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NEWTON C. BRAGA
Índice
Apresentação da Série 5
Internet via rede de energia 9
Vantagens e desvantagens da PLCC 11
Os padrões 12
As maiores interferências 14
Padrões 16
Conclusão 18
Radiodifusão digital (DAB) 19
O rádio do século 21 está chegando 19
O que é o rádio digital 20
Como funciona 22
Os sistemas 23
Eureka 147 25
Sistema DRM 31
Conclusão 33
MHz x Mbits/s 35
BAUD x BPS 39
O BAUD e o BPS 41
Quando BAUD e BPS são diferentes 42
Cálculos de modulação em amplitude 45
Índice de modulação em amplitude 49
Circuitos ressonantes 53
Seletividade – fator Q 64
Conclusão 66
DSL - Digital Subscriber Line e variações xDSL 67
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Conclusão 126
Sincronismo em redes de telecomunicações 127
A finalidade da sincronização 128
O que fazer? 131
A escolha do método 136
Conclusão 138
Harmônicas e filtros 139
Soluções 144
Conclusão 151
Sinais telegráficos e código morse 153
O gamma match 163
O que é uma rede de sensores sem fio? 167
Arquitetura de um sistema WSN 169
Padrões de Potência e Rede 170
Tendências do processador 172
Topologias de rede 173
Cofasamento de Antenas 177
O que são antenas cofasadas? 183
Os testes 186
Os resultados 188
Na prática 189
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 44
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Apresentação da Série
Este é o quadragésimo segundo volume desta grande série de
livros que levamos aos nossos leitores sob patrocínio da Mouser
Electronics (www.mouser.com). Conforme os leitores que já baixaram
os volumes anteriores sabem, esta série é baseada na enorme quantidade
de artigos que escrevemos ao longo de nossa carreira como escritor
técnico e que publicamos em diversas revistas, folhetos, livros, cursos e
no nosso próprio site tanto em português, como em espanhol e em
inglês. São artigos que representam mais de 50 anos de evolução das
tecnologias eletrônicas e, portanto, têm diversos graus de atualidade. Os
mais antigos foram analisados sendo feitas alterações e atualizações que
julgamos necessárias. Outros pela sua finalidade didática, tratando de
tecnologias antigas e mesmo de ciência (matemática, física, química e
astronomia) não foram muito alterados a não ser pela linguagem, que
sofreu modificações se bem que em alguns casos mantivemos os termos
originais da época em que foram escritos. Não estranhem se alguns
deles tiverem ainda a ortografia antiga que foi mantida por motivos
históricos. Os livros da série consistirão numa excelente fonte de
informações para nossos leitores.
Os artigos têm diversos níveis de abordagem, indo dos mais
simples que são indicados para os que gostam de tecnologia, mas que
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Os padrões
Mesmo encontrando muitas dificuldades, foram criados padrões
de transmissão de dados através da rede de energia. Analisemos alguns.
X-10
Esse é um dos padrões mais antigos, utilizando uma forma de
modulação em amplitude denominada ASK ou Amplitude Shift Keying.
Nesse protocolo a amplitude do sinal é chaveada de acordo com o bit
que deve ser transmitido.
Apesar de ser um sistema originalmente unidirecional, algumas
aplicações bidirecionais foram implementadas. A aplicação mais
comum é no acionamento remoto de sistemas de iluminação. Nesse
protocolo os sinais são enviados numa portadora de 120 kHz modulada
em amplitude, com uma potência de 0,5 W.
A presença de uma salva de 120 kHz na passagem por zero da
tensão da rede indica bit 1, e a ausência, bit 1. Numa transmissão típica
desse tipo temos um código de início da mensagem, um endereço de
residência, um endereço de dispositivo e a função a ser realizada (ligar,
desligar, etc.)
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CEBus
O protocolo CEBus utiliza um modelo “peer-to-peer” de modo a
evitar conflitos de portadoras. Esse protocolo utiliza uma variação da
modulação por espectro espalhado (spread spectrum modulation) tendo
sido patenteado pela Intellon Corporation.
Nele, a frequência da portadora aplicada à linha de energia salta
entre 100 kHz e 400 kHz, evitando assim problemas de colisões de
mensagens. Os saltos de frequências são denominados “chirps”
(trinados), os quais são utilizados para a sincronização. com essa
tecnologia é possível enviar dados numa velocidade de até 100 kHz. Os
dígitos são definidos pelo tempo de duração da salva (burst) de
frequências aplicada à linha.
Assim, um “burst” de 100 microssegundos representa o binário
1, enquanto que um “burst” de 200 microssegundos, representa o
binário zero.
LONWorks
Esse protocolo foi desenvolvido pela Echelon Corporation e tem
características que permitem seu uso numa rede sem necessidade de se
conhecer a topologia dessa rede ou ainda o nome, endereço e funções
dos dispositivos que são acessados. A comunicação é feita por um ou
mais pacotes que contém um número variável de bytes que contém uma
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As maiores interferências
Mas, para afetar a transmissão, deve ser considerada a existência
de uma boa quantidade de ruídos que precisam estar muito definidos.
a) Ruído de 60 ou 50 Hz
Geram esses ruídos os tiristores que controlam dispositivos de
potência conectados à rede. São ruídos sincronizados, capazes de
produzir picos que se propagam pela rede, conforme mostra a figura 3.
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b) Pulsos únicos
Os pulsos isolados são gerados de diversas formas. Raios que
atingem a linha de energia, comutação de cargas potentes, bancos de
capacitores comutados são algumas fontes desse tipo de ruído.
c) Impulsos periódicos
Triacs em dimmers são os principais responsáveis por este tipo
de ruído. Comutando no semiciclo positivo e no negativo produzem
picos de tensão numa frequência que é o dobro da frequência da rede de
energia.
d) Ruídos contínuos
Neste caso temos os produzidos pelos motores AC, barbeadores,
e muitos equipamentos de uso doméstico que usam motores. Os pulsos
produzidos por tais equipamentos podem chegar a faixa de vários
quilohertz.
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Padrões
O FCC (Federal Communications Commision) e o European
Committe for Electro Technical Strandardization (CENELEC)
estabeleceram alguns padrões para o uso da rede de energia como meio
para a transmissão de dados. Esses padrões estabelecem o uso da banda
de 3 kHz a 148 kHz na Europa enquanto nos Estados Unidos, a
alocação vai de 0 a 500 kHz. Pelos padrões o espectro é dividido em 5
bandas, conforme mostra a figura 4.
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3 – 9 kHz
Essa faixa tem seu uso limitado para os fornecedores de energia.
9 – 95 kHz
Esta faixa também tem seu uso limitado aos fornecedores de
energia e concessionárias. Essa faixa também é designada por “Banda
A”.
95 – 125 kHz
Essa faixa é destinada aos clientes das concessionárias, não
havendo protocolo de acesso definido. Essa banda de frequências
também é chamada de “Banda B”.
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Conclusão
Da mesma forma que as linhas telefônicas, quando foram
criadas, nunca tiveram outra finalidade que não a de transmitir a voz
humana, o mesmo ocorre com a rede de distribuição de energia elétrica.
Com o tempo, mesmo não tendo sido criada para isso, a linha telefônica
passou também a dar acesso à Internet. Agora é a vez das linhas de
distribuição de energia e os problemas estão sendo contornados um a
um. Métodos especiais de modulação, uso de frequências mais altas,
permitem colocar junto a uma senoide de 60 Hz, informações em taxas
cada vez mais altas. O uso prático da rede de energia para acessar a
Internet está cada vez mais próximo, como já se observa em alguns
países, podendo consistir numa solução muito importante,
principalmente para os locais que não têm acesso a telefone.
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foto do locutor que está falando ou do cantor que está sendo ouvido
pode ser visualizada, ou mesmo a cena do último gol da equipe que
acaba de ser narrado.
Como funciona
Diversos são os obstáculos que um sistema digital de
radiodifusão encontra. Devemos levar em conta a necessidade de uma
cobertura grande, imunidade aos obstáculos e o próprio tipo de
equipamento usado que pode ser fixo ou móvel. Um problema grave
que deve ser levado em conta em primeiro lugar
É que a maioria dos receptores usa antenas não direcionais o que
significa que eles podem captar com facilidade sinais refletidos,
conforme mostra a figura 2.
Os sistemas
Da mesma forma como ocorre com a TV digital existe uma
disputa sobre qual sistema deve ser adotado de forma universal, para
que todos os equipamentos se tornem compatíveis independentemente
do local onde sejam usados.
Assim, temos o sistema americano desenvolvido pela Ibiquity e
o sistema europeu desenvolvido pelo consórcio DRM (Digital Radio
Mundiale). Existe ainda o padrão Eureka 147 adotado na Europa e o
japonês NTSDB-T. No Brasil, quando escrevemos este artigo pela
segunda vez em 2013, ainda não estava definido o padrão a ser adotado
no Brasil. No mapa abaixo temos os padrões já definidos no mundo.
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Eureka 147
O sistema adotado na Europa segue as indicações do European
Eureka Project 147, um consórcio de fabricantes, estações de rádio e
operadores de redes. O foco principal desse consórcio ao se analisar um
sistema digital de transmissão para radiodifusão levam em conta o
sistema de codificação e o sistema de compressão dos sinais.
O sistema adotado transmite dados a uma taxa de 128 quilobits
por segundo. Trata-se de uma velocidade 6 vezes menor do que a usada
para um sistema que tenha qualidade de sinal semelhante. Isso é
conseguido pela utilização de um recurso que leva em conta o limiar de
audição das pessoas. O que ocorre é que abaixo de uma certa
intensidade os sinais não são percebidos por nossos ouvidos e por isso
não precisam ser transmitidos.
Além disso, se houver uma componente mais forte de certa
frequência, as componentes mais fracas de frequências próximas não
serão também ouvidas e por isso não precisam ser reproduzidas. Na
figura 3 mostramos a curva típica de reposta do ouvido humano quando
nenhum som está presente.
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Sistema DRM
Este sistema é indicado para a utilização nas faixas de AM já
existentes abaixo de 30 MHz, ou seja, faixas de ondas médias e curtas,
conforme mostra o gráfico da figura 8.
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Conclusão
Evidentemente, a adoção de qualquer sistema de rádio digital em
nosso país vai implicar na necessidade.de se disponibilizar no mercado
receptores especiais. Diferentemente do caso da transição da TV
monocromática para TV em cores, não será possível transmitir ao
mesmo tempo num mesmo canal os dois sinais, o que possibilita a
sintonia de uma estação em qualquer dos sistemas.
No entanto, a possibilidade de se ocupar as mesmas faixas
atuais, faz a adaptação fácil dos transmissores já existentes para a
transmissão digital, já um primeiro passo que nos leva a acreditar que o
sistema DRM seja o adotado em nosso país. De qualquer forma, os
profissionais da eletrônica, principalmente os projetistas de receptores,
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MHz x Mbits/s
As comunicações de dados, usando meios físicos ou sem fios
(wireless) se tornam cada vez mais rápidas, exigindo dispositivos cujas
especificações tornam-se críticas para o desempenho. Os dispositivos
normalmente têm sua velocidade especificada em MHz (Megahertz) ou
Mbits/s (Megabits por segundo), o que faz com que muitos leitores
fiquem confusos na hora de interpretar o seu significado. Veja neste
artigo as diferenças entre MHz e Mbits/s.
A quantidade de informação que conseguimos transmitir através
de um determinado meio é medida em bits por segundo. Milhões de bits
por segundo nos levam aos megabits, não temos maiores dificuldades
em entender esta especificação. No entanto, para transmitir os milhões
de bits por segundo de uma informação através de determinados meios
devem ser usados circuitos de alta frequência, ou seja, circuitos cuja
especificação é feita em megahertz ou mesmo gigahertz (bilhões de
ciclos por segundo).
Assim, se considerássemos que um ciclo do sinal que transporta
a informação correspondesse a um bit tudo estaria resolvido:
numericamente uma especificação em bits por segundo seria a mesma
que em hertz.
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802.3. Faixa passante é a faixa de frequências que deve passar pela rede
sem problemas, se bem que na prática sempre seja desejável que ela
esteja acima do valor mínimo requerido para um bom funcionamento.
Para a rede Token Ring 16Mbits/s a faixa passante deve ser de
16 MHz, se bem que na prática seja recomendada para maior
performance uma faixa de pelo menos 25 MHz. No entanto para outros
tipos de rede como do padrão Ethernet 100BASE-TX, o tipo de
codificação sinal, denominada MLT-3 permite que sejam transmitidos
100 Mbits por segundo num canal de apenas 80 MHz de largura,
conforme mostra a figura 2.
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BAUD x BPS
A transmissão de dados por linhas telefônicas é fundamental em
nossos dias. A maioria das pessoas possui computadores com modems
que enviam e recebem dados através da linha telefônica. A principal
especificação destes modems é a velocidade com que eles podem
receber ou transmitir os dados e isso pode ser feito de duas maneiras, o
que causa uma grande confusão em muitos leitores, mesmos os que
possuem conhecimentos técnicos avançados. Baud ou BPS, qual é a
diferença? Neste artigo mostramos aos leitores o que cada uma destas
especificações significa, procurando tirar as dúvidas dos leitores que
ainda as possuem.
Antigamente, o principal meio de se enviar dados através de fios
elétricos era o telégrafo. Um operador manipulava uma chave
produzindo pulsos elétricos que atuavam sobre uma campainha ou
receptor do outro lado da linha produzindo estalidos ou toques. Um
toque curto era interpretado como um ponto e um toque longo como um
traço. Traços e pontos (que poderiam ser associados aos zeros e uns da
comunicação digital) formavam então as letras, números, e outros
símbolos, conforme mostra a figura 1.
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O BAUD e o BPS
Quando o telegrafista toca no manipulador ele produz uma
transição de sinal na linha em que a tensão passa de 0 a 12 Volts, por
exemplo tantas vezes quantas ele atue sobre o manipulador.
Cada vez que ele aciona o manipulador dizemos que um baud é
transmitido. Indo além, e passando para a era digital em que não
transmitimos pontos e traços, mas zeros e uns para formar os bytes,
podemos associar uma tensão de -12 V ao bit 0 e uma tensão de +12 V
a um bit 1.
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Cálculos de modulação em
amplitude
Você sabe calcular o índice de modulação de um sinal modulado
em amplitude? Este tipo de cálculo é exigido nos cursos de Telecom e
mesmo na prática, devendo o profissional saber exatamente como
proceder. O texto que damos a seguir é parte de nosso Curso de
Eletrônica – Radiocomunicações – Volume 5.
Existem parâmetros importantes que devem ser considerados na
modulação em amplitude e eles seguem procedimentos de cálculos bem
definidos. Se o leitor tem dificuldades em entender esses cálculos,
sugerimos que deixe para ler este item quando estiver mais
familiarizado com a matemática.
Quando modulamos um sinal de alta frequência com um sinal de
baixa frequência, por exemplo, um som de frequência fixa de uma nota
musical, não apenas a amplitude da portadora varia como também, pelo
fenômeno do batimento, são obtidas duas frequências adicionais ou
duas raias. Assim, o sinal final obtido além das variações da amplitude
passa a ocupar três raias no espectro, conforme mostra a figura 1.
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Onde:
m = índice de modulação (%)
A = amplitude máxima do sinal
B = amplitude mínima do sinal
Na figura 5 temos um sinal modulado, mostrando os valores de
A e B.
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Circuitos ressonantes
Os circuitos ressonantes são encontrados em praticamente todos
os equipamentos de telecomunicações. Eles são responsáveis pela
frequência do sinal que deve ser transmitido ou recebido, pela
separação de sinais em filtros, pela rejeição de interferências e ruídos e
muito mais. Neste artigo, explicamos como este tipo de circuito
funciona. Ele faz parte de nosso livro Curso de Eletrônica –
Telecomunicações – Vol 5 – Radiocomunicações em que ensinamos o
fundamental para este importante ramo da eletrônica.
Todos os objetos possuem uma frequência própria de vibração.
Percebemos isto quando batemos numa taça, num pedaço de metal ou
num diapasão. O material de que é feito o objeto, suas dimensões e seu
formato determinam esta frequência. Denominamos esta frequência de
“frequência de ressonância”. Um fato interessante pode ser observado
quando dois objetos próximos têm a mesma frequência de ressonância e
fazemos um deles vibrar. Dois diapasões afinados para a mesma
frequência, por exemplo, podem servir de exemplo para um
experimento interessante que envolve este fato. Quando batemos em um
emitindo um som, este som faz com que o outro diapasão entre em
vibração. Podemos perceber isto aproximando o ouvido do segundo
diapasão, conforme mostra a figura 1.
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Figura 7– oscilação amortecida
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Seletividade – fator Q
Se analisarmos os circuitos ressonantes, na condição ideal, eles
deveriam responder apenas a uma determinada frequência, rejeitando as
demais. Na prática, entretanto, a presença de resistências parasitas no
circuito faz com que ele tenda a ter curvas de respostas menos agudas, o
que determina o fator de qualidade ou fator Q, que mede sua
seletividade. Assim, conforme mostra a figura 14, um circuito com um
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Onde:
Q é o fator Q
R é a resistência associada ao circuito em ohms
C é a capacitância em farads
L é a indutância em henry
Na figura 15 temos o circuito equivalente com a resistência
associada:
Conclusão
O que vimos é apenas um pouco sobre o funcionamento dos
circuitos ressonantes. Podemos aprender muito mais, analisando o
modo como eles são usados em osciladores e receptores..
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O sistema na prática
Na figura 3 temos o modo como funciona um sistema usando
modems ADSL.
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Outras variações
a) IDSL
IDSL (ISDN DSL) é um sistema que está mais próximo do
ISDN com velocidades de dados de 128 kbps.
b) SDSL
SDSL ou Symmetric DSL usa um par simples trançado com
uma velocidade de transmissão de dados de 1,544 Mbps (Estados
Unidos e Canadá) e 2,048 Mbps (Europa) em ambas as direções numa
linha duplex. É chamada "simétrica" porque a velocidade dos dados é a
mesma nos dois sentidos (upstream e downstream).
SDSL Symmetric DSL 1,544 Mbps duplex 3,8 km com fio 24 O mesmo que HDSL,
(US e canadá); 2048 mas exigindo apenas
Mbps (Europa) em um par trançado
linha simples duplex
- downstream e
upstream
ADSL Asymmetric 1,544 s 6,1 Mbps 1,544 Mbps até 5500 metros; Usado para Internet
Digital Subscriber downstream e 16 a 2048 Mbps até 4200 metros;
Line 640 kbps upstream 6312 Mbps até 3800 metros;
8448 Mbps até 2800 metros.
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Se bem que a ideia de Tesla até hoje não tenha sido aplicada à
transmissão de grandes quantidades de energia a longas distâncias, para
pequenas distâncias as limitações são menores. O que ocorre é que se
emitirmos energia, por exemplo, através de ondas de rádio, elas se
espalham no espaço de modo que na estação receptora chega apenas
uma pequena parcela da energia emitida.
É por esse motivo que os receptores de rádio precisam de
circuitos amplificadores. O sinal que é captado pela antena corresponde
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Outros sistemas
Além dos carregadores utilizando campos magnéticos ou
indução conforme o indicado, também existem carregadores que fazem
o uso de micro-ondas ou RF. Neste caso, temos um transmissor na base
e um receptor no telefone, que converte a energia recebida numa
corrente de carga para a bateria, conforme mostra a figura 5.
Como funciona
Seria muito simples ter uma bobina emissora e uma bobina
receptora com um diodo retificador e capacitor de filtro para termos um
sistema carregador simples, conforme mostra a figura 6.
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Os padrões
Se este processo de cargas de telefones celulares e outros
aplicativos deve se tornar muito comum no futuro, é importante que se
adote um padrão universal para seu uso. De fato, se você encontrar num
hotel em seu quarto uma base de carga de celular é de vital importância
que, independentemente da marca ou modelo se seu celular (desde que
tenha o recurso da carga sem fio), você pode apoiá-lo e ele se carregará
sem problema.
Existem três padrões em discussão atualmente> Qi, PMA
(Power Matter Alliance) , Powermat e A4WP (Alliance for Wireless
Power). O padrão Qi, por exemplo, foi um dos primeiros que apareceu.
Ele opera numa frequência entre 110 e 205 kHz para a carga em baixa
potência e entre 80 e 300 kHz para a carga em média potência.
Já, o padrão A4WP opera com uma técnica de ressonância,
semelhante a usada nos RFID, com uma frequência de 6,78 MHz para o
sinal de potência e 2,4 GHz para os sinais de controle. Esse padrão
possibilita a carga de diversos dispositivos simultaneamente.
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Padrão Qi
A pronúncia é (chi) tendo sido adotado pelo Wireless Power
Consortium em 2008 já existindo mais de 100 empresas que o adotam.
A distância máxima de transferência de energia deste padrão é de 40
mm (4 cm) o que exige que o telefone em carga ou outro dispositivo
seja apoiado numa base própria.
A faixa de potências coberta vai de 0 a 5 W para os dispositivos
de baixa potência e até 120 W para os dispositivos de média potência.
Num sistema convencional existe uma estação-base onde está o
transmissor indutivo de energia. Nestes dispositivos existe uma
superfície plana onde deve ser apoiado o dispositivo em carga. Os
dispositivos móveis, que terão as baterias carregadas, devem ter
recursos para receber a energia.
Para que a carga tenha um rendimento apropriado, é preciso que
o maior número das linhas do campo criado seja interceptado pelo
receptor. Para isso existem duas opções de posicionamento para os
dispositivos. Posicionamento guiado, onde existe uma guia na base que
faz com que o dispositivo carregado seja encaixado na posição correta e
com isso o rendimento seja sempre o mesmo.
Posicionamento aleatório, onde não há necessidade de uma
posição correta do dispositivo carregado na base, havendo uma área
mais ampla para sua colocação. Um ponto importante a ser considerado
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é que a estação-base troca informações a uma taxa de 2 bps (no Qi) com
o dispositivo carregado. Isso permite monitorara carga, de modo que a
estação de carga seja informada quando o dispositivo está carregado.
Na tabela abaixo o formato padrão dos dados.
Qi Formato Padrão de Dados
Capacidade Detalhes
Velocidade 2 kbps
Codificação de bit Bi-phase
Codificação de byte Start bit; 8 bit data; parity bit; stop bit
• Preamble (>=11 bit)
• Header (1 Byte)
• Message ( 1 to 27 Byte)
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Os carregadores
Assim, atualmente como existem diversos padrões, ao comprar
um carregador deste tipo (que já existe à venda) você deve assegurar-se
de que o dispositivo que vai ser carregado (seu celular, por exemplo, é
compatível com ele.
Na figura 7 temos um exemplo de carregador para Galaxy S4
que exige que você troque a tampa traseira por uma tampa especial que
tem o sistema de captação (bobina).
Ferramentas de desenvolvimento
A Mouser Electronics disponibiliza diversos dispositivos de
transmissão e recepção de energia para o desenvolvimento de
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FM estéreo
As emissoras que transmitem sinais estereofônicos utilizam uma
técnica denominada multiplexação. Através da multiplexação, os
receptores que contenha decodificadores apropriados (decodificadores
multiplex estéreo) podem separar os dois sinais para os dois canais e
assim ser obtida uma reprodução estéreo.
Para que o leitor entenda como funciona o circuito que
propomos neste artigo será conveniente analisarmos o princípio de
funcionamento do sistema todo. Assim, vamos partir do fato de que as
estações de FM têm uma largura de faixa ou canal de 200 kHz.
Supomos então que desejamos transmitir dois sinais de áudio de
frequências diferentes, conforme mostra a figura 1.
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Como temos um único sinal, ele pode ser usado para modular a
portadora da estação de modo a transmitir a informação correspondente
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aos sons dos dois canais de áudio. Na figura 4 temos então o diagrama
de blocos de um codificador estéreo típico.
mistura dos sinais de áudio dos dois canais de som, mas sim formado
por trechos de um e de outro canal, muito bem separados, conforme
vimos. O sinal obtido tem um espectro complexo que contém as
informações dos dois canais e também o sinal piloto, conforme mostra a
figura 5.
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Notação
É comum usar a notação V ou E para tensões. No nosso caso,
como é comum em Telecom, usaremos E para tensões, I para correntes
e Zpara impedâncias.
1 – Linha Paralela
Um dos tipos de linha de transmissão mais conhecidos é o
formado por dois condutores que correm paralelos, mantidos a uma
distância constante através de espaçadores feitos de material isolante,
conforme mostra a figura 1.
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2 – Par Trançado
Outro tipo de linha de transmissão formada por dois fios de
mesmas características é a formada por um par de condutores trançados,
conforme mostra a figura 3.
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3 – Par Blindado
Nesta linha de transmissão temos dois fios condutores paralelos,
isolados por um material dielétrico e em torno deles existe uma
blindagem metálica, formada por uma tela de condutores finos. Em
torno desta tela pode ou não existir um isolante externo, conforme
mostra a figura 4.
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4 – Cabo Coaxial
Existem dois tipos de cabos coaxiais. Os cabos coaxiais rígidos
que possuem como dielétrico o ar e os cabos coaxiais flexíveis que
usam uma substância sólida como dielétrico. Na figura 5 temos o cabo
coaxial rígido.
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5 – Guias de onda
Nos cabos que vimos, os sinais se propagam como corrente de
altas frequências através de condutores metálicos. No entanto, existe
um tipo de linha de transmissão que opera segundo um princípio
diferente. Sinais de rádio de frequências muito altas, ou seja,
microondas, podem ser conduzidos por meios físicos que se comportam
como “encanamentos” dirigindo os sinais para os pontos desejados.
Os sinais que se propagam através destas linhas são, portanto,
ondas eletromagnéticas, de uma forma semelhante àquela que ocorre no
caso das fibras ópticas, o que poderia nos levar a classificá-los num
grupo intermediário entre os que usam o espaço livre (no caso no
interior do cabo) e os meios condutores. Conforme o nome sugere, as
guias de onda são tubos que podem ter o contorno cilíndrico ou
retangular e que são capazes de conduzir os sinais de altas frequências.
Na figura 9 temos dois tipos comuns de guias de ondas.
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O Dip Meter
Um instrumento simples, mas de grande utilidade para quem
trabalha com circuitos de RF é o Dip Meter ou Grid Dip Meter, como
também era conhecido nos tempos das válvulas. Veja neste artigo o que
ele é e como usá-lo.
O dip-meter teve sua origem em 1947 (quando se publicou pela
primeira vez um circuito oscilador utilizando a válvula triodo) e que
podia ser usado para verificar a ressonância de circuitos, conforme
configuração mostrada na figura 1.
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As camadas físicas
No início, as opções para a Ethernet eram muito mais limitadas
do que hoje. Havia então as opções 10Base2 e 10Base5, operando
ambas em 10 Mbps, usando cabo coaxial com nodos conectados aos via
conectores “T”, conforme mostra a figura 2.
A camada de dados
Essa camada define o método de acesso à mídia usada. São
usados links de “half-duplex”, como os conectados num barramento de
tipologias em estrela (10/100Base T, 10Base2, 10Base5, etc.). A
modulação ainda é a CSMA/CD que permite que diversos nodos
tenham acessos iguais à rede, operando da mesma forma que os
sistemas de telefonia celular. Nesse sistema todos os nodos da rede
monitoram continuamente o fluxo de sinais. Se um nodo tem de
transmitir informações, ele encaixa sua transmissão nos momentos em
que ela está livre. Se, por acaso, dois nodos tentam colocar informações
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 44
Ethernet Frame
Trata-se da camada de dados onde é definido o formato dos
dados que devem ser enviadas através de uma rede. O formato dos
dados o “frame” contém diversos campos de informação além dos
dados propriamente ditos, conforme mostra a figura 4.
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Hubs e Switches
A finalidade dos hubs numa rede Ethernet é operar como
dispositivos da camada física para repetir e espalhar os sinais. Os nodos
são conectados às portas de um hub formando “galhos” ou “ramos”
criando-se assim a topologia da rede. Os hubs recebem os sinais dos
nodos conectados e os regenera, mandando-os para outras portas. Pelo
processo de regeneração dos dados, a distância alcançada pelos sinais
pode ser aumentada.
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TCP/IP que permite acesso à Internet. Esse protocolo faz com que os
pacotes de informações se movam através da rede baseados no seu
endereço IP (Internet Protocol).
Na indústria
Como solução eficiente para aplicações de uso geral a Ethernet é
a mais popular, atendendo as exigências mínimas que garantem uma
comunicação entre computadores. A possibilidade de se agregar e tirar
nodos, usar pares trançados e, além disso, operar numa topologia
simples, fazem da Ethernet ideal para uma enorme gama de aplicações,
incluindo as industriais.
No entanto, quando pensamos nas aplicações industriais existem
ainda algumas características que tornam crítico o uso da Ethernet. Uma
delas é o funcionamento probabilístico, de que falamos anteriormente.
As aplicações industriais exigem uma confiabilidade maior, com níveis
que só são alcançados por uma rede que tenha um funcionamento
determinístico.
É claro que diante da relação custo/benefício que esse tipo de
rede apresenta, os usuários logo encontraram meios de melhorar esse
ponto crítico como, por exemplo, a segmentação usando switches e
roteadores de modo a minimizar o tráfego não desejado de sinais,
reduzindo assim sua utilização.
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Ethernet Powerlink
Trata-se de um protocolo Ethernet que combina o conceito
CANopen com Ethernet. O grupo de padronização EPSG (Ethernet
Powerlink Standardization Group) é uma associação aberta de
fornecedores e usuários finais que precisam de uma Ethernet
determinística em tempo real. Na figura 7 temos a topologia típica de
uma rede Ethernet Powerlink para aplicações industriais.
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Modbus – TCP
Esse protocolo é suportado pela Schneider Automation. Na
figura 8 a topologia típica usada numa rede Modbus.
Profinet
É a versão Profibus de um sistema de comunicações para
Ethernet, sendo desenvolvida pela Siemens e a PNO (Profibus User
Organization). Na figura 9 há uma rede típica Profinet.
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 44
Conclusão
Partindo do conceito básico de Ethernet, diversos padrões
adicionais foram desenvolvidas visando a aplicação específica em
ambientes industriais. Esses padrões levam em conta as exigências
básicas que essa aplicação apresenta como o aspecto da confiabilidade
que um sistema determinístico oferece, além da velocidade. O que
vimos neste artigo dá ao leitor uma ideia das possibilidades existentes
de se implementar esse tipo de rede numa indústria.
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NEWTON C. BRAGA
Sincronismo em redes de
telecomunicações
Quase tudo hoje em dia é sem fio. As redes de telecomunicações
se expandem e com elas aumenta o número de tecnologias utilizadas. O
resultado dessa expansão e diversificação é inevitável: uma dificuldade
maior em se fazer seu sincronismo para garantir a integridade dos
dados, fundamental para se atingir as metas de Qualidade de Serviço
(QoS) tão almejadas por todos. (2006)
A necessidade de se sincronizar as redes na transmissão de
diversos tipos de dados é fundamental em vista da sua diversidade. De
fato, as redes telefônicas podem usar diversas tecnologias como,
Plesiochronous Digital Hierarchy (PHD), Synchronous Optical
Netowrk (SONET), Synchronous Digital Hierarchy (SDH) e
Asynchronous Transfer Mode (ATM). Um ponto fundamental para os
implementadores é saber como sincronizar os diversos tipos de redes de
modo a atender as exigências internacionais para a manutenção da
qualidade do sinal.
Para que o leitor entenda como isso pode ser feito, partimos da
estrutura básica de uma rede. Normalmente elas são estruturadas na
forma mostrada na figura 1 em que existem diversos nodos.
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 44
A finalidade da sincronização
Se considerarmos que cada nodo de um sistema de
telecomunicações possui seu próprio clock, durante o processo de
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Diferença de freqü6encia entre os Taxa de slips para sinais de 8k frames por segundo
sistemas
0 0
10-11 1 slip a cada 4,8 meses
10-10 1 slip a cada 14,5 dias
10-9 1 slip a cada 1,45 dias
10-8 6,9 slips por dia
10-7 2,9 slips por hora
10-6 28,8 slips por hora
10-5 4,8 slips por minuto
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O que fazer?
A ITU (International Telecommunications Union) possui
diversas normas em que recomendações são feitas no sentido de se
melhorar a sincronização das redes e com isso atender as exigências de
melhor qualidade de serviço. Basicamente, essas normas podem ser
atendidas com alguns cuidados que vamos analisar a seguir. Centralizar
a sincronização através de um clock mestre, conforme mostra a figura
2.
apenas cuidar para que os links não estejam sujeitos a problemas que
possam afetar a sincronização.
Nesse caso incluímos os cabos longos que podem sofrer
variações de características com a temperatura. Da mesma forma,
conexões SONET e SDH não devem ser usadas como links de
sincronização. Se a diferença de tempos de sincronização em algum
elemento da rede for maior que 18 us, esse elemento deve ser
sincronizado de outra forma, ou fazer parte de uma outra partição
(controlada por outro clock).
Uma outra forma de se fazer a sincronização é através de clocks
mestres distribuídos, conforme mostra a figura 3.
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 44
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A escolha do método
Na tabela dada a seguir temos as principais características dos
métodos de sincronização que podem ser utilizados. Analisando o seu
caso, o leitor pode fazer a escolha certa obtendo o melhor desempenho
ao menor custo.
É claro que existe a solução híbrida, em que diversos métodos
são usados ao mesmo tempo, cada qual para um setor, conforme suas
características, conforme mostra a figura 8.
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Conclusão
Cada método de sincronização tem suas vantagens e
desvantagens, o que significa que não se pode indicar uma solução
genérica para o problema da sincronização. Algumas recomendações
podem ser dadas em função de alguns casos especiais:
● Se a rede possui seu próprio link PDH, SONET ou SDH então
qualquer método pode ser usado, dependendo apenas da relação
custo/benefício.
● Se são usados tributários SONET ou SDH para sincronização os
sinais de clocks podem ser distribuídos por uma rede
cooperadora.
● Se um clock mestre centralizado é usado para sincronização, é
preciso analisar os níveis de falhas para se verificar qual a
melhor estratégia a ser usada.
Boa parte da informação contida neste artigo está em
documentação da Oscilloquartz, empresa Suíça especializada em
fabricar osciladores de precisão para sistemas de telecomunicações.
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Harmônicas e filtros
Você montou um pequeno transmissor e não está satisfeito com
seu rendimento? Veja neste artigo o que são harmônicas e como
influenciam no rendimento de um transmissor e também como utilizar
filtros para ter maior transferência de energia para a antena.
O matemático francês Fourier demonstrou que qualquer sinal,
independentemente de sua forma de onda pode ser decomposto num
sinal senoidal de mesma frequência e uma quantidade infinita de sinais
senoidais de frequências múltiplas, ou seja, harmônicas, conforme
mostra a figura 1.
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Soluções
Não basta montar o transmissor e simples ligar de qualquer
modo uma antena, mesmo que seja um simples pedaço de fio, para se
ter um sinal puro e maior alcance. O acoplamento à antena é um
primeiro ponto importante a ser considerado.
Com um bom acoplamento ajustável, poderemos transferir para
a antena a maior potência de sinal na frequência desejada reduzindo a
quantidade de harmônicas e obtendo maior alcance. Na figura 6 temos
uma sugestão de circuito de acoplamento de antena que ajuda a fazer
uma transferência melhor dos sinais.
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Figura 10 – Filtro PI
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Conclusão
Conforme vimos neste artigo, um dos pontos importantes para se
obter o bom desempenho de um transmissor está no acoplamento entre
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Figura 3 – Sinal de FM
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Figura 4 – O FM estéreo
Mas neste caso também, o sinal tem que ocupar uma faixa mais
larga, exigindo-se enormes potências para cobrir toda a gama de
potências e se obter um serviço perfeito, livre de interferências.
E os sinais telegráficos?
Caso exista apenas o sinal do transmissor, de frequência única,
um valor bem estreito no espectro, toda a potência do transmissor estará
concentrada neste local (figura 5).
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O gamma match
Para que todo o sinal gerado por um transmissor seja irradiado, é
preciso haver um correto casamento de impedância entre a linha de
transmissão e a antena. As características físicas da antena, mesmo que
bem calculadas, diferem sempre ligeiramente das ideais, o: que provoca
um pequeno descasamento responsável por ondas estacionárias e,
consequentemente, por perdas. Para ”casar" a antena com a linha de
maneira ideal, aumentando o rendimento do sistema, a maneira mais
simples consiste no “gamma-match”.
A finalidade do “gamma- match" é fazer o casamento das
características do cabo de transmissão com a antena, de modo a reduzir
ao mínimo a relação de ondas estacionárias (ROE). Pela sua
simplicidade, o gamma-match é o mais usado, tanto por radioamadores
das faixas de 7, 14 ou 28 MHz, como também pelos operadores da faixa
dos 11 metros (27 MHz).
Em termos técnicos, a finalidade do "'gamma-match” é permitir
a passagem dos sinais que vêm de forma dissimétrica pelo cabo coaxial
para um sistema irradiante simétrico, como a antena. Na figura 1 temos
o circuito equivalente à transmissão de sinal para a antena, em que
observamos um capacitor em série com o condutor central do cabo
coaxial.
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Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 44
Figura 3 – A regulagem
A fixação com isoladores plásticos deve ser bem feita para evitar
problemas com o vento e a chuva. Damos a seguinte tabela para
elaboração do “gamma-match”:
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Figura 1 - Aplicações
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Tendências do processador
Para prolongar a vida das baterias, um nó WSN acorda
periodicamente para adquirir e transmitir dados, ligando o rádio e
depois desligando para conservar energia. O rádio WSN deve transmitir
de maneira eficiente um sinal e permitir que o sistema volte a dormir,
realizando isso com um mínimo consumo de potência. Do mesmo
modo, o processador também deve ser capaz de acordar, energizar-se e
voltar a dormir de modo eficiente. As tendências de tecnologias de
microprocessadores para WSNS incluem redução do consumo de
energia enquanto mantém 4 ou aumentam a velocidade do processador.
Tal qual a escolha do rádio, trade of de consumo de energia e
velocidade de processamento é uma preocupação fundamental na
seleção de um processador para WSN Isto faz com que arquiteturas
PowerPC e baseadas em ARM sejam uma opção não indicada para
dispositivos alimentados por baterias. Uma opção mais comum de
arquitetura inclui o TI MSP430 MCU, que foi projetado para operação
de baixa potência. Dependendo do processador específico, o consumo
de energia no sleep mode pode variar de 1 a 50 uW, enquanto em
operação o consumo pode variar de 8 a 500 mW.
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Topologias de rede
Você pode utilizar várias topologias de rede para coordenar o
gateway WSN, os nós finais e os nós roteadores. Estes últimos são
similares aos nós finais, já que podem adquirir dados de medição, mas
você também pode utilizá-los para transmitir dados medidos ao longo
de outros nós. A primeira e mais básica topologia é a estrela (star), na
qual cada nó mantém uma única via de comunicação direta com o
gateway. Esta topologia é simples, mas restringe a distância total que
sua rede pode alcançar.
Para aumentar a distância que uma rede pode alcançar, você
pode implementar uma topologia cluster ou árvore. Nesta arquitetura
mais complexa, cada nó mantém um único caminho para o gateway,
mas pode utilizar outros nós para rotear os dados ao longo desse
caminho. Entretanto, esta topologia apresenta uma desvantagem: se um
nó roteador perder a comunicação, todos os nós que dependem desse nó
roteador perderão sua via de comunicação com o gateway.
A topologia "rede de malha” remedia este problema utilizando
vias de comunicação redundantes para aumentar a confiabilidade do
sistema. Em uma rede de malha, os nós mantêm múltiplas vias de
comunicação com o gateway, de modo que, se um nó roteador perder a
comunicação, a rede automaticamente redireciona os dados por um
caminho diferente. A topologia de malha, embora muito confiável sofre
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Figura 3 – as topologias
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Cofasamento de Antenas
Dois é sempre melhor do que um? A utilização de duas antenas
no carro para transmissões na faixa do cidadão nem sempre pode levar
aos resultados esperados. Veja neste artigo porque o uso de antenas
cofasadas nos carros exige muito cuidado e nem sempre traz resultados
satisfatórios.
Obs. Este artigo foi escrito em 1981 visando as antenas para a
faixa do cidadão (11 metros), mas os conceitos básicos são válidos para
outras faixas.
Toda antena tem um padrão de irradiação. Este padrão é uma
indicação de como os sinais são irradiados por esta antena em todas as
direções possíveis. Assim, dizemos que uma antena é unidirecional
quando ela irradia do mesmo modo seus sinais em todas as direções.
Representando este comportamento num gráfico, temos algo como
mostra a figura 1.
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Os testes
Levando em conta que os veículos apresentam uma geometria
toda especial e que testes feitos com antenas cofasadas ou de outros
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tipos são muito difíceis em escala real pois os objetos próximos sempre
podem distorcer os resultados, a NASA realizou provas de um modo
muito interessante com veículos em escala reduzida. O que se faz então
é usar um modelo de carro 10 vezes menor que o real, quando então,
ficando reduzida à 1/10 o comprimento da antena e, portanto, o
comprimento de onda, para se obter um comportamento análogo basta
elevar 10 vezes a frequência do transmissor.
Veículos miniatura podem então ser montados em plataformas
giratórias numa câmara com paredes totalmente não refletivas de RF, e
com antenas miniatura ligados à pequenos transmissores. (figura 10)
Os resultados
Os resultados dos testes feitos com antenas cofasadas revelam
que realmente, em princípio, seu funcionamento é válido com bons
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Na prática
Na prática, a instalação de antenas cofasadas exige muito
cuidado do amador. Além da disposição conveniente das antenas que
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