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Ano de publicação: 2018
Produção grillk:a
fTlj
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Diretor Editorial
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Gerente Editorial
Sandra Carla Ferreira de Castro
Elaboradores de Original
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Antônio Sérgio Castro
Cristiano G. Barbosa
Editora
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Cll
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Gerente de Produção Editorial
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Coordenadora de Produção Editorial
Luzia Estevão Garcia
Coordenadora de Preparação e Revisão
Lilian Semenichin
Supervisora de Preparação e Revisão
Adriana Soares de Souza
Módulo 2
Preparação
Equipe FTD
Revisoras O movimento e
Lilian Garrafa
Raura Monique lkeda
Supervisora de Iconografia e Licenciamento de Textos
suas causas
Elaine Bueno
Pesquisa
Gabriela Araújo
Crédito de imagem de capa
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Coordenadora de Ilustrações e Cartografia
Mareia Berne
Gerente de Arte
Ricardo Borges
Coordenadora de Arte
Daniela Máximo
Supervisora de Arte
Flávia Yamamoto Boni
Projeto Gráfico
Fabiano dos Santos Mariano
Editora de Arte
Patrícia da Rocha Lé
Diagramação
Adriana Maria Nery de Souza A comunicação impressa
Diretor de Operações e o papel têm uma õ11ma
história ambienlal
e Produção Gráfica
para contar
Reginaldo Soares Damasceno www.twoshks.org.br
Envidamos nossos melhores esforços para localizar e indicar adequadamente os créditos dos textos e
imagens presentes nesta obra didática. No entanto, colocamo-nos à disposição para avaliação de eventuais
irregularidades ou omissões de crédito e consequente correção nas próximas ec:Oções.
As imagens e os textos constantes nesta obra que, eventualmente, reproduzam algum tipo de material de
publicidade ou propaganda, ou a ele façam alusão, sao aplicados para fins didáticos
e não representam recomendação ou Incentivo ao consumo.
wt.umne1
Leis de Newton e suas aplicações
Forças no cotidiano 6
Sistemas de forças 36
1+1•uwm
Trabalho e potência
r
Capítulo 5
Leis de Newton e
suas aplicações ~
' ,
Paratriatlo - modalidade
bicicleta.
Forças no e
Vamos aplicar as leis de Newton em situaçOes qtlé obse
dia para •Profundar <>s conce;ios já estudadas, relacionando fo
movimento. Para isso, estudaremos as características de cada
uma das forças, identificando-as nas mais diversas
situações, como veremos a seguir.
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A força peso
Entre as diversas modalidades esportivas, provavelmente os saltos ornamentais estão
entre as mais belas provas olímpicas. Nela, os competidores saltam de plataformas que
podem medir até 1 O metros de altura, realizando acrobacias no ar durante a queda,
devendo o corpo estar perfeitamente alinhado com a vertical. Para que os atletas con-
sigam realizar esses saltos, eles utilizam o trampolim, que é uma espécie de plataforma
flexível na direção vertical. Assim que eles saltam da plataforma, a força da gravidade
atua sobre eles e imprime uma aceleração constante de g = 9,8 m/s 2 , aumentando sua
velocidade continuamente - pois trata-se de um movimento uniformemente variado
(MUV) - até atingirem a superfície da água.
Em nossos estudos, adotaremos, na maioria dos casos, o valor de 1 O m/s 2 para a
aceleração da gravidade próxima da superfície terrestre.
Peso é massa?
É muito comum ouvirmos dizer: "Após completar uma maratona, )
Módulo 2 1 Capítulo 5 9
Na tabela abaixo, podemos verificar os valores da gravidade para diferentes latitudes.
Com esses dados, pode-se concluir, por exemplo, que um pacote de 1 kg de arroz na
cidade do Rio de Janeiro (RJ), cuja latitude é 22º54'1 O", tem peso ligeiramente supe-
rior ao q ue teria em Forta leza (CE), de latitude 3º43'02". Isso acontece porque no Rio
de Janeiro o pacote é atraído para o centro da Terra com uma força um pouco ma is
intensa que nas regiões mais próximas da linha do equador. O que não varia, nos dois
casos, é a massa do pacote, uma grandeza que está relacionada com a quantidade de
matéria que ele contém.
Q ua nto maior a massa, maior o peso do objeto. Massa e peso podem, então, ser
consideradas grandezas d iretamente proporciona is, e o fator de proporciona lidade entre
si é a aceleração da gravidade loca l.
1 Latit ude o 10 20 30 40 50 60 70 80 90
L Valor de g (m/s2) 9,780 9,782 9,786 9,793 9,802 9,812 9,813 9,826 9,831 9,837
P=mg
Pé a força peso, m é a massa do corpo e o vetorg, a aceleração da gravidade local,
sempre vertical e apontado para baixo.
No Sistema Internacio na l (SI), a força peso é dada em newtons (N), assim como
para q ua lquer o ut ro tipo de força .
A força normal
No estudo sobre a terceira lei de Newton, foi possível verificar que, se
um objeto aplica um a fo rça sobre outro objeto, ele recebe uma reação de
mesma intensidad e e di reção, com sentido contrário, aplicada pelo segundo
corpo. Observando a imagem da ginasta no aparelho conhecido como t rave
de equilíbrio, podemos notar que ela está apoiada sobre sua superfície. Nessa
situação, estabelece-se uma força de contato entre a gi nasta e a superfície
da trave, que se caracteriza por ter direção sempre perpendicu lar ao plano
de apoio. Essa interação é chamada de força normal e, por se tratar de uma
fo rça, também é uma grandeza vetorial, representada por N.
Nesse caso, podemos afirmar que a resu ltante das forças é nu la, pois as
fo rças peso e normal são iguais (P = N). É muito importante lembrar q ue,
apesar de terem a mesma intensidade, em situações como o da imagem da
g inasta, a fo rça norma l não é uma força de reação à força peso.
. : - - - -
---~~
._e-
Representação vetorial
da força normal das
situações apresentadas.
1. Livros sobre a mesa.
2. Luminária na parede.
3. Rolo de tinta.
Atenção: a força peso
mantém-se sempre
alinhada com a direção
vertical, apontando para
o centro da Terra, e a
força normal mantém-
-se perpendicular à
superfície de apoio.
Os exemplos de força normal mostrados acima podem ser representados vetorial-
mente da seguinte maneira:
p
v
N
Não há uma fórmu la matemática para determinar a intensidade da força normal. Seu
valor dependerá da config uração do sistema de forças ao qual o objeto estiver sujeito.
Módulo 2 1 Capítulo 5 11
A força de tração
A força de tração (T) é a força que age por meio da interação entre os fios e os
cabos ligados a corpos que estão sendo puxados. No caso do g inasta da imagem aci-
ma, o aparelho da prova é constituído por uma estrutura de onde se suspendem duas
argolas, a cerca de 2,75 m do solo. A ideia desse apa relho é de que o atleta permaneça
suspenso através da corda, aplicando, para isso, uma força q ue acaba sendo transmitida
po r toda a sua extensão.
Na foto abaixo, podemos observar que um ho mem puxa um pneu aplicando uma
fo rça por meio da própria corda . Essa é a força de tração. A vantagem de utilizar cordas
e cabos para realizar essas tarefas é q ue a fo rça a plicada em um po nto da corda pode
ser transmitida a qualquer o utro ponto dela. Em situações ideais, podemos considerar
os fios e os cabos como ideais, ou seja, flexíveis, inextensíveis e de massa desprezível.
O esforço que sofrem é integralmente transmitindo ao longo de seu comprimento, o u
seja, com uma força de mesma intensidade.
Observando o esquema abaixo, em que p uxamos um bloco por meio de um fio,
apli camos uma força de tração T na extremidade livre do fio. Essa tração, que está
orientada na direção horizontal e sentido para a esquerda, é transmitida pelo fio até o
bloco. Este, por sua vez, oferece resistência a essa tração, com uma força de reação -T
sobre o fio de mesma intensidade e direção, porém de sentido contrário.
O fio, portanto, fica sujeito a trações de mesma intensidade e sentidos opostos, de
modo que a resultante das forças sobre ele é nula.
Assim como acontece com a força normal, não há uma fórmula para fazer o cálculo
da intensidade da força de tração, pois ela também depende da configuração do sistema
de forças ao qual o objeto está submetido.
Exercícios RESOLVIDOS
1. A missão Apollo 11 entrou para a história por ter sido a primeira a con-
seguir, em 1969, que os astronautas caminhassem na superfície da Lua e
retornassem à superfície terrestre em segurança. Durante a expedição, os
astronautas puderam experimentar sensações proporcionadas por diferen-
tes gravidades.
Considerando que um dos astronautas presentes na missão tivesse uma
massa de 85 kg, qual seria a diferença entre os pesos medidos na superfície
terrestre e na superfície lunar?
Dados: gTerra = 9,8 m/s 2 e gLua = 1,6 m/s2 •
Módulo 2 1 Capítulo 5 13
2. Na ginástica olímpica masculina,
existem diferentes tipos de provas,
e uma delas é conhecida como ca-
valo com alças. Nessa disputa, o
atleta deve utilizar a alças presas
na superfície para conseguir o im-
pulso necessário para realizar suas
acrobacias.
Módulo 2 1 Capítulo 5 15
e) Determine o valor da aceleração para esses 5. (FMP-RJ) Um helicóptero transporta, preso por
dois movimentos. uma corda, um pacote de 100 kg de massa. O
helicóptero está subindo com aceleração cons-
tante vertical e para cima de 0,5 rn/s 2 .
Se a aceleração da gravidade no local vale
10 m /s 2 , a tração na corda, em newtons, que
sustenta o peso vale:
a) 500
b) 950
D D D D
i - - - - fiol
D D D D
D D D D 6kg
D D D D
D D D D
D D D D
D D D D T
A razão entre as intensidades das trações
-1.
D D D D T2
D D D D nos fios ideais 1 e 2 vale:
--., 11
a)~
A resultante das forças que agem sobre o Ho- 5
mem-Aranha, no momento indicado no dese- b) ~
nho, tem a direção e sentido mais próximos de: 3
a) e) ~
2
b)~ d)~
2
e)
l
PRATICAR: 1 a 4, 6, 8 e 11
e)--- APROFUNDAR :1 a 4
••
~uck ························ -········································> A pontuação é igual
ao número de pedras
ma is próximas do
button
Módulo 2 1 Capítulo 5 17
Observe o segu inte esquema:
E o curling no Brasil?
No Brasil, a prática do curling
é recente. Em 2007, alguns jovens
estudantes brasileiros decidiram
montar um time e começar a prati-
car o esporte. De lá para cá, a prática
desse esporte no Brasil tem crescido
significativamente!
Para saber um pouco mais sobre
a história desse esporte em nosso
país, acesse o site da Confedera- Representação das forças que atuam
ção Brasileira de Desportos no Gelo sobre a pedra durante seu movimento.
(CBDG), disponível no link abaixo.
<http: //cbdg.org.br/curling/> Por meio da rep resentação acima, é possível verificar que as
forças normal (N) e peso (P) se anulam, restando somente a ação
da força de atrito (f.t), contrária ao movim ento. Como o atrito da
pedra com a superfície de gelo é pequeno, ela perde velocidade
gradualmente, enquanto percorre a pista, até cessar completamente
seu movimento.
Cada equipe deve tentar colocar a quantidade máxima de pedras
no centro do alvo ou, do ponto de vista da Física, "fazer com que a
força aplicada na pedra seja bastante precisa, na d ireção e no sentido
para que atinja o alvo" .
Assim, quanto maior a força durante o lançamento da pedra, maior
a velocidade inicial e, consequentemente, maior seu alcance até que
ela pare completamente.
Em outros esportes, como o atletismo e a natação, o atrito também
é de extrema importância.
Denis Kuvaev/Shutterstock.com
Sem o atrito não seria possível o movimento dos competidores Nas provas de natação, o atrito entre a água e o corpo do
em uma prova de atletismo. competidor dificulta sua movimentação nas piscinas.
Sabemos também que o peso é dado pela massa do objeto (m) e pela gravidade
(g) do local. Dessa forma, temos:
P = mg
A força de atrito fat entre o piso de gelo e a pedra de granito pode ser escrita como:
fat = Nµ
f.t = mgµ
Módulo 2 1 Capítulo 5 19
Estrada coberta
por gelo.
Materiais
• tábua de madeira • bolinhas de gude
• transferidor • tabela trigonométrica
• caixas de papelão • caderno e caneta para anotações
• caixas de plástico • objetos diversos
ATENÇÃO
A tábua deve ser
obtida com o
professor.
ATIVIDADES
1. De acordo com o experimento realizado, à medida que a inclinação aumenta, o que acontece com a
força normal? O que se pode dizer a respeito da força de atrito?
2. Entre quais superfícies o coeficiente de atrito foi maior? Em que caso foi menor? De acordo com o
coeficiente de atrito, qual das caixas desliza mais facilmente?
3. O que aconteceria se, dentro de uma das caixas, fosse colocado, por exemplo, alguns pesos, como
bolinhas de gude? O ângulo de inclinação para que a caixa inicie o escorregamento seria diferente?
Módulo 2 1 Capítulo 5 23
Exercício RESOLVIDO
(IMED-RJ) Um professor de ensino médio deseja determinar o coeficiente
de atrito cinético entre dois tênis e o chão dos corredores da escola, supos-
tamente horizontais. Para tanto, ele mede inicialmente a massa dos dois
tênis, A e B, encontrando um valor de 400 g e 500 g, respectivamente. Após,
solicita que um aluno puxe horizontalmente os tênis com um dinamômetro,
verificando a sua marcação quando o tênis está se movendo com velocidade
constante, sendo que são registrados os valores de 2,8 N para o tênis A e
3,0 N para o tênis B. Com base nessas informações e considerando a acele-
ração da gravidade igual a 10 m/s2 , é correto afirmar que:
a) o coeficiente de atrito cinético determinado para o tênis A é um valor en-
tre 0,4 e 0,6.
b) mesmo sem ser realizada uma medida para o atrito estático, o valor do
coeficiente desse atrito será menor do que o encontrado para o atrito ciné-
tico em cada caso.
e) o tênis B possui maior coeficiente de atrito cinético do que o tênis A.
@ foi determinado um valor de 0,6 para o coeficiente de atrito cinético para
o tênis B.
e) em nenhuma das medidas foi determinado um valor maior ou igual a 0,7.
Para a velocidade ser constante, a força resultante deve ser nula, ou seja:
F = f at ~ F= µ eN
•ATIVIDADES
7. (PUC-RS) Sobre uma caixa de massa 120 kg, atua uma força horizontal constante F de intensidade
600 N. A caixa encontra-se sobre uma superfície horizontal em um local no qual a aceleração gravita-
cional é 10 m/s 2 . Para que a aceleração da caixa seja constante, com módulo igual a 2 m/s 2 , e tenha a
mesma orientação da força F, o coeficiente de atrito cinético entre a superfície e a caixa deve ser de:
a) 0,1
b) 0,2
e) 0,3
d) 0,4
e) 0,5
9. Após retomar de férias, um casal resolve mo- 11. (UFJF-MG) Em relação às forças de atrito entre
dificar a posição dos móveis da sala do apar- um bloco e uma superfície sobre a qual repou-
tamento. Começa arrastando o sofá, porém sa, assinale a afirmação correta.
encontra dificuldade para movê-lo. Percebe
que o piso não ajuda muito, pois é repleto de a) A força de atrito é diretamente proporcional
ondulações. Após pensar por alguns instantes, à área da superfície de contato.
tem uma ideia. Entre as possibilidades abaixo, b) O coeficiente de atrito estático não depende
qual delas facilitaria a movimentação do sofá? da natureza da superfície.
a) Utilizar um cabo de vassoura para servir e) A força de atrito máxima é diretamente pro-
como alavanca para levantar um dos lados porcional ao módulo da força normal.
e empurrar. d) A força de atrito máxima é inversamente
b) Molhar o piso decorado para provocar um proporcional ao módulo da força normal.
deslizamento melhor. e) Uma vez que o bloco começa a deslizar, a
e) Usar um tapete com o lado emborrachado força de atrito aumenta proporcionalmente
voltado para cima sob os pés do sofá. à velocidade do bloco.
d) Amarrar uma corda em volta do sofá que se-
ria puxada por ambos.
Módulo 2 1 Capítulo 5 25
12. Uma criança brinca de escalar uma porta fir- 13. (IFSul-RS) Uma caixa encontra-se em repouso
mando-se apenas com os pés em cada um em relação a uma superfície horizontal. Pre-
dos batentes, conforme mostram as figuras a tende-se colocar essa caixa em movimento em
seguir. Considerando que a massa da criança relação a essa superfície. Para tal, será aplica-
é 30 kg e o coeficiente de atrito entre seu pé e da uma força de módulo F que forma 53º aci-
o batente é igual a 1, qual é a intensidade da ma da direção horizontal. Considerando que o
reação do batente sobre seus pés no momento coeficiente de atrito estático entre a superfí-
em que ela se encontra em equilíbrio? cie da caixa e a superfície horizontal é igual a
0,25, que o coeficiente de atrito dinâmico entre
a superfície da caixa e a superfície horizontal
é igual a 0,10, que a massa do objeto é igual
2 kg e que a aceleração da gravidade no local é
igual a 10 m/s2 , o menor módulo da força F que
deverá ser aplicado para mover a caixa é um
valor mais próximo de:
Utilize: sen 53º = 0,8 ecos 53º = 0,6.
a) 6,25 N
b) 8,33 N
e) 12,50 N
d) 20,00 N
PRATICAR: 5, 7 e 14
APROFUNDAR: 7 a 9
1. (Enem/MEC) Os freios ABS são uma importante medida de segurança no trânsito, os quais fun-
cionam para impedir o travamento das rodas do carro quando o sistema de freios é acionado,
liberando as rodas quando estão no limiar do deslizamento. Quando as rodas travam, a força de
frenagem é governada pelo atrito cinético.
As representações esquemáticas da força de atrito fat entre os pneus e a pista, em função da pres-
são p aplicada no pedal de freio, para carros sem ABS e com ABS , respectivamente, são:
d)
a) 1..
i//
1,,
·;:/
1
:
1
p p p p
b) 1.. f,. e)
p p p p
e) 1,,
p p
A força elástica
As próteses especiais para corredores, também conhecidas como lâminas,
revolucionaram as competições paralímpicas. As primeiras lâminas para compe-
tições foram criadas na década de 1970 e, desde então, têm evoluído bastante.
Atualmente, elas são construídas com cerca de 80 camadas de fibra de carbono,
cada uma mais fin a que um fio de cabelo, e não contam com nenhum tipo de
circuito eletrônico ou robótico; o processo é, portanto, puramente mecânico,
ou seja, a cada passo dado pelo corredor, a prótese acaba se contraindo, como
uma mola, e armazenando energ ia cinética, relacionada com o movimento
dos corpos e vinculada diretamente à massa e à velocidade. Quando a lâmina
retorna ao formato original, a energia é, então, liberada, impulsionando o atleta.
Módulo 2 1 Capítulo 5 27
Em nosso dia a dia, deparamo-nos inúmeras vezes com esse tipo de força, que age
para restabelecer condições de equilíbrio. Essa força, que chamamos de força elásti-
ca, está relacionada com d iversos t ipos de deformação; além das próteses usadas em
corridas, podemos mencionar o cabo utilizado no salto de bungee-jump, que apresenta
elasticidade e resistência, ficando preso ao corpo da pessoa. Nas competições de nata-
ção, a tecnologia também tem forte atuação, como nas roupas utilizadas, aderentes e
elásticas, que acabam permitindo ao nadador um melhor rendimento, maior facilidade
de movimento e diminuição do atrito com a água.
Mola no Mola
estado natural. distendida.
Mola
comprimida.
3) Lei de Hooke
Ao aplicarmos sobre a mola uma força de 2F, a fim de esticá-la, teremos uma de-
formação equivalente a 2x .
Mola no Mola
estado natural. distendida.
Módulo 2 1 Capítulo 5 29
Note, no esquema abaixo, a condição restauradora da força e lástica, que sempre
busca o equilíbrio da mola, ou seja, sem qualquer distensão ou compressão.
Associação de molas
Para a lgumas situações específicas, torna-se interessante fazer uso de associação de
molas, que podem ser dispostas de várias maneiras, como veremos a seguir. A partir do
momento em que houver ma is de uma mola conectada, será formada uma associação
q ue resultará em uma mola equivalente.
mola
equivalente
Matematicamente, temos:
F
Para a mola 1 : F1 = k1x1 ~ x1 = -1..
k,
F
Para a mola 2: F2 = k2 x 2 ~ x 2 = ...L
k2
Como x =x1 + x2 e F = F1 = F2, podemos escrever:
1._=t +L~ k =~
keq k1 k2 eq k1 + k2
A força aplicada no sistema será dividida entre as duas molas, as quais, por serem
igua is, têm os valores das forças F1 e F2 igualados. Observe:
keq
mola
equivalente
Matematicamente, ternos:
Para a mola 1: F1 = k1 x 1
Pa ra a mola 2: F2 = k2x2
Corno x1 = x2 = x e F = F1 + F2 , podemos escrever:
Módulo 2 1 Capítulo 5 31
Exercício RESOLVIDO
(Acafe-SC) Em um brinquedo infantil, um garoto
está suspenso por duas molas 1 e 2 verticais parale-
las onde atuam as forças de módulos 100 N e 200 N,
respectivamente, como mostra a figura (a). O mesmo
garoto é suspenso agora com as mesmas molas 1e2,
agora associadas em série como na figura (b).
Em relação à segunda situação (figura b), analise
as afirmações a seguir.
I. O módulo da força aplicada na mola 2 é 200 N.
II. O módulo da força resultante na figura b é 300 N.
III. As molas possuem a mesma constante elástica k .
IV. A mola 1 aplica uma força de módulo 300 N.
Todas as afirmações corretas estão em:
a) III - IV e) I - II - III - IV
b) ! - II - III @)II - IV
Na figura (a) , podemos ver que as molas estão em paralelo. Assim:
Feq = F 1 + F 2 =100 + 200 = 300:::::>Feq= N
Na figura (b), em que as molas estão associadas em série, a força é igual à
força equivalente do sistema de molas , ou seja, 300 N.
Analisando as alternativas, podemos concluir que (I) e (III) estão incorretas :
em série, as forças são iguais, mas cada mola tem sua constante elástica e,
em paralelo, as distâncias são iguais, mas cada mola tem sua constante elas-
tica. Em paralelo, a força equivalente é de 300 N (100 + 200), e em serie, ela
é a mesma em cada mola.
•ATIVIDADES
14. (Unioeste-PR) Na figura, um bloco de massa M está preso a N
uma mola que se encontra esticada. O bloco está em repouso
sobre uma superfície áspera. O coeficiente de atrito estático
entre o bloco e a superfície é µ. Considerando o bloco como
partícula, todas as forças mostradas na figura atuam no cen- P
tro de gravidade.Pé a força peso "exercida pela Terra", N é a força normal "exercida pela superfície" ,
Fé a força exercida pela mola e fé a força de atrito, também exercida pela superfície.
Considerando o exposto, assinale a alternativa correta.
a) As intensidades das forças N e P devem ser iguais para satisfazer a Terceira Lei de Newton.
b) A intensidade da força fpode ser calculada pela expressão f = µN.
e) As intensidades das forças F e f devem ser iguais para satisfazer a Segunda Lei de Newton.
d) A resultante das forças N e fé igual à resultante das forças F e P.
e) A resultante das forças N, f e Pé oposta à força F e possui a mesma intensidade desta.
Os gráficos abaixo apresentam a constante elástica desse tipo de corda. O gráfico I, à esquerda,
representa a corda original e indica a relação entre a força de restauração de uma corda elástica de
acordo com seu deslocamento (elongação) e em relação à posição de equilíbrio (parada), que ocorre
durante o salto de bungee-jump.
O gráfico II, à direita, apresenta duas retas, A e B. Cada uma representa a elongação dos diferentes
tipos de cordas usadas por Nílton e Kelvin no salto de bungee-jump.
Gráfico 1 Gráfico li
F(N) F (N)
A
1 000
850 .
800 ································. 800
600 ······················· 600
400 ............... 400
200
Observe as retas A e B, no gráfico II, e indique aquela que melhor representa a corda usada por
Nílton e por Kelvin.
Módulo 2 1 Capítulo 5 33
REFLETIR
EUA vetam nova roupa da natação
para a seletiva nacional
A Associação Norte-Americana de natação decidiu vetar [... ] a utilização dos trajes es-
peciais que cobrem todo o corpo dos nadadores, nas seletivas nacionais que definirão os
atletas da equipe dos EUA para os Jogos Olímpicos de Sydney.
A decisão de não permitir os trajes visa evitar problemas legais e garantir a imparcialidade
dos competidores.
O traje especial é um macacão, cobrindo o corpo dos atletas do tornozelo ao pescoço,
feito com urna fibra de lycra especial. O tecido foi desen volvido para imitar urna pele de
tubarão e conseguir uma menor resistência da água.
Diminuindo o atrito do corpo dos nadadores, o maca-
cão chega a melhorar em até 7,5% a performance dos atletas.
Se a melhora dos tempos já causa questionamentos
de ordem ética, que dirá o fato de que nem todos os
nadadores dispõem deste traje.
[...]
A Fina (Federação Internacional de Natação) já ofi-
cializou a liberação dos trajes para o uso em compe-
tições internacionais, inclusive nos Jogos Olímpicos.
Mas uma brecha no regulamento da entidade m aior da
natação mundial permite que atletas questionem judi-
cialmente os resultados obtidos com o uso destes trajes,
1. De acordo com o que foi apresentado, você acredita que o uso do maiô especial para
competições acaba, na verdade, privilegiando quem o veste e tornando a competi-
ção desigual?
2. Nesse cenário, com o desenvolvimento da Ciência, você acredita que seria possível
pessoas comuns se tornarem grandes competidores dessas provas?
3. Pense em tecnologias criadas para melhorar as disputas esportivas, mas que não
influenciam diretamente o desempenho dos atletas e cite algumas.
Uso do
maiô pele
de tubarão
ajuda atletas
a derrubar
recordes
mundiais.
Sistemas de forças
Anteriormente, ainda neste capítulo, conhecemos as forças peso, normal, de tração,
de atrito e elástica. A partir de agora, será possível trabalharmos com todas essas forças
em situações dinâmicas, que envolvem interações entre vários corpos, pois, quando
pensamos nas aplicações das leis de Newton, é inevitável considerarmos sistemas em
que existem várias forças atuando de forma simultânea. Compreender a contribuição
de cada uma delas e construi r sistemas que ajudem a executar tarefas difíceis para o
ser humano têm sido um desafio há mu ito tempo.
Dessa forma, é importante compreender que as leis de Newton podem ser aplicadas
em quaisquer sistemas de corpos, tanto isolados quanto em co njuntos de corpos em
contato. As três leis de Newton tornam possível obter as forças que agem no conjunto
de corpos ou em cada corpo isoladamente e determinar a aceleração do movimento.
Devemos sempre identificar as forças que agem em cada corpo, analisando quais cons-
tituem um par ação e reação; real izar o d iagrama de corpo livre, ou seja, analisar cada
corpo separadamente; resolver as equações das forças resultantes para cada corpo; e,
por fim, resolver o sistema de equações.
Estudaremos a seguir algu ns casos especiais, como as forças no plano inclinado e,
na sequência, as forças no movimento circular, em que aplicaremos essas estratégias.
Trecho com
inclinação.
Percorrer um trecho que possui inclinação (desnível) significa deslocar-se de um
local mais ba ixo para outro, mais elevado, ou vice-versa. Nesse contexto, parece que
as ladeiras atrapalham os deslocamentos, o que não é verdade.
1. A rampa no
caminhão de guincho
faci lita a subida e a
descida dos veículos.
2. A rampa eletrônica
nos transportes
coletivos é de extrema
]'
e: importância para o
~
acesso de pessoas
portadoras de
necessidades especiais.
E E
$ 8 3. Muitos supermercados
s ~!í)
~
utilizam as rampas
~ rolantes, que permitem
~
6i "'
~
6i a locomoção de pessoas
e: õ.
~
~
l"
o ! e seus carrinhos de
o .e
l"
~
compras de forma
segura e prática.
4. Os praticantes de
skate utilizam rampas
para realizar manobras
radicais.
Para entender como o plano inclinado facilita o traba lho de elevar ou descer objetos
entre alturas diferentes, observe a situação representada abaixo, na qua l um gu incho
mantém um veículo parado sobre sua plataforma.
No esquema acima, as forças que estão atuando sobre o automóvel guinchado são:
a força peso, a reação normal e a tração exercida pelo cabo. É possível observar que a
força de reação normal (N) é sempre perpendicular à superfície de contato. Já a força
de tração puxa o veícu lo na mesma direção e sentido em que o cabo se movimenta.
Quanto à força peso, esta aponta sempre para o centro da Terra, ou seja, é perpendicular
à superfície terrestre. A vantagem em se utilizar um plano incl inado para elevar objetos
está na d iminuição da contribuição negativa que a força peso provoca.
Módulo 2 1 Capítulo 5 37
Para estudar a ação da força peso d e um objeto situado sobre um plano inclinado,
é conveniente representá-la por meio de duas componentes perpendiculares entre
si: uma normal à superfície de contato (P N) e outra seguindo a direção de inclinação
do p lano, ou seja, tangente à superfície d e contato (PT). Assim, o vetor força peso
(P) é a resultante dos vetores normal e tangente, o u seja, P = PN + Pr
Observe essas forças representadas no esquema abaixo:
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\
\_, .,,"'.,,..,,.
p
Para determinarmos mate maticamente os valores das compone ntes da força peso,
basta utilizarmos as relações trigonométricas do triângulo retângu lo com base no
ângu lo e . Assim, temos :
pT= Psen e e pN = Pcos e
Se conside rarmos que, nessa situação, o ângulo de inclinação mede 30º (sen e = 0,50
e cos e = 0,86) e que a massa do carro guinchado é algo e m torno de 1 000 kg, tere-
mos a proximadamente os seguintes valores de módulo para as componentes da força
peso (P):
1 PT= 10000 . 0,50 => PT= 5000 => PT= 5000 N
pN = 1o000 . 0,86 => pN = 8 600 => pN = 8 600 N
Observando os valores obtidos e comparando-os com o peso do veículo (P = 10000 N),
pode mos concluir que a componente tangencial (PT) é menor, o que nos mostra que, ao
utilizar um plano inclinado, o motor do guincho precisa exercer uma força de 5 000 N,
metad e do q ue se levantasse o carro verticalmente (sem considerarmos as forças dissi-
pativas, como a força de atrito).
Ainda em relação a esse exemplo, como o guincho está parado (o cabo não está
puxando e o veículo está parado sobre a rampa), pode mos afirmar que a força exercida
pelo cabo (T) é igua l à componente na mesma direção (eixo x), ou seja:
T = PT :. T= Psen e
já na d ireção d a força de reação normal (eixo y), temos:
N = pN :. N = Pcos e
e
pN = Pcos e~ pN = mgcos e~ pN = 28 . 1o . 0,86 = 240,8 ~ pN = 240,8 N
Como a força de atrito está tentando impedir o movimento de descida da garota,
ao aplicarmos a segunda lei de Newton, teremos, na direção do movimento (eixo x):
FR= ma
pT - f.t = ma ~ Psene - fat = ma ~ mgsen e - f.t = ma ~
~ f at = mgsen e - ma
Como o valor da componente tangencial da força peso (PT) é maior do que a força
de atrito, o garoto consegue escorregar até atingir o solo.
Módulo 2 1 Capítulo 5 39
Ex ereí ei os l;IJi1)til.t1ii
As questões 1 e 2 referem-se ao enunciado e gráfico a seguir.
Na figura abaixo, um bloco de massa m é colocado sobre um plano inclinado,
sem atrito, que forma um ângulo ex. com a direção horizontal. Considere g o mó-
dulo da aceleração da gravidade.
N = P v = mgcos a
'
P = mgcos a
' y
'
P=mg
Figura 1 Figura 2
Calcule:
a) o valor da relação N1 , sendo N1 o módulo da força normal que a mesa exerce sobre o abajur na
N2
situação da figura 1 e N2 o módulo da mesma força na situação da figura 2;
Módulo 2 1 Capítulo 5 41
17. (UEMA) Um estudante analisou uma crian- Sabe-se que a força F, paralela ao plano inclina-
ça brincando em um escorregador o qual tem do, conforme indica a figura acima, tem inten-
uma leve inclinação. sidade igual a 36 N. No instante t = 9 s, qual o
A velocidade foi constante em determinado módulo, em newtons, da força de atrito entre
trecho do escorregador em razão de o(a): o caixote e o plano? Nesse mesmo instante, o
bloco estará subindo, descendo ou permanece
a) aceleração ter sido maior que zero. em repouso sobre o plano inclinado?
b) atrito estático ter sido igual a zero.
Dados: sen 30º = 0,5 ; cos 30º = 0,9.
e) atrito estático ter sido menor que o atrito
cinético. a) 14 e descendo.
d) atrito estático ter sido igual ao atrito cinético. b) 11 e permanece em repouso.
e) aceleração ter sido igual a zero. e) 9,0 e subindo.
d) 8,5 e permanece em repouso.
e) 4,5 e subindo.
18. (CPAEN-RJ) Observe a figura a seguir.
PRATICAR: 9 e 10
APROFUNDAR: 6 e 12
1 Nas p rovas d o Enem, as le is d e Newton são ut ilizadas na inte rpretação d e situações simples, vivenciadas
no d ia a dia, tal como ap rese ntado na questão a seg uir.
2. (Enem/ME C) Uma pessoa necessita da força de atrito em seu s pés para se deslocar sobre uma su-
perfície. Logo, uma pessoa que sobe uma rampa em linha reta será auxiliada pela força de atrito
exercida pelo chão em seus pés.
Em relação ao movimento dessa pessoa, quais são a direção e o sentido da força de atrito men-
cionada no texto?
a) Perpendicular ao plano e no mesmo sentido do movimento.
b) Paralelo ao plano e no sentido contrário ao movimento.
e) Paralelo ao plano e no mesmo sentido do movimento.
d) Horizontal e no mesmo sentido do movimento.
e) Vertical e sentido para cima.
f
Lançamento de martelo,
Forças no movimento circular modalidade olímpica.
,,, \
\
\
I
I
perpendicular (normal) ao cabo de aço que prende o objeto. \
\
I
I
,,
\
I
Assim, no momento em que o martelo é solto, essa é a direção \
\
''
e o sentido que levará o conjunto a uma d istância considerável. '' ........... _,,,/
,'
Em uma competição, o módulo do vetor velocidade pode passar ----------
de 100 km/h.
Módulo 2 1 Capítulo 5 43
De acordo com o princípio fundamental da Dinâmica, temos:
Fcp = macp
v2
r
v2
Fcr = m - r
v = wr
Então:
v2 m 2
F = m- = - ( wr) = mw 2 r
cp r r
'
'' -
\
\
1
,' F,P ',
1 1
: e ~~
1 ; ~
1
1
\ 1
\
1
\ I
I '
\ I
\ I
\ I
' I
' ,,
I
I
' .............
b}
e}
Módulo 2 1 Capítulo 5 45
2. (PUC-SP) A figura representa em plano vertical um trecho dos trilhos de uma
montanha-russa na qual um carrinho está prestes a realizar uma curva. Des-
preze atritos, considere a massa total dos ocupantes e do carrinho igual a
500 kg e a máxima velocidade com que o carrinho consegue realizar a curva
sem perder contato com os trilhos igual a 36 km/h. O raio da curva, conside-
rada circular, é, em metros, igual a:
Dados: m = 500 kg; v = 36 km/h= 10 m/s .
.---------------------~~-~
~
~
:o
u
o
:;
~
a) 3,6 e) 1,0 @ 10
b) 18 d) 6,0
O carrinho é mantido nos trilhos pela força de compressão que exerce sobre
estes, que é igual e de sentido contrário à reação N dos trilhos sobre o carri-
nho. Assim, se N = O, o carrinho descarrilaria. A resultante das forças sobre
o carrinho é:
mv 2
P - N = Fcp ~P - N=- r
Na situação-limite de perda de contato com a superfície, quando a normal é
praticamente nula, apenas a força peso agiria no carrinho.
Assim, temos :
~ r = 10 =::) r = 10 m
500 2
(500 . 10) - O= · (l0)
r
1
• ATIVIDADES
19. O lançamento do martelo, incluído oficialmente pela primeira vez nos Jogos Olímpicos de Paris, em
1900, é uma modalidade olímpica do atletismo. Na verdade, o martelo, como é chamado, nada mais
é do que uma esfera metálica que, para os homens, tem massa de 7,26 kg e, para as mulheres, 4 kg.
Essa esfera é presa a um cabo de aço de 1,2 m de comprimento, com uma manopla na extremidade
para que o atleta possa segurá-lo. Um atleta olímpico dessa modalidade executa vários giros sobre
seu eixo antes de realizar o lançamento. No momento em que é lançado, o martelo parte com uma
velocidade de 28 m/s. Para esse limiar da soltura do martelo, encontre o valor da força de tração que
atua no cabo de aço.
g = 10m/s2
massa específica da água: p = 1 kg/L
m= pV = 0,5 kg
r= 0,5 m
• Assinale com um x o vetor que melhor repre-
senta a direção do movimento das gotas que
saem pelo furo.
a)=> b) ~ e) <:=
Módulo 2 1 Capítulo 5 47
22. (UPE-PE) Em um filme de ficção científica, uma 23. (IFCE) Considere a figura a seguir, na qual é
nave espacial possui um sistema de cabines mostrado um piloto acrobata fazendo sua moto
girantes que permite ao astronauta dentro de girar por dentro de um "globo da morte".
uma cabine ter percepção de uma aceleração
similar à gravidade terrestre. Uma representa-
ção esquemática desse sistema de gravidade
artificial é mostrada na figura a seguir. Se, no
espaço vazio, o sistema de cabines gira com
uma velocidade angular coe o astronauta den-
tro de uma delas tem massa m, determine o
valor da força normal exercida sobre o astro-
nauta quando a distância do eixo de rotação
vale R. Considere que R é muito maior que a Ao realizar o movimento de loop dentro do glo-
altura do astronauta e que existe atrito entre o bo da morte (ou seja, percorrendo a trajetória
solo e seus pés. ABCD mostrada acima) , o piloto precisa man-
ter uma velocidade mínima de sua moto para
que a mesma não caia ao passar pelo ponto
mais alto do globo (ponto "A").
Nestas condições, a velocidade mínima "v" da
moto , de forma que a mesma não caia ao pas-
sar pelo ponto "A", dado que o globo da morte
tem raio R de 3,60 m, é:
(Considere a aceleração da gravidade com o
valor g = 10 m/s'.)
a) mRco2
a) 6 km/h
b) 2mRco2 b) 12 km/h
1
5m 1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
i.
fora de escala
Módulo 2 1 Capítulo 5 49
• ATIVIDADES complementares
PRATICAR e) como o movimento é inclinado, quem
equilibra o peso do homem é uma das
1. (Unicentro-PR) As leis de Newton não po- componentes da reação da escada sobre
dem, de maneira alguma, ser deduzidas ele, e por isso ele se move.
matematicamente. Elas são generalizações d) nesta situação a reação da escada sobre
de observações experimentais do movi- o homem não pode ser normal.
mento real de objetos materiais e da manei- e) neste caso parte do peso do homem é
ra que as forças aplicadas afetam tais mo- anulado pela força que movimenta a es-
vimentos. Elas são, portanto, leis naturais cada rolante.
que descrevem o comportamento do mun-
do externo e não axiomas matemáticos. 3. (Unisc-RS) Para representar a força peso,
Com base nos conhecimentos sobre a Dinâ- utilizamos um segmento de reta denomina-
mica, é correto afirmar: do vetor. Assim, quando da sua representa-
a) O peso de um corpo depende de sua lo- ção, a força peso sempre deve apresentar:
calização. a) intensidade ou módulo, direção e sentido.
b) O movimento de um corpo está sempre b) apenas sentido.
na direção da força resultante. e) apenas intensidade ou módulo e direção.
e) As ações mútuas de dois corpos entre si d) apenas direção e sentido.
são sempre dirigidas no mesmo sentido.
e) apenas direção.
d) Um carro que faz uma curva com velo-
cidade constante, em módulo, não sofre
4. (UFRJ) Uma pessoa
ação de nenhuma força.
idosa, de 68 kg, ao se
e) A taxa de variação do trabalho realizado pesar, o faz apoiada em
sobre um corpo com o tempo é igual à sua bengala como mos-
resultante das forças externas que agem tra a figura ao lado.
sobre o corpo.
1 Com a pessoa em re-
2. (Unicentro-PR) Um homem encontra-se pa- pouso a leitura da ba-
rado sobre um degrau de uma escada rolan- lança é de 650 N. Con-
te que o conduz de um andar a outro supe- sidere g = 10 m/s2 •
rior, com movimento retilíneo uniforme. A a) Supondo que a força
reta que liga os pontos inicial e final do mo- exercida pela benga-
vimento forma um ângulo com a horizontal. la sobre a pessoa seja
Neste caso é correto concluir que: vertical, calcule o seu
a) embora o homem se movimente entre dois módulo e determine
pontos, a força que a escada faz sobre seus o seu sentido.
pés é diretamente oposta ao peso dele. b) Calcule o módulo da força que a balança
b) se o homem sobe, é porque a escada exerce exerce sobre a pessoa e determine a sua
sobre ele uma força maior que o seu peso. direção e o seu sentido.
i
FA- -E: t,
b) e)
p t, t, =0
Módulo 2 1 Capítulo 5 51
(UFRJ) Duas pequenas esferas homogê- um suporte com rodas de massa desprezível,
neas de massas m1 e m2 estão unidas por como mostra a situação II.
um fio elástico muito fino de massa despre-
zível. Com a esfera de massa m 1 em repouso
e apoiada no chão, a esfera de massa m2 é
lançada para cima ao longo da reta vertical
que passa pelos centros das esferas, como
indica a figura 1.
A esfera lançada sobe esticando o fio até
suspender a outra esfera do chão. A figura 2
ilustra o instante em que a esfera de massa
m1 perde contato com o chão, instante no
qual o fio está ao longo da reta que passa Na situação II, a pessoa conseguiu empur-
pelos centros das esferas. rar a caixa até a caçamba da caminhonete,
pois:
t a) o uso das rodinhas aumentou a força de
Módulo 2 1 Capítulo 5 53
certa velocidade-limite (vlim), a força de re- O estudante, desejando compreender a si-
sistência assumirá intensidade igual à for- tuação-problema vivida, levou-a para a sala
ça peso. A partir daí, a força resultante será de aula, a qual foi tema de discussão. Para
nula, de modo que o corpo prosseguirá sua compreendê-la, o professor apresentou aos
queda em movimento retilíneo uniforme. estudantes um gráfico, abaixo, que relacio-
Considerando essas informações e despre- nava as intensidades da força de atrito (te,
zando as variações de campo gravitacional, estático, e te, cinético) com as intensidades
construa o gráfico da intensidade da força das forças aplicadas ao objeto deslizante.
resultante em função da velocidade. Força de atrito
mesa lisa. A outra extremidade está presa Com base nas informações apresentadas
a uma massa m = 3,0 kg, também apoiada no gráfico e na situação vivida pelos irmãos,
na mesa. Dando-se um impulso à massa, em casa, é correto afirmar que:
ela passa a descrever um movimento cir-
a) o valor da força de atrito estático é
cular com velocidade escalar constante e
sempre maior do que o valor da força
igual a 2,0 m/s. Calcule o comprimento da
de atrito cinético entre as duas mesmas
mola nessas condições.
superfícies.
b) a força de atrito estático entre o guarda-
-roupa e o chão é sempre numericamen-
te igual ao peso do guarda-roupa.
1 e) a força de intensidade F, exercida ini-
cialmente pelo estudante, foi inferior
14. (UEPB) Um jovem aluno de física, atenden-
ao valor da força de atrito cinético entre
do ao pedido de sua mãe para alterar a po- o guarda-roupa e o chão.
sição de alguns móveis da residência, co- d) a força resultante da ação dos dois
meçou empurrando o guarda-roupa do seu irmãos conseguiu deslocar o guarda-
quarto, que tem 200 kg de massa. A força -roupa porque foi superior ao valor má-
que ele empregou, de intensidade F, hori- ximo da força de atrito estático entre o
zontal, paralela à superfície sobre a qual o guarda-roupa e o chão.
guarda-roupa deslizaria, se mostrou insufi- e) a força resultante da ação dos dois ir-
ciente para deslocar o móvel. O estudante mãos conseguiu deslocar o guarda-rou-
solicitou a ajuda do seu irmão e, desta vez, pa porque foi superior à intensidade da
somando à sua força uma outra força igual, força de atrito cinético entre o guarda-
foi possível a mudança pretendida. -roupa e o chão.
cia de gravidade, como se poderia imaginar. segurança, que são projetados para supor-
A imponderabilidade é sentida pelos as- tar trações de até 15000 N. Supondo que
tronautas quando em órbita numa estação durante a frenagem uma pessoa de 80 kg
espacial ou até mesmo por você, quando o tenha sido "lançada com toda sua massa 11
carro em que você está passa muito rápido para a frente, o sistema de segurança irá
sobre uma lombada. A imponderabilidade suportar a t1a.ção?
Módulo 2 1 Capítulo 5 55
(UFPE) Um bloco de massa igual a 6,3 kg é 4. (UFSJ-MG) Um elevador funciona de acor-
pendurado por urna corda como mostrado do com o esquema simplificado mostrado
na figura. Calcule a força máxima, em N, que na figura abaixo. Um motor é responsável
pode ser aplicada na corda interior tal que a por exercer uma força sobre o elevador por
corda superior não rompa. As cordas utiliza- meio de um cabo de aço. Passando por uma
das suportam uma tensão máxima de 100 N. roldana, outro cabo de aço liga o elevador a
Considere as massas das cordas desprezí- um contrapeso.
veis em comparação com a massa do bloco.
Roldana
cordas
Contrapeso
a) 35
b) 36 Elevador
e) 37
d) 38
Ambos os cabos de aço e a roldana possuem
(UFRJ) Um bloco de massa m é abaixado
massas desprezíveis. Quando o elevador
e levantado por meio de um fio ideal. Ini-
está subindo a uma velocidade constante, é
cialmente, o bloco é abaixado com acele-
correto afirmar que o módulo da força exer-
ração constante vertical, para baixo, de
cida pelo motor sobre o elevador é igual:
módulo a (por hipótese, menor do que o
módulo g da aceleração da gravidade), a) à soma dos módulos do peso do elevador
como mostra a figura 1. Em seguida, o e o peso do contrapeso.
1
bloco é levantado com aceleração cons- b) a zero, uma vez que a velocidade do ele-
1 tante vertical, para cima, também de mó- vador é constante.
dulo a, como mostra a figura 2. Sejam Ta
e) à diferença entre os módulos do peso do
tensão do fio na descida e T' a tensão do
elevador e o peso do contrapeso.
fio na subida.
d) ao peso do elevador.
Módulo 2 1 Capítulo 5 57
8. (UFABC-SP) 9. (PUC-RS) Freios com sistema antibloqueio
(ABS) são eficientes em frenagens bruscas
Quem diria que uma brincadeira de
porque evitam que as rodas sejam bloquea-
criança já valeu medalha de ouro. Esse es-
das e que os pneus deslizem no pavimento.
porte esteve presente em todas as Olimpía-
Essa eficiência decorre do fato de que a for-
das disputadas entre 1900 e 1920, quando
ainda era considerado uma modalidade de ça de atrito que o pavimento exerce sobre
as rodas é máxima quando:
atletismo. Em 1908, em Londres, o resulta-
do foi um pódio caseiro e fardado. A polícia a) os pneus estão deslizando, porque o
de Londres ficou em primeiro, seguida por atrito cinético é maior que o estático
policiais de Liverpool e da polícia metropo- máximo.
litana, respectivamente. b) os pneus estão na iminência de deslizar,
Revista Gnlile11 1 n. 204, jul. 2008. porque o atrito estático máximo é maior
que o cinético.
Considere duas equipes A e B, formadas
por três garotas cada uma, numa disputa e) o carro está parado, porque o atrito está-
de cabo de guerra sobre uma superfície pla- tico é sempre máximo nessa situação.
na e horizontal, como mostra a figura . d) a velocidade do carro é constante, por-
equipe A
que o atrito cinético é constante.
equipe B
e) a velocidade do carro começa a diminuir,
''' ;;;
porque nessa situação o atrito cinético
está aumentando .
.
·~ _..._ ·-- ...__..... ..._ . . . . ··- ..._-_...-_....: _•·...-_... . ·-- ..... .-...-_.-...-_.-,;:_.-..-_
- -··,: _ __ -
__ 1
a) tração d) tração e) ser tangencial à trajetória.
1
1
._
atrito d) ter componente normal e tangencial à
trajetória.
atrito/
e) ser infinita.
__ 1
b) tração e) tração
1
11. (PUCCamp-SP) Num trecho retilíneo de
atrito
atrito ..,. uma pista de automobilismo há uma lomba-
da cujo raio de curvatura é de 50 m. Um car-
ro passa pelo ponto mais alto da elevação
e) tração com velocidade v, de forma que a interação
Módulo 2 1 Capítulo 5 59
14. (UFSC) Rotor é um brinquedo que pode ser 08. o coeficiente de atrito estático entre a
visto em parques de diversões. Consiste superfície do rotor e as roupas de cada
em um grande cilindro de raio R que pode pessoa dentro dele é proporcional ao
girar em torno de seu eixo vertical central. raio do rotor.
Após a entrada das pessoas no rotor, elas 16. o coeficiente de atrito estático entre a
se encostam nas suas paredes e este come- superfície do rotor e as roupas de cada
ça a girar. pessoa dentro dele é proporcional à ve-
locidade v do rotor.
eixo
F ~
1
Veículo
Considerando as infarmações indicadas na
kart M
figura, que o módulo da força de tração na
fita F1 é igual a 120 N e desprezando o atrito fórmula 1 3M
e a resistência do ar, é correto afirmar que o stock-cor 6M
módulo da força de tração, em newtons, na
fita F2 é igual a: Tabela 2
Módulo 2 1 Capítulo 5 61
•Força peso
l
•Peso e massa são grandezas distintas, embora relacionadas.
•Nas proximidades da superfície terrestre, o peso de um corpo é praticamente constante
e a reação correspondente ao peso se dá no planeta.
• Essa força é calculada como: P = mg.
• Força normal
• Objetos em contato podem estar sujeitos a interações, forças de ação e reação.
~ ••Ir""
-- - • A reação normal de uma superfície sobre um objeto é a componente força de reação
do apoio na direção perpendicular à superfície.
• Força de tração
• Fios e cabos presos a objetos podem ficar sujeitos a forças de tração, que correspondem
à ação dos objetos ou dispositivos mecânicos sobre eles.
• A força elástica obedece à lei de Hooke, que estabelece uma proporção constante para
cada objeto entre a força aplicada e a deformação provocada.
•Essa força é calculada como: F01 = - kx.
• Força de atrito
• O coeficiente de atrito expressa a resistência ao deslocamento entre duas superfícies.
1 • Quando as superfícies dos objetos interagem sem que ocorra movimento relativo entre
elas, o coeficiente de atrito de escorregamento é chamado estático.
1
•Quando ocorre o movimento, o coeficiente de atrito, denominado cinético, tem valor
menor que o estático para as mesmas superfícies.
•Essa força é calculada como: fª1 = µN.
• Sistemas de forças: plano inclinado e movimento circular
•No plano inclinado: superfície plana e inclinada que forma um ângulo menor que 90º
com a superfície horizontal.
•Forças no movimento circular: uma partícula em movimento curvilíneo está sujeita a
uma força resultante centrípeta, dirigida para o centro da curva.
2
•No MCU, essa força está relacionada com a velocidade pela expressão: Fcp = mv
r
Módulo 2 1 Capítulo 5 63
APROFUNDAR 7. 14 (02 + 04 + 08)
8. E
1. F = 740 N. Esse valor está bem abaixo da capacidade de
suporte do cinto de segurança, que é de até 15000 N. 9. B
Dessa forma, não haverá motivos para o passageiro se 10.A
preocupar. 11. B
2.C 12. E
3• T' = g+a 13. A
T g-a 14. 05 (01 + 04)
4.C 15. B
5. B 16. E
6. 90N 17. B