Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BRAGA
1
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
Como Funciona
Aparelhos, Circuitos e Componentes
Eletrônicos
Volume 42
Newton C. Braga
Patrocinado por
Mouser Electronics
2
NEWTON C. BRAGA
Índice
Apresentação da Série 7
Princípios de radiotransmissão - ondas 11
Alcance 17
Velocidade, fase comprimento de onda e frequência 18
Antenas 22
Técnicas de Modulação AM/FM 29
Modulação em amplitude 31
Modulação em frequência 39
Conclusão 45
Transmissores 47
Ruídos - espúrios - parasitas - harmônicas 47
Soluções 54
Armadilhas de Onda 55
O que são e como funcionam 55
Como são usadas as armadilhas de onda 60
O Foco das Antenas Parabólicas 63
Conclusão 75
Antenas parabólicas compartilhadas 77
Os simetrizadores para recepção de TV 85
O simetrizador 90
Caixas para simetrizar 93
Redes sem fio e o padrão IEEE 802.11 97
IP móvel 100
As arquiteturas IEEE 9\802.11 101
3
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
5
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
6
NEWTON C. BRAGA
Apresentação da Série
Este é o quadragésimo segundo volume desta grande série de
livros que levamos aos nossos leitores sob patrocínio da Mouser
Electronics (www.mouser.com). Conforme os leitores que já
baixaram os volumes anteriores sabem, esta série é baseada na
enorme quantidade de artigos que escrevemos ao longo de nossa
carreira como escritor técnico e que publicamos em diversas revistas,
folhetos, livros, cursos e no nosso próprio site tanto em português,
como em espanhol e em inglês. São artigos que representam mais de
50 anos de evolução das tecnologias eletrônicas e, portanto, têm
diversos graus de atualidade. Os mais antigos foram analisados sendo
feitas alterações e atualizações que julgamos necessárias. Outros pela
sua finalidade didática, tratando de tecnologias antigas e mesmo de
ciência (matemática, física, química e astronomia) não foram muito
alterados a não ser pela linguagem, que sofreu modificações se bem
que em alguns casos mantivemos os termos originais da época em
que foram escritos. Não estranhem se alguns deles tiverem ainda a
ortografia antiga que foi mantida por motivos históricos. Os livros da
série consistirão numa excelente fonte de informações para nossos
leitores.
Os artigos têm diversos níveis de abordagem, indo dos mais
simples que são indicados para os que gostam de tecnologia, mas que
7
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
8
NEWTON C. BRAGA
9
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
10
NEWTON C. BRAGA
Princípios de radiotransmissão -
ondas
Existem conhecimentos básicos sobre a natureza e
comportamento das ondas de rádio que precisam estar muito bem
estabelecidos na mente do profissional de telecomunicações. Nessa
categoria enquadramos os conhecimentos sobre a natureza e
propriedades das ondas. Se bem que este assunto deva fazer parte dos
cursos profissionais (técnicos e de engenharia) nem sempre eles são
abordados com a devida profundidade e sempre existe a necessidade
de serem reciclados. Nesse artigo revisamos alguns dos conceitos
básicos da radiotransmissão o que pode ser de muita utilidade para
nossos leitores.
Na figura 1 mostramos o espectro de rádio com a
classificação pela denominação segundo a frequência.
11
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
12
NEWTON C. BRAGA
b) Onda espacial
A propagação entre a antena transmissora e a antena receptora
ocorre sem a influência da terra. Um exemplo seria a comunicação
entre uma estação em terra e um avião. As faixas mais usadas para
este tipo de comunicação são as de VHF e UHF, eventualmente SHF.
13
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
14
NEWTON C. BRAGA
d) Ondas diretas
A propagação entre dois pontos ocorre de forma que eles
devem estar numa linha direta, sem obstáculos, conforme mostra a
figura 5.
15
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
16
NEWTON C. BRAGA
Alcance
Para uma onda direta, o alcance vai depender da altura das
antenas, conforme podemos observar pela figura 6.
17
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
18
NEWTON C. BRAGA
19
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
20
NEWTON C. BRAGA
21
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
Antenas
A função da antena é produzir ondas eletromagnéticas a partir
de correntes elétricas de alta frequência que lhes são aplicadas. Uma
antena transfere então a energia gerada pelo transmissor para o
espaço na forma de ondas. No receptor, a antena intercepta as ondas
induzindo correntes que são levadas então ao circuito.
Um sinal de alta frequência aplicado numa antena, como a
formada por dois condutores cria alternadamente campos elétricos e
magnéticos, conforme mostra a figura 11.
22
NEWTON C. BRAGA
a) Ganho
Uma antena é um elemento passivo num sistema de
transmissão ou de recepção, não existindo elementos que possam
realmente introduzir um ganho efetivo num sinal de uma antena.
Dessa forma, o termo ganho serve para expressar a capacidade que
uma antena tem para receber sinais de uma determinada direção
24
NEWTON C. BRAGA
25
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
b) Diretividade
Uma antena ideal, teria o formato de uma esfera, irradiando
sinais com a mesma intensidade em todas as direções. Na prática,
entretanto, as antenas tendem a concentrar os sinais mais em
determinada direção, dependendo de sua forma, dimensões e
disposição de seus elementos.
Assim, a diretividade de uma antena é indicada por um
diagrama, conforme mostra a figura 15, no qual se colocam as
intensidades relativas do sinal (recebido ou transmitido) em função
das direções em torno da antena.
26
NEWTON C. BRAGA
c) Polarização
Os sinais emitidos pelas antenas possuem uma orientação
definida para as componentes elétrica e magnética da onda. Isso
significa que as antenas emitem sinais polarizados conforme seu
formato. Se uma antena tem uma polarização vertical e por isso os
sinais são emitidos com componentes orientadas segundo mostra a
figura 16, uma antena receptora que esteja posicionada de modo
diferente, ou seja, polarizada horizontalmente não receberá estes
sinais de maneira satisfatória.
27
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
28
NEWTON C. BRAGA
30
NEWTON C. BRAGA
Modulação em amplitude
Um transmissor de AM típico pode conter diversos estágios
amplificadores que, a partir de um oscilador, chegam ao sinal final
que deve ser transmitido, conforme mostra a figura 2.
31
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
32
NEWTON C. BRAGA
33
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
34
NEWTON C. BRAGA
35
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
36
NEWTON C. BRAGA
37
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
38
NEWTON C. BRAGA
Modulação em frequência
Na modulação em frequência, a característica da portadora
que se altera com o sinal modulador é a sua frequência. A modulação
em frequência pode ser direta ou indireta. Na modulação direta
atua-se diretamente sobre o circuito oscilador que determina a
frequência do transmissor. A atuação pode ser feita diretamente sobre
39
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
41
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
42
NEWTON C. BRAGA
43
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
44
NEWTON C. BRAGA
Conclusão
Nos processos práticos de modulação podemos ver diversas
tecnologias encontrando configurações que dependem não só dos
45
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
46
NEWTON C. BRAGA
Transmissores
47
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
48
NEWTON C. BRAGA
a) Ruído de Fase
Quando um transmissor gera o sinal que deve transmitir, os
componentes usados não são absolutamente lineares, o que quer
dizer que não temos a produção de um sinal senoidal perfeito e nem
ao menos de forma absolutamente sincronizada.
Isso significa que as pequenas diferenças entre as fases dos
sinais gerados a cada instante podem modular a portadora, criando
assim algumas faixas de sinal que são emitidas juntamente com ela.
Estes sinais vão se concentrar nas frequência próximas da portadora,
um pouco acima e um pouco abaixo.
b) Ruído de fonte
Qualquer tipo de sinal indevido que esteja presente no
circuito de um transmissor pode servir de fonte de modulação. A
própria fonte de alimentação é uma fonte de sinal, gerando assim um
49
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
c) Harmônicas
Um sinal puro é um sinal senoidal perfeito. No entanto, na
prática, os sinais gerados pelos transmissores não são senoides
perfeitas, dada justamente a não linearidade dos circuitos usados para
isso. Isso quer dizer que, conforme Fourier explica, um sinal
complexo de certa frequência como o produzido por um transmissor,
é formado por um sinal senoidal de determinada frequência
(fundamental) e sinais senoidais de frequências múltiplas
(harmônicas) que se estendem pelo espectro com intensidade cada
vez menor, mas até o infinito, de acordo com a figura 3.
50
NEWTON C. BRAGA
51
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
menos reduzir sua intensidade a níveis tais que não possam causar
problemas, como o mostrado na figura 4.
d) Espúrios
Em certos circuitos de transmissores podem surgir
realimentações de sinais que vão atingir circuitos diferentes do
mesmo aparelho como, por exemplo, amplificadores de áudio, de
modulação e mesmo a fonte de alimentação, causando problemas.
Com esta realimentação, os circuitos afetados tendem a entrar em
oscilação gerando sinais que passam a ser transmitidos em
frequências mais baixas e mais altas do que a portadora.
Um caso comum que encontramos deve-se ao fato de que os
capacitores eletrolíticos usados em fontes de alimentação podem ser
de papel enrolado, formando assim uma estrutura que além da
capacitância tem uma certa indutância. Esta indutância pode ser
52
NEWTON C. BRAGA
53
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
e) Divisão de frequência
Os transistores bipolares quando usados em transmissores
tendem a apresentar um fenômeno interessante que consiste na
produção de uma oscilação parasita com metade da frequência
original.
Soluções
Evidentemente, não podemos deixar que um transmissor
irradie energia em frequências que não sejam especificamente
aquelas em que ele deve operar. Problemas de interferências são
graves e, por isso, proibidos pelas leis vigentes. Inicialmente, um
bom projeto de transmissor, que tenha características que reduzam ao
máximo a emissão de sinais indevidos, é fundamental, quando se
pensa numa aplicação prática de maior potência.
É por este motivo que existem restrições ao uso de
transmissores de construção caseira, principalmente para as faixas
mais sensíveis como as de FM e de VHF. Em segundo lugar, o
circuito deve ter todos os recursos que eliminem a possibilidade de
que sinais indevidos sejam transmitidos. Filtros, blindagens e
desacoplamentos precisam ser colocados cuidadosamente nos locais
em que qualquer problema possa vir a ocorrer.
54
NEWTON C. BRAGA
Armadilhas de Onda
55
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
56
NEWTON C. BRAGA
57
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
58
NEWTON C. BRAGA
59
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
60
NEWTON C. BRAGA
61
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
62
NEWTON C. BRAGA
63
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
64
NEWTON C. BRAGA
65
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
66
NEWTON C. BRAGA
67
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
68
NEWTON C. BRAGA
a energia captada possa ser concentrada num único ponto, onde ela é
necessária.
69
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
70
NEWTON C. BRAGA
71
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
74
NEWTON C. BRAGA
Conclusão
A forma dos refletores dos sistemas de TV via satélite não é
apenas ditada por comodidade ou estética, mas sim por leis físicas
muito bem estabelecidas. O técnico deve estar atento a estas formas e
também ao posicionamento no sentido de não ter surpresas e
entender melhor os problemas que ocorrerem quando for necessário
encontrar uma solução.
75
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
76
NEWTON C. BRAGA
Antenas parabólicas
compartilhadas
A ideia de se ligar mais de um receptor a uma mesma antena
parabólica pode ser muito interessante em pequenas comunidades,
prédios ou mesmo numa residência que possua dois ou mais
televisores de uso independente. Como fazer isso é mais fácil do que
se pensa, principalmente com a disponibilidade de componentes
próprios. Neste artigo focalizamos o problema e damos as soluções.
Na figura 1 temos a estrutura básica de um sistema de recepção de
TV comum via satélite.
77
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
78
NEWTON C. BRAGA
79
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
81
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
82
NEWTON C. BRAGA
83
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
84
NEWTON C. BRAGA
85
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
86
NEWTON C. BRAGA
87
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
88
NEWTON C. BRAGA
89
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
O simetrizador
Em inglês balanceado é balanced e não balanceado é
unbalanced, e o simetrizado também passou a receber o nome de
Balanced-To-Unbalanced ou abreviadamente Balun. Trata-se de um
pequeno transformador, com a aparência mostrada na figura 6.
90
NEWTON C. BRAGA
91
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
93
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
94
NEWTON C. BRAGA
95
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
96
NEWTON C. BRAGA
97
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
98
NEWTON C. BRAGA
99
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
ser maior do que o de uma rede sem fio. Numa universidade, se bem
que possam ser usados pontos de conexão física em diversos locais
do campus, a possibilidade se de movimentar com um computador
portátil conectado ou ainda de se acomodar em qualquer parte sem a
necessidade de se preocupar se nas suas proximidades existe um
ponto de acesso é algo a ser levado em conta.
IP móvel
O IP Móvel foi sugerido como meio de se obter redes sem fio,
focalizando na Camada de Rede, trabalhando com os Protocolos de
Internet na versão 4.
Neste protocolo o endereço IP da máquina móvel não muda
quando ela se desloca de um endereço para outro. Para manter as
conexões entre o nodo móvel e o resto da rede, uma rotina de
acompanhamento é implementada.
100
NEWTON C. BRAGA
101
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
102
NEWTON C. BRAGA
103
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
104
NEWTON C. BRAGA
105
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
106
NEWTON C. BRAGA
Conclusão
O uso do padrão IEEE 802.11 em diversos dispositivos que
tenham tecnologia de comunicação de dados sem fio é uma excelente
alternativa em nossos dias.
Se bem que outras tecnologias existam proporcionando os
mesmos recursos como a Bluetooth, Home RF é importante analisar
os benefícios de cada uma e seus custos antes de fazer a escolha.
Nesse artigo demos uma breve visão de como ela funciona, como
ponto de partida para os leitores que desejarem se aprofundar mais
no assunto.
107
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
108
NEWTON C. BRAGA
110
NEWTON C. BRAGA
111
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
112
NEWTON C. BRAGA
113
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
114
NEWTON C. BRAGA
O sistema PAL
Quando os europeus resolveram estudar um sistema de TV
em cores já estava a um bom tempo em funcionamento nos Estados
Unidos o sistema NTSC. Assim, os pesquisadores tiveram tempo de
analisar as deficiências e criar uma nova forma de transmissão que
fosse melhor.
Na França os pesquisadores criaram o sistema SECAM que
posteriormente também foi adotado na antiga União Soviética. Nessa
época, na Alemanha, o Dr. Walter Bruch da Telefunken anunciava
um novo sistema denominado PAL (Phase Alternation Line) que se
mostrou muito interessante, já que não era sensível às alterações de
cor com a mesma intensidade que o NTSC.
As experiências que foram feitas no sentido de se testar a
qualidade do sistema foram decisivas para sua adoção. De fato, por
115
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
116
NEWTON C. BRAGA
119
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
A linha de retardo
A compensação dos desvios de fase que podem alterar a cor
original de uma imagem também pode ser feita eletronicamente com
a ajuda de uma linha de retardo.
As linhas de retardo são dispositivos eletromecânicos: elas
convertem o sinal elétrico num sinal ultrassônico de mesma
frequência que então se propaga pelo material com uma velocidade
muito menor e depois de sofrer sucessivas reflexões alcança um
microfone, conforme mostra a figura 9.
121
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
122
NEWTON C. BRAGA
Conclusão
O leitor já deve ter percebido de que modo uma pequena
diferença na maneira como um sinal ‚ transmitido pode influir na
qualidade de imagem na recepção de TV. Assim, quando lhe
perguntarem qual dos dois sistemas é o melhor e houver necessidade
de uma explicação fundamentada, o que analisamos nas linhas
anteriores certamente lhe serão de grande utilidade.
123
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
124
NEWTON C. BRAGA
126
NEWTON C. BRAGA
127
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
Como funciona
O ponto crítico das instalações telefônicas é a chamada "last
mile" ou última milha que corresponde ao pedaço de fio que vai da
casa do assinante até o cabo mais próximo de sinais. Esta "última
milha" na verdade pode chegar até a 6 quilômetros em alguns casos,
dependendo da “qualidade” das conexões e de algumas outras
condições locais.
O par trançado que é usado neste caso ou fio comum
apresenta indutâncias e capacitâncias reduzem a banda passante e
que oferecem uma séria dificuldade para a transmissão de dados de
alta velocidade, conforme sugere a figura 1.
128
NEWTON C. BRAGA
130
NEWTON C. BRAGA
O sistema na Prática
Na figura 4 temos o modo como funciona um sistema usando
modems ADSL.
131
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
132
NEWTON C. BRAGA
Conclusão
Apesar do acesso via modem ADSL ser dos mais comuns em
nossos dias, muitas alternativas já aparecem para atender os que
desejam outras formas de acesso à Internet.
Assim, temos muitas empresas de TV à cabo que oferecem
um acesso rápido e barato, além de empresas que o fazem por links
sem fio.
133
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
134
NEWTON C. BRAGA
135
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
136
NEWTON C. BRAGA
137
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
138
NEWTON C. BRAGA
Vantagens e desvantagens
Existem vantagens e desvantagens na utilização de sinais de
rádio para que dispositivos troquem dados.
As desvantagens são:
a) Os sinais de rádio são sensíveis à interferências – se o
ambiente tiver fontes de ruídos ou interferência, o
desempenho de uma rede sem fio pode ser comprometido.
b) Segurança – os sinais de rádio se espalham em todas as
direções. Por isso, existe a possibilidade de que um sistema
não autorizado intercepte os dados trocados entre outros dois
equipamentos, conforme mostra a figura 5.
139
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
As frequências
O espectro das radiofrequências está congestionado com uma
infinidade de aplicações que vão das comunicações móveis e a
radiodifusão a TV e o radar.
Assim, um dos problemas iniciais foi a escolha de uma
frequência para esse tipo de aplicação. Foram escolhidas as faixas
denominadas ISM (Industrial Scientific Medical) usadas justamente
para aplicações industriais, científicas e médicas nas faixas de 900
MHz, 2,4 GHz e 5 GHz.
No Brasil foram adotados 11 canais da faixa de 2,4 GHz
conforme mostra a figura 6.
140
NEWTON C. BRAGA
141
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
142
NEWTON C. BRAGA
143
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
Topologias
Para que os diversos dispositivos troquem dados de forma
coerente e segura é preciso haver uma certa organização. Essa
organização, ou a forma como os dispositivos podem trocar os dados
é denominada “topologia”. Para as redes sem fio existem duas
topologias.
a) Topologia estruturada
Nessa topologia, conforme mostra a figura 9, existe um ponto
de acesso que gerencia a troca de dados entre os dispositivos que
desejam se comunicar.
144
NEWTON C. BRAGA
b) Topologia ad hoc
Nesta topologia, não existe uma organização, conforme
mostra a figura 10.
145
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
Os Padrões
Evidentemente, para que dois dispositivos possam trocar
dados através de sinais de rádio eles devem “falar” a mesma língua.
Existe, portanto, uma padronização que é dada pela norma IEEE
(Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas dos Estados
Unidos), denominada IEEE 802.11. Essa norma estabelece os
protocolos, ou seja, as regras de acesso ao meio (MAC) da camada
física (PHY), ou seja, o modo como os sinais são enviados e
modulados.
Nessa norma a transmissão é feita pelo que se denomina
Espectro Espalhado (Spread Spectrum) com saltos de frequência
(Frequency Hoping). O que esse processo faz é mudar
constantemente a frequência usada nos pacotes de informação de
modo a contornar interferências, evitar conflitos de dados, garantindo
assim a sua integridade. Na 802.11 a taxa de transmissão é de 1 ou 2
Mbps (Megabits por segundo) na faixa de frequências de 2,4 GHz.
A 802.11 sofreu uma série de aperfeiçoamentos, vindo logo a
seguir a 802.11a e b.
Nesse padrão a velocidade de troca de dados aumentou para
até 54 Mbps e em lugar do spread spectrum ela trabalha com o
OFDM, que é uma técnica mais eficiente de transmissão. Os
equipamentos que usam padrão são capazes de fazer o “fall back”, ou
146
NEWTON C. BRAGA
Convergência e VoIP
Uma tendência irreversível ao nosso ver mostrada pela
tecnologia da informação é a convergência. Entendemos por
convergência a possibilidade de qualquer dispositivo que trabalhe
com dados, som e imagem poderem se comunicar, conforme mostra
a figura 11.
147
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
148
NEWTON C. BRAGA
Conclusão
A tecnologia wireless está aí. VoIP, eletrodomésticos que se
comunicam sem fio com seu computador ou com qualquer outro
ligado à Internet. Celulares que enviam fotos para o PC sem fio,
memórias de bolso que transferem dados para o PC ou outro
equipamento são alguns exemplos do que essa tecnologia está
trazendo.
Muitos do que a tecnologia Wireless pode oferecer já está ao
nosso alcance ou sendo usado em muitos locais que frequentamos.
149
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
150
NEWTON C. BRAGA
151
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
Nanoantenas
As dimensões dos componentes integrados num chip estão se
tornando cada vez menores. Com a aproximação dessas dimensões
dos comprimentos de onda da luz infravermelha e mesmo visível,
essas radiações podem ser tratadas de uma forma diferenciada:
irradiadas e recebidas por antenas exatamente como as ondas
eletromagnéticas de maior comprimento usadas em
telecomunicações. Essa possibilidade abre campos inteiramente
novos para a optoeletrônica.
O reduzido comprimento de onda das radiações
infravermelha, visível e mesmo ultravioleta impede que elas recebam
o mesmo tratamento que as ondas eletromagnéticas de maior
comprimento usadas em telecomunicações.
Essas ondas são tratadas com “recursos ópticos” diferentes
que incluem as lentas, espelhos e refletores parabólicos. No entanto,
a nanotecnologia, conseguindo levar os dispositivos integrados num
chip às mesmas dimensões das ondas luminosas, abre a possibilidade
dessas ondas serem tratadas da mesma forma que as ondas de maior
comprimento.
Integrando antenas que tenham a mesma ordem de grandeza
das ondas luminosas é possível fazer sua emissão ou recepção de
forma eficiente, com concentração da energia na direção desejada e
152
NEWTON C. BRAGA
153
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
154
NEWTON C. BRAGA
Aplicações
Atuando como receptores sintonizados (no comprimento de
onda que devem receber) essas antenas podem ser usadas na
elaboração de sensores extremamente sensíveis. Esses sensores
poderiam sintonizar uma radiação única numa faixa extremamente
estreita, detectando, por exemplo, o espectro de emissão de uma
única molécula numa estrutura viva.
Seria possível elaborar um sensor capaz de identificar um
simples vírus pela radiação emitida ao ser excitado. Na eletrônica,
essas nanoantenas poderiam ser usadas na construção de LEDs e
sensores usados em CDs, CD ROM, DVDs muito mais eficientes.
Não seria preciso usar comprimentos de ondas menores,
como no caso em que se passa do infravermelho para o visível do
CD-ROM para o DVD, de modo a se poder trabalhar com pits
menores. Pits até 50 vezes menores do que os atualmente usados
poderiam ser detectados com o uso de dispositivos focalizados com
nanoantenas, aumentando assim em 50 vezes a capacidade de
armazenamento da mídia, conforme mostra a figura 4.
156
NEWTON C. BRAGA
fóton que transporta o bit de mensagem ele será alterado e isso será
detectado.
Conclusão
As nanoantenas consistem um passo largo em direção à total
integração dos dispositivos ópticos com os dispositivos eletrônicos.
Se bem que ainda seja cedo para prever que dispositivos serão
fabricados e usados nos próximos anos usando essa tecnologia, as
possibilidades que analisamos são fantásticas. Segundo as previsões
teremos ainda de esperar de 5 a 10 anos para que essas nanoantenas
passem a incorporar algum dispositivo de uso prático.
158
NEWTON C. BRAGA
159
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
160
NEWTON C. BRAGA
163
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
A natureza da luz
Uma carga elétrica em movimento oscilatório ou mesmo
deslocando-se de um ponto a outro (como a mudança de nível de
energia de um elétron num átomo) produz ondas eletromagnéticas.
Estas ondas podem se propagar no vácuo a uma velocidade de 300
000 km/s e também através de determinados meios materiais, se bem
que com velocidade menor.
Colocando num gráfico todas as frequências em que podem
ser produzidas estas ondas, teremos o que denominamos "espectro
eletromagnético", ilustrado na figura 2.
165
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
166
NEWTON C. BRAGA
167
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
168
NEWTON C. BRAGA
169
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
mas numa proporção mais rápida, pois seu seno é maior e deve
manter a relação constante dada pela natureza dos meios.
Ocorre então um instante em que o ângulo de incidência ainda
não chegou aos 90 graus mas o de refração sim (raio d da figura 5,
por exemplo) o que significa que a luz não mais "consegue escapar"
do vidro, sendo refletida de volta para seu interior. Este é o
denominado "ângulo crítico", conforme ostra a figura 6.
170
NEWTON C. BRAGA
171
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
172
NEWTON C. BRAGA
História
A possibilidade de se conduzir um raio de luz através de um
determinado meio, forçando-o a apresentar uma trajetória não reta, já
é conhecida há muito tempo. Em 1870 John Tyndall demonstrou aos
membros da Royal Society que uma luz podia ser curvada ao se
propagar por um jato de água que se curvava ao sair de um
reservatório, conforme mostra a figura 10.
173
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
174
NEWTON C. BRAGA
175
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
176
NEWTON C. BRAGA
177
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
178
NEWTON C. BRAGA
Perdas
Este fator é de enorme importância nas considerações sobre a
transmissão de sinais a longas distâncias por meio de fibras ópticas.
Já vimos que estas perdas são muito menores do que as que ocorrem
em fios condutores de metal comum, o que as torna muito atraentes
nestas aplicações, pois não se necessitam de tantos amplificadores
intermediários. Evidentemente, a quantidade de luz que chega ao
final de uma fibra óptica é sempre menor do que a que aplicamos no
seu início. Ocorrem então perdas que podem ser devidas a diversos
fatores como as imperfeições do material, absorção do material, etc.
As perdas que ocorrem numa fibra seguem uma relação exponencial
do tipo mostrado na figura 16.
179
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
180
NEWTON C. BRAGA
Resposta espectral
Conforme vimos na introdução, o espectro eletromagnético
com que operam as fibras ópticas inclui não somente a parte visível
entre 3 900 e 7 700 Angstroms como também parte do espectro das
radiações infravermelhas entre 7 700 e 12 000 angstroms. A estrutura
atômica do vidro, entretanto, apresenta flutuações que fazem com
que ocorram dispersões da radiação de forma irregular. Isso faz com
que comprimentos de onda diferentes tenham níveis de absorção
diferentes ao longo de uma fibra óptica comum.
A Lei de Rayleiggh para dispersão diz que a sua intensidade é
inversamente proporcional à quarta potência do comprimento de
onda, o que nos leva a uma curva em que observamos que as
atenuações maiores ocorrem para os comprimentos de onda menores.
No entanto, a estrutura irregular do material resulta também numa
distribuição irregular dos picos de absorção, conforme mostra a
figura 18.
181
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
182
NEWTON C. BRAGA
Conclusão
O que vimos é apenas uma introdução ao princípio de
funcionamento das fibras, mostrando de que modo a luz pode ser
"conduzida" por meio de fios.
Mais informações importantes para o leitor como, por
exemplo, os processos de fabricação e os tipos de modulações e
fontes de sinais que podem ser usados serão vistos em outros artigos
neste site.
183
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
Conectividade – 802.11n
Os usuários das redes locais sem fio (WLAN) estão se
tornando cada vez mais exigentes levando em conta não só a
necessidade de um aprimoramento dos produtos existentes, como
também dos padrões que regem seu funcionamento. O grupo de
trabalho N da IEEE 802.11 definiu as modificações da camada física
e camada de controle de acesso ao meio, possibilitando assim o
alcance de uma taxa de operação de 100 Mbits/s. Nesse artigo
focalizamos alguns dos recursos de conectividade que a IEEE
802.11n proporciona aos usuários das redes sem fio e aos projetistas
de novos equipamentos.
O Grupo de Trabalho N ou Task Group N (TGn) da IEEE
802.11 chegou à definição da camada física e de controle de acesso
(PHY/MAC) do IEEE 802.11n, alcançando uma taxa quatro vezes
maior do que a das WLANs atuais do padrão 802.11a/g.
Esse grupo prevê uma transição suave dos aplicativos que
usam os padrões anteriores, de modo a possibilitar a adoção de novas
tecnologias com facilidade. Com esse novo padrão pode-se chegar a
uma capacidade de 100 megabits por segundo no SAP (Service
Access Point – Ponto de Acesso do Serviço) da MAC.
184
NEWTON C. BRAGA
Aumentando a velocidade
Existem diversas propostas para se aumentar a velocidade de
transferência física nos sistemas sem fio, superando assim as
dificuldades que ocorrem com a transmissão e propagação dos sinais.
Uma delas consiste na utilização de várias antenas para o transmissor
e para o receptor.
Trata-se da tecnologia MIMO (Multiple-Input
multiple-Output) que faz uso de antenas “inteligentes” permitindo
processar diversos sinais ao mesmo tempo. Além disso, pode-se
selecionar os sinais que chegam ao sistema vindos por diversos
percursos e assim eliminar eventuais problemas de intensidade e
interferências. As eventuais reflexões que levam aos problemas
causados pelas trajetórias múltiplas dos sinais recebidos podem ser
eliminadas.
Na foto, um roteador com tecnologia MIMO.
185
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
186
NEWTON C. BRAGA
187
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
188
NEWTON C. BRAGA
Conclusão
As redes sem fio estão se tornando cada vez mais comuns e
mais importantes nos sistemas atuais, exigindo velocidades
crescentes de acordo com os dispositivos envolvidos nos processos
de transmissão e recepção de dados. Para as próximas gerações de
dispositivos sem fio, uma velocidade de troca de dados muito maior
será fundamental. Diversos fabricantes já estão trabalhando na
802.11n de modo a criar dispositivos que possam suportar as
principais plataformas, inclusive para aplicativos de uso doméstico,
escritórios, empresas, hospitais, etc.
189
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
190
NEWTON C. BRAGA
191
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
CODECs de áudio
Absolutamente necessários em todas as aplicações que
trabalham com sinais digitais de áudio os CODEC s estão presentes
numa infinidade de aparelhos de consumo e mesmo de
telecomunicações profissionais. Veja neste artigo o que são os
CODECs e como funcionam.
CODEC significa Codificador-DECodificador, consistindo
num dispositivo capaz de comprimir sinais digitais e depois fazer a
sua descompressão. Mas, com que finalidade isso precisa ser feito?
Antigamente, os CODECs eram usados apenas pelas empresas de
telecomunicações em aplicações internas, já que apenas nesses locais
os sinais de áudio na forma digital eram encontrados.
No entanto, áudio digital está em toda a parte, dos
equipamentos de som, MP3, CDs até os equipamentos de
telecomunicações como os telefones celulares e outros. Trabalhando
com os sinais de áudio na forma digital podemos não só obter maior
fidelidade do que trabalhando com os sinais na forma analógica
como também obter uma integridade muito maior, tornando-o à
prova de ruídos e interferências, quando temos de gravá-lo,
transmiti-lo ou ainda levá-lo a um processamento para obter efeitos
especiais.
192
NEWTON C. BRAGA
193
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
Gravação Digital
A gravação analógica tem por finalidade registrar diretamente
o sinal original com a maior fidelidade possível. No entanto, as
próprias características do processo, como a não linearidade dos
circuitos e dispositivos envolvidos além da inevitável presença de
ruído, fazem com que fidelidade total não possa ser obtida.
Para os sinais digitais esses problemas não ocorrem, no
entanto, a maneira como o sinal é tratado, faz com que ainda seja
possível obter melhor qualidade de som com os sinais analógicos. O
processamento do sinal de áudio para sua conversão para a forma
digital começa como a amostragem e retenção, conforme mostra a
figura 1.
194
NEWTON C. BRAGA
195
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
196
NEWTON C. BRAGA
197
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
198
NEWTON C. BRAGA
199
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
200
NEWTON C. BRAGA
Conclusão
Além dos algoritmos digitais utilizados para processar o som,
a qualidade do som obtido depende muito do modo de aquisição
usado. Também são importantes os algoritmos usados no tratamento
do sinal, especificamente na compressão, os quais permitem que o
sinal ocupe uma quantidade de bits muito menor.
Por exemplo, na prática, um sinal de voz amostrado em 44,1
kHz pode ser comprimido sem perda apreciável de qualidade de
modo a ter uma frequência final de amostragem menor do que 8 kHz.
Isso é possível porque no sinal de voz temos uma faixa de
frequências estreitas com quase nenhuma componente acima dos 4
kHz.
Os procedimentos vistos para os sinais de áudio são bastante
semelhantes aos que vimos em série de artigos dessa revista que trata
da compressão de sinais digitais. Na figura 7 um exemplo de Codec
usado em aplicações VoIP (Voz sobre protocolo de Internet)
201
Como Funciona - Aparelhos, Circuitos e Componentes Eletrônicos - Volume 42
202