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Conversão Eletromecânica de Energia

te
AULA 1: Plano de Ensino e Histórico de Utilização da Eletricidade

Prof. Dr. Anésio de Leles Ferreira Filho

Brasília/DF - 2024

Laboratório de Redes Elétricas Inteligentes


Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica 1
Departamento de Engenharia Elétrica
Universidade de Brasília - Campus Darcy Ribeiro 1
Organização da apresentação

Plano de Ensino

 Histórico da Utilização da Energia Elétrica

 Sistema Elétrico no Brasil e no Mundo

 Transição Energética

 Laboratório de Redes Elétricas Inteligentes

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Visão Geral

Visa familiarizar os estudantes de graduação em engenharia


elétrica com os princípios da conversão eletromagnética e
eletromecânica de energia, aplicados a diferentes
equipamentos, a saber: transformadores de potência,
máquinas de corrente contínua, máquinas de indução e
máquinas síncronas.

O foco é restrito ao comportamento


equilibrado e em regime permanente.

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Objetivos

Um dos objetivos do professor nesta disciplina é


proporcionar aos estudantes meios que facilitem o
aprendizado e a compreensão dos processos físicos
envolvidos, por exemplo, no processamento e na
transformação da energia elétrica em mecânica (motor) e
mecânica em elétrica (gerador).

Nesse sentido, a teoria de eletromagnetismo e circuitos


elétricos será empregada para se identificar o princípio de
funcionamento de alguns conversores como as máquinas
elétricas estáticas (transformadores) e as rotativas (de
indução, de corrente contínua e síncrona).

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Conteúdo

 Circuitos Polifásico (3 equilibrado)

 Circuitos Magnéticos

 Transformadores

 Conversão Eletromagnética de Energia

 Máquinas (Indução, Síncrona e CC)

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Metodologia
Parte 1:
 Aulas expositivas do conteúdo via slides. Essa etapa é presencial.
 Livro texto intitulado "Conversão de Energia“ do professor Ivan Marques de Toledo Camargo.
 Imagens e vídeos com os processos de conversão eletromecânica de energia, e com os aspectos
construtivos das máquinas elétricas.

Em toda aula, o estudante deve ter a calculadora disponível em mãos.

Parte 2:
 Resolução de exercícios presentes nas listas. Essa etapa deve ser desenvolvida fora da sala de aula
pelos estudantes.
 Os estudantes que entregarem as 6 listas de exercícios com pelo menos 90% das respostas
corretas terão direito a 3 pontos EXTRAS na sua média final (0,5 pontos para cada lista). As listas
devem ser respondidas a mão. Listas com menos de 90% das respostas corretas não serão
pontuadas, ou seja, a nota é zero. As listas devem ser NECESSARIAMENTE entregues até a hora da
prova com a qual elas têm relação.
 Objetivo: identificar dúvidas, as quais podem ser compartilhadas com o professor e com os
monitores da disciplina nos horários de atendimento.
 Prática equivocada: NÃO CONSULTAR livros quando da resolução dos exercícios. Isso, quase
sempre, conduz a soluções erradas.
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Metodologia
Parte 3:
 Os temas dos trabalhos são: “carro elétrico” e “geradores eólicos”.
 Numa primeira etapa, cada grupo (com 6 estudantes) apresentará em sala, no máximo em 30 minutos, a
estrutura selecionada para a aula (de 50 minutos) que eles darão no final do semestre sobre o tema
escolhido.
 Nas duas fases do trabalho, o aluno que não tiver participação na apresentação em sala terá a sua nota
zerada.
 Nesta fase do trabalho, os alunos serão pontuados de acordo com os materiais consulta-
dos e a estrutura proposta para a aula a ser ministrada no final do semestre.
 No final do semestre, cada grupo terá uma aula para expor o resultado do seu trabalho.
 A aula deve ser compatível com as da disciplina no tocante à profundidade da abordagem, ou
seja, não serão aceitas exposições superficiais oriundas de buscas rápidas sobre o assunto.

Parte 4:
 As quatro avaliações desta disciplina serão escritas, individuais e presenciais.
 A quarta avaliação é opcional.
 Ela deverá ser empregada caso o estudante não tenha feito uma das três primeiras, ou caso ele
queira melhorar a sua menção.
 Eu devo ressaltar que esta quarta avaliação contemplará todo o conteúdo do semestre, e ela substituirá,
de fato, a menor nota dentre as três primeiras.

O estudante deve se cadastrar na disciplina “Conversão Eletromecânica


de Energia” no classroom.

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Avaliação
A média final (MF) é calculada por meio da equação apresentada
abaixo:

Onde:
NT=0,15.NT1 + 0,85.NT2
NP=0,30.NP1 + 0,30.NP2 + 0,40.NP3
NL=0,05.NL1 + 0,05.NL2 + 0,05.NL3 + 0,05.NL4 + 0,05.NL5 + 0,05.NL6

Primeira Etapa do Trabalho: 16/04/24


Segunda Etapa do Trabalho:
27/06/24 – Carro Elétrico
02/07/24 – Fontes Eólicas

Prova 1: 02/05/24
Prova 2: 23/05/24
Prova 3: 04/07/24

Prova de Reposição: 09/07/24

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Avaliação

Para aprovação na disciplina, o aluno deverá ter


N F ≥ 5.0, N P ≥ 5.0, N T ≥ 5.0, e pelo menos 75% de presença nas
aulas.

Caso um destes requisitos não seja satisfeito, o aluno está


automaticamente reprovado. Neste caso, 80% da nota NF fica
destinada às provas e 20% ao trabalho.

Em todas as aulas é feita a conferência


da presença dos estudantes
empregando-se o SIGAA.

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Monitores

Na disciplina Conversão Eletromecânica de Energia, os estudantes


contarão com o apoio de dois monitores que atenderão no Laboratório de
Redes Elétricas Inteligentes localizado no SG11, nos seguintes horários:

 Alexandre Castanho – terça-feira das 13 às 14h; e

 Otávio Henrique – sexta-feira das 14 às 15h.

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Bibliografia
Textos Recomendados
CAMARGO, I. M. T. Conversão de Energia. 1. ed. Editora Interciencia.
Rio de Janeiro 2022, 254 p. CHAPMAN, S. J.

Fundamentos de Máquinas elétricas. 5. ed. Porto Alegre: AMGH,


2013. 700p.

UMANS, S. D. Fitzgerald e Kingsley. Máquinas elétricas. 7. ed. Porto


Alegre: AMGH, 2014. 708 p.

Textos Complementares
BIM, Edson. Máquinas Elétricas e Acionamento. Editora Elsevier,
2009.

DEL TORO, Vincent. Fundamentos de maquinas elétricas. Rio de


Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1994

CARVALHO, G. Máquinas Elétricas – Teoria e Ensaios. 4ª edição,


2013.

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Bibliografia

KOSOW, I.L. Máquinas Elétricas e Transformadores. Editora Globo,


2005.

Chapman, S. J. “Fundamentos de Máquinas Elétricas”, 5ª Edição, Ed.


McGraw-Hill, 2013.

W. G. de ALMEIDA, e F. D. FREITAS. ``Circuitos Polifásicos". Brasília -


DF, FINATEC,
1995.

Oliveira, José Carlos de; Cogo, João Roberto; G de Abreu, José


Policarpo;
“Transformadores – Teoria e Ensaios”, Editora Edgard Blucher LTDA,
São Paulo, 1984.

Wallace, Alexander Gray; Eletrotécnica – Princípios e Aplicações, Livros


Técnicos e Científicos Editora S.A., 1976.

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Bibliografia
Umans, S. D. “Máquinas Elétricas de Fitzgerald e Kingsley”, 7ª Edição,
Ed. McGraw-Hill, 2014.

Gross, C. A. “Electric Machines”, CRC Press, 2007.

Sen, P.C. “Principles of Electric Machines and Power

Electronics”, Ed. John Wiley & Sons, 2a edição, 1997.

BOFFI L. V., SOBRAL M., DANGELO J.C. - Conversão Eletromecânica


de Energia, Editora Edgard Blücher Ltda, Editora da Universidade de
São Paulo, São Paulo, SP, Brasil, 1977.

DEL TORO V. - Fundamentos de máquinas elétricas, Prentice Hall do


Brasil, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 1994.

FITZGERALD A. E., KINSLEY C., KUSKO A. - Máquinas elétricas,


McGraw Hill, São Paulo, SP, Brasil, 1979.

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Bibliografia

GEHMILICH D. K., HAMMOND S.B. - Electromechanical Systems,


McGraw Hill Book Company, New York, NY, USA, 1967.

LAMBERT R.F. - Electromechanical Energy Conversion, International


Textbook Company, Scranton, Pensylvania, USA, 1967.

MABLEKOS V.E. - Electric Machines Theory for Power Engineers,


Harper and Row Publishers, New York, NY, USA, 1980.

MATSCH L.W., MORGAN J.D. - Electromagnetic and Electromechanical


Machines, Harper and Row, New York, NY, USA, 1986.

NASAR S. A. - Electric Machines and Transformers, Macmillan


Publishing Company, New York, NY, USA, 1984.

NASAR S. A. - Máquinas Elétricas, Coleção Shaum, McGraw Hill, São


Paulo, SP, Brasil, 1984.

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Histórico da Utilização da Eletricidade

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A Importância da Eletricidade

“Eu sou a força inesgotável que move grandes máquinas, forneço luz que
concorre até mesmo com a do Sol, aqueço e também esfrio; sou o sopro
invisível que conduz mensagens e sons a todos os recantos do mundo; sou o
impulso poderoso que arrasta locomotivas, rápidos veículos e barcos enormes.
Com o meu auxilio, o homem domina a Terra, sulca os ares, baixa ao fundo do
mar, penetra até as entranhas do nosso planeta. Sob minha influencia
maravilhosa, os motores palpitam, os corpos fundem-se e volatizam-se e, em
uma faísca majestosa, forjo, fundo e ligo os metais mais resistentes. Meu
poderio é incalculável, porém submisso ao homem, que conhece meus
segredos; sob sua sábia direção levo a civilização até aos mais recônditos
confins do mundo; eu sou a base do progresso: eu sou a eletricidade”.

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Histórico da Eletricidade
 O nome eletricidade tem origem na palavra grega “elektron”,
empregada para designar âmbar (resina fossilizada).
 Os gregos observaram que materiais como o âmbar esfregado com um
tecido, adquiria a propriedade de atrair pequenos pedaços de materiais.
 Eles diziam que os materiais atraídos eram carregados com força elétrica.
 Alguns atraem e outros repelem.
 Benjamin Franklin chamou as duas espécies de cargas positiva e negativa.

Excesso ou deficiência de elétrons


Comportamento Comportamento
Previsível e uniforme  Forma de leis e regras
 Teoria eletrônica : Leis que governam o comportamento
dos elétrons
Objetivo central de cursos de eletricidade
 controle e uso
Apreender regras e leis 
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Histórico da utilização da energia elétrica
A eletricidade começou com corrente contínua, mas evoluiu com
corrente alternada.
Thomas Edison
CORRENTE CONTÍNUA
 Tanto a ciência “elétrica”
como as aplicações práticas
começaram com corrente
contínua;
Se eu colocasse a lâmpada do Thomas
 (Thomas Edison – inventor da Edison a longas distâncias, a queda de
lâmpada incandescente); tensão inviabilizava o seu funcionamento.

 Primeira aplicação prática foi o telegráfo alimentado por


baterias;
 Iluminação pública: a primeira central elétrica do mundo foi
Pearl Street, em New York em 1882 – 110 volts – raio
alimentado de 1,6 km.
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Histórico da utilização da energia elétrica
Nikola Tesla
Para resolver o problema da queda de tensão:
 Advento do transformador – de 1880
a 1890: aumento expressivo da utilização
de corrente alternada.
 Transformador – Facilitou a distribuição e transmissão de
energia em altas tensões e longas distâncias

P=ri2 P=vi
 Quando se iniciou o uso de CA (cargas isoladas), não havia
padrão. Existiam vários sistemas em diferentes tensões.
 Geradores tinha diferentes frequências.
 Para que uma carga pudesse ser atendida por vários
geradores, eu precisaria uniformizar algumas grandezas.
CONFIABILIDADE.
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Histórico da utilização da energia elétrica
Veio a normalização: todos os geradores interligados a 60 Hz.
Os sistemas elétricos:
i) só funcionam com tensão aproximadamente
constante;
ii) a velocidade de rotação dos geradores tem que ser
a mesma; e
iii) este equilíbrio tem que ser instantâneo (geração =
consumo).

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Histórico da utilização da energia elétrica

CIRCUITOS EM CORRENTE ALTERNADA

 A utilização da corrente alternada se dá devido:


- a facilidade de geração;
- a facilidade de transmissão; e
- a simplicidade de tratamento matemático.

 Motor de Indução – simples, barato, e bastante utilizado


nas indústrias
 Motor de Corrente Contínua – Caros e necessitam de
manutenção
 Gerador Síncrono – geração de corrente alternada e
estabilidade do sistema elétrico.

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Histórico da utilização da energia elétrica
CORRENTE ALTERNADA
O avanço da eletrônica de potência tem permitido o
uso de CA em substituição a CC

Transmissão  CA-CC ou CC-CA


 É frequente e intenso o trabalho com tensões e correntes
alternadas senoidais. O problema é que com o avanço da
eletrônica de potência, estes sinais não são mais perfeitamente
senoidais (harmônicas) e equilibrados.

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História da eletricidade no Brasil

• 1879: Inicia-se o uso da eletricidade no Brasil, ao mesmo tempo


que na Europa e EUA;

• 1883: Primeira unidade geradora, termoelétrica – 52 kW (Usina


de Campos - RJ);

• 1920: Cerca de 300 empresas atendiam 431 localidades no país.


276.100 kW eram provenientes de hidroelétricas e 78.880 kW de
termelétricas;

• 1939: 85% da capacidade de produção era das hidroelétricas


(884.570 kW de 1.044.738 kW);

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História da eletricidade no Brasil

• 1948: Uma nova política de expansão apoiada em estatais


teve início com a criação da Companhia Hidroelétrica do São
Francisco (Chesf), seguida pela criação da Cemig, Uselpa
(Usinas Elétricas do Paranapanema S. A.), Cherp (Companhia
Hidroelétrica do Rio Pardo), Copel e Furnas;
• Entre 1961 e 1962: Foi criada e instalada a Eletrobrás,
responsável pela execução da política energética no país;
• 1968: A Eletrobrás fechou acordo com a Comissão Nacional
de Energia Nuclear para construção da primeira usina
nuclear em Angra dos Reis – RJ, com capacidade de 627
MW;

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História da eletricidade no Brasil

• 1984: A usina de Itaipu, maior usina da época, começa a


produzir energia, com capacidade instalada de 14 mil MW;

• 1984: Concluído o Sistema Interligado Norte e Nordeste;

• 1986: Entrou em operação o Sistema Interligado Sul –


Sudeste;

• 2013: A capacidade instalada da matriz de energia elétrica


do Brasil atingiu 123 mil MW.

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Sistemas de Energia Elétrica no Brasil e
no Mundo

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Sistemas de Energia Elétrica

• Geração
• Hidrelétrica
• Termelétrica (Carvão, óleo, Gás Natural, Biomassa, Nuclear, etc.)
• Eólica
• Solar

• Transmissão
• Corrente Alternada (CA)
• Corrente Contínua (CC)
• Distribuição
• Alta Tensão, Média
Tensão, Baixa Tensão
• Comercialização
• Atacado
• Varejo
Não se trata de uma entidade
física, mas sim contábil.
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Sistemas de Energia Elétrica (Geração)

Data de referência dos dados: 15/02/2024

Nós temos uma matriz de


eletricidade eminentemente limpa.

https://bit.ly/2IGf4Q0

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Comparação

Valores de 2021
PIB
Potência Geração
USS População
País Instalada Anual
(Trilhão) (Milhões)
GW TWH

China 2355 8484 15,8 1425,8

USA 1176 4153,6 20,52 336,9

India 469 1713,7 2,72 1,41

Japan 334 958,53 4,43 124,6

Germany 250 581,35 3,55 83,4

Brazil 205 662,58 1,82 214,3

Canada 153 625,95 1,68 38,1

France 142 550,38 2,57 64,5

Italy 120 286,39 1,86 59,2

UK 108 307,16 3,03 67,2

 Em 2021, o sistema chinês era 10 vezes maior que o Brasileiro.


 Hoje, o sistema chinês tem uma taxa de crescimento menor, mas eles já
cresceram 10% ao ano, ou seja, um sistema brasileiro por ano.
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Comparação
Valores de 2022
País Geração Anual (TWH) Variação percentual
(2021-2022)
China 8848,73 4,3%

USA 4286,91 3,2%

India 1857,98 8,4%

Japan 1033,55 7,8%

Germany 560,55 -3,6%

Brazil 680,89 2,8%

Canada 638,42 2%

France 470,67 -14,5%

Italy 284,73 -0,6%

UK 326,09 6,2%

 É possível observar aumento na geração anual em países como China,


EUA, Índia e Brasil, enquanto houve queda na França e na Alemanha, por
exemplo.

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Sistemas de Energia Elétrica (Transmissão)

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Maiores usinas brasileiras

Colocação Usina Hidrelétrica Rio Estado Capacidade


1 Itaipu Paraná Paraná 14000 MW
2 Belo Monte Xingu Pará 11233 MW*
3 São Luiz do Tapajós Tapajós Pará 8381 MW**
4 Tucuruí Tocatins Pará 8370 MW
5 Santo Antônio Madeira Rondônia 3665 MW*
6 Ilha Solteira Paraná São Paulo 3444 MW
7 Jirau Madeira Rondônia 3300 MW*
8 Xingó São Francisco Alagoas e Sergipe 3162 MW
9 Paulo Afonso IV São Francisco Bahia 2462 MW
10 Jatobá Tapajós Pará 2338 MW**

* Em construção
** Projetada

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Transição Energética

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A Transição Energética nos Sistemas Elétricos: 3 Ds

Descentralização
Recursos Energéticos
• Geração Distribuída
• Armazenamento Distribuído
• Resposta da Demanda
• Veículos Elétricos

Digitalização
Descarbonização Smart Grid
Redução do Uso de • Medidores inteligentes
Combustíveis fósseis • Sensores inteligentes
• Fontes renováveis • Sincrofasores
• Mobilidade elétrica • Automação
• Machine Learning
• Big Data and Analytics
• Blockchain

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Os 5Ds
• Democratização: facilidade de acesso à energia, bem como a
flexibilidade para escolher a fonte energética. Sua geração
em pequena escala ou de forma distribuída torna-se um
mecanismo eficiente para democratizar seu acesso.
• Descarbonização: a transição de um setor baseado no
consumo de combustíveis fósseis por um sustentado por
fontes renováveis permite a mitigação das emissões de
carbono. O uso de energias renováveis, por exemplo, pode
estimular o crescimento econômico e criar empregos nas
economias emergentes.
• Desregulação: deve existir uma estrutura política para
ocorrer a transformação do setor, com as políticas de energia
promovendo inovação e investimento em novas tecnologias.
• Descentralização: micro redes e sistemas de energia no local
permitem que empresas, comércios e residências se tornem
autossuficientes, reduzindo as despesas e podendo gerar um
excesso de energia que pode ser vendido para as
concessionárias.
• Digitalização: ferramentas digitais possibilitam a
GIZ/MME, Profissões do Futuro na Área de Energia
identificação de soluções energéticas e garantem o sucesso
e Implicações para a Formação Profissional, de diversas iniciativas. A Internet das Coisas (IoT), por
Fevereiro de 2021. exemplo, simplifica o gerenciamento de demanda, integrando
diversos pontos de consumo de energia.

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Novas Tecnologias
• Recursos Energéticos • Redes Elétricas Inteligentes
Distribuídos (Smart Grid)
• Geração Distribuída • Digitalização
• Armazenamento Distribuído • Medidores Inteligentes (Smart
• Gerenciamento/Resposta da Meters)
Demanda • Sistemas Avançados de
• Veículos Elétricos Medição
• Automação da Distribuição

EPE, Recursos Energéticos Distribuídos: Impactos no Planejamento Energético, EPE-DEA-NT-016/2018-r0, julho de 2018

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Novas Características do Sistema Elétrico

Consumo
Fontes de Rede de Energia
Energia Elétrica
Recursos
Energéticos
Despacháveis Grid-edge
Distribuídos
• Hidrelétricas technologies

• Termelétricas Behind the


Dist. RED meter

Fontes Sazonais e de • GD
Despacho Não
Controlável Transmissão
Dist. • Armazenamento
• Biomassa (sazonal) • Veículos Elétricos
• Hidrelétrica a Fio
D’Água Dist. • Gerenciamento da
Demanda
• Eólica
• Solar • Etc.

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Geração Distribuída
MicroGD

MiniGD

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Energia Elétrica e Água no Brasil

 O Brasil possui no total 3.636 empreendimentos em operação,


totalizando 135.137.539 kW de potência instalada.

 Está prevista para os próximos anos uma adição de 36.242.376 kW


na capacidade de geração do País, proveniente
dos 193 empreendimentos atualmente em construção, e
mais 589 com construção não iniciada.

Ampliação da Capacidade Instalada

2011 – 4734 MW
2012 – 3343 MW
2013 – 5006 MW
2014 - 7069 MW

Seria suficiente se tivéssemos chuva?


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Energia Elétrica e Água no Brasil
 As termelétricas estão consumindo cerca de 4 bilhões ao mês (preço muito elevado),
mas elas têm nos protegido de falta de energia;

 O Brasil tem a metade das reservas de água doce da América do Sul e o maior rio do
planeta;

 70% da água é destina à agricultura, 20% à indústria e 10% à população;

 O que é possível fazer a curto prazo é usar melhor a energia e a água;

 Se a temperatura sobe, usa-se ar condicionado e tem-se menos água nos reservatórios;

 O futuro está nas mãos da sociedade e da indústria que precisa reduzir consumo;

 É preciso olhar para a falta de energia (possibilidade remota), e também para o custo da
energia para a produção no país. Perdeu-se em 2014 cerca de 0,5% de PIB em função
deste custo.
É preciso conscientizar a população
para que se reduza o consumo.

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Laboratório de Redes Elétricas
Inteligentes

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Laboratório de Qualidade da Energia Elétrica

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Laboratório de Redes Elétricas Inteligentes - REILab

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Muito obrigado e bom curso!!!

Anésio
leles@ene.unb.br

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