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Organogênese

E oprocesso de formação dos órgãos e demais tecidos que compõem o organismo ocorre
dentro do estágio do desenvolvimento embrionário conhecido como organogênese.

Após a formação dos folhetos embrionários e das estruturas características como notocorda e
arquêntero, as células do embrião passam pelo processo de diferenciação celular.

Na diferenciação celular, sinalizadores são enviados e ativados nas células, de forma que elas
mudem sua morfologia e adquiram funções específicas. Após a diferenciação, as células
podem se agrupar para formar tecidos que, por sua vez, formam os órgãos do indivíduo.

Portanto, a partir da gastrulação, o embrião entra na fase de organogênese, na qual seus


órgãos são formados. Essa fase permanece até o final do desenvolvimento embrionário.

Desenvolvimento através da organogênese


Ao iniciar a organogênese, o zigoto entra em alguns diferentes processos. Além disso, na
quarta semana, acontecem algumas fases do desenvolvimento, elas são:

Dobramento do embrião;

Conclusão da neurulação.

Sendo assim, o dobramento do embrião ocorre nos sentidos medianos e horizontais. O disco
embrionário se converte em um cilindro com formato em “C”. A cabeça e a cauda se formam
depois por consequência do processo de constrição do saco vitelino.

Neste ponto já podemos ver o coração, que já está a bombear sangue no embrião. Ademais,
ao final da quarta semana, os brotos dos membros inferiores e superiores já podem ser
igualmente vistos, assim como uma cauda de forma curva.

Com o dobramento lateral e longitudinal, formam-se as pregas laterais onde uma parte do
saco vitelino constringido torna-se o intestino primitivo. Nesta hora que a endoderma começa
a gerar o trato digestivo.

Além disso, a endoderma é a camada mais interna do embrião, que dá origem ao epitélio da
faringe, tubo digestivo, bexiga, etc. Após isso, a cavidade abdominal se origina, onde abrigará o
coração, sistema digestivo e intestinos.

Nesta mesma fase, o futuro encéfalo é posicionado na cabeça do embrião. Sendo assim, toda a
formação acontece gradualmente. Os somitos vão se diferenciando, de modo que geram três
regiões diferentes: esclerótomo, miótomo e dermátomo.

Cada uma destas regiões, respectivamente, formará as cartilagens, ossos, músculos e pele.
Além disso, uma série de transformações e subdivisões vão acontecendo, com isso, geram-se
todos os órgãos e tecidos.
Os folhetos germinativos
Os folhetos germinativos são os originários de todos os tecidos e órgãos do embrião. Assim
sendo, cada um deles se divide e origina uma parte específica,elas são:

Ectoderma: gera o todo o sistema nervoso, epiderme, glândulas hipófise, mamárias e


subcutâneas, esmalte dos dentes, medula, meninges e todas as terminações nervosas;

Mesoderma: gera o tecido conjuntivo, cartilagem, ossos e músculos; sistema circulatório,


rins, órgãos genitais; membranas pericárdica, peritonial e pleural; baço, etc;

Endoderma: pele dos tratos respiratório e digestivo; glândulas tireoide e paratireoide, timo;
tonsilas, fígado e pâncreas, outros revestimentos epiteliais, etc.

Quinta semana
Na quinta semana, podemos constatar o avanço do desenvolvimento com algumas
particularidades. A cabeça ganha destaque, principalmente pelo seu tamanho acentuado e
maior que o restante do corpo. A face fica voltada para o coração primordial.

Os membros superiores tomam a aparência de remos, enquanto os membros inferiores


tomam forma de nadadeiras. Estes ainda se apresentam como brotos. A região do futuro
pescoço começa a ganhar forma.

Sexta semana
Na sexta semana, há um avanço nas formas do embrião. Nos membros superiores, já podemos
ver a forma inicial das mãos. A partir disso, é possível ver o princípio de formação dos dedos.
Além disso, os membros inferiores demoram um pouco para tomar forma.

Com isso, começam os primeiros movimentos espontâneos, sendo como contrações bruscas.
Já é possível observar a formação da região dos ouvidos. Em contrapartida, os olhos já estão
bem desenhados e inclusive com a retina pigmentada.

A cabeça é bem maior e se curva em frente ao peito. O pescoço e o tronco já se mostram


como retos. Além disso, nessa semana o embrião já responde ao toque, de forma reflexiva.

Sétima semana
Na sétima semana, os dedos das mãos começam a destacar-se entre si. O intestino primordial
já toma uma posição mais próxima da definitiva. A barriga ainda é pequena, por consequência
o intestino não pode ser plenamente alocado.

Com isso, os órgãos internos já estão em uma forma bem avançada de desenvolvimento,
porém, ainda não estão em funcionamento. Os dentes igualmente já estão em formação, mas
dentro das gengivas.
Oitava semana
Essa é a semana final da organogênese. Os dedos das mãos ainda estão unidos por uma
membrana, porém, com suas formas já definidas. Os pés estão também em formação, e a
cauda ainda existe, apesar de curta e grossa.

Começa-se a formação do couro cabeludo, onde se salienta o plexo vascular. Ao fim desta
semana, os dedos já estão completamente separados. Os membros já começam a mover-se
intencionalmente de forma proposital.

Os membros inferiores começam a formar os ossos e a cauda desaparece completamente. As


feições do rosto já são claramente humanas, embora a cabeça ainda permaneça grande em
relação ao resto do corpo.

Os olhos se fecham por conta da fusão da pele. Por isso, não é possível distinguir o sexo do
bebê. Na oitava semana então se encerra o período da organogênese.

Ectoderma
A ectoderme é a camada mais externa e que dá origem à epiderme e a seus anexos
(pêlos, glândulas, entre outros) e ao sistema nervoso (cérebro, medula, nervos e
gânglios nervosos).

A ectoderme é a camada exterior de um embrião em desenvolvimento.

As outra duas camada do embrião são a mesoderme e a endoderme.

A ectoderme forma-se durante a gastrulação, no estágio em que o sistema digestivo


primitivo está a se formar. Forma-se a partir do epiblasto.

Mesoderma
O mesoderma forma a camada média das primeiras camadas germinativas de
embriões trilaminares (ectoderme, mesoderme e endoderma) formadas pela
gastrulação.

A segmentação do mesoderma inicial em somitos, e sua adição regular, é


freqüentemente usada para encenar o desenvolvimento embrionário (23 embrião
somítico).

Essa camada germinativa intermediária forma tecidos conectivos e músculos por todo
o corpo, com exceção da região da cabeça, onde algumas dessas estruturas têm uma
origem de crista neural (ectoderme).

Endoderma
Endoderma é a mais interna das três camadas germinativas, ou massas de células
(situadas dentro do ectoderma e do mesoderma), que aparecem no início do
desenvolvimento de um embrião animal.
O endoderma subseqüentemente origina o epitélio (tecido que cobre, ou linhas, uma
estrutura) da faringe, incluindo a tuba auditiva, as amígdalas, a glândula tireóide, as
glândulas paratireóides e o timo; a laringe, traquéia e pulmões; o trato gastrintestinal
(exceto boca e ânus), a bexiga urinária, a vagina (nas mulheres) e a uretra.

O termo endoderma é usado às vezes para se referir à gastroderme, o tecido simples


que reveste a cavidade digestiva de cnidários e ctenóforos.

Anexos embrionários
Na organogênese de alguns cordados, a partir dos folhetos embrionários, são
finalizadas as estruturas dos anexos embrionários. São estruturas que não fazem
parte do embrião, mas que possuem a função de auxiliar no seu desenvolvimento.

Esses anexos embrionários começam a ser formados no final da gastrulação, mas só


são finalizados e desempenham suas funções a partir da organogênese:

Vesícula vitelina ou saco vitelínico ou vitelino: semelhante a uma bolsa, é


originada da endoderme e está relacionada com o armazenamento de nutrientes para
o desenvolvimento do embrião. É uma estrutura muito desenvolvida em aves e pouco
desenvolvida em mamíferos;

Alantóide: originado no endoderma, tem a função de armazenar as excretas do


embrião, substâncias que precisam ser descartadas;

Âmnio: também semelhante a uma bolsa, mas este é formado a partir do ectoderma e
possui função de hidratar o embrião e de protegê-lo frente a choques e impactos
mecânicos;

Cório: membrana formada a partir do ectoderma, que tem a função de promover as


trocas gasosas, garantindo a respiração do embrião;

Placenta: presente apenas em alguns mamíferos, chamados de placentários. Ela é


responsável por todas as funções dos outros anexos. Por isso, nos mamíferos, os
demais anexos são reduzidos ou atrofiados.

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