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SUMÁRIO

Prefácio .......................................................................................................... 9
Abreviaturas ........................ ........................ ..... ........................ .................... 12
Introdução.... ................................ ................................................................ 15
Comentário
Prólogo (1 .1-2.3) ........................ ................................................................. 63
Excurso: O gênero literário do relato da criação .................................... 86
Livro 1: O relato sobre os céus e a terra (2.4--4.26) ................................ 93
Excurso: Genealogias em Gênesis ....................................................... 126
Livro 2: O relato sobre os descendentes de Adão (5.1-6.8) .................. 131
Livro 3: O relato sobre Noé e sua familia (6.9-9.29) ............................. 147
Livro 4: O relato sobre Sem, Cam, Jafé e seus
descendentes (10.1-11.9) .......................................................................... 197
Ato 1: Tabela das nações (10.1-32) ...................................................... 198
Ato 2: Intensificação do pecado na Babilônia (11.1-9) ........................ 214
Livro 5: O relato sobre os descendentes de Sem (11.10-26) .................. 227
Livro 6: O relato sobre os descendentes de Terá (ll.27-25.11) ............ ... 237
Introdução (l l .27-32) ........................................................................... 244
Ato 1: Abraão e a Terra Prometida (12.1-15 .21) ................................. 247
Cena 1: O chamado de Abraão e a migração de Abraão para
a Terra Prometida (12.1-9) ................................................................. 248
Cena 2: Libertação do Egito (12.10-13.2) .......................................... 258
Cena 3: Separação de Ló da Terra da promessa (13.3-18) ..................... 267
Cena 4: Vitória sobre os reis do leste (14.l-24) ........................ ........... 276
Cena 5: Aliança de Deus com Abraão (15.l-21) .................................. 293
Ato 2: Abraão e a semente prometida (16.l-22.19) ................. ............ 304
Cena 1: Hagar e Ismael são rejeitados (16.1-16) ................................ . 305
Cena 2: A aliança de Deus para abençoar as nações por meio
da semente de Abraão e Sara (17 .1-27) ........... •.. •.. •••.......................... 316
ÜÊNESIS
6
Cena 3: A visitação do Senhor e seus anjos: Abraão
Como Pro feta (l 8. l-33)........ .............................. ···· ············· 3
26
Cena 4: Julgamento sob~e Sod~ma. e Gomorra (19.l-38) ...... :::::::::::::::
335
Cena 5: Matriarca e patnarca sao libertos da Filístia (20.1-18) ............
348
Cena 6: O nascimento de !saque e bênçãos na terra (21.1-21) ..............
357
Cena 7: Aliança com Abimeleque (21.22-34) .....................................
367
Cena 8: Sacrificio de !saque e o juramento de Deus (22.1-19) ............. 371
Ato 3: Transição para !saque (22 .20-25.11) .............................. .......... 384
Cena 1: O contexto familiar de Rebeca (22.20-24) .............................. 38 5
Cena 2: A aquisição da caverna de Macpela (23.l-20) ......................... 389
Cena 3: A dádiva de Rebeca a !saque (24.1-67) .................................. 399
Cena 4: !saque, o único herdeiro (25. l-6) .......................................... .413
Cena 5: A morte de Abraão (25. 7-11) ................................................ .419
Livro 7: O relato sobre os descendentes de Ismael (25.12-18) .............. 423
Livro 8: O relato sobre os descendentes de Isaque (25.19-35.29) ....... .429
Ato 1: Conflitos familiares em Canaã (25.19-28.9) ............................. 435
Cena 1: Nascimentos e genealogia (25.19-26) ................................... .437
Cena 2: Esaú vende seu direito de primogenitura a Jacó (25.27-34) ..... 444
Cena 3: Digressão: Rebeca em palácio estrangeiro, pacto
com estrangeiros (26.1-33) ................................................................ 449
Cena 4: Jacó rouba a bênção de Esaú (26.34-28.9) ............................. 459
Ato 2: Bênçãos pactuais sobre Jacó e seu exílio
em Padã-Arã (28.10-33.17) ................................................................ .475
Cena 1: Anjos encontram-se com Jacó em Betel (28.10-22) ............... .477
Cena 2: Jacó chega à casa de Labão (Jacó encontra Raquel
junto ao poço) (29.l-14a) ................................ .................................. 491
Cena 3: Labão defrauda Jacó: Lia em lugar de Raquel (29.14b-30) ..... .497
Cena 4: O nascimento dos filhos de Jacó (29.31-30.24) ...................... 502
Cena 5: Jacó defrauda Labão (30.25-43) ............................................ 514
Cena 6: Jacó foge de Labão (31 .1-55) ............... ................................. 521
Cena 7: Anjos se encontram com Jacó em Maanaim e Peniel:
preparação de Jacó para o encontro com Esaú (32.1-32) ..................... 54o
Cena 8: A reconciliação de Esaú com Jacó a caminho
de sua terra (33 1 17) ............. 557
Ato 3: Transição ~a~a J ;~ó.(3·3·.· Í·8~3·5·.·;9):::::::: :::::::::::::::::::::::..... •••·····
566
Cena 1: ~igressão: Diná em palácio estrangeiro, pacto com
566
estrangeiros (33.18-34.31) ................................... ········•·"················· S80
Cena 2: Israel cumpre seus votos em Betel (35.1-15)...... ...........
588
Cena 3: Nascimentos e mortes (35.16-29) ......................................... .
SUMÁRIO 7

Livro 9: O relato sobre os descendentes de Esaú (36.1-37.1) ............... 595


Livro 10: O relato sobre os descendentes de Jacó (37.2-50.26) ........... 605
Ato 1: Introdução à família disfuncional em Canaã (37.2- 38.30) ....... 612
Cena 1: José é rejeitado por seus innãos e vendido como
escravo (37.2-36) .......................................................................... .... 612
Cena 2: Judá peca contra Tamar e gera gêmeos (38.1-30) .................... 623
Ato 2: A ascensão de José ao governo sobre o Egito (39.1-41.57) ...... 636
Cena 1: José na casa de Potifar (39.1-20) ........................................... 638
Cena 2: José na prisão: intérprete de sonhos (39.21-40.23) ................. 645
Cena 3: José no palácio: abaixo apenas do Faraó (41.1-57) ................. 652
Ato 3: A família disfuncional é reconciliada (42.1-46.27) .................. 666
Cena 1: Primeira viagem: José disciplina seus irmãos (42.1-38) .......... 669
Cena 2: Segunda viagem: José acolhe seus irmãos (43.1 -34) ............... 681
Cena 3: Os irmãos são testados e reconciliados (44.1-45.15) .............. 689
Cena 4: A família reconciliada migra para o Egito (45.16-46.27) ........... 702
Ato 4: A família é abençoada no Egito na expectativa de
retornar à Terra Prometida (46.28-50.26) ............................................ 717
Cena 1: A chegada de Israel ao Egito (46.28-47.12) ........................... 723
Cena 2: A administração do Egito por José durante a fome (47.13-31 ) .... 728
Cena 3: A bênção de Jacó sobre José (48.l-22) ................................... 734
Cena 4: Bênção de Israel sobre as doze tribos (49.1-28) ...................... 746
Cena 5: Morte de Jacó e sepultamento em Canaã (49.29-50.21 ) .......... 763
Cena 6: Morte de José no Egito e futuro sepultamento
em Canaã (50.22-26) ......................................................................... 775
Bibliografia ................................................................................................ 781
LIVRO 1

O RELATO SOBRE OS CÉUS


E A TERRA (2.4-4.26)

TEMA DO LIVRO 1
Agora, a perspectiva passa de Deus como único ator para a humani-
dade a Deus como reator (ator que reage). A mudança sutil de "os céus e a
terra" (1.1) para "a terra e os céus" (2.4b) pode apontar para essa mudança
de perspectiva. 1
O relato sobre os céus e a terra registra a mudança drástica da criação
primitiva "muito boa" para as duras realidades vivenciadas agora fora do
templo-jardim. Por meio da Queda, o pecado e a morte entram na raça
humana, e a terra toma-se amaldiçoada. Tanto a humanidade quanto a
terra precisam ser redimidas.
No evento histórico da Queda, Adão e Eva funcionam como arquéti-
pos para a desobediência humana. A fidelidade ao seu Rei por parte dos
guardiões sacerdotais do santuário é testada. A obediência lhes dá direito
à vida com Deus (cf. Dt 30.15-20). O fracasso aponta para sua necessi-
dade de justificação e santificação por meio da aliança da redenção, esta-
belecida com e por meio de Jesus Cristo.

SUMÁRIO DO LIVRO 1
Cabeçalho 2.4a
Ato 1: Humanidade em provação 2.4b-25
Cena 1: Homem em provação: os seres humanos conser- 2.4b-17
vam o paraíso obedecendo a Deus

1
Sarna, Genesis, p. 16-17.
GÊNESIS 2.4-4.26
94
2.18-23
Cena 2: Dádiva da noiva
2.24-25
Epílogo ,. · 3.1-24
Ato 2: A Queda e suas consequenc1as
Cena 1: A tentação e Queda 3.1-7
3.8-19
Cena 2.. A fonna do julgamento
3.20-24
Epílogo .fi a,.,o do pecado na linhagem de Caim 4.1-24
Ato 3: Intenst caç
Cena 1: Caim e Abel 4.1-16
Cena 2: A progênie de Caim: Lameque 4.17-24
Epílogo (transição para o Livro 2) 4.25-26

ANÁLISE LITERÁRIA DO LIVRO 1

Gênero
Como o relato sobre a criação, o relato sobre os céus e a terra também
apresenta solidez histórica. A história se baseia em eventos no tempo e
no espaço, em um Adão e uma Eva reais. 2 Porém não é apenas um relato
histórico. O estilo é mais artístico e figurado do que científico e literal.3 As
cenas da criação são pintadas como um artista poderia imaginá-las: Deus,
como oleiro, molda o homem; como jardineiro, ele projeta um jardim de
beleza e abundância; e como construtor de templo, ele cria a mulher da
costela do homem.
A dimensão supra-histórica é também essencial para a teologia desse
relato. Nesse registro, Adão e Eva representam cada homem e cada mu-
lher (Gn 3.16-19; cf. 2.24; Mt 19.4-6; Rm 5.12).4 Eles representam a
nossa própria rebelião, depravação e necessidade da redenção graciosa
de Deus. Isso é tão importante quanto a dimensão histórica. Portanto os
aspectos. histón·co e supra-h'1stonco
, · devem ser mantidos em uma tensao ,.,
apropnada.

i Devemos supor que Adão e Eva ~ . , . . -


tivas de Adão e E d . sao histoncos, visto que o narrador não faz distinção entre as narra-
va
se estende até Davi· e os. patriarcas• Adã0 está, 11gado
· · 1 que
a Abraão por meio de uma genealogia rea ,
, no 1ivro de Rute té J
19.4-5; Lc 3.23-38; Rm 5 _ . ' eª esus, no Novo Testamento. O cronista {lCr l) e o NT (Mt
12 19
• lCo 15 -21-22; lTm 2.13-14) aceitam a historicidade de Adão e Eva.
3
Se fôssemos lê-lo literahn
2,9 poderia ser harmonizad ente, resultariam vários problemas. Num nível literal, por exemplo, coroo
4
A maioria de nós . , .º c~~ 1.11-13,26-30?
eE . Ja O 1eu mtu1tivament d •
va se aplicam a nós Nã0 . e essa maneira. Aceitamos que os J. ulgamentos dados a Adão
apl' · acreditamo •
iquem apenas a Eva e a Adã · s que ª maldição da dor durante o parto ou a luta com O solo se
o.
ÜÊN ESlS 2.4- 4.26 95
Estrutura e tram a
Em contraste com o relato estático e equilibrado sobre
a criação, no
prólogo, o relato sobre os céus e a terra se desenrola como
um drama com
todos os elementos de descrição cênica, contraste, conflito
e clímax. Tra-
ta-se de um drama em três atos , que começa no paraíso, cai
em desespero
e é resolvido com uma semente de esperança.
Cada ato começa com um cenário e termina com um poem
a (que capta
o tema do ato) , seguido por um epílogo (cf. 2.23 com 24-2
5; 3.14-19 com
20-24; 4.23-24 com 25-26). O primeiro ato começa com
Adão, no jardim
paradisíaco, separado do restante da criação. O jardim é um
templo, e seu
sacerdote é o homem com a mulher para ajudá-lo. A cena
1 retrata ave -
getação, que exerce um papel importante na provação. A cena
2 apresenta
os animais, que são importantes para a "dádiva da noiva".
O poema que
encerra esse ato celebra o presente da mulher, dado por Deu
s.
O segundo ato começa com a serpente astuciosa. Usan
do o mesmo
jardim abundante e santo como pano de fundo, a humanid
ade perde o di-
reito a seu papel sacerdotal. Plantas e animais exercem papé
is importan-
tes para os protagonistas nesse momento de decisão. O ato
termina com
um poema de julg ame nto e salvação.
O terceiro ato começa do lado de fora do jard im com a mul
her dando
à luz. O cenário do lado de fora do jardim paradisíaco com
unica o fra-
casso da humanidade, mas o parto de Eva comunica a graç
a e a esperança
de Deus que permanecem. O poema que encerra esse ato,
o cântico de
vingança de Lameque, descreve de forma vigorosa a inten
sificação do
pecado e da violência da humanidade.
Os dois primeiros atos estão intimamente relacionados
por meio de
um qmasma:

A. Criação do hom em: seu relacionamento feliz com a terra


e seu lar no
jardim, onde ele tem comida, que cresce sem esforço seu,
e acesso à
árvore da vida (2.4-17)
B. Criação da mulher: seu relacionamento feliz com
o homem
(2.18-25)
C. Conversa da serpente com a mulher: ela a tenta (3.1-5)
X. O pecado e a revelação dele por Deus (3.6-13)
C' . Punição da serpente: seu relacionamento arruinado com
a mu-
lher (3 .14-15)
ÜÊNESIS 2.4-4.26
96
B'. Pumçao
. N

· da mulher· seu relacionamento arruinado com


O
em bom
(3.16) . d
. do homem· seu relacionamento arruma o com a terra e a e
A'. Pumçao N

· . . X-
pulsão de seu lar no jardim; agora, ele pr~cisa trabalhar para obter
comida e não terá mais acesso à árvore da vida (3.17-24). 5

Essa análise expõe como momento crucial a decisão de Adão e Eva de


comer do fruto proibido. O quiasma pode justificar a combinação dos atos
1 e 2 em um único: "A expulsão do homem do Jardim". 6

Intensificação
Os atos exibem a situação cada vez pior da humanidade. A serpente
tenta Adão e Eva, mas Caim peca depois de Deus o encorajar a fazer 0
que é certo. Adão e Eva comem o fruto proibido, mas Caim assassina
seu irmão, teme ser morto, e sua descendência mata repetidas vezes em
vingança desenfreada e corrompe o ideal de Deus para o casamento por
meio da poligamia. Não surpreende, então, que a punição de Caim é mais
severa que a de Adão. Segundo Dorsey, "Adão é...

• expulso do jardim para estabelecer-se num novo lar ao leste do


Éden
• forçado a lavrar a terra para obter comida
• separado da fonte perpétua da vida (a árvore da vida), enquanto
Caim é...
• expulso, amaldiçoado para vagar pela terra para sempre sem lar
pennanente
• nem mesmo capaz de lavrar a terra para obter comida
• perseguido pela morte (assassinos em potencial) aonde quer que
vá". 7

Personagens
Três personagens ,. , especial:
. Adão como imagem
• de
Deus e po, a mulhe merecem·
mençao
, ' r como aJudante e estorvo e a serpente como suti·1e
amavel. o segund0 tr ' N

aço em cada personagem é enfatizado em conexao

½ .:;::~=:--~--------- --------
5
A~ss~im;DDto;rs;;ey~Lc;
6A . m ' 1erary Structure p 50
1
ss1m vvenham G . ' · ·
7D . ' enes1sl- 15,p.49-5)
orsey, Literary Structure, p. 50. .
ÜÊN E SIS 2 .4- 4.26 97
com o peca do. Adã o e Eva, com o pers onag ens principais, dese
nvol vem e
mudam. Adão , que com eça com o herói, é bani do junta men te
com sua es-
posa quan do acat am as pala vras sedu toras da serpe nte e se rebe
lam cont ra
Deus. Poré m Adã o e Eva volta m para os cuid ados de Deus e
parti cipa m da
redenção à med ida que cons troem uma famí lia e prod uzem uma
linha gem
de desc ende ntes pied osos . Cad a pers onag em desse livro tem
uma parti-
cipação nos gran des tema s e conflitos do dram a da vida: amor
, ving ança ,
julga men to, salva ção. ·
Conflito
Os conflitos ness es atos prep aram o palc o para os conflitos
que ator-
men tarão os pers onag ens por todo o Gênesis: a bata lha da seme
nte, brig a
no casa men to, a luta para cont rolar o peca do e a rival idad e
entre irmã os.
O conflito de Adã o e Eva com Deu s se esten de a conflitos
uns com os
outros, leva ndo prim eiro à acus ação do outro, depo is à luta
pelo pode r e,
finalmente, à violê ncia .

Ironia
Os even tos na vida de Adã o e Eva são tragi came nte chei os
de ironia.
Eles usam a língu a, criad a para uni-l os, para alienar-se um
do outro. E
mais, eles usam a língu a, que os capa cita a governar, de uma
man eira que
os faz perd er esse gove rno. O solo , do qual veio o hom em
e que deve ria
servi-lo, toma -se seu inim igo. A ajud ante trans form a-se em
obstáculo.
O irmão toma -se assa ssino . O narra dor usa jogo s de. pala vras
por todo o
relato para ressa ltar essa s ironi as. Por exem plo: quan do Deu
s vem para
investigar no jard im, Adã o se esco nde porq ue diz que "ouv
iu" Deus . É
exata men te sua falta de "aud ição " que o leva a essa situa
ção dolorosa.
No entanto, com justi ça poét ica, a serp ente rece be a puni ção
merecida.
O animal mais astu cios o ( arum ) que de todo s os outro s se
toma o mais
amaldiçoado (,aru r).

Intertextualidade8
Sailh ame r argu men ta de form a plau síve l que a estru tura
alter nada
da narra tiva, segu ida por um poem a e um epílo go ness e
relat o, suge re
a estra tégia com posi cion al de Gên esis 1-11, de Gên esis com
o um todo

ª Neste comentário O termo "intertextualidade" refere-se às relaçõ


es textuais dentro de Gênesis, como
oposto a "inter tex~li dade" que se refere às relações entre Gênes
is e outros livros da Bíblia.

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