDUHWDWDQJHQWHDXPDFXUYDy = f(x HPXPSRQWR
P(x, f(x GDFXUYDFRPRPRVWUDDVHJXLQWH)LJXUD
36
Exemplo 1
Exemplo 2
37
Figura 5. Inclinação da reta tangente à curva .
Fonte: Anton, Bivens e Davis (2014, p. 133).
Exemplo 3
5DFLRQDOL]DQGRDH[SUHVVmRSDUDDMXGDUDHOLPLQDUDIRUPDLQGHWHUPLQDGD
GROLPLWH
38
$JRUDDVLQFOLQDo}HVHPx x Hx SRGHPVHUREWLGDVVXEVWL-
WXLQGRHVVHVYDORUHVQDIyUPXODJHUDOGHmtg )LJXUD
,QFOLQDomRHP
,QFOLQDomRHP
,QFOLQDomRHP
39
1RWHTXHjPHGLGDTXHxVHDSUR[LPDGH]HURSHODGLUHLWDRJUiILFRYDL
ILFDQGRPDLVYHUWLFDOWDQWRTXHDWDQJHQWHDRJUiILFRHPx pXPDUHWD
YHUWLFDOHRHL[RypXPDDVVtQWRWDYHUWLFDOSDUDDIXQomRDQWHULRU,VVRRFRUUH
SRUTXH
2XVHMDTXDQWRPDLVSHUWRGH]HURPDLVDLQFOLQDomRDXPHQWDHWHQGHDR
LQILQLWRXPDYH]TXHXPDUHWDYHUWLFDOID]FRPDKRUL]RQWDOHQHVVHFDVR
QmRpSRVVtYHOREWHURYDORUGDLQFOLQDomR
3RURXWURODGRQDPHGLGDHPTXHx aumenta, isto é, xĺRJUiILFRYDL
ILFDQGRPDLVKRUL]RQWDO,VVRDFRQWHFHSRUTXHDLQFOLQDomRYDLVHDSUR[LPDQGR
GH]HURTXHpDLQFOLQDomRGRHL[RKRUL]RQWDO HL[Rx
1HPWRGDVDVIXQo}HVFRQWrPGHULYDGDVHPWRGRVRVSRQWRVeSRVVtYHOTXH
ROLPLWHTXHGHILQHDGHULYDGDGHXPDIXQomRfQmRH[LVWDHPFHUWRVSRQWRVGR
GRPtQLRGHf3RUH[HPSORYLPRVTXHDIXQomR QmRSRVVXLGHULYDGD
em x 1HVVHVSRQWRVDGHULYDGDQmRHVWiGHILQLGD
%UDJD S GHVWDFDGXDVLQWHUSUHWDo}HVGHGHULYDGD
a derivada fƍGHXPDIXQomRfpDIXQomRFXMRYDORUHPxpDLQFOLQDomR
GDUHWDWDQJHQWHDRJUiILFRGHy = f(x) em x
a derivada fƍGHXPDIXQomRfpDIXQomRFXMRYDORUHPxpDWD[DGH
YDULDomRLQVWDQWkQHDGHy = f(x HPUHODomRxQRSRQWRx
1DSUy[LPDVHomRYHUHPRVFRPRGHWHUPLQDUDHTXDomRGDUHWDWDQJHQWH
DSDUWLUGRFRQFHLWRGHGHULYDGD
40
5RJDZVNL GHVWDFDTXHQDIRUPDSRQWRLQFOLQDomRDHTXDomRGDUHWD
WDQJHQWHSRUP = (a, b GHLQFOLQDomRmpGDGDSRUy – b = m(x – a (WDPEpP
GHILQHXPDUHWDWDQJHQWHGDVHJXLQWHPDQHLUD
³6XSRQKDTXHf(x VHMDGHULYiYHOHPx = a$UHWDWDQJHQWHDRJUiILFRGH
y = f(x) em P = (a, f(a pDUHWDSRUPGHLQFOLQDomRfƍ(a 8PDHTXDomRGDUHWD
tangente é y – f(a) = fƍ(a)(x – a ´ 52*$:6.,S
Exemplo 1
(QFRQWUHXPDHTXDomRGDUHWDWDQJHQWHDRJUi¿FRGHf(x) = x em x
3UHFLVDPRV FDOFXODU fƍ ,VVR SRGH VHU IHLWR D SDUWLU GD HTXDomR
41
5RJDZVNL DILUPDTXHWDPEpPFRQYpPYHUDGHULYDGDFRPRXPD
IXQomRfƍ(x HPTXHRYDORUHPXPSRQWRx = aSDUWLFXODUpfƍ(a $IXQomRfƍ(x)
DLQGDpGHILQLGDFRPRXPOLPLWHPDVRQ~PHURapVXEVWLWXtGRSHODYDULiYHO
x 6HQGRDVVLP
Exemplo 2
1. (VFUHYHUSRUH[WHQVRRQXPHUDGRUGDUD]mRLQFUHPHQWDO
2. 'LYLGLUSRUhHVLPSOLILFDUDUD]mRLQFUHPHQWDO
42
3. &DOFXODUDGHULYDGDWRPDQGRROLPLWH
1HVVHOLPLWHxpWUDWDGRFRPRXPDFRQVWDQWHSRLVQmRYDULDTXDQGR
hĺ9HPRVTXHROLPLWHH[LVWHSDUDWRGRxSRUWDQWRf(x)pGHULYiYHOH
fƍ(x) = 3x±$JRUDFDOFXODVH
y x
y x
43
Exemplo 3
&DQFHODQGRh
2OLPLWHH[LVWHSDUDWRGRx3RUWDQWRypGHULYiYHOHy ±x–3
Notação de Leibniz
A notação “linha” yƍ e fƍ(x) foi introduzida pelo matemático francês Joseph Louis La-
grange (1736 – 1813). Há outra notação-padrão para a derivada, introduzida por Leibniz:
44
No Exemplo 2, mostramos que a derivada de y = x–2 é yƍ = –2x–3. Na notação de
Leibniz, esse resultado é escrito como:
A notação não deve ser entendida como quociente (dy dividido por dx), pois as
expressões dy e dx são denominadas diferenciais, aqui, tratadas simplesmente como
símbolos sem significado independente.
Fonte: Rogawski (2008, p. 108–109).
ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, S. Cálculo. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. 2 v. 1352 p.
BRAGA, R. O. Cálculo I: estudo da derivada. São Leopoldo: Unisinos, 2012. 190 p.
ROGAWSKI, J. Cálculo, volume 1. Porto Alegre: Bookman, 2008. 624 p.
45
Regra da cadeia
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Muitas das funções que utilizamos para resolver problemas são com-
postas. Afinal, muitas variáveis dependem de outras em problemas reais.
Assim, para entendermos essas funções mais profundamente, é necessário
compreender suas derivadas. Para tal, deve-se utilizar a regra da cadeia.
Neste capítulo, você verá como aplicar as funções compostas em
problemas reais, descrever um fenômeno natural como função composta,
além de aplicar a regra da cadeia na derivação desse tipo de funções.
f(g(x)) = (x + 10)3
46
A definição formal para função composta está apresentada na Figura 1,
a seguir (ANTON; BIVENS; DAVIS, 2014).
Note que as funções compostas (fog)(x) e (gof )(x), em geral, não resultam em funções
iguais. A ordem da composição gera resultados diferentes. No caso particular em que
a função g for a inversa de f, temos que (fog) = (gof ).
47
Como comentado no início da seção, muitos fenômenos podem ser mode-
lados por meio do uso de funções compostas. Geralmente, esses fenômenos
apresentam variáveis independentes para uma função que é dependente de
outra variável. Por exemplo, no caso de associação de molas, a força elástica
produzida por uma mola pode ser descrita como:
F = kx
k = 2k'
F = 2k'x
A partir do exemplo anterior, você pode perceber que muitos outros fenô-
menos podem ser modelados como funções compostas.
48
Fenômeno natural como função composta
Funções compostas, como vimos, são usadas para descrever diversos fenô-
menos naturais que podemos observar – não só as funções, como também as
suas derivadas. Nesta seção, veremos um exemplo de modelagem usando as
funções compostas e suas derivadas.
Suponha um veículo que faça 20 km por litro de combustível. Nesse caso,
temos que a quilometragem alcançada é uma função da quantidade de litros
que o tanque do carro contém. Digamos que a quilometragem seja y, e a
quantidade de litros seja u, então y = f(u). Agora, suponha que cada litro de
combustível custe 4 reais. A quantidade de litros de combustível é uma função
do valor gasto para a sua compra. Digamos que o valor gasto em reais seja x,
assim, temos que u = g(x). Portanto, a quantidade de quilômetros que o carro
anda em relação ao valor gasto é uma função composta:
y = f(u) = f(g(x)).
49
ou seja:
50
Aplicação da regra da cadeia
A regra da cadeia é utilizada para derivarmos funções compostas, conforme
Figura 4, a seguir.
51
Até agora, vimos exemplos cujas funções estavam definidas separadamente.
Todavia, nem sempre os problemas serão apresentados dessa maneira. Veja
o seguinte exemplo.
Portanto:
52
Essa reformulação pode ser interpretada da seguinte maneira: a derivada
da composta é a derivada da função “de fora” multiplicada pela função “de
dentro”. No caso do último exemplo, a função “de fora” é o cosseno, enquanto
a “de dentro” é x4 + 2. Assim, poderíamos escrever que:
Portanto:
53
Existe, ainda, uma terceira maneira de escrever a regra da cadeia. Usando
u = g(x), a fórmula generalizada da derivada da função f é dada por:
54
Portanto:
O nome “cadeia”, em regra da cadeia, refere-se à “corrente”, a qual mais links podem
ser adicionados.
Por exemplo, se tivermos y = f(u), u = g(x), e x = h(t), nas quais f, g e h são diferenciáveis,
a derivada de y em relação a t é (STEWART, 2008):
Ou seja, a cada nova função, um novo link é adicionado à derivada. Veja o exemplo
a seguir:
Note que, nesse exemplo, a regra da cadeia foi usada duas vezes.
ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, S. Cálculo. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. 2 v. 1352 p.
BOCAFOLI, F. Associação de molas. Física e Vestibular: aulas grátis de física, [S. l.], 2019.
Disponível em: http://fisicaevestibular.com.br/novo/mecanica/dinamica/mhs/asso-
ciacao-de-molas/. Acesso em: 2 out. 2019.
STEWART, J. Single variable calculus: early transcendentals. 6. ed. Belmont: Thomson
Brooks/Cole, 2008. 912 p.
55
Problemas de maximização
e minimização
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Quando plotamos uma função, é possível observar como ela varia seu
valor ao longo do eixo x, ou seja, à medida que a variável independente
muda seu valor. Olhando em certo intervalo, a função pode apresentar
picos e vales — o que se chama de máximo ou mínimo absoluto —, ou
seja, o maior pico ou o menor vale. Esses pontos são muito importantes,
pois revelam o valor máximo e mínimo que a função pode chegar e
quando eles ocorrem. Além disso, são muito úteis em problemas de oti-
mização, em que se quer maximizar ou minimizar o valor de uma função.
Neste capítulo, você estudará como definir os pontos de máximo e
mínimo absolutos e como os encontrar. Além disso, verá exemplos de
problemas de otimização.
56
Figura 1. Exemplo de gráficos de dados ou funções.
Fonte: robuart/Shutterstock.com.
57
Figura 2. Exemplos de funções que contêm ou não pontos extremos em um dado intervalo.
Fonte: Anton, Bivens e Davis (2014, p. 267).
Esses exemplos mostram funções que contêm ou não pontos extremos. Nos
casos cujos intervalos são abertos, às vezes, a função contém ou não pontos
extremos. Mas, se o intervalo for fechado, a função necessariamente tem, pelo
menos, um ponto de máximo e um de mínimo. A seguir, o teorema do valor
extremo, segundo Anton, Bivens e Davis (2014, p. 267):
Se uma função f for contínua em um intervalo fechado finito [a, b], então f
tem um máximo e um mínimo absolutos em [a, b].
Se f tiver um extremo absoluto em um intervalo aberto (a, b), então ele deve
ocorrer em um ponto crítico de f.
58
Na Figura 3, veja alguns exemplos de pontos máximos de funções: (a) o
máximo absoluto encontra-se no extremo do intervalo, em b; (b) o ponto de
máximo ocorre um ponto estacionário, em x0; (c) o ponto de máximo ocorre
onde a função não é diferenciável, em x0.
59
Para se encontrar os pontos de extremo absoluto, você pode seguir o pro-
cedimento para chegar aos extremos absolutos de uma função contínua f em
um intervalo finito fechado [a, b], conforme a seguir (ANTON; BIVENS;
DAVIS, 2014):
60
Agora, vamos calcular os valores da função para os pontos críticos encontrados e
para os extremos do intervalo dado. Assim, temos que:
x = –1 ՜ f(x = –1) = 9
x = 0 ՜ f(x = 0) = 0
x = 1/8 ՜ f(x = ) = –9/8
x = 1 ՜ f(x = 1) = 3
61
Figura 5. Extremos absolutos para o caso de intervalo aberto.
Fonte: Anton, Bivens e Davis (2014, p. 270).
62
Problemas de otimização
Os métodos apresentados neste capítulo podem ser usados para resolver pro-
blemas de otimização, que são aqueles em que se pretende maximizar ou
minimizar alguma função contínua em certo intervalo.
Problema 1
Suponha que você está construindo um jardim retangular. Se você dispuser
apenas de 100 m de cerca, qual é a maior área possível?
Como o jardim é retangular, ele possui 4 lados com comprimentos x e y
em metros, como mostrado na Figura 6.
2xy = 100
A=xy
63
As duas equações estão relacionadas. Podemos isolar uma variável em
uma delas e substituir na outra. Assim, isolaremos a variável y na equação
do perímetro, ficando com:
A = x(50 – x)
A = 50x – x2
x
64
Portanto, o ponto de máximo absoluto ocorrerá em algum dos extremos
ou em x = 25. Vamos checar cada um deles:
x ĺA ±2 = 0
x ĺA ±2 = 1.250 – 625 = 625
x ĺA ±2 = 2.500 – 2.500 = 0
Pode-se ver que a área máxima será 625 m2 e ocorre quando x = 25 m. Você
pode verificar esse resultado, plotando a função área (Figura 7).
y = 50 – x
= 50 – 25
= 25
65
A partir do exemplo que você acabou de ver, pode-se definir alguns passos
para resolver problemas de otimização (ANTON; BIVENS; DAVIS, 2014):
Problema 2
Suponha que você esteja planejando confeccionar uma lata, cujo volume interno
seja de 1 litro (1.000 cm3). Qual é a altura e o raio da lata para minimizar a
quantidade de material utilizado em sua confecção?
Vamos supor que o material utilizado seja exatamente igual à área de su-
perfície do cilindro. A lata consiste em dois discos circulares e um retângulo
lateral, como mostrado na Figura 8.
66
$ViUHDVGDVEDVHVVHUmRGDGDVSRUʌr2, e a área lateral por 2 ʌ r h. A área
total de sua superfície será:
S ʌr2ʌ r h
V ʌr2 h
67
Como visto na Figura 5, é esperado que SWHQKDXPPtQLPRHP
Então, derivaremos S em relação a r e igualaremos a zero para encontrar o
mínimo. Assim:
68
Já o valor de h será:
Referência
ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, S. Cálculo. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014.
69
Interpretação geométrica
da derivada — Regras de
derivação e suas aplicações
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
Ao estabelecer uma relação entre duas variáveis em forma de função,
é possível avaliar a variação de uma variável, à medida que outra varia,
por meio da derivada. Essa interpretação remete às taxas de variação.
A derivada pode ser interpretada de modo geométrico. Quando
observamos a representação gráfica de uma função — uma curva qual-
quer —, a derivada tem um sentido particular em relação a uma curva
e um ponto local.
Neste capítulo, você vai estudar a forma como uma derivada pode ser
interpretada geometricamente, além das regras aplicadas em operações
matemáticas que facilitam o seu cálculo.
70
52*$:6.,$'$06 1HVWHFDStWXORYDPRVLGHQWL¿FDUDGHULYDGD
FRPRDLQFOLQDomRGDUHWDWDQJHQWHHFRQKHFHUDOJXPDVUHJUDVGHGHULYDomR
$GHULYDGDpGHILQLGDFRPRDLQFOLQDomRGHXPDUHWDWDQJHQWHjFXUYDRX
VHMDRFRHILFLHQWHDQJXODUGDUHWDWDQJHQWHHSRGHPRVLQLFLDURFiOFXORFRP
EDVHQHVVDGHILQLomR'DGDVXPDFXUYDf(x HXPD UHWD rWDQJHQWHDHVVDFXUYD
TXHSDVVHSHORSRQWRP = (xy RXP = (xf(x WHPRVDVHJXLQWHLOXVWUDomR
)LJXUD
y y = f(x)
Reta r,
P = (x1,y1)
tangente a f(x)
y1
x
x1
Figura 1. Reta tangente a uma curva.
Fonte: Adaptada de Rogawski e Adams (2018, p. 113).
$SHQDVFRPXPD~QLFDLQIRUPDomRGDUHWDWDQJHQWHRSRQWRPQmRFRQ-
VHJXLUHPRVGHILQLURFRHILFLHQWHDQJXODUGHVVDUHWD3DUDFKHJDUPRVDRYDORU
GRFRHILFLHQWHDQJXODUGDUHWDWDQJHQWHSUHFLVDPRVGHDRPHQRVGRLVSRQWRV
(QWmRYDPRVFRQVLGHUDUXPVHJXQGRSRQWRRSRQWRQSHUWHQFHQWHjFXUYD
y = f(x RQGHQ = (xy RXQ = (xf(x $RWUDoDUXPDQRYDUHWDDUHWD V
TXHSDVVHSHORSRQWRPHSHORSRQWRQHQFRQWUDQGRDLQFOLQDomRGHVVDUHWD
FRQVHJXLUHPRVSRUPHLRGRFRQFHLWRGHOLPLWHFKHJDUjLQFOLQDomRGDUHWD r
$VHWDSDVSDUDRFiOFXORGDLQFOLQDomRGDUHWDrVmR
1. WUDoDUXPDUHWDVHFDQWHDUHWDs;
2. FDOFXODUDLQFOLQDomRGDUHWDs;
3. FKHJDUjLQFOLQDomRGDUHWDr
71
Acesse o link a seguir para aprender mais sobre a reta tangente e sobre a reta secante
a uma curva.
https://goo.gl/QNgC4a
$RHVFROKHUXPSRQWRQVREUHDFXUYDHWUDoDUXPDQRYDUHWDWHPRVD
VHJXLQWHFRQILJXUDomR )LJXUD
y y = f(x) Reta s,
reta secante a f(x)
Q = (x2,f(x2))
f(x2) Reta r,
P = (x1,f(x1))
tangente a f(x)
f(x1)
x1 x2 x
2EVHUYHTXHDUHWDsTXHSDVVDSHORVSRQWRVP e QpXPDUHWDVHFDQWHj
FXUYDy = f(x 3DUDREWHUDLQFOLQDomRGDUHWDsEDVWDFDOFXODURFRHILFLHQWH
DQJXODUGHVVDUHWDGDGDSRU
72
4 Interpretação geométrica da derivada — Regras de derivação e suas aplicações
3RGHPRVUHHVFUHYHUHVVDHTXDomRHPIXQomRGDYDULDomRGHxGDVHJXLQWH
PDQHLUD
9HMDTXHRxpRxVRPDGRDRLQWHUYDORHQWUHx e xTXHGHQRWDPRV¨x
6XEVWLWXLQGRxQDHTXDomRx ¨x + xWHPRV
$VVLPGHILQLPRVRFRHILFLHQWHDQJXODUGDUHWDsDUHWDVHFDQWHjFXUYD
1mRSRGHPRVHVTXHFHUGHTXHRQRVVRREMHWLYRpFKHJDUjLQFOLQDomRGDUHWD
WDQJHQWH
$YDOLHRVHJXLQWHHQWUHRSRQWRPHRSRQWRQWHPRVXPDYDULDomRHPx de
¨x6HPRYLPHQWDUPRVRSRQWRQDSUR[LPDQGRRGRSRQWRPR¨xHQWUHHVVHV
SRQWRVVHUiPHQRU6HPRYLPHQWDUPRVRSRQWRQSDUDXPDGLVWkQFLDFDGDYH]
PHQRUGRSRQWRPR¨xWHQGHUiDGLPLQXLUFDGDYH]PDLVID]HQGRFRPTXH
DUHWDVHFDQWHVHDSUR[LPHSURJUHVVLYDPHQWHGDUHWDWDQJHQWH 52*$:6.,
$'$06 2EVHUYHD)LJXUD
6HFDOFXODUPRV¨xWHQGHQGRD]HURHDSOLFDUPRVQDIyUPXODGDLQFOLQD-
omRGDUHWDsFKHJDUHPRVDRYDORUGDLQFOLQDomRGDUHWDr,VVRVHGHILQHGD
VHJXLQWHPDQHLUD
3RGHPRVREVHUYDUTXHDRFDOFXODUDLQFOLQDomRGDUHWDWDQJHQWHHVWDPRV
XWLOL]DQGRRFRQFHLWRGHGHULYDGD
73
y y
Q
Q
P P
x x
x1 x2 x1 x2
y y
Q
Q
P
P
x x
x1 x2 x1 x2
Figura 3. As retas secantes tendem para a reta tangente quando Q tende para P.
Fonte: Rogawski e Adams (2018, p. 113).
A derivada de uma função y = f(x), em um ponto x0, pode ser definida, se o limite
existir, como:
(QWHQGHQGRR¨xFRPRXPLQFUHPHQWRQRxHVVDGHILQLomRWDPEpPp
FRQKHFLGDFRPROLPLWHGDUD]mRLQFUHPHQWDO
74
3DUDUHSUHVHQWDUDGHULYDGDy = f(x DVVHJXLQWHV QRWDo}HVVmRFRPXPHQWH
XWLOL]DGDV
$VHJXLUYHMDXPH[HPSORFRQWH[WXDOL]DGR
O gráfico a seguir representa a função y = x 2. Observe que temos uma reta tangente
em x = 1.
y = x2
–2 1 3 x
Note que, se quisermos descobrir a lei de formação da reta tangente, ou simplesmente
calcular a sua inclinação, podemos utilizar o conceito da derivada no cálculo.
O coeficiente angular da reta tangente ao ponto x = 1 é a derivada no ponto x = 1. Veja:
Sendo x0 = 1, temos:
75
Veja que o coeficiente angular da reta tangente à curva no ponto x = 1 é a = 2.
Técnicas de derivação
([LVWHPDOJXPDVWpFQLFDVGHGHULYDomRTXHIDFLOLWDPRFiOFXORGDGHULYDGD
(VVDVWpFQLFDVVmRIDFLOPHQWHGHPRQVWUDGDVDSDUWLUGDGH¿QLomRGHGHULYDGD
XWLOL]DQGRRFRQFHLWRGHOLPLWHV1HVWHFDStWXORDERUGDUHPRVDOJXPDVWpF-
QLFDVGHGHULYDomRTXHSHUPLWHPFDOFXODUGHULYDGDVGHIXQo}HVDOJpEULFDV
&RQWXGRDSDUWLUGDGH¿QLomRGHGHULYDGDWDPEpPpSRVVtYHOGHGX]LUUHJUDV
GHGHULYDomRSDUDDVIXQo}HVWULJRQRPpWULFDVH[SRQHQFLDLVHORJDUtWPLFDV
Regra da constante
'DGDXPDIXQomRFRQVWDQWHf(x FRQVWDQWHDGHULYDGDGHVVDIXQomRp]HUR
$YDOLHTXHDGHULYDGDUHSUHVHQWDDLQFOLQDomRGHXPDUHWD6HXPDIXQomRp
FRQVWDQWHHODpSDUDOHODDRHL[RGDVDEVFLVVDVORJRQmRKiLQFOLQDomR
f’(c) = 0
Exemplos:
76
Regra da potência
'DGDXPDIXQomRf(x xQRQGHxpXPH[SRHQWHTXDOTXHUDUHJUDGHGHULYDomR
SDUDHVVHVFDVRVpDVHJXLQWH
Teorema: dada uma função f(x) = xn, a derivada dessa função será:
f(x) = xn
f’(x) = nxn – 1
Exemplos:
f(x) = x3
f’(x) = 3x2
f(x) = x4
f’(x) = 4x3
77
Regra da linearidade: soma e diferença
9DPRVVXSRUTXHf e gVHMDPGXDVIXQo}HVGLIHUHQFLiYHLV+iXPDUHJUDGH
VRPDHGLIHUHQoDTXHSURS}HRVHJXLQWH
(f + g)’ = f’ + g’
(f – g)’ = f’ – g’
Regra constante vezes uma função: sendo f uma função diferençável e c um número
real qualquer, temos que:
(cf(x))’ = c ∙ f’(x)
Exemplos:
78
Regra do produto: sendo (f · g),
Exemplos:
79
Um corpo tem sua temperatura medida em Fahrenheit em função do tempo, em
minutos. A função que descreve essa relação é a seguinte:
80
Utilizando o teorema da derivada de um quociente,
Temos:
Em r = 6,77 × 106 m,
Referência
Leituras recomendadas
ANTON, H.; BIVENS, I.; DAVIS, S. Cálculo. 10. ed. Porto Alegre: Bookman, 2014. v. 1.
PROFESSOR FERRETO. Relações métricas na circunferência. [2018]. Disponível em: <http://
www.professorferretto.com.br/relacoes-metricas-na-circunferencia/>. Acesso em: 2
dez. 2018.
81
82