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Aula Da Páscoa - Ebd
Aula Da Páscoa - Ebd
OBJETIVOS
TEXTO CENTRAL DA LIÇÃO - “O sangue vos será por sinal nas casas em que
estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós
pragas destruidoras, quando eu ferir a terra do Egito.” Êx 12.13
INTRODUÇÃO
I- A INSTITUIÇÃO DA PÁSCOA Êx 12.2-8
II- O CORDEIRO PASCAL Êx 12.5-13
III- ENSINAMENTOS Êx 12.3-14
1- Um novo começo (Êx 12.2) “Este mês vos será o principal dos meses; será o
primeiro mês do ano.”
A Páscoa inaugura um novo calendário para Israel. Desde então eles convivem
com dois calendários, um civil e outro religioso. A Páscoa significava o começo da
nação. Ela nos mostra um novo começo, um novo calendário, um novo
compromisso, uma nova jornada e um novo destino. lsso ilustra de modo simples
a vida do cristão. Ser cristão e deixar o “Egito” e começar a caminhar como um
ser livre rumo a Canaã celestial. A partir daquele momento a história de Israel
seria outra. A Páscoa foi um divisor de águas, assim como é a conversão na vida
do verdadeiro cristão (2Co 5.17).
Não foi porque fossem maiores em números (Dt 7.7). Tampouco foi por sua
santidade pessoal. Logo após sair do Egito, Israel prova ser um povo complicado e
desobediente. Isso é confirmado posteriormente pelo próprio Deus quando Israel
está próximo de entrar na terra de Canaã: “desde o dia que saístes do Egito, até
que chegastes a este lugar, fostes rebeldes contra o Senhor.” (Dt 9.7). Deus,
voluntária e graciosamente os amou, apesar dos seus deméritos. O mesmo
ocorreu conosco em Cristo. A história do Êxodo e a história de todos nós.
Qualquer sobra do cordeiro deveria ser queimada. Era um alimento tão especial
que jamais poderia ser tratado ou confundido com uma comida comum. Os pães
ázimos ou asmos eram pães não fermentados relembrando aquela noite em que
Israel saiu com tanta pressa que a sua massa de pão não teve tempo de crescer. O
fermento geralmente é símbolo de impureza, pecado oculto, falso ensino (Mt 16.6-
12), e vida pecaminosa (1 Co 5.6-8). Ele fica escondido, trabalha silenciosa e
secretamente. Começa pequeno, mas espalha-se e cresce. As ervas amargas eram
um símbolo da escravidão amarga no Egito. Mesmo assim, posteriormente o povo
esqueceu da amargura da servidão e quiseram voltar. Foi uma refeição feita às
pressas, pois deveriam estar prontos para sair do Egito. Por fim, convém lembrar
que somente o povo de Israel ou gentios convertidos e circuncidados ao Deus
verdadeiro poderiam participar da cerimônia solene (12.43-48).
1- Sem defeitos (Ex 12.5) “O cordeiro será sem defeito, macho de um ano;
podereis tomar um cordeiro ou um cabrito.”
O animal tinha que ser sem falhas. Uma referência a Cristo. A palavra hebraica
significa perfeito, inteiro, sem deficiência e sem mancha. Ela normalmente é tra-
duzida como “sem defeito” nas descrições dos sacrifícios oferecidos a Deus pelos
israelitas. Deus ensinou seu povo a separar os melhores animais para seus
sacrifícios. Se oferecessem um animal doente, machucado ou defeituoso, seriam
rejeitados pelo Senhor. Mas há um sentido maior além de oferecer a Deus o
melhor.
Nos lembra que não foi a vida do cordeiro que salvou o povo, mas sim a sua
morte. A ira de Deus se manifestaria de um modo intenso e nunca vista contra o
pecado e os israelitas também eram pecadores. Um substituto seria necessário.
Não bastava ser de Israel segundo a carne, era necessário sangue nas portas. Isso
vale para nós hoje. Ninguém é salvo para ser membro de uma igreja ou porque
participa do culto e canta no louvor. É necessário estar debaixo do sangue de
Cristo. Sem isso não há salvação. Você está?
3- Símbolo de Cristo (Êx 12.13) “O sangue vos será por sinal nas casas em que
estiverdes; quando eu vir o sangue, passarei por vós, e não haverá entre vós pragas
destruidoras, quando eu ferir a terra do Egito.”
A Páscoa judaica era uma profecia factual, que se cumpriu em Cristo. Houve
profecias verbais, profecias simbólicas e factuais no Antigo Testamento. O
cordeiro (ou cabrito) preci sava ser macho. Esse detalhe não pode passar
despercebido. Por que simbolizava aquele que na plenitude do tempo viria como
segundo Adão. O novo Adão viria e, diferente do primeiro, traria vida e não
morte. Também não poderia ter seus ossos triturados ou esmagados (Ex 12.46).
Para isso era assado e não cozido. Outro símbolo do sacrifício de Cristo é que o
cordeiro deveria ser inteiramente consumido. O que sobrasse, seria queimado.
Jesus entregou totalmente sua vida na cruz do Calvário, consumando a obra da
salvação, totalmente consumida em favor da humanidade. Deus providenciou e
ofereceu o que Ele mesmo exigia.
2- Um memorial (Êx 12.14) “Este dia vos será por memorial, e o celebrareis com
a solenidade ao Senhor; nas vossas gerações o celebrareis por estatuto perpétuo.”
Todos nós temos a tendência de esquecermos as coisas, inclusive importantes.
Sabendo disso, Deus estabeleceu um memorial para que Israel nunca esquecesse
da sua saída do Egito. O Êxodo não foi um evento qualquer e não podia cair no
esquecimento. Israel não poderia nunca esquecer a miserável vida de escravidão
e opressão do Egito. Inclusive, depois de entrar na posse da terra e desfrutarem
de bençãos sem medidas, deveriam continuar celebrando a Páscoa. Quantos hoje
que, tendo conhecido a Cristo e vibrado cheios de alegria e gratidão pelo que Ele
fez, com o passar do tempo acomodam-se, esfriam na fé e querem voltar ao
“Egito” como se lá nossa vida tivesse sido melhor.
Por isso a Páscoa era uma cerimônia memorial que deveria ser repetida
anualmente. Quando alguém é instado a fazer algo com frequência é levado a
lembrar. Essa é a mesma razão pela qual os cristãos celebram a Ceia Memorial do
Senhor. Todos nós precisamos ser lembrados do que Cristo fez. Não podemos nos
esquecer do nosso Cordeiro. Nós, cristãos, não celebramos a Páscoa judaica. Ela
se cumpriu em Cristo e foi substituída pela Ceia Memorial onde relembramos o
que ele fez. A igreja tem um novo e maior memorial, a Ceia do Senhor.
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