Alicerces da Restauração

Material do Professor

Religião 225 ▪ Cursos Fundamentais DEZEMBRO DE 2019

Material do professor

Publicado por
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Salt Lake City, Utah

Agradecemos os comentários e as correções. Favor enviá-los para:

Seminaries and Institutes of Religion Curriculum Services

50 East North Temple Street, Floor 8
Salt Lake City, Utah 84150-0008
USA

E-mail: ces-manuals@ChurchofJesusChrist.org

Inclua seu nome completo, seu endereço, sua ala ou seu ramo e sua estaca ou seu distrito. Certifique-se de incluir o título e a versão
do material do S&I ao nos enviar seus comentários.

Versão do material do S&I: 4,12/19

Este material pode ser impresso para uso pessoal sem fins comerciais (desde que relacionado ao chamado ou à designação em
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias). Favor pedir permissão por e-mail para qualquer outro uso em permissions.
ChuchofJesusChrist.org.
© 2020 Intellectual Reserve, Inc.

Todos os direitos reservados.

Versão: 5/19

Alicerces da Restauração — Material do Professor

Portuguese

PD60008956 059

Impresso no Brasil.
 Sum á r io

Sumário
Introdução ao curso Alicerces da Restauração — Material do Professor (Religião 225) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Lição 1: Prelúdio da Restauração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Lição 2: A Primeira Visão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Lição 3: Adquirir conhecimento espiritual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Lição 4: A doutrina da revelação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Lição 5: O surgimento do Livro de Mórmon . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
Lição 6: O Livro de Mórmon: A pedra angular de nossa religião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Lição 7: A restauração do sacerdócio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54
Lição 8: A organização da Igreja de Jesus Cristo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
Lição 9: Jesus Cristo, nosso divino Redentor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
Lição 10: Seguir os profetas vivos do Senhor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78
Lição 11: A coligação de Israel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
Lição 12: Estabelecer a causa de Sião . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94
Lição 13: As leis de Deus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102
Lição 14: O Senhor revela outras escrituras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109
Lição 15: O plano do Pai Celestial e nosso potencial divino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 118
Lição 16: O Templo de Kirtland e as chaves do sacerdócio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 126
Lição 17: Permanecer fiel em meio à oposição e às aflições . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 134
Lição18: As mulheres santos dos últimos e a Sociedade de Socorro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 142
Lição 19: A redenção dos mortos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 151
Lição 20: As ordenanças e a adoração no templo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
Lição 21: A doutrina do casamento e da família eterna . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168
Lição 22: O casamento plural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 176
Lição 23: A missão profética e o martírio de Joseph Smith . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 186
Lição 24: O profeta Joseph Smith, um vidente escolhido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 193
Lição 25: Sucessão na presidência e a jornada rumo ao Oeste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 201
Lição 26: A Igreja no Oeste . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 210
Lição 27: A revelação sobre o sacerdócio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 218
Lição 28: O Senhor está acelerando Sua obra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 227

3
 In t ro duç ão ao cur s o A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
INTRODUÇÃO AO CURSO ALICERCES DA RESTAUR AÇÃO — MATERIAL DO PROFESSOR (RELIGIÃO 225)
Introdução ao curso Alicerces da Restauração —
Material do Professor (Religião 225)
Bem-vindo ao curso Alicerces da Restauração!
Obrigado por aceitar a oportunidade de ajudar a
aumentar a conversão de seus alunos a Jesus Cristo
e ao Seu evangelho restaurado.
O “Objetivo dos Seminários e Institutos de Reli-
gião” declara:
Nosso propósito é ajudar os jovens e os
jovens adultos a entenderem e confiarem nos
ensinamentos e na Expiação de Jesus Cristo,
a qualificarem-se para as bênçãos do templo
e a prepararem a si mesmos, suas famílias e
outras pessoas, para a vida eterna com seu
Pai Celestial (Ensinar e Aprender o Evangelho:
Manual para Professores e Líderes dos Seminá-
rios e Institutos de Religião, 2012, p. 1).
Quais são os objetivos do curso?
O curso tem como objetivo ajudar os alunos a:
• Fortalecer o testemunho de Jesus Cristo e de Seu
evangelho restaurado.
• Aumentar o desejo e o esforço de viverem os prin-
cípios e a doutrina do evangelho e se tornarem
mais semelhantes ao Pai Celestial e a Jesus Cristo.
• Aplicar os princípios para adquirirem conheci-
mento espiritual e ganharem experiência ava-
liando as fontes de informações.
• Identificar e explicar os alicerces da dou-
trina, da revelação e dos eventos históricos da
Restauração.
Como este material está
estruturado?
O conteúdo deste material se destina a ajudar os
alunos a ter experiências significativas e edificantes,
tanto dentro como fora da sala de aula. Cada lição
inclui um material de preparação e o material do
professor.
Material de preparação
O material de preparação deve ser estudado por
você e seus alunos em preparação para a aula. Ele
inclui o contexto histórico e as imagens pertinentes
ao assunto, os ensinamentos das escrituras e dos
líderes da Igreja, e a seção “Quer saber mais?”, que
identifica recursos adicionais relacionados à lição.
O material de preparação também contém pergun-
tas e atividades para ajudar a aumentar as expe-
riências de aprendizado dos alunos na sala de aula.
Por exemplo, no material de preparação da lição 6,
“O Livro de Mórmon — A pedra angular de nossa
religião”, você e seus alunos têm a oportunidade
de estudar os ensinamentos dos líderes da Igreja a
respeito de como o Livro de Mórmon nos ajuda a
nos aproximarmos de Deus e abençoa nossa vida de
diversas maneiras:
De que maneira estudar e viver os ensina-
mentos encontrados no Livro de Mórmon
o ajudou a se aproximar mais de Deus?
Quais são algumas das escrituras do Livro
de Mórmon que o ajudaram a se tornar mais
semelhante a Ele? Escreva suas respostas a
essas perguntas no espaço fornecido. Venha
para a aula preparado para compartilhar seus
pensamentos.
5
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

O élder Kim B. Clark, dos setenta, ensinou a res-
peito da preparação e do esforço sincero requerido
para o aprendizado profundo:
Se realmente desejarem aprender profunda-
mente, se o seu coração e sua mente estive-
rem receptivos ao aprendizado, e se vocês
puserem esse desejo em prática, o Senhor
vai abençoá-los. Quando fizerem sua parte —
orar com fé, preparar-se, estudar, envolver-se
ativamente e fazer o melhor que podem —,
o Espírito Santo vai ensiná-los, magnificar
sua capacidade de aplicar o que aprenderam
e ajudá-los a tornarem-se o que o Senhor
deseja que se tornem (“Aprender com toda a
alma”, Liahona, agosto de 2017, pp. 33–34).
Ao ler as lições neste manual, preste atenção em
como o material do professor se baseia regular-
mente na preparação dos alunos. Sua demonstração
constante de confiança na preparação dos alunos vai
ajudá-los a sentir a importância de se prepararem
para cada aula.
O material do professor também incorpora os
princípios do ensino e do aprendizado do evangelho
(ver Ensinar e Aprender o Evangelho, pp. 12, 26–35,
42–45). Isso inclui ajudar os alunos a identificar,
entender e sentir a veracidade e a importância da
doutrina e dos princípios do evangelho de Jesus
Cristo, bem como incentivá-los a explicar, comparti-
lhar e testificar.

Material do professor
O material do professor foi desenvolvido para aju-
dar os professores a convidar os alunos a debater o
Pondere em preparação para ensinar
que aprenderam durante a preparação para a aula
este curso
e aumentar a compreensão e o testemunho deles a
Enquanto se prepara para ensinar, reserve
respeito do Senhor e de Seu evangelho restaurado.
alguns minutos para ler toda a lição e entender
Na introdução de cada lição, você encontrará uma
como o material de preparação e o material
descrição dos resultados pretendidos da lição. A
do professor se complementam nesta lição. O
seguir, são sugeridas ideias de ensino que fornecem
que você pode fazer para ajudar os alunos a se
a estrutura da lição, o conteúdo, uma ajuda para os
preparar para ter uma experiência mais enrique-
debates e ideias para aplicação.
cedora durante a aula?
Veja a seguir um exemplo de como o material do
professor se baseia na preparação dos alunos, na
lição 6 novamente: Como posso me concentrar nos
Divida os alunos em pequenos grupos e peça alunos e ajudá-los a ter uma
a eles que leiam e expliquem as escrituras
do Livro de Mórmon que os ajudaram a se experiência significativa com
aproximar mais de Deus. (Os alunos que este curso?
estudaram o material de preparação podem
usar o que escreveram no final da seção 4.) Você abençoará seus alunos ao mostrar suas expec-
Você também pode convidar os alunos a tativas, incentivando-os a cumprir o papel que cabe
debater nos grupos como o fato de viverem a eles como aprendizes, tanto fora quanto dentro
os ensinamentos registrados nas passagens da sala de aula. Algumas maneiras pelas quais você
que eles escolheram os ajuda a ser mais pode fazer isso: confiando na preparação dos alu-
semelhantes a Jesus Cristo. nos, convidando-os a fazer perguntas sobre o mate-
rial de preparação ou o tópico da lição, dando-lhes

6
 In t ro duç ão ao cur s o A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
oportunidades de explicar a doutrina e os princípios
com suas próprias palavras, compartilhando expe-
riências e testemunhos relevantes e incentivando-os
a viver mais plenamente as verdades do evangelho
restaurado.
O élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze
Apóstolos, ensinou:
Podemos ser professores mais poderosos
do que somos às vezes. Ao conduzirem
essa tarefa tão desafiadora, lembrem-se
de que um aluno não é um recipiente a
ser preenchido; um aluno é um fogo a ser
aceso (Jeffrey R. Holland, “Anjos e assombro”,
transmissão do treinamento do Sistema
Educacional da Igreja, 12 de junho de 2019,
ChurchofJesusChrist.org/broadcasts/article/
article/2019/06/14holland).
A estrutura da lição sugerida no material do pro-
fessor deve permitir que você dê tempo suficiente
durante a aula para que os alunos reconheçam e
sigam os sussurros espirituais. O material também
deve ajudá-lo a incentivar os alunos a colocar em
prática o que estão aprendendo e a se tornarem
mais semelhantes ao nosso Pai Celestial e a Jesus
Cristo. Pense neste exemplo da lição 19, “A redenção
dos mortos”:
Você pode pedir aos alunos que pensem em alguém
que poderia orientá-los a fazer a história da família.
Se houver alunos já capacitados a fazer a história da
família, peça-lhes que orientem alguém da classe. Se o
tempo permitir, você pode mostrar aos alunos o site da
história da família em ChurchofJesusChrist.org/family-
history e incentivá-los a navegar pelo site para ter mais
ideias de como se envolver com a história da família.
Compartilhe a declaração a seguir do presidente Rus-
sell M. Nelson:
Incentivo vocês a, em espírito de oração,
ponderar que tipo de sacrifício, de prefe-
rência de tempo, vocês podem fazer para,
neste ano, participar mais do trabalho do
templo e de história da família (Russell M.
Nelson, Dia de Descoberta Familiar da
RootsTech — Sessão de abertura de 2017,
ChurchofJesusChrist.org).
Termine convidando os alunos a ponderar em espírito
de oração e, então, escrever que sacrifícios específicos
eles farão ou que passos específicos darão para parti-
cipar mais plenamente do trabalho de templo e história
da família.
Este é um curso com duração de um semestre,
com 28 lições escritas para períodos de aula de 50
minutos. Se sua classe se reúne apenas uma vez por
semana para uma aula de 90 ou 100 minutos, com-
bine e ensine duas lições em cada período de aula.
Em vez de se preocupar em ensinar todo o conteúdo
do material do professor, concentre-se em ajudar os
alunos a aprofundar o entendimento da doutrina
ou dos princípios especialmente relevantes para
eles e ajude-os também a viver essas verdades mais
plenamente.
Ponderar em preparação para ensinar
este curso
De que maneiras você pode incentivar os alunos
a compartilhar em classe o que aprenderam
durante a preparação? O que você pode fazer
para incluir os alunos que não estudaram o
material de preparação?
Como posso me preparar com
mais eficácia para ensinar?
O Pai Celestial vai ajudá-lo à medida que você se
prepara e ensina Seus filhos. Os esforços que você
faz para viver o evangelho diligentemente vão
ajudá-lo a se qualificar para ter o Espírito durante a
preparação para ensinar.
7
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
Enquanto se prepara, pense em como adaptar ade-
quadamente o material do professor às necessidades
e circunstâncias de seus alunos. Siga este conselho
do presidente Dallin H. Oaks ao fazer adaptações:
O presidente Packer ensinou muitas vezes
que primeiro adotamos e depois adaptamos.
Se estivermos firmemente fundamentados na
lição prescrita que vamos dar, então pode-
mos seguir o Espírito para adaptá-la. Mas há
uma tentação, quando falamos em flexibili-
dade, de começarmos a adaptar em vez de
adotar. É um equilíbrio. É um desafio cons-
tante. Mas a abordagem de adotar primeiro
e depois adaptar é um bom meio de nos
manter em terreno seguro (Dallin H. Oaks, “A
Panel Discussion with Elder Dallin H. Oaks”,
transmissão via satélite dos Seminários e
Institutos de Religião, 7 de agosto de 2012,
broadcasts​.ChurchofJesusChrist​.org).
Talvez seja útil fazer a si mesmo as seguintes per-
guntas, como parte de sua preparação para ensinar:
• Já orei para pedir a orientação do Espírito Santo?
• Estudei o material de preparação?
• Sinto-me bem preparado para ensinar o material
do professor? É preciso fazer alguma adaptação
para atender às necessidades dos meus alunos?
• Como podemos aprender com as escrituras de
modo eficaz durante a aula?
• Como posso ajudar os alunos a se concentrarem
no Salvador e aprenderem com o Espírito Santo
nessa lição?
• Como posso ser mais eficaz em ajudar meus alu-
nos a aprender, entender e fortalecer seu testemu-
nho dos princípios pertinentes a esses aspectos
do evangelho?
8
• O que posso fazer para incorporar de modo mais
significativo o que os alunos aprenderam durante
a preparação para a aula e com as experiências da
vida deles?
• Como posso ajudar cada aluno a participar mais
ativamente da aula?
• O que posso fazer para diversificar as atividades
de aprendizagem e as abordagens que uso em
cada aula?
• Como posso criar um ambiente de aprendizado
que convide o Espírito e dê aos alunos o privilé-
gio e a responsabilidade de ensinar e aprender
uns com os outros? (Ver Doutrina e Convênios
88:78, 122.)
Como adaptar as lições
para alunos portadores de
necessidades especiais?
Ao se preparar para ensinar, leve em conta os alunos
que tenham necessidades específicas. Adapte as
atividades e as expectativas para incluí-los e ajudá-
los a ser bem-sucedidos (ver a página Recursos para
portadores de necessidades especiais em disabilities​
.ChurchofJesusChrist​.org).
Anote suas impressões
Pense no tipo de experiência que você espera
que seus alunos tenham neste curso. Faça uma
lista de algumas de suas ideias sobre como
você planeja ajudá-los a ter uma experiência de
aprendizado significativa.



 In t ro duç ão ao cur s o A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
O que se espera dos alunos para
que recebam créditos?
Para receber créditos que contam para a formatura
do instituto, os alunos devem:
1. Estudar no mínimo 75 por cento do material de
preparação das lições.
2. Assistir a 75 por cento das aulas ministradas.
3. Concluir uma dessas três experiências de
aprendizado: manter um diário de estudo,
responder a três questionários, ou criar e
concluir um projeto de aprendizado (com
a aprovação do professor) de sua autoria
relacionado ao conteúdo do curso. Clique aqui
para obter mais detalhes: ChurchofJesusChrist​
.org/si/institute/learning-experiences.
Se os alunos responderem a todas as perguntas e
fizerem todas as atividades do material de prepa-
ração, o requisito de experiências de aprendizado
estará completo. Os alunos não precisam enviar as
respostas para você. No final do semestre, eles só
precisam apresentar o que fizeram.
Quer saber mais? (Opcional)
Que outros recursos podem me ajudar
a ser o professor que o Senhor precisa
que eu seja?
O Recurso de Treinamento para Novos Professores
pode ajudá-lo a entender o propósito e a filosofia
de ensino dos Seminários e Institutos, bem como
ajudá-lo a praticar várias habilidades de ensino.
O manual Ensinar e Aprender o Evangelho é um
recurso essencial para entender o processo de
ensino do evangelho e aprender o que fazer para
ser bem-sucedido em sala de aula.
O recurso Ensinar à Maneira do Salvador descreve
princípios que ajudam os instrutores do evangelho
a ensinar como o Salvador.
Onde posso encontrar ideias e recursos
a fim de adaptar as lições para atender
às necessidades das pessoas com
deficiências?
Consulte a página Recursos para ­portadores
de necessidades especiais em disabilities​​
.ChurchofJesusChrist​.org.
9
LIÇÃO 1: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

Prelúdio da Restauração
Bem-vindo ao curso Alicerces da Restauração. Nele, você estudará as revelações, a doutrina, as
pessoas e os acontecimentos históricos fundamentais para a Restauração da Igreja de Jesus
Cristo. Esse estudo, em espírito de oração, vai ajudá-lo a correlacionar tais conceitos e indiví-
duos a sua própria vida e suas circunstâncias. Você também estará mais capacitado a adquirir
conhecimento espiritual e a discernir a verdade do erro.

Este material de preparação fornece uma base para a experiência em sala de aula. Você vai
alcançar uma experiência mais significativa e profunda de aprendizado ao estudar o material
para preparação de cada aula.

Ao se dedicar a este curso, em espírito de oração, você verá a mão do Senhor na história da
Restauração e ouvirá Sua voz nas revelações da Restauração (ver Doutrina e Convênios 18:34–
36). No fim desta primeira lição, você deve ser capaz de explicar por que a Igreja precisava ser
restaurada. Você também será capaz de reconhecer como o Senhor preparou o caminho para
uma nova dispensação da verdade em nossos dias.

SEÇÃO 1 O Novo Testamento mostra que os primei-

O que ocasionou a ros apóstolos trabalharam arduamente para

Grande Apostasia?
Após a morte e a Ressurreição de Jesus Cristo, Seus
apóstolos continuaram liderando a expansão da
Igreja. O presidente M. Russell Ballard, do ­Quórum
dos Doze Apóstolos, explicou como a Igreja de
Jesus Cristo gradualmente caiu em apostasia:
preservar a Igreja que Jesus Cristo deixara
sob sua responsabilidade, mas sabiam que
seus esforços seriam em vão. Paulo escreveu
aos santos de Tessalônica, que aguardavam
ansiosamente a Segunda Vinda de Jesus
Cristo, que “aquele dia não virá sem que
antes venha a apostasia” (2 Tessalonicenses
2:3). (…)

10
 L iç ão 1: Prelúdio da R estauraç ão — M aterial para preparaç ão da aula
Com o passar do tempo, com a exceção
conhecida de João, o Amado, Pedro e os
outros apóstolos foram martirizados. O
apóstolo João e os membros da Igreja luta-
ram para sobreviver diante da atemorizante
opressão. Para seu crédito eterno, o cristia-
nismo sobreviveu e foi verdadeiramente uma
força no fim do segundo século de nossa
era. Muitos santos valentes tornaram possível
que o cristianismo resistisse às perseguições.
Apesar da importância do ministério desses
santos, eles não eram portadores da mesma
autoridade apostólica que Pedro e os outros
apóstolos haviam recebido por meio da
ordenação sob as mãos do próprio Jesus
Cristo. Quando essa autoridade foi perdida,
os homens começaram a procurar outras
fontes de compreensão doutrinária. Como
resultado, muitas verdades claras e preciosas
foram perdidas (M. Russell Ballard, “A verdade
restaurada”, A Liahona, janeiro de 1995, p. 71).
O profeta Néfi contemplou a Grande Apostasia em
uma visão. Ele viu que, durante a apostasia, pessoas
iníquas tirariam “do evangelho do Cordeiro muitas
partes que são claras e sumamente preciosas; e tam-
bém muitos convênios do Senhor [seriam] tirados”
(1 Néfi 13:26). Ele também viu que seriam “supri-
midas muitas coisas claras e preciosas” da Bíblia
durante a Grande Apostasia (1 Néfi 13:28). Um anjo
disse a Néfi: “Por causa dessas coisas que foram
suprimidas do evangelho do Cordeiro, um grande
número tropeça, sim, de tal maneira que Satanás
tem grande poder sobre eles” (1 Néfi 13:29).
Pondere em preparação para a aula
Por que era necessária uma restauração da ple-
nitude do evangelho de Jesus Cristo?
SEÇÃO 2
Como o Senhor preparou o
caminho para a Restauração?
Após séculos de apostasia, durante a qual pouquís-
simas pessoas tinham acesso às escrituras, homens e
mulheres inspirados fizeram o possível, muitas vezes
correndo risco de vida, para ajudar outras pessoas a
buscar a verdade. No final do século 14, John Wycli-
ffe começou a traduzir a Bíblia para o inglês, sendo
por isso condenado como herege pelas autoridades
religiosas daquela época. A invenção da prensa tipo-
gráfica, em meados do século 15, permitiu disponi-
bilizar cópias da Bíblia a mais pessoas por um preço
mais acessível. No século 16, o Espírito do Senhor
tocou Martinho Lutero, Ulrico Zuínglio, João
Calvino, John Knox, Anne Askew e muitos outros,
que começaram a se pronunciar contra os erros das
igrejas predominantes na época. William Tyndale e
outros também fizeram novas traduções da Bíblia.
Muitos desses reformadores pagaram com a vida
por suas ações. Seu trabalho resultou na organiza-
ção de novas igrejas protestantes. Como na Europa
não havia liberdade religiosa, a criação dessas novas
igrejas resultou em conflitos significativos.
A perseguição religiosa inspirou muitos daqueles
indivíduos, assim como outras pessoas, a procura-
rem um novo lar onde pudessem adorar livremente,
inclusive os peregrinos que viajaram da Europa para
a América no século 17. O profeta Néfi contemplou
em visão muitos daqueles reformadores religiosos,
que viriam a colonizar a América.
Estude em preparação para a aula
Leia 1 Néfi 13:13–16, 19.
Descendentes dos peregrinos, assim como outros
imigrantes que buscavam maior liberdade
11
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

desligados da Grã-Bretanha, o que levou à Guerra
de Secessão Americana. Um soldado que lutou
do lado americano se chamava Asael Smith. Atri-
bui-se a Asael, que foi o avô paterno do profeta
Joseph Smith, ter dito em certa ocasião: “Recebi
uma impressão em minha alma de que um de meus
descendentes vai promulgar uma obra que revolu-
cionará o mundo da fé religiosa” ( Joseph Fielding
Smith, Church History and Modern Revelation,
2 vols., 1953, vol. 1, p. 4). Asael testemunhou o
estabelecimento de uma nova nação, em cujo âmago
estava a liberdade religiosa.
O élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze
Apóstolos, ensinou que o estabelecimento dos Esta-
dos Unidos da América foi um passo na preparação
do mundo para a Restauração do evangelho:
tecida pelas mãos de Deus”, Serão no Memo-
rial de Joseph Smith, 13 de fevereiro de 2011,
Instituto de Religião de Logan, Universidade
do estado de Utah).
Por desígnio divino, Joseph Smith nasceu na época
certa, no lugar certo e sob as circunstâncias certas
para dar início aos eventos que estabeleceram a Res-
tauração. O presidente Brigham Young testificou:
[Joseph Smith] foi preordenado na eterni-
dade para presidir esta última dispensação
(Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:
Brigham Young, 1997, p. 343).

Esse sentimento religioso orientou os fun- Pondere em preparação para a aula

dadores de uma nova nação no continente O que podemos aprender sobre o Senhor pela
americano. Guiados pela mão de Deus, eles maneira como Ele preparou o caminho para
garantiram a liberdade religiosa para todos Joseph Smith e para a Restauração?
os cidadãos, com uma inspirada Carta de
Direitos. Quatorze anos depois, em 23 de
dezembro de 1805, nascia o profeta Joseph
Smith. Os preparativos para a Restauração Quer saber mais? (Opcional)
estavam quase terminados.
(…) Testifico que [a mão de Jesus Cristo] está
O que tinha de acontecer antes que
sobre a obra da Restauração desde antes
pudesse haver uma restauração do
da fundação do mundo (Robert D. Hales,
“Preparação para a Restauração e a Segunda
evangelho?
Vinda: ‘Minha mão estará sobre ti’”, A Liahona,
Leia “A preparação para a Restauração
novembro de 2005, pp. 90, 92).
e a Segunda Vinda: ‘Minha mão estará
O presidente M. Russell Ballard ensinou o seguinte: sobre ti’”, élder Robert D. Hales (A Lia-
hona, novembro de 2005, p. 88). Nesse
O pai do profeta, Joseph Smith Sênior,
discurso, o élder Hales fala sobre a influência contí-
passava por dificuldades financeiras. (…)
nua do Senhor durante toda a Restauração.
Ele [abriu] um negócio com um sócio. O
sócio pegou o dinheiro e perdeu tudo. Eles
compraram uma fazenda que foi à falência. As pessoas na época de Joseph sabiam
Compraram outra, que não deu certo; e ainda que uma restauração era necessária?
outra que também fracassou. Por fim, Joseph O vídeo “A Procura da Verdade” (15:43) retrata a
Smith Sênior se mudou para Palmyra. A história de Wilford Woodruff em busca da Igreja do
mão do Senhor agiu novamente, fazendo-os Salvador.
mudar para o local em que a família Smith
precisava estar (M. Russell Ballard, “A união

12
 L iç ão 1: Prelúdio da R estauraç ão — M aterial do professor

LIÇÃO 1: MATERIAL DO PROFESSOR

Prelúdio da Restauração
O Senhor Jesus Cristo encerrou a Grande Apostasia quando restaurou Seu evangelho e orga-
nizou Sua Igreja mais uma vez sobre a Terra. Depois desta lição, os alunos devem ser capazes
de reconhecer a mão do Senhor nos acontecimentos que precederam a Restauração, além de
explicar por que era necessário que a verdade fosse novamente concedida aos filhos de Deus em
nossa época.

Nota: Se possível, antes do primeiro dia de aula, entre em contato com os alunos matriculados e
os convide a ler o material de preparação para a lição 1 antes da aula. Se você decidir ensinar as
lições 1 e 2 juntas, peça aos alunos que também estudem o material da lição 2.

Sugestões didáticas Por causa da Grande Apostasia, a

Restauração do evangelho era necessária.
Se algum aluno não conhecer o material de prepara-
Peça a um aluno que leia em voz alta a introdução
ção, explique como acessá-lo eletronicamente. Você
do material de preparação da lição 1.
também pode providenciar cópias impressas para os
alunos que não possuem dispositivos eletrônicos. Mostre uma planta vistosa e outra morta, ou mor-
rendo (ou coloque um ramo morto em um vaso de
terra). Também é possível exibir a imagem a seguir
MELHORAR O ENSINO E O caso não haja plantas reais disponíveis.
APRENDIZADO
Prepare-se tendo em mente seus alunos. Ao
se preparar para ensinar, pense no que você
espera que os alunos sintam e façam, e nas
mudanças que espera que aconteçam na vida
deles em decorrência da aula e do curso. Em
espírito de oração, pense nas necessidades de
seus alunos e dê ouvidos à orientação do Espí-
rito ao se preparar. O élder Jeffrey R. Holland,
do Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou aos
professores que “um aluno não é um recipiente
a ser preenchido; um aluno é uma chama a ser
acesa” (“Angels and Astonishment”, transmissão
do treinamento para o Sistema Educacional da
Igreja, 12 de junho de 2019).

13
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
• Em sua opinião, por que essas plantas são tão
diferentes? Que tipo de analogia podemos fazer
em relação a essas plantas e nossa condição
espiritual.
Explique que um profeta do Velho Testamento, cha-
mado Amós, advertiu o povo iníquo de Israel que
eles enfrentariam fome. Peça aos alunos que leiam
Amós 8:11–12 e identifiquem o tipo de fome contra
a qual Amós advertiu.
Peça aos alunos que pesquisem a seção 1 do mate-
rial de preparação e identifiquem o que se perdeu
durante a Grande Apostasia. Peça aos alunos que
relatem o que encontraram.
Exiba o vídeo “Dispensações: O Padrão da Apos-
tasia e da Restauração” (6:52). Enquanto assistem,
peça aos alunos que reflitam sobre o que o padrão
de apostasia e restauração ilustrado no vídeo nos
ensina a respeito do Pai Celestial.
• Em sua opinião, o que esse padrão de apostasia e
restauração nos ensina sobre o Pai Celestial?
• Por que a dispensação da plenitude dos tempos é
diferente de todas as outras dispensações? O que
vocês acham de viver nesta época? Quais são seus
sentimentos?
14
O Senhor preparou o caminho para a
Restauração do evangelho.
Exiba a seguinte verdade: O Senhor preparou o
caminho para a Restauração do evangelho.
Peça aos alunos que formem pequenos grupos e se
revezem lendo a seção 2 do material de preparação,
identificando quais acontecimentos prepararam o
caminho para a Restauração do evangelho. (Se a
maioria dos alunos já leu o material de preparação
antes da aula, pode pedir a eles que resumam o con-
teúdo da seção 2.) Exiba as seguintes perguntas e dê
tempo aos grupos para que as debatam.
• Como o Senhor preparou o caminho para que a
Restauração acontecesse?
• O que podemos aprender sobre o Senhor pela
maneira como Ele preparou o caminho para
Joseph Smith e para a Restauração?
Os alunos podem desempenhar um papel
ativo em seu aprendizado do evangelho.
Exiba a lista dos títulos das lições do curso (que se
encontra no sumário). Explique-lhes que o curso
foca nos acontecimentos, na doutrina e nas escri-
turas fundamentais para a Restauração, além de
abordar questões polêmicas relacionadas à história
da Igreja. Você pode pedir aos alunos que deem
uma olhada nas próximas lições e compartilhem
com a classe os assuntos sobre os quais mais gos-
tariam de aprender. Anote as respostas para saber
em quais lições você poderá colocar mais ênfase ao
longo do curso.
Explique que o material de preparação é parte
integral do curso e pode melhorar o aprendizado
pessoal do evangelho dos alunos, além de ajudá-los
a fazer contribuições mais significativas durante
a aula.
Para ajudar os alunos a entender as bênçãos que
podem advir da preparação para cada aula, mostre
 L iç ão 1: Prelúdio da R estauraç ão — M aterial do professor

a seguinte declaração do élder Kim B. Clark,
dos setenta:
Se realmente desejarem aprender profun-
damente, se o seu coração e sua mente
estiverem receptivos ao aprendizado, e se
vocês puserem esse desejo em prática, o
Senhor vai abençoá-los. Quando fizerem sua
parte — orar com fé, preparar-se, estudar,
envolver-se ativamente e fazer o melhor que
podem —, o Espírito Santo vai ensiná-los,
magnificar sua capacidade de aplicar o que
aprenderam e ajudá-los a tornarem-se o que
o Senhor deseja que se tornem (Kim B. Clark,
“Aprender com toda a alma”, Liahona, agosto
de 2017, pp. 33–34).
Peça aos alunos que reflitam cuidadosamente sobre
como podem responder às perguntas a seguir:
• De que forma a participação honesta neste curso
via ajudar em meu crescimento espiritual?
Incentive os alunos a registrar suas metas relaciona-
das a essas perguntas. Você também pode debater
com a classe o que podem fazer para ajudar uns aos
outros a virem preparados para aprender com mais
profundidade. (Algumas sugestões são criar grupos
para troca de mensagens entre os alunos, grupos de
estudo, formas de relembrarem uns aos outros sobre
suas metas ou fóruns de discussão em que possam
compartilhar o que aprenderam ao estudar.)
Para a próxima vez
Explique aos alunos que o material de preparação
para a próxima aula inclui trechos dos relatos da
Primeira Visão feitos em primeira mão pelo profeta
Joseph Smith. Peça-lhes que reflitam a respeito do
que podemos aprender com os diferentes relatos e
sobre a importância de termos nosso próprio teste-
munho da realidade da Primeira Visão.

• Estou disposto a pagar o preço de estudar por

mim mesmo antes de cada aula a fim de que
possa vir preparado para aprender com mais
profundidade? Que horário vou alocar em minha
agenda para fazer de meu estudo pessoal e de
minha preparação uma prioridade?

15
LIÇÃO 2: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

A Primeira Visão
O presidente Joseph F. Smith descreveu a Primeira Visão de Joseph Smith como “o maior
acontecimento (…) desde a ressurreição do Filho de Deus” (Ensinamentos dos Presidentes da
Igreja: Joseph F. Smith, 1998, p. 14). Ao estudar a Primeira Visão, pense no significado desse
acontecimento sagrado e no impacto que teve sobre sua vida e sobre o mundo.

SEÇÃO 1 A Primeira Visão de Joseph Smith é a chave

Que verdades podemos aprender para esclarecer muitas verdades que esti-
veram ocultas durante séculos. Não nos
com a Primeira Visão de permitamos esquecer ou deixar passar
Joseph Smith? despercebidas as muitas verdades preciosas
que podemos aprender com a Primeira Visão
Falando a respeito da Primeira Visão de (Richard J. Maynes, “A Primeira Visão: Chave
Joseph Smith, o élder Richard J. Maynes, para a verdade”, A Liahona, junho de 2017,
dos setenta, ensinou: pp 30–31).

Analisar o que efetivamente aprendemos
com essa experiência sagrada e inspiradora
(…) é uma atividade maravilhosa e esclarece-
dora (…) sobre a natureza eterna de nosso
Pai Celestial e de Seu Filho, Jesus Cristo; da
realidade de Satanás; da luta entre o bem e o
mal, assim como de outros aspectos impor-
tantes do grande plano de salvação. (…)
Joseph Smith cresceu numa época de grande con-
fusão religiosa. As diversas igrejas cristãs da região
competiam por conversos e disputavam fortemente
umas com as outras a respeito de doutrina e de
práticas religiosas. Ao estudar o seguinte relato da
Primeira Visão, registrado em 1838 e hoje incluído
nas obras-padrão com o título de Joseph Smith—
História, anote as impressões que tiver e marque as
verdades do evangelho que forem mais significativas
para você.

16
 L iç ão 2: A Primeira V is ão — M aterial para preparaç ão da aula

SEÇÃO 2

De que maneira os diversos

relatos da Primeira Visão
Estude em preparação para a aula
Leia Joseph Smith—História 1:8, 11–19.
de Joseph Smith ampliam
o entendimento desse
acontecimento sagrado?

Manuscrito feito por Joseph Smith em 1832, relatando sua Primeira Visão.

O relato de 1838 da Primeira Visão, registrado em

Joseph Smith—História, foi ditado por Joseph
durante uma época de grande oposição, com o
intuito de “apresentar, aos que buscam a verdade, os
fatos tal como sucederam” ( Joseph Smith—História
1:1). Esse é o principal relato da Primeira Visão e foi
registrado como parte integrante da história oficial
da Igreja feita por Joseph Smith. Foi aceito oficial-
mente como escritura com o restante da Pérola de
Grande Valor em 1880, tornando-se parte das obras-
padrão da Igreja naquela época.

Além do relato de 1838, o profeta Joseph Smith

registrou ou ditou três outros relatos de sua expe-
riência. Também existem cinco relatos da Primeira
Visão feitos por contemporâneos de Joseph Smith.

Os vários relatos da Primeira Visão contam

Anote suas impressões
Em um diário, ou no espaço a seguir, anote as
verdades que conseguir identificar no relato da
Primeira Visão de Joseph Smith feito em 1838.
Escreva também por que, em sua opinião, é
importante entender essas verdades. Venha
para a classe preparado para compartilhar aquilo
que anotou.



uma história consistente embora se diferen-
ciem em ênfase e detalhes. Historiadores
dizem que, quando uma pessoa reconta
uma experiência em várias situações e para
diferentes públicos ao longo de muitos anos,
cada relato vai salientar diversos aspectos da
experiência e contém detalhes incompará-
veis. De fato, diferenças semelhantes encon-
tradas nos relatos da Primeira Visão podem
ser encontradas nos vários relatos das
escrituras sobre a visão de Paulo na estrada
para Damasco e a experiência dos apóstolos
no Monte da Transfiguração. Mesmo assim,

17
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
apesar das diferenças, existe uma consistên-
cia básica entre todos os relatos da Primeira
Visão. Alguns erroneamente argumentaram
que qualquer variação ao se recontar essa
história é prova de que foi inventada. Ao con-
trário, esse rico registro histórico nos permite
aprender mais a respeito desse aconteci-
mento extraordinário do que poderíamos
aprender se estivesse menos documentado
(“Relatos da Primeira Visão”, Tópicos do evan-
gelho, topics​​.ChurchofJesusChrist​.org).
Ao ler os seguintes trechos dos outros relatos da
Primeira Visão feitos por Joseph Smith, marque os
detalhes e as verdades que chamam sua atenção.
Anote também as perguntas que tiver e as traga para
a aula.
Nota: O texto completo de cada relato está disponí-
vel em “Joseph Smith’s Accounts of the First Vision”,
em josephsmithpapers.org.
Relato de 1832
Este relato foi escrito no início do diário de Joseph
Smith e é o único feito, em parte, de próprio punho.
Alguns trechos foram escritos pelo escrevente
de Joseph.
Por volta dos 12 anos de idade, minha mente
[ficou] profundamente impressionada com
todas as importantes questões relativas ao
bem-estar de minha alma imortal. (…)
Minha mente ficou extremamente pertur-
bada, porque me tornei convicto de meus
pecados. (…) Senti-me movido a chorar por
meus próprios pecados e pelos pecados do
mundo. (…)
Clamei, portanto, ao Senhor por misericór-
dia, pois não havia nenhum outro a quem eu
pudesse recorrer para obter misericórdia. E
o Senhor ouviu meus clamores no deserto
e, ao invocá-Lo, no décimo sexto ano de
minha vida, vi um pilar de luz acima de minha
cabeça, mais brilhante que o sol ao meio-dia,
que desceu do céu e repousou sobre mim.
18
Fiquei cheio do Espírito de Deus. E o Senhor
abriu os céus para mim, e eu vi o Senhor.
Ele falou-me, dizendo: “Joseph, meu filho,
teus pecados te são perdoados. Segue teu
caminho, anda em meus estatutos e guarda
os meus mandamentos. Eis que sou o
Senhor da glória. Fui crucificado pelo mundo
a fim de que todos os que crerem em meu
nome tenham vida eterna. Eis que o mundo
se acha em pecado nesta época, e não há
sequer um homem que faça o bem. Desvia-
ram-se todos do evangelho e não guardam
meus mandamentos. Aproximam-se de mim
com os lábios, mas seu coração está longe
de mim. E minha ira está acessa contra os
habitantes da Terra, para visitá-los segundo
sua iniquidade e cumprir o que foi anunciado
pela boca dos profetas e apóstolos. Eis que
depressa venho, como foi escrito a meu res-
peito, nas nuvens do céu, revestido da glória
de meu Pai”.
E minha alma se encheu de amor e por mui-
tos dias me regozijei com grande alegria. O
Senhor permaneceu comigo, mas não encon-
trei ninguém que acreditasse em minha visão
celestial. Não obstante, refleti sobre essas
coisas em meu coração.
Relato de 1835
Esse relato é um registro da Primeira Visão descrito
por Joseph a alguém que estava de visita em sua
casa. Foi registrado no diário de Joseph por seu
escrevente.
Invoquei o Senhor em fervorosa oração.
Um pilar de fogo apareceu acima de minha
cabeça. Na realidade pousou sobre mim
e me encheu de alegria indescritível. Um
personagem apareceu no meio desse pilar
de fogo, que se espalhou ao redor de tudo e
mesmo assim nada consumiu. Outro perso-
nagem logo apareceu, como o primeiro. Ele
me disse: “Teus pecados te são perdoados”.
Ele me testificou que Jesus Cristo é o Filho de
 L iç ão 2: A Primeira V is ão — M aterial para preparaç ão da aula
Deus. E vi muitos anjos nessa visão. Eu tinha
cerca de 14 anos de idade quando recebi
essa primeira comunicação.
Relato de 1842
Este relato se originou numa carta escrita em
resposta às perguntas feitas por John Wentworth,
editor de um jornal em Chicago.
Retirei-me para um lugar isolado em um
bosque e comecei a suplicar ao Senhor em
oração. Durante minha fervorosa súplica,
minha mente foi arrebatada das coisas ao
meu redor, e me vi tomado por uma visão
celestial, em que contemplei dois persona-
gens gloriosos que eram exatamente idên-
ticos nas feições e na aparência, cercados
por uma luz brilhante mais clara que a do
sol ao meio-dia. Eles me disseram que todas
as denominações religiosas acreditavam em
doutrinas incorretas e que nenhuma delas
era reconhecida por Deus como Sua igreja
e Seu reino. Fui expressamente ordenado a
“não procurar nenhuma delas”, recebendo,
ao mesmo tempo, a promessa de que no
futuro me seria revelada a plenitude do
evangelho.
Pondere em preparação para a aula
De que forma esses relatos adicionais aumen-
tam sua compreensão e seu apreço pela
Primeira Visão de Joseph Smith? Que outras
verdades você pode acrescentar à lista que fez
na seção 1 deste material? De que maneira seu
testemunho desse acontecimento sagrado afe-
tou sua vida?
Quer saber mais? (Opcional)
Como posso aprender mais sobre os
diversos relatos da Primeira Visão de
Joseph Smith?
Leia o artigo “Relatos da Primeira Visão”, disponível
em ChurchofJesusChrist.org.
Assista ao vídeo “Pedir a Deus: A Primeira Visão de
Joseph Smith” (6:35). Este vídeo retrata a Primeira
Visão entrelaçando os relatos feitos por Joseph.
Leia “A Primeira Visão: Uma narrativa de acordo
com os relatos de Joseph Smith” (history​​
.ChurchofJesusChrist​.org), que também entrelaça
os relatos em uma única narrativa.
Que outras verdades podemos
aprender com a Primeira Visão de
Joseph Smith?
Leia “A Primeira Visão: Chave para a ver-
dade” (A Liahona, junho de 2017, p. 26),
do élder Richard J. Maynes, dos setenta,
que compartilha algumas das impres-
sionantes verdades que podemos aprender com a
Primeira Visão.
19
L iç ão 2: A Primeira V is ão — M aterial do professor
LIÇÃO 2: MATERIAL DO PROFESSOR
A Primeira Visão
Deus, o Pai, e Seu Filho, Jesus Cristo, apareceram a Joseph Smith em 1820. O propósito desta
lição é ajudar os alunos a se familiarizar com os relatos de Joseph sobre sua Primeira Visão;
identificar a doutrina e os princípios que podem aprender com sua visão, e fortalecer seu teste-
munho de que Joseph Smith viu o Pai e o Filho.
Nota: A busca de Joseph Smith pela verdade, como relatada em Joseph Smith—História 1:5–13,
será vista em maiores detalhes na lição 3 deste curso.
Sugestões didáticas
O Pai Celestial e Jesus Cristo aparecem a
Joseph Smith.
Exiba a seguinte declaração de Joseph Smith—His-
tória 1:21:
“Não [há] tais coisas como visões ou revelações nes-
tes dias”.
• O que vocês sentem a respeito dessa declaração?
• Como sua vida seria diferente se vocês acreditas-
sem nessa declaração?
Explique-lhes que essa afirmação foi feita por um
pregador metodista quando o jovem Joseph Smith
lhe contou sobre sua Primeira Visão. Peça aos
alunos que leiam Joseph Smith—História 1:15–19
e reflitam sobre como a descrição que Joseph fez
de sua experiência refuta a alegação do prega-
dor. Depois de lerem, convide-os a compartilhar
sua opinião.
MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Peça aos alunos que leiam em classe. Há
várias maneiras de se ler em classe. Os alunos
podem ler em silêncio; um deles pode ler em
voz alta; eles podem se revezar na leitura em
20
voz alta; podem ler juntos em voz alta, e assim
por diante.
Escreva a seguinte verdade no quadro: Deus, o Pai,
e Jesus Cristo apareceram a Joseph Smith e fala-
ram com ele.
Peça a alguns alunos que gostariam de prestar teste-
munho da Primeira Visão de Joseph que respondam
a seguinte pergunta:
• De que maneira você recebeu seu testemunho da
Primeira Visão?
Aprendemos importantes verdades com os
relatos da Primeira Visão.
Relembre aos alunos que, pelo que sabemos, Joseph
Smith fez quatro relatos diferentes da Primeira
Visão. Também temos cinco outros relatos dessa
visão feitos por pessoas que ouviram Joseph con-
tá-la. Assim como há diferenças nos relatos da vida
do Salvador registrados por Mateus, Marcos, Lucas
e João, cada relato da Primeira Visão de Joseph enfa-
tiza aspectos diferentes de sua experiência. Porém,
todos compartilham importantes elementos sobre o
que Joseph viu e ouviu. Há pessoas que desprezam
a Primeira Visão por causa das diferenças entre
os vários relatos. (Por exemplo, o relato de 1832
salienta que Joseph estava em busca do perdão de
seus pecados, além de usar o título “o Senhor”, em
vez de se referir ao Pai Celestial e a Jesus Cristo

separadamente. O relato de 1835 descreve primeiro
a aparição do Pai Celestial e depois a do Salvador.)
Para ajudar a explicar por que há diferenças entre
os relatos, peça aos alunos que pensem em uma
experiência significativa que já viveram.
• De que maneira o relato dessa experiência pode
ser diferente dependendo de quem é seu público?
Como o relato poderia mudar dependendo da
ocasião ou por que vocês estariam falando sobre
a experiência?
• O que diriam a alguém que alega que as variações
nos diferentes relatos da Primeira Visão põem
em dúvida a realidade da experiência de Joseph?
(Se necessário, incentive os alunos a recorrerem
ao que aprenderam na seção 2 do material de
preparação.)
Exiba a seguinte declaração incompleta: Com a
­Primeira Visão, aprendemos que…
Explique que podemos aprender verdades mara-
vilhosas com todos os relatos que Joseph fez da
Primeira Visão. Relembre aos alunos que eles
receberam o convite para se preparar para esta aula
fazendo uma lista das verdades que identificam nes-
ses relatos da Primeira Visão. Se necessário, dê-lhes
tempo para revisar o que destacaram e as verdades
que perceberam. (Talvez você tenha que dar tempo
para eles estudarem os relatos em sala caso tenha
optado por combinar as duas primeiras lições, o que
impossibilita os alunos de se prepararem em casa.)
Peça aos alunos que compartilhem algumas das
verdades que encontraram, assim como os versículos
ou trechos do relato que ensinam essas verdades.
Escreva as respostas dos alunos abaixo da declara-
ção incompleta que você acabou de exibir.
Nota: Exemplos de verdades que podemos apren-
der com a Primeira Visão de Joseph Smith podem
ser encontrados no discurso “A Primeira Visão:
Chave para a verdade” (A Liahona, junho de 2017,
p. 26), do élder Richard J. Maynes, dos setenta,
L iç ão 2: A Primeira V is ão — M aterial do professor
referido na seção “Quer saber mais?” do material de
preparação.
À medida que os alunos compartilharem as verda-
des que encontraram, faça algumas das perguntas
a seguir:
• Por que vocês acham que é importante conhecer
e entender essa verdade?
• Que bênçãos vocês receberam por conhecer
essa verdade?
• O que vocês aprendem a respeito do Pai Celes-
tial e de Jesus Cristo ao estudar sobre a Pri-
meira Visão?
Podemos aprofundar nosso testemunho
da Primeira Visão.
Explique que muitas pessoas da comunidade de
Joseph rejeitaram seu testemunho do que vira e
ouvira, e muitos o perseguiram por causa disso (ver
Joseph Smith—História 1:21–23).
Peça aos alunos que leiam Joseph Smith—História
1:24–25 e identifiquem como o profeta Joseph Smith
respondeu àqueles que ridicularizaram seu testemu-
nho da visão.
• Que frases do testemunho de Joseph Smith
­chamam sua atenção? Por quê?
• De que maneira o exemplo de Joseph Smith pode
ajudá-los caso seu testemunho da Primeira Visão
e da Restauração do evangelho de Jesus Cristo
seja ridicularizado ou desafiado?
Mostre a seguinte declaração do presidente
­Gordon B. Hinckley e peça que um aluno a leia
em voz alta:
Por mais de um século e meio, inimigos,
críticos e alguns pseudointelectuais desper-
diçaram a vida tentando refutar a validade
daquela visão. Naturalmente não conseguem
entendê-la. As coisas de Deus são entendidas
21
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

pelo Espírito de Deus. Não existe nada de Primeira Visão por meio do Espírito Santo. Encerre
magnitude comparável desde a época em a aula prestando testemunho da Primeira Visão e
que o Filho de Deus caminhou na Terra na da Restauração do evangelho por meio do profeta
mortalidade. Sem ela como pedra fundamen- Joseph Smith.
tal de nossa fé e de nossa organização, nada
temos. Com ela, temos tudo.
Muito foi escrito e muito será escrito no
Para a próxima vez
afã de invalidá-la. (…) Mas o testemunho do
Peça aos alunos que reflitam sobre perguntas difí-
Espírito Santo, sentido por um número sem
ceis que eles mesmos ou outras pessoas já tiveram a
fim de pessoas através dos anos, testifica sua
respeito dos ensinamentos, das práticas e da história
veracidade, que tudo aconteceu conforme
da Igreja. Explique que, na próxima aula, eles vão
Joseph Smith disse ter ocorrido (Gordon B.
aprender o que fazer quando surgirem perguntas ou
Hinckley, “As quatro pedras angulares da fé”,
temas difíceis. Incentive-os a estudar o material de
A Liahona, fevereiro de 2004, p. 5).
preparação para a lição 3 a fim de que venham pre-
Caso os alunos desejem um testemunho mais parados para discutir os princípios que os ajudarão
profundo de Joseph Smith e da Primeira Visão, a adquirir maior conhecimento espiritual.
incentive-os a seguir o exemplo de Joseph ao buscar
a verdade, e continuem estudando esses relatos e
pedindo a Deus que lhes confirme a realidade da

22
LIÇÃO 3: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

Adquirir conhecimento espiritual

Às vezes, descobrimos coisas novas que nos surpreendem ou geram perguntas em relação à
doutrina, às práticas ou à história da Igreja. As perguntas que você formula, bem como a fonte
em que procura respostas, podem fortalecer ou enfraquecer sua fé. Ao estudar sobre como
adquirir conhecimento espiritual, identifique princípios que possam ajudá-lo ao buscar respos-
tas à maneira do Senhor.

SEÇÃO 1 Fazer perguntas não é um sinal de fraqueza.

É certo ter perguntas a respeito
da Igreja?
As escrituras repetidamente nos incentivam a fazer
perguntas a Deus (ver Tiago 1:5; Doutrina e Convê-
nios 88:63). Enquanto servia na Primeira Presidên-
cia, o presidente Dieter F. Uchtdorf ensinou:
Meus jovens queridos amigos, somos um
povo que faz perguntas. Somos um povo que
faz perguntas porque sabemos que per-
guntar leva à verdade. Foi assim que a Igreja
começou: com um rapaz que tinha dúvidas.
Na verdade, não sei como podemos desco-
brir a verdade sem fazer perguntas. (…) O
questionamento é a base do testemunho. (…)
É algo que precede o crescimento (“O reflexo
na água”, Devocional do Sistema Educa-
cional da Igreja, 1º de novembro de 2009,
­broadcasts​.ChurchofJesusChrist​.org).
O Pai Celestial e Jesus Cristo Se deleitam ao nos dar
conhecimento e entendimento. Crescemos espiri-
tualmente ao fazer perguntas e buscar respostas
com sinceridade e fé. Lembre-se de que, para nos
ajudar a desenvolver fé Nele, talvez o Senhor não
responda todas as perguntas que tivermos nesta
vida. Na verdade, para recebermos um testemunho e
nos tornarmos testemunhas da verdade, não preci-
samos encontrar respostas para todas as perguntas
que tivermos. No entanto, fazer perguntas sinceras
é algo que pode nos ajudar a continuar a aprender e
a crescer.

23
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
Anote suas impressões
No espaço a seguir, escreva duas das pergun-
tas que você tem, ou que já ouviu, a respeito
de religião, de espiritualidade, do evangelho ou
da Igreja.
 todas as coisas e é a fonte de toda a verdade. Agi-
 mos com fé quando escolhemos confiar em Deus
 e O buscamos por meio de oração sincera, estudo
Alunos: Mandem uma ou duas dessas perguntas
por e-mail ou mensagem para seu professor do ins-
tituto. Ele manterá o anonimato, mas pode usar
suas perguntas em classe para praticar como
encontrar respostas à maneira do Senhor. Elas
também ajudarão seu professor a compreender
melhor suas dúvidas e saber como abordá-las
durante o curso. Ao prosseguir estudando, iden-
tifique princípios que lhe ensinem como buscar
respostas para perguntas desafiadoras.
SEÇÃO 2
De que maneira o Senhor
quer que eu busque respostas
para minhas dúvidas e adquira
conhecimento espiritual?
Os princípios a seguir podem ajudá-lo a buscar
respostas para suas perguntas e a resolver preocupa-
ções à maneira do Senhor:
1. Agir com fé.
2. Examinar conceitos e perguntas com uma
perspectiva eterna.
3. Buscar mais entendimento por meio de fontes
divinamente atribuídas.
24
Ao estudar esses princípios para a aquisição de
conhecimento espiritual, marque as declarações e os
tópicos que chamarem sua atenção para que possa
compartilhá-los com a classe e se lembrar deles
posteriormente.
Agir com fé
A fé começa com a crença de que Deus vive, conhece
de Seus ensinamentos e obediência a Seus manda-
mentos. O Senhor nos convida a não duvidar, mas
acreditar (ver Mórmon 9:27). Ao estabelecermos o
padrão de agir com fé diariamente, edificamos um
firme alicerce sobre Jesus Cristo que vai garantir que
permaneçamos fortes mesmo quando nos deparar-
mos com perguntas e desafios difíceis (ver Helamã
5:12).
Quando encontrar informações ou alegações que
não conseguir compreender, ou que desafiem suas
crenças, você não precisa pôr em dúvida seu teste-
munho ou as experiências espirituais que já teve.
Em momentos como esse, o élder Jeffrey R. Holland
aconselhou: “Não entrem em pânico e não retroce-
dam. Não percam a confiança. Não esqueçam o que
sentiram um dia. Não ponham em dúvida as expe-
riências [espirituais] que tiveram” (“Não rejeiteis,
pois, a vossa confiança”, A Liahona, junho de 2000,
p. 38). Em vez disso, “preservem o que já conquis-
taram e permaneçam firmes até adquirirem conhe-
cimento adicional” ( Jeffrey R. Holland, “Eu creio,
Senhor”, A Liahona, maio de 2013, p. 94).
Ao preservar o que já conquistou, lembre-se de que
a atitude e a intenção com as quais você faz pergun-
tas e busca respostas vão afetar, em grande medida,
sua capacidade de aprender pelo Espírito Santo.
Esse processo requer humildade, sinceridade e real
intenção de agir de acordo com a verdade recebida
do Senhor.
 L iç ão 3: A dquirir conhecimento espirit ual — M aterial para preparaç ão da aula
Quando Joseph Smith se deparou com um ambiente
religioso em que predominava “a confusão e a con-
tenda entre as diferentes denominações” ( Joseph
Smith—História 1:8), ele poderia facilmente ficar
desanimado, deixar a dúvida encher seu coração e
“permanecer em trevas e confusão” (versículo 13).
Porém, ele buscou as escrituras e foi profundamente
tocado pela mensagem que encontrou em Tiago
1:5 para “[pedir] a Deus”. Agindo com fé, ele foi ao
bosque, onde se ajoelhou e começou “a oferecer a
Deus os desejos de [seu] coração” ( Joseph Smith—
História 1:15). Sua oração sincera foi respondida
com uma visão celestial. Ele saiu do bosque tendo
aprendido “por [si] mesmo” a resposta para suas
perguntas (versículo 20).
Pondere em preparação para a aula
Pense a respeito de uma das perguntas que você
anotou antes. O que você (ou outra pessoa que
tenha essa dúvida) pode fazer para agir com fé
ao buscar respostas e maior orientação?
Examinar conceitos e perguntas com uma
perspectiva eterna
Para examinar conceitos doutrinários, perguntas
e problemas sociais com uma perspectiva eterna,
devemos considerá-los no contexto do plano de
salvação e dos ensinamentos do Salvador. Buscamos
o auxílio do Espírito Santo a fim de ver as coisas
como o Senhor as vê (ver 1 Coríntios 2:5, 9–11). Tal
atitude nos ajuda a ver as coisas pelo ponto de vista
do Senhor, em vez de uma perspectiva puramente
mundana. Para isso, podemos fazer perguntas tais
como “O que já sei sobre o Pai Celestial, Seu plano
e como Ele lida com Seus filhos?” e “Quais ensina-
mentos do evangelho se relacionam ou esclarecem
esse conceito ou problema?”
Perguntas relacionadas a acontecimentos históricos
também devem ser examinadas com uma perspec-
tiva eterna. Também pode ser útil analisar as ques-
tões históricas no contexto histórico, considerando
a cultura e as normas da época, em vez de impor
perspectivas e atitudes atuais. Por exemplo, se você
encontrar um ancestral que viveu na década de 1800
e que casou com 14 ou 15 anos, pode supor que esse
casamento tenha sido muito precoce, a menos que
saiba que naquela época isso não era incomum.
É importante lembrar que detalhes históricos não
possuem o poder salvador das ordenanças, dos
convênios e da doutrina. Distrair-nos com detalhes
menos importantes e acabar perdendo o desenrolar
do milagre da Restauração é como passar um longo
tempo analisando uma caixa de presentes e ignorar
a maravilha do presente em si.
25
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
Anote suas impressões
Pense a respeito de uma das perguntas que você
anotou antes. Como você pode olhar para essa
pergunta por meio de uma perspectiva eterna?
 divinamente atribuídas incluem a luz de Cristo, o
 Espírito Santo, as escrituras, os líderes da Igreja e
 os membros fiéis da família. A Primeira Presidência
Buscar mais entendimento por meio de
fontes divinamente atribuídas
Imagine que um desconhecido acusou um de seus
entes queridos de ter feito algo errado. Como
você poderia descobrir se a alegação é verdadeira
ou enganosa? Qual seria o perigo de se acredi-
tar no desconhecido sem antes investigar melhor
o assunto?
Por meio da internet, temos acesso sem precedentes
a boas informações. Ao mesmo tempo, a internet
nos expõe a um verdadeiro massacre de informa-
ções duvidosas. Já que a internet não filtra automa-
ticamente as informações enganosas, ludibriosas
e falsas, precisamos filtrá-las por nós mesmos. O
presidente Dallin H. Oaks, da Primeira Presidência,
advertiu: “Precisamos ser cautelosos e sábios ao
26
buscarmos a verdade e ao escolhermos fontes para
tais pesquisas” (“A verdade e o plano”, Liahona,
novembro de 2018, p. 25).
Como parte do processo que o Senhor designou
para adquirirmos conhecimento espiritual, Ele
estabeleceu fontes por meio das quais Ele revela a
verdade e dá orientação a Seus filhos. Essas fontes
e o Quórum dos Doze Apóstolos — os profetas do
Senhor na Terra hoje — são uma fonte fundamen-
tal da verdade. O Senhor escolheu e ordenou essas
pessoas para falar por Ele.
Podemos também aprender a verdade por meio de
outras fontes confiáveis. No entanto, os que buscam
sinceramente a verdade devem ser cautelosos com
fontes não muito seguras. Aprender a reconhecer
e evitar as fontes não confiáveis pode nos proteger
de informações erradas e daqueles que procuram
destruir nossa fé. As seguintes perguntas e diretri-
zes podem ajudá-lo a determinar a confiabilidade
das fontes:
Perguntas para a avaliação de fontes
1. Quais são as qualificações, intenções e possí-
veis opiniões do autor?
O presidente Dallin H. Oaks, da Primeira Presi-
dência, ensinou que devemos “ser cautelosos
a respeito da motivação daquele que fornece
informações. (…) Nossas decisões pessoais
devem se basear nas informações vindas de
fontes que são qualificadas no assunto e que
são livres de motivações egoístas” (Dallin H.
Oaks, “A verdade e o plano”, Liahona, novem-
bro de 2018, p. 25).
2. Que relação o autor tem com os eventos
descritos?
Quando uma fonte aborda algo relacionado à
história da Igreja, pergunte a si mesmo qual o
distanciamento que a fonte toma em relação
 L iç ão 3: A dquirir conhecimento espirit ual — M aterial para preparaç ão da aula
ao evento que discute. Histórias baseadas
em relatos de terceiros, em geral, são menos
confiáveis.
3. O autor intencionalmente ignora evidências
disponíveis a fim de enganar?
Há autores que deliberadamente omitem
fatos relevantes e ignoram evidências funda-
mentais só para apoiarem determinado ponto
de vista.
4. Os eventos e ensinamentos abordados
nessa fonte são apresentados no contexto
apropriado de seu tempo, seu lugar e suas
circunstâncias?
Alguns ensinamentos e eventos históricos
podem se tornar confusos quando são
retirados do contexto de seu tempo e lugar.
O contexto histórico também inclui outros
eventos contemporâneos (tais como guerras,
crises econômicas e agitações políticas e
sociais), assim como a cultura e a demografia
de determinada época e lugar.
5. Esses ensinamentos e acontecimentos são
apoiados por outras fontes confiáveis?
O respaldo de outras fontes confiáveis ajuda
a determinar a precisão da doutrina e dos
eventos históricos.
Pondere em preparação para a aula
Passe alguns minutos pesquisando o site da
Igreja, a Biblioteca do Evangelho ou as escritu-
ras em busca de recursos que possam ajudá-lo
(ou alguém que você conheça) a buscar maior
compreensão acerca das perguntas que anotou
anteriormente. Ao avaliar as fontes e procurar
a verdade, pondere a respeito do papel que o
Espírito Santo tem desempenhado em sua pró-
pria vida.
Quer saber mais? (Opcional)
Onde posso aprender mais a respeito
dos princípios para se adquirir
conhecimento espiritual?
O Documento Principal de Domínio Doutrinário
(­ChurchofJesusChrist.org) contém mais informa-
ções sobre como adquirir conhecimento espiritual.
Onde posso encontrar relatos
verdadeiros de pessoas que se
debateram com perguntas difíceis?
No discurso “Firmes e constantes na fé em Cristo”
(Liahona, novembro de 2018, p. 30), o élder D. Todd
Christofferson relata a história de um homem
cuja fé foi desafiada por alguns de seus familiares
(assista ao vídeo do tempo 9:40 até 11:00).
Os discursos a seguir também podem ajudá-lo a
melhor compreender e aplicar os princípios de se
adquirir conhecimento espiritual:
• David F. Evans, “A verdade de todas as coisas”,
A Liahona, novembro de 2017, p. 68
• Jeffrey R. Holland, “Eu creio, Senhor”, A Liahona,
maio de 2013, p. 93
Como posso reformular perguntas a
fim de respondê-las a partir de uma
perspectiva eterna?
O vídeo “Reformular uma Pergunta a Partir de
uma Perspectiva Eterna” (ChurchofJesusChrist.org)
exemplifica como podemos reformular perguntas e
questões a fim de ajudar a respondê-las a partir de
uma perspectiva eterna.
27
L iç ão 3: A dquirir conhecimento espirit ual — M aterial do professor

LIÇÃO 3: MATERIAL DO PROFESSOR

Adquirir conhecimento espiritual

O Senhor revelou os princípios que podem nos guiar na busca pela verdade (ver “Adquirir
conhecimento espiritual”, Documento Principal de Domínio Doutrinário, 2018). Esta lição aumen-
tará a capacidade de os alunos aplicarem os princípios da aquisição de conhecimento espiritual
e determinarem a confiabilidade das fontes.

Peça-lhes que identifiquem os três princípios descri-

MELHORAR O ENSINO E O tos no material de preparação que completam essa
declaração. À medida que responderem, certifi-
APRENDIZADO
que-se de que os seguintes princípios sejam identifi-
Comunicar os objetivos de aprendizado dos cados e os exiba:
alunos. Os objetivos de aprendizado são
declarações que definem quais conhecimentos 1. Agir com fé.
e habilidades os alunos devem ser capazes de
aprender por meio da experiência educacional.
2. Examinar conceitos e perguntas com uma
Os objetivos para cada lição neste curso são
perspectiva eterna.
especificados na introdução da lição. Procure
comunicar esses objetivos aos alunos. Use
3. Buscar mais entendimento por meio de fontes
os objetivos da lição para guiá-lo ao adaptar
divinamente atribuídas.
o material da lição e determinar o sucesso da
experiência de aprendizado dos alunos. Peça aos alunos que expliquem o que entendem a
respeito de cada um desses princípios. Se necessá-
rio, dê mais tempo para que eles revisem o material
de preparação.
Sugestões didáticas
Peça-lhes que leiam Joseph Smith—História 1:11–14
O Senhor estabeleceu um padrão para a e identifiquem como as ações de Joseph Smith ao
aquisição de conhecimento espiritual. buscar respostas para suas dúvidas e preocupações
ilustram esses princípios de aquisição de conheci-
Exiba as seguintes perguntas: É normal ter pergun-
mento espiritual. Peça aos alunos que relatem o que
tas a respeito da Igreja? Por que sim? Ou por que não?
aprenderam.
Permita que dois ou três alunos compartilhem seus
pensamentos. Selecione e exiba uma ou mais perguntas que você
recebeu dos alunos, para a qual eles possam aplicar
Com a classe, leiam Joseph Smith—História 1:8–10 e
os princípios para se adquirir conhecimento espiri-
identifiquem palavras e frases que Joseph usou para
tual (ver a atividade “Registre seus pensamentos” na
descrever suas dúvidas e preocupações em relação
seção 1 do material de preparação). Explique que,
à religião. Peça aos alunos que compartilhem o que
apesar de só ter tempo hábil para exibir durante a
descobriram e aprenderam com o relato de Joseph a
aula algumas das perguntas enviadas, você vai pro-
respeito de fazer perguntas.
curar oportunidades ao longo do currículo do curso
Escreva a seguinte declaração no quadro: Posso para abordar as demais.
adquirir conhecimento espiritual ao…

28
 L iç ão 3: A dquirir conhecimento espirit ual — M aterial do professor
Nota: O propósito desta atividade é permitir que os
alunos tenham a oportunidade de falar sobre como
aplicariam a diferentes perguntas os princípios para
se adquirir conhecimento espiritual. O objetivo não
é responder perguntas específicas. Tome cuidado
para não gastar muito tempo nos detalhes de uma
dúvida ou um assunto.
Debatam sobre como os alunos podem usar os prin-
cípios exibidos no quadro a fim de buscar respostas
para as perguntas selecionadas. As perguntas a
seguir podem fazer parte do debate:
• Como podemos agir com fé ao buscar uma res-
posta para essa pergunta?
• Como uma perspectiva eterna pode nos ajudar
a responder essa pergunta? O que sabemos a
respeito do Pai Celestial e do plano de salvação
que pode nos ajudar a ver essa pergunta a partir
de uma perspectiva eterna?
• Que fontes divinamente atribuídas podem nos
ajudar a melhor entender esse assunto? Que
outras fontes confiáveis podem nos ajudar? (Nota:
Pode ser útil mostrar aos alunos a página Tópicos
do evangelho, em ChurchofJesusChrist
.org, para demonstrar uma fonte confiável que
também indica outras escrituras e discursos
proféticos.)
Peça a um ou dois alunos que falem sobre como
foram abençoados pelos três princípios para se
adquirir conhecimento espiritual.
Podemos avaliar a confiabilidade
das fontes.
Mostre o seguinte trecho do vídeo “Domínio Doutri-
nário: Fontes Divinamente Atribuídas” (do tempo
0:00 até 4:19).
Peça aos alunos que identifiquem quais tipos de
fontes são mais confiáveis e quais têm o potencial de
prejudicar nosso entendimento da verdade.
Após pausar o vídeo, faça perguntas como as
seguintes a fim de ajudar os alunos a refletirem
sobre as diferenças entre fontes divinas, fontes con-
fiáveis e fontes não confiáveis ou mesmo destrutivas:
• Quais são as fontes mais puras em que podemos
buscar respostas?
• Como podemos discernir se uma fonte de infor-
mações é confiável ou não?
• O que vocês fazem quando se deparam com fon-
tes de informação que visam a destruir a fé?
Para demonstrar a importância de se usar fontes
confiáveis ao estudar a história da Igreja, peça aos
alunos que imaginem a seguinte situação: Você está
procurando mais informações sobre as três testemunhas
do Livro de Mórmon. Em sua busca, você encontra a
seguinte declaração de Stephen Burnett, contemporâneo
de Martin Harris, mas não sabe se é verdadeira ou falsa:
Refleti deliberadamente e por muito tempo
sobre a história desta igreja, pesando as evi-
dências a favor e contra ela. (…) Mas, quando
ouvi Martin Harris declarar publicamente que
nunca havia visto as placas com seus olhos
naturais, mas apenas em uma visão, ou em
sua imaginação, [nem] Oliver ou David (…),
o último pedestal ruiu (Stephen Burnett, em
Richard Lloyd Anderson, Investigating the Book
of Mormon Witnesses, 1981, p. 155).
• O que você pode fazer antes de decidir aceitar ou
não a declaração de Stephen Burnett a respeito
de Martin Harris?
Peça aos alunos que relatem o que aprenderam a
respeito da avaliação de fontes com a seção “Per-
guntas para a avaliação de fontes”, no material de
preparação.
Tendo em mente essas diretrizes para a avaliação de
fontes, forneça aos alunos uma folha com o “Con-
texto histórico da declaração de Stephen Burnett” e
peça a eles que (todos juntos ou em grupos peque-
nos) identifiquem informações que possam ajudá-los
29
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
a determinar a credibilidade da acusação feita por
Stephen Burnett de que Martin Harris não havia
visto as placas de ouro.
Contexto histórico da declaração de
Stephen Burnett
Stephen Burnett se uniu à Igreja em 1830 e foi
ordenado élder em 1831. Ele serviu missões
no leste dos Estados Unidos entre 1832 e 1834
(ver “Burnett, Stephen”, em The Joseph Smith
Papers, conteúdo provisório). Em 1838, ele dei-
xou a Igreja por pensar que se tratava de “um
grande palco de mentiras e engano”.
Apesar de conhecer Martin Harris pessoal-
mente, Burnett não estava entre as três ou
entre as oito testemunhas.
Em 1838, Burnett escreveu uma carta em que
afirmava que Martin Harris havia falado que
“nunca havia visto as placas com seus olhos
naturais, mas apenas em uma visão ou em sua
imaginação”. Burnett alegou que três outras
pessoas “corroboravam” seu relato. Esses três
também haviam deixado a Igreja.
Martin Harris enfaticamente rejeitou a maneira
como Burnett descreveu seu testemunho e con-
tinuou prestando testemunho da veracidade do
Livro de Mórmon durante toda a vida.
Contrastando com o relato de Burnett, o
“contrato de muitas entrevistas com Martin
Harris prova que sua intensa certeza nunca
variou desde sua visão do anjo e das placas em
1829 até o momento de sua morte em 1875”.
Em uma carta pessoal escrita em 1871, Harris
declarou: “Nenhum homem jamais me ouviu,
em qualquer circunstância, negar a veracidade
do Livro de Mórmon, da administração do anjo
30
que me mostrou as placas ou da organização
de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias” (Richard Lloyd Anderson, Investi-
gating the Book of Mormon Witnesses, 1981, pp.
107–120, 155–157).
Depois de dar tempo suficiente aos alunos
para debater sobre o material, faça as seguintes
perguntas:
• Que informações presentes nesta atividade põem
em dúvida a confiabilidade da declaração de
Stephen Burnett?
• Além de testar a credibilidade das fontes, de que
outras formas seria possível verificar se o testemu-
nho das três testemunhas é verdadeiro?
Peça aos alunos que compartilhem o que apren-
deram com essa experiência. Para encerrar a aula,
mostre o restante do vídeo “Domínio Doutrinário:
Fontes Divinamente Atribuídas” (do tempo 4:20 até
9:16) e compartilhe seu testemunho do valor de se
aplicar os princípios para se adquirir conhecimento
espiritual.
Para a próxima vez
Pergunte aos alunos se já tiveram dificuldades para
reconhecer quando o Senhor está falando com eles,
ou se já desejaram saber como melhorar sua capaci-
dade de receber revelação pessoal e orientação para
sua vida. Peça-lhes que estudem cuidadosamente
o material de preparação para a próxima aula a
respeito da doutrina da revelação e que venham
preparados para compartilhar com a classe o que
aprenderam.
LIÇÃO 4: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

A doutrina da revelação
Reflita sobre a seguinte declaração profética feita pelo presidente Russell M. Nelson: “Nos dias
que estão por vir, não será possível sobreviver espiritualmente sem a orientação, a direção, o
consolo e a influência constante do Espírito Santo. (…) Imploro para que aumentem sua
capacidade espiritual de receber revelações” (“Revelação para a Igreja, revelação para nossa
vida”, Liahona, maio de 2018, p. 96).

Ao estudar esse material, identifique verdades que possam ajudá-lo a aumentar sua capacidade
espiritual de receber e reconhecer a revelação.

SEÇÃO 1 No inverno de 1828 e 1829, um professor de 22

Como posso reconhecer quando
Deus está falando comigo?
anos de idade, chamado Oliver Cowdery, soube a
respeito do profeta Joseph Smith e das placas de
ouro enquanto estava hospedado com os pais de
Joseph em Palmyra, Nova York. Depois de orar a
sós para saber se o que havia ouvido era verdade,
Oliver sentiu uma convicção segura de paz. Ele
viajou até Harmony, Pensilvânia, onde conheceu o
profeta. Convencido de que a mensagem do evange-
lho restaurado era verdadeira, Oliver serviu como
escrevente de Joseph durante a tradução do Livro
de Mórmon. Pouco após Oliver começar a ajudar
com a tradução, o profeta recebeu revelações que
instruíam Oliver e abordavam seu desejo de tradu-
zir. As palavras do Senhor para Oliver, registradas

31
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

em Doutrina e Convênios 6:14–15, 22–23, ajudam- para educadores do Sistema Educacio-

nos a compreender melhor as maneiras pelas quais nal da Igreja, 11 de agosto de 1998, p. 4,
Ele fala conosco. ChurchofJesusChrist.org).

O élder Craig C. Christensen, dos setenta, tam-

bém ensinou:

Todos temos experiências pessoais com

Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 6:14–15, 22–23.
Quando Joseph recebeu essa revelação, “Oliver
ficou surpreso e imediatamente contou a Joseph
sobre a oração secreta que fizera e o testemunho
divino que havia recebido. Ninguém sabia sobre isso
a não ser Deus” (Santos: A História da Igreja de Jesus
Cristo nos Últimos Dias, Volume 1, O Estandarte da
Verdade, 1815–1846, 2018, p. 62).
Quando Oliver desejou traduzir trechos das placas,
o Senhor lhe ensinou mais sobre receber revelação.
o Espírito Santo, mesmo que nem sempre
as reconheçamos. Quando pensamentos
inspirados nos vêm à mente, sabemos
que eles são verdadeiros pelo sentimento
espiritual que nos entra no coração (Craig C.
­Christensen, “Um inexprimível dom de Deus”,
A Liahona, novembro de 2012, p. 14).
Talvez você se pergunte se um pensamento ou sen-
timento vem realmente de Deus. No vídeo “Padrões
de Luz: Discernir a Luz” (2:12), o élder David A.
Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, fala sobre
como podemos discernir o Espírito Santo de nossos
próprios pensamentos.

SEÇÃO 2

O que posso fazer para convidar

o espírito de revelação em
Estude em preparação para a aula minha vida?
Leia Doutrina e Convênios 8:2–4. Marque esses
versículos em suas escrituras.

Falando sobre como o Senhor Se comunica tanto

com nossa mente como com nosso coração pelo
poder do Espírito Santo, o élder Richard G. Scott,
do Quórum dos Doze Apóstolos, explicou uma
maneira pela qual isso pode acontecer:

A comunicação com o coração é uma impres-

são menos específica. O Senhor muitas vezes
começa dando-nos impressões. Quando
reconhecemos sua importância e obedece-
mos a elas, passamos a ser mais capazes de Às vezes, quando parece que a revelação que busca-
receber orientações mais detalhadas que
mos não vem, pode ser que nos sintamos frustrados.
nos vêm à mente (Richard G. Scott, “­Helping
Quando isso acontece, lembre-se da instrução do
Others to Be Spiritually Led”, discurso
Senhor para Oliver Cowdery quando ele se sentiu

32
 L iç ão 4: A dou trina da revelaç ão — M aterial para preparaç ão da aula
frustrado por ser incapaz de reconhecer a revelação
necessária para traduzir as placas (ver Santos, vol. 1,
pp. 61–64).
Estude em preparação para a aula
Leia o que o Senhor ensinou a Oliver conforme
registrado em Doutrina e Convênios 9:7–8.
O presidente Dallin H. Oaks, da Primeira Presidên-
cia, explicou um princípio que podemos aprender
com os ensinamentos do Senhor a Oliver Cowdery:
Receberemos as inspirações do Espírito
quando tivermos feito tudo o que podíamos,
quando estivermos sob o sol trabalhando,
em vez de ficar sentados na sombra orando
por orientação quanto ao primeiro passo a
se tomar. (…)
Por isso, fazemos tudo o que podemos.
Depois, esperamos a revelação do Senhor.
Ele tem Seu próprio tempo.
(…) O processo de sermos ensinados pelo
espírito não é algo passivo. A comunicação
do Senhor geralmente não chega até que
tenhamos estudado o assunto na mente. Só
depois recebemos a confirmação (Dallin H.
Oaks, “Em Seu próprio tempo, a Seu próprio
modo”, A Liahona, agosto de 2013, pp. 26–28).
Mesmo que você se prepare para receber revelação
por meio de sua dignidade e da fidelidade em suas
ações, as respostas do Senhor talvez não venham
imediatamente.
O élder Scott aconselhou:
O que você faz, depois de se preparar
cuidadosamente, orar com fervor, esperar
durante um período de tempo razoável por
uma resposta e, ainda assim, não a receber?
Talvez deva expressar gratidão quando isso
ocorre, porque é uma prova da confiança do
Pai em você. Quando você vive dignamente,
quando suas escolhas são consistentes com
os ensinamentos do Salvador, e uma ação
se torna necessária, proceda com confiança.
(…) Se você estiver vivendo dignamente e
agindo com confiança, Deus não deixará que
você vá muito longe, sem uma impressão de
advertência, se tiver tomado a decisão errada
(Richard G. Scott, “O dom celestial da oração”,
A Liahona, maio de 2007, p. 10).
Pondere e debata em preparação para
a aula
Em sua opinião, por que o Senhor espera que
você estude o assunto em sua mente ao buscar
revelação?
Se possível, converse com um amigo ou parente
sobre o que ele faz para convidar a revelação.
Você pode perguntar à pessoa como ela recebeu
revelação ao tomar grandes decisões. Venha
para a classe preparado para compartilhar algo
que aprendeu.
SEÇÃO 3
Como a revelação geralmente
é recebida?
Assista ao vídeo “Padrões de Luz: O Espírito de
Revelação” (3:04), ou estude a seguinte declaração
do élder Bednar:
Algumas revelações são recebidas imediata
e intensamente; outras são reconhecidas
gradual e sutilmente. (…)
Uma luz acendida em um quarto escuro
é como receber uma mensagem de Deus
rápida, completa e integralmente. Muitos de
nós já vivenciamos esse padrão de revelação
ao recebermos respostas a orações sinceras
33
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
ou proteção e orientação necessárias, de
acordo com a vontade de Deus e a Seu
tempo. (…) No entanto, esse padrão de reve-
lação tende a ser mais raro e incomum.
O aumento gradual de luz que irradia do Sol
nascente é como receber uma mensagem
de Deus “linha sobre linha, preceito sobre
preceito” (2 Néfi 28:30). Mais frequentemente,
a revelação vem em pequenos incrementos
ao longo do tempo e é dada de acordo com o
desejo, a dignidade e a preparação. (…) Esse
padrão de revelação tende a ser mais comum
do que raro. (…)
Outra experiência comum com a luz nos
ajuda a aprender outra verdade sobre o
padrão de revelação de “linha sobre linha,
preceito sobre preceito”. Às vezes, o sol
nasce em uma manhã nublada e nevoenta.
Devido às condições do tempo, é mais difícil
perceber a luz e identificar o momento pre-
ciso em que o sol surge acima do horizonte.
Mas, apesar de tudo, mesmo em uma manhã
como essa podemos ter luz suficiente para
reconhecer um novo dia e cuidar da vida.
Similarmente, muitas vezes recebemos reve-
lação sem reconhecer precisamente como
ou quando estamos recebendo revelação
(David A. Bednar, “O espírito de revelação”,
A L­ iahona, maio de 2011, pp. 88–89).
Pondere e anote suas impressões em
preparação para a aula
Pense nas ocasiões em que você recebeu
orientação e revelação. Reflita sobre o que você
aprendeu a respeito de receber revelação tanto
34
a partir de sua experiência pessoal quanto a par-
tir de seu estudo pessoal de hoje. Em seguida,
reserve alguns minutos para escrever, no diário
ou no espaço fornecido aqui, sobre como esses
princípios podem influenciar sua busca por res-
postas para as perguntas que tiver.



Quer saber mais? (Opcional)
Onde posso encontrar mais
informações sobre receber revelação?
No vídeo “Caminhos Errados” (3:57), o élder
Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos,
conta a história de quando ele e seu filho foram
inspirados a descer por um caminho que se mos-
trou errado.
No artigo “Em Seu próprio tempo, a Seu
próprio modo” (A Liahona, agosto de
2013, p. 24), o presidente Dallin H. Oaks,
da Primeira Presidência, ensina outros
princípios relativos ao recebimento de revelação.
Como posso reconhecer quando o
Espírito está falando comigo?
A irmã Linda K. Burton, ex-presidente
geral da Sociedade de Socorro, falou
sobre aprender a língua do Espírito
em seu discurso “Sintonizar o coração
com a voz do Espírito”, Devocional do SEI para
jovens adultos, 2 de março de 2014, broadcasts​​
.ChurchofJesusChrist​.org.
 L iç ão 4: A dou trina da revelaç ão — M aterial do professor

LIÇÃO 4: MATERIAL DO PROFESSOR

A doutrina da revelação
Nos primeiros dias da Restauração, o Senhor revelou a Joseph Smith, e a outras pessoas,
importantes verdades sobre a doutrina da revelação. O propósito desta lição é ajudar os alunos
a aumentar sua capacidade de receber revelação e de melhor reconhecer quando o Espírito
Santo está falando a eles.

Sugestões didáticas
O Senhor desvenda os princípios
da revelação a Joseph Smith e a
Oliver Cowdery.

MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Cultivar um ambiente de aprendizado em
que haja amor, respeito e propósito. Quando
os alunos sabem que são valorizados e res- • Que circunstâncias levaram Oliver Cowdery a
peitados pelo professor e pelos colegas, existe ajudar Joseph Smith na tradução do Livro de
uma probabilidade maior de irem às aulas Mórmon? (Incentive os alunos a recorrerem ao
prontos para aprender. A aceitação que os alu- que aprenderam na seção 1 do material de prepa-
nos sentem por parte dos demais colegas pode
ração se necessário.)
abrandar o coração, reduzir o medo e propiciar
o compartilhamento de experiências e senti- • De que forma a revelação influenciou Oliver a
mentos com a classe. decidir ajudar Joseph?

Relembre aos alunos que, em resposta ao desejo

Mostre a seguinte pergunta: Atualmente, você gostaria
de ter a orientação e a revelação do Pai Celestial para
resolver qual situação, decisão ou pergunta?
Peça aos alunos que meditem sobre essa pergunta
e anotem seus pensamentos. Após dar a eles tempo
suficiente, peça a alguns alunos que contem à classe
o que escreveram caso não seja muito pessoal.
que Oliver tinha de traduzir o Livro de Mórmon, o
Senhor ensinou a ele como receber revelação. Peça
a um aluno que leia Doutrina e Convênios 8:1–3 em
voz alta. Peça ao restante da classe que acompanhe e
identifique as verdades que Oliver precisava enten-
der a fim de receber revelação para traduzir.

Para ajudar os alunos a entenderem a relevân- MELHORAR O ENSINO E O

cia desta lição para sua vida, explique quais são
os resultados esperados conforme descritos na
introdução.
Mostre a seguinte imagem e pergunte:
APRENDIZADO
Identifique os princípios e a doutrina.
Quando os princípios e a doutrina são clara-
mente identificados, os alunos conseguem

35
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
enxergar a verdade de maneira simples e
relevante. Sempre que possível, incentive os
alunos a descobrir e compartilhar os princípios
e a doutrina que encontram naquilo que estão
estudando. Escrever ou exibir os princípios,
assim como pedir aos alunos que anotem as
verdades nas escrituras, vai ajudá-los a ponde-
rar mais profundamente e receber revelação
sobre como aplicá-los.
• Que verdades podemos aprender com esses
versículos sobre buscar e receber revelação?
(Os alunos podem identificar algumas verda-
des, inclusive a seguinte: O Senhor fala a nossa
mente e a nosso coração pelo poder do Espí-
rito Santo.)
• Com base em seu estudo e em suas experiências
pessoais, de que maneiras o Senhor fala a nossa
mente e a nosso coração? (Faça uma lista das
respostas dos alunos no quadro. Se necessário,
peça-lhes que revisem as escrituras e os comen-
tários que estudaram na seção 1 do material de
preparação.)
• Em sua opinião, por que o Senhor escolhe Se
comunicar conosco tanto por meio de nossa
mente quanto de nosso coração? (Incentive os
alunos a recorrerem ao que aprenderam e às
reflexões que fizeram durante seu estudo e sua
preparação pessoal.)
Explique-lhes que, quando Oliver tentou traduzir,
ele teve dificuldades para receber a revelação de que
necessitava para continuar. Joseph e Oliver então
perguntaram ao Senhor por que Oliver havia tido
dificuldades. Peça aos alunos que leiam Doutrina
e Convênios 9:7–9 em silêncio e identifiquem o
padrão que o Senhor ensinou a Oliver sobre o rece-
bimento de revelações.
• Que padrão o Senhor revelou a Oliver que pode
nos ajudar a receber e reconhecer revelações? (A
revelação em geral vem após estudarmos as ques-
tões e os assuntos em nossa mente, chegarmos a
36
uma conclusão e então perguntarmos a Deus se
nossa conclusão está certa.)
Explique que o presidente Dallin H. Oaks, da Pri-
meira Presidência, disse que o ardor no peito pode
significar “um sentimento de consolo e serenidade”
(“Ensinar e aprender pelo Espírito”, A Liahona, maio
de 1999, p. 22).
Peça aos alunos que compartilhem seus pensa-
mentos sobre as seguintes perguntas e os seguintes
convites feitos no material de preparação:
• Em sua opinião, por que o Senhor espera que
estudemos o assunto em nossa mente ao buscar
revelação?
• O que vocês já aprenderam com um membro da
família ou amigo a respeito de buscar e receber
revelação? O que vocês já aprenderam por expe-
riência própria a respeito de buscar e receber
revelação?
Nota: O propósito da atividade a seguir é dar aos
alunos tempo suficiente para refletir sobre o que
estão aprendendo e então colocar isso em prática.
Ajuste a lição conforme necessário a fim de dar
tempo suficiente para que os alunos ponderem,
escrevam, leiam ou orem.
Peça aos alunos que ponderem e escrevam por
alguns minutos a respeito do que aprenderam sobre
revelação, relacionando-o com os pensamentos
que registraram no começo da aula. Eles também
podem orar individualmente buscando orientação
a respeito do que escreveram. Você pode exibir
a seguinte declaração do presidente Russell M.
Nelson e pedir aos alunos que a leiam em silêncio
e identifiquem outras maneiras pelas quais podem
convidar a revelação.
Orem em nome de Jesus Cristo sobre suas
preocupações, seus medos, suas fraquezas
— sim, os anseios de seu coração. E então
escutem! Escrevam os pensamentos que
vierem à sua mente. Registrem seus senti-
mentos e prossigam de acordo com as ações
 L iç ão 4: A dou trina da revelaç ão — M aterial do professor
que forem inspirados a realizar. Ao repeti-
rem esse processo dia após dia, mês após
mês, ano após ano, crescerá “em [vocês] um
princípio de revelação” (Ensinamentos dos
Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p.
139). (…)
Eu os exorto que avancem além da sua habi-
lidade espiritual atual para receber revelação
pessoal. (…)
Nada abre os céus como a combinação do
aumento da pureza, da obediência exata,
da busca sincera, de se banquetear diaria-
mente com as palavras de Cristo no Livro
de Mórmon e de tempo regular dedicado
ao trabalho de templo e história da família
(Russell M. Nelson, “Revelação para a Igreja,
revelação para nossa vida”, Liahona, maio de
2018, pp. 95–96).
A Restauração do evangelho fornece um
modelo para o recebimento de revelação.
Saliente que os princípios de revelação aprendidos
por Joseph Smith e Oliver Cowdery foram revelados
a eles ao longo do tempo de acordo com as circuns-
tâncias que surgiam e as perguntas que faziam.
Isso ilustra uma verdade importante que o Senhor
ensinou em muitas das revelações.
Peça a três alunos que se revezem na leitura em voz
alta de Doutrina e Convênios 42:61; 50:24; 98:12.
Peça aos demais que acompanhem a leitura e identi-
fiquem o que esses versículos ensinam a respeito da
maneira como o Senhor revela Sua verdade e Sua
vontade a nós.
• Como vocês resumiriam uma verdade ensinada
nesses versículos a respeito do recebimento de
revelação do Senhor? (Usando as palavras dos
alunos, exiba ou escreva no quadro uma verdade
semelhante a esta: O Senhor revela a verdade
para nós “linha sobre linha, preceito sobre
preceito”.)
Relembre aos alunos que, na seção 3 do material
de preparação, eles aprenderam sobre os padrões
de recebimento de revelação, conforme ensinado
pelo élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze
Apóstolos. Peça aos alunos que compartilhem o que
chamou sua atenção. Você também pode perguntar
a eles como as analogias a respeito da revelação
podem nos ajudar a compreender melhor a verdade
exibida ou escrita no quadro.
• De que maneira o entendimento dessa ver-
dade pode ajudar alguém que acha que não
está recebendo respostas ou sendo orientado
pelo Senhor?
• Que experiência vocês já tiveram com respostas
ou orientação que vieram gradualmente com
o tempo?
Para encerrar, preste testemunho, ou pergunte se
algum aluno gostaria de testificar, a respeito das ver-
dades relacionadas à revelação que foram ensinadas
na aula.
Para a próxima vez
Pergunte aos alunos qual o maior milagre da Res-
tauração na opinião deles. Convide-os a estudarem
o material de preparação para a próxima lição, que
será sobre o surgimento do Livro de Mórmon, e a
refletirem sobre os milagres associados à preserva-
ção, à tradução e à publicação do Livro de Mórmon.
37
LIÇÃO 5: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

O surgimento do Livro de Mórmon

Antes de Morôni esconder o registro nefita, ele profetizou seu surgimento nos últimos dias:
“Ninguém terá poder para trazê-lo à luz, a não ser que lhe seja dado por Deus” (Mórmon 8:15).
Pondere sobre por que o Pai Celestial escolheu um jovem sem instrução, criado numa fazenda,
para traduzir e publicar um dos livros mais influentes de nossa época.

SEÇÃO 1 Um anjo ministrou a Joseph Smith e

Como Joseph Smith trouxe à luz revelou a ele a respeito do antigo registro.
o Livro de Mórmon pelo poder Na noite de 21 de setembro de 1823, o anjo Morôni
apareceu a Joseph Smith e disse a ele que Deus
de Deus? tinha uma obra a ser executada por ele (ver Joseph
Diversos milagres ocorreram como parte do surgi- Smith—História 1:33).
mento do Livro de Mórmon, evidenciando que foi
traduzido pelo poder de Deus (ver Santos: A História
da Igreja de Jesus Cristo nos Últimos Dias, Volume 1,
O Estandarte da Verdade, 1815–1846, 2018, pp. 21–30,
39–64).
Estude em preparação para a aula
Leia Joseph Smith—História 1:34–35.

38
 L iç ão 5: O surgimento do L ivro de Mó rmon — M aterial para preparaç ão da aula

livro como o Livro de Mórmon. E, apesar de minha

participação ativa nos fatos ocorridos, de minha
presença durante a tradução das placas (…), essas
coisas são ‘uma obra maravilhosa e um assombro’
que me deixam tão surpresa quanto qualquer outra
pessoa. (…) O Livro de Mórmon possui autentici-
dade divina, não tenho a menor dúvida disso (“Last
Testimony of Sister Emma”, The Saints’ Herald, 1º de
outubro de 1879, p. 290).

Joseph Smith completou a tradução em um

período de tempo excepcionalmente curto.
Estima-se que Joseph Smith tenha completado em
“65 dias úteis ou menos” a tradução desse “livro
que, na edição inglesa atual, contém 531 páginas.
Isso dá uma média de oito páginas por dia. Pensem
nisso quando traduzirem um livro ou quando forem
preparar seu próprio calendário de leitura do Livro
de Mórmon” (Russell M. Nelson, “A Treasured Tes-
tament”, Ensign, julho de 1993, pp. 61–62).

Joseph Smith traduziu sem o auxílio de

anotações e sem revisar o manuscrito.
Joseph Smith traduziu o livro embora fosse
jovem e tivesse pouca instrução.
Joseph Smith tinha 17 anos quando o anjo Morôni
o visitou pela primeira vez e mostrou a ele as placas
de ouro. Dos 18 aos 21 anos, Morôni o visitou uma
vez por ano e deu a ele “instruções e conhecimento”
( Joseph Smith—História 1:54). Aos 21 anos, Joseph
recebeu permissão para pegar as placas a fim de
que fossem traduzidas. Aos 22 anos, ele traduziu
parte das placas, tendo Martin Harris como seu
escrevente. (Esse manuscrito tinha 116 páginas, mas
foi perdido e não foi traduzido novamente.) Aos
23 anos, Joseph completou o restante da tradução,
tendo Oliver Cowdery e outros como escreventes.

Emma Smith, esposa do profeta Joseph Smith, Emma descreveu o processo de tradução a seu filho,
explicou: “[Naquela época], Joseph Smith (…) não Joseph Smith III, pouco antes de falecer em 1879:
era capaz nem de escrever, nem de ditar uma carta Creio que a Igreja foi estabelecida por orientação
coerente e bem escrita, muito menos de ditar um divina. Tenho plena convicção nisso. (…)

39
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
[Joseph] não tinha nenhum manuscrito ou
livro com ele [enquanto traduzia]. (…)
Se ele tivesse algo assim, não poderia tê-lo
escondido de mim. (…)
As placas sempre estavam sobre a mesa
sem qualquer tentativa de dissimulação,
envolvidas em uma pequena toalha de mesa
de linho que dei a ele para cobri-las. Certa
vez, apalpei as placas quando estavam sobre
a mesa, sentindo seu contorno e formato.
Pareciam maleáveis como papelão e farfa-
lhavam com um som metálico ao se passar
o polegar pelas bordas, como se faz com as
páginas de um livro. (…)
Estou convencida de que nenhum homem
poderia ter ditado o conteúdo dos manus-
critos a não ser por inspiração, pois, quando
lhe servi de escrevente, seu pai ditava para
mim por horas a fio e, ao voltar das refeições
ou de outras interrupções, ele retomava o
trabalho exatamente onde parara, sem nem
sequer olhar o manuscrito ou pedir que lhe
lesse trecho algum. Era comum que fizesse
isso. Seria improvável que uma pessoa ins-
truída conseguisse fazer isso e, para alguém
tão ignorante e inculto como ele, seria sim-
plesmente impossível (Emma Smith, em “Last
Testimony of Sister Emma”, Saints’ Herald, 1º
de outubro de 1879, pp. 289–290).
Joseph Smith recebeu instrumentos que o
ajudaram a traduzir.
Joseph não traduziu o Livro de Mórmon da maneira
tradicional. Ele não conhecia a língua original das
placas para que pudesse traduzi-la para a língua
inglesa. Em vez disso, ele verteu o texto de um
idioma para o outro por meio de revelação — “pelo
dom e poder de Deus” (Doutrina e Convênios
135:3).
Joseph e seus escreventes escreveram a partir de
dois instrumentos usados na tradução do Livro
de Mórmon. Um instrumento, chamado no Livro
40
de Mórmon de “intérpretes” (Mosias 8:13), é mais
conhecido dos santos dos últimos dias, hoje, como
o “Urim e Tumim” ( Joseph Smith—História 1:35).
Oliver Cowdery declarou que, olhando através do
Urim e Tumim, Joseph conseguia ler em inglês os
caracteres do egípcio reformado gravados nas placas
(“A tradução do Livro de Mórmon”, Tópicos do
evangelho, topics​.ChurchofJesusChrist​.org).
Alguns relatos posteriores indicam que Joseph às
vezes usava outro instrumento para traduzir o Livro
de Mórmon. Esse objeto era uma pequena pedra
oval, conhecida como pedra de vidente, que Joseph
descobriu muitos anos antes de obter as placas de
ouro. Esses relatos indicam que Joseph usava ora
os intérpretes, ora a pedra de vidente dentro de
um chapéu para bloquear a luz, permitindo assim
que ele visse melhor as palavras que apareciam
nesse objeto (ver “A tradução do Livro de Mór-
mon”, topics​.ChurchofJesusChrist​.org; ver também
Richard E. Turley Jr., Robin S. Jensen e Mark
Ashurst-McGee, “Joseph, o vidente”, A Liahona,
outubro de 2015, p. 10).
Mais de um ano após a publicação do Livro de
Mórmon, pediram a Joseph em uma reunião que
relatasse alguns detalhes sobre o surgimento do
Livro de Mórmon. A ata da reunião afirma que
Joseph respondeu que “não havia necessidade de
contar ao mundo todas as particularidades de como
o Livro de Mórmon veio à luz” e que “não era con-
veniente que ele relatasse essas coisas” (“­Minutes,
Oct. 25–26, 1831”, em Minute Book 2, p. 13,
­josephsmithpapers.org).
O élder Neal A. Maxwell, do Quórum dos Doze
Apóstolos, explicou:
É compreensível que muitos que leem o Livro
de Mórmon tenham o desejo de saber mais
sobre como ele veio à luz, inclusive como
realmente foi o processo de tradução. (…) O
que realmente sabemos sobre o surgimento
do Livro de Mórmon é adequado, porém não
é abrangente. (…)
 L iç ão 5: O surgimento do L ivro de Mó rmon — M aterial para preparaç ão da aula
Talvez (…) os detalhes da tradução estejam
retidos porque nos é requerido que nos
aprofundemos na essência do livro em vez de
nos preocuparmos com o processo pelo qual
ele foi recebido (Neal A. Maxwell, “By the Gift
and Power of God”, Ensign, janeiro de 1997,
pp. 39, 41).
Pondere em preparação para a aula
Por que vocês acham que devemos nos preo-
cupar mais com “a essência do livro” do que
“com o processo pelo qual ele foi recebido”?
SEÇÃO 2
De que forma os depoimentos
das testemunhas do Livro de
Mórmon fornecem maiores
evidências de sua veracidade?
Durante a tradução do Livro de Mórmon, Joseph
Smith e Oliver Cowdery ficaram sabendo que o
Senhor iria mostrar as placas a três testemunhas
especiais (ver Éter 5:2–4). Oliver, David Whitmer
e Martin Harris “foram movidos por um desejo
inspirado de serem as três testemunhas especiais”
(Doutrina e Convênios 17, cabeçalho da seção).
Em junho de 1829, as placas foram mostradas a
Oliver, David e Martin de forma milagrosa. Eles
testificaram que “um anjo de Deus desceu dos céus,
trouxe-as e colocou-as diante dos nossos olhos, de
maneira que vimos as placas e as gravações nelas
feitas” (“Depoimento de três testemunhas”, Livro
de Mórmon).
Imediatamente após as três testemunhas terem
aquela experiência com o anjo, Joseph Smith voltou
para a casa da família Whitmer e disse a seus pais:
“Pai, mãe: vocês não têm ideia do [quanto] estou
feliz. O Senhor fez com que as placas fossem mos-
tradas a três outros além de mim — eles viram um
anjo que prestou testemunho a eles; e agora terão
de prestar testemunho da veracidade daquilo que eu
disse; pois agora eles sabem por si mesmos que não
tenho o propósito de enganar as pessoas. E me sinto
como que aliviado de um fardo, que era quase [insu-
portável] de carregar. Meu coração se regozija, pois
não estou mais completamente sozinho no mundo”
(“Lucy Mack Smith, History, 1845”, pp. 153–154,
josephsmithpapers.org).
Posteriormente, Joseph mostrou as placas para
outras oito testemunhas. Elas declararam: “Manu-
seamos [as placas]; e (…) vimos as gravações
que elas contêm, (…) e sabemos com certeza que
[ Joseph Smith] possui as placas de que falamos”
(“Depoimento de oito testemunhas”, O Livro
de Mórmon).
Embora tenham tido divergências com
Joseph Smith e se afastado individualmente
da Igreja ([Oliver] Cowdery e [Martin] Harris
retornaram posteriormente), as três testemu-
nhas continuaram a afirmar seu depoimento
por toda a vida. Da mesma forma, apesar de
alguns também terem se afastado da Igreja,
cada uma das oito testemunhas reafirmou
o depoimento de que havia examinado as
placas. O peso combinado desses diversos
depoimentos — feitos ao longo dos anos a
despeito da mudança de atitude daqueles
homens em relação a Joseph e à Igreja — é
41
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

um vigoroso testemunho de que os depoi-

Quer saber mais? (Opcional)
mentos publicados no Livro de Mórmon
são confiáveis (“Testemunhas do Livro de
Mórmon”, Tópicos da história da Igreja, O que mais sabemos a respeito do
ChurchofJesusChrist.org). surgimento do Livro de Mórmon?
• O artigo “A tradução do Livro de Mórmon”,
disponível em ChurchofJesusChrist.org, contém
os detalhes conhecidos acerca da experiên-
cia de Joseph Smith com a tradução do Livro
de Mórmon.
Anote suas impressões
• O artigo “Joseph, o vidente” (A Liahona, outu-
Anote as experiências que o ajudaram a saber bro de 2015, p. 10) esclarece como Joseph
que o Livro de Mórmon é verdadeiro. Se desejar, Smith cumpriu seu papel de tradutor do Livro
você terá a oportunidade de compartilhar seu de Mórmon.
testemunho durante a aula.
• Mais informações sobre as contribuições de

Martin Harris para o surgimento do Livro de

Mórmon, incluindo as visitas que fez a professo-

res acadêmicos para falar sobre os caracteres
gravados nas placas de ouro, podem ser encon-
tradas em “As contribuições de Martin Harris”, de
Matthew McBride (Revelações em Contexto, 2016,
ChurchofJesusChrist.org).

42
 L iç ão 5: O surgimento do L ivro de Mó rmon — M aterial do professor

LIÇÃO 5: MATERIAL DO PROFESSOR

O surgimento do Livro de Mórmon

O surgimento do Livro de Mórmon ocorreu de forma milagrosa. Esta lição vai ajudar os alunos
a melhor compreender como o Livro de Mórmon foi traduzido “pelo dom e poder de Deus”
(Doutrina e Convênios 135:3). Eles também vão refletir sobre a veracidade do Livro de Mór-
mon e terão a oportunidade de compartilhar seu testemunho.

Sugestões didáticas

MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Ensinar para a conversão. O presidente
Henry B. Eyring ensinou: “Temos que levantar os
olhos. Temos que perseverar em nossas metas
de sempre: matrículas, frequência regular,
formatura, conhecimento das escrituras e na
experiência de sentir o Espírito Santo confirmar
a verdade. Além disso, precisamos ter como
meta a missão e o templo. Mas os alunos pre-
cisam de mais durante o tempo em que estão
conosco. (…)
É preciso que o evangelho puro de Jesus Cristo
seja plantado profundamente no coração dos
alunos pelo poder do Espírito Santo. (…) Nossa
meta deve ser que eles verdadeiramente se
convertam ao evangelho restaurado de Jesus
Cristo enquanto estão conosco” (“We Must Raise
Our Sights”, Conferência do SEI sobre o Livro de
Mórmon, 14 de agosto de 2001, p. 2).
Peça aos alunos que descrevam o que sabem sobre
o que está acontecendo na gravura. Você também
O Livro de Mórmon surgiu “pelo dom e pode perguntar se eles acham que Morôni imagi-
poder de Deus”. nava o impacto que aquele registro teria sobre as
futuras gerações.
Mostre uma gravura de Morôni enterrando
as placas. Peça aos alunos que leiam Mórmon 8:12–16 e iden-
tifiquem o que Morôni ensinou sobre o surgimento
do Livro de Mórmon.

43
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
• O que Morôni quis esclarecer acerca do surgi-
mento do Livro de Mórmon?
Exiba a seguinte declaração feita por Joseph Smith,
que ele com frequência repetia quando lhe pergun-
tavam a respeito da tradução do Livro de Mórmon:
Traduzi o Livro de Mórmon pelo dom e
poder de Deus (Joseph Smith, em James
Palmer, Diário, p. 75, Biblioteca de História da
Igreja, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias, Salt Lake City, Utah; utilização
de maiúsculas atualizada).
Peça aos alunos que compartilhem o que aprende-
ram com o material de preparação sobre o surgi-
mento do Livro de Mórmon “pelo dom e poder de
Deus”. (Se necessário, peça aos alunos que revisem
rapidamente a seção 1 do material de preparação.)
Você também pode pedir que eles façam perguntas
que tiveram ao estudar sobre a tradução do Livro
de Mórmon.
Peça-lhes que revisem o que aprenderam com as
declarações feitas por Joseph Smith e pelo élder
Neal A. Maxwell no fim da seção 1 do material de
preparação. (Você pode pedir a um aluno que leia as
citações em voz alta.)
• Por que vocês acham que devemos nos preocupar
mais com “a essência do livro” do que “com o
processo pelo qual ele foi recebido”?
Deus promete que todos podem receber
um testemunho confirmador do Livro
de Mórmon.
Pergunte aos alunos quantos gostariam de ver as
placas de ouro e por quê.
• Por que vocês acham que o Senhor não atesta a
autenticidade do Livro de Mórmon permitindo
que as placas e outros objetos sejam mostrados
ao mundo?
44
Peça aos alunos que leiam Doutrina e Convênios
5:3, 6–7 e identifiquem por que Joseph não mostrou
as placas àqueles que queriam uma prova. Deixe os
alunos explicarem o que esses versículos ensinam.
Explique que essa revelação foi dada a Joseph
após Martin Harris pedir um testemunho de que
Joseph possuía as placas. Martin era amigo de
Joseph e poderia financiar a publicação do Livro
de Mórmon após o término da tradução. A esposa
de Martin, Lucy, apresentou uma denúncia ao juiz
local, acusando Joseph de enganar seu marido e
outras pessoas a fim de obter lucro. Em março de
1829, Martin foi a Harmony, Pensilvânia, para pedir
a Joseph que lhe desse uma prova de que as placas
existiam.
Peça aos alunos que leiam Doutrina e Convênios
5:11–15 e identifiquem uma maneira pela qual o
Senhor estabeleceria a veracidade do registro do
Livro de Mórmon. Peça-lhes que expliquem o que
aprenderam com esses versículos.
Explique que o Senhor revelou que Martin Har-
ris poderia ser uma das três testemunhas caso se
prostrasse e se humilhasse “em fervorosa oração e
fé” (Doutrina e Convênios 5:24). Três meses depois,
Joseph convidou Martin Harris a buscar o testemu-
nho especial prometido pelo Senhor, com Oliver
Cowdery e David Whitmer.
Mostre a ilustração de Joseph Smith e as três
testemunhas que está no material de preparação
e peça à classe que relate o que aconteceu quando
aqueles homens oraram e buscaram um testemunho
das placas.
• Como Joseph se sentiu quando as três testemu-
nhas viram as placas? (Se necessário, os alunos
podem revisar o relato de Lucy Mack Smith no
material de preparação.)
 L iç ão 5: O surgimento do L ivro de Mó rmon — M aterial do professor
• De que forma o testemunho das três testemunhas
é fortalecido pelo fato de que elas nunca negaram
suas palavras mesmo quando todas se afastaram
do profeta e da Igreja?
Peça aos alunos que leiam Doutrina e Convênios
5:15–16 e Morôni 10:3–5, e identifiquem como todas
as pessoas podem obter um testemunho da veraci-
dade do Livro de Mórmon. À medida que os alunos
explicam o que aprenderam com essas passagens,
ajude-os a identificar um princípio semelhante a
este: O Senhor vai manifestar a veracidade do
Livro de Mórmon por meio do Espírito Santo a
todos os que buscarem um testemunho.
• De que maneira um testemunho do Espírito
Santo se compara a uma evidência palpável, tal
como ver as placas ou ter um conhecimento per-
feito de todos os detalhes a respeito da tradução
do Livro de Mórmon?
Peça a um aluno que leia em voz alta a seguinte his-
tória contada pelo irmão Tad R. Callister, ex-presi-
dente geral da Escola Dominical:
Um bom e brilhante amigo meu deixou a
Igreja por um tempo. Recentemente ele me
escreveu sobre seu retorno: “Inicialmente, eu
queria a prova histórica, geográfica, linguís-
tica e cultural do Livro de Mórmon. Mas,
quando voltei minha atenção para os ensina-
mentos sobre o evangelho de Jesus Cristo e
Sua missão redentora, comecei a ganhar um
testemunho de sua veracidade. Enquanto lia
o Livro de Mórmon um dia no meu quarto,
fiz uma pausa, ajoelhei-me e ofereci uma
oração sincera. Senti claramente o Pai Celes-
tial sussurrar ao meu espírito que a Igreja
e o Livro de Mórmon eram definitivamente
verdadeiros. O período de três anos e meio
em que estive estudando novamente a Igreja
levou-me de forma completamente sincera e
inquestionável à sua veracidade”.
Se alguém parar para, humildemente, ler e
refletir sobre o Livro de Mórmon, como fez
meu amigo, e der ouvidos aos doces frutos
do Espírito, receberá o testemunho desejado.
O Livro de Mórmon é uma das maiores
dádivas de Deus para nós (Tad R. Callister,
“A poderosa testemunha de Deus: O Livro
de Mórmon”, A Liahona, novembro de 2017,
p. 109).
• Que experiências os ajudaram a saber que o
Livro de Mórmon é verdadeiro? (Dê aos alunos a
oportunidade de compartilhar o que registraram
no material de preparação, no fim da seção 2.)
Encerre prestando seu testemunho de que, apesar
de não termos visto as placas de ouro ou de não ter-
mos presenciado a tradução do Livro de Mórmon,
podemos lê-lo, estudá-lo e obter um testemunho
espiritual por nós mesmos de que ele é de fato a
palavra de Deus.
Para a próxima vez
Peça aos alunos que reflitam sobre por que os críti-
cos da Igreja do Senhor atacam o Livro de Mórmon
com tanta agressividade. Incentive-os a estudar o
material de preparação para a próxima aula, ten-
tando identificar maneiras de aumentar sua capaci-
dade de defender o Livro de Mórmon.
45
LIÇÃO 6: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

O Livro de Mórmon: A pedra angular de

nossa religião
Qual é seu testemunho do Livro de Mórmon? O que você pode fazer para continuar a
­fortalecê-lo? Ao estudar o material a seguir, você deve melhorar sua capacidade de explicar
por que o Livro de Mórmon é a pedra angular de nossa religião e de nosso testemunho.

SEÇÃO 1 vender a fazenda, Parley e sua esposa, Thankful, via-

Que evidências há da veracidade
e da importância do Livro
de Mórmon?
Pouco após a publicação do Livro de Mórmon,
em março de 1830, o Senhor ordenou a Joseph que
organizasse a Igreja restaurada de Jesus Cristo. Os
missionários começaram a vender cópias do Livro
de Mórmon durante suas viagens. O livro começou
a desempenhar um papel significativo na conversão
de pessoas à Igreja.
No mesmo ano em que o Livro de Mórmon foi
publicado, um jovem chamado Parley P. Pratt se
sentiu inspirado a vender sua fazenda em Ohio a
fim de se tornar um pregador da Bíblia. Pouco após
jaram para o Leste. Ao se aproximarem de Palmyra,
Nova York, Parley se sentiu inspirado a descer do
barco. Ele desembarcou, enquanto Thankful pros-
seguiu a viagem. Parley caminhou 15 quilômetros,
até chegar na casa de um diácono batista. O diácono
falou a ele sobre um livro que havia adquirido, o
qual havia sido traduzido de placas de ouro. Poste-
riormente, Parley registrou o seguinte:
Abri [o Livro de Mórmon] com ansiedade e li
sua página de rosto. Então li o testemunho
de várias pessoas em relação à maneira
como foi encontrado e traduzido. Após isso
comecei a ler seu conteúdo. Li o dia inteiro;
comer era um fardo, não tinha o menor
apetite; à noite, dormir era um sacrifício, pois
preferia ler.

46
 L iç ão 6: O L ivro de Mó rmon: A pedra angular de nossa religi ão — M aterial para preparaç ão da aula
Enquanto lia, o Espírito do Senhor estava
sobre mim, e soube e compreendi que o livro
era verdadeiro, tão clara e manifestamente
quanto um homem compreende e sabe que
está vivo (Autobiography of Parley P. Pratt, ed.
por Parley P. Pratt Jr., 1938, p. 37).
Desde o início da Igreja, milhões de pessoas já
aprenderam aquilo que o Espírito Santo ensinou
a Parley naquela noite: que o Livro de Mórmon é
verdadeiro. Ele contém a palavra de Deus.
Em junho de 1829, quando Joseph Smith finalizou
a tradução do Livro de Mórmon, o próprio Senhor
prestou testemunho de sua veracidade.
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 17:6.
Posteriormente, o Senhor reafirmou a veracidade do
Livro de Mórmon e explicou por que o trouxe à luz.
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 20:8–12, 14.
Anos mais tarde, em um domingo de 1841, o
profeta Joseph Smith passou o dia em conselho
com os Doze Apóstolos, na residência do presi-
dente Brigham Young, que servia como presidente
daquele quórum. Ao falar a eles sobre vários
assuntos, Joseph declarou a importância do Livro
de Mórmon:
Eu disse aos irmãos que o Livro de Mórmon
era o mais correto de todos os livros da Terra
e a pedra angular de nossa religião, e que um
homem poderia aproximar-se mais de Deus
seguindo seus preceitos do que os de qual-
quer outro livro (Ensinamentos dos Presidentes
da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 68).
Estude as seguintes seções para aprender mais a res-
peito dessas verdades ensinadas pelo profeta Joseph.
SEÇÃO 2
O que significa dizer que o Livro
de Mórmon é o mais correto de
todos os livros da Terra?
O élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze
Apóstolos, ensinou:
O Livro de Mórmon é o mais correto de todos
os livros do mundo porque se centraliza na
verdade (ver João 14:6; 1 Néfi 13:40), sim, em
Jesus Cristo, e restaura as coisas simples e
preciosas que foram tiradas do evangelho
verdadeiro (ver 1 Néfi 13:26, 28–29, 32, 34–35,
40). A combinação especial desses dois fato-
res — o enfoque no Salvador e a clareza dos
ensinamentos — promove o recebimento do
vigoroso testemunho do terceiro membro da
Trindade, o Espírito Santo. Por isso, o Livro
47
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
de Mórmon fala ao espírito e ao coração do
leitor como nenhum outro livro de escrituras
(David A. Bednar, “Vigiar com toda a perseve-
rança”, A Liahona, maio de 2010, p. 41).
Pondere em preparação para a aula
Que verdades ensinadas no Livro de Mórmon
fortaleceram sua fé em Jesus Cristo e em Seu
evangelho restaurado?
SEÇÃO 3
De que modo o Livro de
Mórmon é a pedra angular de
nossa religião?
Quando um arco é erigido, os dois lados são
construídos com apoios externos que os sustêm. O
espaço no topo do arco é medido cuidadosamente e
a pedra angular é cortada para caber perfeitamente.
Quando a pedra angular é colocada no lugar, a
pressão das outras pedras recai sobre ela, e o arco
fica firme em seu lugar, sem apoios.
48
Pedra
angular
O presidente Ezra Taft Benson explicou como
o Livro de Mórmon é a pedra angular de nossa
religião:
O Livro de Mórmon é a pedra angular de
nossa religião em três aspectos. É a pedra
fundamental de nosso testemunho de Cristo.
É a pedra fundamental de nossa doutrina. É a
pedra angular do testemunho.
O Livro de Mórmon é a pedra angular de nosso
testemunho de Cristo. (…) Boa parte do mundo
cristão hoje rejeita a divindade do Salvador.
Eles questionam Seu nascimento miraculoso,
Sua vida perfeita e a realidade de Sua Ressur-
reição gloriosa. O Livro de Mórmon ensina de
modo simples e inequívoco sobre a veraci-
dade de todos esses fatos. Também contém
a explicação mais completa da doutrina da
Expiação. (…)
 L iç ão 6: O L ivro de Mó rmon: A pedra angular de nossa religi ão — M aterial para preparaç ão da aula
O Livro de Mórmon também é a pedra angular
da doutrina da ressurreição. (…) O Livro de
Mórmon tem muito a oferecer para aprofun-
dar nosso entendimento das doutrinas de
salvação. Sem ele, muito do que é explanado
em outras escrituras não seria, de modo
algum, tão claro e precioso. (…)
O Livro de Mórmon é a pedra angular do teste-
munho. Assim como as paredes desmoronam
se a pedra angular for removida, também
toda a Igreja permanece de pé ou vem abaixo
em função da veracidade do Livro de Mór-
mon. (…) Se o Livro de Mórmon é verdadeiro
(…) então se deve aceitar o que prega a
Restauração e tudo o que a acompanha (Ezra
Taft Benson, “O Livro de Mórmon — Pedra
angular de nossa religião”, A Liahona, janeiro
de 1987, p. 4, grifo do autor).
Pondere em preparação para a aula
De que maneiras a Igreja permanece de pé
ou não em função da veracidade do Livro de
Mórmon? De que modo o Livro de Mórmon é a
pedra angular de seu testemunho pessoal?
SEÇÃO 4
De que maneiras o Livro de
Mórmon nos ajuda a nos
aproximarmos de Deus?
Você pode marcar palavras ou frases nas declarações
a seguir que ensinem como o Livro de Mórmon
abençoa nossa vida e nos ajuda a nos aproximarmos
de Deus.
O presidente Benson ensinou:
Existe um poder no [Livro de Mórmon] que
começa a fluir para nossa vida no momento
em que iniciamos um estudo sério de seu
conteúdo. Vocês descobrirão um maior
poder para resistir à tentação. Encontrarão
mais poder para evitar as dissimulações.
Encontrarão forças para permanecer no
caminho estreito e apertado. As escrituras
são chamadas de “palavras de vida” (Dou-
trina e Convênios 84:85) e em nenhum lugar
isso é mais verdadeiro do que no Livro de
Mórmon. Ao começarem a ter fome e sede
dessas palavras, acharão vida cada vez mais
em abundância (Ezra Taft Benson, “O Livro de
Mórmon — Pedra angular de nossa religião”,
p. 6).
O presidente Henry B. Eyring, da Primeira Presi-
dência, também testificou:
O efeito do Livro de Mórmon em seu cará-
ter, em seu poder e em sua coragem de ser
testemunhas de Deus é garantido. A dou-
trina e os valorosos exemplos que lemos
nesse livro vão elevá-los, guiá-los e torná-los
corajosos. (…) O estudo fervoroso do Livro de
Mórmon edifica a fé em Deus, o Pai, em Seu
49
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
Filho Amado e em Seu evangelho. Ele edifica
a fé que vocês têm nos profetas de Deus,
antigos e modernos. Ele pode levá-los para
mais perto de Deus do que qualquer outro
livro. Ele pode mudar sua vida para melhor.
(…) Peço que se banqueteiem profunda e
frequentemente em suas páginas (Henry B.
Eyring, “Testemunha”, A Liahona, novembro
de 2011, pp. 69–71).
E o presidente Russell M. Nelson prometeu:
Prometo que, ao estudarem o Livro de
Mórmon em espírito de oração todos os dias,
vocês tomarão melhores decisões — todos
os dias. Prometo que, ao ponderarem sobre
o que estudarem, as janelas do céu se abri-
rão e vocês receberão respostas para suas
próprias perguntas e orientação para sua
própria vida. Prometo que, ao se aprofunda-
rem diariamente no Livro de Mórmon, vocês
serão imunizados contra os males diários,
mesmo contra a sedutora praga da porno-
grafia e contra outros vícios que entorpecem
a mente (Russell M. Nelson, “Como seria sua
vida sem o Livro de Mórmon?”, A Liahona,
novembro de 2017, p. 62).
50
Anote suas impressões
De que maneiras você se aproximou de Deus ao
estudar e viver os ensinamentos encontrados
no Livro de Mórmon? Quais escrituras do Livro
de Mórmon o ajudaram a se tornar mais seme-
lhante a Cristo? Escreva suas respostas para
essas perguntas no espaço fornecido. Venha
para a aula preparado para compartilhar suas
impressões.



Quer saber mais? (Opcional)
Como seria sua vida sem o Livro
de Mórmon?
No discurso “Como seria sua vida sem
o Livro de Mórmon?” (A Liahona, novem-
bro de 2017, p. 60), o presidente Nelson
responde a perguntas sobre o Livro
de Mórmon.
Por que o Livro de Mórmon é tão
essencial se já temos a Bíblia para nos
ensinar sobre Jesus Cristo?
O irmão Tad R. Callister, ex-presidente
geral da Escola Dominical, fala sobre
as críticas a respeito do Livro de Mór-
mon e reafirma seu lugar como a mais
poderosa testemunha de Deus, de Jesus Cristo e da
veracidade da Igreja. Leia “A poderosa testemunha
de Deus: O Livro de Mórmon” (A Liahona, novembro
de 2017, p. 107).
 L iç ão 6: O L ivro de Mó rmon: A pedra angular de nossa religi ão — M aterial do professor
LIÇÃO 6: MATERIAL DO PROFESSOR
O Livro de Mórmon: A pedra angular de
nossa religião
O profeta Joseph Smith declarou que o Livro de Mórmon é a “pedra fundamental de nossa reli-
gião” (Introdução do Livro de Mórmon). O propósito desta lição é ajudar os alunos a explicar
por que o Livro de Mórmon é a pedra fundamental de nossa religião e fortalecer sua capaci-
dade de responder a críticas feitas contra ele.
Sugestões didáticas
MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Concentre-se nos alunos. Ao ensinar, lem-
bre-se de manter o foco nas necessidades
individuais dos alunos. Tenha o cuidado de não
colocar o material da lição acima dos alunos na
sala de aula. Avalie frequentemente o engaja-
mento dos alunos e seja flexível nos debates
para atender às necessidades deles.
O Livro de Mórmon é fundamental para a
Igreja de Deus e para nosso testemunho.
Comece a aula exibindo um exemplar do Livro de
Mórmon e apresentando o seguinte tópico para um
breve debate:
Muitos dos ataques feitos por críticos da Igreja têm como
alvo o Livro de Mórmon. Em sua opinião, por que isso
acontece?
Peça aos alunos que abram na introdução do Livro
de Mórmon. Explique que, no domingo, 28 de
novembro de 1841, o profeta Joseph Smith passou
o dia em conselho com os Doze Apóstolos na casa
de Brigham Young, presidente daquele quórum (ver
History, 1838–1856, História manuscrita da Igreja,
volume C-1, p. 1255, josephsmithpapers.org). Peça a
um aluno que leia em voz alta o sexto parágrafo da
introdução do Livro de Mórmon para encontrar o
que Joseph disse aos apóstolos. Peça aos alunos que
marquem as verdades que Joseph ensinou.
• Alguém gostaria de compartilhar um testemunho
ou um pensamento a respeito desses ensinamen-
tos? (Nota: À medida que os alunos responderem,
use as seguintes sugestões didáticas para ajudá-
los a entender as verdades ensinadas por Joseph
aos Doze.)
O Livro de Mórmon é o mais correto de
todos os livros da Terra.
Se necessário, use as informações que se encontram
na seção 2 do material de preparação para ajudar os
alunos a entender a frase “o Livro de Mórmon era o
mais correto de todos os livros da Terra”.
Você também pode explicar que a declaração de
Joseph Smith não significa que as edições impressas
do Livro de Mórmon não continham erros. Desde
1829, foram feitas correções em todas as edições do
Livro de Mórmon. Tais revisões visavam a efetuar
pequenas mudanças no vocabulário, na grafia,
na pontuação e no uso de maiúsculas. A palavra
correto, na declaração citada, refere-se às poderosas
verdades contidas no Livro de Mórmon, mas não
implica que o texto impresso estivesse livre de erros.
51
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
O Livro de Mórmon é a pedra angular de
nossa religião.
Quando os alunos mencionarem que o Livro de
Mórmon é “a pedra fundamental de nossa religião”,
mostre a gravura de uma pedra fundamental, como
a que consta no material de preparação. Peça aos
alunos que expliquem por que a pedra fundamen-
tal ou angular é uma boa metáfora para o Livro
de Mórmon.
Peça a um aluno que leia ou resuma a declaração do
presidente Ezra Taft Benson na seção 3 do mate-
rial de preparação. (Essa declaração explica três
maneiras pelas quais o Livro de Mórmon é a pedra
fundamental de nossa religião.) Você pode fazer
algumas das perguntas a seguir para ajudar os alu-
nos a aprofundar seu entendimento da declaração
do presidente Benson de que o Livro de Mórmon é
uma pedra fundamental.
• Como o Livro de Mórmon fortaleceu seu teste-
munho sobre o Salvador Jesus Cristo?
• De que maneiras a Igreja permanece de pé ou não
em função da veracidade do Livro de Mórmon?
• Como seu testemunho do Livro de Mórmon
fortaleceu seu testemunho de outras doutrinas e
ensinamentos da Igreja?
• O Livro de Mórmon é a pedra angular de seu
testemunho pessoal? Se sim, de que maneiras?
Podemos nos aproximar de Deus ao seguir
os ensinamentos do Livro de Mórmon.
Divida a classe em grupos pequenos e lhes peça que
compartilhem e expliquem passagens do Livro de
Mórmon que os ajudaram a se aproximar de Deus.
(Aqueles que estudaram o material de preparação
podem utilizar o que escreveram no fim da seção 4.)
Você também pode pedir aos alunos que debatam
a seguinte pergunta nos grupos: De que maneira
podemos nos tornar mais semelhantes a Jesus Cristo
52
ao vivermos os ensinamentos registrados nas passa-
gens que compartilhamos?
Inimigos da Igreja tentam desacreditar o
Livro de Mórmon.
Mostre a seguinte declaração do élder Tad R.
­Callister, ex-presidente geral da Escola Dominical,
e peça que um aluno a leia em voz alta:
[O Livro de Mórmon] é o peso na balança da
verdade que excede o peso combinado de
todos os argumentos de seus críticos. Por
quê? Porque, se for verdadeiro, então Joseph
Smith foi um profeta e esta é a Igreja de Jesus
Cristo restaurada, a despeito de qualquer
argumento histórico ou outro argumento
contrário a esse fato. Por essa razão, a inten-
ção dos críticos é desacreditar o Livro de
Mórmon, mas os obstáculos que enfrentam
são insuperáveis, pois esse livro é verdadeiro
(“A poderosa testemunha de Deus: O Livro
de Mórmon”, A Liahona, novembro de 2017,
p. 107).
Ajude os alunos a acessar eletronicamente as seguin-
tes fontes confiáveis, ou forneça cópias impressas
se necessário. Divida os recursos entre os alunos e
lhes peça que examinem alguns dos argumentos
feitos por críticos ao Livro de Mórmon. Em seguida,
peça-lhes que reflitam sobre como podemos usar
os recursos fornecidos para responder às críticas
enquanto buscamos adquirir conhecimento espiri-
tual e fortalecer nosso testemunho. Peça aos alunos
que relatem o que encontraram. Eles podem fazer
isso em pequenos grupos ou para toda a classe.
• Mórmon 8:14–22. Morôni finaliza o registro de
seu pai, Mórmon, com uma advertência àqueles
que criticassem o Livro de Mórmon nos últi-
mos dias.
• Éter 12:23–29. Morôni expressa preocupação de
que algumas pessoas critiquem a fraqueza de sua
escrita e deixem de desfrutar o poder da mensa-
gem do Livro de Mórmon.
 L iç ão 6: O L ivro de Mó rmon: A pedra angular de nossa religi ão — M aterial do professor
• Tad R. Callister, “A poderosa testemunha de
Deus: O Livro de Mórmon”, A Liahona, novem-
bro de 2017, p. 107. (Você pode usar apenas a
primeira parte do discurso do irmão Callister.)
• “Críticos do Livro de Mórmon”, Tópicos da histó-
ria da Igreja, ChurchofJesusChrist.org.
• “O Livro de Mórmon e pesquisas de DNA”, Tópi-
cos do evangelho, topics​​.ChurchofJesusChrist​
.org. (Você pode usar apenas as seções “Os ante-
passados dos índios americanos” e “Conclusão”.)
• Jeffrey R. Holland, “Segurança para a alma”,
A Liahona, novembro de 2009, p. 88. (Você pode
usar apenas a segunda parte do discurso do
élder Holland.)
Após os alunos debaterem o que encontraram, faça
mais uma ou duas das perguntas a seguir:
• Em sua opinião, por que Deus não providenciou
uma evidência palpável de que o Livro de Mór-
mon é verdadeiro?
• O que vocês diriam a um amigo ou familiar que
esteja enfrentando críticas contra o Livro de Mór-
mon? O que mais vocês podem fazer para ajudar?
• O que vocês podem fazer caso ainda não exista
uma boa resposta para as críticas que ouviram?
Dê alguns minutos para que os alunos reflitam se
seu estudo pessoal do Livro de Mórmon tem sido
eficaz ou não. Conforme guiados pelo Espírito, eles
podem planejar mudanças. Incentive os alunos a
incluírem em seus planos a meta de estudar e orar
para garantir que o Livro de Mórmon seja a pedra
fundamental de seu testemunho. Enquanto refle-
tem, exiba a seguinte declaração do élder Kevin W.
­Pearson, dos setenta.
Se estiverem com dificuldades ou confu-
sos, ou espiritualmente perdidos, exorto
que façam a única coisa que certamente os
trará de volta ao caminho certo. Comecem
novamente a estudar, em espírito de oração,
o Livro de Mórmon e a viver Seus ensina-
mentos todos os dias, todos os dias, todos
os dias! Testifico do profundo poder do Livro
de Mórmon, que mudará sua vida e fortale-
cerá sua determinação de seguir a Cristo. O
Espírito Santo transformará seu coração e os
ajudará a ver as “coisas como realmente são”
(Jacó 4:13). Ele mostrará o que precisam fazer
em seguida (Kevin W. Pearson, “Permaneçam
junto à árvore”, A Liahona, maio de 2015,
p. 116).
Convide dois alunos a prestarem um breve teste-
munho do Livro de Mórmon se desejarem. Você
também pode prestar seu testemunho.
Para a próxima vez
Pergunte aos alunos com que frequência eles
vivenciam as bênçãos da autoridade e das chaves do
sacerdócio a cada semana. Incentive-os a estudar o
material de preparação para a próxima lição, que é
sobre a restauração do sacerdócio, procurando iden-
tificar como o sacerdócio pode lhes fornecer acesso
ao poder salvador de Jesus Cristo.
53
LIÇÃO 7: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

A restauração do sacerdócio
Pense na última ordenança do sacerdócio de que você participou, ou na última bênção do
sacerdócio que recebeu. O que você sentiu durante essa experiência? Durante seu estudo,
reflita sobre como a autoridade e as chaves do sacerdócio permitem que você tenha acesso
às bênçãos do evangelho restaurado de Jesus Cristo.

SEÇÃO 1 batizado e queria saber mais sobre aquela orde-

Como o Senhor restaurou nança e a autoridade necessária para realizá-la.

a autoridade do sacerdócio No dia 15 de maio de 1829, as chuvas

na Terra?
Enquanto traduziam o Livro de Mórmon, Joseph
Smith e Oliver Cowdery tiveram dúvidas acerca da
autoridade do sacerdócio. Eles leram em 3 Néfi que,
após ter ensinado a Seus doze discípulos nefitas que
o batismo era necessário à salvação, Jesus lhes dera a
autoridade para batizar (ver Joseph Smith—História
1:68; 3 Néfi 11:21–27).
Joseph e Oliver ficavam impressionados com
esses ensinamentos. (…) Joseph nunca tinha sido
pararam, permitindo a Joseph e a Oliver que
fossem até um bosque, perto do rio Susque-
hanna, onde se ajoelharam e perguntaram
a Deus sobre o batismo e a remissão dos
pecados. Enquanto oravam, a voz do Reden-
tor lhes deu paz e um anjo apareceu em uma
nuvem de luz. Ele se apresentou como João
Batista, colocando em seguida as mãos sobre
a cabeça de Joseph e Oliver. Eles sentiram o
coração se encher de alegria à medida que o
amor de Deus os envolvia (Santos: A Histó-
ria da Igreja de Jesus Cristo nos Últimos Dias,
Volume1, O Estandarte da Verdade, 1815–1846,
2018, pp. 66–67).

54
 L iç ão 7: A restauraç ão do sacerd ó cio — M aterial para preparaç ão da aula

a data exata desse acontecimento. Apesar disso, as

evidências históricas indicam que ocorreu em maio
ou junho de 1829 (ver Larry C. Porter, “The Resto-
ration of the Aaronic and Melchizedek Priesthoods”,
Ensign, dezembro de 1996, pp. 30–47).

Gradualmente, o Senhor revelou mais a respeito

Em seguida, João Batista lhes conferiu o Sacerdócio
Aarônico conforme registrado em Joseph Smith—
História e Doutrina e Convênios 13.
do sacerdócio e suas funções, e enviou mensageiros
para entregar outras chaves do sacerdócio a Joseph
Smith e a Oliver Cowdery. A tabela a seguir ilustra
essa restauração.
A restauração da autoridade, das chaves e
do conhecimento sobre o sacerdócio

Data Mensageiros Autoridade, chaves

celestiais e e conhecimento
revelações restaurados sobre o
sacerdócio
Estude em preparação para a aula
1829 João Batista Confere a autoridade e
Leia Joseph Smith—História 1:68–70, 72. (Ver as chaves do Sacerdó-
também Doutrina e Convênios 13.) cio Aarônico (Doutrina
e Convênios 13)
Algum tempo depois de Joseph Smith e Oliver
1829 Pedro, Tiago e Conferem o Sacerdó-
Cowdery terem recebido o Sacerdócio Aarônico das
João cio de Melquisedeque
mãos de João Batista, eles receberam o Sacerdócio e as chaves do reino
de Melquisedeque das mãos de Pedro, Tiago e João (Doutrina e Convê-
(ver Doutrina e Convênios 27:12–13). Não se sabe nios 27:12–13)

55
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

Data Mensageiros Autoridade, chaves Data Mensageiros Autoridade, chaves

celestiais e e conhecimento celestiais e e conhecimento
revelações restaurados sobre o revelações restaurados sobre o
sacerdócio sacerdócio
1830 Doutrina e Con- Revela os procedimen- 1978 Declaração Revela que todos os
vênios 20 tos para o batismo e o Oficial 2 homens dignos, mem-
sacramento, além de bros da Igreja de Jesus
delinear os deveres Cristo, podem receber
dos portadores do o sacerdócio
sacerdócio
1832 Doutrina e Con- Revela a história, o
Nota: O significado de chaves específicas do sacer-
vênios 84 propósito e o convênio
dócio será analisado em detalhes na lição 16, “O
do sacerdócio
Templo de Kirtland e as chaves do sacerdócio”.
1831, Doutrina e Con- Revela o nome, a admi-
1835 vênios 107 nistração e a estrutura
dos ofícios e quóruns
do sacerdócio
1836 Moisés Confere as chaves para
coligar a casa de Israel Pondere em preparação para a aula
(Doutrina e Convênios De que forma seu testemunho do sacerdócio
110:11) é fortalecido ao saber como ele foi restaurado
1836 Elias Confere “a dispensa- na Terra?
ção do evangelho de
Abraão” (Doutrina e
Convênios 110:12) SEÇÃO 2

1836 Elias, o profeta Confere as chaves do Qual é a relação entre a

poder selador (Dou-
trina e Convênios
autoridade do sacerdócio e as
110:13–16) chaves do sacerdócio?
1839 Doutrina e Revela conhecimentos
O presidente Joseph F. Smith ensinou:
Convênios a respeito da conduta
121:34–46 dos portadores do O sacerdócio, falando de modo geral, é a
sacerdócio autoridade dada ao homem para agir em
Desco- Adão, Gabriel, Declaram suas dispen- nome de Deus. Todo homem ordenado a
nhecida Rafael e outros sações, seus direitos, qualquer grau do sacerdócio tem essa autori-
anjos suas chaves e o poder dade delegada a ele.
de seu sacerdócio Mas é necessário que todo ato realizado por
(Doutrina e Convênios essa autoridade seja feito no momento e
128:21) lugar adequados, da maneira correta e com
a devida ordem. O poder de dirigir esses
trabalhos constitui as chaves do sacerdócio
(Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph
F. Smith, 1998, p. 224).

56
 L iç ão 7: A restauraç ão do sacerd ó cio — M aterial para preparaç ão da aula
O presidente Dallin H. Oaks, da Primeira Presidên-
cia, também ensinou:
“As chaves do sacerdócio são a autoridade
que Deus concedeu aos [portadores] do
sacerdócio para dirigir, controlar e gover-
nar a utilização de Seu sacerdócio na Terra”
(Manual 2: Administração da Igreja, 2010,
2.1.1). Toda ação ou ordenança feita é rea-
lizada com a autorização direta ou indireta
de alguém que possui as chaves para essa
função. Conforme explicou o élder M. Rus-
sell Ballard: “Os detentores das chaves do
sacerdócio (…) literalmente tornam possível
que todos os que servem fielmente sob sua
direção exerçam a autoridade do sacerdócio
e tenham acesso ao poder do sacerdócio. (…)
No final, é o Senhor Jesus Cristo quem possui
todas as chaves do sacerdócio, porque Dele
é o sacerdócio. Ele é quem determina quais
chaves são delegadas aos seres mortais e
como essas chaves devem ser usadas (Dallin
H. Oaks, “As chaves e a autoridade do sacer-
dócio”, A Liahona, maio de 2014, pp. 49–50).
SEÇÃO 3
De que maneira as ordenanças
do sacerdócio nos ajudam a
ter acesso ao poder expiatório
do Salvador?
Na Igreja, uma ordenança é um ato sagrado e
formal realizado pela autoridade do sacer-
dócio. Algumas ordenanças são essenciais
à nossa exaltação. Essas ordenanças se
chamam ordenanças de salvação e incluem
o batismo, a confirmação, a ordenação
ao Sacerdócio de Melquisedeque (para
os homens), a investidura no templo e o
selamento do casamento. Fazemos solenes
convênios com o Senhor em cada uma des-
sas ordenanças (“Ordenanças”, Tópicos do
evangelho, topics​.ChurchofJesusChrist​.org).
O élder Dale G. Renlund, do Quórum dos Doze
Apóstolos, explicou o poder a que temos acesso por
meio das ordenanças do sacerdócio:
Para que os propósitos do Pai Celestial sejam
cumpridos, o poder da Expiação de Cristo
precisa estar disponível aos filhos de Deus
(ver 1 Néfi 11:31; 2 Néfi 2:8). O sacerdócio
transporta essas oportunidades. (…) O sacer-
dócio é essencial porque as ordenanças e os
convênios indispensáveis na Terra são admi-
nistrados somente por essa autoridade. Se o
sacerdócio falhar em dar a oportunidade de
nos beneficiarmos do poder da Expiação do
Salvador, qual seria seu propósito? (…)
Por meio do sacerdócio, o poder da divin-
dade se manifesta na vida de todos os que
fazem e cumprem convênios e recebem as
ordenanças associadas (ver Doutrina e Con-
vênios 84:19–21). É dessa maneira que cada
um de nós se achega a Cristo, é purificado e
se reconcilia com Deus. O poder da Expia-
ção de Cristo se torna acessível por meio do
sacerdócio (Dale G. Renlund, “O sacerdócio e
o poder da Expiação do Salvador”, A Liahona,
novembro de 2017, pp. 64–65).
O presidente Oaks também deu a seguinte explica-
ção a respeito de como o Sacerdócio Aarônico é um
canal que nos permite acessar o poder purificador
do Senhor:
O batismo é para a remissão de pecados e o
sacramento é a renovação dos convênios e
das bênçãos do batismo. Os dois devem ser
antecedidos pelo arrependimento. (…)
Nenhum de [nós] (…) viveu sem pecar depois
do batismo. Se não houvesse algo para nos
purificar novamente após o batismo, todos
estaríamos perdidos no que se refere às
coisas espirituais. (…)
Recebemos o mandamento de nos arrepen-
dermos de nossos pecados, buscarmos o
Senhor com o coração quebrantado e o espí-
rito contrito e tomarmos o sacramento de
57
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
modo condizente com os convênios sagra-
dos em que ele implica. Quando renova-
mos o convênio batismal desse modo, o
Senhor renova o efeito purificador de nosso
batismo. (…)
Não é possível exagerarmos a importância
que o Sacerdócio Aarônico tem nisso. Todas
essas etapas vitais relativas à remissão
de pecados são realizadas por intermé-
dio da ordenança salvadora do batismo e
da ordenança renovadora do sacramento
(Dallin H. Oaks, “O Sacerdócio Aarônico e o
sacramento”, A Liahona, janeiro de 1999, pp.
43–44).
Anote suas impressões
De que maneira as ordenanças do sacerdócio o
ajudaram a ter acesso às bênçãos da Expiação
58
do Salvador? Registre sua resposta no diário ou
no espaço fornecido a seguir.


Quer saber mais? (Opcional)
O que são as chaves do sacerdócio?
No discurso “As chaves e a autoridade
do sacerdócio”, o presidente Dallin H.
Oaks ensina sobre a autoridade do
sacerdócio (A Liahona, maio de 2014,
p. 49).
No vídeo “As Chaves do Sacerdócio: A Restauração
das Chaves do Sacerdócio” (2:07), o élder L. Tom
Perry, do Quórum dos Doze Apóstolos, relata uma
experiência que teve por meio da qual aprendeu a
importância das chaves do sacerdócio.
De que maneira o sacerdócio
proporciona o poder do Salvador para
outras pessoas?
O vídeo “Ministério de Joseph Smith: A Restauração
da Autoridade do Sacerdócio” (1:20) ilustra a restau-
ração do sacerdócio e inclui alguns dos ensinamen-
tos do profeta Joseph Smith sobre o sacerdócio.
 L iç ão 7: A restauraç ão do sacerd ó cio — M aterial do professor

LIÇÃO 7: MATERIAL DO PROFESSOR

A restauração do sacerdócio
Após um período de apostasia, a autoridade do sacerdócio de Deus foi restaurada à Terra. Essa
restauração preparou o caminho para a organização de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias. Nesta lição, os alunos aprenderão por que o sacerdócio é essencial para a Igreja
do Senhor e como as ordenanças nos permitem acessar o poder do Salvador.

Sugestões didáticas verdadeira Igreja de Deus como é tam-

MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Veja os alunos como eles podem vir a ser. O
presidente Thomas S. Monson ensinou: “Temos
a responsabilidade de ver as pessoas não como
elas são, mas, sim, como podem vir a ser” (“Ver
os outros como eles podem vir a ser”, A Liahona,
novembro de 2012, p. 71). Ore para ser capaz
de ver seus alunos como o Pai Celestial os vê.
Isso poderá ajudá-lo a compreender o valor de
cada aluno e a sentir o amor do Pai Celestial e
Sua preocupação por Seus filhos.
O sacerdócio é indispensável para a Igreja
do Senhor.
Exiba a pergunta a seguir antes de os alunos
chegarem e, quando a aula começar, peça-lhes que
compartilhem suas impressões.
bém exclusivo dela, e que sem ele não
haveria A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias (Jeffrey R. Holland, “Nossa
característica mais marcante”, A Liahona, maio
de 2005, p. 43; grifo nosso).
• Que palavras ou frases parecem mais importan-
tes para vocês na declaração do élder Holland?
Por quê?
Ao facilitar a discussão e o compartilhamento entre
os alunos, use alguns dos tópicos a seguir para aju-
dá-los a aprofundar seu entendimento de alguns ele-
mentos da declaração do élder Holland. Talvez seja
mais importante debater exaustivamente uma ou
duas perguntas em vez de tentar cobrir todas. Para
melhorar o debate, os alunos podem compartilhar o
que aprenderam com o material de preparação.
Nota: Na segunda parte da aula, será feito um debate
sobre ordenanças. Lembre-se de deixar tempo sufi-
ciente para esse debate, assim os alunos vão obter
maior conhecimento e compreensão sobre a impor-
tância das ordenanças.

• Em que ocasião recente vocês se sentiram aben- O sacerdócio é indispensável para a Igreja do
çoados pelo sacerdócio? Senhor (ver seção 1 do material de preparação).

Mostre a seguinte declaração de doutrina do élder
Jeffrey R. Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos:
O sacerdócio de Deus, com suas chaves,
suas ordenanças, sua origem divina e
sua capacidade de “ligar no céu o que for
ligado na Terra”, é tão indispensável à
• Em sua opinião, por que o sacerdócio é indispen-
sável para a Igreja do Senhor? Que conhecimento
e quais chaves não teríamos caso o sacerdócio não
tivesse sido restaurado?
• De que maneiras o sacerdócio é indispensável
para sua vida?

59
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
O sacerdócio tem origem divina (ver seção 1 do
material de preparação).
• Como o sacerdócio foi restaurado?
• O que a restauração do sacerdócio ensina a você
sobre o Pai Celestial e Jesus Cristo?
As chaves do sacerdócio são essenciais para a Igreja
do Senhor (ver seção 2 do material de preparação).
• O que são as chaves do sacerdócio?
• De que modo as chaves do sacerdócio têm sido
uma bênção em sua vida?
Enquanto os alunos compartilham experiências e
testemunhos sobre o sacerdócio e sua restauração,
você pode expressar sua gratidão e seu testemunho
de como a restauração do sacerdócio abençoou
sua vida.
As ordenanças e os convênios do
sacerdócio são necessários para
nossa salvação.
Explique que, em setembro de 1832, cerca de dois
anos após receber o Sacerdócio de Melquisedeque
das mãos de Pedro, Tiago e João, Joseph Smith
recebeu uma revelação que nos ajuda a melhor
compreender o sacerdócio. Nela está incluída a
verdade de que as ordenanças de salvação, adminis-
tradas pela autoridade do sacerdócio, ajudam a nos
preparar para retornar à presença de Deus. Peça aos
alunos que estudem Doutrina e Convênios 84:18–22
e identifiquem como as ordenanças nos preparam
para retornar à presença de Deus.
• De acordo com esses versículos, qual importante
bênção é recebida por meio das ordenanças do
sacerdócio?
• Quais são alguns dos possíveis significados da
expressão “poder da divindade”? (Após os alunos
responderem, explique que “divino” significa
“semelhante a Deus”. O poder da divindade
60
inclui o poder de Deus para nos ajudar a nos
tornar semelhantes a Ele.)
Mostre e leia a seguinte declaração do élder David
A. Bednar, do Quórum dos Doze Apóstolos, e peça
aos alunos que identifiquem possíveis significados
da expressão “poder da divindade”.
As ordenanças do sacerdócio abrem cami-
nho e proporcionam acesso ao poder da
divindade. (…) A mente e os idiomas mortais
do ser humano não conseguem definir com
precisão ou adequadamente o significado da
expressão escriturística “poder da divindade”.
Mas a plenitude das bênçãos da Expiação —
redenção dos pecados; forças para fazer o
bem e nos tornar bons; o dom espiritual da
paz pessoal; os poderes e as habilidades que
nos ajudam a enfrentar decepções, injustiça,
improbidade, desigualdade e muito mais
— certamente constitui pelo menos uma
parte do poder da divindade. (…) Para vir ao
Salvador, a pessoa precisa primeiro passar
pela porta do batismo e receber o dom do
Espírito Santo; depois, deve prosseguir pelo
caminho dos convênios e das ordenanças,
que conduz ao Salvador e às bênçãos de Sua
Expiação (ver 2 Néfi 31). As ordenanças do
sacerdócio são essenciais para “[vir] a Cristo,
[e ser] aperfeiçoados Nele” mais plenamente
(Morôni 10:32; ver também os versículos
30–33). Sem as ordenanças, uma pessoa não
pode receber todas as bênçãos possibilitadas
pelo sacrifício expiatório infinito e eterno
do Senhor (ver Alma 34:10–14) — o próprio
poder da divindade (David A. Bednar, Power to
Become, 2014, pp. 75–77).
• O que podemos aprender com a declaração do
élder Bednar a respeito do “poder da divindade”?
O que aprendemos sobre o propósito das orde-
nanças do sacerdócio? (Usando as palavras dos
alunos, escreva ou mostre uma verdade seme-
lhante a esta: Por meio das ordenanças e dos
convênios do sacerdócio, podemos ter acesso às
 L iç ão 7: A restauraç ão do sacerd ó cio — M aterial do professor
bênçãos da Expiação do Senhor, que nos dá o
poder de nos tornarmos como Deus.)
• Em sua opinião, de que maneira as ordenanças
específicas do Sacerdócio Aarônico e de Mel-
quisedeque podem nos conectar às bênçãos da
Expiação do Salvador? (Se necessário, dê tempo
aos alunos para que revisem as declarações na
seção 3 do material de preparação.)
Dê aos alunos alguns minutos para ponderar sobre
as ordenanças do sacerdócio das quais tenham par-
ticipado mais recentemente. Peça-lhes que reflitam
sobre como se sentiram e a respeito do significado
daquelas ordenanças em seu progresso eterno. Em
seguida, mostre a seguinte pergunta para ajudar os
alunos a refletir:
• Ao aplicar o que aprenderam hoje, qual orde-
nança pode se tornar mais significativa para
vocês? (Incentive-os a registrar esses sentimentos
e agir de acordo com eles.)
• De tudo o que você aprendeu e sentiu hoje, o que
aumentou seu desejo de participar das ordenan-
ças do sacerdócio?
Se for apropriado, peça-lhes que compartilhem seu
testemunho de como a autoridade, as chaves e as
ordenanças do sacerdócio os ajudaram a sentir o
amor do Pai Celestial.
Para a próxima vez
Peça aos alunos que reflitam sobre o papel que a
Igreja desempenha em sua vida. Ao estudarem o
material de preparação para a próxima lição, incen-
tive-os a identificar as bênçãos que o Senhor torna
acessíveis aos membros fiéis de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
61
LIÇÃO 8: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

A organização da Igreja de Jesus Cristo

Para você, qual a importância de ser membro da Igreja restaurada de Jesus Cristo? Ao estudar
esta lição, reflita sobre como sua participação na Igreja do Senhor pode resultar em maiores
bênçãos para você e sua família, assim como para outras pessoas que você conhecer ao longo
da vida.

SEÇÃO 1 Após Joseph Smith traduzir o Livro de Mórmon

De que maneira A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos
Dias é diferente de todas as
outras igrejas e religiões?
Em pé, na beira de um riacho, em 6 de abril de 1830,
Joseph Smith “testemunhou o batismo de sua mãe e
de seu pai na Igreja. Depois de anos trilhando cami-
nhos diferentes na busca da verdade, eles finalmente
estavam unidos na fé. Enquanto Joseph Sr. saía da
água, Joseph o segurou pela mão, ajudou-o a voltar
para a margem e os dois se abraçaram.
‘Meu Deus’, clamou, apoiando o rosto no peito do
pai, ‘vivi para ver meu pai ser batizado na verda-
deira Igreja de Jesus Cristo!’” (Santos: A História
da Igreja de Jesus Cristo nos Últimos Dias, Volume 1,
O Estandarte da Verdade, 1815–1846, 2018, p. 86.)
e receber a autoridade do sacerdócio das mãos de
mensageiros celestiais, o Senhor o instruiu “pelo
espírito de profecia e de revelação (…) a organi-
zar a Igreja [de Jesus Cristo] mais uma vez sobre a
terra” ( Joseph Smith, em História, cerca de junho
de 1839–cerca de 1841 [rascunho 2], p. 29, josephs-
mithpapers.org). Em 6 de abril de 1830, cerca de
60 pessoas se reuniram na casa de Peter Whit-
mer Sr., em Fayette, Nova York, para testemunhar “o
surgimento da Igreja de Cristo nestes últimos dias”,
de acordo com a “vontade e mandamentos de Deus”
(Doutrina e Convênios 20:1).
No dia em que a Igreja foi organizada, os santos
apoiaram Joseph Smith e Oliver Cowdery como
seus líderes, tomaram o sacramento, testemunharam
a ordenação de homens a ofícios do sacerdócio e
viram o Espírito Santo ser conferido àqueles que
haviam sido batizados anteriormente, ao serem con-
firmados membros da Igreja.

62
 L iç ão 8: A organiz aç ão da Igreja de Jesus Cristo — M aterial para preparaç ão da aula
Sobre aquele dia, o profeta Joseph Smith declarou:
Depois de desfrutar alguns momentos de
felicidade ao testemunhar e sentir por nós
mesmos o poder e as bênçãos do Espírito
Santo, pela graça concedida por Deus, des-
pedimo-nos com a grata satisfação de saber
que éramos membros de “A Igreja de Jesus
Cristo”, uma Igreja reconhecida por Deus e
organizada de acordo com os mandamentos
e revelações que Dele recebêramos (Ensina-
mentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith,
2007, p. 145).
O Senhor designou, por meio de revelação, o dia
exato em que Sua Igreja deveria ser organizada
novamente sobre a Terra (ver Doutrina e Con-
vênios 20, cabeçalho da seção) e posteriormente
Ele revelou o nome pelo qual a Igreja deveria
ser chamada.
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 115:4–5.
Cerca de um ano e meio após a organização da
Igreja, o Senhor declarou que havia concedido a
Joseph Smith e outros o poder “para estabelecer o
alicerce desta igreja e tirá-la da obscuridade e das
trevas, a única igreja verdadeira e viva na face de
toda a Terra, com a qual eu, o Senhor, me deleito,
falando à igreja coletiva e não individualmente”
(Doutrina e Convênios 1:30).
Pondere em preparação para a aula
Que influência o fato de você ser membro da
Igreja de Jesus Cristo tem sobre sua vida?
SEÇÃO 2
Quais são algumas das razões
pelas quais o Senhor declarou
que esta é a “única igreja
verdadeira e viva”?
O presidente Dallin H. Oaks, da Primeira Presidên-
cia, ensinou:
Três aspectos — (1) a plenitude da doutrina,
(2) o poder do sacerdócio e (3) o testemunho
de Jesus Cristo — explicam por que Deus
declarou e por que nós, como Seus servos,
reiteramos que esta é a única Igreja verda-
deira e viva na face de toda a Terra. (…)
Como muitas coisas tinham se perdido na
Apostasia, foi necessário que o Senhor res-
taurasse a plenitude de Sua doutrina. (…)
A doutrina de Jesus Cristo, compreendida em
sua plenitude, é o plano por meio do qual
podemos tornar-nos o que os filhos de Deus
têm o potencial de se tornarem. (…)
A segunda característica — absolutamente
essencial — (…) é a autoridade do sacerdócio.
(…)
Por termos o poder do sacerdócio, os líderes
e membros devidamente autorizados (…) têm
o poder de realizar as ordenanças necessá-
rias do sacerdócio. (…)
O terceiro motivo pelo qual somos a única
Igreja verdadeira é o fato de termos a
verdade revelada sobre a natureza de Deus
e sobre nosso relacionamento com Ele e
portanto termos um testemunho inigualá-
vel de Jesus Cristo. De modo significativo,
nossa crença na natureza de Deus é o que
nos distingue dos credos formais da maioria
das denominações cristãs (Dallin H. Oaks,
“A única Igreja verdadeira e viva”, A Liahona,
agosto de 2011, pp. 49–51).
63
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
O élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze
Apóstolos, explicou ainda que A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias “é uma igreja
viva por causa da ação, da influência e dos dons
do Espírito Santo” (“Receber o Espírito Santo”,
A Liahona, novembro de 2010, p. 97).
O irmão Tad R. Callister, ex-presidente geral da
Escola Dominical, também ensinou:
[A declaração do Senhor em Doutrina e Con-
vênios 1:30] não significa que as outras igre-
jas não tenham um pouco de verdade, por
que certamente elas têm. Não significa que
as outras igrejas não façam o bem, pois elas
fazem muitas coisas boas. O que isso signi-
fica é que esta é a única igreja que contém
toda a verdade que foi revelada até agora
nesta dispensação — a única igreja que tem
as ordenanças necessárias para a exaltação e
a única igreja que tem o sacerdócio de Deus
para realizar as ordenanças com validade
divina. Que prova temos dessa afirmação? (…)
Se alguma pessoa quisesse descobrir onde
está a Igreja de Cristo hoje, ela deveria
comparar a planta espiritual encontrada
no Novo Testamento com cada igreja cristã
do mundo (…), mas só vai encontrar uma
igreja que coincide com a planta em todos
os aspectos materiais, A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Tad R.
64
­Callister, “Qual é a planta da Igreja de Cristo?”,
Devocional do Sistema Educacional da Igreja
para jovens adultos, 12 de janeiro de 2014;
ChurchofJesusChrist.org).
É importante entender que ser membro da “única
igreja verdadeira e viva” de Jesus Cristo não signi-
fica que acreditemos ser melhores do que outras
pessoas. Pelo contrário, nossa condição de membros
prevê a responsabilidade de amar ao próximo e
convidar outras pessoas a vir a Cristo e receber as
bênçãos de Seu evangelho restaurado.
Pondere em preparação para a aula
Que experiências ajudaram vocês a saber que
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias é a Igreja verdadeira e viva do Salvador?
SEÇÃO 3
O que posso falar para
alguém que acha que pode
ser religioso ou espiritual sem
necessariamente participar da
Igreja do Senhor?
O élder D. Todd Christofferson, do Quórum dos
Doze Apóstolos, ensinou:
Há pessoas que se consideram religiosas ou
espirituais, porém rejeitam participar de uma
igreja e até mesmo desconsideram a neces-
sidade de uma instituição como tal. A prática
religiosa para essas pessoas é puramente
pessoal. Contudo, a Igreja é a criação Dele em
Quem nossa espiritualidade está centrada:
Jesus Cristo. (…)
O antigo propósito, que é o de pregar as
boas-novas do evangelho de Jesus Cristo e
 L iç ão 8: A organiz aç ão da Igreja de Jesus Cristo — M aterial para preparaç ão da aula

administrar as ordenanças de salvação — em

outras palavras, trazer pessoas a Cristo —
permanece. (…)
É importante reconhecer que o propósito
principal de Deus é o nosso progresso. O
desejo Dele é que continuemos “de graça
em graça, até [recebermos] a plenitude”
(Doutrina e Convênios 93:13) de tudo o que
Ele pode conceder. Isso requer mais do que
simplesmente ser bom ou ter sentimentos
espirituais. Requer fé em Jesus Cristo, arre-
pendimento, batismo pela água e pelo Espí-
rito e perseverar na fé até o fim (ver 2 Néfi
31:17–20). Uma pessoa não pode alcançar
isso isoladamente, assim, um dos principais A irmã Bonnie L. Oscarson, que serviu como pre-
propósitos do Senhor ao ter uma Igreja é sidente geral das Moças, ensinou que a participa-
o de criar uma comunidade de santos que ção na Igreja também ajuda a nos tornarmos mais
apoiarão uns aos outros no “caminho estreito semelhantes ao Salvador por nos dar oportunidades
e apertado que conduz à vida eterna” (2 Néfi de servir e de ministrar ao próximo:
31:18). (…)
É verdade que vamos às reuniões semanais
Se alguém crê que todos os caminhos
da Igreja para participar das ordenanças,
levam ao céu ou que não existem exigências
aprender a doutrina e ser inspirados, mas
específicas para a salvação, tal pessoa não
outra razão importante é que, como mem-
verá nenhuma necessidade para se procla-
bros da família da ala e discípulos do Salva-
mar o evangelho ou para as ordenanças e
dor Jesus Cristo, cuidamos, incentivamos e
os convênios que redimem tanto os vivos
encontramos maneiras de servir e fortalecer
quanto os mortos. Porém, não falamos
uns aos outros. Não apenas recebemos
apenas sobre a imortalidade, mas também
e tomamos o que é oferecido na Igreja; é
sobre a vida eterna; e para esta, o caminho e
necessário que sejamos doadores e provedo-
os convênios do evangelho são essenciais. E
res. (…)
o Salvador precisa de uma igreja para fazer
com que esse caminho e os convênios este- Peçam ao Pai Celestial que lhes mostre quem
jam disponíveis a todos os filhos de Deus; à sua volta precisa de sua ajuda e que os
tanto os vivos quanto os mortos (D. Todd inspire a servir a essas pessoas da melhor
­Christofferson, “Qual a razão da Igreja”, A forma. Lembrem-se de que o Salvador com
Liahona, novembro de 2015, pp. 108, 110). frequência ministrava a uma pessoa de cada
vez (Bonnie L. Oscarson, “As necessidades
diante de nós”, A Liahona, novembro de 2017,
pp. 26–27).

65
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

Quer saber mais? (Opcional)

Pondere em preparação para a aula E se eu me sentir deslocado na Igreja de

De que maneiras a participação ativa na Igreja do
Senhor pode ajudá-lo a se tornar mais seme-
lhante a Ele e ao Pai Celestial? O que você pode
fazer para participar mais plenamente da Igreja
de Jesus Cristo?
Jesus Cristo?
No discurso “Venham, juntem-se a nós”
(A Liahona, novembro de 2013, p. 21), o
presidente Dieter F. Uchtdorf, enquanto
servia na Primeira Presidência, explicou
por que há lugar na Igreja restaurada de Jesus
Cristo para aqueles que se apartaram dela.

Por que é importante usar o nome

correto da Igreja do Senhor?

No discurso “O nome correto da Igreja”

(Liahona, novembro de 2018, p. 87), o
presidente Russell M. Nelson salienta
o mandamento dado pelo Senhor para
chamarmos a Igreja por Seu nome.

66
 L iç ão 8: A organiz aç ão da Igreja de Jesus Cristo — M aterial do professor

LIÇÃO 8: MATERIAL DO PROFESSOR

A organização da Igreja de Jesus Cristo

Por intermédio do profeta Joseph Smith, o Senhor organizou Sua Igreja mais uma vez na
Terra. Esta lição ajudará os alunos a explicar por que A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias é “a única igreja verdadeira e viva” (Doutrina e Convênios 1:30). Os alunos tam-
bém vão determinar como podem participar mais plenamente da Igreja restaurada do Senhor.

Sugestões didáticas
O Senhor restaurou Sua Igreja por meio do
profeta Joseph Smith.
Peça aos alunos que imaginem que, ao convidarem
uma amiga para ir à igreja, ela respondeu: “A igreja
é legal, mas acho que posso ser uma boa pessoa sem
uma religião organizada. Cada um tem seu caminho
próprio para chegar a Deus, não é mesmo?”

• Quais são algumas das ideias equivocadas que

estão impedindo sua amiga de compreender o
valor da Igreja do Senhor?

Dê alguns minutos para que os alunos debatam em

pequenos grupos como podem explicar a essa amiga
por que o Senhor estabeleceu uma igreja na Terra.
(Incentive os alunos a usarem o que aprenderam
com o material de preparação.)

Mostre as seguintes fotos da casa de Peter Whitmer

Sênior em Fayette, Nova York. Peça aos alunos que
recordem o que estudaram na seção 1 do material
de preparação e descrevam o que aconteceu na
casa da família Whitmer no dia em que a Igreja foi
organizada.
Com a classe, leiam Regras de Fé 1:6 e identifiquem
o que Joseph Smith escreveu sobre a organização
da Igreja de Jesus Cristo. Se necessário, saliente que
“evangelistas” são patriarcas e que “pastores” são
oficiais presidentes, tais como os bispos.

67
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
• Que verdades podemos aprender com essa decla-
ração? (Uma verdade que aprendemos é que a
Igreja do Senhor nos últimos dias tem a mesma
organização da Igreja na época de Jesus.)
Peça a um aluno que leia o segundo parágrafo da
declaração do irmão Tad R. Callister na seção 2
do material de preparação, que começa com “Se
alguma pessoa quisesse descobrir…”
Exiba as seguintes referências de escrituras. Peça
aos alunos que escolham uma ou mais delas e leiam
em silêncio, procurando identificar o que elas
revelam sobre a organização, as práticas e os ensi-
namentos da Igreja do Salvador na época do Novo
Testamento.
• Mateus 16:18–19
• Mateus 28:16–19
• Lucas 9:1–2; 10:1–2
• Atos 8:14–17
• Efésios 2:19–20
• Efésios 4:11–15
• Tiago 5:14–15
• 1 Coríntios 15:29
Nota: Esta atividade não deve ser muito longa nem
consumir muito tempo. Ela serve apenas para aju-
dar os alunos a reconhecer como a Igreja restaurada
do Senhor segue o modelo de Sua Igreja primitiva.
• Que semelhanças vocês veem entre a Igreja origi-
nal de Cristo e a Igreja em nossos dias? Por que
é importante saber que a Igreja do Senhor hoje
foi organizada de acordo com o modelo de Sua
Igreja primitiva?
Explique que, cerca de um ano e meio após a
organização da Igreja, o Senhor ensinou a respeito
do caráter único de Sua Igreja restaurada. Peça aos
alunos que leiam Doutrina e Convênios 1:30 em
silêncio e identifiquem o que o Senhor declarou.
68
• Como o Senhor descreve Sua Igreja no versículo
30? (Ajude os alunos a identificar a seguinte
declaração de doutrina: A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias é a única Igreja
verdadeira e viva na face de toda a Terra.)
Para aprofundar a compreensão que os alunos têm
dessa verdade, peça à classe que debata algumas das
perguntas a seguir. Durante o debate, incentive os
alunos a relerem o que aprenderam na seção 2 do
material de preparação e refletirem sobre isso.
• Como vocês podem usar de sensibilidade e de
ousadia para explicar a alguém o que significa
dizer que esta é “a única igreja verdadeira e viva
na face de toda a Terra”?
• O que faz com que esta seja uma igreja “viva”?
(Pode ser útil mostrar algo vivo, como uma
planta, e pedir aos alunos que descrevam as
características de algo vivo, em comparação com
algo que não seja vivo, ou que esteja morto.)
• Em sua opinião, por que é importante entender
que, embora as verdades eternas do evangelho do
Salvador não mudem, a Igreja continua a crescer
e se adaptar por meio da revelação do Senhor?
• Que experiências ajudaram vocês a saber que A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias é a Igreja verdadeira e viva do Salvador?
A Igreja do Senhor torna as bênçãos do
evangelho disponíveis a todas as pessoas.
Leia a seguinte declaração do élder D. Todd Chris-
tofferson, do Quórum dos Doze Apóstolos. Peça a
um aluno que a leia em voz alta:
Vale a pena parar para considerar por que
[Jesus Cristo] escolheu usar uma igreja, Sua
Igreja, (…) para realizar Seu trabalho ou o de
Seu Pai (“Qual a razão da Igreja”, A Liahona,
novembro de 2015, p. 108).
 L iç ão 8: A organiz aç ão da Igreja de Jesus Cristo — M aterial do professor
• Em sua opinião, por que Jesus Cristo escolheu
usar uma igreja, Sua Igreja, para realizar Seu
trabalho ou o de Seu Pai?
Com a classe, leiam Morôni 6:3–6 e Doutrina e Con-
vênios 43:8–9 e identifiquem alguns dos propósitos e
das bênçãos que resultam da condição de membro e
do serviço na Igreja do Senhor. Peça aos alunos que
comentem o que aprenderam com essas escrituras.
Dê um minuto para que os alunos revisem breve-
mente as declarações do élder Christofferson e da
irmã Bonnie L. Oscarson, que se encontram na
seção 3 do material de preparação.
• Quais ensinamentos nessas declarações chamam
sua atenção? (Após os alunos responderem,
mostre a seguinte verdade: O Senhor organizou
Sua Igreja para nos ajudar a vir a Ele, receber
a plenitude das bênçãos de Seu evangelho e ter
oportunidades de ministrar ao próximo.)
Peça aos alunos que reflitam sobre cada elemento
dessa verdade. Peça-lhes que relatem como já viram
essa verdade se cumprir em sua própria vida. Você
pode fazer algumas perguntas como as seguintes:
• O que é a “plenitude das bênçãos” do evangelho
do Senhor?
• Qual é o papel da Igreja em ajudar vocês a se
tornarem mais semelhantes a seu Pai Celestial?
Dê algum tempo para que os alunos reflitam sobre a
seguinte pergunta e anotem seus pensamentos:
• Como posso participar mais ativamente da Igreja
e ajudá-la a cumprir seus propósitos?
Após dar tempo suficiente, pergunte aos alunos o
que aprenderam hoje que pode ajudá-los a respon-
der as dúvidas apresentadas na situação descrita
no começo desta lição. Você pode encerrar a aula
prestando testemunho das verdades debatidas
nesta lição.
Para a próxima vez
Explique que, devido à Restauração do evangelho,
podemos entender sobre o caráter e o sacrifício
expiatório do Salvador mais do que qualquer pessoa
pôde em quase 2000 anos. Peça aos alunos que
reflitam sobre as bênçãos de se achegar ao Salvador,
Jesus Cristo. Convide-os a estudar cuidadosamente
o material de preparação para a próxima aula a fim
de aprofundar seu entendimento e sua fé Nele.
69
LIÇÃO 9: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

Jesus Cristo, nosso divino Redentor

Há quem considere Jesus Cristo um mero bom exemplo a ser seguido, ou um profeta do pas-
sado, e há quem O considere o Salvador do mundo. Na região em que você mora, quais são as
crenças e atitudes mais comuns em relação ao Senhor? Quais são suas crenças e convicções a
respeito Dele? Ao estudar as visões, revelações e escrituras que o profeta Joseph Smith recebeu
acerca de Jesus Cristo, reflita sobre como elas podem aumentar sua fé e seu testemunho Dele
como seu divino Redentor.

SEÇÃO 1

De que maneira Joseph Smith e

a Restauração são fundamentais
para meu entendimento do
Senhor Jesus Cristo?
O relacionamento pessoal de Joseph Smith com o
Senhor começou na juventude. Ele escreveu que,
por volta dos 12 anos de idade, “minha mente
ficou extremamente perturbada, porque me tornei
convicto de meus pecados. (…) Senti-me movido a
chorar por meus próprios pecados e pelos pecados
do mundo”. Posteriormente, o jovem Joseph clamou “ao Senhor
por misericórdia”, e o Senhor falou a ele em uma
visão dizendo: “Joseph, meu filho, teus pecados te

70
 L iç ão 9: Jesus Cristo, nosso divino R edentor — M aterial para preparaç ão da aula

são perdoados. Segue teu caminho, anda em meus

estatutos e guarda os meus mandamentos. Eis que
sou o Senhor da glória. Fui crucificado pelo mundo
a fim de que todos os que crerem em meu nome
tenham vida eterna”.

Por meio dessa experiência com a Primeira Visão,

Joseph soube por si próprio que Jesus Cristo e o Pai
Celestial são misericordiosos e clementes. Depois de
conversar com o Senhor e receber o perdão de seus
pecados, Joseph testificou: “Minha alma se encheu
de amor e por muitos dias me regozijei com grande
alegria. O Senhor permaneceu comigo” (“Joseph
Smith’s Accounts of the First Vision”, História, pri-
meiro semestre de 1832, josephsmithpapers.org).

Pense nos momentos em que você já teve preo-

cupações semelhantes às de Joseph. Talvez você se
identifique com seu desejo de ser perdoado, ou com
a alegria que sentiu ao saber que o Senhor estava
com ele.

As numerosas visões que Joseph Smith teve do Sal-

vador permitiram que ele servisse como uma vigo-
rosa testemunha de Jesus Cristo nos últimos dias.
Em 16 de fevereiro de 1832, enquanto trabalhava nas
Quatro anos depois, o profeta novamente testifi-
revisões inspiradas da Bíblia (também conhecidas
cou ter visto o Salvador no Templo de Kirtland e
como a Tradução de Joseph Smith), ele e Sidney
declarou que “o seu semblante resplandecia mais do
Rigdon tiveram uma visão em que contemplaram “a
que o brilho do sol; e a sua voz era como o ruído de
glória do Filho, à direita do Pai”. Falando acerca de
muitas águas” (Doutrina e Convênios 110:3).
Jesus Cristo, eles testificaram: “Ele vive!”(Doutrina
e Convênios 76:20, 22–23.) O Senhor ensinou aos santos que, quando estudam
as revelações dadas pelo Espírito, “podeis testificar
Perceba que outras verdades sobre Jesus Cristo
que ouvistes a minha voz e conheceis as minhas
foram mostradas ao profeta nessa visão.
palavras” (Doutrina e Convênios 18:36).

Refletindo sobre as contribuições de Joseph Smith

para nossa compreensão de Jesus Cristo, o élder
D. Todd Christofferson, do Quórum dos Doze
Apóstolos, declarou:
Estude em preparação para a aula Por seu contato pessoal com o Senhor, sua
Leia Doutrina e Convênios 76:23–24. tradução e publicação do Livro de Mórmon,
e o selamento de seu testemunho com seu
sangue de mártir, Joseph se tornou o mais

71
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
preeminente revelador de Jesus Cristo em
Seu verdadeiro caráter como divino Redentor
(D. Todd Christofferson, “Nascer de novo”, A
Liahona, maio de 2008, p. 79).
Pondere em preparação para a aula
Por causa das visões, revelações e escrituras
dadas a Joseph Smith, temos uma compreensão
muito melhor do caráter do Salvador.
• Sem o profeta Joseph Smith, o que não sabe-
ríamos a respeito do Salvador? Que diferença
faria em sua vida se não tivesse esse conheci-
mento? (Tenha essas perguntas em mente ao
continuar estudando.)
SEÇÃO 2
Quais verdades restauradas a
respeito da Expiação do Salvador
podem aumentar minha fé Nele?
Nota: Ao ler as escrituras e os ensinamentos profé-
ticos a seguir, marque as verdades relacionadas à
Expiação do Salvador que chamarem sua atenção.
Muitas verdades claras e preciosas sobre o evange-
lho e a Expiação do Salvador foram restauradas por
meio da tradução que Joseph Smith fez do Livro de
Mórmon (ver 1 Néfi 13:34, 40).
Estude em preparação para a aula
Leia Alma 34:10, 12 e identifique o que o profeta
Amuleque, do Livro de Mórmon, ensinou a um
grupo de zoramitas acerca do sacrifício expiató-
rio do Salvador.
72
O presidente Russell M. Nelson explicou o que faz
com que a Expiação de Jesus Cristo seja infinita:
A Expiação Dele é infinita — não tem fim
(ver 2 Néfi 9:7; 25:16; Alma 34:10, 12, 14). Foi
também infinita no sentido de que toda a
humanidade seria salva da morte sem fim. Foi
infinita em termos de Seu imenso sofrimento.
Foi infinita no tempo, colocando um fim ao
protótipo anterior do sacrifício animal. Foi
infinita em escopo — era para ser realizada
de uma vez só por todos (ver Hebreus 10:10).
E a misericórdia da Expiação se estende não
apenas a um número infinito de pessoas,
mas também a um número infinito de mun-
dos criados por Ele (ver Doutrina e Convênios
76:24; Moisés 1:33). Foi infinita além de toda
escala de medida humana ou de compreen-
são mortal.
Jesus era o único que podia oferecer uma
Expiação infinita, uma vez que Ele nasceu de
mãe mortal e de Pai imortal. Devido a essa
condição singular de Seu nascimento, Jesus
era um Ser infinito (Russell M. Nelson, “A
Expiação”, A Liahona, janeiro de 1997, p. 37).
Estude em preparação para a aula
O profeta Alma também ensinou importantes
verdades sobre a Expiação do Salvador ao povo
de Gideão. Leia Alma 7:11–13.
Após citar Alma 7, o élder David A. Bednar, do
Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou:
Não há dor física, tribulação espiritual,
angústia da alma ou sofrimento, enfermidade
ou fraqueza que enfrentaremos na mortali-
dade que o Salvador não vivenciou antes de
nós. Em um momento de fraqueza pode-
mos exclamar: “Ninguém sabe o que estou
passando. Ninguém entende”. Mas o Filho de
Deus sabe e entende perfeitamente, porque
 L iç ão 9: Jesus Cristo, nosso divino R edentor — M aterial para preparaç ão da aula
Ele sentiu e suportou os fardos de cada um
de nós. E por causa de Seu infinito e eterno
sacrifício (ver Alma 34:14), Ele tem perfeita
empatia e pode estender para nós o Seu
braço de misericórdia. Ele pode nos auxiliar,
tocar, socorrer, curar e fortalecer (David A.
Bednar, “Carregar seus fardos com facili-
dade”, A Liahona, maio de 2014, p. 90).
Joseph Smith recebeu uma revelação que conectava
o sofrimento incompreensível do Senhor ao valor
das almas. Após chamar Oliver Cowdery e David
Whitmer para pregar arrependimento, o Senhor os
instruiu.
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 18:10–11, 13.
O Senhor posteriormente falou mais profundamente
sobre Seu sacrifício expiatório em uma revelação
dada a Martin Harris. Martin estava preocupado
com a possibilidade de perder sua fazenda para
pagar pela publicação do Livro de Mórmon. Na
revelação, o Senhor ordena a Martin que se arre-
penda e então faz um relato singular, em primeira
pessoa, de Seu sofrimento.
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 19:16–19.
Ao refletir sobre o sofrimento que Jesus Cristo
suportou em seu lugar, leia ou ouça a letra do hino
“Assombro me causa” (Hinos, nº 112).
Como posso conhecer melhor a
Jesus Cristo?
Em seu diário, ou no espaço a seguir, escreva
algumas verdades que chamaram sua atenção
ao estudar as escrituras e os ensinamentos
nesta seção, assim como outros pensamentos e
perguntas que tiver a respeito do sacrifício expia-
tório do Salvador. Venha para a aula preparado
para compartilhar as verdades que identificar e
as impressões que tiver.



Quer saber mais? (Opcional)
Gostaria de conhecer melhor a
Jesus Cristo?
No vídeo “O Único Deus Verdadeiro e a Jesus Cristo
a Quem [Ele Enviou]”, o élder Jeffrey R. Holland, do
Quórum dos Doze Apóstolos, testificou do Salvador
e do que significa ser cristão.
73
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

E se eu achar que não sou digno da explica por que algumas pessoas dizem que os
salvação? membros da Igreja não são cristãos, além de
fornecer informações que podem ser usadas para
O vídeo “O Salvador Quer Perdoar” mostra como responder a essa dúvida.
um ex-viciado aprendeu sobre o desejo e a disposi-
ção do Salvador em perdoar.

Como me arrependo?

No discurso “A divina dádiva do arrepen-

dimento” (A Liahona, novembro de 2011,
p. 38), o élder D. Todd Christofferson
ensina como podemos encarar o princí-
pio do arrependimento e aplicá-lo.

Por que as pessoas acham que os

membros de A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias não são
cristãos?
O artigo “Os mórmons são cristãos?”, dos ­Tópicos
do evangelho (topics​.ChurchofJesusChrist​.org),

74
 L iç ão 9: Jesus Cristo, nosso divino R edentor — M aterial do professor

LIÇÃO 9: MATERIAL DO PROFESSOR

Jesus Cristo, nosso divino Redentor

Como parte da Restauração, Joseph Smith e os santos aprenderam mais corretamente sobre o
caráter e a missão de Jesus Cristo. Nesta lição, os alunos terão oportunidade de fortalecer sua
fé no Salvador e em Sua Expiação, além de decidir o que farão para convidar mais plenamente
o poder de Jesus para atuar em sua vida.

Sugestões didáticas visão feito em 1832, Joseph menciona outro motivo

pelo qual foi ao bosque orar naquele dia.

Joseph Smith aprende sobre o caráter de Peça a um aluno que leia em voz alta o primeiro
Jesus Cristo. parágrafo da seção 1 do material de preparação.

Dê um minuto para que os alunos pensem nas oca-

siões em que já se sentiram aflitos por seus pecados
e suas fraquezas. Em seguida, peça-lhes que leiam
em silêncio os parágrafos dois e três da seção 1 do
material de preparação.

• O que Joseph aprendeu sobre o caráter do Pai

Celestial e de Jesus Cristo? (O Pai Celestial e
Jesus Cristo são misericordiosos e clementes.)

Explique-lhes que Joseph e os santos continuaram

a aprender sobre o caráter de Jesus Cristo por meio
de Suas revelações. Exiba as referências a seguir, ou
as escreva no quadro: Doutrina e Convênios 3:10;
38:14; 58:42; 61:2; 62:1; 64:2–4. Dê-lhes tempo para
que leiam algumas passagens como se o Senhor
estivesse falando diretamente a eles. Peça-lhes que
reflitam sobre como as palavras do Salvador nesses
versículos aprofundam o entendimento que eles têm
de Seu caráter misericordioso e clemente. Após a
leitura, peça-lhes que digam o que aprenderam.

• Por que vocês acham que é importante sabermos

Exiba uma imagem representando a Primeira Visão.
Relembre aos alunos que um dos propósitos de
Joseph Smith ao orar nessa ocasião foi perguntar
a Deus a qual igreja deveria se unir (ver Joseph
Smith—História 1:13–19). Contudo, no relato da
que o Pai Celestial e Jesus Cristo são misericor-
diosos e clementes?
Explique que a Primeira Visão é uma das muitas
experiências que prepararam Joseph Smith para se
apresentar como uma poderosa testemunha de Jesus
Cristo. Relembre aos alunos que, de acordo com o

75
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
élder D. Todd Christofferson, do Quórum dos Doze
Apóstolos, Joseph Smith é “o mais preeminente
revelador de Jesus Cristo em Seu verdadeiro caráter
como divino Redentor” (D. Todd Christofferson,
“Nascer de novo”, A Liahona, maio de 2008, p. 79;
grifo do autor).
• De que maneira Joseph Smith e a Restauração
influenciaram sua compreensão e seus sentimen-
tos sobre Jesus Cristo?
A Expiação de Jesus Cristo é ao mesmo
tempo infinita e pessoal.
Explique aos alunos que o surgimento do Livro de
Mórmon por meio do profeta Joseph Smith per-
mitiu ao mundo conhecer a Jesus Cristo e a Sua
Expiação de uma maneira que não havia sido pos-
sível havia séculos. Dentre as muitas passagens que
nos ensinam sobre o sacrifício do Salvador em prol
da humanidade, encontramos os ensinamentos de
Alma e Amuleque. Peça aos alunos que leiam Alma
34:10, 12 e 14 em silêncio e identifiquem como Amu-
leque descreveu o sacrifício expiatório do Salvador.
Peça-lhes que compartilhem o que encontraram.
Desenhe ou mostre o seguinte diagrama:
Infinito e A Expiação de
eterno Jesus Cristo
• De que maneiras a Expiação do Salvador é infi-
nita e eterna? (Incentive os alunos a recorrerem
ao que aprenderam na seção 2 do material de
preparação.)
Peça a um aluno que leia a seguinte declaração do
élder Cecil O. Samuelson Jr., que serviu na presi-
dência dos setenta, enquanto o restante da classe
identifica como ele descreveu a Expiação do Senhor:
Sua Expiação realmente abrange o mundo
e todas as pessoas desde o princípio até
o fim. Não esqueçamos, porém, que sua
76
abrangência e plenitude também são extre-
mamente pessoais e especificamente perso-
nalizadas para se adequar com perfeição a
cada uma de nossas circunstâncias pessoais.
O Pai e o Filho nos conhecem melhor do que
nós mesmos e prepararam uma Expiação
para nós que está plenamente de acordo
com nossas necessidades, possibilidades e
dificuldades.
Agradeçamos a Deus pela dádiva de Seu Filho
e agradeçamos ao Salvador por Sua Expiação.
Ela é verdadeira e válida e vai nos conduzir
para onde precisamos e desejamos estar
(Cecil O. Samuelson Jr., “O que a expiação
significa para você?”, A Liahona, abril de 2009,
p. 19).
• Que palavras o élder Samuelson usou para des-
crever a Expiação do Salvador?
Adicione ao diagrama a palavra pessoal e quaisquer
outras que os alunos identificarem:
Infinito e A Expiação de Pessoal
eterno Jesus Cristo
• Em sua opinião, por que é importante lembrar
que, embora o sacrifício expiatório do Salvador
se estenda para um número infinito de pessoas e
mundos, ele também é extremamente pessoal?
Relembre aos alunos que na seção 2 do material de
preparação, foi-lhes pedido que marcassem as ver-
dades que chamassem sua atenção. Se necessário, dê
tempo para que os alunos revisem as escrituras e os
ensinamentos proféticos que marcaram nessa seção.
• Que verdades chamaram sua atenção? (Exiba
essas verdades ou as anote no quadro.)
Depois que os alunos responderem, peça-lhes
que reformulem e reescrevam esses princípios de
maneira pessoal, usando pronomes em primeira
pessoa, tais como eu, me e meu/minha. As verdades
 L iç ão 9: Jesus Cristo, nosso divino R edentor — M aterial do professor
podem ser semelhantes à seguinte: Jesus Cristo
tomou sobre Si meus pecados, minhas aflições,
minhas dores e minhas tentações a fim de que
pudesse saber como me socorrer. O valor de
minha alma é tão grande que Jesus Cristo sofreu
e morreu para que eu pudesse me arrepender.
Jesus Cristo sofreu por meus pecados para que
eu pudesse me arrepender e não sofrer como
Ele sofreu.
• De que maneira o fato de entender essas verdades
e acreditar nelas pode ajudá-los a desenvolver
maior fé em Jesus Cristo?
• O que vocês pensam e sentem ao refletir sobre o
que o Salvador sofreu por vocês e o motivo pelo
qual Ele o fez?
Mostre-lhes a seguinte pergunta: O que farei para
convidar mais plenamente o poder de Jesus para atuar
em minha vida?
Dê tempo para que os alunos reflitam sobre essa
pergunta em espírito de oração e então escrevam a
resposta em seu diário ou caderno. Enquanto pon-
deram, exiba a seguinte declaração do presidente
Russell M. Nelson. Peça aos alunos que identifi-
quem conselhos que possam ajudá-los a convidar o
poder do Salvador para atuar em sua vida:
Começamos a [aprender sobre Jesus Cristo].
(…) “É impossível [a nós sermos salvos] em
ignorância” (Doutrina e Convênios 131:6).
Quanto mais sabemos sobre o ministério e
a missão do Salvador (ver Doutrina e Convê-
nios 76:40–41), quanto mais compreendemos
Sua doutrina (ver 2 Néfi 31:2–21) e o que Ele
fez por nós, mais entendemos que Ele pode
nos dar o poder de que necessitamos em
nossa vida. (…)
Quando investimos tempo em aprender
sobre o Salvador e Seu sacrifício expiatório,
somos levados a participar de outro ele-
mento fundamental para acessar Seu poder:
escolhemos ter fé em Jesus Cristo e segui-Lo.
(…)
Também aumentamos o poder do Salvador
em nossa vida quando fazemos convênios
sagrados e os cumprimos com exatidão.
Nossos convênios nos ligam a Ele e nos dão
poder divino. (…)
Quando o Salvador perceber que verda-
deiramente desejamos nos achegar a Ele
— quando Ele sentir que o maior desejo de
nosso coração é invocar Seu poder em nossa
vida —, seremos guiados pelo Espírito Santo
para saber exatamente o que devemos fazer
(ver Doutrina e Convênios 88:63) (Russell M.
Nelson, “Invocando o poder de Jesus Cristo
em nossa vida”, A Liahona, maio de 2017, pp.
39, 41–42).
Encerre prestando testemunho de que, por causa de
Sua Expiação, Jesus Cristo tem poder para forta-
lecer, consolar, curar e estender Sua misericórdia e
Seu perdão a nós.
Para a próxima vez
Peça aos alunos que ponderem sobre como sua vida
seria diferente sem os profetas vivos. Peça-lhes que
estudem o material de preparação para a próxima
aula e venham prontos para debater sobre as bên-
çãos de sermos liderados por profetas vivos.
77
LIÇÃO 10: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

Seguir os profetas vivos do Senhor

Reflita sobre como sua vida seria diferente sem a influência e os ensinamentos de profetas
vivos. Ao estudar, pondere sobre como sua vida pode ter maior orientação e bênçãos se você
seguir os profetas do Senhor.

SEÇÃO 1

De que maneiras minha vida

pode ser abençoada se eu
escolher seguir os profetas
do Senhor?
No dia em que a Igreja de Jesus Cristo foi organi-
zada, o Senhor revelou que o profeta Joseph Smith
seria “chamado vidente, tradutor, profeta, apóstolo
de Jesus Cristo, élder da igreja” (Doutrina e Convê-
nios 21:1).

O Senhor então deu um mandamento aos santos

para que seguissem Seu profeta e descreveu as bên-
çãos que receberiam se o fizessem.

78
 L iç ão 10 : Seguir os profetas vivos do Senhor — M aterial para preparaç ão da aula

Estude em preparação para a aula

Leia Doutrina e Convênios 21:4–6.

No ano seguinte, o Senhor reiterou a conexão entre

Sua voz e a voz de Seus profetas. Em uma revelação
que serviu de prefácio para o Livro de Mandamen-
tos, que posteriormente seria chamado de Doutrina
e Convênios, o Senhor mais uma vez ensinou que
“ainda que passem os céus e a Terra, minha pala-
vra não passará, mas será toda cumprida, seja pela
minha própria voz ou pela voz de meus servos, é o
mesmo” (Doutrina e Convênios 1:38).

O élder Ulisses Soares, do Quórum dos Doze Após-

tolos, testificou:

O fato de termos profetas é um sinal do

amor de Deus por Seus filhos. Eles tornam as
promessas e a verdadeira natureza de Deus e
de Jesus Cristo conhecidas a Seu povo. (…)
À medida que seguimos [os profetas do
Senhor], nossa vida é mais feliz e menos
complicada, nossas dificuldades e nossos
problemas são mais fáceis de ser suportados
e criamos uma armadura espiritual à nossa Pondere em preparação para a aula
volta que nos protegerá dos ataques do De que maneiras você já foi abençoado por
inimigo em nossos dias (Ulisses Soares, “Os seguir o conselho e os ensinamentos dos
profetas falam pelo poder do Espírito Santo”, profetas?
Liahona, maio de 2018, p. 99).

SEÇÃO 2

Como posso receber as palavras

dos profetas do Senhor com
“paciência e fé” (Doutrina e
Convênios 21:5)?
Às vezes, pode ser difícil aceitar e seguir o conse-
lho e os ensinamentos dos profetas do Senhor. Isso
pode ocorrer quando não compreendemos plena-
mente a lógica por trás de suas palavras. Ou então,

79
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

porque seus ensinamentos vão contra noções e socialmente inaceitável. Mas seguir o profeta
práticas comumente aceitas pela sociedade, ou vão é sempre certo. (…)
contra nossos pontos de vista pessoais e tradições Quando damos ouvidos às palavras dos pro-
familiares. fetas, edificamos nosso lar e nossa vida sobre
um alicerce eternamente seguro, “a rocha
O élder Neil L. Andersen, do Quórum dos Doze
de nosso Redentor, que é Cristo, o Filho de
Apóstolos, deu o seguinte conselho com promessa:
Deus” (Helamã 5:12) (Carol F. McConkie, “Viver
Não fiquem surpresos se, às vezes, alguns de de acordo com as palavras dos profetas”, A
seus pontos de vista pessoais inicialmente Liahona, novembro de 2014, pp. 78–79).
não estiverem em harmonia com os ensi-
namentos do profeta do Senhor. Esses são
momentos de aprendizado e de humildade,
quando nos colocamos de joelhos para orar.
Seguimos em frente com fé, confiando em
Deus, sabendo que, com o passar do tempo,
receberemos mais clareza espiritual de nosso
Pai Celestial. (…)
Descobri que, ao estudar as palavras do
profeta de Deus em espírito de oração e,
ao cuidadosamente, com paciência, alinhar
espiritualmente minha vontade a seus ensi- O seguinte exemplo da história da Igreja pode
namentos inspirados, minha fé no Senhor ilustrar o que significa receber com paciência e fé
Jesus Cristo sempre aumenta. Se escolher- as palavras dos profetas vivos do Senhor. Falando
mos deixar seus conselhos de lado e disser- sobre a visão dos reinos de glória, registrada em
mos que sabemos mais do que ele, nossa fé Doutrina e Convênios 76 (ver também “A visão,
se enfraquece e nossa perspectiva eterna é D&C 76”, ChurchofJesusChrist.org), o presidente
obscurecida. Prometo-lhes que, se perma- Brigham Young relatou:
necerem resolutos na decisão de seguir o
Quando Deus revelou a Joseph Smith e
profeta, sua fé no Salvador aumentará (Neil L.
Sidney Rigdon que havia um lugar prepa-
Andersen, “O profeta de Deus”, Liahona, maio
rado para todos, de acordo com a luz que
de 2018, pp. 26–27).
receberam e de acordo com a maneira como
A irmã Carol F. McConkie, que serviu como rejeitaram o mal e praticaram o bem, isso foi
primeira conselheira na presidência geral das uma grande provação para muitas pessoas, e
Moças, ensinou: alguns apostataram ao saber que Deus não
iria enviar os pagãos e as criancinhas para
Ao ouvirmos atentamente, apoiarmos e rati-
o castigo eterno, mas que no devido tempo
ficarmos a palavra profética, testemunhamos
providenciaria um lugar de salvação para
que temos fé para nos submeter humilde-
todos, abençoando os honestos, virtuosos e
mente à vontade, à sabedoria e ao tempo
verdadeiros, quer eles fossem membros de
do Senhor.
uma igreja ou não. Essa era uma doutrina
Damos ouvidos à palavra profética mesmo nova para esta geração, e muitos não conse-
quando talvez nos pareça irracional, incon- guiram aceitá-la (Ensinamentos dos Presidentes
veniente e incômodo. De acordo com os da Igreja: Brigham Young, 1997, p. 292).
padrões do mundo, seguir o profeta pode
ser impopular, politicamente incorreto ou

80
 L iç ão 10 : Seguir os profetas vivos do Senhor — M aterial para preparaç ão da aula
O próprio Brigham Young teve dificuldade em acei-
tar essa doutrina a princípio. Ele afirmou: “Minhas
tradições eram tais que, quando a visão me foi expli-
cada pela primeira vez, era diretamente contrária e
oposta ao que eu havia aprendido anteriormente. Eu
disse: Espere um pouco. Não a rejeitei, mas não con-
segui entendê-la. (…) Eu [tive que] pensar e orar, ler
e pensar, até que soubesse e compreendesse plena-
mente por mim mesmo” (em Journal of D ­ iscourses,
vol. 6, p. 281).
Debata com outras pessoas e se prepare
para compartilhar com a classe
Compartilhe com um amigo ou membro da
família algo que aprendeu a respeito de seguir
os profetas do Senhor com paciência e fé. Em
seguida, pergunte: “O que ajudou você a seguir
os profetas do Senhor com paciência e fé?”
Venha para a classe preparado para comparti-
lhar o que aprendeu.
SEÇÃO 3
Qual é o papel dos profetas em
me ensinar a verdadeira doutrina?
No princípio da história da Igreja, Joseph Smith
buscou o auxílio do Senhor para lidar com mem-
bros da Igreja que haviam sido enganados por falsas
doutrinas.
[Vários meses após a Igreja ser organizada,
Joseph Smith ficou] sabendo que Hiram
Page, uma das oito testemunhas [do Livro de
Mórmon] e mestre no Sacerdócio Aarônico,
tinha começado a buscar revelações para
a Igreja por intermédio do que ele achava
ser uma pedra de vidente. Muitos santos (…)
acreditaram que essas revelações provinham
de Deus.
Joseph sabia que estava enfrentando uma
crise. As revelações de Hiram imitavam a
linguagem das escrituras. Falavam do estabe-
lecimento de Sião e da organização da Igreja,
mas às vezes contradiziam o Novo Testa-
mento e as verdades que o Senhor havia
revelado por meio de Joseph.
Sem saber muito bem o que fazer, Joseph
ficou acordado orando certa noite, rogando
por orientação (Santos: A História da Igreja
de Jesus Cristo nos Últimos Dias, Volume 1,
O Estandarte da Verdade, 1815–1846, 2018,
p. 97).
Em resposta às orações de Joseph Smith, o Senhor
deu a revelação registrada em Doutrina e Convênios
28, que esclarece o papel exclusivo de Joseph como
profeta da Igreja.
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 28:2, 7.
O Senhor também declarou que as coisas que
Hiram Page havia escrito não provinham de Deus
(ver Doutrina e Convênios 28:11). Pouco após o
recebimento dessa revelação, “os santos renuncia-
ram às revelações de Hiram e apoiaram unanime-
mente Joseph como o único que poderia receber
revelação para a Igreja” (Santos, vol. 1, p. 98).
Por possuírem as chaves para o recebimento de reve-
lação para a Igreja, os profetas vivos do Senhor têm
a responsabilidade de ensinar e esclarecer a dou-
trina para os membros da Igreja. O élder D. Todd
Christofferson, do Quórum dos Doze Apóstolos,
explicou:
Atualmente na Igreja, tal como no passado,
o estabelecimento da doutrina de Cristo ou
a correção dos desvios doutrinários é uma
questão de revelação divina concedida aos
que o Senhor investiu com autoridade apos-
tólica. (…)
81
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
Eles têm o direito, o poder e a autoridade
para declarar a mente e a vontade de Deus a
seu povo, estando sujeitos ao poder e à auto-
ridade supremos do presidente da Igreja. (…)
Como é que o Salvador revela Sua vontade
e doutrina aos profetas, videntes e revela-
dores? Ele pode agir por intermédio de um
mensageiro ou fazê-lo pessoalmente. Ele
pode falar com Sua própria voz ou pela voz
do Santo Espírito (…) (ver 1 Néfi 17:45; Dou-
trina e Convênios 9:8). Ele pode dirigir-Se a
Seus servos individualmente ou reunidos em
conselho (ver 3 Néfi 27:1–8). (…)
Devemos lembrar que nem toda declaração
feita por um líder da Igreja, no passado ou
no presente, é obrigatoriamente doutrina.
É consenso na Igreja que uma declaração
feita por um líder em uma única ocasião
representa geralmente uma opinião pessoal,
embora bem ponderada, sem a intenção
de que se torne oficial ou válida para toda a
Igreja (D. Todd Christofferson, “A doutrina de
Cristo”, A Liahona, maio de 2012, pp. 86–88).
O élder Andersen explicou que a verdadeira dou-
trina é ensinada consistentemente pelos profetas
vivos escolhidos pelo Senhor.
Alguns questionam sua fé quando encontram
uma declaração feita por um líder da Igreja,
há várias décadas, que parece incongruente
com nossa doutrina. Há um princípio impor-
tante que governa a doutrina da Igreja. A
doutrina é ensinada por todos os 15 mem-
bros da Primeira Presidência e do Quórum
dos Doze. Não está oculta num obscuro
parágrafo de um discurso. Os princípios
verdadeiros são ensinados frequentemente
por muitos. Nossa doutrina não é difícil de
achar (Neil L. Andersen, “Prova de vossa fé”, A
Liahona, novembro de 2012, p. 41).
82
Pondere em preparação para a aula
Que bênçãos você já recebeu por seguir os ensi-
namentos e o conselho dos profetas do Senhor
em nossa época?
Quer saber mais? (Opcional)
Como posso desenvolver maior fé para
seguir os profetas do Senhor?
Leia o discurso do élder Andersen
intitulado “O profeta de Deus” (Liahona,
maio de 2018, p. 24), no qual ele explica
as razões para seguirmos o profeta do
Senhor com fé, assim como as bênçãos que rece-
beremos por fazê-lo.
O que posso dizer a alguém que acha
que os profetas vivos são muito idosos
e muito distantes dos acontecimentos
atuais para orientar as gerações mais
novas de hoje?
Encontre ideias no discurso do élder
David A. Bednar intitulado “Escolhidos
para prestar testemunho de Meu nome”
(A Liahona, novembro de 2015, p. 128).
Os profetas são realmente necessários
hoje em dia?
Leia “Uma questão para o profeta vivo” (A
Liahona, janeiro de 2017, p. 80), em que
o presidente Hugh B. Brown, da Primeira
Presidência, descreve uma conversa
que teve em 1939 com um membro da Câmara dos
Comuns da Inglaterra.
 L iç ão 10: Seguir os profetas vivos do Senhor — M aterial do professor
LIÇÃO 10: MATERIAL DO PROFESSOR
Seguir os profetas vivos do Senhor
Uma das verdades fundamentais do evangelho restaurado é que o Senhor continua a chamar
profetas vivos, que revelam Sua vontade e doutrina a Seu povo. O objetivo desta lição é ajudar
a fortalecer o compromisso dos alunos em seguir os profetas do Senhor em paciência e fé.
Sugestões didáticas
O Senhor ordena aos santos que deem
ouvidos às palavras de Seu profeta.
Exiba uma foto do presidente da Igreja e pergunte
aos alunos o que eles pensam e sentem ao vê-la.
Mostre a seguinte declaração do élder Ulisses Soa-
res, do Quórum dos Doze Apóstolos, a qual está no
material de preparação:
O fato de termos profetas é um sinal do amor
de Deus por Seus filhos (Ulisses Soares, “Os
profetas falam pelo poder do Espírito Santo”,
Liahona, maio de 2018, p. 99).
• Por que o fato de termos profetas vivos é um sinal
do amor de Deus por Seus filhos? (Incentive os
alunos a relembrar o que estudaram na seção 1
do material de preparação.)
Explique que, no dia em que a Igreja foi organizada,
o profeta Joseph Smith recebeu uma revelação do
Senhor, que continha um mandamento e uma pro-
messa aos membros de Sua Igreja. Leia Doutrina e
Convênios 21:4–5 com os alunos e identifique o que
o Senhor ordenou aos membros da Igreja.
• Que verdade podemos identificar no manda-
mento do Senhor aos santos? (Usando as palavras
dos alunos, identifique uma verdade semelhante a
esta: O Senhor nos ordena a receber as palavras
do profeta como se fossem de Sua própria boca,
com paciência e fé.)
• Por que às vezes é preciso ter paciência e fé para
aceitar as palavras do profeta e dar ouvidos
a elas?
Com a classe, ou em pequenos grupos, peça aos
alunos que leiam a seguinte situação e debatam as
seguintes perguntas:
Ao conversar com uma amiga sobre a última confe-
rência geral, ela lhe diz que está tendo dificuldades
para aceitar algo ensinado por um dos líderes da
Igreja. “O que devo fazer se tiver dúvidas quanto a
algo que o profeta ensinou?”, pergunta ela.
• Por que essa dúvida pode se tornar um dilema
para um membro da Igreja?
• O que você pode dizer a sua amiga para incenti-
vá-la a agir com paciência e fé enquanto procura
tirar sua dúvida? (Incentive os alunos a pensarem
no que aprenderam na seção 2 do material de
preparação.)
• O que ajudou vocês a seguirem os profetas do
Senhor com paciência e fé? Ou o que vocês
aprenderam com o amigo ou membro da famí-
lia com quem conversaram sobre essa pergunta
(como sugerido na seção 2 do material de
preparação)?
Escreva no quadro (ou mostre) o seguinte princípio
incompleto: Ao darmos ouvidos às palavras dos
profetas do Senhor com paciência e fé…
Leia com os alunos Doutrina e Convênios 21:6 e
identifique a bênção prometida pelo Senhor àqueles
que seguirem Seus profetas com paciência e fé.
83
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
• Em sua opinião, o que significa dizer que “as
portas do inferno não prevalecerão contra vós”?
E que o Senhor “afastará de vós os poderes das
trevas”? E que Ele “fará tremerem os céus para o
vosso bem”? (Anote as respostas dos alunos no
quadro, abaixo do princípio incompleto.)
• Quais ensinamentos recentes dos profetas do
Senhor podem ajudar a nos proteger contra os
poderes das trevas e fazer com que os céus tre-
mam para nosso bem? (Você pode deixar prepa-
rados alguns exemplos para compartilhar.)
• Em que ocasiões sua disposição em seguir o con-
selho dos profetas com paciência e fé resultou em
alguma dessas bênçãos?
Dê aos alunos tempo para ponderarem, em espírito
de oração, o que podem fazer para seguir os profe-
tas do Senhor com mais paciência e fé. Por exemplo,
eles podem pensar sobre como podem agir mais
plenamente para cumprir convites e conselhos
proféticos feitos recentemente. Peça aos alunos que
registrem os pensamentos e as impressões que tive-
rem. Incentive-os a agir conforme as inspirações que
receberam do Espírito.
Os profetas do Senhor recebem revelação
e declaram a doutrina para toda a Igreja.
Peça aos alunos que relembrem a experiência com
Hiram Page e sua pedra conforme o material de
preparação.
• Que problemas as supostas revelações de Hiram
Page poderiam ter causado para os membros
da Igreja?
Relembre aos alunos que Hiram Page não apenas
alegou ter recebido revelação para a Igreja, mas que
suas revelações contradiziam a doutrina ensinada
nas escrituras e as revelações previamente recebidas
por Joseph Smith. Dentre os que aceitaram as reve-
lações de Hiram Page, estavam membros da família
Whitmer e Oliver Cowdery.
84
Leia Doutrina e Convênios 28:1–7 e identifique o
ensinamento do Senhor para Oliver Cowdery e
os membros da Igreja. Saliente que os “mistérios”
mencionados no versículo 7 se referem a “verdades
espirituais conhecidas somente por meio de revela-
ção” (Guia para Estudo das Escrituras, “Mistérios
de Deus”, scriptures​.ChurchofJesusChrist​.org).
• Que verdades esses versículos ensinam a respeito
de quem pode receber revelação para toda a
Igreja? (Os alunos podem identificar diversas
verdades, inclusive a seguinte: Somente aqueles
que portam as chaves para liderar a Igreja têm
autorização para receber revelação e estabelecer
a doutrina para toda a Igreja.)
• De que forma a compreensão dessa verdade nos
ajuda a evitar que sejamos enganados?
Explique que há grande consistência na doutrina
ensinada pelos profetas escolhidos pelo Senhor
ao longo da história da Igreja. Contudo, alguns
membros podem não saber o que fazer quando se
deparam com uma declaração feita por líderes da
Igreja no passado que pareça inconsistente com a
doutrina ensinada hoje.
• Que princípios podem nos ajudar a reconhecer
a doutrina do Senhor conforme ensinada por
Seus profetas vivos? (Você pode pedir aos alunos
que releiam as declarações feitas pelos élderes
D. Todd Christofferson e Neil L. Andersen na
seção 3 do material de preparação.)
Como parte do debate, leia a seguinte declaração do
presidente Russell M. Nelson:
Talvez nem sempre compreendam todas as
declarações de um profeta vivo. Mas, quando
sabem que um profeta é um profeta, podem
se achegar ao Senhor com humildade e fé e
podem rogar por seu próprio testemunho
sobre qualquer coisa que Seu profeta pro-
clamou (Russell M. Nelson, “Ser a verdadeira
geração do milênio”, A Liahona, outubro de
2016, p. 53).
 L iç ão 10: Seguir os profetas vivos do Senhor — M aterial do professor
Você pode encerrar a lição compartilhando seu
testemunho dos profetas vivos e das bênçãos de
segui-los com paciência e fé.
Para a próxima vez
Explique que, na próxima aula, abordaremos um
assunto que foi chamado pelo presidente Russell M.
Nelson de o “maior desafio, [a] maior causa e [o]
maior trabalho que está sendo realizado na Terra
hoje em dia” (“Juventude da promessa”, devocio-
nal mundial para a juventude, 3 de junho de 2018,
suplemento da Liahona, p. 8, ChurchofJesusChrist​
.org; grifo no original). Peça aos alunos que estu-
dem o material de preparação para a próxima aula
e venham preparados para discutir sobre os propó-
sitos e as bênçãos de se participar da grande causa e
obra de coligar Israel.
85
LIÇÃO 11: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

A coligação de Israel
Ao falar aos jovens da Igreja, o presidente Russell M. Nelson perguntou: “Vocês desejam fazer
parte do maior desafio, da maior causa e do maior trabalho que está sendo realizado na Terra
hoje em dia? Gostariam de ajudar na coligação de Israel nestes preciosos últimos dias?”
(“Juventude da promessa” [devocional mundial para os jovens, 3 de junho de 2018, suplemento
das revistas New Era e Ensign, p. 8, ChurchofJesusChrist.org; grifo do autor).

Ao estudar esta lição, identifique por que o Senhor está reunindo Seu povo de todos os cantos
do mundo e pense em como você pode ajudá-Lo a realização esta grande obra.

SEÇÃO 1 para Estudo das Escrituras, “Israel”, scriptures​

O que é a coligação de Israel? .ChurchofJesusChrist​.org).

Você pode marcar algumas das seguintes profecias

Os filhos de Israel são os descendentes do profeta
sobre a coligação de Israel.
Jacó do Velho Testamento, cujo nome foi mudado
para Israel. Eles participam do mesmo convênio
que Deus fez com o pai de Jacó, Isaque, e com
seu avô Abraão (ver Gênesis 26:3–4, 24; Abraão
2:6–11). Os 12 filhos de Jacó e seus descendentes
são a “casa de Israel” ou as “doze tribos de Israel”.
Estude em preparação para a aula
Por vezes, “o Senhor dispersou e fez padecer as
doze tribos de Israel, em virtude de sua iniquidade Leia Isaías 11:11–12 (ver também 2 Néfi 25:17;
e rebeldia. Entretanto, o Senhor também usou esta 29:1; Jacó 6:2).
dispersão do Seu povo escolhido entre as nações de
todo o mundo para abençoar essas nações” (Guia O Livro de Mórmon ensina que o próprio Salvador
reunirá os descendentes de Jacó.

86
 L iç ão 11: A coligaç ão de Israel — M aterial para preparaç ão da aula

Reformada Batista, de Sidney Rigdon, dando

assim início ao que viria se tornar um local de
reunião de centenas de membros da Igreja
no ano seguinte (ver Ensinamentos dos Presi-
Estude em preparação para a aula
dentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 157).
Leia 3 Néfi 5:24–26.
Após esse primeiro esforço missionário, o Senhor
continuou a chamar missionários para o trabalho de
Em nossa dispensação, alguns dos primeiros mem-
reunir aqueles que ouviam Sua voz.
bros da Igreja tinham grande interesse na profecia
do Livro de Mórmon sobre a reunião do povo de
Deus nos últimos dias para a edificação de Sião em
preparação para a Segunda Vinda do Salvador (ver
3 Néfi 21:23–26). Dias antes de uma conferência da
Igreja em setembro de 1830, Joseph Smith e outros
Estude em preparação para a aula
consultaram o Senhor a respeito dessa profecia e
receberam a revelação registrada em Doutrina e Leia Doutrina e Convênios 33:5–7.
Convênios 29.

Estude em preparação para a aula

Leia Doutrina e Convênios 29:1–2, 7.

Um mês após a revelação, Oliver Cowdery e três

outros iniciaram uma jornada missionária para aju-
dar na reunião dos eleitos do Senhor.

No final de dezembro de 1830, o Senhor revelou

para a Igreja por intermédio de Joseph Smith Sua
vontade em relação a um local de reunião em Ohio:

“Um mandamento dou à igreja”, declarou

O maior sucesso que os missionários
tiveram ocorreu quando pararam na região
de Kirtland, Ohio. Ali, eles batizaram cerca
de 130 conversos, principalmente dentre
os membros da congregação da Igreja
Ele, “que se reúnam no Ohio”. Eles deviam se
reunir com os recém-conversos da região de
Kirtland e esperar que os missionários voltas-
sem do Oeste. (…)
A conclamação para a mudança para Ohio
parecia aproximar os santos do cumprimento
de antigas profecias sobre a reunião do
povo de Deus. A Bíblia e o Livro de Mórmon

87
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
prometem que o Senhor reuniria Seu povo
do convênio para protegê-los dos perigos
dos últimos dias (Santos: A História da Igreja
de Jesus Cristo nos Últimos Dias, Volume 1,
O Estandarte da Verdade, 1815–1846, 2018,
p. 109).
Por meio dessa e de outras revelações, os santos
receberam ordem para se reunir primeiro em Ohio
e Missouri, depois em Illinois e depois no vale de
Salt Lake. Em cada um desses locais de coligação,
o Senhor ordenou aos santos que construíssem
um templo.
O élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze
Apóstolos, ensinou:
O Senhor reúne Seu povo para adorar, edifi-
car a Igreja, ser protegido e receber conselho
e instrução. (…)
O profeta Joseph Smith declarou que, em
todas as épocas, o propósito divino de reunir
o povo foi o de construir templos, para que
os filhos do Senhor possam receber as mais
elevadas ordenanças e assim alcançar a vida
eterna (ver Ensinamentos dos Presidentes da
Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 440). (David A.
Bednar, “The spirit and purpose of gathering”,
Devocional da Universidade Brigham Young –
Idaho, 31 de outubro de 2006, byui.edu)
88
Hoje em dia, o Senhor reúne fisicamente Seu povo
nas estacas de Sião e nos templos construídos nas
nações de toda a Terra.
Ele também os reúne espiritualmente por meio
do conhecimento de Seu evangelho (ver 1 Néfi
15:12–16).
Pondere em preparação para a aula
O que podemos aprender sobre o Senhor e Seu
caráter por meio da dispersão e coligação do
povo do convênio? Como a reunião com outros
membros da Igreja em alas, estacas e templos
abençoou sua vida?
SEÇÃO 2
Como posso ajudar o Senhor a
coligar Israel nos últimos dias?
Um dos primeiros convertidos à Igreja recém-restau-
rada, Heber C. Kimball, foi mais tarde membro do
Quórum dos Doze Apóstolos. Heber se sentia ner-
voso em relação a sua habilidade de compartilhar o
evangelho com outras pessoas. Ele recordou:
“No dia primeiro de junho de 1837, o profeta
Joseph veio falar comigo, quando eu estava
sentado (…) no Templo de Kirtland e sussur-
rou-me, dizendo: ‘Irmão Heber, o Espírito do
Senhor sussurrou para mim: ‘Que Meu servo
Heber vá para a Inglaterra e proclame Meu
evangelho e abra a porta da salvação para
aquela nação’’”. O élder Kimball se sentiu
assoberbado com a ideia daquela tarefa:
“Senti como se fosse um dos servos mais
fracos de Deus. Perguntei a Joseph o que
eu diria quando chegasse lá; ele me disse
que procurasse o Senhor, e Ele me guiaria
e falaria por meio do mesmo espírito que
o [guiava]” (Ensinamentos dos Presidentes da
Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 343).
 L iç ão 11: A coligaç ão de Israel — M aterial para preparaç ão da aula

O élder Kimball escreveu o seguinte no seu diário: compartilhar o Seu evangelho (Dallin H. Oaks,
“Compartilhar o evangelho”, A Liahona, janeiro
Sentindo minha própria fraqueza e inaptidão
de 2002, pp. 8–9).
para tal incumbência, fui levado a clamar fer-
vorosamente ao Senhor por sabedoria e pelo
consolo e apoio de que tanto precisava. (…)
Esforcei-me por depositar minha confiança
em Deus, acreditando que Ele me ajudaria
a divulgar a verdade, a me expressar, e que
Ele me ajudaria nos momentos de necessi-
dade (Diário de Heber C. Kimball, ed. por R. B.
Thompson, 1840, p. 15).
Heber C. Kimball lembrou mais tarde:

Cumpri a missão que me foi dada de acordo

com as palavras do profeta do Deus vivo e
fiquei longe de casa 11 meses e dois dias,
(…) sendo que, nesse período, cerca de 2 mil
almas se filiaram à Igreja e ao reino de Deus
(Heber C. Kimball, “Sermon”, Deseret News, 2
de dezembro de 1857, p. 3).
O presidente Dallin H. Oaks da Primeira Presi-
dência também ensinou que podemos confiar no
Senhor enquanto ajudamos a coligar Israel compar-
tilhando Seu evangelho:
Precisamos orar pedindo a ajuda e a orien-
tação do Senhor, para que sejamos instru-
mentos em Suas mãos em relação a alguém
que já esteja pronto agora — alguém que Ele
deseja que ajudemos hoje. Daí, precisamos
estar alertas para ouvir e seguir os sussurros
de Seu Espírito sobre como agir.
Essa inspiração virá. Sabemos, por incon-
táveis testemunhos pessoais, que à Sua
própria maneira e a Seu próprio tempo, o
Senhor está preparando pessoas para acei-
tarem Seu evangelho. Essas pessoas estão
buscando e, se procurarmos identificá-las, o
Senhor atenderá as suas orações ao atender
as nossas. Ele irá inspirar e guiar aqueles que
têm o desejo e sinceramente buscam orienta-
ção sobre como, onde, quando e com quem
O presidente Nelson ensinou ainda:
Participar da coligação de Israel exigirá alguns
sacrifícios de sua parte. Talvez exija algumas
mudanças em sua vida. Vai definitivamente
exigir uma parte do seu tempo, de sua ener-
gia e dos talentos que receberam de Deus.
Será que estão interessados? (…)
A coligação de Israel basicamente significa
levar o evangelho de Jesus Cristo aos filhos
de Deus — nos dois lados do véu — que não
fizeram convênios fundamentais com Deus
nem receberam as ordenanças essenciais. (…)
Vocês foram enviados à Terra nesta época
específica, a época mais importante da histó-
ria do mundo, a fim de ajudarem na coligação
de Israel! Não há nada acontecendo neste
momento na Terra que seja mais importante
do que isso. Não há nada que tenha maior
consequência. Absolutamente nada.
(…) Esta é a missão para a qual vocês foram
enviados à Terra (Russell M. Nelson, “Juven-
tude da promessa”, p. 5; grifo do autor).

89
Como posso compartilhar o evangelho com ou tras pessoas de maneira mais nat ural?

O élder Dieter F. Uchtdorf apresenta,

em seu discurso, ideias sobre como
podemos ser mais bem preparados
Agir com base no que aprenderam para compartilhar o evangelho de forma
O que farão nos próximos dias e semanas natural “Obra missionária: Compartilhar o que está
para participar mais ativamente da coligação em seu coração” (Liahona, maio de 2019, pp. 15–18).
de Israel?
Em seu discurso “A participação das
irmãs na coligação de Israel” (Liahona,
Como posso compartilhar o evangelho com outras
novembro de 2018, pp. 68–70), o presi-
pessoas de maneira mais natural?
dente Nelson destaca dons espirituais
que as mulheres da Igreja podem usar para ajudar
No vídeo “Compartilhar o Evangelho”, o presidente
a coligar Israel.
Oaks ensina como compartilhar o evangelho de
maneira autêntica e amorosa. (Ver seu discurso na
conferência geral de outubro de 2016 “Comparti-
lhar o evangelho restaurado”, Liahona, novembro
de 2016, pp. 57–60).

90
 L iç ão 11: A coligaç ão de Israel — M aterial do professor
LIÇÃO 11: MATERIAL DO PROFESSOR
A coligação de Israel
Jesus Cristo prometeu reunir Seu povo nos últimos dias (ver 3 Néfi 21:22–29). O propósito
desta lição é ajudar os alunos a entender melhor seu papel em ajudar o Senhor a coligar Israel.
Ela também ajudará os alunos a planejar como participarão mais plenamente dessa coligação.
Sugestões didáticas
O Senhor ordenou que Seus santos
se reunissem.
Mostre a gravura a seguir e peça a um aluno que
leia Doutrina e Convênios 29:1–2 em voz alta.
• O que os símbolos nesses versículos nos ensinam
sobre o Salvador? O que Jesus Cristo quer fazer
por Seu povo?
Ressalte a palavra “expiou” no versículo 1. Explique-
lhes que o presidente Russell M. Nelson ensinou
que “em hebraico, a palavra básica para Expiação é
kaphar, verbo que significa ‘cobrir’” (“A Expiação”,
A Liahona, janeiro de 1997, p. 36).
• De acordo com o versículo 2, quem é o povo do
Senhor que Ele deseja reunir e cobrir com Seus
braços de misericórdia?
Explique-lhes que a Bíblia, o Livro de Mórmon e
várias revelações dadas a Joseph Smith ensinam que
o Senhor reunirá Seu povo, a Israel dispersa, nos
últimos dias (ver Ezequiel 28:25; 2 Néfi 10:8; Dou-
trina e Convênios 33:6).
Peça aos alunos que expliquem o que entendem
a respeito da coligação de Israel. (Incentive-os a
consultar a seção 1 do material de preparação.) Você
também pode fazer perguntas como as seguintes
para ajudar a aprofundar o debate:
• Por que vocês acham que o presidente Nelson
chamaria a coligação de “o maior desafio, a
maior causa e o maior trabalho que está sendo
realizado na Terra hoje em dia”?(“Juventude da
promessa” [devocional mundial para os jovens,
3 de junho de 2018, suplemento das revistas New
Era e Ensign, p. 8, ChurchofJesusChrist.org; grifo
do autor).
• O que podemos aprender sobre o Senhor e Seu
caráter por meio da dispersão e coligação do
povo do convênio?
• Quais são algumas das razões pelas quais o
Senhor deseja que Seus santos se reúnam?
Explique-lhes que em dezembro de 1830, Joseph
Smith recebeu uma revelação ordenando que os
santos se mudassem para Ohio (ver Doutrina e
Convênios 37:1–3). Numa conferência da Igreja em
janeiro de 1831, Joseph recebeu revelações adicio-
nais, dando as razões do Senhor para ordenar que
os santos se reunissem e explicando as bênçãos
prometidas por fazê-lo.
91
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
Peça à classe que leia Doutrina e Convênios 38:28,
31–33 e identifique maneiras como os santos seriam
abençoados caso obedecessem ao mandamento
de se reunir em Ohio. Peça-lhes que relatem o que
encontrarem.
Você pode enfatizar a seguinte verdade: o Senhor
reúne Seu povo para protegê-lo e fortalecê-lo
espiritualmente.
• Como a coligação de hoje em nossas alas, estacas
e templos nos possibilita receber proteção e força
espiritual do Senhor?
• Que tipos de proteção vocês experimentaram ao
se reunirem com outros santos?
O Senhor chama e ajuda Seus servos a
coligar Israel.
Mencione novamente a gravura da galinha reunindo
seus pintinhos debaixo das asas. Mostre a seguinte
verdade: o Senhor nos chamou e nos ajudará a
coligar Israel.
Peça aos alunos que leiam Doutrina e Convênios
29:4–7 e 84:86–88 e identifique maneiras pelas quais
o Senhor nos ajudará ao auxiliarmos na coligação
de Israel. Peça aos alunos que compartilhem o que
encontraram.
Para um exemplo de como o Senhor nos ajudará a
coligar Israel, peça aos alunos que narrem ou leiam
juntos o relato da missão de Heber C. Kimball
na Inglaterra, encontrado na seção 2 do material
de preparação. Isso pode ser feito em pequenos
grupos. Convide cada grupo (ou a classe) a debater
as seguintes perguntas após recapitular o relato do
élder Kimball:
• O que posso aprender com a experiência de
Heber C. Kimball que pode me dar mais con-
fiança para ajudar a coligar Israel por meio
do compartilhamento do evangelho com
outras pessoas?
92
• Quando senti a ajuda do Senhor na proclamação
do evangelho?
• O que posso fazer para exercitar minha fé e com-
partilhar mais o evangelho com outras pessoas?
Mostre aos alunos a seguinte declaração do élder
Dieter F. Uchtdorf, do Quórum dos Doze Após-
tolos. Peça aos alunos que leiam a declaração e
depois relatem como compartilharam a mensagem
do evangelho com outras pessoas de maneira eficaz
e natural.
Onde quer que estejamos na Terra, há
muitas oportunidades para compartilharmos
as boas novas do evangelho de Jesus Cristo
com as pessoas que encontramos, com
quem estudamos, moramos, trabalhamos ou
com quem fazemos amizade. (…) Há muitas
maneiras normais e naturais de fazerem
isso. (Dieter F. Uchtdorf, “Obra missionária:
Compartilhar o que está em seu coração”,
Liahona, maio de 2019, pp. 15, 17).
Podemos participar do maravilhoso
trabalho de coligar Israel.
Mostre esta declaração do presidente Nelson e peça
a um deles que a leia em voz alta:
Sempre que vocês fazem alguma coisa para
ajudar alguém — nos dois dos lados do véu
— a fazer os convênios fundamentais com
Deus e receber as ordenanças essenciais do
batismo e do templo, você está ajudando na
coligação de Israel (Russell M. Nelson, “Juven-
tude da promessa”, p. 8; grifo do autor).
• Com base nos ensinamentos do presidente
Nelson, o que mais podemos fazer para ajudar o
Senhor a coligar Israel? (Ajude os alunos a identi-
ficar uma verdade similar à seguinte: coligamos
Israel quando ajudamos os filhos de Deus a dar
passos em direção a fazer convênios com Ele e
cumpri-los.)
 L iç ão 11: A coligaç ão de Israel — M aterial do professor
Nota: Os alunos poderão debater mais sobre a
coligação de Israel por meio da história da família
e de trabalho de templo na lição 19, “A redenção
dos mortos”.
Convide os alunos a identificar várias maneiras espe-
cíficas pelas quais poderiam ajudar a coligar Israel.
Faça uma lista com suas respostas no quadro. Você
pode pedir aos alunos que contem experiências
próprias relacionadas aos itens da lista.
Reserve tempo para os alunos ponderarem sobre
a seguinte pergunta encontrada na seção 2 do
material de preparação e escreverem uma meta
que acham que poderiam alcançar. É provável que
eles queiram planejar suas metas com um amigo
ou grupo da classe. Você também pode perguntar
se alguns alunos estariam dispostos a relatar suas
experiências em um debate futuro.
• O que farão nos próximos dias e semanas para
participar mais ativamente da coligação de Israel?
Encerre compartilhando seu testemunho de que o
Senhor está coligando Israel nos últimos dias. Asse-
gure-lhes que terão proteção e força dadas por Deus
ao se reunirem com outros santos e ao ajudarem a
coligar Israel.
Para a próxima aula
Explique-lhes que a coligação de Israel está intima-
mente relacionada à obra do Senhor de estabelecer
Sião na Terra em preparação para Sua Segunda
Vinda. Peça aos alunos que estudem o material de
preparação para a próxima aula e que estejam pre-
parados para debater o que é Sião e as bênçãos que
advêm de se ajudar a estabelecer Sião em seus lares
e nas estacas.
93
LIÇÃO 12: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

Estabelecer a causa de Sião

O profeta Joseph Smith ensinou: “Devemos fazer da edificação de Sião o nosso maior objetivo”
(Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 194). Ao estudar este material, iden-
tifique verdades que o ajudarão a entender o que é Sião, por que precisamos construí-la e o que
você pode fazer para ajudar nesse esforço.

SEÇÃO 1

O que significa estabelecer Sião?

Em dezembro de 1830, enquanto Joseph Smith
trabalhava na tradução da Bíblia, o Senhor revelou,
como agora está registrado em Moisés 7, que o pro-
feta do Velho Testamento, Enoque, havia construído
uma cidade chamada Sião.

Estude em preparação para a aula

Assista ao vídeo “Ensinamentos de Joseph Smith:
Leia Moisés 7:18–21. Preparar-se para Sião” (1:42) ou estude abaixo a
declaração do profeta Joseph Smith:

O profeta Joseph Smith declarou:

94
 L iç ão 12: E stabelecer a causa de Si ão — M aterial para preparaç ão da aula
A edificação de Sião é uma causa que foi
do interesse do povo de Deus em todas as
épocas; (…) eles aguardaram com grande e
alegre expectativa o dia em que vivemos; e
inflamados com esse alegre anseio celeste,
cantaram, escreveram e profetizaram a
respeito de nossos dias; (…) somos o povo
abençoado que Deus escolheu para trazer à
luz a glória dos últimos dias; cabe a nós ver,
participar e ajudar a levar adiante a glória dos
últimos dias.
Qualquer lugar em que os santos se reu-
nirem é Sião, um lugar seguro que todo
homem justo [e mulher justa] edificará para
seus filhos. (…)
Em breve virá o tempo em que ninguém terá
paz a não ser em Sião e suas estacas (Ensina-
mentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith,
2007, p. 194).
Numa revelação ao profeta Joseph Smith, o Senhor
declarou que Sião também se refere aos “puros de
coração” (Doutrina e Convênios 97:21).
O élder D. Todd Christofferson, do Quórum dos
Doze Apóstolos, ensinou:
Sião é tanto um lugar quanto um povo. (…)
Sião é Sião por causa do caráter, dos atri-
butos e da fidelidade de seus cidadãos. (…)
Se quisermos estabelecer Sião em nossa
casa, nosso ramo, nossa ala e nossa estaca,
(…) será necessário (1) tornar-nos unos de
coração e vontade, (2) tornar-nos individual e
coletivamente um povo santo e (3) cuidar dos
pobres e necessitados com tamanha eficácia
que eliminemos a pobreza do nosso meio.
Não podemos esperar até que Sião venha
para que essas coisas aconteçam — Sião virá
apenas se elas acontecerem. (…)
Seremos unos de coração e vontade quando
individualmente colocarmos o Salvador no
centro de nossa vida e seguirmos aque-
les que Ele comissionou para nos liderar
(D. Todd Christofferson, “A Sião vem, pois,
depressa”, A Liahona, novembro de 2008,
p. 38).
Para obter mais informações sobre as características
de um povo semelhante ao de Sião, consulte 4 Néfi
1:1–4, 15–18.
Pondere em preparação para a aula
Como colocar o Salvador no centro da minha
vida e seguir os líderes da Igreja me ajuda a ser
como as pessoas descritas em Moisés 7:18 e
Doutrina e Convênios 97:21?
SEÇÃO 2
O que aconteceu com os santos
do Missouri que tentaram
edificar Sião?
Um ano após a organização da Igreja, o Senhor
designou Independence, condado de Jackson, Mis-
souri, como “o lugar central” (Doutrina e Convênios
57:3) de Sião, onde os santos se reuniriam e edifica-
riam a cidade sagrada de Sião, também chamada de
Nova Jerusalém (ver Doutrina e Convênios 45:64–
66; 57:1–3).
95
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

Parley P. Pratt relatou:

Grupos de rufiões percorriam o condado

em todas as direções; invadindo casas sem
medo, (…) amedrontando mulheres e crian-
ças e ameaçando matá-las se não fugissem
imediatamente. (…)
Mulheres e crianças fugiram em todas as
direções. Um grupo de cerca de 150 santos
fugiu para as pradarias, onde eles vagaram
por vários dias, quase sem comida e nada
além do [céu] como abrigo. Outros grupos
fugiram na direção do rio Missouri. Enquanto
as mulheres e crianças ficavam dispersas,
A planta da cidade de Sião foi preparada sob a direção do profeta Joseph Smith e enviada para
os santos do Missouri em junho de 1833, juntamente com o projeto arquitetônico do primeiro grupos caçavam os homens, atirando em
templo de Sião.
alguns, amarrando e açoitando outros e per-
Sob a direção do profeta, os primeiros membros seguindo outros por milhas e milhas. (…)
da Igreja tentaram estabelecer a cidade de Sião no As margens [do rio Missouri] começaram a
condado de Jackson, mas tiveram dificuldades para ficar repletas, em ambos os lados da balsa,
desenvolver um bom relacionamento com os cida- de homens, mulheres e crianças; merca-
dãos do local. Discordâncias sobre questões relacio- dorias, carroças, provisões, etc., enquanto
nadas à religião, escravidão e política e a crescente a balsa seguia sendo utilizada. (…) Havia
população de santos incitaram muitos dos outros centenas de pessoas em todas as direções,
cidadãos do condado de Jackson a pedir a expulsão algumas em barracas e outras ao ar livre ao
dos santos. redor de fogueiras, enquanto chovia torren-
cialmente. Maridos perguntavam pela esposa,
Em 20 de julho de 1833, uma turba de cidadãos no esposas pelo marido, pais pelos filhos, e
condado de Jackson confrontou os líderes locais filhos pelos pais. Alguns tiveram a sorte de
da Igreja em uma reunião no tribunal do condado escapar com a família, artigos de uso domés-
e exigiram que os santos fechassem sua gráfica e tico e algumas provisões; enquanto outros
loja e deixassem o condado. Os líderes da Igreja se não sabiam nada sobre o paradeiro de seus
recusaram, então a turba destruiu a gráfica da Igreja amigos e haviam perdido tudo. (…)
e cobriu de piche e penas o bispo Edward Partridge
Cada membro de [nossa] sociedade foi
e Charles Allen, um membro da Igreja. Três dias
expulso do condado, campos de milho foram
depois, a turba ameaçou mais violência. Sob pres- saqueados e destruídos; pilhas de trigo
são, os líderes locais da Igreja concordaram em dei- queimadas, artigos domésticos roubados e
xar o condado na primavera seguinte. No entanto, melhorias e todo tipo de propriedade des-
quando os líderes e membros da Igreja mais tarde truídas (Autobiography of Parley P. Pratt, ed.
decidiram ficar e lutar por seus direitos no outono por Parley P. Pratt Jr., 1938, pp. 101–103).
de 1833, a violência da turba continuou.

96
 L iç ão 12: E stabelecer a causa de Si ão — M aterial para preparaç ão da aula

Anote suas impressões

Ao revisar essas escrituras, marque ou liste as
ações e atitudes que o Senhor exige daqueles
que desejam estabelecer Sião nos últimos dias.




C. C. A. Christensen (1831–1912), Os Santos São Expulsos do Condado de Jackson, Missouri, aprox.

1878, pintura em musselina, 2 x 2,87 metros. Museu de Arte da Universidade Brigham Young, SEÇÃO 4
doação dos netos de C.C.A. Christensen, 1970.

Qual é o futuro de Sião?

Mais de mil santos foram expulsos do condado
de Jackson e mais de 200 de suas casas foram O élder Christofferson ensinou que, ao estabelecer-
queimadas. mos Sião, preparamos a nós mesmos e ao mundo
para receber o Salvador em Sua Segunda Vinda:

SEÇÃO 3 [Algo] crucial para o retorno do Senhor é a

presença na Terra de um povo preparado
O que impediu os santos de para recebê-Lo quando Ele vier. (…)
estabelecer Sião no condado de Em tempos antigos, Deus tomou a cidade
Jackson, Missouri? justa de Sião para Si. Em contrapartida, nos
últimos dias a nova Sião receberá o Senhor
Nos meses que se seguiram à violenta expulsão dos quando Ele retornar. (…)
santos do condado de Jackson, o Senhor revelou
Enquanto nos esforçamos para sermos dili-
ao profeta Joseph Smith as razões pelas quais
gentes na edificação de Sião, incluindo nossa
havia permitido que Seus santos fossem persegui- parte na coligação dos eleitos do Senhor e
dos e expulsos de suas terras e lares. Ao estudar na redenção dos mortos, devemos dar uma
as seguintes passagens das escrituras de Doutrina pausa para nos lembrarmos de que isso é
e Convênios 101 e 105, identifique quais ações e obra do Senhor e que Ele a está realizando.
atitudes impediram os santos de estabelecer Sião no (…)
condado de Jackson, Missouri.
Esta grandiosa e última dispensação está se
aproximando rapidamente de seu clímax —
Sião na Terra reunindo-se à Sião do alto no
glorioso retorno do Salvador. (…) Que nos
envolvamos com a edificação de Sião para
apressarmos esse dia (D. Todd Christoffer-
Estude em preparação para a aula son, “Preparar-se para o retorno do Senhor”,
Leia Doutrina e Convênios 101:2–3, 6–8 e Dou- Liahona, maio de 2019, pp. 82–84).
trina e Convênios 105:3–6.

97
O nde p osso a pr ender m a is s o b r e o e s ta b el ecimen to da c aus a de Si ão?

Parte do que Joseph Smith ensinou sobre o

Pondere em preparação para a aula
O que vocês estão fazendo para ajudar a edificar
Sião em preparação para a Segunda Vinda do
Senhor? O que mais podem fazer?
Onde posso aprender mais sobre o estabelecimento
da causa de Sião?
estabelecimento de Sião pode ser encontrada em
Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith,
capítulo 15, “Estabelecer a causa de Sião” (pp.
191–199).
Em seu discurso “A Sião vem, pois,
depressa” A Liahona, novembro de 2008,
pp. 37–40), o élder D. Todd Christoffer-
son explicou o que podemos fazer para
ajudar a estabelecer Sião.

O presidente Spencer W. Kimball em sua

mensagem “Tornar-se puro de coração”
(A Liahona, março de 1985, pp. 2–5) fala
de abnegação, cooperação e sacrifício
como fundamentais para a edificação de Sião.

98
 L iç ão 12: E stabelecer a causa de Si ão — M aterial do professor
LIÇÃO 12: MATERIAL DO PROFESSOR
Estabelecer a causa de Sião
Depois de receberem do Senhor o mandamento de estabelecer a causa de Sião, os primeiros
santos começaram a construir um local de reunião no condado de Jackson, Missouri. O propó-
sito desta lição é ajudar os alunos a identificar maneiras pelas quais eles podem ajudar a edifi-
car Sião em nossos dias.
Sugestões didáticas
O Senhor ordena Seu povo a estabelecer a
causa de Sião.
Peça aos alunos que pensem em quantas vezes ora-
ram ao Pai Celestial pedindo ajuda para saber o que
Ele gostaria que fizessem de suas vidas.
Explique aos alunos que, na primavera de 1829,
antes da organização da Igreja, Joseph Smith rece-
beu revelações para Oliver Cowdery, Hyrum Smith
e Joseph Knight. Cada um desses homens desejava
saber o que o Senhor gostaria que fizessem. Anote
as seguintes referências das escrituras no quadro:
Doutrina e Convênios 6:6; 11:6; 12:6.
Peça aos alunos que leiam os versículos em silên-
cio e identifiquem o que o Senhor disse a cada um
desses homens.
• O que vocês acham que significa “trazer à luz e
estabelecer a causa de Sião”? (Doutrina e Convê-
nios 6:6).
Peça a um aluno que leia em voz alta a declaração
de Joseph Smith na seção 1 do material de prepara-
ção. Ou você pode mostrar o vídeo “Ensinamentos
de Joseph Smith: Preparar-se para Sião” (1:42). Peça
à classe que identifique o que Joseph Smith ensinou
sobre Sião.
• Por que vocês acham que Sião é uma causa que
interessou ao povo de Deus em todas as épocas?
(Peça aos alunos que se recordem do que apren-
deram no material de preparação.)
Escreva a seguinte frase incompleta no quadro:
Podemos edificar Sião ao …
Explique-lhes que em novembro e dezembro de
1830, enquanto Joseph Smith trabalhava em sua
tradução inspirada da Bíblia, ele recebeu revelações
sobre o antigo profeta Enoque e seu povo. Peça
a um aluno que leia Moisés 7:18–19, 21 e a outro
aluno que leia Doutrina e Convênios 97:21 em voz
alta. Peça à classe que preste atenção às descrições
do Senhor sobre Sião.
• O que podemos aprender com as descrições do
Senhor sobre Sião e que nos ajuda a saber como
edificar Sião em nossos dias? (Anote as respostas
dos alunos no quadro abaixo da frase incom-
pleta. As respostas dos alunos podem variar,
mas podem incluir exemplos como o seguinte:
Podemos edificar Sião ao nos tornarmos unos
em coração e vontade, vivendo em retidão,
cuidando dos pobres e necessitados e nos esfor-
çando para ser puros de coração.)
• Que diferença isso poderia fazer em uma família,
ala ou ramo em que todos fossem “unos de cora-
ção e vontade”?
Peça aos alunos que releiam a declaração do élder
D. Todd Christofferson, do Quórum dos Doze
Apóstolos, na seção 1 do material de preparação.
Peça aos alunos que identifiquem como podemos
nos tornar unos de coração e vontade. Depois dos
relatos, você pode adicionar o seguinte: colocar
o Salvador no centro de nossas vidas e seguir os
líderes da Igreja à lista do quadro.
99
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
• Como vocês acham que colocar o Salvador no
centro de nossas vidas e seguir os líderes da
Igreja pode nos ajudar a nos tornar pessoas seme-
lhantes às de Sião?
Os santos tentaram edificar a cidade de
Sião no condado de Jackson, Missouri.
Explique-lhes que os santos aprenderam em Moisés
7 que, antes da Segunda Vinda, o povo do Senhor
seria novamente reunido e edificaria outra cidade de
Sião (ver Moisés 7:62). Alguns meses depois de rece-
ber a revelação registrada em Moisés 7, o profeta
Joseph Smith recebeu outra revelação durante uma
conferência da Igreja que revelou mais a respeito
dessa futura cidade de Sião (ver Doutrina e Convê-
nios 45).
Peça à classe que leia Doutrina e Convênios 45:66–
71 e identifique descrições da cidade de Sião.
• Que efeito vocês imaginam que essa revelação
teve nos primeiros santos?
Lembre os alunos de que Joseph Smith depois
soube por revelação que “o lugar central” da cidade
de Sião seria em Independence, condado de Jack-
son, Missouri (Doutrina e Convênios 57:3).
• Que desafios impediram os santos de edificar a
cidade de Sião no condado de Jackson? (Incen-
tive os alunos a recordarem o que aprenderam na
seção 2 do material de preparação.)
• Que perguntas podem ter passado pela cabeça
dos santos após terem sido expulsos do condado
de Jackson?
Sião só pode ser edificada sobre princípios
de retidão.
Explique-lhes que nos meses que se seguiram à
violenta expulsão dos santos do condado de Jackson
por turbas do Missouri, Joseph Smith se debateu
para tentar entender “por que Deus permitiu que
100
sobreviesse tamanha calamidade à Sião” e “de que
maneira ele traria [Sião] de volta à [sua] herança”
(“Carta a Edward Partridge e outros, 10 de dezem-
bro de 1833”, josephsmithpapers.org). O Senhor
finalmente deu a Joseph uma visão das razões pelas
quais os santos foram perseguidos e expulsos.
Peça à metade da classe que releia Doutrina e
Convênios 101:2–3, 6–8 e à outra metade que releia
Doutrina e Convênios 105:3–6, que são passagens
que eles estudaram na seção 3 do material de prepa-
ração. Peça aos alunos que compartilhem seus pen-
samentos em relação às seguintes perguntas sobre as
quais foram convidados a ponderar:
• O que impediu os santos de estabelecer a causa
de Sião no condado de Jackson, Missouri?
• Que ações e atitudes o Senhor exige daqueles que
desejam edificar Sião nos últimos dias? (Adicione
as respostas dos alunos à lista no quadro abaixo
da frase Podemos edificar Sião ao …)
Explique-lhes que, embora Independence, Missouri,
seja “o lugar central” de Sião (Doutrina e Convênios
57:3), o profeta Joseph Smith ensinou que “qualquer
lugar em que os santos se reunirem é Sião” (Ensina-
mentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p.
194). Hoje, isso inclui todas as estacas da Igreja em
todo o mundo.
Mostre a seguinte citação de Joseph Smith:
“Devemos fazer da edificação de Sião o nosso
maior objetivo” (Ensinamentos dos Presidentes
da Igreja: Joseph Smith, p. 194).
• Com base no que aprenderam sobre Sião, por
que vocês acham que a edificação de Sião deve
ser um dos nossos maiores objetivos?
Dê aos alunos tempo para rever o que aprenderam
com as experiências dos primeiros santos e com as
revelações sobre a edificação de Sião. Convide-os a
refletir sobre o que podem fazer agora para ajudar
a estabelecer Sião no lar, nas alas e nos ramos. Você
 L iç ão 12: E stabelecer a causa de Si ão — M aterial do professor
pode incentivá-los a registrar pensamentos e impres-
sões que receberem. Você também pode pedir a
vários alunos que compartilhem o que farão. Relem-
bre-os de não contar nada muito pessoal.
Para a próxima aula
Explique-lhes que, para ajudar Seus santos a estabe-
lecer Sião, o Senhor revelou as leis de consagração,
de moralidade, de saúde e do Dia do Senhor, entre
outras. Ressalte que os alunos terão a oportunidade
de estudar um ou mais desses tópicos enquanto se
preparam para a próxima aula. Incentive-os a vir
para a próxima aula prontos para compartilhar algo
único que descobriram sobre uma ou mais des-
sas leis.
101
LIÇÃO 13: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

As leis de Deus
Pense nas atitudes em relação às leis e aos mandamentos de Deus que você observa no mundo
ao seu redor. Essas atitudes são positivas, negativas ou indiferentes? Ao estudar as leis e os
mandamentos restaurados por intermédio do profeta Joseph Smith, identifique maneiras pelas
quais eles podem trazer paz e proteção e ajudá-lo a se tornar mais semelhante ao Salvador.

SEÇÃO 1 consagração (ver Doutrina e Convênios 42:30–35).

Como a obediência às leis de
Deus abençoa minha vida?
Em dezembro de 1830, o Senhor ordenou que os
santos que viviam em Nova York se reunissem com
os santos em Ohio. O Senhor prometeu que, se
obedecessem, Ele lhes revelaria Sua lei e os investi-
ria “de poder do alto” (Doutrina e Convênios 38:32).
Pouco depois de chegar em Ohio, em fevereiro de
1831, o profeta Joseph Smith recebeu uma revelação
na qual o Senhor revelou Sua lei (ver Doutrina e
Convênios 42). Na revelação, o Senhor reafirmou
a necessidade de se guardar mandamentos que Ele
tinha dado a Seu povo antigamente, incluindo a lei
da castidade.
O Senhor também instruiu os santos a cuidar
dos pobres e a edificar Seu reino, vivendo a lei da
Assim como havia ensinado a Seus antigos após-
tolos, o Senhor explicou que, quando os santos O
servem e guardam Seus mandamentos, eles demons-
tram amor por Ele (ver João 14:15; Doutrina e
Convênios 42:29).
Nos anos que se seguiram, o Senhor restaurou
mais de Suas leis antigas por intermédio de Joseph
Smith, incluindo o Dia do Senhor (ver Doutrina e
Convênios 59; 68:29) e a lei do dízimo (ver Doutrina
e Convênios 64:23; 119). Ele também revelou uma
lei de saúde conhecida como a Palavra de Sabedoria
(ver Doutrina e Convênios 89).
Para se preparar para a aula, estude uma ou mais
das seguintes leis que o Senhor reafirmou ou reve-
lou em nossos dias: (1) a lei da castidade, (2) a lei
da consagração, (3) o Dia do Senhor, ou (4) a lei de
saúde, conhecida como a Palavra de Sabedoria. Use

102
 L iç ão 13: A s leis de Deus — M aterial para preparaç ão da aula
os recursos abaixo ao estudar a lei ou leis que você
escolheu. Você também pode procurar recursos
adicionais em ChurchofJesusChrist.org. Venha para
a aula pronto para debater as seguintes perguntas:
1. Que verdade ou verdades vocês aprenderam com
seu estudo?
2. Que desafios estão associados à obediência a essa
lei hoje e como eles podem ser superados?
3. Que bênçãos você já experimentou ao cumprir
essa lei?
4. De que maneira obedecer a essa lei pode ajudá-lo
a se tornar mais semelhante ao Pai Celestial e a
Seu Filho, Jesus Cristo?
SEÇÃO 2
A lei da castidade
1. Estude Doutrina e Convênios 42:22–25 e
identifique a doutrina e os princípios que o
Senhor ensina sobre pureza sexual.
2. Considere o que o élder Jeffrey R. Holland, do
Quórum dos Doze Apóstolos, ensinou sobre a
seriedade da violação da lei da castidade dada
por Deus e o caráter sagrado da intimidade
sexual. Estude os parágrafos 9–16 de seu
discurso “Pureza pessoal” (Ensign, novembro de
1998, pp. 75–79), e identifique os motivos pelos
quais devemos proteger cuidadosamente nossa
pureza sexual.
3. Assista ao vídeo “A Lei da Castidade” (2:03)
em ChurchofJesusChrist.org e identifique a
importância e as bênçãos de se guardar a lei da
castidade.
Estude a seção “Pureza sexual” encontrada em Para
o Vigor da Juventude (2011) para obter os ensina-
mentos atuais da Igreja sobre a lei da castidade.
Assista ao vídeo “Cremos em Ser Castos” (1:17).
Nesse vídeo, o élder David A. Bednar, do Quórum
dos Doze Apóstolos, descreve o padrão do Senhor
para a moralidade sexual.
Assista ao vídeo “Eu Escolhi Ser Puro” (4:19). Nesse
vídeo, seis jovens adultos de diferentes denomina-
ções religiosas falam abertamente sobre por que
escolheram ser puros.
103
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

SEÇÃO 3 • Estude o artigo “Consagração e mordomia”

A lei da consagração em ChurchofJesusChrist.org e identifique
maneiras pelas quais os santos dos últimos dias
viveram a lei da consagração.

Leia o discurso do élder D. Todd Chris-

tofferson “Reflexões sobre uma vida
consagrada” (A Liahona, novembro de
2010, pp. 16–19). Nesse discurso, o élder
Christofferson, do Quórum dos Doze Apóstolos,
explica como os santos dos últimos dias podem
levar uma vida consagrada.

SEÇÃO 4

O Dia do Senhor
Saiba mais sobre a lei da consagração fazendo o
seguinte:

1. Leia o que o Guia para Estudo das Escrituras

ensina sobre a lei da consagração.

2. Leia como alguns dos primeiros santos

procuraram viver a lei da consagração. Antes
da chegada de Joseph Smith a Kirtland, Ohio,
em fevereiro de 1831, muitos dos santos de
Kirtland estavam se esforçando para seguir o
exemplo dos santos do Novo Testamento para
os quais “todas as coisas lhes eram comuns” (ver
Atos 4:32), tentando compartilhar seus bens e
suas propriedades entre si como uma família
numerosa. Estude Doutrina e Convênios 42:30–
1. Quando os membros da Igreja se estabeleceram
35 e identifique as instruções do Senhor que
no condado de Jackson, Missouri, no verão de
esclareceram como os santos deveriam cuidar
1831, eles encontraram uma comunidade na
uns dos outros sob a lei da consagração.
fronteira onde prevalecia a jogatina, a bebedeira,
a violência e o não cumprimento do Dia do
3. Faça uma das seguintes atividades:
Senhor. Estude Doutrina e Convênios 59:9–19
• Assista ao vídeo “A Lei da Consagração” (5:02) e identifique o que o Senhor instruiu os santos
em ChurchofJesusChrist.org e preste atenção a fazer para ajudá-los a resistir à influência da
às descrições de como os primeiros santos dos iniquidade do mundo.
últimos dias viveram a lei da consagração.

104
 L iç ão 13: A s leis de Deus — M aterial para preparaç ão da aula
2. O presidente Russell M. Nelson ensinou a
respeito do significado do Dia do Senhor. Leia
os parágrafos 3–16 do seu discurso “O Dia do
Senhor é deleitoso” (A Liahona, maio de 2015,
pp. 129–130). Procure conselhos que possam
ajudá-lo a tornar o Dia do Senhor deleitoso.
3. Assista ao vídeo “No Meu Dia Santificado —
Honrar o Dia do Senhor” (1:30), no qual o élder
Jeffrey R. Holland explica algumas das bênçãos
de se honrar o Dia do Senhor.
2. Alguns santos dos últimos dias se perguntam
Assista ao vídeo “No Meu Dia Santificado” (9:52).
Nesse vídeo, o élder Jeffrey R. Holland ensina a
respeito dos propósitos e das bênçãos do Dia
do Senhor.
SEÇÃO 5
A lei de saúde
1. A Escola dos Profetas, organizada em janeiro
de 1833, começou a se reunir regularmente no
segundo andar da Loja de Newel K. Whitney
em Kirtland, Ohio. Durante essas reuniões,
os irmãos costumavam fazer uso de tabaco.
Depois que sua esposa, Emma, expressou suas
preocupações, Joseph Smith consultou o Senhor
e recebeu a revelação conhecida como a Palavra
de Sabedoria (ver Santos: A História de A Igreja de
Jesus Cristo nos Últimos Dias, vol. 1, O Estandarte
da Verdade, 1815–1846, 2018, pp. 167–168).
Estude Doutrina e Convênios 89:1–14, 18–21 e
considere marcar as instruções e promessas do
Senhor aos santos.
por que a Palavra de Sabedoria não proíbe
especificamente outras substâncias nocivas.
O presidente Boyd K. Packer, do Quórum
dos Doze Apóstolos, abordou essa questão e
esclareceu as bênçãos prometidas por se guardar
a Palavra de Sabedoria. Leia os parágrafos 10–12
e 23–34 de seu discurso “A Palavra de Sabedoria:
O princípio e as promessas” (A Liahona, julho de
1996, pp. 17–19).
Estude a seção “Saúde física e emocional” em
Para o Vigor da Juventude (2011) para obter os
ensinamentos atuais da Igreja sobre a Palavra de
Sabedoria.
A Palavra de Sabedoria veio por revelação, mas
inicialmente não foi enviada como “mandamento
ou coerção” (Doutrina e Convênios 89:2). Leia
o artigo “Palavra de Sabedoria (D&C 89)” em
ChurchofJesusChrist.org. Identifique como a
­observância da Palavra de Sabedoria mudou ao
longo do tempo.
105
L iç ão 13: A s leis de Deus — M aterial do professor
LIÇÃO 13: MATERIAL DO PROFESSOR
As leis de Deus
O Senhor revelou Suas leis e mandamentos novamente nesta dispensação por intermédio de
Joseph Smith e dos profetas subsequentes. Esta lição preparará os alunos para explicar os
propósitos divinos de Deus em dar mandamentos a Seus filhos. Os alunos também serão con-
vidados a determinar o que podem fazer para guardar com mais fidelidade os mandamentos
do Senhor.
Sugestões didáticas
O Senhor nos dá leis e mandamentos para
nossa salvação.
Mostre aos alunos o vídeo “Por Que Deus Nos Dá
Mandamentos?” (0:39) e peça-lhes que identifiquem
o que o vídeo ilustra a respeito da maneira como
algumas pessoas veem os mandamentos de Deus.
• Como o vídeo ilustra a atitude de alguns jovens
adultos em relação às leis e aos mandamentos
de Deus?
• O que algumas pessoas que consideram restritiva
a lei de Deus não entendem?
Explique-lhes que existem propósitos mais impor-
tantes para as leis de Deus do que meramente pro-
teção física ou teste mortal. Em suas revelações ao
profeta Joseph Smith, o Senhor ensinou aos santos
algumas razões mais elevadas pelas quais Deus dá
a Seus filhos leis e mandamentos. Convide metade
da classe a ler em silêncio Doutrina e Convênios
93:19–20 e a outra metade, Doutrina e Convênios
130:20–21. Peça aos alunos que identifiquem as
promessas do Senhor para aqueles que guardam as
leis e os mandamentos de Deus. Peça aos alunos que
relatem o que encontrarem.
Explique-lhes que a “plenitude” de Deus mencio-
nada em Doutrina e Convênios 93:19–20 é a pro-
messa de vida eterna — para entrar na presença de
106
Deus e se tornar como o Pai e o Filho (ver D&C
76:94).
• Como você resumiria uma das verdades dessas
passagens das escrituras sobre por que o Pai
Celestial dá os mandamentos a Seus filhos?
(Usando as palavras dos alunos, escreva no
quadro ou mostre uma declaração de doutrina
similar à seguinte: o Pai Celestial dá mandamen-
tos a Seus filhos para que Ele possa abençoá-los
e ajudá-los a se tornarem como Ele.)
Para aprofundar o entendimento dos alunos em
relação a essa verdade, mostre-lhes a seguinte
declaração do élder Dale G. Renlund, do Quórum
dos Doze Apóstolos, e peça a um deles que a leia em
voz alta:
O plano de Deus contém instruções para nós,
mencionadas nas escrituras como manda-
mentos. Esses mandamentos não são um
conjunto de regras excêntricas ou arbitrárias
impostas somente para nos treinar a ser
obedientes. Eles estão ligados ao desen-
volvimento de nossos atributos divinos, ao
retorno ao nosso Pai Celestial e ao recebi-
mento de alegria duradoura (“Escolhei hoje”,
Liahona, novembro de 2018, p. 105).
• Como os mandamentos são uma indicação do
amor de nosso Pai Celestial e de nosso Salvador
por nós?

• Que diferença pode fazer em nossa vida ver os
mandamentos como instruções amorosas que nos
ajudarão a adquirir os atributos da divindade e a
ter alegria?
O Senhor dá aos santos Sua lei.
Lembre os alunos de que logo após o profeta Joseph
Smith se mudar para Kirtland, Ohio, ele recebeu
uma revelação contendo a lei do Senhor para Sua
Igreja (ver Doutrina e Convênios 42). Nos anos que
se seguiram, o Senhor ensinou aos santos mais de
Sua lei.
• Quais são algumas das leis e mandamentos
antigos que o Senhor reafirmou em nossa
dispensação?
Lembre os alunos da tarefa que receberam no mate-
rial de preparação. Dê aos alunos alguns minutos
para recapitular a lei ou leis que estudaram. Con-
vide os alunos que talvez não tenham estudado uma
das leis descritas no material de preparação a fazê-lo
durante esse período.
MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Debates e tarefas em pequenos grupos
podem ajudar os alunos a aprender mais
profundamente. Dividir a classe em duplas ou
em pequenos grupos permite que mais alunos
expressem suas ideias e seus sentimentos e
ensinem uns aos outros. Para ajudar os alunos
a ter uma experiência significativa juntos, cer-
tifique-se de que eles entendam a intenção e a
relevância do que debaterão antes de começar.
Você também pode designar um líder para o
debate ou designar um aluno para compartilhar
primeiro.
Após dar-lhes tempo suficiente, divida a classe
em pequenos grupos (de dois a cinco alunos por
grupo) de acordo com a lei que escolheram estudar.
L iç ão 13: A s leis de Deus — M aterial do professor
Por exemplo, dois a cinco alunos que optaram por
estudar a lei da consagração formariam um grupo.
Pode ser necessário vários grupos para que deba-
tam a mesma lei se mais de cinco alunos escolherem
estudar a mesma lei. (Se sua classe for pequena
ou se apenas um aluno optar por estudar uma lei
específica, ajuste essa atividade para atender às
necessidades de sua turma. Por exemplo, você pode
convidar esse aluno a compartilhar com você ou
com um grupo que estudou um tópico diferente o
que aprendeu.)
Peça aos alunos que designem um membro do
grupo como líder. Entregue a cada líder de grupo
uma cópia do folheto anexo “As Leis de Deus”.
As Leis de Deus
Instruções para o líder do grupo: conduza seu
grupo em um debate significativo a respeito das
seguintes perguntas. Certifique-se de incluir
cada membro do grupo no debate.
1. Que verdade ou verdades vocês aprenderam
com seu estudo?
2. Que desafios estão associados à obediên-
cia a essa lei hoje e como eles podem ser
superados?
3. Que bênçãos vocês ou sua família receberam
por cumprir essa lei?
4. Como a obediência a essa lei os ajuda a se
tornarem mais como o Pai Celestial?
Ao concluir, escolha uma pessoa para compar-
tilhar com a classe alguns destaques do debate
em grupo.
Dê aos grupos 10 minutos ou tempo suficiente para
um debate significativo. Após dar-lhes tempo sufi-
ciente, convide representantes de cada grupo para
compartilhar com toda a classe alguns destaques de
seu debate. Você pode incentivar cada representante
a compartilhar como a obediência à lei que ele ou
ela estudou pode nos ajudar a nos tornarmos mais
parecidos com nosso Pai Celestial.
107
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

Preste seu testemunho e experiência de como a
obediência às leis e aos mandamentos de Deus aben-
çoou sua vida e o ajudou a se tornar mais parecido
com o Pai Celestial.
Mostre as seguintes perguntas. Dê aos alunos tempo
para refletir sobre as perguntas, anotar suas impres-
sões e identificar as ações que se sentem inspirados
a pôr em prática. Incentive os alunos a procurar
em espírito de oração a ajuda e a orientação do Pai
Celestial para agir de acordo com as impressões que
receberam. Você também pode convidá-los a deter-
minar em quanto tempo devem acompanhar o que
se comprometeram a fazer.
• Quais dos mandamentos do Senhor debatidos
hoje eu poderia guardar mais fielmente?
• O que eu preciso mudar, começar a fazer ou
parar de fazer de maneira específica para guardar
mais plenamente esse mandamento?
• Que tipos de bênçãos, atributos divinos e alegria
entrariam em minha vida ao seguir esse manda-
mento mais de perto e com mais sinceridade?
Para a próxima aula
Explique-lhes que uma das crenças únicas de A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
é que Deus continua a guiar Seus filhos, fornecendo
escrituras adicionais. Peça aos alunos que estudem
o material de preparação para a próxima lição e se
preparem para debater como as escrituras adicionais
esclarecem e aprofundam nossa compreensão do
evangelho do Salvador.

108
LIÇÃO 14: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

O Senhor revela outras escrituras

O presidente Russell M. Nelson observou: “Por intermédio [do profeta Joseph Smith], recebe-
mos mais páginas de escrituras do que de qualquer outro profeta” (“Pegue a onda”, A Liahona,
maio de 2013, p. 47). As escrituras que o Senhor revelou por intermédio de Joseph Smith for-
necem um testemunho irrefutável de seu chamado divino como profeta. Ao estudar esta lição,
reflita sobre como essas outras escrituras aumentam sua compreensão e seu testemunho do Pai
Celestial, de Jesus Cristo e do evangelho.

SEÇÃO 1 com o Livro de Mórmon, Doutrina e Convênios e a

No que acreditamos quando se
trata de revelação contínua e
outras escrituras?
Em resposta à pergunta do editor de um jornal em
Chicago sobre as crenças da Igreja de Jesus Cristo,
Joseph Smith declarou: “Cremos em tudo o que
Deus revelou, em tudo o que Ele revela agora, e cre-
mos que Ele ainda revelará muitas coisas grandiosas
e importantes relativas ao Reino de Deus” (Regras
de Fé 1:9).
Essa crença em revelação contínua por meio de pro-
fetas atuais é uma característica peculiar de A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Além
da Bíblia Sagrada, aprendemos verdades essenciais
Pérola de Grande Valor, considerando todos como
escritura.
A tradução da Bíblia feita por Joseph Smith, além
de esclarecer muitas passagens bíblicas, também
restaura muitas verdades claras e preciosas que se
perderam através dos séculos.
SEÇÃO 2
De que maneira o estudo de
Doutrina e Convênios pode
abençoar minha vida?
O profeta Joseph Smith escreveu: “No começo da
Igreja, havia um grande desejo de se obter a palavra

109
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
do Senhor sobre todos os assuntos que, de alguma
forma, diziam respeito à nossa salvação” (History,
1838–1856, Manuscript History of the Church, vol.
A-1, p. 146, josephsmithpapers.org). O Senhor, em
Sua bondade, respondeu inúmeras vezes a esses
anseios por meio de revelação.
Fazia apenas 18 meses desde que a Igreja tinha sido
organizada quando o profeta propôs a um grupo de
élderes, numa conferência em Hiram, Ohio, que eles
compilassem e publicassem as revelações dadas pelo
Senhor. Dessa maneira, as revelações ficariam dis-
poníveis a todos os membros da Igreja e ajudariam
na obra missionária. Nessa conferência, os membros
declararam que as revelações “valiam tanto (…)
quanto as riquezas de toda a Terra” (Minute Book 2,
p. 18, josephsmithpapers.org). Pouco tempo depois,
110
as revelações foram publicadas numa coletânea
chamada Livro de Mandamentos. Mais tarde, essas e
outras revelações foram publicadas como Doutrina
e Convênios.
A introdução de Doutrina e Convênios esclarece por
que a compilação das revelações era tão importante:
“As mensagens, advertências e exortações são para
benefício de toda a humanidade e convidam todas
as pessoas de todos os lugares para ouvirem a voz
do Senhor Jesus Cristo, falando-lhes para o seu
bem-estar terreno e sua salvação eterna” (Introdu-
ção a Doutrina e Convênios; ver também Doutrina e
Convênios 18:34–36).
Durante a conferência de élderes, Joseph recebeu
a revelação que hoje está registrada em Doutrina e
Convênios 1. Essa seção consiste em um prefácio
feito pelo próprio Senhor para as revelações.
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 1:17, 21–23, 37.
Pondere em preparação para a aula
Pense em como o Senhor já falou com você
por meio de seu estudo de Doutrina e Convê-
nios. Encontre uma passagem de escritura em
Doutrina e Convênios que fortaleceu sua fé em
Jesus Cristo. Venha para a aula preparado para
compartilhar essa passagem.
 L iç ão 14: O Senhor revela ou tras escrit uras — M aterial para preparaç ão da aula
SEÇÃO 3
De que maneira a Tradução
de Joseph Smith e a Pérola de
Grande Valor aumentam sua
compreensão do Salvador e de
Seu evangelho?
Durante toda a vida, o profeta Joseph Smith
mostrou que tinha grande amor pela Bíblia. No
entanto, ele sabia que havia problemas com o texto.
Ele disse:
Creio na Bíblia como ela estava escrita
quando saiu da pena dos autores originais.
Tradutores ignorantes, copistas descuidados
ou sacerdotes ardilosos e corruptos comete-
ram muitos erros. (Ensinamentos dos Presiden-
tes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 215).
No começo do verão de 1830, Joseph Smith come-
çou a fazer uma tradução inspirada da Bíblia. Ele
não traduziu a Bíblia de um idioma para outro nem
tinha o manuscrito original da Bíblia para ser usado
na tradução. Em vez disso, Joseph lia e estudava as
passagens da versão do rei Jaime da Bíblia inglesa e
depois fazia correções e acréscimos conforme inspi-
rado pelo Espírito Santo.
Parte da revisão inspirada do profeta se encontra
nas notas de rodapé e no apêndice de algumas edi-
ções da Bíblia e do Guia para Estudo das Escrituras
(scriptures​.ChurchofJesusChrist​.org).
A Pérola de Grande Valor é uma coletânea de textos
inspirados que esclarece e aumenta nossa compreen-
são do evangelho. O livro de Moisés consiste em
trechos da tradução de Joseph Smith dos primeiros
seis capítulos de Gênesis na Bíblia. Joseph Smith—
Mateus é parte da Tradução de Joseph Smith de
Mateus 23 e Mateus 24 no Novo Testamento. Joseph
Smith—História e as Regras de Fé consistem em
uma parte do testemunho de Joseph e suas declara-
ções de fé.
Na Pérola de Grande Valor, também encontramos
alguns dos escritos do patriarca Abraão. No verão
de 1835, um homem chamado Michael Chandler
chegou a Kirtland, Ohio, com quatro múmias e
vários rolos de papiros antigos que tinham sido
descobertos em Tebas, no Egito. O profeta Joseph
Smith examinou os rolos de papiros e, depois de
traduzir “alguns dos caracteres ou hieróglifos”,
declarou que “um dos rolos continha os escritos
de Abraão e outro, os escritos de José do Egito”
(History, 1838–1856, vol. B-1, 1º de setembro
de 1834–2 de novembro de 1838, p. 596). Com a
ajuda de membros da Igreja, o profeta comprou as
múmias, dois rolos de papiro e alguns fragmentos
de papiros. Joseph traduziu uma parte dos escritos
de Abraão pelo dom e poder de Deus e depois os
publicou pela primeira vez no jornal da Igreja, o
Times and Seasons, como o livro de Abraão.
111
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
Pondere em preparação para a aula
Encontre uma passagem de escritura da Tra-
dução de Joseph Smith ou da Pérola de Grande
Valor que tenha aumentado sua compreensão
do Salvador e de Seu evangelho. Se você não
conseguir se lembrar de nenhuma, escolha uma
da lista a seguir. Venha para a classe preparado
para falar sobre essa passagem e por que a
escolheu.
• Moisés 5:5–11
• Moisés 7:28–35
• Abraão 2:8–12
• Abraão 3:22–28
• Tradução de Joseph Smith de João 1:19 (no
apêndice da Bíblia; comparar com João 1:18);
Tradução de Joseph Smith de João 4:26 (em
João 4:24, nota de rodapé a)
• Tradução de Joseph Smith de Mateus 7:1–2;
Tradução de Joseph Smith de Lucas 6:29–30
(no apêndice da Bíblia; comparar com
passagens paralelas em Mateus e Lucas
respectivamente)
SEÇÃO 4
O que é o livro de Abraão?
112
O livro de Abraão é um livro de escritura que fala
sobre uma parte do início da vida desse profeta com
suas próprias palavras. Fala sobre seu desejo de “ser
maior seguidor da retidão” (Abraão 1:2) e da con-
fiança que depositou no Senhor, que o salvou mila-
grosamente depois que seus “pais” o entregaram
para ser sacrificado pelos sacerdotes do Faraó (ver
Abraão 1:5–7, 30). Esse livro também ensina ver-
dades profundas relativas ao convênio abraâmico,
à vida pré-mortal, à natureza eterna dos espíritos,
preordenação, ao conselho dos céus e ao propósito
da vida, bem como ao planejamento e à criação da
Terra. O mais importante é que ele testifica de Jesus
Cristo, Sua grandeza pré-mortal, Sua misericórdia
e Seu poder de libertar os filhos de Deus, e também
de Seu papel fundamental no plano do Pai Celestial.
Os temas a seguir abordam o que sabemos e
não sabemos a respeito do surgimento do livro
de Abraão.
O livro de Abraão e o mundo antigo
É extraordinário como o livro de Abraão é coe-
rente com o que os estudiosos sabem a respeito da
antiguidade. Parte dessas informações ainda não
tinha sido descoberta ou não era bem conhecida na
época de Joseph Smith. Por exemplo, antigamente
se achava que os egípcios não faziam sacrifícios
 L iç ão 14: O Senhor revela ou tras escrit uras — M aterial para preparaç ão da aula
humanos como descrito no livro de Abraão (ver
Abraão 1:8–15; “Fac-símile do Livro de Abraão”,
nº 1). Descobertas históricas recentes agora atestam
que sim, eles faziam isso, especialmente com pes-
soas que eram contra as práticas religiosas egípcias,
como as filhas de Onita, de acordo com Abraão 1:11.
Os estudiosos também descobriram que esses sacri-
fícios eram feitos não somente no Egito, mas em
áreas sob influência egípcia (ver Abraão 1:1, 5–11).
O livro de Abraão se refere à “planície de Olisem”
perto da terra de Ur e Harã (ver Abraão 1:10). Esse
lugar era desconhecido na época de Joseph Smith.
No entanto, textos antigos descobertos posterior-
mente se referem a um lugar chamado Olisem perto
de Harã que pode estar associado à cidade men-
cionada no livro de Abraão. Vários textos antigos
também se referem a Abraão ensinando os egípcios
usando astronomia (ver Abraão 3:1–15; “Fac-símile”,
nº 3). Outros documentos antigos falam a respeito
da visão de Abraão sobre a Criação e descrevem um
conselho no céu onde a criação da humanidade foi
debatida e planejada (ver Abraão 3:23–25; 4:26–27).
A consistência dessas informações indica a autentici-
dade do livro de Abraão.
Para mais informações, ver também “Tradução e
autenticidade histórica do livro de Abraão”, Tópi-
cos do evangelho, topics​.ChurchofJesusChrist​
.org; Daniel C. Peterson, “News from Antiquity”,
Ensign, janeiro de 1994, pp. 16–21; e Kerry Muhles-
tein, “Egyptian Papyri and the Book of Abraham:
A Faithful, Egyptological Point of View”, em
Robert L. Millet, ed., No Weapon Shall Prosper:
New Light on Sensitive Issues, 2011, rsc.byu.edu.
O papiro egípcio
Após a morte de Joseph Smith, sua família acabou
vendendo as múmias e os papiros. Presume-se
que a maioria dos papiros foi destruída no grande
incêndio de Chicago de 1871. No entanto, em 1967,
o Metropolitan Museum of Art, em Nova York, pre-
senteou a Igreja com fragmentos de papiros que per-
tenceram ao profeta Joseph Smith. Esses fragmentos
que foram recuperados datam de alguns séculos
antes de Cristo, muito depois da época de Abraão.
Críticos tentaram usar a data dos fragmentos de
papiros para levantar dúvidas sobre a autenticidade
do livro de Abraão. Contudo, os fragmentos não
têm que ser da época de Abraão para que o livro de
Abraão seja autêntico. Textos antigos muitas vezes
eram passados de uma geração para outra como
cópias ou cópias de cópias. Por exemplo, os manus-
critos mais antigos dos livros da Bíblia ainda exis-
tentes datam de séculos depois de originais terem
sido escritos (ver John Gee, A Guide to the Joseph
Smith Papyri, 2000, pp. 23–25, scholarsarchive.byu.
edu; Kerry Muhlestein, “Egyptian Papyri and the
Book of Abraham: Some Questions and Answers”,
Religious Educator, vol. 11, nº 1, 2010, pp. 91–108).
Algumas pessoas também criticam o livro de Abraão
porque traduções modernas de fragmentos de papi-
ros, que contêm textos de antigas cerimônias fúne-
bres egípcias, não batem com o texto do livro de
Abraão. Existem algumas razões possíveis para isso.
Um dos fragmentos de papiros inclui uma parte
da imagem que hoje é o fac-símile nº 1 no livro de
Abraão. Alguns entenderam que o texto adjacente
a essa imagem deve ter sido a fonte usada por
Joseph Smith para traduzir o livro de Abraão. No
entanto, é comum encontrar imagens em papiros
egípcios colocadas um pouco distantes do texto que
as descrevem. Testemunhas oculares descreveram
“alguns registros, escritos em papiros”, inclusive um
“rolo comprido” ou “vários rolos” de papiros (ver
John Gee, An Introduction to the Book of Abra-
ham, 2017, p. 5). Durante a tradução, é possível que
o profeta Joseph Smith tenha utilizado partes dos
papiros que, mais tarde, foram destruídos. Assim
sendo, não sabemos quais foram as partes dos papi-
ros que Joseph usou em seu processo de tradução.
Outras pessoas sugeriram a ideia de que talvez o
livro de Abraão, ou parte dele, não seja uma tradu-
ção literal de papiros. De acordo com esse ponto
de vista, o estudo que Joseph fez dos hieróglifos
113
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
egípcios pode ter levado a uma revelação sobre os
principais acontecimentos e ensinamentos da vida
de Abraão, como aconteceu quando o profeta rece-
beu o livro de Moisés, enquanto estudava a Bíblia.
Nem o Senhor, nem Joseph Smith deram explica-
ções sobre processo de tradução do livro de Abraão.
Uma testemunha de Deus
O livro de Abraão é uma dádiva de Deus. Como
acontece com todas as outras escrituras, a crença
na veracidade do conteúdo do livro de Abraão é
basicamente uma questão de fé. O testemunho
114
divino de seus ensinamentos obtido por meio de um
estudo feito em espírito de oração, acompanhado
de revelação do Espírito Santo, é a maior evidên-
cia de que ele é verdadeiro. O presidente Dieter
F. Uchtdorf, quando servia na Primeira Presidên-
cia, testificou: “Existe uma fonte de verdade que
é completa, correta e incorruptível. Essa fonte é
nosso infinitamente sábio e onisciente Pai Celestial”
(“O que é a verdade?”, Devocional da Universi-
dade ­Brigham Young, 13 de março de 2013, p. 5,
­speeches.byu.edu).
 L iç ão 14: O Senhor revela ou tras escrit uras — M aterial do professor

LIÇÃO 14: MATERIAL DO PROFESSOR

O Senhor revela outras escrituras

Como em dispensações anteriores, o Senhor continua a revelar outras escrituras por meio de
Seus profetas vivos. Esta lição dá aos alunos a oportunidade de falarem sobre como as escritu-
ras modernas restauram e ajudam a esclarecer as verdades do evangelho. Os alunos vão tam-
bém estar mais bem preparados para responder perguntas relativas ao livro de Abraão.

Sugestões didáticas do Salvador foram retiradas da Bíblia (ver 1 Néfi

13:24–26).

O Senhor revelou outras escrituras por
intermédio do profeta Joseph Smith.
Leia 1 Néfi 13:38–41 com a classe e identifique quais
registros Néfi viu que estariam disponíveis para as
pessoas nos últimos dias. Você poderia fazer uma
pausa após cada versículo e deixar que os alunos
expliquem a quais registros Néfi estava se referindo.
Por exemplo, os “outros livros” mencionados no
versículo 39 incluem o Livro de Mórmon, Doutrina
e Convênios, Pérola de Grande Valor e a Tradução
de Joseph Smith da Bíblia.

• De acordo com os versículos 40 e 41, quais são os

Peça aos alunos que imaginem que um amigo lhes
pergunte sinceramente: “Por que sua igreja tem
outras escrituras além da Bíblia? Eu achava que a
Bíblia tinha toda a palavra de Deus”. Peça aos alu-
nos que levantem a mão caso alguém já lhes tenha
feito uma pergunta assim. Convide alguns alunos
para explicar como responderam (ou responderiam)
a esse amigo.
propósitos dessas outras escrituras reveladas por
intermédio de Joseph Smith? (Usando as respos-
tas dos alunos, identifique uma verdade como
a seguinte: Por intermédio de Joseph Smith,
o Senhor revelou outras escrituras que confir-
mam as verdades da Bíblia, restauram verdades
claras e preciosas e ajudam a trazer as pessoas a
Jesus Cristo.)
Para aprofundar a compreensão que os alunos
têm dessa verdade, talvez você possa usar algumas
sugestões didáticas a seguir para facilitar os comen-
tários e debates dos alunos.
Doutrina e Convênios

Explique-lhes que o Livro de Mórmon contém um
registro escrito por Néfi de uma visão na qual ele
viu que as palavras da Bíblia seriam conhecidas no
mundo todo. Ele também viu que muitas partes
“claras” e “preciosas” (1 Néfi 13:26) do evangelho
Diga aos alunos que, em uma reunião feita em 1831,
Joseph Smith e vários élderes decidiram publicar as
revelações recebidas até então. Durante a reunião,
o Senhor revelou Seu próprio prefácio do Livro
de Mandamentos (hoje chamado de Doutrina e

115
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
Convênios) por intermédio de Joseph Smith. Esse
prefácio se encontra em Doutrina e Convênios 1.
Dê um minuto para que os alunos examinem
Doutrina e Convênios 1:17, 21–23, 37 do material
de preparação. Peça-lhes que identifiquem o que o
Senhor ensinou sobre as revelações (mencionadas
no texto como “mandamentos”). Peça aos alunos
que compartilhem o que encontraram.
Na seção 2 do material de preparação, os alunos
devem localizar passagens de escrituras em Dou-
trina e Convênios que fortaleceram sua fé em Jesus
Cristo. Dê-lhes tempo suficiente para conversarem
sobre essas passagens com os colegas. Eles podem
fazer isso em pequenos grupos ou numa conversa
aberta com toda a classe. Poderiam também con-
versar sobre a resposta que deram para a seguinte
pergunta:
• De que maneira essas passagens confirmam a ver-
dade da Bíblia, restauram verdades claras e pre-
ciosas ou aproximam mais as pessoas de Cristo?
A Tradução de Joseph Smith da Bíblia e a
Pérola de Grande Valor
Peça a um aluno que leia em voz alta a declara-
ção de Joseph Smith sobre a Bíblia na seção 3 do
material de preparação. Explique à classe que, por
intermédio da tradução de Joseph Smith da Bíblia,
o Senhor restaurou muitas verdades claras e precio-
sas que tinham sido perdidas.
Como parte de sua preparação, os alunos estudaram
explicações sobre o que são a Tradução de Joseph
Smith e a Pérola de Grande Valor. Peça a alguns
alunos que façam um resumo do que aprenderam
com cada livro.
Se necessário, lembre aos alunos que partes da
Tradução de Joseph Smith foram incluídas na
Pérola de Grande Valor como os livros de Moisés e
Joseph Smith—Mateus. Outras revisões inspiradas
se encontram nas notas de rodapé e no apêndice de
algumas edições da Bíblia, no Guia para Estudo das
116
Escrituras e em scriptures​.ChurchofJesusChrist​.org.
Você poderia pedir aos alunos que consultassem
quaisquer recursos que tiverem disponíveis para ter
certeza de que sabem como acessar essas escrituras.
Mostre a lista de passagens de escrituras dos livros
de Moisés e Abraão e a Tradução de Joseph Smith
na seção 3 do material de preparação. Peça aos
alunos que examinem rapidamente as passagens que
escolheram em sua própria lista.
Depois de lhes dar alguns minutos, peça-lhes que
digam a um colega que verdades claras e preciosas
essas escrituras ensinam e como elas lhe dão mais
conhecimento de Jesus Cristo e Seu evangelho. Você
também poderia prestar testemunho para a classe
sobre uma escritura moderna e o impacto que ela
teve em sua vida.
Quando tivermos perguntas sobre a
tradução do livro de Abraão, devemos
exercer fé para tentar obter respostas.
MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Fortalecer a fé ao ensinar sobre a história
da Igreja. Ao ensinar a história da Igreja, faça
isso de maneira que fortaleça a fé dos alunos
de que Jesus Cristo restaurou Sua Igreja na
Terra nos últimos dias. Ajude-os a ver como
Joseph Smith cumpriu fielmente sua missão
como o profeta da Restauração. Use fontes
divinamente atribuídas (como as escrituras e as
palavras dos profetas), os materiais deste curso
e outros recursos confiáveis para ajudar os
alunos a verem o desenrolar da Restauração de
perspectivas fundamentadas na fé.
Mostre aos alunos a ilustração a seguir e explique a
eles que se trata de um fragmento de papiros egíp-
cios que Joseph Smith uma vez teve.
 L iç ão 14: O Senhor revela ou tras escrit uras — M aterial do professor
Peça aos alunos que digam o que sabem sobre a
aquisição dos papiros e sua história (ver as seções 3
e 4 do material de preparação).
• Que perguntas surgiram a respeito do estudo
dos fragmentos de papiros existentes? (Incentive
os alunos a recorrerem ao que aprenderam na
seção 4 do material de preparação.)
• O que vocês diriam a alguém que tenha dúvi-
das, de maneira geral, sobre a tradução do livro
de Abraão?
À medida que os alunos responderem a essa per-
gunta, utilize uma ou mais das perguntas a seguir
para dar continuidade ao debate. Como parte do
debate, dê oportunidade aos alunos de pensar no
que leram no material de preparação e fazer quais-
quer perguntas que tenham a respeito do livro
de Abraão.
• O que vocês fazem quando não conseguem
encontrar respostas específicas para perguntas do
evangelho, como essas sobre o livro de Abraão?
• Quais são as evidências descobertas desde a
publicação do livro de Abraão que confirmam
sua autenticidade? (Ver “O livro de Abraão
e o mundo antigo” na seção 4 do material de
preparação.)
• O que vocês diriam a uma pessoa que quisesse
saber qual a maneira mais confiável de determi-
nar a veracidade do livro de Abraão? Por quê?
Encerre a aula dando aos alunos a oportunidade
de mostrarem suas passagens de escritura favoritas
do livro de Abraão e de testificarem desse livro e de
outras escrituras da Restauração.
Para a próxima aula
Peça aos alunos que pensem na opinião que eles
têm de si mesmos. Peça-lhes também que pensem
na influência que podem exercer nesta vida e na
eternidade. Incentive os alunos a virem preparados
para debaterem na próxima aula a respeito das ver-
dades restauradas sobre o plano de Deus para eles e
seu futuro.
117
LIÇÃO 15: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

O plano do Pai Celestial e nosso potencial divino

O profeta Joseph Smith declarou: “O grande plano de salvação é um tema que deveria ocupar
nossa estrita atenção e ser considerado como uma das melhores dádivas do céu para a huma-
nidade” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, pp. 217–218). Por meio de
revelações e visões, Joseph Smith entendeu o plano de Deus para Seus filhos de maneira tal
que mudou a vida de milhões de pessoas no mundo inteiro. Esta lição pode ajudá-lo a entender
melhor quem você é e qual é seu potencial divino.

SEÇÃO 1 ser misterioso — a ideia de os seres humanos serem

De que maneira as verdades Seus filhos é apenas uma metáfora.

restauradas sobre o plano de Por revelação, Joseph Smith e os primeiros mem-

salvação feito por Deus afetam
minha vida?
Imagine que você seja um recém-converso da Igreja
restaurada do Senhor na época de Joseph Smith.
Sua visão do plano do Pai Celestial seria incom-
pleta. Se você tivesse sido criado como cristão,
talvez tivesse crenças como estas: (1) Deus, Jesus e
o Espírito Santo são um Deus, sem corpo, partes ou
paixões; (2) os seres humanos não tiveram uma exis-
tência anterior a esta vida e foram criados por Deus,
do nada; e (3) não se pode conhecer Deus, Ele é um
bros da Igreja entenderam a natureza do Pai Celes-
tial e Seu plano divino de salvação. Imagine o que
eles devem ter sentido quando conheceram algumas
das verdades restauradas que hoje valorizamos tanto
sobre o plano do Pai Celestial.
A maior parte da compreensão que Joseph tinha do
plano de salvação foi adquirida por intermédio do
Livro de Mórmon e de sua tradução inspirada do
Velho e do Novo Testamentos. Enquanto traduzia
o livro de Gênesis em 1830, o profeta Joseph desco-
briu que Moisés foi levado a uma montanha muito
alta e que Deus lhe mostrou a amplitude de Suas
criações. Essa revelação é o que hoje conhecemos

118
 L iç ão 15: O plano do Pai Celestial e nosso potencial divino — M aterial para preparaç ão da aula

como o primeiro capítulo do livro de Moisés na
Pérola de Grande Valor. O Senhor disse a Moisés
que ele era filho de Deus. Deus também lhe ensinou
uma importante verdade que se encontra em Moisés
1 sobre os propósitos de Sua obra.
Observe que o élder Hales definiu vida eterna como
“a vida que Deus tem”. Pense no que significa para
você saber que a obra do Pai Celestial é trazê-lo de
volta à Sua presença para que você possa ter imorta-
lidade e vida eterna.

Em uma revelação recebida em 6 de maio de 1833,

Joseph Smith registrou que “o homem também
estava no princípio com Deus” (Doutrina e Convê-
nios 93:29). A tradução de Joseph Smith do livro
de Abraão, que foi publicada em 1842, trouxe mais
esclarecimentos sobre a vida pré-mortal e nosso
potencial pós-mortal.

Estude em preparação para a aula

Leia Abraão 3:22–26.

Estude em preparação para a aula

Leia Moisés 1:37–39.

Ao falar sobre a imortalidade e a vida eterna, o élder

Robert D. Hales, do Quórum dos Doze Apósto-
los, ensinou:

O dom da vida eterna vale todo o esforço

que fazemos para estudar, aprender e aplicar
o plano de salvação. Toda a humanidade
ressuscitará e receberá a bênção da imor-
talidade. Mas, para alcançar a vida eterna
— a vida que Deus tem —, vale a pena viver
o plano de salvação com todo o coração,
mente, poder e força. (Robert D. Hales, “O
plano de salvação: Um tesouro sagrado de
Pondere em preparação para a aula
conhecimento para guiar-nos”, A Liahona,
outubro de 2015, p. 33) De que maneira você acha que o conhecimento
de nossa vida pré-mortal e de nosso propósito
na mortalidade afetou os primeiros membros

119
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
da Igreja? Como esse conhecimento afeta
sua maneira de pensar, suas decisões e seus
atos hoje?
SEÇÃO 2
Que ensinamentos sobre
o caráter de Deus foram
restaurados por intermédio do
profeta Joseph Smith?
Em 1844, poucos meses antes de sua morte, Joseph
Smith falou naquela que seria sua última confe-
rência. Seu amigo, King Follett, tinha morrido
há pouco tempo num acidente e a família pediu
a Joseph que falasse em seu funeral. Joseph falou
audaciosamente sobre as características de Deus e
nosso potencial de nos tornarmos como Ele. Nesse
120
discurso, que viria a ser conhecido como o discurso
King Follett, Joseph declarou:
Há muito poucos seres no mundo que com-
preendem corretamente o caráter de Deus.
(…) Se o homem não compreende o caráter
de Deus, não compreende a si mesmo. (…)
O próprio Deus foi como somos agora, e
é um homem exaltado e está entronizado
nos céus! (…) Se vocês pudessem vê-lo hoje,
veriam que é semelhante ao homem na
forma — como vocês. (…)
Quando compreendemos o caráter de Deus
e sabemos como achegar-nos a Ele, Ele
começa a revelar-nos o céu e a contar-nos
tudo a esse respeito. (…)
O próprio Deus, vendo que estava em meio
a espíritos e glória, porque era mais inteli-
gente, considerou adequado instituir leis por
meio das quais eles poderiam ter o privilégio
de progredir como Ele próprio. O relaciona-
mento que temos com Deus nos coloca em
condições de avançar em conhecimento. (…)
Esta é, portanto, a vida eterna: Conhecer o
único Deus sábio e verdadeiro; e vocês terão
que aprender como se tornar deuses, vocês
mesmos, e serem reis e sacerdotes [e rainhas
e sacerdotisas] (…) passando de um pequeno
degrau para outro, de uma capacidade
menor para outra maior; de graça em graça,
de exaltação em exaltação. (Ensinamentos:
Joseph Smith, 43–44, 219, 231)
Observação: O discurso King Follett completo se
encontra em “Classics in Mormon Thought: The
King Follett Sermon”, Ensign, abril de 1971, p. 12.
O élder D. Todd Christofferson, do Quórum dos
Doze Apóstolos, ensinou:
Em tudo isso, o propósito de Deus é que
nós, Seus filhos, sintamos a alegria suprema,
estejamos com Ele eternamente e nos torne-
mos como Ele é. D. Todd Christofferson, “Eu
repreendo e castigo a todos quantos amo”, A
Liahona, maio de 2011, p. 97.
 L iç ão 15: O plano do Pai Celestial e nosso potencial divino — M aterial para preparaç ão da aula

Anote em preparação para a aula

Responda às seguintes perguntas em seu diário
ou no espaço a seguir: Que doutrinas você iden-
tificou no discurso King Follett, de Joseph Smith?
Como essas doutrinas influenciam a maneira
como você se vê, como vê as pessoas à sua volta
e seu relacionamento com Deus?




Em fevereiro de 1832, Joseph Smith e Sidney Rig-

SEÇÃO 3 don tiveram uma visão que os ajudou a entender
Como posso obter vida eterna no melhor a vida após a morte. Os dois estavam traba-
lhando na Tradução de Joseph Smith do Novo Tes-
reino celestial? tamento no andar superior da casa de John Johnson
e pararam para ponderar João 5:29, que fala sobre a
Imagine novamente que você é um dos primeiros
ressurreição dos justos e a ressurreição dos injustos.
conversos da Igreja restaurada. É muito provável
Vários homens estavam presentes na sala, sendo que
que você também acreditasse, como a maioria dos
Joseph e Sidney foram as únicas duas pessoas que
cristãos daquela época, que, quando uma pessoa
tiveram a visão e descreveram o que viram. Essa
morre, ela vai ou para o céu ou para o inferno. Mui-
visão, registrada em Doutrina e Convênios 76, aju-
tas pessoas na época de Joseph Smith eram congre-
da-nos a entender melhor o plano do Pai Celestial.
gacionalistas ou universalistas. Se você tivesse um
Talvez fosse uma boa ideia você marcar as verdades
ponto de vista “congregacionalista”, você acreditaria
contidas nessa seção que aumentam nosso entendi-
que somente um pequeno número de pessoas iria
mento da vida após a morte e revelam o desejo do
para o céu. Se tivesse um ponto de vista “universa-
Pai Celestial de abençoar todos os Seus filhos.
lista”, provavelmente acreditaria que Deus exige que
os pecadores recebam algum castigo, mas, no final,
todos irão para o céu.

Estude em preparação para a aula

Leia trechos da visão registrados em Doutrina
e Convênios 76:12, 20, 40–42, 50–54, 58, 62, 65,
69–71, 74–76, 79, 81–82, 86, 89–92, 111.

121
O nde p osso a pr ender m a is s o b r e o que signif ic a v ida e t er n a ?

O capítulo “Além do véu: Vida nas eternidades” em

Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith
(pp. 43–44; 227–236) traz informações que esclare-
Pondere em preparação para a aula cem Doutrina e Convênios 76.
Como você acha que o conhecimento que foi
revelado na seção 76 teria afetado você se De que maneira o plano de salvação me
você fosse um dos conversos da Igreja naquela ajuda a refletir sobre certas perguntas
época? O que podemos aprender sobre o Pai mais complicadas, tendo uma
Celestial e Jesus Cristo com essa visão? perspectiva eterna?
Em seu artigo “O plano de salvação: Um tesouro
Onde posso aprender mais sobre o que significa
sagrado de conhecimento para guiar-nos” (A
vida eterna?
Liahona, outubro de 2015, p. 33), o élder Robert D.
Hales, do Quórum dos Doze Apóstolos, ensina
Verbetes como “Vida eterna” e “Tornar-se como
sobre como o fato de conhecermos o plano do
Deus” em Tópicos do evangelho (topics​.ChurchofJe-
Pai Celestial pode nos ajudar a pensar e agir com
susChrist​.org) podem ajudá-lo a entender melhor
sabedoria quando nos deparamos com questões
sobre a obra e a glória de Deus.
delicadas sobre família, gênero masculino ou femi-
nino e atração pelo mesmo sexo.
Onde posso aprender mais a respeito
da visão dos graus de glória?
Leia toda a seção em Doutrina e Convênios 76 para
obter mais informações sobre os graus de glória.

122
 L iç ão 15: O plano do Pai Celestial e nosso potencial divino — M aterial do professor
LIÇÃO 15: MATERIAL DO PROFESSOR
O plano do Pai Celestial e nosso potencial divino
O Senhor revelou a Joseph Smith a glória do plano de redenção estabelecido pelo Pai Celestial
e nosso potencial divino de nos tornarmos como Ele. Esta lição vai ajudar os alunos a aumen-
tar sua gratidão pelo plano do Pai e entender melhor quem eles são e o que podem fazer para
atingir seu potencial divino.
Sugestões didáticas
Joseph Smith recebeu doutrinas
importantes sobre o plano de salvação.
Peça aos alunos que expliquem o que a maioria dos
cristãos e primeiros conversos da Igreja provavel-
mente entendiam sobre Deus e a vida após a morte
antes das revelações que o Senhor deu por inter-
médio de Joseph Smith a respeito desses assuntos.
(Talvez os alunos queiram fazer uma rápida revisão
das seções 1 e 3 do material de preparação.)
• A partir do que vocês aprenderam com o material
de preparação, quando e como o Senhor reve-
lou doutrinas a respeito do plano de salvação a
Joseph Smith?
• Quais são algumas das verdades que foram
restauradas sobre o plano e que vocês acham que
devem ter causado grande impacto na vida dos
membros da Igreja naquela época? Onde essas
doutrinas estão registradas? (Ver as seções 1 e 3
do material de preparação.)
Enquanto os alunos respondem a essas pergun-
tas, peça-lhes que examinem novamente algumas
passagens de escrituras mencionadas no material
de preparação, como Moisés 1:39 e Abraão 3:22–26.
Ajude os alunos a identificar e explicar verdades
como estas: A obra e glória de Deus é levar a
efeito a imortalidade e vida eterna do homem (ver
Moisés 1:39). Vivíamos com o Pai Celestial como
espíritos antes de nascermos (ver Abraão 3:22–23).
O Senhor criou a Terra para ser um lugar onde
pudéssemos escolher se obedeceríamos a Deus ou
não (ver Abraão 3:24–25).
• Imaginem como a vida de vocês seria diferente se
não conhecessem sobre o plano do Pai Celestial.
Como o fato de conhecerem sobre esse plano
afeta a maneira como vocês pensam, agem e
tomam decisões?
Joseph Smith ensinou sobre nosso
potencial divino.
Explique aos alunos que, em “7 de abril de 1844,
Joseph Smith se levantou para falar naquela que
viria a ser sua última conferência. Depois de pedir
aos santos sua ‘profunda atenção’, (…) Joseph
ensinou sobre a natureza divina e o progresso
eterno” (“Discurso King Follett”, Tópicos da his-
tória da Igreja, ChurchofJesusChrist.org/study/
church-history).
Peça a um aluno que leia em voz alta a declaração
de Joseph Smith feita no discurso King Follett, no
início da seção 2 do material de preparação.
• O que podemos aprender com os ensinamentos
de Joseph sobre nosso relacionamento com Deus?
Em 1995, a Primeira Presidência e o Quórum dos
Doze Apóstolos publicaram um documento cha-
mado “A Família: Proclamação ao Mundo”. Nessa
proclamação, eles declararam:
Todos os seres humanos — homem e mulher
— foram criados à imagem de Deus. Cada
indivíduo é um filho (ou filha) gerado em
123
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
espírito por pais celestiais que o amam e,
como tal, possui natureza e destino divinos.
(…)
Na esfera pré-mortal, os filhos e filhas que
foram gerados em espírito conheciam e
adoravam a Deus como seu Pai Eterno e acei-
taram Seu plano, segundo o qual Seus filhos
poderiam obter um corpo físico e adquirir
experiência terrena, a fim de progredirem
rumo à perfeição, terminando por alcançar
seu destino divino como herdeiros da vida
eterna. (“A Família: Proclamação ao Mundo”,
ChurchofJesusChrist.org)
• Como filhos e filhas de Deus, qual é nosso poten-
cial eterno? (Ajude os alunos a identificar um
princípio semelhante ao seguinte: Como filhos
e filhas espirituais do Pai Celestial, temos o
potencial de nos tornar como Ele.)
Escreva no quadro ou faça as perguntas a seguir e
dê um ou dois minutos aos alunos para ponderarem
e escreverem o que sentiram.
• Como essa verdade pode influenciar o modo
como você vê seu relacionamento com o Pai
Celestial? Como influencia o modo como você
vê a si mesmo e as pessoas à sua volta? Como
influencia o modo como você vive sua vida?
Jesus Cristo nos mostrou como podemos
receber a plenitude da glória de Deus no
reino celestial.
Escreva no quadro ou faça um cartaz com as pala-
vras Céu e Inferno e pergunte aos alunos no que a
maioria dos cristãos do século 19 acreditava sobre
quem iria para cada lugar.
Peça aos alunos que falem sobre o que aprenderam
com Doutrina e Convênios 76 sobre a vida após a
morte e como obter a glória celestial. (Talvez os
alunos precisem examinar rapidamente Doutrina e
124
Convênios 76:50–54.) Você poderia também pergun-
tar aos alunos o que eles aprenderam sobre o Pai
Celestial e Jesus Cristo com as verdades reveladas na
seção 76.
Mostre a seguinte declaração do élder Jeffrey R.
Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos:
Na Igreja, ouço muitos que lutam com esta
questão: “Não sou bom o bastante”. “Sou tão
falho.” “Nunca vou estar à altura.” Ouço ado-
lescentes dizerem isso. Ouço missionários
dizerem isso. Ouço novos conversos dizerem
isso. Ouço membros antigos dizerem isso.
(Jeffrey R. Holland, “Sede vós pois perfeitos —
No final”, Liahona, novembro de 2017, p. 40).
Peça aos alunos que pensem nas ocasiões na vida
deles em que se sentiram assim.
Peça-lhes que leiam Doutrina e Convênios 76:40–42,
69 e identifiquem o papel fundamental que Jesus
Cristo tem em nossa salvação.
• Que papel Jesus Cristo desempenha em nossa
busca pela vida eterna? (Ajude os alunos a identi-
ficar a seguinte verdade: Só podemos ser perfei-
tos por intermédio de Jesus Cristo.)
• Por que vocês acham que é importante lembrar
que a perfeição e a exaltação somente são possí-
veis por meio de Jesus Cristo?
Leia Doutrina e Convênios 93:12–13 com a classe e
procure o que essa passagem ensina sobre o cami-
nho do Salvador para uma pessoa se tornar como o
Pai Celestial.
• O que vocês acham que significa a frase que diz
que Jesus Cristo “continuou de graça em graça,
até receber a plenitude”?
• Como o exemplo do Salvador pode ajudar vocês
a superar o desânimo em sua luta para alcança-
rem a vida eterna?
 L iç ão 15: O plano do Pai Celestial e nosso potencial divino — M aterial do professor
Mostre e leia a seguinte declaração do
élder Holland:
Testifico desse grande destino, que se tornou
possível para nós por meio da Expiação do
Senhor Jesus Cristo, Ele que continuou “de
graça em graça” (Doutrina e Convênios 93:13)
até que, em Sua imortalidade (ver Lucas
13:32), recebeu a plenitude perfeita da glória
celestial. Testifico que agora e sempre Ele
está, com as mãos marcadas pelos cravos,
estendendo a nós essa mesma graça, sem
nos abandonar e nos incentivando, recusan-
do-Se a nos abandonar, até que estejamos
de volta ao lar, em segurança, nos braços de
nossos Pais Celestiais. Por esse momento
perfeito, continuo me esforçando mesmo
que desajeitado. Por esse dom perfeito,
continuo a agradecer mesmo que inade-
quadamente. E o faço em nome da própria
Perfeição, Dele que nunca foi desajeitado ou
inadequado, mas que ama a todos nós, sim,
o Senhor Jesus Cristo. (Jeffrey R. Holland,
“Sede vós pois perfeitos — No final”, Liahona,
novembro de 2017, p. 42).
Peça aos alunos que ponderem por um minuto o
que mais os ajudaria a progredir espiritualmente
rumo à vida eterna neste momento. Encerre pres-
tando testemunho de que, por meio da graça do Sal-
vador e seguindo Seu exemplo, podemos alcançar a
vida eterna e entrar no reino celestial.
MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Continue a incentivar a preparação do
aluno. Agora que os alunos já passaram da
metade deste curso, você poderia pedir que
contassem como sua preparação para a aula
tem sido útil. Talvez você possa ler para eles o
seguinte incentivo do élder Kim B. Clark, dos
setenta: “Quando fizerem sua parte — orar com
fé, preparar-se, estudar, envolver-se ativamente
e fazer o melhor que podem —, o Espírito Santo
vai ensiná-los, magnificar sua capacidade de
aplicar o que aprenderam e ajudá-los a torna-
rem-se o que o Senhor deseja que se tornem”
(“Aprender com toda a alma”, Liahona, agosto de
2017, pp. 33–34).
Para a próxima aula
Peça aos alunos que pensem em como a vida deles
é diferente por causa dos templos e de suas orde-
nanças. Explique-lhes que, na próxima aula, eles
vão aprender por que profetas antigos apareceram
a Joseph Smith e Oliver Cowdery no Templo de
Kirtland. Incentive-os a estudar o material de pre-
paração para a lição 16 a fim de que venham pre-
parados para discutir os princípios que os ajudarão
a fazer do templo uma parte mais significativa de
sua vida.
125
LIÇÃO 16: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

O Templo de Kirtland e as chaves do sacerdócio

O mandamento do Senhor de construir uma “casa de Deus” (Doutrina e Convênios 88:119) foi
uma parte essencial na Restauração do evangelho. Os primeiros membros da Igreja estavam
dispostos a dar tudo o que tinham a fim de receberem a prometida bênção de serem “investi-
dos de poder do alto” (Doutrina e Convênios 38:32). Ao estudar, identifique as bênçãos que os
membros da Igreja receberam por estarem dispostos a se sacrificar para construir o Templo de
Kirtland.

SEÇÃO 1

O que posso aprender com os

sacrifícios feitos pelos membros
da Igreja para construir o Templo
de Kirtland?
Na revelação recebida em 27 e 28 de dezembro de
1832, o Senhor ordenou aos membros da Igreja que
construíssem um templo em Kirtland, Ohio.
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 88:119.
Referindo-se a esse mandamento, o profeta Joseph
Smith escreveu: “Essa é a palavra do Senhor para
nós e precisamos, sim, com a ajuda do Senhor,
obedecer; pois dependendo de nossa obediência,
Ele prometeu-nos grandes coisas; sim, até uma visita
dos céus para honrar-nos com Sua própria pre-
sença” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph
Smith, 2007, p. 437).

126
 L iç ão 16: O T emplo de K irtland e as chaves do sacerd ó cio — M aterial para preparaç ão da aula

A primavera e o verão de 1834 foram perío-

dos difíceis para a construção do templo
porque muitos dos homens da comuni-
dade foram com Joseph para o Missouri no
Acampamento de Israel. (…) Na ausência dos
homens, as mulheres executaram o traba-
lho. Algumas fizeram o trabalho de pedreiro,
outras conduziram o gado e transportaram
as pedras, outras costuraram, fiaram e tece-
ram para confeccionar roupas para os tra-
balhadores. (Lisa Olsen Tait e Brent Rogers,
“Uma casa para nosso Deus”, Revelações em
Contexto, 2016, p. 175).

Para ajudar os santos em seu empenho para cons-

truir um templo, o Senhor revelou a “Joseph Smith
e seus conselheiros na Primeira Presidência uma
extraordinária visão na qual eles viram a planta
detalhada do templo. Frederick G. Williams,
segundo conselheiro na Primeira Presidência, relem-
brou posteriormente:

Joseph [Smith] recebeu a palavra do Senhor

de que levasse seus dois conselheiros
[Frederick G.] Williams e [Sidney] Rigdon e se
Eliza R. Snow, que morava em Kirtland quando o
apresentassem perante o Senhor, e Ele lhes
templo foi construído, contou:
mostraria a planta ou modelo da casa a ser
Os santos eram poucos em número e a construída. Ajoelhamo-nos, invocamos ao
maioria deles muito pobres; e, se não fosse Senhor, e o edifício apareceu ao longe, sendo
pela certeza de que Deus havia falado e eu o primeiro a enxergá-lo. Depois, todos nós
ordenado que uma casa fosse edificada em o vimos juntos. Depois de darmos uma boa
Seu nome, (…) uma tentativa de construir olhada no exterior, o edifício pareceu vir em
esse templo, naquelas circunstâncias, teria nossa direção até estar sobre nós. (Ensina-
sido, para todos os envolvidos, uma grande mentos: Joseph Smith, p. 285).
insensatez. (…)
Com muito pouco capital, exceto planeja-
mento e trabalho árduo, combinados com
uma inabalável confiança em Deus, homens,
mulheres e até mesmo crianças trabalharam
com afinco; (…) encontrando energias na
perspectiva de participar da bênção de uma
casa edificada pela direção do Altíssimo e
aceita por Ele. (Em Eliza R. Snow, an Immortal,
1957, pp. 54, 57)

Outro desafio também retardou o progresso da

construção do templo:

127
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

Uma das pessoas que se sacrificou muito para
construir o Templo de Kirtland foi um converso
chamado John Tanner:
[John] “recebeu uma mensagem em sonho
ou visão, à noite, de (…) que deveria ir ime-
diatamente à Igreja” em Kirtland. Ele ven-
deu suas propriedades — várias fazendas
prósperas, um hotel e pomares —, colocou
sua numerosa família e vários amigos em car-
roções na manhã de Natal e percorreu uma
distância de 800 quilômetros para chegar a
Kirtland em um domingo, em janeiro de 1835.
Com certeza, sua vinda era necessária. A
hipoteca do templo estava para vencer e, de
acordo com alguns relatos, o profeta Joseph
e alguns irmãos estavam orando para rece-
ber ajuda porque não tinham como pagá-la.
John Tanner não hesitou. Ele emprestou 2 mil
dólares ao profeta, 13 mil dólares ao comitê
do templo e mais 30 mil dólares ao profeta e
a outras pessoas para compra de mercado-
rias em Nova York, empréstimos estes feitos
com o compromisso por escrito de que a
dívida seria paga, e ainda fez “doações gene-
rosas” para a construção do templo. (Leo-
nard J. Arrington, “The John Tanner Family”,
Ensign, março de 1979, p. 46)
O presidente Thomas S. Monson explicou por que
os membros da Igreja sempre estiveram dispostos a
fazer sacrifícios para construir templos e adorar ao
Senhor nesses edifícios sagrados:
Algum grau de sacrifício sempre esteve asso-
ciado à construção de templos e à frequência
ao templo. Incontáveis são os que trabalha-
ram e lutaram para obter para si mesmos e
para sua própria família as bênçãos que são
encontradas nos templos de Deus.
Por que há tantos que estão dispostos a dar
tanto de si para receber as bênçãos do tem-
plo? Aqueles que compreendem as bênçãos
eternas que advêm do templo sabem que
nenhum sacrifício é grande demais, nenhum
preço é alto demais, nenhuma luta é difícil
demais para receber essas bênçãos. (Thomas
S. Monson, “O templo sagrado — Um farol
para o mundo”, A Liahona, maio de 2011,
p. 92)
Pondere em preparação para a aula
O que você pode aprender com o exemplo e os
sacrifícios feitos pelos membros da Igreja para
construir o Templo de Kirtland?
SEÇÃO 2
Como as chaves do sacerdócio
entregues por mensageiros
celestiais no Templo de Kirtland
abençoam minha vida hoje?
Deus abençoou os membros da Igreja por seus
sacrifícios em construir o Templo de Kirtland dando
a eles uma torrente de manifestações espirituais
alguns dias antes e depois da dedicação (ver Santos:
A História da Igreja de Jesus Cristo nos Últimos Dias,
Vol. 1, O Estandarte da Verdade, 1815–1846, 2018, pp.
232–235, 237–239).
Muitos membros da Igreja testificaram que seres
celestiais estavam presentes durante as cerimônias
de dedicação.
Eliza R. Snow contou: “As cerimônias daquela
dedicação podem ter sido ensaiadas, mas nenhuma
língua mortal pode descrever as manifestações celes-
tes daquele dia memorável. Anjos apareceram para
alguns, e um sentimento da presença divina foi per-
cebido por todos os presentes, e todo coração estava
cheio de ‘gozo inefável e glorioso’” (ver 1 Pedro 1:8).
Naquela noite, quando o profeta se reuniu com
cerca de 400 portadores do sacerdócio no templo,
“ouviu-se um som como o de um vento pode-
roso, que encheu o templo, e toda a congregação

128
 L iç ão 16: O T emplo de K irtland e as chaves do sacerd ó cio — M aterial para preparaç ão da aula
se levantou ao mesmo tempo, movidos por um
poder invisível”. De acordo com o profeta, “muitos
começaram a falar em línguas e a profetizar; outros
tiveram visões gloriosas; e eu vi que o templo estava
cheio de anjos, e declarei esse fato à congregação”
(Ensinamentos: Joseph Smith, pp. 321–323).
A manifestação espiritual mais importante ocorreu
no domingo de Páscoa, 3 de abril de 1836, uma
semana depois da dedicação do templo. Enquanto
estavam orando no templo, Joseph Smith e Oliver
Cowdery tiveram uma visão, e o Senhor Jesus Cristo
apareceu a eles. O Senhor declarou que aceitava o
templo e prometeu derramar bênçãos sobre os san-
tos (ver Doutrina e Convênios 110:1–10).
Essa visitação foi seguida pela aparição de men-
sageiros celestes que lhes confiaram as chaves do
sacerdócio necessárias para realizar a obra de Deus
nos últimos dias. Você poderia marcar, nas passa-
gens a seguir, quem apareceu a Joseph e Oliver e
que chaves eles entregaram nas mãos dos líderes
da Igreja:
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 110:11.
O presidente Joseph Fielding Smith explicou:
Moisés tinha as chaves da coligação de Israel.
Ele conduziu Israel do Egito para a terra de
Canaã. Nesta dispensação, ele ficou encarre-
gado de vir e restaurar as chaves da coliga-
ção moderna. (Joseph Fielding Smith, Church
History and Modern Revelation, 1953, vol. 2,
p. 48)
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 110:12.
“Um homem chamado Elias, que aparentemente
viveu nos dias de Abraão, conferiu a dispensação
do evangelho de Abraão a Joseph Smith e Oliver
Cowdery. (…) Não temos nenhuma informação
específica com respeito aos detalhes de sua vida ou
seu ministério (Bible Dictionary na Bíblia SUD em
inglês, “Elias”).
O élder Bruce R. McConkie explicou por que Elias
apareceu no Templo de Kirtland:
Elias traz de volta “o evangelho de Abraão”,
o grandioso convênio abraâmico pelo qual
os fiéis têm promessas de progresso eterno,
promessas de que, pelo casamento celestial,
sua posteridade eterna será tão numerosa
quanto as areias do mar ou as estrelas do
firmamento. (Bruce R. McConkie, “As chaves
do reino”, A Liahona, julho de 1983, p. 39)
129
O nde posso aprender mais sobre a importâ ncia das chaves conferidas a J oseph e O liver no T emplo de K irtland?

Pondere em preparação para a aula

Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 110:13–16.
O presidente Joseph Fielding Smith ensinou:
Esse poder selador concedido a Elias, o pro-
feta, é o poder que une marido e mulher, e
filhos aos pais para esta vida e a eternidade.
É o poder selador existente em cada orde-
nança do evangelho. (…) É por esse poder
que todas as ordenanças relativas à salvação
são unidas, ou seladas; e a missão de Elias,
o profeta, foi vir restaurá-lo. (Joseph Fielding
Smith, Elijah the Prophet and His Mission,
1957, p. 5)
A aparição do profeta Elias, do Velho Testamento,
cumpriu as promessas feitas pelo Senhor por inter-
médio do profeta Malaquias e reiteradas ao profeta
Joseph Smith por Morôni quando este apareceu
pela primeira vez em seu quarto, em 21 de setembro
de 1823.
Como você foi abençoado pelas chaves do sacer-
dócio e pelos poderes que Moisés, Elias e Elias,
o profeta, conferiram ao profeta Joseph Smith e
a Oliver Cowdery no Templo de Kirtland? Como
sua vida seria diferente se essas chaves do
sacerdócio não tivessem sido restauradas?
Onde posso aprender mais sobre a importância das
chaves conferidas a Joseph e Oliver no Templo de
Kirtland?
Em seu discurso de conferência geral,
“Preparar-se para o encontro com Deus”
(Liahona, maio de 2018, p. 114), o élder
Quentin L. Cook, do Quórum dos Doze
Apóstolos, ensinou sobre as chaves do sacerdócio
que foram restauradas no Templo de Kirtland.
O vídeo “As Chaves do Sacerdócio São Restauradas
no Templo de Kirtland” (2:12) descreve as visitas de
mensageiros celestiais no Templo de Kirtland e as
bênçãos recebidas graças a esse acontecimento.

Estude em preparação para a aula

Leia Doutrina e Convênios 2 (ver também Mala-
quias 4:5–6).

130
 L iç ão 16: O T emplo de K irtland e as chaves do sacerd ó cio — M aterial do professor

LIÇÃO 16: MATERIAL DO PROFESSOR

O Templo de Kirtland e as chaves do sacerdócio

O Senhor ordenou aos membros da Igreja que construíssem um templo em Kirtland, Ohio, e
prometeu-lhes que seriam investidos com “poder do alto” (Doutrina e Convênios 95:8). Esta
lição vai ajudar os alunos a pensar em como poderiam cumprir melhor os mandamentos do
Senhor relacionados ao templo. Vai ajudá-los também a explicar o significado das chaves do
sacerdócio restauradas no Templo de Kirtland.

Sugestões didáticas Explique-lhes que, mais de cinco meses depois que

O Senhor ajudou os membros da Igreja a
cumprir Seu mandamento de construir o
Templo de Kirtland.
Peça à classe que pense em algo que o Senhor, por
intermédio de Seus servos, pediu aos membros da
Igreja que fizessem e que parece difícil ou descomu-
nal. Peça a alguns alunos que deem alguns exemplos
para a classe.
Mostre uma gravura do Templo de Kirtland. Lem-
bre aos alunos que, em dezembro de 1832, o Senhor
ordenou que os membros da Igreja construíssem
“uma casa de Deus” em Kirtland (Doutrina e Convê-
nios 88:119).
o mandamento foi dado, os líderes e os membros
da Igreja ainda não haviam iniciado a construção
do templo. Leia Doutrina e Convênios 95:1–3 com
a classe e procure o que o Senhor disse acerca da
demora dos santos em construir o templo.
• Por que vocês acham que não construir o templo
poderia ser considerado um “grave pecado”?
(Versículo 3; ver também o versículo 6.)
• De que maneira vocês acham que o castigo do
Senhor aos santos por não construírem o templo
foi um sinal de Seu amor por eles? (Ver o versí-
culo 1.)
Peça aos alunos que leiam Doutrina e Convênios
95:8 e identifiquem uma razão por que o Senhor
queria que um templo fosse construído em Kirtland.

Explique aos alunos que investir significa conceder

um dom a alguém. A investidura mencionada em
Doutrina e Convênios 95 incluía dons de conheci-
mento espiritual e poder. A cerimônia da investidura
do templo como feita hoje só foi revelada em 1842
em Nauvoo, Illinois.

Peça a um aluno que leia em voz alta Doutrina e

Convênios 95:11–12.

• Que princípio podemos aprender com a pro-

messa do Senhor aos membros da Igreja no
versículo 11? (Usando as palavras dos alunos,
escreva um princípio no quadro semelhante ao
seguinte: Ao nos esforçarmos para cumprir os

131
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
mandamentos do Senhor, Ele nos dará poder
para fazer Sua vontade.)
• Por que essa promessa do Senhor deve ter conso-
lado os santos em Kirtland? (Ver a declaração de
Eliza R. Snow na seção 1 do material de prepa-
ração.) Como esse princípio poderia servir de
consolo para vocês em sua vida hoje?
• Quais foram alguns dos sacrifícios que os santos
fizeram a fim de obedecerem ao mandamento
do Senhor de construir o Templo de Kirtland?
(Se necessário, incentive os alunos a examinar a
seção 1 do material de preparação.)
• Como o Senhor deu poder aos santos e os ajudou
para que construíssem o Templo de Kirtland?
Sugira aos alunos que examinem a declaração do
presidente Thomas S. Monson na seção 1 do mate-
rial de preparação e pensem sobre o seguinte: Como
os membros da Igreja de hoje ajudam na construção
dos templos? Que tipo de sacrifícios relacionados à
adoração no templo estou fazendo?
• Por que vocês acham que o sacrifício geralmente
está associado às bênçãos do templo?
MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Dê aos alunos tempo para pensar. Quando
os alunos têm tempo para refletir sobre as
experiências relacionadas a viver o evangelho
de Jesus Cristo, o Espírito Santo pode fazê-
los lembrar de certas coisas. Às vezes, usar
essa abordagem com a sugestão de escreve-
rem sobre o que pensaram antes de falarem
132
pode produzir respostas mais significativas e
despertar nos alunos mais vontade de fazer
comentários.
Dê tempo aos alunos para que pensem (e talvez
escrevam) sobre (1) os sacrifícios que eles têm feito
em relação ao templo, (2) as bênçãos que eles já
receberam associadas ao templo e (3) o que eles
podem fazer para guardar com mais diligência os
mandamentos do Senhor relacionados à Sua casa.
O Senhor aceitou o Templo de Kirtland, e as chaves
do sacerdócio foram entregues a Joseph Smith e
Oliver Cowdery.
Observação: Os alunos vão estudar Doutrina e
Convênios 109, a oração dedicatória do Templo de
Kirtland, na lição 20.
Explique aos alunos que, com os sacrifícios dos
santos e a ajuda do Senhor, o Templo de Kirtland
foi terminado e dedicado em 27 de março de 1836. A
investidura de poder dada pelo Senhor resultou da
obediência dos santos em construir o templo.
• Quais foram algumas das manifestações espiri-
tuais que os santos tiveram durante a dedicação
do Templo de Kirtland? (Incentive os alunos a
usarem o que aprenderam na seção 2 do material
de preparação.)
Explique-lhes que, depois, o Salvador e outros
mensageiros celestiais apareceram a Joseph Smith e
Oliver Cowdery no templo. Escolha um aluno para
ler em voz alta o cabeçalho da seção de Doutrina e
Convênios 110.
Mostre aos alunos a seguinte ilustração:
 L iç ão 16: O T emplo de K irtland e as chaves do sacerd ó cio — M aterial do professor
Leia Doutrina e Convênios 110:1–10 com a classe e
procure descrições sobre o Salvador e qual foi Sua
mensagem a Joseph e Oliver. Peça aos alunos que
digam o que lhes chamou mais a atenção. À medida
que os alunos expressarem suas opiniões, dê-lhes
tempo para debaterem perguntas como as seguintes:
• O que podemos aprender a respeito do Senhor
com Sua aparição e Seus ensinamentos em Sua
casa recém-construída?
• O que as palavras e promessas do Senhor nos
versículos 7–8 ensinam sobre a natureza sagrada
dos templos?
• Que efeito o templo em Kirtland teria no resto do
mundo? (Ver os versículos 9–10.)
Peça aos alunos que contem o que sabem a respeito
de outros mensageiros angélicos que apareceram no
Templo de Kirtland. Você poderia escrever no qua-
dro a seguinte verdade: O Senhor enviou mensagei-
ros celestiais ao Templo de Kirtland para conferir
as chaves do sacerdócio que eram essenciais para o
trabalho de salvação.
Peça também aos alunos que expliquem sobre essas
chaves que os mensageiros conferiram a Joseph
e Oliver. Sugira que eles examinem a seção 2 do
material de preparação se necessário. À medida que
os alunos derem suas explicações, escreva no quadro
ou mostre num cartaz os nomes Moisés, Elias e
Elias, o profeta, com as chaves a eles relacionadas.
• De que maneira somos abençoados hoje pelas
chaves do sacerdócio entregues no Templo de
Kirtland?
Mostre a seguinte declaração do presidente Joseph
Fielding Smith e peça a um aluno que a leia em
voz alta:
O Templo de Kirtland ocupa uma posição
peculiar nos anais da construção de templos.
Ele não é como outros templos. Foi edificado
primordialmente para a restauração das
chaves de autoridade. (Joseph Fielding Smith,
Doutrinas de Salvação, comp. por Bruce R.
McConkie, 1955, vol. 2, p. 241)
Você poderia dar um exemplo sobre uma maneira
específica como as chaves conferidas no Templo de
Kirtland abençoaram sua vida. Explique aos alunos
que as chaves do sacerdócio conferidas ao profeta
Joseph Smith e Oliver Cowdery estão hoje com os
membros da Primeira Presidência e do Quórum
dos Doze Apóstolos e são usadas sob a direção do
presidente da Igreja.
Para a próxima aula
Explique-lhes que, em preparação para a próxima
aula, os alunos terão a oportunidade de estudar
sobre um dos períodos mais difíceis da história da
Igreja, quando os santos passaram por provações,
perseguição e traição. Peça aos alunos que estudem
o material de preparação e venham para a aula
preparados para falar dos princípios que podem
ajudá-los a enfrentar oposição e dificuldades com fé
em Deus.
133
LIÇÃO 17: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

Permanecer fiel em meio à oposição e às aflições

Todos nós temos experiências que testam nossa fé. Um dos nossos desafios na vida é permane-
cermos valentes e firmes em Deus quando enfrentamos esses momentos difíceis. Ao estudar o
material a seguir, identifique princípios que possam ajudar a guiá-lo durante as provas de fé.

SEÇÃO 1 acreditando nisso, foram estimulados a realizar

Que problemas os santos
vivenciaram em Kirtland, Ohio, no
final da década de 1830?
“Os joelhos de muitos dos homens mais fortes da
Igreja tremeram”, Brigham Young sobre a crise que
assolou a Igreja em 1837 (Ensinamentos dos Presi-
dentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 332). No ano
anterior, os santos haviam desfrutado de paz e de
uma efusão de revelações durante a dedicação do
Templo de Kirtland. Mas nos meses seguintes à
dedicação, um “espírito de especulação” que havia
dominado a nação também começou a prevalecer
entre os santos. Kirtland “passava por um período
de grande prosperidade”, escreveu Heber C. Kim-
ball, “e todos pareciam estar determinados a ficar
ricos; para mim, eram riquezas artificiais ou imagi-
nárias. Essa aparência de prosperidade levou muitos
santos a acreditar que havia chegado a hora de o
Senhor enriquecê-los com os tesouros da Terra e,
grandes empreendimentos, tanto que dois dos
Doze, Lyman E. Johnson e John F. Boynton, foram
para Nova York, compraram o equivalente a 20 mil
dólares em mercadorias, e entraram no negócio
comercial, pegando emprestado dinheiro considerá-
vel de Polly Voce e de outros santos em Boston e nas
regiões ao redor, aos quais nunca pagaram” (Orson
F. Whitney, A vida de Heber C. Kimball, 1888, pp.
111–112).
Sentimentos de orgulho, críticas e apostasia come-
çaram a se espalhar entre os santos. Eliza R. Snow
recordou:
“Muitos que tinham sido humildes e fiéis no
cumprimento de todos os deveres (…) esta-
vam ficando com um espírito arrogante e um
coração orgulhoso. À medida que os santos
passaram a amar e a seguir o espírito do
mundo, o Espírito do Senhor afastou-Se do
coração deles”. (Ensinamentos dos Presidentes
da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 332).

134
 L iç ão 17: Permanecer fiel em meio à oposiç ão e às afliçõ es — M aterial para preparaç ão da aula

Apesar da ilusão de prosperidade, as pressões finan- SEÇÃO 2

ceiras sobre a Igreja eram altas devido às despesas O que posso fazer para
com a construção de um templo e com a compra de
terras, o que fez a Igreja acumular dezenas de milha- permanecer forte e firme quando
res de dólares em dívidas. Agora, em Kirtland e no minha fé é testada?
Missouri, os santos enfrentavam dificuldades para
seguir o mandamento do Senhor de adquirir ainda MICHIGAN

mais terras e construir novos assentamentos em Far

IOWA

West e no condado de Jackson. Na tentativa de aju-

Kirtland

dar a aliviar as pressões financeiras sobre a Igreja, INDIANA OHIO

Joseph Smith e outros líderes da Igreja criaram um

ILLINOIS

pequeno banco chamado Kirtland Safety Society.

Far West

VIRGINIA

Muitos santos compraram ações do novo banco,

Independence

KENTUCKY

incluindo Joseph. Muitos santos acreditavam que o MISSOURI

futuro traria prosperidade e riqueza se fossem fiéis.

IOWA

Spring Hill (Adam-ondi-Ahman)

No início de 1837, Thomas B. Marsh, presidente do

ILLINOIS

Quórum dos Doze Apóstolos, estava ajudando a

Far West

conduzir a Igreja no Missouri. Depois de saber que

Independence

alguns membros do quórum haviam se tornado crí-

MISSOURI

ticos de Joseph Smith e começaram a disputar uns

com os outros, Thomas viajou para Kirtland, Ohio,
na esperança de fortalecer a união dos Doze.

A caminho de Kirtland, Thomas soube que o pro-

Zweig
Stamm

No entanto, devido à depressão econômica genera-
lizada no início de 1837, muitos bancos faliram nos
Estados Unidos. Um pânico econômico em todo o
país, juntamente com uma forte oposição de alguns
cidadãos não membros, contribuiu para o fracasso
da Kirtland Safety Society cerca de sete meses
após sua abertura. Duzentos investidores do banco
perderam quase todo o dinheiro que tinham, sendo
Joseph Smith quem arcou com a maior perda.
Embora a maioria dos santos tenha respondido
com fé, mantendo-se fiel ao testemunho durante
esse período de provação, muitos outros, incluindo
alguns líderes da Igreja, culparam Joseph Smith por
seus problemas financeiros. Alguns alegaram que ele
era um profeta decaído e queriam designar um novo
presidente da Igreja em seu lugar.
feta havia chamado dois membros do quórum para
servir em missões na Inglaterra. Thomas acreditava
que, como presidente do quórum, era seu dever con-
Wurzeln
vocá-los para missões. Quando chegou a Kirtland,
Thomas compartilhou suas preocupações com
Joseph Smith, e o profeta recebeu uma revelação
com conselhos para ele (ver Revelações em Con-
texto, 2016, pp. 55–57).
Ao ler as palavras do Senhor para Thomas, consi-
dere que conselhos e verdades dessa passagem pode-
riam ajudar alguém com problemas relacionados à
sua fé. Se desejar, marque o que encontrar.

135
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

Estude em preparação para a aula

Leia Doutrina e Convênios 112:10; 12–15.

Pondere em preparação para a aula

Que princípios registrados nessa revelação
podem ajudá-lo a permanecer forte e firme
Fotografia histórica da Cadeia de Liberty, em Liberty, Missouri.
durante as provas de sua fé?
A vida na prisão abateu Joseph profun-
damente. Desordeiros espreitavam pelas
SEÇÃO 3 janelas gradeadas para bisbilhotar ou gritar
obscenidades para ele. Normalmente, Joseph
Como a adversidade pode nos e os prisioneiros tinham apenas um pouco
preparar para alguns dos nossos de pão para comer. A palha que haviam

aprendizados mais importantes? usado como cama desde dezembro estava

agora emaranhada e desconfortável. Quando
Alguns dos que haviam deixado a Igreja em acendiam fogo para se aquecer, o calabouço
Kirtland tentaram matar Joseph Smith. Advertidos se enchia de fumaça e os sufocava. (…)
pelo Senhor em uma revelação, Sidney Rigdon e ele Desde que recebera seu chamado divino,
partiram durante a noite e viajaram para Far West, Joseph seguiu em frente mesmo enfrentando
Missouri, chegando em março de 1838. Durante o oposição, esforçando-se para obedecer ao
verão e o outono daquele ano, mal-entendidos e ten- Senhor e reunir os santos. E, no entanto,
sões entre os habitantes do Missouri e os membros por mais que a Igreja tivesse florescido ao
da Igreja levaram a conflitos armados no norte do longo dos anos, parecia estar agora à beira
Missouri. Apoiando-se em relatos exagerados desse do colapso.
conflito, o governador do Missouri emitiu uma As turbas haviam expulsado os santos de
ordem de extermínio para expulsar os santos do Sião, no condado de Jackson. A dissidência
estado pela força. Pouco depois disso, em novembro interna havia dividido a Igreja em Kirtland
de 1838, o profeta Joseph Smith e outros líderes da e deixado o templo nas mãos de credores.
Igreja foram presos, falsamente acusados de trai- E agora, depois de uma terrível guerra com
ção contra o estado e, por fim, presos na Cadeia de os vizinhos, os santos estavam espalhados
Liberty, no condado de Clay, Missouri. ao longo da margem leste do rio Mississipi,
abatidos e desabrigados.

136
 L iç ão 17: Permanecer fiel em meio à oposiç ão e às afliçõ es — M aterial para preparaç ão da aula
[Joseph sentia que] os santos eram um povo
bom, que amava a Deus. Eles não mereciam
ser arrastados de suas casas, espancados e
deixados para morrer (Santos: A História da
Igreja de Jesus Cristo nos Últimos Dias, Volume
1, O Estandarte da Verdade, 1815–1846, 2018,
pp. 384–385).
Em uma carta aos líderes da Igreja e aos santos
que haviam voltado a seus lares, Joseph clamou
em oração: “Ó Deus, onde estás? Até quando tua
mão será retida e teu olho (…) contemplará dos
eternos céus os agravos contra teu povo e contra
teus servos e teu ouvido será penetrado por seus
lamentos?”(Doutrina e Convênios 121:1–2).
Pense em uma ocasião na qual você enfrentou adver-
sidades e clamou a Deus por ajuda. Ao estudar as
seguintes palavras que o Senhor falou a Joseph na
Cadeia de Liberty, imagine o Senhor falando com
você. Você pode marcar os trechos e princípios que
se destacam para você.
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 121:7–10 e Doutrina e
Convênios 122:7–9.
Anote suas impressões
Em seu diário ou no espaço fornecido, registre
as palavras e os princípios que chamaram sua
atenção nas passagens de escrituras acima.
Esteja preparado para compartilhar em classe
o que aprendeu. Como você experimentou a
veracidade dos princípios que o Senhor ensinou
a Joseph Smith na Cadeia de Liberty?



Por que alguns dos primeiros membros do Quórum
dos Doze Apóstolos deixaram a Igreja?
O vídeo “Se Não Endurecerem o Coração” (11:20)
retrata as experiências de Lyman E. Johnson e Tho-
mas B. Marsh, que deixaram a Igreja, mas voltaram
muitos anos depois.
Como posso permanecer firme durante
uma prova de fé?
No vídeo “Prova da Vossa Fé” (1:01), o élder Neil L.
Andersen, do Quórum dos Doze Apóstolos, explica
como podemos navegar em meio a nossas provas
de fé. Seu discurso completo, “Prova da vossa fé” (A
Liahona, novembro de 2012, pp. 39–42), pode ser
encontrado em ChurchofJesusChrist.org.
137
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

O vídeo “The Refiner’s Fire” (5:02) ilustra a fé demos- Você pode ler o texto inteiro das cartas que Joseph
trada por uma mulher que permitiu que suas pro- enviou da Cadeia de Liberty em março de 1839 no
vações a ajudassem a se tornar mais semelhante site Joseph Smith Papers: Carta à Igreja e a Edward
ao Salvador. Partridge, 20 de março de 1839; Carta a Edward
Partridge e à Igreja, por volta de 22 de março
Onde posso obter mais detalhes sobre de 1839.
os eventos em Kirtland e na Cadeia
de Liberty?
Alguns dos detalhes que envolvem os eventos em
Kirtland e na Cadeia de Liberty que provaram a fé
dos santos podem ser encontrados em Santos,
volume 1, capítulos 23–25 e capítulos 31–33.

138
 L iç ão 17: Permanecer fiel em meio à oposiç ão e às afliçõ es — M aterial do professor

LIÇÃO 17: MATERIAL DO PROFESSOR

Permanecer fiel em meio à oposição e às aflições

Durante o período entre 1837 e 1839, os santos experimentaram um espírito ameaçador de
apostasia em Kirtland, Ohio, e violenta perseguição no Missouri. Esta lição ajudará os alunos
a determinar como podem voltar-se para o Pai Celestial e Jesus Cristo, contar com Eles e ter
plena confiança Neles em tempos de dificuldade e oposição.

Sugestões didáticas Explique-lhes que depois que Thomas B. Marsh e

Alguns membros em Kirtland, Ohio,
deixaram a Igreja, enquanto outros
permaneceram fiéis.
Comece a aula pedindo aos alunos que descrevam
como algumas pessoas que eles conhecem respon-
deram a provações difíceis em suas vidas. Você
também pode perguntar o que eles aprenderam com
esses exemplos.
Peça aos alunos que ponderem sobre as provações
que eles ou seus entes queridos estão enfrentando
no momento e que pensem no que o Senhor pode-
ria lhes ensinar hoje sobre como reagir a essas
provações.
• Quais são alguns dos desafios e provações que
os primeiros santos vivenciaram em Ohio? (Você
pode indicar aos alunos o material de preparação
para ajudá-los a se lembrar.) O que podemos
aprender com as pessoas que passaram pelas
provações em Ohio?
Lembre os alunos de que, no verão de 1837, Tho-
mas B. Marsh, presidente do Quórum dos Doze
Apóstolos, viajou do Missouri para Kirtland para se
encontrar com os membros desse quórum e com o
profeta Joseph Smith.
Joseph Smith se reuniram e resolveram suas dife-
renças, o profeta recebeu uma revelação do Senhor
dirigida a Thomas. Peça aos alunos que leiam ou
releiam Doutrina e Convênios 112:10–15 em silêncio
e identifiquem conselhos e princípios que o Senhor
ensinou a Thomas B. Marsh e a outros membros do
Quórum dos Doze. Peça aos alunos que comparti-
lhem e debatam o que encontraram.
Se necessário, ajude os alunos a identificar e debater
um princípio do versículo 13, fazendo algumas das
seguintes perguntas:
• O que o Senhor prometeu que faria pelos Doze
que escolheram não endurecer o coração quando
a fé deles foi testada? (Depois que os alunos
responderem, mostre o seguinte princípio ou
escreva-o no quadro: Se não endurecermos nosso
coração quando nossa fé for testada, o Senhor
estará conosco e ajudará a aprofundar nossa
conversão.)
• Como algumas pessoas podem endurecer seus
corações quando sua fé é testada? Quais são os
perigos de se agir assim?
• Quando você viu alguém reagir a uma prova de
fé com um coração brando e uma mente aberta?
O que você notou que aconteceu com essa pessoa
ao reagir dessa maneira?

• Quais foram algumas das preocupações e desafios

que Thomas B. Marsh enfrentou antes de chegar
a Kirtland?

139
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
O profeta Joseph Smith foi abençoado por
sua fidelidade durante suas provações na
Cadeia de Liberty.
Mostre a seguinte pergunta: Por que Deus permite
que coisas ruins aconteçam a pessoas boas?
Pergunte aos alunos se eles já refletiram sobre ela ou
se alguém já lhes fez essa pergunta. Explique-lhes
que Joseph Smith fez uma pergunta similar depois
de ter sido preso injustamente em Liberty, Mis-
souri. Enquanto os alunos debatem a experiência de
Joseph, peça-lhes que pensem em como responde-
riam se um amigo lhes fizesse essa pergunta.
Mostre as seguintes imagens da Cadeia de Liberty:
140
Peça aos alunos que narrem os eventos que levaram
à prisão de Joseph Smith na Cadeia de Liberty.
(Se necessário, peça aos alunos que recapitulem a
seção 3 do material de preparação.)
• Quais eram as condições para Joseph Smith e os
outros na Cadeia de Liberty?
Lembre os alunos de que o profeta Joseph Smith
passou mais de quatro meses na Cadeia de Liberty
durante o frio intenso do inverno. Peça a um aluno
que leia Doutrina e Convênios 121:1–3 em voz alta.
Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique
perguntas que o profeta fez, em espírito de oração,
nessa carta.
• O que essas perguntas revelam sobre o
que Joseph Smith poderia estar sentindo
naquele período?
• Como esse período pode ter sido uma prova de fé
para Joseph?
Lembre os alunos de que, enquanto esteve na
prisão, Joseph Smith enviou duas cartas à Igreja.
Divida a turma em grupos pequenos. Convide-os a
ler ou reler Doutrina e Convênios 121:7–10; 122:7–9
e depois compartilhe os trechos e princípios que se
destacaram para eles.
Após dar-lhes tempo suficiente, peça a alguns
alunos que compartilhem com a classe o que deba-
teram em grupo. Você pode mostrar esses trechos
ou princípios ou escrevê-los no quadro. Alguns
princípios identificados pelos alunos podem ser
expressos ou resumidos das seguintes maneiras: Ao
nos voltarmos para o Senhor e confiarmos Nele
durante nossas provações, Ele nos abençoará com
revelação, consolo e incentivo. Se permanecermos
fiéis, a aflição e a adversidade podem nos servir de
experiência e ser para o nosso bem.
• Como os trechos e princípios que vocês identi-
ficaram podem ajudar alguém que está enfren-
tando adversidades ou uma prova de fé?
 L iç ão 17: Permanecer fiel em meio à oposiç ão e às afliçõ es — M aterial do professor
Como parte do debate, você pode mostrar a
seguinte declaração do élder Jeffrey R. Holland, do
Quórum dos Doze Apóstolos, e pedir a um aluno
que a leia em voz alta:
Podemos ter experiências sagradas, revela-
doras e profundamente instrutivas com o
Senhor nos momentos mais angustiantes da
vida — nos piores lugares, ao sofrer as injus-
tiças mais dolorosas, ao enfrentar os reveses
e a oposição mais insuperáveis que jamais
enfrentamos. (…)
As lições do inverno de 1838–1839 nos
ensinam que toda experiência pode se
transformar numa experiência redentora
se permanecermos ligados ao Pai Celestial
durante essa dificuldade. Essas difíceis lições
nos ensinam que os momentos excruciantes
para o homem são oportunidades para Deus,
e que se formos humildes e fiéis, se crermos
e não amaldiçoarmos a Deus por nossos
problemas, Ele pode transformar as prisões
injustas, desumanas e debilitantes de nossa
vida em templos — ou pelo menos em algo
que traga consolo e revelação, a companhia
divina e a paz (Jeffrey R. Holland, “Lições da
Cadeia de Liberty”, Serão do SEI para jovens
adultos, 7 de setembro de 2008, p. 4).
• O que você acha que significa dizer que as prova-
ções podem se tornar experiências “redentoras”?
• Como suportar fielmente as provações da vida
nos ajuda a nos tornarmos mais semelhan-
tes a nosso Pai Celestial e a nosso Salvador,
Jesus Cristo?
• De que maneiras você se voltou para o Pai Celes-
tial e Jesus Cristo e confiou mais plenamente
Neles durante as provações que testaram sua fé?
O que você aprendeu ao agir assim?
Peça aos alunos que compartilhem com um colega
de classe como eles responderiam à pergunta que
você mostrou anteriormente sobre por que Deus
permite que coisas ruins aconteçam a Seus filhos.
Em seguida, peça aos alunos que considerem colo-
car palavras e trechos que selecionaram nas passa-
gens de escrituras debatidas anteriormente em locais
onde possam vê-los com frequência, memorizá-los
ou compartilhá-los nas mídias sociais. Testifique-
lhes que, ao nos voltarmos para o Salvador durante
nossas provações, Ele nos dará paz, nos confortará e
aprofundará nossa conversão.
Para a próxima aula
Ao encerrar a aula, explique-lhes que uma das maio-
res organizações de mulheres do mundo atualmente,
a Sociedade de Socorro, foi fundada em 1842 pelo
profeta Joseph Smith. Informe os alunos de que, ao
se prepararem para a próxima aula, terão a opor-
tunidade de aprender mais sobre como e por que
essa organização mundial foi criada. Incentive os
alunos a virem preparados para compartilhar o que
aprenderam.
141
LIÇÃO 18: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

As mulheres santos dos últimos dias e a Sociedade

de Socorro
Ao falar sobre a Sociedade de Socorro, o profeta Joseph Smith declarou: “A Igreja não estava
perfeitamente organizada até que as mulheres fossem assim organizadas” (Ensinamentos dos
Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 474). Pense sobre a mensagem enviada ao mundo por
essa declaração em relação ao lugar das mulheres na Igreja do Senhor. Ao estudar esses mate-
riais, pondere sobre como o trabalho das mulheres santos dos últimos dias e da Sociedade de
Socorro é essencial na Igreja restaurada de Jesus Cristo.

SEÇÃO 1 O élder James E. Talmage, do Quórum dos Doze

Como as mulheres santos dos
últimos dias edificam o reino
de Deus?
Apóstolos, disse certa vez: “Jesus Cristo foi o maior
defensor do sexo feminino no mundo” (Filhas em
Meu Reino, 2011, p. 3).
O presidente M. Russell Ballard, do Quórum dos
Doze Apóstolos, ensinou:

Nossas irmãs sempre foram vitais na obra do

Senhor e parte integrante dela. Mulheres fiéis
trabalharam valentemente na causa da ver-
dade e retidão desde antes da criação deste
mundo. (…) Nossa dispensação também tem
suas heroínas (M. Russell Ballard, “Mulheres
de retidão”, A Liahona, dezembro de 2002,
p. 38).

Emma Smith, a esposa do profeta Joseph Smith,

serve como exemplo de uma mulher santo dos
últimos dias que cumpriu um papel importante
na Restauração. Numa revelação a Joseph Smith,

142
 L iç ão18: A s mulheres santos dos últimos e a Sociedade de Socorro — M aterial para preparaç ão da aula
o Senhor Se referiu a Emma como “uma mulher
eleita” (Doutrina e Convênios 25:3). Ao ler algumas
dessas revelações, marque as responsabilidades e os
conselhos que o Senhor deu a Emma. Observe que
no versículo 16 o Senhor declara que Seu conselho
dado a Emma também se aplica a todos nós.
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 25:5–7, 10–11, 13,
15–16.
Emma e Joseph passaram por grandes provações
durante o tempo que viveram juntos. Eles também
proporcionaram um ao outro muito consolo e
alegria. Fiel ao seu chamado, Emma proveu grande
refrigério a Joseph, encorajando e consolando-o em
meio a perseguições e provações. Refletindo sobre
o momento em que Emma o visitou enquanto ele se
escondia do perigo, o profeta escreveu: “Ela estava
ali, até nos momentos mais terríveis — impassível,
firme e inabalável — imutável e afetuosa Emma!”
(“Diário, dezembro de 1841– dezembro de 1842”, p.
135, josephsmithpapers.org).
Emma serviu por um tempo como escrevente para
Joseph, ajudando na tradução do Livro de Mór-
mon. Ao longo de sua vida, ela testemunhou com
firmeza do Livro de Mórmon. Pouco antes de sua
morte, ela disse ao filho: “Minha crença é a de que
o Livro de Mórmon possui autenticidade divina
— não tenho a menor dúvida disso” (Emma Smith,
“Last Testimony of Sister Emma”, Saints’ Herald, 1º
de out. de 1879, p. 290). Obediente ao mandamento
do Senhor, Emma também compilou o primeiro
hinário da Igreja.
Emma ensinou pelo exemplo: “Em Nova York, ela
costurou roupas para (…) missionários chamados
para pregar o evangelho. Em Kirtland, ela traba-
lhou com outras mulheres para juntar cobertores,
alimentos e roupas para que os integrantes do
Acampamento de Sião levassem para os santos
aflitos no Missouri. Ela ajudou a preparar refeições
e fazer [roupas] para os trabalhadores que estavam
construindo o Templo de Kirtland. Hospedou tan-
tos trabalhadores do templo em sua casa, que ela e
Joseph tiveram que dormir no chão. Nos primeiros
dias de Nauvoo, ela dedicou grande parte de seu
tempo e atenção ao cuidado das muitas vítimas de
malária que estavam acampadas, na margem do rio
Mississipi. Dessa forma e de várias outras, ela foi
um exemplo do serviço prestado por muitas irmãs
de sua época” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:
Joseph Smith, p. 473).
Pondere em preparação para a aula
Pense em uma mulher exemplar que você
conhece e que usa sua influência, voz e habilida-
des para fazer contribuições significativas para
a edificação do reino de Deus. Em que aspectos
ela está edificando o reino de Deus em nos-
sos dias?
143
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
SEÇÃO 2
O que há de único na organização
da Sociedade de Socorro?
Na primavera de 1842, os santos lutavam contra
a pobreza para construir o Templo de Nauvoo.
Muitas das irmãs desejavam fazer mais para ajudar.
Lideradas por Sarah Kimball e Margaret Cook, um
grupo de irmãs se reuniu para redigir uma consti-
tuição e os estatutos para uma nova sociedade de
mulheres com o objetivo de costurar roupas para
aqueles que trabalhavam na construção do templo.
Quando consultaram o profeta Joseph Smith, ele
lhes disse que a constituição e os estatutos delas
eram “os melhores que já tinha visto” (Ensinamentos
dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, p. 471), mas”,
então disse: “Não é isso que vocês precisam. Diga
às irmãs que sua oferta foi aceita pelo Senhor, e que
Ele tem para elas algo melhor. (…) Convido-as a
reunirem-se comigo e alguns irmãos (…) na tarde
da próxima quinta-feira, e organizarei as mulheres
sob o sacerdócio, segundo o padrão do sacerdócio”
(Filhas em Meu Reino, p. 12). Eliza R. Snow reiterou
que Joseph Smith ensinou à Sociedade de Socorro
que “a mesma organização existia antigamente na
Igreja” (Filhas em Meu Reino, p. 7).
144
A irmã Julie B. Beck, ex-presidente geral da Socie-
dade de Socorro, ensinou o que significa ser organi-
zado de acordo com o padrão do sacerdócio:
A Sociedade de Socorro é única porque foi
organizada segundo o “padrão do sacer-
dócio” (Joseph Smith, citado em Sarah M.
Kimball, “Autobiografia”, Woman’s Exponent,
1º de setembro de 1883, p. 51). Trabalhamos
à maneira do sacerdócio — isto é, buscamos
e recebemos revelação e agimos sob inspira-
ção; tomamos decisões em conselhos; e nos
preocupamos com o cuidado das pessoas,
individualmente. Possuímos o propósito do
sacerdócio de nos preparar para as bênçãos
da vida eterna, fazendo e cumprindo convê-
nios. Portanto, assim como nossos irmãos
portadores do sacerdócio, o nosso traba-
lho também é de salvação, de serviço e de
santificação das pessoas (Julie B. Beck, “Socie-
dade de Socorro — um trabalho sagrado”, A
Liahona, novembro de 2009, p. 111).
O presidente Dallin H. Oaks, da Primeira Presidên-
cia, enfatizou ainda mais que o trabalho da Socie-
dade de Socorro é realizado com a autoridade do
sacerdócio:
Em um discurso para a Sociedade de
Socorro, o presidente Joseph Fielding Smith,
que na época era o presidente do Quó-
rum dos Doze Apóstolos, disse o seguinte:
“Embora as irmãs não tenham recebido
o sacerdócio, (…) isso não significa que o
Senhor não lhes concedeu autoridade. (…)
Vocês podem falar com autoridade, porque o
Senhor lhes concedeu autoridade”. Também
disse que a Sociedade de Socorro “recebeu
poder e autoridade para realizar muitas coi-
sas grandiosas. O trabalho que elas realizam
é feito por autoridade divina” (“Relief Society
— An Aid to the Priesthood” [Sociedade de
Socorro: Um Auxílio para o Sacerdócio], Relief
Society Magazine, janeiro de 1959, pp. 4–5).
 L iç ão18: A s mulheres santos dos últimos e a Sociedade de Socorro — M aterial para preparaç ão da aula
Qualquer pessoa que atue em um ofício ou
chamado recebido de alguém que possui as
chaves do sacerdócio exerce a autoridade do
sacerdócio ao cumprir seus deveres designa-
dos (Dallin H. Oaks, “As chaves e a autoridade
do sacerdócio”, A Liahona, maio de 2014, pp.
50–51).
SEÇÃO 3
Como as mulheres e a Sociedade
de Socorro ajudam a realizar
os propósitos de Deus e de
Sua Igreja?
A primeira reunião da Sociedade de Socorro foi
realizada em 17 de março de 1842, na sala superior
da Loja de Tijolos Vermelhos de Joseph Smith, em
Nauvoo, Illinois. Emma foi escolhida e apoiada
como presidente da nova organização. Joseph
ergueu-se e explicou que era o cumprimento da
declaração do Senhor de que Emma era “uma
mulher eleita, a quem chamei” (Doutrina e Con-
vênios 25:3). Pouco tempo depois, o profeta disse:
“Esta Sociedade receberá instruções por meio da
ordem que Deus estabeleceu — por intermédio
das pessoas que foram designadas para liderar — e
agora, passo a chave para vocês, em nome de Deus,
e esta sociedade se regozijará, e o conhecimento e a
inteligência aqui fluirão daqui por diante” (Filhas em
Meu Reino, p. 15).
A irmã Emma Smith declarou que juntas as mulhe-
res da Igreja fariam “algo extraordinário” (“Ensi-
namentos de Joseph Smith sobre o sacerdócio,
o templo e as mulheres”, Tópicos do Evangelho,
topics​.ChurchofJesusChrist​.org). Ao estudar as
seguintes afirmações, marque o que mais se destaca
a respeito dos propósitos e da missão da Sociedade
de Socorro.
Zina D. H. Young, ex-presidente geral da Sociedade
de Socorro, lembrou:
A Sociedade de Socorro (…) foi organizada (…)
para ministrar bênçãos temporais aos pobres
e necessitados, para dar incentivo aos fracos,
para reprimir os enganos, para o melhor
desenvolvimento e para exercitar a simpatia
e a caridade da mulher, para que ela tenha
a oportunidade de conquistar força espiri-
tual e poder para realizar um bem maior na
obra de redenção da família (“First General
Conference of the Relief Society”, Woman’s
Exponent, 15 de abril de 1889, p. 172).
A irmã Beck ensinou:
Joseph Smith disse que as mulheres desta
Igreja foram organizadas para proporcionar
“socorro aos pobres, aos necessitados, à
viúva e ao órfão e para o exercício de todos
os propósitos benevolentes” (História da
Igreja, 4:567) e “não apenas para socorrer
os pobres, mas para salvar almas” (História
da Igreja, 5:25). Esse esforço de socorro foi
definido pelo élder John A. Widtsoe como
o “socorro na pobreza, socorro na doença,
socorro na dúvida, socorro na ignorância
e socorro em tudo que impeça a alegria e
o progresso” (Evidences and Reconciliations,
arr. por G. Homer Durham, 3 volumes em 1,
1960, p. 308).
A Sociedade de Socorro é onde praticamos
como ser discípulas de Cristo. Aprendemos
o que Ele quer que aprendamos, o que Ele
quer que façamos e nos tornamos o que
Ele quer que nos tornemos (Julie B. Beck, “O
que as mulheres da Igreja fazem de melhor:
Permanecem firmes e inamovíveis”, A Liahona,
novembro de 2007, pp. 109).
145
O que Joseph Smith ensinou sobre as mulheres e a au toridade do sacerd ó cio?

Evangelho, topics​.ChurchofJesusChrist​.org) destaca

os ensinamentos de Joseph Smith sobre as mulhe-
res e a autoridade do sacerdócio.

Onde posso encontrar histórias

O presidente Spencer W. Kimball explicou por que
homens e mulheres devem entender os propósitos e
o poder da Sociedade de Socorro:
inspiradoras de mulheres fiéis santos
dos últimos dias?
Explore a coleção Mulheres de convicção em
­history​.ChurchofJesusChrist​.org para obter histó-
rias de mulheres fiéis santos dos últimos dias ao
redor do mundo.
O livro Filhas em Meu Reino também contém vários
relatos de mulheres fiéis e seu trabalho na Socie-
dade de Socorro.

“Há um grande poder nessa organização [da

filhas em meu reino

Sociedade de Socorro] que ainda não foi ple-

namente exercido para fortalecer os lares de
Sião e edificar o Reino de Deus — nem será,
Filhas
até que tanto as irmãs quanto [os irmãos] do
sacerdócio compreendam o valor da Socie-
em Meu Reino
dade de Socorro (Spencer W. Kimball, Filhas
em Meu Reino, p. 155; grifo do autor).

Pondere em preparação para a aula

O que mulheres e homens podem fazer para
captar a visão da Sociedade de Socorro e traba- A HISTÓRIA E O TRABALHO
DA SOCIEDADE DE SOCORRO
lhar juntos para ajudar a cumprir os propósitos
desta organização?

Como exemplo, você pode começar por esta his-

O que Joseph Smith ensinou sobre as mulheres e a
tória da presidente da Sociedade de Socorro Belle
autoridade do sacerdócio?
Spafford, que ampliou a influência da Sociedade de
Socorro entre pessoas de outras religiões.
O texto “Ensinamentos de Joseph Smith sobre o
sacerdócio, o templo e as mulheres” (Tópicos do

146
L iç ão18: A s mulheres santos dos últimos e a Sociedade de Socorro — M aterial para preparaç ão da aula

Em que aspectos Emma era “uma

mulher eleita”?
Assista ao vídeo “Uma Mulher Eleita” (5:18) para
saber mais sobre por que o Senhor honrou Emma
com esse título.

147
L iç ão18: A s mulheres santos dos últimos dias e a Sociedade de Socorro — M aterial do professor

LIÇÃO 18: MATERIAL DO PROFESSOR

As mulheres santos dos últimos dias e a Sociedade

de Socorro
A Sociedade de Socorro é uma das mais antigas e, com mais de 7,1 milhões de membros, uma
das maiores organizações de mulheres do mundo. A Sociedade de Socorro é uma parte essen-
cial da Igreja restaurada de Jesus Cristo. Esta lição ajudará os alunos a serem capazes de com-
partilhar como as habilidades e contribuições únicas das mulheres santos dos últimos dias são
essenciais para a obra do Senhor. Os alunos também determinarão como vão participar ou
apoiar mais a Sociedade de Socorro no cumprimento de seus propósitos.

Sugestões didáticas Nós, seus irmãos, precisamos de sua força,

As mulheres que guardam seus convênios
contribuem de maneira única e vital para a
edificação do reino de Deus.
Mostre uma gravura ou descreva uma mulher justa
em sua vida. Compartilhe brevemente com a classe o
que a torna uma mulher exemplar e como ela contri-
buiu para a edificação do reino de Deus.
Peça aos alunos que compartilhem seus pensamen-
tos sobre uma mulher justa que conhecem e como
ela é uma influência para o bem na edificação do
reino de Deus. (Os alunos foram convidados a pon-
derar sobre isso no material de preparação.)
Mostre aos alunos a seguinte declaração do presi-
dente Russell M. Nelson. Peça a um aluno que a leia
em voz alta e peça ao restante da classe que acompa-
nhe a leitura e identifique o que o presidente Nelson
ensinou sobre as mulheres justas da Igreja.
de sua conversão, de sua convicção, de sua
capacidade de liderar, de sua sabedoria e de
sua voz. O reino de Deus não é e não pode
ser completo sem as mulheres que fazem
e guardam convênios sagrados, mulheres
que podem falar com o poder e a autoridade
de Deus! (Russell M. Nelson, “Um apelo às
minhas irmãs”, A Liahona, novembro de 2015,
p. 96.)
• O que chama a atenção de vocês nessa
declaração?
• Como vocês resumiriam uma verdade que pode-
mos aprender com os ensinamentos do presidente
Nelson sobre as mulheres que guardam seus con-
vênios na Igreja? (Usando as palavras dos alunos,
escreva no quadro ou mostre uma verdade similar
à seguinte: os atributos, a liderança e as vozes
das mulheres que guardam seus convênios são
essenciais para a edificação do reino de Deus.)

Minhas queridas irmãs, vocês (…) são nossas

companheiras preciosas nesta dispensação.
Sua virtude, sua luz, seu amor, seu conhe-
cimento, sua coragem, seu caráter, sua fé e
sua vida justa vão atrair as boas mulheres do
mundo, com a família delas, para a Igreja em
um número sem precedentes.
• Por que vocês acham que o reino de Deus “não
é e não pode ser completo” sem as vozes e
contribuições das mulheres que guardam seus
convênios?
Explique-lhes que, conforme registrado em Dou-
trina e Convênios 25, o Senhor convidou Emma
Smith a usar sua voz, seus talentos e suas habili-
dades para ajudar a edificar Seu reino. Convide os

148
 L iç ão18: A s mulheres santos dos últimos dias e a Sociedade de Socorro — M aterial do professor
alunos a reler Doutrina e Convênios 25: 5–7, 10–16,
que estudaram na seção 1 do material de prepara-
ção, e peça-lhes que identifiquem os conselhos e as
responsabilidades que o Senhor deu a Emma.
Peça aos alunos que compartilhem o que se des-
taca nesses versículos e por quê. Dê aos alunos um
minuto para pensar em quais conselhos o Senhor
gostaria que eles aceitassem e vivessem mais
plenamente.
O Senhor organizou a Sociedade de
Socorro por meio do profeta Joseph Smith.
Mostre uma imagem da Loja de Tijolos Vermelhos
de Joseph Smith, em Nauvoo, Illinois, e explique a
eles que foi lá que a Sociedade de Socorro foi orga-
nizada em março de 1842.
Peça aos alunos que narrem as circunstâncias
que levaram ao estabelecimento da Sociedade de
Socorro (ou convide um aluno no início da aula a se
preparar para isso) e que estão contidas na seção 2
do material de preparação.
• Segundo que padrão Joseph Smith disse que a
Sociedade de Socorro é organizada? (A Socie-
dade de Socorro é organizada segundo o padrão
do sacerdócio.)
• O que significa dizer que a Sociedade de Socorro
é organizada segundo o padrão do sacerdócio?
Por que é importante sabermos disso? (Se neces-
sário, convide os alunos a recordar o que apren-
deram na seção 2 do material de preparação.)
• Como vocês resumiriam os propósitos da Socie-
dade de Socorro? (Você pode pedir aos alunos
que releiam as declarações da irmã Zina D. H.
Young e da irmã Julie B. Beck na seção 3 do
material de preparação para ajudá-los a identifi-
car uma verdade similar à seguinte: a Sociedade
de Socorro foi organizada para socorrer os
pobres e ajudar a salvar almas.)
• De que maneiras vocês têm visto as mulheres da
Sociedade de Socorro cumprirem esses propósi-
tos? (Você também pode compartilhar um exem-
plo ou uma experiência pessoal significativa.)
Reserve tempo para algumas irmãs da classe com-
partilhar seus sentimentos sobre as bênçãos da
Sociedade de Socorro.
Peça a alguns alunos que compartilhem suas respos-
tas à seguinte pergunta sobre a qual foram convida-
dos a ponderar no material de preparação:
• O que mulheres e homens podem fazer para cap-
tar a visão da Sociedade de Socorro e trabalhar
juntos para ajudar a cumprir os propósitos desta
organização?
Mostre as seguintes perguntas e peça aos alunos que
reflitam em espírito de oração e depois escrevam
uma meta em seu diário ou caderno:
• Irmãs, como vocês participarão mais plenamente
do cumprimento dos propósitos da Sociedade de
Socorro por meio de suas habilidades, fé, voz e
liderança?
• Irmãos, o que vocês farão para melhor apoiar,
incentivar e trabalhar com as mulheres na edifica-
ção do reino de Deus?
Se o tempo permitir, você pode convidar alguns
alunos a compartilhar o que escreveram.
149
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Adapte as sugestões didáticas. Você pode
optar por utilizar todas ou algumas das suges-
tões didáticas de cada lição e adaptar as suges-
tões de acordo com a orientação do Espírito
e as necessidades e circunstâncias de seus
alunos. Ao adaptar as sugestões didáticas ou
substituí-las por suas próprias ideias, considere
os resultados pretendidos relacionados ao
aprendizado dos alunos e selecione uma ideia
de ensino alternativa que traga o mesmo resul-
tado pretendido.
Para encerrar a lição, você pode realizar um ou mais
dos seguintes procedimentos:
1. Pergunte aos alunos como eles reagiriam a
alguém que afirma que as mulheres têm lugar e
papel inferiores em A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias.
2. Preste testemunho das verdades identificadas
durante a lição.
3. Peça a um aluno que leia o seguinte convite do
presidente Russell M. Nelson:
150
A vida justa das mulheres convertidas que
cumprem os convênios (…) vai cada vez mais
se destacar neste mundo deteriorado. Essas
mulheres serão vistas, então, como diferen-
tes e distintas no melhor sentido possível.
(…) Rogo a minhas irmãs de A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
que deem um passo adiante! Ocupem seu
lugar de direito tão necessário em sua casa,
em sua comunidade e no reino de Deus —
mais do que nunca o fizeram antes. (Russell
M. ­Nelson, “Um apelo às minhas irmãs”, A
Liahona, novembro de 2015, p. 97; grifo
do autor.)
Para a próxima aula
Explique aos alunos que no próximo encontro, eles
se concentrarão em um aspecto do evangelho restau-
rado que o profeta Joseph Smith chamou de uma
das maiores responsabilidades neste mundo que
Deus deu aos santos dos últimos dias (ver Ensina-
mentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith 2007, p.
500). Peça aos alunos que estudem cuidadosamente
o material de preparação da lição 19 e se preparem
para debater as maravilhosas promessas proféticas
feitas àqueles que ajudam a realizar o trabalho do
templo em favor dos mortos.
LIÇÃO 19: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

A redenção dos mortos

Pense em um momento em que alguém fez algo por você que você não poderia fazer sozinho.
Como se sentiu em relação a essa pessoa? Ao estudar, pense em como seus familiares falecidos
podem se sentir em relação a você quando você faz por eles o que eles não podem fazer por si
mesmos — realizar ordenanças essenciais para a salvação deles.

SEÇÃO 1 (…) insinuou fortemente que [Alvin] tinha ido para

O que acontece com as pessoas
que morrem sem o conhecimento
do evangelho?
Nota: Em vez de ler esta primeira seção desta lição,
você pode assistir a este vídeo e depois ponderar
sobre as perguntas no final da seção.
Aos 17 anos, Joseph Smith ficou muito triste com a
morte repentina de seu irmão mais velho, Alvin, a
quem ele amava e admirava muito. A família Smith
“pediu a um ministro presbiteriano de Palmyra,
Nova York, que oficiasse em seu funeral. Como
Alvin não tinha sido membro da congregação
daquele ministro, o clérigo declarou em seu sermão
que Alvin não poderia ser salvo. William Smith, o
irmão caçula de Joseph, relembrou: ‘[O ministro]
o inferno’”, porque Alvin não havia sido batizado
(Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith,
2007, pp. 423, 425).
A resposta do clérigo para a morte de Alvin pode
ter soado dura. No entanto, seu ensino foi baseado
na verdade de que todas as pessoas devem aceitar
a Cristo e ser batizadas para serem salvas (ver João
3:5).
Em janeiro de 1836, mais de 12 anos após a morte
de Alvin, o profeta Joseph Smith se reuniu com seu
pai e outros líderes da Igreja na sala superior do
Templo de Kirtland, que estava quase concluído.
Durante a reunião, o profeta Joseph Smith teve
uma visão do futuro, que hoje está registrada em
­Doutrina e Convênios 137.

151
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 137:1–2, 5–8.
Joseph “maravilhou-se” ao ver seu irmão Alvin no
reino celestial, porque Alvin não havia sido bati-
zado. Quatro anos depois, em agosto de 1840, o
profeta começou a ensinar aos santos a doutrina do
batismo pelos mortos. O apóstolo Paulo havia ensi-
nado essa doutrina no Novo Testamento antes que o
Senhor a restaurasse em nossos dias (ver 1 Coríntios
15:29).
Em uma carta a seu marido, Vilate Kimball escreveu
sobre o entusiasmo dos santos em relação a essa
doutrina recém-restaurada:
O presidente Smith inaugurou um assunto
novo e glorioso. (…) Ele disse que é privilé-
gio dos membros desta Igreja realizarem
o batismo em favor de seus parentes que
tenham falecido antes deste evangelho vir
à luz. (…) Ao fazermos isso, tornamo-nos
agentes deles e lhes damos o privilégio de
se levantarem na primeira ressurreição. Ele
disse que a eles será pregado o evangelho
na prisão. (…) Desde que esse mandamento
foi pregado aqui, as águas têm sido constan-
temente agitadas. Durante a conferência, às
vezes havia oito ou dez élderes no rio bati-
zando ao mesmo tempo. (…) Acaso não é esta
uma doutrina gloriosa? (Vilate Kimball, em
Janiece Johnson e Jennifer Reeder, The witness
of women: Firsthand experiences and testimo-
nies from the Restoration, 2016, p. 181).
Sem dúvida, a família Smith sentiu grande alegria
quando Hyrum realizou o batismo em favor do seu
irmão Alvin.
152
Pondere em preparação para a aula
O que vocês acham que torna a redenção dos
mortos uma “doutrina gloriosa”? O que essa dou-
trina ensina a você sobre o caráter e os desejos
do Pai Celestial e de Seu Filho, Jesus Cristo?
No ano seguinte, em 1841, o Senhor declarou
que “essa ordenança pertence à minha casa” e
que, depois que a pia batismal do templo esti-
vesse pronta, os santos parariam de realizar no rio
batismos pelos mortos (ver Doutrina e Convênios
124:29–34). Joseph Smith forneceu mais instruções
sobre a redenção dos mortos em duas cartas que
ele escreveu aos santos enquanto esteve escondido
devido a falsas acusações. O conteúdo dessas cartas
agora é encontrado em Doutrina e Convênios 127
e 128. O profeta ensinou que somente quando uma
ordenança do evangelho, como o batismo pelos
mortos, é realizada pela autoridade do sacerdócio e
um registro adequado é mantido, a ordenança será
ligada na terra e no céu (ver Doutrina e Convênios
127:5–7; 128:1–9).
SEÇÃO 2
O que o Senhor revelou
adicionalmente sobre a redenção
dos mortos na visão que deu ao
presidente Joseph F. Smith?
Após a morte do profeta Joseph Smith, o Senhor
continuou a revelar verdades sobre Seu plano de
redimir os mortos “linha sobre linha” (Doutrina e
Convênios 98:12). Em 1918, o presidente Joseph F.
Smith teve uma visão que revelou verdades adi-
cionais sobre a redenção dos mortos. Essa visão se
encontra em Doutrina e Convênios 138.
 L iç ão 19: A redenç ão dos mortos — M aterial para preparaç ão da aula

O presidente M. Russell Ballard, do Quórum dos Salvador e lia a descrição do apóstolo Pedro do
Doze Apóstolos, explicou como o presidente Joseph ministério de Jesus no mundo espiritual após Sua
F. Smith estava preparado para receber essa notá- Crucificação (ver Doutrina e Convênios 138:1–11).
vel visão:

Durante sua vida, o presidente Smith perdeu

o pai [com cinco anos], a mãe [com 13 anos],
um irmão, duas irmãs, duas esposas e 13
filhos. Ele estava bem familiarizado com a
tristeza e com a perda de entes queridos. (…)
[O ano de 1918] foi especialmente doloroso
para ele. Ele lamentou as mortes causadas
pela Primeira Guerra Mundial, que chegavam
a quase 20 milhões de pessoas. Além disso,
uma pandemia de gripe se espalhava pelo
mundo, ceifando a vida de aproximadamente
100 milhões de pessoas.
Naquele ano, o presidente Smith também
perdeu outros três entes queridos. O élder
Hyrum Mack Smith, do Quórum dos Doze
Apóstolos, que era seu filho primogênito e
meu avô, morreu subitamente devido a um
apêndice supurado.
O presidente Smith escreveu: “Estou sem
palavras; entorpecido pela dor! (…) Dói-me
o coração, e ele palpita em busca pela vida!
Presidente Joseph F. Smith com seu filho Hyrum e neto Joseph.
(…) Ah! Como eu o amo! Do fundo da minha
alma, agradeço a Deus por ele! Mas (…) ah,
como precisava dele! Todos precisávamos
dele! Ele foi muito útil à Igreja. (…) E agora,
(…) o que posso fazer? (…) Ah, que Deus me
ajude!” (…)
Estude em preparação para a aula
E assim, no dia 3 de outubro de 1918, depois
de ter sofrido intensa tristeza pelos milhões Leia Doutrina e Convênios 138:30, 33–34, 57 e
de pessoas que haviam morrido no mundo considere marcar o que o Senhor ensinou ao
devido à guerra, à doença e devido à morte presidente Smith sobre como o evangelho foi
dos membros de sua família, o presidente pregado no mundo espiritual.
Smith recebeu a revelação celestial conhe-
cida como “a visão da redenção dos mortos” Em outra ocasião, o presidente Smith ensinou que
(M. Russell Ballard, “A visão da redenção dos as mulheres fiéis também são chamadas a pregar o
mortos”, Liahona, novembro de 2018, p. 72). evangelho no mundo espiritual (ver Gospel Doctrine,
Joseph F. Smith recebeu sua visão divina enquanto 5ª ed., 1939, p. 461).
ponderava a respeito do sacrifício expiatório do

153
Como posso ajudar meus antepassados por meio do trabalho de redenç ão dos mortos ?
SEÇÃO 3
Como a participação na obra de
redenção dos mortos me ajuda a
aproximar-me do Salvador?
O élder D. Todd Christofferson, do Quórum dos
Doze Apóstolos, ensinou:
O presidente Gordon B. Hinckley disse: “Creio
que o trabalho vicário pelos mortos se asse-
melha mais ao sacrifício vicário do próprio
Salvador do que qualquer outro trabalho que
conheço” (“Trechos de discursos recentes
do presidente Gordon B. Hinckley”, Ensign,
janeiro de 1998, p. 73).
Nosso anseio em redimir os mortos e o
tempo e os meios que utilizamos para cum-
prir esse compromisso são, acima de tudo,
uma demonstração de nosso testemunho
de Jesus Cristo. Trata-se de uma declaração
tão veemente quanto aquela que fazemos
concernente a Sua missão e Seu caráter
divinos. (…)
Ao identificarmos nossos antepassados
e realizarmos por eles as ordenanças de
salvação que não podem fazer por si mes-
mos, estamos testificando da infinita abran-
gência da Expiação de Jesus Cristo (D. Todd
­Christofferson, “A redenção dos mortos e o
testemunho de Jesus”, A Liahona, janeiro de
2001, pp. 10–11).
Pondere e debata em preparação para
a aula
Como a participação no trabalho de redenção
dos mortos é uma expressão do seu testemunho
de Jesus Cristo e Sua Expiação?
154
Se for possível, peça a um membro da família ou
amigo que compartilhe sua experiência com o
trabalho de história da família. Faça perguntas
sobre como começar ou como fazer o trabalho
de história da família de maneira mais eficaz.
Venha para a classe preparado para comparti-
lhar algo que aprendeu.
Como posso ajudar meus antepassados por meio do
trabalho de redenção dos mortos?
No vídeo “Sacrificar Nosso Tempo” (2:54), o pre-
sidente Russell M. e a irmã Wendy Nelson dão
instruções sobre como podemos ajudar nossos
antepassados e o Senhor de maneira mais eficaz
em Sua obra de redenção dos mortos.
Onde posso começar a pesquisar a
história da família?
Confira os recursos e materiais de treinamento dis-
poníveis em FamilySearch.org. Examine sua árvore
genealógica e experimente alguns dos recursos de
pesquisa.
Em que aspectos a história da família
e o trabalho do templo proporcionam
alegria em minha vida?
No artigo do élder Quentin L. Cook, “A
alegria do trabalho de história da família”
(A Liahona, fevereiro de 2016, pp. 23–27),
ele falou da missão de Elias e de como
podemos ser abençoados ao fazer o trabalho de
história da família.
Que testemunhas adicionais temos
da redenção dos mortos no mundo
espiritual?
O presidente Nelson relata uma experiência que
seu avô teve relacionada à pregação do evangelho
no mundo espiritual.
 L iç ão 19: A redenç ão dos mortos — M aterial do professor

LIÇÃO 19: MATERIAL DO PROFESSOR

A redenção dos mortos

O profeta Joseph Smith ensinou que uma das maiores responsabilidades que Deus deu aos
santos dos últimos dias é ajudar a redimir os mortos (ver Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:
Joseph Smith, 2007, p. 500). O propósito desta lição é ajudar os alunos a entender e a comparti-
lhar por que a redenção dos mortos é uma parte tão vital do plano de Deus e para aumentar o
desejo deles de participar mais plenamente da história da família e do trabalho do templo.

Sugestões didáticas
O Senhor revela a doutrina da redenção
dos mortos por intermédio do profeta
Joseph Smith.
Mostre a imagem anexa e explique-lhes que ela
retrata Alvin Smith carregando seu irmão mais
novo, Joseph, após a cirurgia na perna de Joseph.
Peça aos alunos que relatem a partir do que leram
na preparação da aula o que sabem sobre os sen-
timentos de Joseph por seu irmão Alvin e o que
aconteceu com Alvin.

• O que um ministro presbiteriano sugeriu à famí-

lia Smith no funeral de Alvin?

• Como se sentiriam ao ouvir essas palavras se

vocês fossem membros da família de Joseph?

Lembre os alunos de que as palavras do ministro

refletiram a crença, conforme ensinada no Novo
Testamento, de que o batismo é essencial para a
salvação (ver João 3:5). Peça aos alunos que releiam
a visão de Joseph Smith de 1836 do reino celestial,

155
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
conforme registrada em Doutrina e Convênios
137:1, 5–8, e identifiquem o que Joseph Smith
aprendeu sobre seu irmão Alvin. Peça aos alunos
que relatem o que encontrarem.
• Que verdades sobre o plano de salvação essa
revelação ajuda a restaurar ou esclarecer? Que
pensamentos e sentimentos vocês acham que
Joseph pode ter tido ao aprender essas verdades?
Explique-lhes que, quatro anos e meio depois de ter
a visão de Alvin no reino celestial, Joseph ensinou os
santos em Nauvoo a respeito de como alguém como
Alvin, que não havia sido batizado nesta vida, pode-
ria ser salvo no reino de Deus. O profeta introduziu
a doutrina do batismo pelos mortos durante um
sermão fúnebre em 15 de agosto de 1840 (ver Tópi-
cos da História da Igreja, “Batismo pelos mortos”,
ChurchofJesusChrist.org).
Peça aos alunos que leiam em duplas ou pequenos
grupos o trecho da carta de Vilate Kimball que se
encontra na seção 1 do material de preparação. Em
seguida, mostre as seguintes perguntas (também
encontradas na seção 1) e convide-os a debatê-las:
• O que vocês acham que torna a redenção dos
mortos uma “doutrina gloriosa”?
• O que essa doutrina pode ensinar a alguém sobre
o caráter e os desejos do Pai Celestial e de Seu
Filho, Jesus Cristo?
Peça a um aluno que leia em voz alta os ensina-
mentos do profeta Joseph Smith registrados em
Doutrina e Convênios 128:15. Peça à classe que
acompanhe a leitura e identifique por que a parti-
cipação no trabalho de redenção dos mortos é tão
importante para nós.
• De acordo com esse versículo, por que é essen-
cial realizarmos ordenanças de salvação pelos
mortos? (Os alunos podem identificar algumas
verdades, incluindo a seguinte: sem as ordenan-
ças salvadoras proporcionadas pelo evange-
lho, nossos antepassados que morreram sem
156
o evangelho não podem progredir em direção
à exaltação. A salvação de nossos antepassa-
dos falecidos é essencial para nossa própria
salvação.)
• Em que aspectos você acha que a salvação de nos-
sos antepassados é “necessária e essencial” para
nossa própria salvação?
Como parte do debate, mostre a seguinte declaração
do presidente Russell M. Nelson e peça a um deles
que a leia em voz alta:
Embora o trabalho do templo e de história
da família tenha a capacidade de abençoar as
pessoas que estão além do véu, ele tem um
poder equivalente para abençoar os vivos.
Tem uma influência aprimoradora sobre as
pessoas que estão engajadas nele. Elas estão
literalmente ajudando a exaltar sua família.
Somos exaltados quando podemos habitar
juntos com nossos familiares na presença do
Deus Todo-Poderoso (Russell M. Nelson, “Um
elo de amor que une gerações”, A Liahona,
maio de 2010, p. 94; grifo do autor).
Joseph F. Smith teve uma visão sobre a
redenção dos mortos.
Explique-lhes que, mesmo após a morte do profeta
Joseph Smith, o Senhor continuou a revelar ver-
dades “linha sobre linha” (Doutrina e Convênios
98:12) sobre Seu plano de redimir os mortos. Em
1918, o presidente Joseph F. Smith teve uma visão da
redenção dos mortos.
• Que experiências do presidente Joseph F. Smith
e eventos do mundo tornaram essa visão tão
oportuna? (Incentive os alunos a recorrerem
ao que aprenderam na seção 2 do material de
preparação.)
Lembre os alunos de que foi enquanto o presidente
Smith ponderava a respeito do sacrifício expiatório
de Jesus Cristo e os ensinamentos do apóstolo Pedro
sobre a visita do Salvador ao mundo espiritual que
 L iç ão 19: A redenç ão dos mortos — M aterial do professor
ele teve sua visão (ver Doutrina e Convênios 138:1–
11). Peça aos alunos que leiam Doutrina e Convê-
nios 138:28–34, 57 em silêncio e identifiquem o que
o Salvador fez durante Sua breve visita ao mundo
espiritual e o impacto que ela teve.
• Como as verdades dessa passagem das escrituras
nos ajudam a entender melhor o plano do Pai
Celestial para Seus filhos?
Ressalte a expressão “batismo vicário” (versí-
culo 33). Explique-lhes que vicário significa atuar
como substituto em favor de outra pessoa.
Peça a um aluno que leia em voz alta a declaração
do élder D. Todd Christofferson na seção 3 do mate-
rial de preparação. Peça à classe que identifique o
que o élder Christofferson ensinou sobre o trabalho
vicário de salvação que realizamos no templo pelos
membros falecidos da nossa família.
• Como vocês resumiriam um princípio que pode-
mos aprender com os ensinamentos do élder
Christofferson? (Os alunos podem identificar
uma verdade similar à seguinte: Testificamos de
Jesus Cristo e Sua Expiação ao participar do
trabalho para ajudar a redimir nossos familiares
falecidos.)
• Como a participação no trabalho de redenção de
nossos mortos é uma expressão de nosso testemu-
nho de Jesus Cristo e Sua Expiação?
• Em que aspectos a participação na história da
família e no trabalho do templo nos ajuda a nos
tornar mais semelhantes ao Salvador?
Os profetas do Senhor prometem bênçãos
grandiosas àqueles que ajudam a redimir
os mortos.
Escreva o seguinte princípio incompleto no ­quadro:
Ao fazermos o trabalho do templo e de história da
família (…)
Mostre o vídeo “As Bênçãos Prometidas da Histó-
ria da Família” (3:22). Peça aos alunos que prestem
atenção às bênçãos que aguardam aqueles que
fazem o trabalho de história da família e o trabalho
do templo. Você pode escrever no quadro as bên-
çãos que os alunos identificarem na declaração.
• Que bênção prometida mais se destaca para
vocês e por quê?
• De que maneira vocês e suas famílias têm par-
ticipado da história da família e do trabalho do
templo? Que bênçãos vocês já experimentaram
por fazer isso?
Você pode pedir aos alunos que pensem em alguém
que poderia orientá-los a fazer a história da família.
Se houver alunos já capacitados a fazer a história da
família, peça-lhes que orientem alguém da classe. Se
o tempo permitir, você pode mostrar aos alunos o
site da história da família em ChurchofJesusChrist​
.org/family-history e incentivá-los a navegar pelo
site para ter mais ideias de como se envolver com a
história da família.
MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Aja de acordo com a inspiração espiritual.
Se a doutrina ou um princípio do evangelho
for aprendido, mas não colocado em prática, o
aprendizado foi incompleto. Aplicamos o apren-
dizado do evangelho quando aceitamos uma
verdade em nossos corações e depois agimos
de acordo com essa verdade. Peça aos alunos
que ajam de acordo com a inspiração espiritual
que recebem para aplicar as verdades do evan-
gelho que aprenderem.
Compartilhe a declaração a seguir do presidente
Russell M. Nelson:
157
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

Incentivo vocês a, em espírito de oração, Para a próxima aula

ponderar que tipo de sacrifício, de prefe-
Mostre uma gravura do templo. Explique-lhes
rência de tempo, vocês podem fazer para,
neste ano, participar mais do trabalho do
que, desde os tempos antigos, o Senhor ordena a
templo e de história da família (Russell M. Seu povo que construam templos. Os profetas dos
Nelson, Dia de descoberta familiar da últimos dias ensinam que as bênçãos do evange-
­RootsTech — Sessão de abertura de 2017, lho são recebidas nos templos do Senhor. Peça aos
ChurchofJesusChrist.org) alunos que estudem o material de preparação para
a próxima lição e se preparem para discutir como
Termine convidando os alunos a ponderar em
o Senhor nos abençoa por meio das ordenanças e
espírito de oração e, então, escrever que sacrifícios
adoração no templo.
específicos eles farão ou que passos específicos
darão para participar mais plenamente do trabalho
de templo e história da família.

158
LIÇÃO 20: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

As ordenanças e a adoração no templo

O presidente Thomas S. Monson ensinou: “Somos um povo que constrói e que frequenta
templos” (“Bem-vindos à conferência”, A Liahona, maio de 2014, p. 5). Ao estudar este material,
pense em por que as ordenanças do templo são uma parte tão importante da Restauração do
evangelho de Jesus Cristo nos últimos dias. Pense no que você pode fazer para tornar a adora-
ção no templo uma parte mais significativa de sua vida.

SEÇÃO 1 outro lugar na Terra. (First Presidency Sta-

Como a adoração no templo tement on Temples”, 2 de janeiro de 2019,

newsroom​.ChurchofJesusChrist​.org)
pode abençoar minha vida?
Em 2019, a Primeira Presidência disse:

Sempre que o Senhor tem um povo na Terra que

obedeça à Sua palavra, Ele ordena que sejam cons-
truídos templos. As escrituras registram padrões de
adoração no templo desde a época de Adão e Eva,
Moisés, Salomão, Néfi e outros.

Com a restauração do evangelho nestes

últimos dias, a adoração no templo também
foi restaurada para abençoar a vida das pes-
soas em todo o mundo e também do outro
lado do véu. Um templo dedicado é um local
de adoração mais sagrado do que qualquer
Adão e Eva oferecem sacrifícios (Moisés 5:5–7)

159
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

O tabernáculo (Êxodo 26–28) O rei Benjamim prega aos nefitas (2 Néfi 5:16; Mosias 2:1; 3 Néfi 11)

O primeiro templo a ser construído na nossa

dispensação foi o Templo de Kirtland em 1836. A
dedicação desse templo deu início a um período
extraordinário de manifestações espirituais. Os
fiéis sentiram o Espírito Santo, e alguns falaram em
línguas, tiveram visões ou viram anjos. O aconteci-
mento culminante dessa época foi a aparição do Sal-
vador a Joseph Smith e Oliver Cowdery no Templo
de Kirtland pouco depois de ele ter sido dedicado.
Naquela ocasião, o Salvador disse: “Aceitei esta
casa” (Doutrina e Convênios 110:7).

O Templo de Salomão (1 Reis 6)

160
 L iç ão 20: A s ordenanç as e a adoraç ão no templo — M aterial para preparaç ão da aula
Pondere em preparação para a aula
Pense nos sentimentos que você já teve ou gos-
taria de ter ao entrar no templo do Senhor.
Em 27 de março de 1836, Joseph Smith ofereceu
uma oração dedicatória (cujas palavras ele rece-
beu por revelação do Senhor) para o Templo de
Kirtland. Essa oração dedicatória está registrada
em Doutrina e Convênios 109. Nessa oração, Joseph
Smith pediu que o Senhor desse certas bênçãos às
pessoas que adorassem no templo.
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 109:13, 22–26.
A irmã Jean A. Stevens, ex-primeira conselheira na
presidência geral da Primária, disse o seguinte sobre
as bênçãos que recebemos no templo:
Se quisermos receber todas as bênçãos que
Deus oferece tão generosamente, nosso
caminho terreno deve conduzir-nos ao tem-
plo. Os templos são uma expressão do amor
de Deus. Ele convida todos a vir, aprender
com Ele, sentir Seu amor e receber as orde-
nanças necessárias para a vida eterna com
Ele. Cada convênio é feito um por um. Cada
vigorosa mudança de coração é importante
para o Senhor. E fará toda a diferença para
você. Pois, ao irmos à casa do Senhor, que
saiamos “armados de [Seu] poder; (…) [com
Seu] nome (…) sobre [nós], (…) [Sua] glória
ao [nosso] redor (…) e que [Seus] anjos [nos]
guardem” (Doutrina e Convênios 109:22).
É por intermédio de Seu Filho Amado, Jesus
Cristo, que se realiza cada esperança, cada
promessa e cada bênção do templo. (Jean
A. Stevens, “Filhas do convênio”, A Liahona,
novembro de 2014, p. 117)
Converse com outras pessoas
Pergunte a um membro da família ou a um
amigo que bênçãos específicas ele sentiu em sua
vida por ter recebido ordenanças do templo e
participado da adoração na casa do Senhor. De
que maneira essa pessoa sentiu o amor de Deus
por ter ido ao templo?
SEÇÃO 2
Por que o Senhor ordena que
Seu povo construa templos?
Mesmo antes de o Senhor ter ordenado aos mem-
bros da Igreja que construíssem um templo em
Kirtland, os santos no Missouri tinham dedicado
um local para construir um templo em Indepen-
dence, Missouri. Mais tarde, eles colocaram a
pedra fundamental para um templo em Far West,
Missouri. Ambos não foram terminados porque os
santos foram expulsos de suas casas e proprieda-
des. Na conferência de outubro de 1840, os santos
aceitaram o chamado do profeta de construírem
um templo em Nauvoo. Novamente, em espírito
de sacrifício, eles começaram a doar mão de obra,
dinheiro e outros recursos para ajudar na cons-
trução. Em janeiro de 1841, Joseph Smith recebeu
uma revelação que dava outras razões pelas quais
o Senhor exigira que esse templo fosse construído.
Esse conselho está registrado em Doutrina e Convê-
nios 124. Ao estudar os versículos a seguir, considere
algumas das razões por que o Senhor nos ordenou
que construíssemos templos nos últimos dias.
161
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

Estude em preparação para a aula

Leia Doutrina e Convênios 124:27–28, 40–42.

No templo, os santos receberam ordenanças impor-

tantes que o Senhor tinha revelado ao profeta,
inclusive a cerimônia da investidura.

Entre essas ordenanças [do templo], havia

uma cerimônia chamada investidura, que
ampliava a cerimônia de ablução e unção
que Joseph havia apresentado no Tem-
plo de Kirtland, em 1836. Temendo que
sua vida fosse tirada antes do término da
construção do templo, Joseph Smith cha-
mou um pequeno grupo de homens em 3
de maio de 1842 para preparar a sala do
andar de cima da sua loja de tijolos ver-
melhos, de modo a representar “o interior
de um templo tanto quanto as circunstân-
cias permitissem”. No dia seguinte, Joseph
administrou a investidura pela primeira vez
para um grupo de nove homens. (“Inves-
tidura do templo”, ­Tópicos da história da
Igreja, ChurchofJesusChrist​.org/study/
church-history)
Essa cerimônia de investidura “ensinava verdades
exaltadoras. Referia-se a relatos da Criação e ao
Jardim do Éden (…) para guiar os homens gradual-
mente no plano de salvação. Assim como Abraão
e outros profetas antigos, eles receberam o conhe-
cimento que lhes permitiria retornar à presença
de Deus. Durante a ordenança, os homens fizeram
convênios de viver uma vida justa e casta e de se
dedicarem ao serviço do Senhor” (Santos: A Histó-
ria da Igreja de Jesus Cristo nos Últimos Dias, vol. 1,
O Estandarte da Verdade, 1815–1846, 2018, p. 454).
Em 28 de setembro de 1843 [ou antes],
Emma Smith se tornou a primeira mulher
a receber a investidura. A promessa de
Joseph de que os membros da Sociedade de
Socorro veriam “as bênçãos da investidura se
desenrolarem” foi confirmada quando Emma
começou a ajudar a administrar a ordenança
a outras mulheres. (Jill Mulvay Derr and
others, eds., The First Fifty Years of Relief
Society: Key Documents in Latter-day Saint
Women’s History, 2016, p. 10)

162
 L iç ão 20: A s ordenanç as e a adoraç ão no templo — M aterial para preparaç ão da aula

para construírem templo? Por que o Senhor

queria que Seu povo recebesse a investidura
do templo?

SEÇÃO 3

Como eu e as pessoas a quem

amo podemos ser abençoados
pela investidura do templo?
Durante a Conferência Geral de Abril de 2019,
o élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze
Apóstolos convidou todos os membros da Igreja a
se familiarizarem com os recursos disponíveis no site
temples​.ChurchofJesusChrist​.org (ver “Preparados
para obter todas as coisas necessárias”, Liahona,
maio de 2019, p. 101). Nesse site, aprendemos o
seguinte sobre a investidura do templo:

A palavra investidura significa “dádiva”. Nesse

Embora inicialmente Joseph tenha convi-
dado apenas algumas pessoas para parti-
cipar da investidura, ele claramente tinha
a intenção de ampliar as cerimônias do
templo aos santos dos últimos dias dignos.
(…) Willard Richards explicou: “E nada foi
dado a conhecer [a nós] a não ser o que
será dado a conhecer a todos os santos nos
últimos dias, assim que estiverem prepara-
dos para receber, e que um [templo] seja
preparado para transmitir a eles”. (“Quóruns
ungidos (Ordem Santa)”, Tópicos da história
da Igreja, ChurchofJesusChrist.org/study/
church-history)
sentido, a investidura do templo é, literal-
mente, uma dádiva de Deus, por meio da
qual Ele confere bênçãos sagradas sobre
você [por intermédio da Expiação de Jesus
Cristo]. A investidura só pode ser recebida à
maneira do Senhor e em Seu templo santo.
Algumas das dádivas que recebemos por
meio da investidura do templo incluem:
1. Mais conhecimento sobre os propósitos e
os ensinamentos do Senhor.
2. Poder para fazer tudo o que Deus quer
que façamos.
3. Orientação e proteção divinas para servir
ao Senhor, à nossa família e ao próximo.
4. Mais esperança, consolo e paz.
5. Bênçãos prometidas agora e para sem-
pre. (…)

Além dessas ordenanças, você será con-

vidado a fazer convênios específicos com
Pondere em preparação para a aula
Deus. Esses convênios incluem:
O que podemos aprender a respeito do
Senhor com Seus mandamentos aos santos • A lei de obediência

163
O que posso fa zer para me preparar para o templo?
• A lei de sacrifício
• A lei do evangelho
• A lei da castidade
• A lei da consagração
Em contrapartida, Deus promete bênçãos
maravilhosas nesta vida e a oportunidade
de voltar a viver com Ele para sempre.
(“Sobre a investidura do templo”, temples​
.ChurchofJesusChrist​.org)
O presidente Russell M. Nelson ensinou o seguinte
a respeito do significado espiritual da investidura:
A investidura do templo foi concedida por
revelação. Portanto, ela é mais bem com-
preendida por meio da revelação buscada
diligentemente com pureza de coração.
O presidente Brigham Young explicou: “A
investidura é o recebimento de todas as
ordenanças da casa do Senhor necessárias
para, depois de deixarmos esta vida, voltar-
mos à presença do Pai, passando pelos anjos
que estão de sentinela, (…) e alcançarmos
a exaltação eterna” (Discourses of Brigham
Young, sel. por John A. Widtsoe, 1954, p.
416). (Russell M. Nelson, “Preparar-se para as
bênçãos do templo”, A Liahona, outubro de
2010, p. 42)
Anote suas impressões
Que sugestão você daria a alguém que está
se preparando para receber sua investidura?
Por que o templo e suas ordenanças são
164
particularmente importantes para você? Registre
sua resposta em seu diário ou no espaço forne-
cido a seguir.



O que posso fazer para me preparar para o templo?
Leia o artigo “Preparar-se para as bênçãos do
templo” (A Liahona, outubro de 2010, p. 40), do
presidente Russell M. Nelson, para mais informa-
ções úteis.
Que recursos a Igreja coloca à
disposição para me ajudar a explicar
sobre o templo para outras pessoas?
Os vídeos a seguir podem ser úteis para responder
perguntas sobre o templo:
• “Dois Apóstolos São Guias em um Tour Virtual
no Templo de Roma Itália”, com os élderes
David A. Bednar e Ronald A. Rasband (11:31)
• “O Que É a Investidura do Templo?” (1:58)
• “Roupas Sagradas do Templo” (4:15)
Quais são as diferenças e semelhanças
entre a investidura do templo e a
maçonaria?
Alguns historiadores escreveram sobre as seme-
lhanças entre a investidura do templo e a maçona-
ria. Para mais informações sobre esse assunto, leia
a seção intitulada “A maçonaria e a investidura” no
artigo dos Tópicos da história da Igreja “Maçonaria”
(ChurchofJesusChrist.org/study/church-history).
 L iç ão 20: A s ordenanç as e a adoraç ão no templo — M aterial do professor

LIÇÃO 20: MATERIAL DO PROFESSOR

As ordenanças e a adoração no templo

Quando o Templo de Nauvoo estava sendo construído, o profeta Joseph Smith ensinou: “A
Igreja não está plenamente organizada (…) até que esteja concluído o templo” (Ensinamentos
dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 438). O propósito desta lição é aprofundar a com-
preensão dos alunos sobre o significado das ordenanças do templo e incentivá-los a irem com
mais frequência à casa do Senhor (onde as circunstâncias permitirem) e a melhorar a qualidade
de sua adoração no templo do Senhor.

Sugestões didáticas o Templo de Nauvoo estava sendo construído, o

O Senhor restaurou as ordenanças
de salvação realizadas no templo por
intermédio de Joseph Smith.
Mostre a gravura de um templo que os alunos
reconheceriam. Peça a alguns alunos que gostam ir
ao templo que falem sobre como se sentem ao entrar
na casa do Senhor. Você também poderia perguntar
como eles se sentem quando saem do templo.
MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Faça perguntas que incentivem a aplicação
do que foi ensinado. Peça aos alunos que res-
pondam perguntas que incentivem a aplicação.
Esse tipo de pergunta é essencial para ajudar os
alunos a perceber como as verdades debatidas
se aplicam à sua situação atual e como podem
ser aplicadas no futuro (ver Ensinar e Aprender o
Evangelho, 2012, 5.1.4).
Explique-lhes que, depois que os santos se estabele-
ceram em Nauvoo, Illinois, o profeta Joseph Smith
recebeu o mandamento de construir um templo.
Assim como o templo em Kirtland, Ohio, essa tarefa
exigiu um grande sacrifício dos santos. Quando
profeta Joseph Smith ensinou: “A Igreja não está
plenamente organizada (…) até que esteja concluído
o templo” (Ensinamentos: Joseph Smith, 2007, p. 438).
• Por que vocês acham que a Restauração da Igreja
do Salvador não estava completa sem um templo?
(Incentive os alunos a usarem o que aprenderam
ao estudar o material de preparação.)
Explique-lhes que, em uma revelação na qual foi
ordenado que os santos construíssem o Templo de
Nauvoo, o Senhor revelou por que o templo seria
tão importante para os membros da Igreja. Ele
explicou que os lavamentos, unções, batismos pelos
mortos e outras ordenanças pertenciam à Sua casa
santa. Peça aos alunos que reservem alguns minu-
tos para estudar Doutrina e Convênios 124:31, 34,
40–41, 55 e procurem como o Senhor prometeu
abençoar Seu povo nos templos.
Peça aos alunos que relatem o que encontraram.
Usando as palavras dos alunos, escreva no qua-
dro uma verdade semelhante a esta: No templo, o
Senhor nos abençoa com ordenanças essenciais
para que sejamos coroados com honra, imortali-
dade e vida eterna.
• De que maneira vocês acham que as ordenanças
do templo nos preparam para recebermos honra,
imortalidade e vida eterna?

165
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

• Por que vocês acham que o Senhor quer que Seu

povo receba a investidura do templo?

Talvez fosse bom dar aos alunos um ou dois minutos

para que eles conversem com o colega ao lado sobre
o que acham das perguntas a seguir que constam no
final do material de preparação:

• Que sugestão você daria a alguém que está se

preparando para receber sua investidura? Por
que o templo e suas ordenanças são particular-
mente importantes para você?

A adoração no templo traz as bênçãos e o

poder do Senhor à nossa vida
Mostre uma gravura da loja de tijolos vermelhos de
Joseph em Nauvoo e peça aos alunos que expliquem
o que sabem a respeito da restauração da cerimônia
de investidura do templo. Sugira que eles examinem
a seção 2 do material de preparação se necessário.

• O que vocês aprenderam sobre as bênçãos da

investidura na seção 3 do material de preparação?

Ao falarem sobre a investidura, talvez você possa

fazer algumas das perguntas de acompanhamento
a seguir. Saliente que o élder Bednar ensinou que,
ao falarmos sobre o templo, não devemos “revelar
nem descrever os símbolos especiais associados aos
convênios que recebemos nas cerimônias sagradas
do templo”, mas “podemos falar dos propósitos
básicos e da doutrina e dos princípios associados às
Lembre aos alunos que o Templo de Kirtland foi o
ordenanças e aos convênios do templo” (“Prepara-
primeiro templo construído em nossa dispensação.
dos para obter todas as coisas necessárias”, Liahona,
Seu propósito foi diferente dos templos subsequen-
maio de 2019, p. 103).
tes: ele foi o lugar onde o Senhor restaurou o conhe-
• O que está incluído na dádiva da investidura? cimento e as chaves do sacerdócio para adoração
(Ver seção 3 do material de preparação.) nos futuros templos. Durante a oração dedicatória
do Templo de Kirtland, Joseph Smith pediu que o
• Qual a relação entre ordenanças e convênios? Senhor desse certas bênçãos às pessoas que ado-
• Ao estudar o material de preparação, o que vocês rassem no templo. Peça aos alunos que examinem
aprenderam sobre os convênios que fazemos Doutrina e Convênios 109:13, 22–26 e identifiquem
durante a cerimônia da investidura? as bênçãos que eles podem receber por meio da ado-
ração no templo.

166
 L iç ão 20: A s ordenanç as e a adoraç ão no templo — M aterial do professor
• De acordo com esses versículos, que bênçãos
podemos receber se adorarmos no templo?
(Escreva as respostas dos alunos no quadro e
lhes peça que expliquem por que essas bên-
çãos são importantes para eles. Você poderia
ajudar os alunos a identificar um princípio
como o seguinte: Ao adorarmos no templo do
Senhor, Ele vai nos armar com Seu poder e Sua
proteção.)
Debata com a classe as razões por que precisamos
do poder do Senhor e de Sua proteção nos dias
de hoje. Peça aos alunos que perguntaram a um
membro da família ou amigo o que ele sentiu com
as ordenanças e a adoração no templo que contem
o que aprenderam (ver convite no final da seção 1
do material de preparação). Você poderia também
pedir aos alunos que prestem testemunho das bên-
çãos que eles sentem ter recebido por sua adoração
no templo.
Mostre e leia para os alunos esta declaração do pre-
sidente Russell M. Nelson:
Suplico a vocês que considerem em espí-
rito de oração o modo como despendem
seu tempo. (…) Se tiverem acesso razoável a
um templo, peço que encontrem um meio
de marcar um compromisso regular com o
Senhor — de estar em Sua santa casa — e
depois cumpram esse compromisso com
exatidão e alegria. Prometo-lhes que o
Senhor vai lhes proporcionar os milagres
que Ele sabe que vocês precisam, se fize-
rem sacrifícios para servir e adorar em Seus
templos. (Russell M. Nelson, “Tornar-nos
santos dos últimos dias exemplares”, Liahona,
novembro de 2018, p. 114)
Para ajudar os alunos a pensar mais profundamente
sobre seu compromisso com o Senhor e sobre sua
própria experiência no templo, mostre as perguntas
a seguir e lhes peça que reflitam sobre aquelas que
se aplicam à sua situação atual. Dê-lhes tempo sufi-
ciente para pensar e talvez escrever o que sentiram.
1. Existe alguma coisa que desvie minha atenção
do templo ou problemas com indignidade que
me impedem de ir lá? O que preciso fazer para
eliminar esses obstáculos?
2. Que tipos de sacrifícios o Senhor talvez queira
que eu faça para receber mais das bênçãos
que estão disponíveis para aqueles que vão
ao templo?
3. Como posso tornar minha adoração no templo
mais significativa?
4. De que maneira o Senhor talvez queira que
eu ajude outras pessoas a receber as bênçãos
do templo?
Para a próxima aula
Saliente que, durante a próxima aula, os alunos
terão a chance de conversar sobre a ordenança mais
sublime do templo: o casamento eterno. Incentive
os alunos a ler cuidadosamente o material de prepa-
ração para a lição 21 e a ponderar por que o casa-
mento e a família são partes tão essenciais do plano
de felicidade estabelecido pelo Pai Celestial.
167
LIÇÃO 21: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

A doutrina do casamento e da família eterna

O presidente Dallin H. Oaks ensinou: “O propósito da vida mortal e a missão de A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias é preparar os filhos e as filhas de Deus para seu
destino eterno, para se tornar como Seus Pais Celestiais” (“Same-gender attraction”, Ensign,
outubro de 1995, p. 7). Ao estudar a doutrina do casamento e da família eterna, identifique
princípios que possam ajudá-lo a entender como o casamento e a família nos preparam para
nos tornarmos mais parecidos com nossos Pais Celestiais.

SEÇÃO 1 introdução dessa seção.) Você pode marcar palavras

Quais são os propósitos do e trechos na seguinte passagem das escrituras que
ensina a doutrina do Senhor sobre o casamento.
casamento no plano eterno
de Deus?
Em 1831, um membro da Igreja recentemente
batizado chamado Leman Copley visitou o pro-
feta Joseph Smith. Leman tinha sido membro dos Estude em preparação para a aula
shakers, uma seita religiosa que rejeitava o casa-
Leia Doutrina e Convênios 49:15–17 (ver também
mento e acreditava que o celibato total (abstenção
Jacó 2:27–30).
de relações sexuais) era a forma mais nobre de devo-
ção cristã. Após a visita de Leman, o profeta Joseph
O élder David A. Bednar, do Quórum dos Doze
Smith inquiriu o Senhor acerca dos ensinamentos
Apóstolos, explicou por que o casamento foi orde-
dos shakers e recebeu a revelação agora registrada
nado por Deus. Você pode marcar o que lhe chamar
em Doutrina e Convênios 49. (Você pode ler a
a atenção nesta declaração.

168
 L iç ão 21: A dou trina do casamento e da famí lia eterna — M aterial para preparaç ão da aula

Duas importantes razões doutrinárias nos

ajudam a compreender por que o casamento
eterno é essencial ao plano do Pai.
Pondere em preparação para a aula
Razão 1: A natureza do espírito masculino
Como vocês explicariam por que o casamento
e a do feminino completam-se e aperfei-
entre um homem e uma mulher é essencial ao
çoam-se mutuamente e, portanto, o homem
plano do Pai Celestial?
e a mulher devem progredir juntos rumo à
exaltação.
(…) A combinação ímpar de capacidades
SEÇÃO 2
espirituais, físicas, mentais e emocionais do
homem e da mulher é necessária para levar a Quais são algumas das bênçãos
efeito o plano de felicidade. Individualmente,
do casamento eterno?
nem o homem nem a mulher pode cumprir
os propósitos de sua criação. Em Nauvoo, Joseph Smith começou a ensinar a dou-
Razão 2: Por desígnio divino, o homem e a trina do casamento eterno de maneira mais abran-
mulher são ambos necessários para trazer gente. Essa era uma doutrina nova e surpreendente
filhos à mortalidade e para oferecer-lhes o para os santos. Muitos acreditavam que o casamento
melhor ambiente para que eles cresçam e se encerrava com a morte.
sejam nutridos.
O mandamento dado na antiguidade a Adão
e Eva de se multiplicarem e encherem a Terra
continua válido hoje em dia. (…) Assim, o
casamento entre um homem e uma mulher é
o meio autorizado pelo qual os espíritos pré-
mortais entram na mortalidade. (…)
Um lar com um marido e uma esposa amo-
rosos e leais é a composição suprema, na
qual os filhos podem ser criados com amor e
retidão — e na qual as necessidades espiri-
tuais e físicas dos filhos podem ser atendi-
das. Assim como as características exclusivas
dos homens e das mulheres contribuem para
a plenitude de um relacionamento conjugal, Representação de Joseph e Emma Smith, que foram selados um ao outro pela eternidade em
maio de 1843.
essas mesmas características são vitais para
criar, cuidar e ensinar os filhos (David A. O élder Parley P. Pratt, do Quórum dos Doze
Bednar, “O casamento é essencial ao plano Apóstolos, descreveu como ele se sentiu quando o
eterno de Deus”, A Liahona, junho de 2006, pp. profeta o ensinou a respeito da possibilidade do
50–55). casamento eterno.

169
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
Foi com ele [Joseph Smith] que aprendi que
a esposa de meu coração poderia ser unida a
mim para esta vida e para toda a eternidade.
(…) Foi com ele que aprendi que podemos
cultivar esses afetos e fazer com que cres-
çam e aumentem para toda a eternidade; e
o resultado de nossa união eterna será uma
descendência tão numerosa quanto às estre-
las do céu ou as areias da praia. (…)
Eu já amara antes, mas não sabia o porquê.
Mas agora eu amava — com pureza — um
sentimento elevado e exaltado de grande
intensidade (Autobiography of Parley P.
Pratt, ed. por Parley P. Pratt Jr., 2007, p. 260).
Em 1843, o profeta ditou a revelação agora regis-
trada em Doutrina e Convênios 132, que incluía a
doutrina do casamento eterno.
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 132:19–20.
O presidente Russell M. Nelson explicou:
A fim de nos qualificar para a vida eterna,
precisamos fazer um convênio eterno com
nosso Pai Celestial (ver D&C 132:19). Isso
significa que o casamento no templo é reali-
zado não apenas entre marido e mulher, mas
inclui a parceria com Deus (ver Mateus 19:6).
(…) Quando a família é selada no templo, ela
se torna eterna como o próprio reino de
Deus (ver D&C 132:19–20) (Russell M. Nelson,
“Casamento celestial”, A Liahona, novembro
de 2008, p. 93).
170
As bênçãos do casamento eterno não são apenas
para a próxima vida. Aqueles que se esforçam para
cumprir fielmente seus convênios também podem
desfrutar das bênçãos do casamento eterno nesta
vida. O presidente Thomas S. Monson ensinou:
Se vocês escolherem com sabedoria e se
comprometerem a ter sucesso no casa-
mento, nada há nesta vida que lhes trará
maior felicidade (“O poder do sacerdócio”,
A Liahona, maio de 2011, p. 67).
Alguns membros da Igreja têm perguntas sobre as
circunstâncias que não permitem às pessoas experi-
mentar as bênçãos do casamento eterno e da família
agora. O élder D. Todd Christofferson, do Quórum
dos Doze Apóstolos, abordou essa questão:
Declarar as verdades fundamentais relativas
ao casamento e à família não significa ignorar
ou diminuir os sacrifícios e sucessos daque-
las pessoas cuja realidade atual não é a ideal.
A alguns de vocês são negadas as bênçãos
do casamento por razões que incluem falta
de expectativas viáveis, atração por pessoa
do mesmo sexo, barreiras físicas ou mentais
ou simplesmente [o] medo de falhar, que,
ao menos neste momento, [excede] a fé. Ou
vocês podem ter sido casados, mas o casa-
mento terminou e vocês tiveram que fazer
sozinhos o que duas pessoas juntas mal
conseguiam fazer. Alguns de vocês que são
casados não conseguem ter filhos, a despeito
do forte desejo e das orações fervorosas.
(…) Com confiança testificamos que a Expia-
ção de Jesus Cristo já previra todas as priva-
ções e perdas daqueles que se voltam a Ele
e, no final, vai compensá-los. Ninguém está
predestinado a receber menos do que tudo
o que o Pai tem para Seus filhos (D. Todd
­Christofferson, “Por que casar, por que ter
uma família”, A Liahona, maio de 2015, p. 52).
 L iç ão 21: A dou trina do casamento e da famí lia eterna — M aterial para preparaç ão da aula
Debata em preparação para a aula
Todos os casamentos, especialmente os eter-
nos, exigem esforço e comprometimento de
cada cônjuge. Converse com um casal que
você conhece e que tem um casamento forte
e amoroso e pergunte o que eles fizeram para
construí-lo. Pergunte-lhes também como o
casamento deles enriqueceu a vida deles. Esteja
preparado para compartilhar o que aprendeu
na aula.
SEÇÃO 3
Por que devo defender a
doutrina do Senhor a respeito do
casamento e da família?
À medida que a Restauração continua a acontecer, o
Senhor inspira Seus profetas a enfatizar a doutrina
do casamento e da família. Na Reunião Geral da
Sociedade de Socorro de setembro de 1995, o pre-
sidente Gordon B. Hinckley apresentou “A Família:
Proclamação ao Mundo”. A conclusão da proclama-
ção ensina por que devemos defender a doutrina do
Senhor a respeito do casamento e da família.
Advertimos também que a desintegração da
família fará recair sobre pessoas, comunida-
des e nações as calamidades preditas pelos
profetas antigos e modernos.
“Conclamamos os cidadãos e governantes
responsáveis de todo o mundo a promove-
rem as medidas designadas para manter e
fortalecer a família como a unidade funda-
mental da sociedade” (“A Família: Proclama-
ção ao Mundo”, ChurchofJesusChrist.org).
A irmã Julie B. Beck, ex-presidente geral da Socie-
dade de Socorro, explicou a necessidade de estudar
a doutrina da família encontrada em “A Família:
Proclamação ao Mundo”.
Esta geração terá de defender a doutrina
da família como nunca antes. Se eles não a
conhecerem, não poderão defendê-la. (…)
O presidente [Spencer W.] Kimball disse:
“Muitas das restrições sociais que no pas-
sado ajudaram a reforçar e amparar a família
estão se dissolvendo e desaparecendo.
Tempo virá em que somente aqueles que
acreditam realmente na família serão capa-
zes de preservá-la em meio ao mal crescente
entre nós” (Spencer W. Kimball, “Families can
be eternal”, Ensign, novembro de 1980, p. 4).
(Julie B. Beck, “Ensinar a doutrina da família”,
A Liahona, março de 2011, p. 37).
A irmã Bonnie L. Oscarson, ex-presidente geral das
Moças, ensinou:
Precisamos defender corajosamente as dou-
trinas reveladas pelo Senhor que descrevem
o casamento, as famílias, o papel divino dos
homens e das mulheres e a importância do
lar como lugar sagrado — mesmo quando o
mundo está gritando em nossos ouvidos que
esses princípios estão ultrapassados, nos
limitam ou são irrelevantes. Não importa qual
seja seu estado civil ou o número de filhos,
todas podem ser defensoras do plano do
Senhor descrito na proclamação da família.
Se é o plano do Senhor, também deve ser
nosso plano! (…)
Que sejamos defensoras do casamento como
o Senhor ordenou enquanto continuamos a
demonstrar amor e compaixão pelas pessoas
com opiniões diferentes (Bonnie L. Oscarson,
“Defensoras da proclamação da família”, A
Liahona, maio de 2015, p. 15).
171
O que os profetas ensinaram sobre o casamento e a famí lia ?

Quais são alguns dos benefícios do

Anote suas impressões
Em seu diário ou no espaço fornecido, escreva
seus pensamentos sobre como um jovem adulto
pode ser um defensor do casamento e da famí-
lia. Você já defendeu a doutrina do casamento?
Como foi sua experiência?

 A página de Tópicos do Evangelho “Casamento
 entre pessoas do mesmo sexo” descreve a posi-
O que os profetas ensinaram sobre o casamento e
a família?
Encontre conselhos recentes dos líderes da Igreja
sobre o casamento e a família:
A Primeira Presidência e o Conselho dos Doze
Apóstolos, “A Família: Proclamação ao Mundo”,
ChurchofJesusChrist.org
casamento?
No vídeo “O Renascimento do Casamento”, o pre-
sidente Henry B. Eyring relata muitas das bênçãos
que o casamento pode trazer para nossa vida.
O que a Igreja ensina sobre o
casamento entre pessoas do
mesmo sexo?
ção da Igreja sobre o casamento entre pessoas do
mesmo sexo.
O que a Igreja ensina sobre o divórcio?
No vídeo “Casamento e Divórcio”, o presidente
Dallin H. Oaks ensina que a Expiação do Salvador
pode curar a dor de um casamento problemático
ou desfeito.

D. Todd Christofferson, “Por que casar,

por que ter uma família”, A Liahona, maio
de 2015, pp. 50–53

172
 L iç ão 21: A dou trina do casamento e da famí lia eterna — M aterial do professor
LIÇÃO 21: MATERIAL DO PROFESSOR
A doutrina do casamento e da família eterna
Como parte da Restauração, o Senhor revelou Sua vontade a respeito do casamento e da famí-
lia eterna. O propósito desta lição é ajudar os alunos a ser mais capazes de explicar a doutrina
do casamento e da família eterna e determinar o que podem fazer para receber essas bênçãos.
Sugestões didáticas
O casamento entre um homem e uma
mulher tem um propósito no plano
de Deus.
Inicie a aula fazendo a seguinte pergunta (lembre os
alunos de evitar julgar as pessoas):
• Quais são algumas das visões e atitudes em
relação ao casamento que vocês observam
no mundo?
Explique-lhes que, assim como em nossos dias,
algumas pessoas na época de Joseph Smith tinham
visões divergentes a respeito do casamento. Peça aos
alunos que recordem o que aprenderam na seção
1 do material de preparação a respeito das crenças
dos shakers sobre o casamento.
Peça a um aluno que leia Doutrina e Convênios
49:15–17 em voz alta. Peça à classe que identifi-
que a doutrina que o Senhor relevou a respeito do
casamento.
• O que o Senhor ensinou sobre o casamento nessa
passagem? (Os alunos podem identificar várias
verdades, inclusive esta: o casamento foi insti-
tuído por Deus. O marido e a esposa recebem o
mandamento de ter filhos. Quando um homem
e uma mulher se casam e têm filhos, eles ajudam
a cumprir o propósito de Deus ao criar a Terra.
Você pode mostrar ou escrever no quadro algu-
mas ou todas essas ideias.)
Você pode explicar que a expressão “medida do
homem” no versículo 17 se refere aos filhos espi-
rituais de Deus que Ele preparou para habitar a
Terra. Explique também que o trecho “o casamento
foi instituído por Deus” no versículo 15 significa
que o casamento foi decretado e estabelecido por
Deus. Em 1995, o Senhor enfatizou mais uma vez
por meio de Seus profetas em “A Família: Procla-
mação ao Mundo” (ChurchofJesusChrist.org) que
“o casamento entre homem e mulher foi ordenado
por Deus”.
Peça aos alunos que releiam brevemente a declara-
ção do élder David A. Bednar na seção 1 do material
de preparação. Peça à classe que identifique razões
pelas quais o casamento entre homem e mulher é
essencial ao plano do Pai Celestial.
173
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

• Como os ensinamentos do élder Bednar aprofun- Peça aos alunos que anotem no quadro algumas
dam sua compreensão do porquê o casamento outras bênçãos do casamento eterno. (Convide os
entre homem e mulher é essencial para o plano alunos a recorrerem ao que aprenderam na seção 2
de Deus? do material de preparação.)

• Quais dessas bênçãos são mais importantes para

Os primeiros santos aprenderam sobre as
vocês? Por quê?
bênçãos do casamento eterno.
Se você tiver um aluno que tenha se casado no tem-
plo, pode perguntar o que se casar por toda a eter- MELHORAR O ENSINO E O
nidade significa para ele. Explique aos alunos que, APRENDIZADO
antes da conclusão do Templo de Nauvoo, Joseph
Ajude os alunos a se preparar para a aula.
ensinou a doutrina do casamento eterno a alguns
Os alunos que se preparam para a aula por
membros fiéis da Igreja e os selou. Peça a um aluno
conta própria exercitam sua fé no Senhor e em
que leia Doutrina e Convênios 131:1–4 em voz alta.
Sua habilidade de ajudá-los a ter uma experiên-
Peça à classe que acompanhe a leitura e identifique
cia de aprendizado mais profunda. Lembre os
o que o profeta ensinou.
alunos de que eles podem cumprir seu papel
no processo de aprendizado ao estudar o mate-
• O que esses versículos nos ensinam sobre o
rial de preparação e concluir as atividades de
casamento eterno? (Depois que os alunos respon-
aprendizado. Você pode olhar a lição ou lições
derem, apresente o seguinte princípio: para obter
seguintes e informar os alunos o que podem
a exaltação no mais alto grau do reino celestial,
fazer para se preparar para a próxima aula.
precisamos entrar no novo e eterno convênio do
casamento. Você pode explicar que é somente no
mais alto grau do reino celestial que recebemos a Lembre os alunos de que lhes foi pedido no mate-
exaltação.) rial de preparação que conversassem com um casal
casado conhecido que mantém um casamento forte
Explique aos alunos que em Doutrina e Convênios e amoroso. Eles foram convidados a debater o que
132:19, o Senhor também ensinou que devemos o casal fez e tem feito para edificar um casamento
“guardar [Seu] convênio” para receber as bênçãos eterno e como esse casamento tem abençoado a vida
da exaltação. deles. Peça a alguns alunos que compartilhem o que
aprenderam com as conversas.
• O que significa para vocês “guardar [Seu] convê-
nio” no que se refere ao casamento eterno? Convide os alunos a ponderar em espírito de oração
que atributos, características ou ações os ajudarão a
Você pode enfatizar que não basta ser selado no
guardar o convênio do casamento e criar um casa-
templo. Ambos os cônjuges devem ser diligentes em
mento com amor e retidão. Reserve tempo para os
seus esforços para guardar os convênios do templo e
alunos registrarem e planejarem agir de acordo com
construir um relacionamento forte e duradouro.
a inspiração que receberem.
Acrescente “e guardar” ao princípio apresentado
para que ele seja lido como: “(…) devemos entrar Deus quer que defendamos a doutrina do
para o novo e eterno convênio do casamento e casamento e da família.
guardá-lo”.
Pergunte o seguinte:

174
 L iç ão 21: A dou trina do casamento e da famí lia eterna — M aterial do professor
• Por que defender a doutrina do casamento e da
família é importante para nós? (Os alunos podem
reler a seção 3 do material de preparação para
ajudá-los a responder a essa pergunta.)
• Vocês já defenderam a doutrina do casamento ou
da família? Se sim, como foi sua experiência?
Mostre o seguinte texto aos alunos e peça-lhes
que pensem se já ouviram algo que reflita a
seguinte ideia:
“Por que quer se casar agora? Você tem uma vida inteira
pela frente. Por que não aproveita esse tempo para se
divertir e progredir na vida?”
Lembre os alunos de que um dos princípios para
se adquirir conhecimento espiritual é examinar
conceitos e perguntas a partir de uma perspectiva
eterna. A atividade a seguir pode ajudar os alunos a
praticar esse princípio no que se refere a perguntas
sobre o casamento.
Divida os alunos em pequenos grupos e convide-os
a debater como responderiam a alguém com essa
perspectiva. Dê aos alunos uma cópia das seguintes
perguntas (ou as mostre) para ajudar a orientar
o debate:
• Que suposições essa pessoa pode estar fazendo e
que possam limitar sua visão da importância do
casamento e da família?
• Como o entendimento do casamento e da famí-
lia, a partir da perspectiva do plano de salvação
estabelecido por Deus, poderia ajudar a ampliar
o ponto de vista dessa pessoa?
• Que doutrina, escrituras ou ensinamentos profé-
ticos vocês poderiam compartilhar para ajudar
essa pessoa a ver o casamento e a família a partir
de uma perspectiva eterna?
Após dar-lhes tempo suficiente, peça a alguns alu-
nos que compartilhem o que debateram em grupo.
Encerre a aula prestando testemunho das verdades
identificadas nesta lição.
Para a próxima aula
Ao terminar a aula, lembre os alunos de que o
Senhor também revelou a doutrina do casamento
plural ao profeta Joseph Smith. Incentive os alu-
nos a ler cuidadosamente o material de preparação
da lição 22 e a se preparar para debater o porquê
da prática do casamento plural entre os primei-
ros santos.
175
LIÇÃO 22: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

Casamento plural
O Senhor ensinou a Abraão que um dos propósitos da mortalidade é “[provar]” os filhos de
Deus “para ver se farão todas as coisas que o Senhor seu Deus lhes ordenar” (Abraão 3:25).
Alguns dos mandamentos de Deus podem parecer muito difíceis, especialmente quando são
contrários às normas culturais ou às nossas expectativas. Ao estudar, pondere sobre o que se
pode aprender a partir da extraordinária fé e obediência do profeta Joseph Smith e dos primei-
ros santos em relação ao mandamento do Senhor de se praticar o casamento plural.

SEÇÃO 1

Por que o profeta Joseph Smith

e muitos dos primeiros santos
praticaram o casamento plural?
Desde 1831, quando ainda estava trabalhando em
sua tradução inspirada do Velho Testamento, Joseph
Smith já havia orado para entender por que alguns
profetas antigos e reis israelitas haviam praticado
o casamento plural (ver o cabeçalho da seção e o
versículo 1 de Doutrina e Convênios 132). O Senhor
deu uma revelação ao profeta.
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 132:34–37.
No versículo 37, a palavra concubina refere-se a uma
mulher que, nos tempos do Velho Testamento, era
legalmente casada com um homem, mas tinha uma
posição social inferior à de uma esposa. As concubi-
nas não faziam parte da prática do casamento plural
em nossa dispensação.

Algum tempo depois de o Senhor ter revelado o

princípio do casamento plural a Joseph Smith, Ele
ordenou ao profeta que vivesse esse princípio e o

176
 L iç ão 2 2: C asamento plural — M aterial para preparaç ão da aula
ensinasse a outras pessoas. Embora não entenda-
mos todos os propósitos de Deus para introduzir o
casamento plural nos primeiros dias da Igreja, isso
fazia parte da restauração de “todas as coisas” nos
últimos dias (Doutrina e Convênios 132:40, 45; ver
também Atos 3:19–21).
SEÇÃO 2
O que sabemos sobre a
experiência do profeta Joseph
Smith com o casamento plural?
Pessoas próximas a Joseph Smith relataram que
ele as havia informado que, entre 1834 e 1842, um
anjo de Deus o havia visitado três vezes, ordenando
que vivesse o princípio do casamento plural. “Uma
evidência fragmentada sugere que, ao receber a
primeira visita do anjo, Joseph Smith obedeceu à
instrução recebida e se casou com mais uma mulher,
Fanny Alger, em Kirtland, Ohio, em meados de
1830. (…) Sabe-se pouco sobre esse casamento, e
nada existe sobre as conversas entre Joseph e Emma
a respeito de Alger. Após o casamento com Alger ter
terminado em separação, parece que Joseph deixou
o assunto do casamento plural de lado até que a
Igreja se mudou para Nauvoo, Illinois” (“O casa-
mento plural em Kirtland e Nauvoo”, Tópicos do
Evangelho, topics​.ChurchofJesusChrist​.org).
A partir de 1841, o profeta Joseph Smith se casou
com outras mulheres, em obediência ao manda-
mento do Senhor, e introduziu o princípio do casa-
mento plural para um número limitado de outros
membros da Igreja.
Eliza R. Snow, que foi selada ao profeta Joseph
Smith e depois serviu como a segunda presidente
geral da Sociedade de Socorro, recordou:
O profeta Joseph (…) descreveu o calvário
mental que ele sofreu para sobrepujar
a repugnância de seus sentimentos (…)
quanto à introdução do casamento plural.
Ele conhecia a voz de Deus — ele sabia que
o mandamento do Todo-Poderoso era que
ele prosseguisse. (…) Ele sabia que não teria
de vencer e superar apenas seus próprios
preconceitos e predisposições, mas os de
todo o mundo cristão que o condenaria;
mas Deus, que está acima de tudo, dera um
mandamento e ele deveria obedecer (Eliza R.
Snow, Biography and Family Record of Lorenzo
Snow, 1884, p. 69).
Pondere em preparação para a aula
O que a disposição do profeta Joseph Smith em
obedecer a um mandamento tão difícil revela
sobre sua fé e seu caráter?
Uma das razões que limita a nossa compreensão da
prática do casamento plural por parte de Joseph
Smith é que ele e outras pessoas que praticaram
o casamento plural em Nauvoo raramente o men-
cionavam em registros escritos. Muitos detalhes da
prática do casamento plural foram mantidos confi-
denciais, e os registros históricos simplesmente não
respondem a todas as nossas perguntas.
Em um texto sobre o casamento plural em Tópicos
do Evangelho, aprendemos:
Durante o período no qual o casamento
plural foi praticado, os santos dos últimos
dias diferenciavam o selamento para esta
vida e para toda a eternidade dos selamentos
apenas para a eternidade. Selamentos para
esta vida e para toda a eternidade incluíam
compromissos e relacionamentos durante
essa vida, incluindo a possibilidade de rela-
ções sexuais. Selamentos apenas para a eter-
nidade indicavam relacionamentos apenas na
próxima vida. (…)
177
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

Algumas mulheres que foram seladas a sacerdócio. Muitas dessas mulheres eram
Joseph Smith testificaram mais tarde que casadas com não membros ou ex-membros,
seus casamentos foram para esta vida e para e mais de uma das mulheres expressou mais
toda a eternidade, enquanto outras indica- tarde infelicidade no seu casamento. Por
ram que seus relacionamentos foram apenas viverem numa época em que era difícil obter
para a eternidade. o divórcio, essas mulheres podem ter acre-
ditado que o selamento a Joseph Smith lhes
A maioria das mulheres que foram seladas
daria bênçãos que, de outra maneira, elas
a Joseph Smith tinha entre 20 e 40 anos de
não teriam na próxima vida. (…)
idade na época de seu selamento a ele. A
mais velha, Fanny Young, tinha 56 anos de Depois da morte de Joseph, a maioria dessas
idade. A mais jovem foi Helen Mar Kimball mulheres seladas a ele se mudou para Utah
(…), que foi selada a Joseph vários meses com os santos, permanecendo membros fiéis
antes de completar 15 anos. O casamento da Igreja e defendendo o casamento plural
nessa idade, inapropriado para os padrões e Joseph. (“O casamento plural em Kirtland e
de hoje, era legal naquela época e algumas Nauvoo”, topics​.ChurchofJesusChrist​.org).
mulheres se casavam na adolescência. Helen
Mar Kimball comentou que seu selamento
SEÇÃO 3
com Joseph Smith havia sido “apenas para a
eternidade”, sugerindo que o casamento não Como os membros da Igreja
envolvia relações sexuais. (…)
reagiram ao princípio do
Joseph Smith foi selado a várias mulheres
que já eram casadas. Nem essas mulheres,
casamento plural?
nem Joseph deram muitas explicações sobre
esses selamentos embora muitas mulheres
tenham dito que os selamentos foram ape-
nas para a eternidade.
Há muitas possíveis explicações para essa
prática. Esses selamentos talvez tenham pro-
videnciado um meio de criar uma ligação ou
um vínculo eterno entre a família de Joseph e
outras famílias da Igreja. (…)
Esses selamentos podem também ser expli-
cados pela relutância de Joseph em participar
do casamento plural devido à tristeza que
causaria em sua esposa Emma. Ele pode ter
acreditado que o selamento a mulheres casa-
das cumpriria o mandamento do Senhor sem A prática do casamento plural era tão estranha e
exigir dele um relacionamento matrimonial difícil para a maioria dos primeiros santos quanto
normal. (…)
seria para os membros da Igreja de hoje. “Em mui-
Outra possibilidade é que, em uma época tas partes do mundo, a poligamia era socialmente
em que a expectativa de vida era menor aceita e permitida legalmente. Mas nos Estados
do que hoje, mulheres fiéis sentiam urgên- Unidos, a maioria das pessoas acreditava que a prá-
cia em serem seladas pela autoridade do tica era moralmente errada” (“O manifesto e o fim

178
 L iç ão 2 2: C asamento plural — M aterial para preparaç ão da aula
do casamento plural”, Tópicos do Evangelho, topics​
.ChurchofJesusChrist​.org). O mandamento da prá-
tica do casamento plural “foi um dos aspectos mais
desafiadores da Restauração — pessoalmente para
Joseph e para outros membros da Igreja. (…) Para a
esposa de Joseph, Emma, era uma provação excru-
ciante. (…) Ela oscilou em sua visão do casamento
plural, algumas vezes apoiando e outras vezes
condenando” (“O casamento plural em Kirtland e
Nauvoo”, topics​.ChurchofJesusChrist​.org).
Não se esperava que todos os santos dos últimos
dias vivessem um casamento plural. E alguns mem-
bros da Igreja que se debateram com o princípio
do casamento plural foram abençoados com um
testemunho espiritual que lhes deu coragem para
seguir em frente com a prática. As experiências de
dois desses membros estão resumidas aqui:
Ao saber do casamento plural, Brigham
Young disse que “foi a primeira vez na (…) vida
que [desejou] a morte”. “Tive que orar inces-
santemente”, ele declarou,“tive que exercitar
fé e o Senhor me revelou a [sua] veracidade e
fiquei satisfeito” (…).
Lucy Walker relembrou sua perturbação
interna quando Joseph Smith a convidou para
se tornar sua esposa. “Todo sentimento de
minha alma se opunha a isso”, ela escreveu.
Ainda assim, após muitas noites ajoelhada
em oração quase sem descansar, ela encon-
trou alívio quando o quarto “encheu-se com
influência divina” que era similar a “brilhante
luz do sol”. Ela disse: “Minha alma se encheu
com calma e doce paz que nunca havia sen-
tido”, e “felicidade suprema tomou conta de
todo meu ser”.
Nem todos tiveram tais experiências. Alguns
santos dos últimos dias rejeitaram o princípio
do casamento plural e saíram da Igreja, ao
passo que outros se negaram a participar da
prática, mas permaneceram fiéis. Contudo,
para muitos homens e muitas mulheres, a
repulsa e a angústia iniciais foram seguidas
de grande luta, determinação e, por fim, luz
e paz. Experiências sagradas permitiram aos
santos seguirem em frente com fé. (“O casa-
mento plural em Kirtland e Nauvoo”, topics​
.ChurchofJesusChrist​.org).
Pondere em preparação para a aula
Como essas experiências dos primeiros mem-
bros da Igreja podem ajudar alguém que tenha
dúvidas se Joseph Smith agiu como um profeta
inspirado por Deus ao implementar a prática do
casamento plural?
SEÇÃO 4
Como a prática do casamento
plural em A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias
chegou ao fim?
Pouco depois da morte do profeta Joseph Smith, em
1844, os santos migraram para o Vale do Lago Sal-
gado, no oeste dos Estados Unidos, onde os mem-
bros da Igreja vieram a praticar o casamento plural
abertamente. Entre as décadas de 1860 e 1880, o
governo dos Estados Unidos aprovou leis contra
a prática e, por fim, implementou duras punições
para quem não as cumprisse, incluindo a prisão.
Depois de buscar a orientação do Senhor e receber
Sua direção, o presidente Wilford Woodruff prepa-
rou uma declaração em setembro de 1890, que ficou
conhecida como “O Manifesto” (Declaração Ofi-
cial 1), e que acabou resultando no fim da prática
do casamento plural entre os membros da Igreja.
Um pequeno número de membros da Igreja con-
tinuou a realizar novos casamentos plurais depois
que o Manifesto foi emitido. Durante a conferência
geral de abril de 1904, o presidente Joseph F. Smith
publicou um segundo manifesto e anunciou “que
179
L iç ão 2 2: C asamento plural — M aterial para preparaç ão da aula
todos os casamentos [plurais] estão proibidos, e se
algum líder ou membro da Igreja aceitar celebrar
ou participar de um casamento assim, ele será (…)
excomungado” (Conference Report, abril de 1904,
p. 75). Essa norma continua até hoje.
SEÇÃO 5
O casamento plural é necessário
para a exaltação?
O élder Marcus B. Nash, dos Setenta, ensinou:
“Algumas pessoas (…) erroneamente leem [as
escrituras], achando que isso significa que o
casamento plural é necessário para a exalta-
ção. (…) Isso, porém, não encontra apoio nas
revelações. (…) A vida eterna é prometida ao
casal monogâmico que for selado pela auto-
ridade do sacerdócio e que vive de acordo
com o convênio — sem nenhuma condição
ou exigência adicional (ver Doutrina e Convê-
nios 132:19). [A Igreja afirma que] a monoga-
mia é o padrão de Deus para o casamento, a
menos que Ele declare e autorize o contrário
por meio de Seu representante devidamente
autorizado, ou seja, o presidente e profeta da
Igreja. A Igreja não ensina que a participação
no casamento plural seja necessária para
a exaltação. (“O novo e eterno convênio”, A
Liahona, dezembro de 2015, pp. 28–30)
Novamente, não entendemos todos os propósitos
de Deus para a introdução do casamento plural nos
primeiros dias da Igreja. Hoje, porém, os santos dos
últimos dias respeitam os sacrifícios e os esforços
dedicados feitos por aqueles que praticaram o
casamento plural em obediência ao mandamento
de Deus.
180
Anote suas impressões
Com base no que você aprendeu, como a prática
do casamento plural pelos primeiros santos
desta dispensação foi uma indicação de sua fé,
confiança e seu amor ao Senhor?



Onde posso encontrar recursos confiáveis para
aprender mais sobre a prática do casamento plural
pelos primeiros santos?
Ao estudar mais sobre o casamento plural na
história da Igreja, lembre-se de que existem muitas
informações não confiáveis sobre esse tópico na
internet e em muitas fontes impressas. Alguns
autores que escrevem sobre a Igreja e sua histó-
ria apresentam informações fora do contexto ou
incluem meias verdades que podem ser enganosas.
A intenção de alguns escritos é destruir a fé.
Os seguintes recursos são exemplos de fontes que
podem ajudar a fornecer uma visão sincera e fiel da
prática do casamento plural na história da Igreja:
• “O casamento plural em Kirtland e Nauvoo”, Tópi-
cos do Evangelho, topics​.ChurchofJesusChrist​
.org
• “O casamento plural e as famílias polígamas
nos primórdios de Utah”, Tópicos do Evangelho,
topics​.ChurchofJesusChrist​.org
• “O Manifesto e o fim do casamento plural”, Tópi-
cos do Evangelho, topics​.ChurchofJesusChrist​
.org
• “Why Was It Necessary for Joseph Smith and
Others to Practice Plural Marriage?” (10:07).
Nesse vídeo, o élder Quentin L. Cook, do
Quórum dos Doze Apóstolos, juntamente com
 L iç ão 2 2: C asamento plural — M aterial para preparaç ão da aula

historiadores da Igreja, respondem a uma • Site Joseph Smith’s Polygamy. Embora não seja
pergunta sobre o casamento plural durante um produzido pela Igreja, esse recurso online for-
devocional mundial. nece informações abrangentes e honestas sobre
as práticas e os ensinamentos de Joseph Smith
• “Mormon Polygamy Q and A” (7:40). Nesse vídeo,
relacionados ao casamento plural a partir de
historiadores da Igreja debatem o casamento
uma perspectiva de fé.
plural nos primórdios da Igreja — como a prática
teve início, como mudou com o tempo e por que
foi descontinuada.
• Santos: A História da Igreja de Jesus Cristo nos
Últimos Dias, Volume 1, O Estandarte da Verdade,
1815–1846, Capítulos 36, 40–41. Esses capítulos
fornecem uma narrativa dos esforços de Joseph
Smith em obedecer às ordens do Senhor e esta-
belecer a prática do casamento plural.

181
L iç ão 2 2: C asamento plural — M aterial do professor

LIÇÃO 22: MATERIAL DO PROFESSOR

Casamento plural
O casamento entre um homem e uma mulher é o padrão de casamento estabelecido por Deus a
menos que Ele declare algo em contrário (ver Jacó 2:27–30). Em revelação, o Senhor ordenou
ao profeta Joseph Smith que vivesse o princípio do casamento plural e o ensinasse a alguns
dos primeiros membros da Igreja. O casamento plural continuou na Igreja até que o Senhor
declarou por revelação que os santos deveriam encerrar a prática (ver Declaração Oficial 1). O
propósito desta lição é fortalecer a certeza dos alunos de que Joseph Smith e os primeiros mem-
bros da Igreja estavam agindo sob a direção do Senhor quando praticaram o casamento plural.
Ela também ajudará os alunos a confiarem mais plenamente no Senhor, à medida que procura-
rem obedecer à Sua vontade e encontrar respostas para suas perguntas.

Sugestões didáticas o cabeçalho da seção e o versículo 1 de Doutrina e

Convênios 132).

O Senhor revelou a prática do Peça a um aluno que leia Doutrina e Convênios

casamento plural. 132:34–37 em voz alta. Peça à classe que acompanhe
a leitura e identifique como o Senhor respondeu à
Mostre aos alunos esta declaração do presidente
pergunta do profeta.
Russell M. Nelson:

Deus sempre pediu a Seus filhos do convê-
nio que fizessem coisas difíceis. (Russell M.
Nelson, “Ser a verdadeira geração do milênio”,
A Liahona, outubro de 2016, p. 49).
• Quais são algumas das “coisas difíceis” que Deus
pediu aos membros da Igreja que fizessem em
nossos dias? (Você pode anotar as respostas no
quadro. Peça aos alunos que considerem sua obe-
diência pessoal a esses mandamentos ao longo
da lição.)
• Por que você acha que Deus pede que Seus filhos
do convênio façam essas coisas?
Explique-lhes que, para muitos dos primeiros santos
dos últimos dias, um dos requisitos mais difíceis
de Deus era viver o princípio do casamento plural.
Lembre os alunos de que, em 1831, Joseph Smith
orou para entender por que alguns profetas antigos
e reis israelitas praticavam o casamento plural (ver
• Mostre a seguinte pergunta: Por que Abraão se
casou com Agar como esposa plural?
• De acordo com os versículos 36–37, que prin-
cípio o Senhor ensinou a Joseph Smith sobre a
obediência a Seus mandamentos? (Depois que os
alunos responderem, escreva a seguinte verdade
no quadro: quando estivermos dispostos a obede-
cer a qualquer coisa que o Senhor ordenar, “isso
[nos será] imputado por retidão”.)
• Como o mandamento do Senhor a Abraão de
sacrificar Isaque pode ser comparado ao Seu
mandamento dado a Joseph Smith e aos pri-
meiros membros da Igreja de praticar o casa-
mento plural?
Explique-lhes que, algum tempo depois que o
Senhor revelou o princípio do casamento plural a
Joseph Smith, Ele ordenou ao profeta que vivesse
esse princípio e o ensinasse a outras pessoas.

182

Mostre-lhes a seguinte declaração e peça a um aluno
que a leia em voz alta:
De acordo com Helen Mar Kimball, Joseph
Smith declarou que “a prática desse princípio
seria a provação mais difícil que os santos
teriam para testar sua fé”. Embora tenha sido
uma das mais “severas” provações de sua
vida, ela testificou que também havia sido
“uma das maiores bênçãos” (“O casamento
plural em Kirtland e Nauvoo”, Tópicos do
Evangelho, topics​.ChurchofJesusChrist​.org).
• Quais eram os sentimentos de Joseph Smith em
relação à prática do casamento plural quando ela
foi introduzida? (Se necessário, peça aos alunos
que releiam as declarações da irmã Eliza R. Snow
na seção 2 do material de preparação.)
Peça aos alunos que considerem os exemplos de
Abraão e Joseph Smith.
• O que a disposição dos primeiros santos de obe-
decer a mandamentos tão difíceis revela sobre seu
caráter e sua fé?
Explique aos alunos que vários dos primeiros santos
descreveram a luta interna que experimentaram
quando o casamento plural lhes foi apresentado.
Peça aos alunos que compartilhem o que se lem-
bram dos relatos que estudaram na seção 3 do mate-
rial de preparação.
Mostre o seguinte relato de Phebe Woodruff, esposa
do presidente Wilford Woodruff. Peça a um aluno
que a leia em voz alta:
Quando o princípio da poligamia foi ensi-
nado, pensei que era a coisa mais vil que já
ouvira falar. No entanto, tão logo me con-
venci de que se havia originado com uma
revelação de Deus, por meio de Joseph, que
eu sabia ser um profeta, implorei a meu Pai
Celestial em fervorosa oração para ser guiada
no caminho certo, naquele momento tão
L iç ão 2 2: C asamento plural — M aterial do professor
importante da minha vida. A resposta veio.
Minha mente ficou em paz. Eu sabia que era
a vontade de Deus (Phebe Woodruff, em
Edward Tullidge, The Women of Mormondom,
1877, p. 413).
• Como o exemplo de Phebe pode ajudar hoje
alguém que tenha dificuldade em obedecer a um
mandamento de Deus? Como o exemplo dela
pode ajudar alguém que tenha dúvidas sobre
a prática do casamento plural entre os primei-
ros santos?
Peça a um aluno que leia Provérbios 3:5–6 em voz
alta e peça ao restante da classe que acompanhe e
identifique um princípio que possa se relacionar às
experiências desses primeiros santos.
• Que princípios podemos aprender dessa pas-
sagem e da experiência dos primeiros santos?
(Usando as palavras dos alunos, escreva no qua-
dro ou mostre um princípio similar ao seguinte:
Se confiarmos no Senhor de todo o coração e não
nos apoiarmos em nosso próprio entendimento,
Ele guiará nossa vida.)
Faça a seguinte pergunta aos alunos:
• O que vocês acham que significa para alguém
preocupado com a antiga prática do casamento
plural confiar no Senhor de todo o coração e
não simplesmente se apoiar em seu próprio
entendimento?
Explique-lhes que não é incomum que os membros
da Igreja tenham perguntas ou dúvidas sobre o
casamento plural. Deus não revelou e não exige
que Seus filhos hoje compreendam os detalhes do
casamento plural. No entanto, todos os santos têm
a promessa de que podem obter um testemunho de
que Joseph Smith foi o profeta de Deus que recebeu
mandamentos e revelações Dele e que viveu fiel-
mente de acordo com os mandamentos do Senhor.
183
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Você pode ajudar os alunos a responder a
perguntas difíceis. Fornecer informações cor-
retas aos alunos e ajudá-los a localizar fontes
fidedignas são coisas que podem ajudá-los a
refletir sobre temas difíceis e a explicá-los de
maneira precisa. Se os alunos quiserem apren-
der mais sobre a prática do casamento plural
na história dos primórdios da Igreja, peça-lhes
que estudem em espírito de oração os recursos
adicionais listados na seção “Quer saber mais?”
do material de preparação.
Peça aos alunos que considerem os momentos de
sua vida em que confiaram no Senhor e obedeceram
a um mandamento difícil ou quando tiveram que
não se apoiar “no [seu] próprio entendimento” ao
procurarem respostas para perguntas difíceis. Você
pode convidar alguns alunos a narrar suas expe-
riências pessoais. Pergunte a eles como o Senhor
orientou seus caminhos.
Considere dar aos alunos tempo para refletir acerca
de perguntas religiosas ou perguntas pessoais que
eles tenham. Peça-lhes que ponderem sobre o que
podem fazer para encontrar respostas ou confirma-
ções para essas perguntas, para confiar e contar com
o Senhor. Eles também podem registrar seus pensa-
mentos em um diário ou orar pela ajuda do Senhor
para saber como agir com fé.
O Senhor revelou algumas razões da
prática do casamento plural.
Explique-lhes que não entendemos todos os pro-
pósitos de Deus para a introdução do casamento
plural nesta dispensação, mas Ele nos deu algumas
de Suas razões. Por exemplo, o Senhor ensinou ao
profeta Joseph Smith que a prática fazia parte da
restauração de “todas as coisas” de dispensações
anteriores (ver Doutrina e Convênios 132:40, 45).
184
Peça a um aluno que leia Jacó 2:30 em voz alta e
peça ao restante da classe que identifique outra
razão que o Senhor deu ao ordenar a Seu povo
que praticasse o casamento plural. Peça aos alunos
que relatem o que encontraram. (Os alunos devem
incluir em suas respostas que o mandamento foi
dado como uma maneira de aumentar o número de
filhos nascidos no convênio do evangelho. Dessa
maneira, o povo do Senhor pode “suscitar posteri-
dade” para Ele.)
Explique-lhes que os esforços dos primeiros san-
tos para obedecer a esse mandamento “resultou
no nascimento de um grande número de filhos
dentro de fiéis lares santos dos últimos dias” (“O
casamento plural e as famílias polígamas nos pri-
mórdios de Utah”, Tópicos do Evangelho, topics​
.ChurchofJesusChrist​.org).
Mais tarde, o Senhor revelou que os santos
dos últimos dias deveriam parar com a
prática do casamento plural.
Peça a um aluno que estudou o material de prepara-
ção (seção 2) que narre o que levou ao fim o casa-
mento plural na Igreja restaurada.
• Como você explicaria a alguém a posição atual
da Igreja em relação ao casamento plural?
Peça a alguns alunos que se revezem na leitura
em voz alta do primeiro ao sétimo parágrafo de
“Trechos de três discursos do presidente Wilford
Woodruff a respeito do Manifesto”, que segue a
Declaração Oficial 1.
• O que o presidente Woodruff ensinou aos santos?
(Os alunos devem identificar uma verdade similar
à seguinte: o Senhor jamais permitirá que o
presidente da Igreja desvie a Igreja do cami-
nho correto.)
• Como essa verdade pode afetar a maneira como
respondemos pessoalmente aos conselhos e ensi-
namentos do profeta vivo do Senhor?

Encerre compartilhando seu testemunho de que o
profeta Joseph Smith e outros líderes nos primór-
dios da Igreja eram verdadeiros profetas de Deus
que obedientemente seguiram e ensinaram os man-
damentos do Senhor aos santos dos últimos dias.
L iç ão 2 2: C asamento plural — M aterial do professor
Para a próxima aula
Explique aos alunos que, ao estudar para a próxima
aula, eles terão a oportunidade de aprender sobre
os detalhes da morte de Joseph e Hyrum Smith.
Incentive os alunos a virem para a aula preparados
para discutir suas reflexões a respeito do que Joseph
Smith realizou como profeta de Deus.
185
LIÇÃO 23: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

A missão profética e o martírio de Joseph Smith

Pense nas pessoas, relacionadas nas escrituras, que estavam dispostas a sacrificar suas vidas
para fazer a vontade do Senhor. O que esses sacrifícios ensinam sobre o testemunho e a convi-
cção dessas pessoas? Ao estudar a missão e o martírio do profeta Joseph Smith, pense em como
as contribuições e o legado dele influenciaram sua vida.

SEÇÃO 1 vizinhas. No verão de 1844, a oposição a Joseph

Que eventos levaram à prisão do
profeta Joseph Smith na Cadeia
de Carthage?
“Joseph e Hyrum estão mortos. [ John] Taylor,
ferido. (…) Estou bem”. Essas palavras são parte
de uma mensagem que Willard Richards enviou a
Emma Smith e a outros santos em Nauvoo, poucas
horas depois que Joseph e Hyrum Smith foram
brutalmente assassinados na Cadeia de Carthage
na noite de 27 de junho de 1844 (carta de Willard
Richards, Cadeia de Carthage, 27 de junho de 1844,
Biblioteca de História da Igreja, Salt Lake City).
Imagine os pensamentos e sentimentos que Emma e
os santos podem ter tido ao lerem essas palavras.
A crescente influência política e econômica dos san-
tos foi vista como uma ameaça pelas comunidades
Smith e à Igreja havia se intensificado bastante.
Alguns que deixaram a Igreja conspiraram para
inflamar a opinião pública contra o profeta. Alguns
cidadãos de Illinois debatiam se deveriam expulsar
os santos do estado, ao passo que outras pessoas
planejavam matar o profeta.
Em 10 de junho de 1844, Joseph Smith,
prefeito de Nauvoo, e o conselho da cidade
de Nauvoo ordenaram a destruição do
jornal Nauvoo Expositor e da prensa em na
qual ele era impresso. O Nauvoo Expositor
era um jornal antimórmon que caluniava o
profeta e outros santos e pedia a revogação
da Carta de Nauvoo. As autoridades munici-
pais temiam que essa publicação incitasse
as turbas a agirem. Como resultado da ação
tomada pelo prefeito e o conselho da cidade,
as autoridades do estado de Illinois acusaram

186
 L iç ão 2 3: A miss ão profética e o mart í rio de Joseph Smith — M aterial para preparaç ão da aula

injustificadamente de tumulto o profeta, seu juntaram-se a eles voluntariamente” (Ensinamentos

irmão Hyrum e outros líderes municipais de dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 556).
Nauvoo. Thomas Ford, o governador de Illi-
nois, ordenou que esses homens fossem jul-
gados em Carthage, Illinois, sede do condado,
e prometeu-lhes proteção. Joseph sabia que
se ele fosse para Carthage, sua vida estaria
em grande perigo por causa das turbas que o
ameaçavam. (…)
Em 24 de junho, Joseph e Hyrum Smith se
despediram de suas famílias e cavalgaram
com outros líderes municipais de Nauvoo
até Carthage (Ensinamentos dos Presidentes da
Igreja: Joseph Smith, 2007, pp. 555–556).

Complete uma ou ambas as atividades seguintes:

1. Assista ao vídeo “Ministério de Joseph Smith:

Selou Seu Testemunho com Sangue” (1:14).
SEÇÃO 2
1. Estude o restante da seção 1.
O que aconteceu na Cadeia
Enquanto viajava com outras pessoas para
Carthage, Joseph profetizou sobre seu martírio.
de Carthage?
Complete uma ou ambas as atividades seguintes:

1. Assista ao vídeo “Joseph Smith — O Profeta da

Estude em preparação para a aula
Estude Doutrina e Convênios 135:4.
Joseph e Hyrum “entrega[ram]-se voluntaria-
mente aos oficiais do condado em Carthage, no dia
seguinte. Depois que os irmãos foram libertados
sob fiança da acusação inicial, foram falsamente
acusados de traição contra o estado de Illinois,
presos e encarcerados na Cadeia de Carthage para
aguardar uma audiência. Os élderes John Taylor
e Willard Richards, os únicos membros dos Doze
que não estavam na época servindo em uma missão,
Restauração”, que retrata a cena da morte de
Joseph e Hyrum, entre 0:00 e 3:20.
2. Leia a seguinte narrativa de Santos: A História da
Igreja de Jesus Cristo nos Últimos Dias:
O tempo passou lentamente naquela tarde
na Cadeia de Carthage. Com o calor do verão,
os homens tiraram os casacos e abriram as
janelas para deixar a brisa entrar. Lá fora, oito
homens (…) guardavam a cadeia, e o restante
da milícia estava acampado nas proximida-
des. Um guarda estava sentado em frente
à porta.

187
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
Stephen Markham, Dan Jones e outros
estavam cuidando de alguns assuntos para
Joseph. Dos homens que haviam ficado na
noite anterior, somente Willard Richards
e John Taylor permaneciam com Joseph e
Hyrum. No começo do dia, visitantes tinham
passado secretamente duas armas para
os prisioneiros — um revólver de seis tiros
e uma pistola de tiro único — para o caso
de sofrerem um ataque. Stephen também
deixara sua bengala de nogueira, que ele
chamava de “espanca moleques”.
Para diminuir a tensão e passar o tempo,
John cantou um hino. (…)
[Pouco depois de John Taylor cantar o hino
pela segunda vez], os prisioneiros ouviram
sussurros atrás da porta e o estalo de três ou
quatro tiros. Willard olhou rapidamente para
a janela aberta e viu uma centena de homens
lá embaixo, com o rosto pintado de lama
preta e pólvora, invadindo a cadeia. Joseph
pegou uma das pistolas e Hyrum, a outra. (…)
Os quatro homens correram para manter a
porta fechada, enquanto homens da turba
subiam as escadas e forçavam a entrada.
Ouviu-se o som de tiros vindo da escada
enquanto a multidão atirava contra a porta.
(…) [Uma] bala estilhaçou a madeira. Ela
atingiu o rosto de Hyrum, que se virou,
188
cambaleando para longe da porta. Outra bala
o atingiu na região lombar. (…)
“Meu irmão Hyrum!”, Joseph gritou. Ele então
pegou a pistola, abriu uma fresta na porta e
disparou uma vez. Mais balas de mosquete
atravessaram a cela enquanto Joseph dispa-
rava a esmo contra a multidão e John [Taylor]
usava a bengala para abaixar o cano das
armas e das baionetas que eram introduzidas
pelo vão da porta aberta.
Depois que o revólver de Joseph falhou duas
ou três vezes, John correu para a janela e
tentou subir no peitoril. Uma bala atravessou
a cela, atingiu sua perna e o fez perder o
equilíbrio. Ele ficou atordoado e caiu contra o
peitoril, esmagando seu relógio de bolso que
marcava 16 minutos depois das 5 horas.
“Fui atingido”, ele gritou.
John se arrastou pelo chão e foi para baixo
da cama enquanto a turba atirava sem parar.
Uma bala rasgou seu quadril, arrancando um
pedaço de carne. Outras duas balas o atin-
giram, uma no pulso e outra no osso acima
do joelho.
Do outro lado da cela, Joseph e Willard
colocavam todo o seu peso contra a porta,
enquanto Willard derrubava os canos e
as baionetas dos mosquetes à sua frente.
Repentinamente, Joseph largou o revólver no
chão e correu para a janela. Enquanto subia
no peitoril, duas balas o atingiram nas costas.
 L iç ão 2 3: A miss ão profética e o mart í rio de Joseph Smith — M aterial para preparaç ão da aula
Outra bala atravessou a janela e o atingiu
abaixo do coração.
“Ó, Senhor meu Deus”, ele exclamou. Seu
corpo balançou para a frente e ele caiu de
cabeça pela janela.
Willard atravessou a cela correndo e olhou
pela janela, enquanto balas de chumbo pas-
savam de raspão por sua cabeça. Lá embaixo,
viu a turba em volta do corpo ensanguentado
de Joseph. (…)
Joseph Smith, o profeta e vidente do Senhor,
estava morto (Santos: A História da Igreja
de Jesus Cristo nos Últimos Dias, vol. 1, O
Estandarte da Verdade, 1815–1846, 2018, pp.
547–550; ver também Doutrina e Convênios
135:1–2).
Pondere em preparação para a aula
Quais são seus pensamentos e sentimentos ao
considerar o sacrifício que Joseph e Hyrum Smith
estavam dispostos a fazer por seus testemunhos
do evangelho restaurado de Jesus Cristo?
SEÇÃO 3
Como a missão profética de
Joseph Smith abençoou a
minha vida?
Sob a direção do Quórum dos Doze Apóstolos, um
relato escrito do martírio foi preparado com base
nos testemunhos oculares do élder John Taylor e
do élder Willard Richards. Esse relato se encontra
agora registrado como Doutrina e Convênios 135.
Estude em preparação para a aula
Estude Doutrina e Convênios 135:3. Você pode
marcar as palavras ou frases mais significantes
para você.
Anote suas impressões
Pense no testemunho que você tem do pro-
feta Joseph Smith e nas maneiras pelas quais a
missão profética dele influenciou e abençoou
sua vida. Se desejar, registre seus pensamentos
no diário.



Onde posso aprender mais sobre a missão profética
e o martírio de Joseph Smith?
O presidente Dallin H. Oaks, da Primeira
Presidência, prestou seu testemunho
da vida notável e missão profética de
Joseph Smith em seu artigo “A mis-
são milagrosa do profeta Joseph Smith” (Liahona,
janeiro de 2019, pp. 28–36).
O vídeo Joseph Smith: O Profeta da Restauração
(1:09:25) retrata a vida e o martírio de Joseph Smith.
189
L iç ão 2 3: A miss ão profética e o mart í rio de Joseph Smith — M aterial do professor
LIÇÃO 23: MATERIAL DO PROFESSOR
A missão profética e o martírio de Joseph Smith
Em 27 de junho de 1844, Joseph e Hyrum Smith foram assassinados em Carthage, Illinois. Suas
mortes adicionaram um selo poderoso a seus testemunhos do evangelho restaurado de Jesus
Cristo (ver Doutrina e Convênios 135:1, 3). O propósito desta lição é ajudar a fortalecer o teste-
munho dos alunos da missão profética de Joseph Smith.
Sugestões didáticas
MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Use hinos. A música sagrada, especialmente os
hinos da Igreja, pode ajudar os alunos a sentir
a influência do Espírito Santo ao estudarem o
evangelho. Para ajudar a fornecer informações
adicionais durante uma lição, você pode sele-
cionar um hino para cantarem no início da aula,
relacionado ao material da lição.
Joseph e Hyrum Smith são assassinados na
Cadeia de Carthage.
Você pode cantar algumas partes (incluindo a
estrofe 7) do hino “Um pobre e aflito viajor”. Expli-
que-lhes que esse hino, com sua mensagem sobre
servir ao Salvador, era o favorito de Joseph Smith.
O profeta pediu a John Taylor que o cantasse na
Cadeia de Carthage, pouco antes da turba atacar.
Peça aos alunos que expliquem o que sabem sobre
os eventos que levaram à prisão de Joseph e Hyrum
Smith em Carthage, Illinois. (Incentive os alunos
a recorrerem ao que aprenderam no material de
preparação.)
190
• Como você acha que as palavras de “Um pobre
e aflito viajor” podem ter refletido o compro-
misso de Joseph com o Salvador? (Se necessário,
você pode dar aos alunos um minuto para reler
a letra do hino à medida que respondem a essa
pergunta.)
Explique-lhes que Joseph sabia que enfrentaria a
morte se fosse a Carthage para ser julgado. Dan
Jones, um membro da Igreja que estava com o pro-
feta em Nauvoo enquanto se preparava para viajar
para Carthage, lembrou:
Jamais esquecerei aquela cena, quando [o
profeta] olhou em volta, para a cidade e seus
habitantes que ele tanto estimava, e disse:
“Se eu não for [para Carthage], o resultado
será a destruição desta cidade e de seus
habitantes, e não consigo suportar a ideia
de que meus irmãos, minhas irmãs e seus
filhos sofram de novo em Nauvoo o mesmo
que sofreram no Missouri; não, é melhor que
eu, Joseph, morra por meus irmãos e minhas
irmãs, porque estou disposto a morrer por
eles. Meu trabalho está terminado”. (Dan
Jones, em Ronald D. Dennis, transcrito de
“The martyrdom of Joseph Smith and his
brother, Hyrum”, BYU Studies, vol. 24, nº1,
1984, p. 85)
• O que as palavras e as ações do profeta revelam
sobre seu caráter?
 L iç ão 2 3: A miss ão profética e o mart í rio de Joseph Smith — M aterial do professor
Você pode ressaltar que Joseph Smith seguiu o
exemplo de amor do Salvador pela disposição de
dar a vida para proteger os santos (ver João 15:13).
Mostre aos alunos uma imagem da Cadeia de
Carthage. Peça aos alunos que contem o que sabem
sobre os eventos na Cadeia de Carthage de 27 de
junho de 1844, quando Joseph e Hyrum foram assas-
sinados. (Incentive os alunos a se lembrarem do que
aprenderam com o material de preparação.)
Explique-lhes que o anúncio da morte do profeta,
incluído em Doutrina e Convênios 135, foi redigido
a partir dos relatos de testemunhas oculares, os élde-
res John Taylor e Willard Richards.
Leia Doutrina e Convênios 135:1–2, 4–6 com
a classe.
• Quais são seus pensamentos e sentimentos ao
considerar o sacrifício que Joseph e Hyrum Smith
estavam dispostos a fazer por seus testemunhos
do evangelho restaurado?
Peça aos alunos que leiam as duas últimas frases
de Doutrina e Convênios 135:3 (começando com
“Viveu grandiosamente…”) e Doutrina e Convênios
136:39 e identifiquem o que aprendemos sobre as
mortes de Joseph e Hyrum.
• O que esses versículos nos ensinam sobre o
significado das mortes de Joseph e Hyrum? (Os
alunos podem identificar uma verdade similar
à seguinte: Joseph e Hyrum Smith selaram
com sangue seus testemunhos do evangelho
restaurado.)
Explique-lhes que esse ato de selar seus testemunhos
com sangue estabeleceu permanentemente seus tes-
temunhos e sua missão divina relacionada à Restau-
ração do evangelho.
Para ajudar os alunos a entender melhor essa
verdade, você pode mostrar o vídeo “Testemunho
do Livro de Mórmon” (4:39), do élder Jeffrey R.
Holland, do Quórum dos Doze Apóstolos. Peça
aos alunos que pensem no compromisso inabalável
que Joseph e Hyrum demonstraram ter com seus
testemunhos do evangelho restaurado mesmo diante
da morte.
• Como a disposição de Joseph Smith de dar sua
vida pelo evangelho restaurado fortalece seu
testemunho dele como o profeta do Senhor?
Bênçãos divinas foram disponibilizadas aos
filhos do Pai Celestial por intermédio do
ministério profético de Joseph Smith.
Peça aos alunos que leiam a primeira frase de
Doutrina e Convênios 135:3, que ensina que Joseph
Smith fez mais pela salvação das pessoas neste
mundo do que qualquer outra pessoa, exceto Jesus
Cristo. (Você pode incentivar os alunos a escrever
essas declarações em suas escrituras.)
Você pode pedir aos alunos que compartilhem
como explicariam essa verdade a um amigo de outra
fé cristã.
Peça aos alunos que leiam o restante de Doutrina
e Convênios 135:3 e identifiquem as contribuições
do profeta Joseph Smith para ajudar os filhos do
Pai Celestial a obter a salvação. Peça aos alunos que
relatem o que encontrarem. Você pode anotar suas
respostas no quadro.
191
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
• O que mais você acrescentaria à lista de contri-
buições que o profeta Joseph Smith fez para a
salvação do mundo?
Peça aos alunos que escolham uma das seguintes
perguntas para responder. Dê aos alunos algum
tempo para registrar seus pensamentos.
• Que experiências ajudaram você a obter seu tes-
temunho a respeito do profeta Joseph Smith?
• Como sua vida foi influenciada e abençoada por
Joseph Smith ter cumprido sua missão profética?
192
Após dar-lhes tempo suficiente, peça a alguns alu-
nos que contem à classe o que escreveram. Encerre
prestando testemunho do profeta Joseph Smith.
Para a próxima aula
Peça aos alunos que imaginem como seria ser cha-
mado para liderar na Igreja com pouca experiência
e muitas fraquezas. Convide-os a ponderar se teriam
ou não fé e confiança de que o Senhor os ajudaria
nesse chamado. Incentive os alunos a estudar o
material de preparação para a próxima lição com
essa pergunta em mente.
LIÇÃO 24: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

O profeta Joseph Smith: Um vidente escolhido

O Senhor descreveu o profeta Joseph Smith como “um vidente escolhido” que traria as pes-
soas ao conhecimento dos convênios do Senhor (2 Néfi 3:7–8). No entanto, desde o início da
Restauração, Joseph Smith admitiu que não se sentia preparado. Ao estudar este material,
pense em como você pode responder com fé aos chamados do Senhor apesar de suas fraquezas.
Reflita também sobre como você poderia responder àqueles que criticam Joseph Smith por
causa do despreparo dele.

SEÇÃO 1 necessidade de obter um sustento escasso

O que posso aprender com com [meu] trabalho diário. (Joseph Smith—
História 1:22–23)
Joseph Smith sobre minha própria
capacidade de servir ao Senhor?
Quando ainda era rapaz, Joseph Smith se sentiu
sobrecarregado com a responsabilidade do chamado
do Senhor. Ele disse sobre si mesmo:

Eu estava sozinho, um jovem inculto, para

combater com uma nova revelação a sabedo-
ria do mundo e a ignorância multiplicada de
18 séculos. (Ensinamentos dos Presidentes da
Igreja: Joseph Smith, 2007, pp. 64–65)
Eu [era] um menino obscuro, (…) e minha
situação na vida [fazia] de mim um menino
sem importância no mundo (…) condenado à

193
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

Joseph Smith achou “estranho” que “homens fortalecidos por Ele, que tem todo o poder no
influentes [se preocupassem] o bastante para incitar céu e na Terra (ver Mateus 28:18; Mosias 4:9).
a opinião pública contra [ele] e provocar uma Desde a sua juventude, Joseph Smith se apro-
perseguição implacável” ( Joseph Smith—História ximou do Senhor nesses termos. (…)
1:22–23).
Joseph descreveu-se como “um obscuro
Imagine os sentimentos que Joseph deve ter tido menino (…) condenado à necessidade de
ao traduzir 2 Néfi 3 no Livro de Mórmon, quando obter um sustento escasso com seu trabalho
ficou sabendo por intermédio de Leí que José do diário” (Joseph Smith—História 1:23). Nasceu
Egito profetizou sobre um “vidente escolhido” nos numa classe social baixa, com pouca instru-
últimos dias. ção formal. (…)
Joseph sentia tanto sua falta de instrução
que, certa vez, lamentou estar preso “num
estreito e apertado cárcere, quase em total
escuridão [sic] de papel, pena e tinta, com
uma linguagem torta, fragmentada, dis-
Estude em preparação para a aula persa e imperfeita”. Apesar disso, o Senhor
o chamou para traduzir o Livro de Mórmon
Leia 2 Néfi 3:7, 11, 13.
— todas as suas 588 páginas conforme foi
originalmente publicado —, o que ele fez em
Numa revelação posterior, o Senhor explicou uma
menos de 90 dias. (…)
razão por que Ele tinha escolhido e chamado Joseph
para ser o profeta da Restauração: Sim, um tema do Livro de Mórmon — e da
vida do profeta Joseph — é que os fracos que
Em verdade, assim te diz o Senhor, meu buscam humildemente o Senhor com fé são
servo Joseph Smith: Estou satisfeito com fortalecidos, sim, tornando-se até poderosos
tua oferta (…); pois para esse fim te levantei, na obra do Senhor. Esse fortalecimento ocor-
para mostrar minha sabedoria por meio das rerá até em coisas aparentemente pequenas.
coisas fracas da Terra. (Doutrina e Convênios (…)
124:1)
Há outra lição, mais pessoal: se nós, tal como
Ao comentar sobre a passagem de escritura Joseph Smith, reconhecermos nossa fra-
em 2 Néfi 3, o élder Marcus B. Nash, dos queza e nos voltarmos com fé para o Senhor
setenta, ensinou: de todo o coração, decididos a cumprir Sua
vontade, também seremos fortalecidos. Isso
Pode parecer contraditório que o Senhor
não significa necessariamente que a fra-
chamasse alguém fraco para realizar uma
queza será eliminada na mortalidade — mas,
grande obra. Mas aqueles que reconhecem
sim, que essa pessoa será fortalecida por
sua fraqueza podem ser impelidos por essa
Deus. (“Joseph Smith: Força nos momentos
mesma fraqueza a buscar a força do Senhor.
de fraqueza”, Liahona, dezembro de 2017, pp.
Aqueles que se humilham com fé serão
21–22, 24)

194
 L iç ão 24: O profeta Joseph Smith: Um vidente escolhido — M aterial para preparaç ão da aula
Pondere em preparação para a aula
O que você pode aprender com o fato de o
Senhor ter chamado Joseph Smith, um homem
mortal com fraquezas, e depois tê-lo fortalecido
para fazer Seu trabalho?
SEÇÃO 2
O que as pessoas que conheciam
bem Joseph Smith disseram sobre
ele e seu caráter?
O Senhor declarou a José do Egito que seus descen-
dentes teriam grande estima pelo profeta da Restau-
ração (ver 2 Néfi 3:7). O presidente Dallin H. Oaks,
da Primeira Presidência, disse:
Os homens que conheceram melhor Joseph
Smith e ficaram a seu lado na liderança da
Igreja o amavam e o apoiavam como pro-
feta. Seu irmão Hyrum decidiu morrer com
ele. John Taylor, que também estava com
ele quando foi assassinado, disse: “Testifico
diante de Deus, dos anjos e dos homens
que ele era um homem bom, honrado e
virtuoso (…) — que esse caráter em público
e em privado era exemplar — e que ele viveu
e morreu como um homem de Deus” (The
Gospel Kingdom, 1987, p. 355; ver também
D&C 135:3). Brigham Young declarou: “Não
acredito que homem algum na Terra tenha
conhecido [Joseph Smith] tão bem quanto
eu; atrevo-me a dizer que, com exceção de
Jesus Cristo, nunca houve nem há no mundo
homem melhor do que ele” (em Journal of Dis-
courses, vol. 9, p. 332). (Dallin H. Oaks, “Joseph,
o homem e o profeta”, A Liahona, julho de
1996, p. 76)
Jane Snyder Richards disse o seguinte sobre a perso-
nalidade e caráter de Joseph:
[Joseph Smith] foi uma das personalidades
mais cativantes que já tive a felicidade de
conhecer. (…) Como vidente e revelador, ele
era destemido e sincero, mas humilde, nunca
se considerando mais do que um mero por-
ta-voz de Deus. Como líder de seu povo, era
sempre ativo e progressista, mas moderado
e atencioso em relação às dificuldades das
pessoas. (Jane Snyder Richards, em “Joseph
Smith, the Prophet”, Young Woman’s Journal,
dezembro de 1905, p. 550)
Edwin Holden contou que o profeta era um homem
cheio do amor de Deus, que sempre desejava elevar
e abençoar os outros:
Em 1838, Joseph e alguns rapazes estavam
jogando vários jogos ao ar livre, entre eles,
um jogo com bola. Aos poucos, eles come-
çaram a ficar cansados daquilo. Ao perceber
isso, Joseph os chamou e disse: “Vamos
construir uma cabana de troncos”. E lá foram
eles, Joseph e os rapazes, construir uma
cabana de troncos para uma viúva. Assim
era Joseph, sempre ajudando em tudo que
podia. (The Juvenile Instructor, 1º de março de
1892, p. 153)
Eliza R. Snow escreveu sobre a humildade e integri-
dade do profeta:
Residi com a família de Joseph Smith, fui
professora de sua família e tive inúmeras
oportunidades de observar seu “modo de
vida cotidiano e suas conversas” como pro-
feta de Deus; e, quanto mais o conhecia, mais
o admirava como tal. (…) Em sua devoção, ele
era humilde como uma criancinha. (Eliza R.
Snow, “Sketch of My Life”, Relief Society Maga-
zine, março de 1944, p. 136)
Mary Frost Adams relembrou um dos gestos bondo-
sos de Joseph, dizendo:
Durante o período em que Joseph foi prefeito
de Nauvoo, um membro da Igreja negro cha-
mado Anthony foi preso por vender bebida
no domingo, o que era contra a lei. Anthony
195
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
tinha feito a fim de conseguir dinheiro para
comprar a liberdade de seu filho, que era
escravo no Sul. Ele tinha comprado a liber-
dade de sua mulher e a sua própria, e agora
queria trazer seu filho para ficar com eles.
Apesar de ser uma nobre causa, o profeta
disse: “Lamento, Anthony, mas a lei tem
que ser cumprida, e teremos que cobrar
uma multa”. No entanto, “no dia seguinte,
o irmão Joseph presenteou Anthony com
um belo cavalo e lhe disse que o vendesse
e usasse o dinheiro da venda para comprar
a liberdade de seu filho” (“Joseph Smith, the
Prophet”, Young Woman’s Journal, dezembro
de 1906, p. 538).
Pondere em preparação para a aula
O que você aprendeu sobre o caráter de Joseph
Smith com esses relatos de pessoas que o
conheciam? O que você sente a respeito do pro-
feta Joseph Smith e que testemunho tem dele?
SEÇÃO 3
Como devo agir quando
encontrar informações negativas
sobre o profeta Joseph Smith?
Mesmo quando a obra de Joseph Smith de restaurar
o evangelho estava apenas começando, foi profeti-
zado que muitos falariam contra ele e o acusariam
de ações e motivos maldosos. Joseph Smith regis-
trou em seu histórico uma profecia feita pelo anjo
Morôni quando este lhe apareceu em 1823. Naquela
época, Joseph tinha somente 17 anos.
196
Estude em preparação para a aula
Estude Joseph Smith—História 1:33.
O élder Neil L. Andersen, do Quórum dos Doze
Apóstolos, sugeriu algumas maneiras de os mem-
bros da Igreja responderem às críticas feitas contra
o profeta Joseph Smith:
Seria de estranhar o mal que é falado contra
[Joseph Smith]? Do apóstolo Paulo foi dito
que era louco e delirava (ver Atos 26:24).
Nosso Amado Salvador, o Filho de Deus, foi
rotulado de comilão, beberrão e endemo-
niado (ver Mateus 11:19; João 10:20). (…)
Muitos dos que não creem no trabalho da
Restauração fazem-no por não acreditar que
seres celestiais falem aos homens na Terra.
Dizem ser impossível que placas de ouro
tenham sido entregues por um anjo e tradu-
zidas pelo poder de Deus. E com tal des-
crença, rapidamente rejeitam o testemunho
de Joseph; e há alguns infelizmente que se
empenham em desacreditar a vida do profeta
e macular seu caráter. (…)
Para as perguntas sobre o caráter de Joseph,
devemos mostrar as palavras de milhares
que o conheceram pessoalmente e que
deram a vida pela obra que ele ajudou a
estabelecer. (…)
Devemos lembrar ao pesquisador sincero
que as informações na internet não possuem
um “filtro da verdade”. Algumas informações,
por mais convincentes que pareçam, não são
verdadeiras. (…)
Devemos lembrar aos pesquisadores que
algumas informações sobre Joseph, embora
verdadeiras, podem ser apresentadas com-
pletamente fora do contexto de sua época e
sua situação. (…)
 L iç ão 24: O profeta Joseph Smith: Um vidente escolhido — M aterial para preparaç ão da aula
Todo aquele que crê precisa de uma con-
firmação espiritual da missão e do caráter
divino do profeta Joseph Smith. Isso é válido
para todas as gerações. Perguntas espirituais
merecem respostas espirituais de Deus. (…)
O testemunho acerca do profeta Joseph
Smith poderá vir de maneira diversa para
cada um. Poderá vir ao nos ajoelharmos em
oração para pedir a Deus que nos confirme
se ele foi mesmo um profeta. Poderá vir ao
lermos o relato do profeta sobre a Primeira
Visão. O testemunho poderá se destilar
sobre nossa alma ao lermos o Livro de
Mórmon repetidamente. (…) Com fé e real
intenção, nosso testemunho do profeta
Joseph Smith se fortalecerá. (Neil L. Ander-
sen, “Joseph Smith”, A Liahona, novembro de
2014, pp. 28–30)
Pondere em preparação para a aula
Por que você acha que é importante estudar fon-
tes confiáveis, além de orar ao buscar respostas
para as dúvidas que tiver a respeito de Joseph
Smith e sua missão profética? Por que você
acha que as dúvidas sobre Joseph Smith e sua
missão profética merecem respostas espirituais
de Deus?
Onde posso aprender mais sobre a missão profética
de Joseph Smith?
O vídeo Joseph Smith: O Profeta da Restauração
(1:09:25) fala sobre a vida de Joseph Smith.
Em seu discurso “Joseph Smith: Força
nos momentos de fraqueza” (Liahona,
dezembro de 2017, p. 20), o élder
Marcus B. Nash, dos setenta, usou as
experiências do profeta Joseph Smith para ensinar
princípios relativos a fazer com que fraquezas se
tornem pontos fortes.
Você também pode aprender mais sobre o profeta
Joseph Smith e detalhes sobre sua vida, pesqui-
sando os seguintes recursos:
• Santos: A História da Igreja de Jesus Cristo nos
Últimos Dias, Vol. 1, O Estandarte da Verdade,
1815–1846, 2018
• Vídeo: Joseph Smith: O Profeta da Restauração
197
L iç ão 24: O profeta Joseph Smith: Um vidente escolhido — M aterial do professor

LIÇÃO 24: MATERIAL DO PROFESSOR

O profeta Joseph Smith: Um vidente escolhido

O Senhor descreveu o profeta Joseph Smith como “um vidente escolhido” que “[gozaria] de
grande estima” entre seu povo (2 Néfi 3:7). Contudo, apesar de tudo de bom que o Senhor fez
por intermédio do profeta Joseph Smith, muitas pessoas o criticaram. Essa lição vai preparar os
alunos para responder com fé às críticas contra Joseph Smith e fortalecer a convicção deles de
que o Senhor qualifica aqueles que Ele chama.

Sugestões didáticas Explique à classe que o chamado que o Senhor deu

O Senhor chamou Joseph em sua
fraqueza, mas o qualificou para ser um
vidente escolhido.
Mostre a seguinte pintura do jovem Joseph Smith.
a Joseph Smith ensina um princípio muito impor-
tante que pode nos ajudar quando nos sentimos
inaptos ou incapazes de fazer a obra do Senhor.
No Livro de Mórmon, o profeta Leí contou sobre
uma profecia de José do Egito. Leia 2 Néfi 3:6–11,
15 com a classe e procure palavras ou frases usadas
pelo Senhor para descrever um futuro profeta que
também se chamaria Joseph (ou José).

• Que palavras ou frases o Senhor usou para des-

crever Joseph Smith e a obra que Ele o ajudaria a
realizar?

• Qual é o papel que o Salvador prometeu desem-

penhar no trabalho que Joseph seria chamado
a fazer?

Leia 2 Néfi 3:13 e Doutrina e Convênios 124:1 com

a classe e identifique como o Senhor descreveu
Joseph Smith. Peça aos alunos que relatem o que
encontrarem.

• Como o Senhor mostra Sua sabedoria por meio

Peça aos alunos que digam palavras e frases da
seção 1 do material de preparação que descrevem
como Joseph se sentiu a respeito de sua própria
capacidade quando foi chamado para ajudar a res-
taurar o evangelho de Jesus Cristo.
Peça-lhes que pensem nas vezes em que se sentiram
preocupados ou incapazes de fazer aquilo que o
Senhor ou Seus servos lhes pediram.
das “coisas fracas da Terra” para realizar Sua
obra? (Doutrina e Convênios 124:1.)
• Que lições podemos aprender com o fato de o
Senhor ter chamado Joseph Smith apesar de suas
fraquezas?
Mostre aos alunos o seguinte princípio ensinado
pelo élder Neal A. Maxwell, do Quórum dos Doze
Apóstolos, e peça a um deles que o leia em voz alta:

198
 L iç ão 24: O profeta Joseph Smith: Um vidente escolhido — M aterial do professor
Uma das grandes mensagens da utilização
de Joseph Smith, pelo Senhor, como ‘vidente
escolhido’ nos últimos dias, é que realmente
há esperança para cada um de nós! O Senhor
pode nos chamar em nossas fraquezas e nos
magnificar para Seus propósitos. (Neal A.
Maxwell, “Um vidente escolhido”, A Liahona,
dezembro de 1987, p. 34; grifo do autor)
• De que maneira esse princípio poderia ajudar
as pessoas que têm dificuldade em lidar com as
falhas humanas que observam em si mesmas, nos
líderes da Igreja e em outros membros?
• Quando foi que vocês sentiram que o Senhor
os qualificou para fazer Sua obra apesar de suas
fraquezas? Quando vocês viram o Senhor fazer
isso por outras pessoas?
• O que Joseph Smith fez para receber o poder
de Deus para fortalecê-lo? (Você poderia pedir
aos alunos que examinem a declaração do
élder Marcus B. Nash na seção 1 do material de
preparação.)
Dê aos alunos tempo para refletirem em espírito de
oração e talvez anotarem o que podem fazer a fim
de terem o poder de Deus na vida deles para magni-
ficá-los para Seus propósitos.
O nome de Joseph Smith será “considerado
bom e mau entre todas as nações”.
Explique aos alunos que, apesar de tudo de bom
que Joseph Smith realizou, muitas pessoas o criti-
caram e caluniaram. Mas isso não foi surpresa para
Joseph. Quando Morôni apareceu pela primeira vez
a Joseph, ele tinha 17 anos, Morôni lhe deu uma
ideia do que o aguardava no futuro. Peça aos alunos
que leiam Joseph Smith—História 1:33 e procurem
como as pessoas se sentiriam a respeito de Joseph.
• O que podemos aprender com essa passagem?
(Ajude os alunos a identificarem a seguinte
verdade: O nome de Joseph Smith seria conside-
rado bom e mau entre todas as nações.)
• De que maneira essa profecia está sendo cum-
prida hoje?
Explique aos alunos que o Senhor consolou Joseph
durante um dos momentos mais sombrios de sua
vida, quando ele estava preso na Cadeia de Liberty,
Missouri. Peça aos alunos que leiam Doutrina e
Convênios 122:1–3 e identifiquem como o Senhor
fortaleceu Joseph.
• O que podemos aprender com essa passagem
sobre como os fiéis vão tratar Joseph Smith e
considerar sua missão profética? (Embora algu-
mas pessoas ridicularizem Joseph, os puros de
coração não vão ficar contra ele, mas buscarão as
bênçãos que serão possíveis de serem alcançadas
graças ao seu ministério.)
Peça aos alunos que examinem as declarações na
seção 2 do material de preparação a respeito daque-
les que conheciam o profeta Joseph Smith e digam o
que lhes chamou mais a atenção.
• O que você sente a respeito do profeta Joseph
Smith e que testemunho tem dele?
Mostre aos alunos a seguinte declaração do élder
Neil L. Andersen, do Quórum dos Doze Apóstolos,
e peça a um deles que a leia em voz alta:
Os comentários negativos sobre o profeta
Joseph Smith aumentarão à medida que
se aproxima a Segunda Vinda do Salvador.
As meias-verdades e os enganos sutis não
diminuirão. Haverá familiares e amigos que
precisarão da sua ajuda. (Neil L. Andersen,
“Joseph Smith”, A Liahona, novembro de 2014,
p. 30)
Debata com a classe ou em pequenos grupos como
os alunos poderiam ajudar um familiar ou amigo
que estivesse preocupado com comentários negati-
vos que ouviram ou leram sobre o profeta Joseph
Smith. Como parte do debate, o grupo pode querer
199
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

examinar a declaração do élder Andersen na seção 3 sua fraqueza e magnificado pelo Senhor para ser o
do material de preparação. As perguntas a seguir vidente escolhido da Restauração.
também poderiam ser úteis para o debate:

• Por que você acha que é importante incentivar
alguém a estudar fontes confiáveis, além de pedir
que a pessoa pondere e ore ao buscar respostas
para as dúvidas que tiver a respeito de Joseph
Smith e sua missão profética?
• O que você incentivaria uma pessoa a fazer para
obter um testemunho espiritual ou fortalecer
seu testemunho a respeito da missão divina de
Joseph Smith?
Encerre prestando testemunho da importância de
receber uma confirmação espiritual de Deus de
que Joseph Smith foi Seu profeta, chamado em
Para a próxima aula
Pergunte aos alunos se eles já se preocuparam e ora-
ram sobre decisões que afetam o futuro deles. Peça-
lhes que estudem o material de preparação para a
próxima aula. Nesse material, eles vão ler sobre a
incerteza que os santos sentiram depois da morte de
Joseph Smith e sobre a fé extraordinária que tiveram
em seguir um novo líder a terras desertas. Peça-lhes
que venham para a aula preparados para debater o
que aprenderam com os santos durante essa época
de dificuldades.

200
BRIGHAM YOUNG OBSERVA OS SANTOS PARTINDO DE NAUVOO.LIÇÃO 25: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO
DA AUL A

Sucessão na presidência e a jornada rumo

ao Oeste
Depois de anunciar a morte de Joseph e Hyrum Smith, um artigo de jornal concluiu: “Assim
termina o mormonismo” (Weekly Herald, 13 de julho de 1844, p. 220). Com a morte do profeta
Joseph Smith, muitas pessoas de fora da Igreja acreditaram que ela acabaria. Os membros da
Igreja se perguntavam quem seria seu líder agora. Ao estudar esta lição, procure ver como o
Senhor continuou a guiar Sua Igreja depois da morte do profeta.

SEÇÃO 1 1844 que Brigham recebeu uma carta descrevendo

Quem lidera a Igreja do Senhor os assassinatos de Joseph e Hyrum Smith.

quando o profeta morre? Quando leu a carta, Brigham sentiu como

1. Estude o material a seguir e depois faça a
atividade de reflexão.
Um sentimento de profunda tristeza pairou sobre
Nauvoo com a morte de Joseph e Hyrum Smith.
Durante esse período confuso, várias pessoas ale-
garam ter o direito de liderar a Igreja. Uma dessas
pessoas foi Sidney Rigdon.
No momento da morte de Joseph, Brigham Young e
outros apóstolos estavam servindo missões no leste
dos Estados Unidos. Foi somente em 16 de julho de
se sua cabeça fosse se partir. Nunca havia
sentido tamanho desespero.
Imediatamente, seus pensamentos se vol-
taram para o sacerdócio. Joseph tinha sido
o portador de todas as chaves necessárias
para investir os santos e os selar para a eter-
nidade. Sem essas chaves, a obra do Senhor
não poderia seguir em frente. Por um ins-
tante, Brigham temeu que Joseph as tivesse
levado com ele para a sepultura.
Porém, o espírito de revelação brilhou em
sua mente e Brigham se lembrou de que

201
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

Joseph havia conferido as chaves do sacerdó-
cio para os Doze Apóstolos. Batendo a mão
com força no joelho, ele exclamou: “As chaves
do reino estão bem aqui, com a Igreja”(Santos:
A História da Igreja de Jesus Cristo nos Últimos
Dias, Volume 1, O Estandarte da Verdade,
1815–1846, 2018, p. 557).
Em 7 de agosto de 1844, os Doze e outros líderes
da Igreja se reuniram em conselho. Durante essa
reunião, Sidney Rigdon, que estava insatisfeito com
a liderança da Igreja, alegou que, como tinha sido
anteriormente chamado como porta-voz de Joseph
Smith (ver Doutrina e Convênios 100:9), era sua
responsabilidade “cuidar para que a igreja fosse
governada do devido modo” (em History, 1838–
1856, Manuscript History of the Church, vol. F-1, p.
295, josephsmithpapers.org).
Joseph ao púlpito. Nos anos seguintes, deze-
nas de santos acrescentariam o testemunho
ao dela, descrevendo como viram o manto
profético de Joseph repousar sobre Brigham
naquele dia. Santos, vol. 1, pp.563–564)
Wilford Woodruff escreveu: “Se não o tivesse visto
[Brigham] com meus próprios olhos, ninguém pode-
ria me convencer de que não era Joseph Smith” (em
History of the Church, vol. 7, p. 236).
Com a declaração de Brigham Young sobre o fato
de que as chaves e os poderes do apostolado tinham
sido conferidos aos Doze e a confirmação do Espí-
rito Santo, os membros da Igreja entenderam qual
era a vontade do Senhor e apoiaram o Quórum
dos Doze como os líderes da Igreja restaurada de
Jesus Cristo.

Depois de Sidney Rigdon ter concluído seus comen-

tários, Brigham Young disse:

Joseph conferiu sobre [a] cabeça [dos Doze

Apóstolos] todas as chaves e todos os pode- Pondere em preparação para a aula
res pertencentes ao apostolado, o qual ele
Pense em como o Pai Celestial revelou Sua von-
mesmo possuía antes de ser levado de nosso
tade e Seu amor aos santos, mostrando a eles
meio. (Brigham Young, in History, 1838–1856,
que Brigham Young e os Doze deveriam liderar
vol. F-1, p. 296, josephsmithpapers.org).
a Igreja. Como você soube por si mesmo que
No dia seguinte, os santos de Nauvoo se reuniram aqueles que presidem a Igreja hoje são escolhi-
para ouvir Sidney Rigdon reivindicar seu direito de dos por Deus?
liderança. Depois de seu discurso, Brigham Young
falou brevemente, advogando que o Quórum dos
Doze, que coletivamente tinha todas as chaves que SEÇÃO 2
foram restauradas ao profeta Joseph Smith, lide-
rasse a Igreja agora. Como o Senhor pode nos guiar
Quando Emily [Hoyt] ouviu Brigham falar,
quando o futuro parecer incerto?
voltou-se para olhar com mais atenção para
Em janeiro de 1846, em meio à crescente persegui-
ter certeza de que não era Joseph falando.
ção contra os santos, os Doze Apóstolos finaliza-
Ele tinha no rosto a expressão de Joseph, o
ram os planos de sair de Nauvoo rumo ao Oeste.
mesmo modo de argumentar e até mesmo o
Em 1842, Joseph Smith profetizou que “os santos
som de sua voz. (…)
[continuariam] a sofrer muitas aflições e [seriam]
Sete anos depois, Emily registrou a experiên- conduzidos para as Montanhas Rochosas, (…) [esta-
cia de estar presente quando Brigham falou beleceriam] comunidades e [edificariam] cidades e
aos santos, testificando o quanto o sem- (…) [se tornariam] um povo poderoso em meio às
blante e a voz dele se pareciam com os de

202
 L iç ão 25: M aterial para preparaç ão da aula : Sucess ão na presidência e a jornada rumo ao O este
Montanhas Rochosas” (Ensinamentos dos Presidentes
da Igreja: Joseph Smith, 2007, pp. 543–544).
Brigham Young lidera os santos em sua saída de Nauvoo.
Enquanto os santos estavam se preparando para sair
de Nauvoo, eles também trabalharam no término da
construção do templo. Quando estava quase pronto,
milhares de santos foram ao templo dia e noite para
receberem a investidura e as ordenanças de sela-
mento. A irmã Sarah Rich comentou:
Se não fosse pela fé e pelo conhecimento
que recebemos nesse templo, e pela influên-
cia e ajuda do Espírito do Senhor, nossa jor-
nada teria sido como um salto na escuridão.
(…) Mas tínhamos fé em nosso Pai Celestial e
Nele depositamos nossa confiança, sabendo
que éramos Seu povo escolhido. (Sarah Rich,
em Filhas em Meu Reino: A História e o Trabalho
da Sociedade de Socorro, 2011, p. 32)
O élder Robert D. Hales, do Quórum dos Doze
Apóstolos, falou sobre os santos que estavam em
Nauvoo naquela época:
Seus convênios com o Senhor no Templo
de Nauvoo foram uma proteção para eles
durante sua viagem para o Oeste assim
como o são para cada um de nós hoje e ao
longo de nossa vida. (Robert D. Hales, “As
bênçãos do templo”, A Liahona, fevereiro de
2014, p. 54)
À medida que a perseguição se intensificava, os
santos terminaram seus planos e o primeiro grande
grupo de membros iniciou a viagem através do
estado de Iowa em fevereiro de 1846. Eles enfrenta-
ram o frio rigoroso do inverno, não tinham provi-
sões adequadas e sofreram com a desorganização
da viagem. Na primavera, choveu constantemente,
a água dos riachos subiu de nível e havia muita
lama; por isso os santos só conseguiram viajar 483
quilômetros em 131 dias. Como resultado dessa
demora e dos recursos reduzidos de que dispunham,
Brigham Young interrompeu a marcha e estabele-
ceu um lugar de parada chamado Winter Quarters.
No outono, a população de Winter Quarters tinha
passado de 7 mil pessoas.
Muitos estavam doentes devido à desnutrição e à
exposição ao frio, e alguns passavam por uma crise
de fé. Essas circunstâncias difíceis fizeram com que
o inverno de 1846 se tornasse um dos momentos
mais difíceis da vida de Brigham Young. Ele se sen-
tia “como um pai com muitos filhos ao seu redor” e
mais tarde ele relembrou que as responsabilidades
recaíam sobre ele como um “peso de 25 toneladas”
(“Este será nosso convênio” Revelações em Contexto,
2016, pp. 317–318; ver também Santos: A História
de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias,
vol. 2, Nenhuma Mão Ímpia, 1846–1893, 2020, pp.
40–44, 46–51).
203
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

Com esse peso sobre os ombros, Brigham Young
implorou ao Senhor por orientação e recebeu
a revelação contendo “a Palavra e a Vontade do
Senhor quanto ao Acampamento de Israel em suas
viagens para o oeste” (Doutrina e Convênios 136:1).
Ao estudar as partes dessa revelação a seguir, talvez
seja interessante marcar as instruções e as promessas
do Senhor aos santos.
quando os santos já tinham percorrido cerca
de um terço do caminho para os vales das
montanhas. (Dallin H. Oaks, “Em Seu pró-
prio tempo, a Seu próprio modo”, A Liahona,
agosto de 2013, pp. 24–26)
Pense por um minuto como esse comentário do
presidente Oaks pode se aplicar às suas próprias
dúvidas e decisões que afetam seu futuro.

Estude em preparação para a aula

Leia Doutrina e Convênios 136:2, 8, 10–11,
21–22.

O presidente Dallin H. Oaks, da Primeira Presidên-

cia, fez um comentário importante sobre o momento
em que foi dada a revelação registrada em Doutrina
e Convênios 136. Ele disse:

Em qualquer esforço para se receber reve-

lação, é fundamental o compromisso de
fazermos tudo o que pudermos com nosso
No começo de abril de 1847, Brigham Young saiu
próprio esforço e julgamento. Isso significa de Winter Quarters com a primeira companhia de
que precisamos servir e trabalhar. santos. Eles viajaram 1.660 quilômetros em quatro
meses e chegaram ao Vale do Lago Salgado em 24
Um modo importante de nos qualificarmos
de julho de 1847. Wilford Woodruff registrou que,
para a revelação é prosseguir com nosso
quando Brigham Young viu o vale, “ficou absorto
serviço e trabalho. Em meu estudo das escri-
numa visão por vários minutos. (…) Quando a visão
turas, percebi que a maioria das revelações
terminou, ele disse: ‘Basta. Este é o lugar certo.
vem aos filhos dos homens quando estão
Sigam em frente’” (Ensinamentos dos Presidentes da
agindo, e não quando estão acomodados em
casa, esperando que o Senhor lhes indique o
Igreja: Wilford Woodruff, 2004, p. 148). Até outubro,
primeiro passo a ser dado. cerca de 1.700 santos tinham se estabelecido em
Utah. No entanto, cerca de 10 mil membros da
Por exemplo, é importante notar que a reve-
Igreja ainda estavam morando às margens do rio
lação conhecida como “a Palavra e a Vontade
Missouri nos estados de Iowa e Nebraska e viajariam
do Senhor quanto ao Acampamento de
nos próximos cinco anos (ver “Sustaining a New
Israel” (D&C 136:1) não foi dada em Nauvoo
First Presidency in 1847”, ChurchofJesusChrist.org).
quando o Quórum dos Doze planejava o
êxodo de Nauvoo, (…) nem foi dada na mar- Por mais de três anos, os Doze Apóstolos lideraram
gem oeste do rio Mississippi. (…) A revelação a Igreja na ausência da Primeira Presidência. Em
para guiar o deslocamento dos santos pelas dezembro de 1847, os apóstolos se reuniram em
planícies foi dada em 14 de janeiro de 1847, Council Bluffs, Iowa, onde ainda moravam muitos

204
 L iç ão 25: M aterial para preparaç ão da aula : Sucess ão na presidência e a jornada rumo ao O este
membros da Igreja. Eles se reuniram numa pequena
casa feita de troncos e lá conversaram sobre a reor-
ganização da Primeira Presidência. “Uma grande
manifestação do Espírito Santo foi derramada sobre
os que estavam presentes”, e os Doze apoiaram por
unanimidade Brigham Young, o apóstolo sênior,
como presidente da Igreja (Autobiography of
Bathsheba W. Smith, 12, Biblioteca de História da
Igreja, Salt Lake City; ortografia padronizada; ver
também Santos, vol. 2, pp. 87–89, 92–95).
Pondere em preparação para a aula
Pense em como o Senhor guiou os santos em
sua jornada para o Vale do Lago Salgado. De que
maneira você já sentiu o Senhor orientando sua
vida? No que você poderia se concentrar para
receber mais orientação do Senhor?
Que conselhos e promessas o Senhor deu aos mem-
bros da Igreja em preparação para a migração deles
ao Oeste?
Leia Doutrina e Convênios 136 para saber mais
sobre como o Senhor organizou e orientou os san-
tos em sua migração para o Vale do Lago Salgado.
Como as ordenanças e os convênios do
templo me fortalecem?
Assista ao vídeo “Investidos de Poder” (12:17), que
descreve o desejo sincero dos santos de receber as
bênçãos do templo antes de saírem de Nauvoo.
205
L iç ão 25: Sucess ão na presidência e a jornada rumo ao O este — M aterial do professor

LIÇÃO 25: MATERIAL DO PROFESSOR

Sucessão na presidência e a jornada rumo

ao Oeste
Depois do martírio de Joseph e Hyrum Smith, muitos santos receberam a confirmação divina
de que Brigham Young e os Doze Apóstolos deveriam liderar a Igreja do Senhor. Com a orien-
tação inspirada deles, os santos empreenderam jornada até o Vale do Lago Salgado. Esta lição
tem o objetivo de aprofundar a fé dos alunos de que a Primeira Presidência e os Doze Após-
tolos possuem todas as chaves do sacerdócio desta última dispensação. Esta lição também vai
ajudar os alunos a confiar no fato de que o Senhor vai orientá-los em sua vida pessoal se eles
honrarem seus convênios.

Sugestões didáticas gritando: “Mataram Joseph! Mataram Joseph! Eles

Os apóstolos possuem as chaves do reino.
Mostre a seguinte gravura de Joseph e
Hyrum Smith.
mataram Joseph!” (Anson Call, Autobiography and
journal, circa 1856–1889, p. 12, Biblioteca de Histó-
ria da Igreja, Salt Lake City, Utah.)
• Como vocês acham que os santos se sentiram ao
ouvir essa notícia?

Você poderia perguntar aos alunos se eles já ouvi-

ram a notícia da morte de um profeta e como se
sentiram.

• Que dúvidas e preocupações vocês acham que os

santos daquela época tiveram quando ouviram
sobre a morte de Joseph Smith?

• Como Brigham Young reagiu quando soube da

morte de Joseph e Hyrum Smith? (Se necessá-
rio, peça aos alunos que leiam sobre como foi a
reação de Brigham Young na seção 1 do material
de preparação.)

• Apesar da tristeza que sentiu com a morte do

Explique aos alunos que esses dois irmãos foram profeta, o que consolou Brigham?
martirizados em 27 de junho de 1844. Na manhã
Mostre gravuras de Brigham Young e Sid-
seguinte, o amigo do profeta, Porter Rockwell, foi
ney Rigdon.
a cavalo até a cidade de Nauvoo e entrou na cidade

206
 L iç ão 25: Sucess ão na presidência e a jornada rumo ao O este — M aterial do professor
Lembre aos alunos que Brigham Young era o
apóstolo mais antigo na época da morte do profeta
Joseph Smith. Sidney Rigdon tinha servido como
conselheiro de Joseph Smith na Primeira Presidên-
cia e achava que ele deveria liderar a Igreja, agindo
como seu guardião. Sidney convocou uma reunião
especial, na esperança de que os membros da Igreja
aprovassem sua reivindicação à liderança. Tanto
Sidney quanto Brigham Young falaram aos santos.
Peça a um aluno que leia em voz alta as declara-
ções de Brigham Young na seção 1 do material de
preparação.
• Que verdade podemos aprender com a decla-
ração de Brigham Young sobre a autoridade
daqueles que foram ordenados como apóstolos?
(Depois que os alunos responderem, escreva a
seguinte verdade no quadro: Os apóstolos pos-
suem todas as chaves do sacerdócio necessárias
para presidir a Igreja.) (Ver Doutrina e Convê-
nios 27:12–13; 112:30–32.)
Saliente que, em nossos dias, quando cada apóstolo
é ordenado, ele recebe todas as chaves do sacerdócio
que o Senhor restaurou na Terra por intermédio de
Joseph Smith. No entanto, somente o presidente
da Igreja tem a autoridade para exercer todas essas
chaves. Os membros do Quórum dos Doze Apósto-
los exercem suas chaves do sacerdócio sob a direção
do presidente da Igreja.
• O que acontece hoje quando o presidente da
Igreja morre?
Se necessário, mostre a seguinte declaração e peça a
um aluno que a leia em voz alta:
Quando o presidente da Igreja morre, a
Primeira Presidência automaticamente é
dissolvida. Os homens que anteriormente
serviam como conselheiros tomam seu lugar
no Quórum dos Doze Apóstolos e esse quó-
rum assume a liderança da Igreja, tendo o
apóstolo mais antigo como líder. (…) Ao longo
de nossa história, o apóstolo sênior sempre
se tornou o sucessor do presidente da Igreja.
(“Mensagem da Primeira Presidência”, 16 de
janeiro de 2018, ChurchofJesusChrist.org)
Mostre novamente as gravuras de Brigham e Sidney
e pergunte:
• Qual foi a experiência que muitos membros da
Igreja tiveram ao ver e ouvir Brigham Young
falar? Que impacto essa experiência teve sobre
eles? (Incentive os alunos a relembrar o que estu-
daram na seção 1 do material de preparação.)
Leia a declaração a seguir do élder Neal L. Ander-
sen, do Quórum dos Doze Apóstolos. Explique à
classe que o élder Andersen falou estas palavras
no dia em que o presidente Russell M. Nelson foi
apoiado como o novo presidente da Igreja:
Como santos dos últimos dias, temos o
privilégio de receber um testemunho pessoal
de que o chamado do [profeta] vem de Deus.
(“O profeta de Deus”, Liahona, maio de 2018,
p. 26)
Peça a alguns alunos que prestem testemunho de
que o profeta atual foi chamado por Deus e talvez
de como eles receberam esse testemunho. Incentive
os alunos a buscar sua própria confirmação de que
os líderes da Igreja são chamados por inspiração.
207
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
Brigham Young e os Doze lideraram os
santos ao Vale do Lago Salgado.
Mostre uma gravura do Templo de Nauvoo e per-
gunte à classe por que os santos trabalharam tanto
para terminar o templo antes de deixarem suas casas
e se mudarem para o Oeste. (Você poderia pedir aos
alunos que lessem a declaração de Sarah Rich na
seção 2 do material de preparação.)
Explique-lhes que, quando os santos saíram de Nau-
voo e viajaram para o Oeste, eles não sabiam bem o
que os esperava. Peça a um aluno que leia a seguinte
declaração do élder Erastus Snow, um dos primeiros
pioneiros da Igreja que depois se tornou membro do
Quórum dos Doze Apóstolos:
Quando os pioneiros partiram [para o Oeste]
(…), estávamos à procura de uma terra que
tinha sido indicada pelo profeta Joseph Smith
no meio das Montanhas Rochosas. (…) Aquele
grupo de pioneiros partiu sem saber para
onde ia, somente (…) que Deus lhes tinha
ordenado que fossem para uma terra que Ele
lhes mostraria. E toda vez que perguntavam
ao profeta Brigham Young (…) “Para onde
vocês estão indo?”, a única resposta que
ele podia dar era “Mostrarei quando chegar
lá”. As orações daquele grupo de pioneiros,
208
oferecidas continuamente a Deus, dia e noite,
deveria nos guiar, como Ele tinha prome-
tido, a uma terra que Ele declarou que nos
daria. (Journal of Discourses, vol. 16, p. 207)
• O que vocês notaram nessa declaração sobre a fé
dos pioneiros?
Peça aos alunos que pensem por um minuto sobre
a jornada da vida que eles têm diante deles e que
orientação divina eles esperam receber.
• Quais são alguns dos desafios que os santos tive-
ram quando saíram de Nauvoo e começaram sua
jornada para o Oeste? (Se necessário, peça aos
alunos que examinem a seção 2 do material de
preparação.)
Lembre aos alunos que, durante o inverno de 1846–
1847, enquanto os santos lotaram um acampamento
temporário em Winter Quarters, Nebraska, Brigham
Young recebeu a revelação registrada em Doutrina
e Convênios 136. Peça à classe que leia Doutrina
e Convênios 136:22 e identifique quais foram as
promessas do Senhor aos santos que podem nos dar
consolo ao tentar descobrir e seguir qual é a von-
tade de Deus para nossa vida.
Você poderia salientar que a frase “meu braço
estende-se nos últimos dias” representa o poder e a
orientação do Senhor estendendo-se ao Seu povo.
• O que podemos aprender com esses versículos
sobre o que o Senhor deseja fazer por Seu povo?
(Depois que os alunos responderem, escreva a
seguinte verdade no quadro: O Senhor deseja
nos guiar e nos ajudar em nossa vida.)
• De que maneira o Senhor nos orienta em nossa
vida? O que precisamos fazer para receber essa
orientação? (Examine com os alunos a declaração
do presidente Oaks na seção 2 do material de
preparação.)
Escreva o seguinte no quadro: Posso receber orien-
tação e ajuda do Senhor se eu…
 L iç ão 25: Sucess ão na presidência e a jornada rumo ao O este — M aterial do professor

Peça aos alunos que leiam Doutrina e Convênios • No que vocês acham que precisam se concen-
136:2–4, 7–11, 19–24 e identifiquem que tipo de trar a fim de receber a orientação que esperam
povo os santos precisavam ser para ter a orientação do Senhor?
do Senhor. Convide um aluno para fazer uma lista
Encerre, incentivando os alunos a colocarem em
das respostas da classe no quadro a fim de comple-
prática a inspiração que receberam e a prestarem
tar a frase.
testemunho dos princípios ensinados nesta lição.
• Por que vocês acham que se esforçar para ser o
tipo de povo descrito nesses versículos nos ajuda
Para a próxima aula
a receber orientação e ajuda do Senhor?
Explique aos alunos que no material de preparação
Peça aos alunos que examinem novamente o que
para a próxima aula eles vão estudar sobre um dos
Brigham Young disse quando viu o Vale do Lago
acontecimentos mais trágicos da história da Igreja,
Salgado pela primeira vez (ver a seção 2 do material
o Massacre de Mountain Meadows. Peça-lhes que
de preparação). Pergunte se eles já tiveram momen-
venham para a classe preparados a fim de debater
tos na vida em que o Senhor lhes deu uma confirma-
sobre as lições que podemos aprender com essa
ção de que estavam fazendo as coisas certas ou que
experiência.
estavam no lugar certo. Se desejar, peça a alguns
alunos que relatem suas experiências.

Dê-lhes alguns minutos para refletirem, em espírito

de oração, sobre a pergunta a seguir e anotarem as
impressões espirituais ou ideias que lhes ocorrerem.

209
GR AVUR A EM METAL DE SALT L AKE CIT Y EM 1853, DE FREDERICK PIERC YLIÇÃO 26: MATERIAL PAR A
PREPAR AÇÃO DA AUL A

A Igreja no Oeste
Os santos que se reuniram no vale do Grande Lago Salgado e nas regiões circunvizinhas
enfrentaram várias dificuldades depois de sua chegada. Algumas dessas dificuldades foram mau
tempo, infestação de grilos nas plantações, seca e fome. No entanto, Brigham Young estava
“menos preocupado com a colheita e as riquezas do que em ajudar seu povo a tornar-se uma
nação santa.

Sabia, por experiência própria, que os santos cresceriam por meio de trabalho árduo e das
responsabilidades que assumissem. ‘Este é um bom lugar para formar santos’, disse ele a uma
congregação de membros em Salt Lake City em 1856 (DNW, Deseret News Weekly, 10 de
setembro de 1856, p. 5)” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Brigham Young, 1997, p.
9). A maioria dos santos demonstrou grande fé no Senhor durante esses primeiros anos apesar
dessas provações. Infelizmente, esse período da história da Igreja também inclui a tragédia do
Massacre de Mountain Meadows, que pode nos ensinar lições importantes que podemos apli-
car em nossos dias.

210
 L iç ão 26: A Igreja no O este — M aterial para preparaç ão da aula
SEÇÃO 1
O que posso aprender com os
primeiros santos pioneiros sobre
servir ao Senhor e edificar Seu
reino hoje?
Durante o difícil inverno de 1848–1849, quando
o tempo estava muito frio e a comida era escassa,
alguns santos quiseram ir para a Califórnia para
garimpar ouro. O presidente Brigham Young
profetizou:
“Algumas pessoas me perguntaram sobre
[ir para a Califórnia]. Eu disse que Deus
designou este lugar [a Grande Bacia] para a
reunião dos santos, e que é muito melhor
ficar aqui do que garimpar ouro nas minas.
(…) Deus me mostrou que este é o local onde
Seu povo deve residir e é aqui que eles vão
prosperar; (…) Deus vai amenizar o clima e
construiremos uma cidade e um templo para
o Deus Altíssimo neste lugar. Expandiremos
nossos povoamentos para o leste e o oeste,
para o norte e para o sul e construiremos
vilas e cidades às centenas, e milhares de
santos se unirão a nós, vindos de diversas
nações da Terra”. (Em James S. Brown, Life of
a Pioneer: Being the Autobiography of James
S. Brown, 1900, pp. 121–122)
Quando Brigham Young faleceu em 1877, os mem-
bros da Igreja já tinham visto o milagroso cumpri-
mento de sua profecia. A fé que tinham no Senhor
e Seu profeta inspirou de 60 mil a 70 mil pioneiros,
membros da Igreja, a imigrar para o Vale do Lago
Salgado, onde fundaram de 350 a 400 comunida-
des em Utah, Arizona, Califórnia, Idaho, Nevada
e Wyoming.
O Fundo Perpétuo de Emigração, criado para
auxiliar os imigrantes santos dos últimos dias,
ajudou a custear a viagem de 30 mil santos das Ilhas
Britânicas, da Escandinávia, da Suíça, da Alemanha
e da Holanda. Os missionários pregaram o evan-
gelho de Jesus Cristo em todo o mundo. Os santos
consagraram seu tempo para construírem templos
em Salt Lake City, Logan e St. George. O mais
importante de tudo isso foi o legado de fé, sacrifício
e contínua devoção à causa de Jesus Cristo e Seu
evangelho restaurado. (Ver “Brigham Young”, News-
room Topics, newsroom​.ChurchofJesusChrist​.org.)
Escolha um dos relatos a seguir sobre santos fiéis
que se reuniram em Utah no início da Igreja. Leia o
relato e venha para a aula preparado a fim de falar
de lições ou princípios que aprendeu com a lei-
tura e sobre como servir ao Senhor edificando Seu
reino hoje.
Lucy Meserve Smith
Leia sobre a solidariedade de Lucy Meserve Smith e
outras mulheres santos dos últimos dias que pres-
taram socorro aos pioneiros das companhias de
carrinhos de mão em Filhas em Meu Reino: A His-
tória e o Trabalho da Sociedade de Socorro, 2011,
pp. 39–40. Comece com o parágrafo que diz “Lucy
Meserve Smith, por exemplo, liderou um grupo…”
e leia até o fim do capítulo.
John Moyle
Leia a inspiradora história de John Moyle, que fazia
um longo trajeto até Salt Lake para trabalhar no
templo todas as semanas mesmo após ter perdido
uma perna em um acidente “Magnifique o chamado
que tem” (A Liahona, novembro de 2008, p. 55).
Nesse discurso, leia o subtítulo “O exemplo de John
Rowe Moyle”.
Ou assista ao vídeo “Apenas um Lavrador de
Pedras” (15:00).
Joseph Millett
Leia sobre a disposição de Joseph Millett de dar
farinha a um homem que foi guiado até ele pelo
Senhor: Boyd K. Packer, “Tributo aos membros obs-
curos e fiéis da Igreja” A Liahona, maio de 1980, p.
103. Comece lendo o parágrafo que diz “Gostaria
211
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
de citar o diário de Joseph Millett…” e vá até o
parágrafo que começa com “O Senhor conhecia
Joseph Millett”.
Ou assista ao vídeo “A História de Joseph Millet”
(6:14).
Charles Walker e Charles Rich
Leia sobre a fé de dois homens e suas respectivas
famílias que atenderam ao chamado de fazer um
assentamento para reunir os santos em Nosso
Legado: Resumo da História de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1996, pp.
88–89. Leia a partir da página 88, começando com
o parágrafo que diz “Em reuniões da conferência
geral, o presidente Young…” até o parágrafo na
página 89 que começa com “Temos enfrentado mui-
tas dificuldades…”
SEÇÃO 2
O que levou ao Massacre de
Mountain Meadows?
Nos anos da década de 1850, discórdias e desenten-
dimentos resultaram em uma crescente tensão entre
os santos dos últimos dias e os representantes do
governo dos Estados Unidos. O presidente dos Esta-
dos Unidos, James Buchanan, acreditando erronea-
mente que os santos estavam se rebelando, enviou
1.500 soldados a Salt Lake City para acabar com a
suposta insurreição.
Em sermões aos santos, o presidente Young e outros
líderes da Igreja chamaram os soldados que se apro-
ximavam de inimigos. Eles temiam que as tropas
expulsassem os santos do território de Utah, como
havia acontecido anteriormente em Ohio, Missouri
e Illinois. O presidente Young tinha dado instruções
aos santos para armazenar cereais a fim de que tives-
sem alimento caso precisassem fugir do exército.
Como governador do território de Utah, ele tam-
bém instruiu a milícia a se preparar para defender o
território. A fim de evitar derramamento de sangue,
212
o restante dos santos estava preparado para sair de
suas casas e terra, e destruí-las se necessário.
Durante essa época, um comboio de carroções com
imigrantes que viajava para o Oeste, de Arkansas à
Califórnia, entrou em Utah. Alguns dos integrantes
do comboio ficaram irritados porque tiveram difi-
culdades em comprar dos santos os cereais de que
tanto necessitavam.
Ocorreram contendas em Cedar City, o último
acampamento em Utah na rota para a Califórnia.
Houve brigas, e alguns membros do comboio amea-
çaram se unir às tropas do governo que se aproxima-
vam para lutar contra os membros da Igreja. Depois
que o comboio partiu da cidade, alguns dos colonos
e líderes de Cedar City quiseram perseguir e punir
os homens que os haviam ofendido.
Isaac Haight, o prefeito de Cedar City, major da
milícia e presidente de estaca, pediu permissão a
William Dame, comandante da milícia nas pro-
ximidades de Parowan, para convocar a milícia
a fim de enfrentar os agressores do comboio. No
entanto, Dame negou o pedido deles e lhes disse
que não levassem em consideração as ameaças dos
emigrantes.
Em vez de seguir esse conselho, Isaac Haight e
outros líderes de Cedar City decidiram persuadir os
índios paiutes que viviam na região a atacar o com-
boio de carroções, roubar seu gado e matar alguns
ou todos os homens. Haight pediu a John D. Lee,
um membro da Igreja local e major da milícia, que
liderasse os paiutes no ataque. Os dois, então, cons-
piraram para colocar a culpa nos índios pelo ataque.
Isaac Haight apresentou o plano a um conselho de
líderes locais da Igreja, à comunidade e aos chefes
da milícia. Alguns membros do conselho discorda-
ram veementemente do plano e perguntaram a Hai-
ght se ele havia consultado o presidente Brigham
Young sobre o assunto. Ao dizer que não havia,
Haight concordou em enviar um mensageiro a Salt
 L iç ão 26: A Igreja no O este — M aterial para preparaç ão da aula

Lake City, com uma carta explicando a situação e
perguntando o que deveria ser feito. Levaria uma
semana para que o mensageiro chegasse a Salt Lake
City e retornasse a Cedar City com as instruções do
presidente Young.
Porém, pouco antes de Isaac Haight enviar sua
carta com o mensageiro, John D. Lee e um grupo
de índios atacaram prematuramente o acampa-
mento de emigrantes num lugar chamado Mountain
Meadows. Lee tentou fazer com que parecesse que
apenas os paiutes locais estavam envolvidos. Alguns
emigrantes foram mortos ou feridos, e o restante
rechaçou os atacantes, forçando Lee e os índios a
recuar. Os emigrantes rapidamente formaram um
círculo com seus carroções para sua proteção.
Quando os emigrantes estavam caminhando em
direção a Cedar City, os milicianos se viraram e ati-
raram neles. Alguns índios recrutados pelos colonos
saíram rapidamente de seus esconderijos para se
juntar ao ataque. Dos aproximadamente 140 emi-
grantes que faziam parte do comboio de carroções,
somente 17 criancinhas foram poupadas.
Dois dias depois do massacre, a resposta do presi-
dente Young chegou, instruindo os líderes locais a
permitir que o comboio seguisse em paz. “Quando
Haight leu o que fora escrito por Young, soluçou
como uma criança e só conseguiu proferir as pala-
vras: ‘Tarde demais, tarde demais’” (Richard E. Tur-
ley Jr., “The Mountain Meadows Massacre”, Ensign,
setembro de 2007, p. 20).

A certa altura, milicianos de Cedar City viram dois As escolhas de alguns líderes e colonos da Igreja, no
emigrantes. Os milicianos atiraram neles, matando sul do território de Utah, levaram ao trágico Mas-
um. O outro escapou. sacre de Mountain Meadows. Em 1858, por outro
lado, líderes da Igreja e do território em Salt Lake
Numa tentativa de impedir que fosse divulgada a
City resolveram o conflito com o governo dos Esta-
notícia de que havia membros da Igreja envolvidos
dos Unidos por meio de conversas e negociações
nos ataques, Isaac Haight, John D. Lee e outros líde-
que promoviam a paz. Durante esse conflito, que
res locais da Igreja e da milícia planejaram matar
mais tarde ficou conhecido como a Guerra de Utah,
todos os emigrantes restantes, exceto as criancinhas.
os soldados dos Estados Unidos e os milicianos de
“Mais uma vez, pediram permissão a Dame para
Utah se envolveram em atos de agressão, mas nunca
convocar a milícia, e novamente Dame realizou
em batalhas.
um conselho (…), que decidiu que seriam enviados
milicianos para ajudar os emigrantes sitiados a pros-
seguir sua viagem em paz. Haight lamentou mais
tarde: ‘Daria o mundo, se pudesse, para ter me con-
formado com a decisão do conselho’” (Richard E.
Turley Jr., “The Mountain Meadows Massacre”,
Ensign, setembro de 2007, p. 18).

Depois da reunião do conselho, Isaac Haight conse-

guiu convencer Dame a repensar a decisão do conse-
lho e foi embora achando que tinha permissão para
usar a milícia a fim de realizar seu plano. John D.
Lee procurou os emigrantes com uma bandeira
branca de trégua e disse que a milícia os protegeria
de novos ataques, conduzindo-os em segurança de
volta até Cedar City.

213
O nde posso obter mais informaçõ es sobre o M assacre de Mountain Meadows ?

Ao falar no monumento em Memória ao Massacre de Mountain Meadows? Leia Provérbios 28:13 e

de Mountain Meadows, em 11 de setembro de 2007,
o presidente Henry B. Eyring, da Primeira Presidên-
cia, disse:
O evangelho de Jesus Cristo que professa-
mos abomina o assassinato a sangue-frio de
homens, mulheres e crianças. Na verdade,
ele advoga a paz e o perdão. O que foi feito
aqui muito tempo atrás por membros de
nossa Igreja representa um afastamento
terrível e indesculpável do ensinamento e da
conduta cristã. (…) Expressamos profundo
pesar pelo massacre ocorrido neste vale (…)
e pelo sofrimento injusto e incalculável das
vítimas naquela época e de seus parentes
hoje. (Henry B. Eyring, “150th Anniversary of
Mountain Meadows Massacre”, newsroom​
.ChurchofJesusChrist​.org)
3 Néfi 12:24–25, 43–44 e identifique princípios
que, se seguidos, poderiam ter evitado essa tra-
gédia. Reflita sobre como viver esses princípios
poderia evitar dor e tragédia desnecessárias em
sua própria vida.
Onde posso obter mais informações sobre
o Massacre de Mountain Meadows?
Ver os seguintes recursos:
• Santos: A História da Igreja de Jesus Cristo nos Últi-
mos Dias, vol. 2, Nenhuma Mão Ímpia, 1846–1893,
2020, pp. 241–269.
• “A paz e a violência entre os membros da Igreja
no século 19”, Textos sobre os tópicos do evan-
gelho, topics​.ChurchofJesusChrist​.org.

Pondere em preparação para a aula

Que lições podemos aprender com a escolhas
terríveis que levaram à tragédia do Massacre

214
 L iç ão 26: A Igreja no O este — M aterial do professor

LIÇÃO 26: MATERIAL DO PROFESSOR

A Igreja no Oeste
O estabelecimento da Igreja no oeste dos Estados Unidos é uma extraordinária história de fé.
Esta lição vai dar aos alunos a oportunidade de aprender com os santos fiéis que basearam seu
testemunho em Jesus Cristo e dedicaram a vida para a edificação de Seu reino. Vai também aju-
dar os alunos a entender melhor um acontecimento trágico da história da Igreja nesse período
que demonstrou um grave afastamento dos ensinamentos do evangelho do Salvador: o Massa-
cre de Mountain Meadows.

Sugestões didáticas
Os membros da Igreja continuaram
a edificar o reino do Senhor com fé
e sacrifício.
Mostre aos alunos a gravura de uma tapeçaria, que
acompanha a lição, ou providencie uma tapeçaria
para mostrar à classe. Certifique-se de que os alunos
entendam que uma tapeçaria é feita de fios que se
entrelaçam muitas vezes em combinações comple-
xas e intrincadas para produzir uma bela figura
ou desenho.

Peça a um aluno que leia a seguinte declaração feita

pelo élder Steven E. Snow, do Quórum dos Doze
Apóstolos, que serviu como historiador e registra-
dor da Igreja.

Se você pensar na Igreja como uma colcha

de retalhos ou uma tapeçaria, é a coisa mais
bela e preciosa que eu já vi. Se você examinar

215
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

com cuidado, vai encontrar alguns fios bem

peculiares nessa tapeçaria, mas, se puxar os
fios e olhar só para eles, vai perder a maravi-
lhosa mensagem de nossa história. Se você
der um passo para trás e olhar a colcha ou
tapeçaria como um todo, ela é linda. (Ste-
ven E. Snow, “Start with Faith: A Conversation
with Elder Steven E. Snow”, Religious Educa-
tor, nº 3, 2013, p. 11)

Explique aos alunos que, desde o início da Igreja

no Oeste, foram surgindo milhares de histórias de
santos fiéis cujo esforço de seguir a Jesus Cristo e
edificar a Igreja do Senhor criaram uma bela tape-
çaria de fé.

Pergunte quem leu os relatos na seção 1 do material
de preparação. Para cada relato, peça a um aluno
que faça o seguinte:
1. Faça um resumo do relato que leu.
2. Explique como o membro da Igreja ou os santos
no relato mostraram sua fé em Jesus Cristo e em
Seu evangelho restaurado.
3. Fale das lições e dos princípios que aprendeu
com o relato.
Deixe que os outros alunos que leram o mesmo
relato façam comentários antes de passar para a
próxima história.
Alguns membros da Igreja, no começo
da Igreja, planejaram e executaram o
Massacre de Mountain Meadows.
Mostre a gravura que acompanha a lição e explique
aos alunos que é uma fotografia do monumento
em memória ao Massacre de Mountain Meadows
construído pela Igreja no sul de Utah. Explique-lhes
que, infelizmente, a tragédia de Mountain Meadows
foi um episódio lamentável na história dos santos
dos últimos dias.
Pergunte aos alunos o que eles aprenderam com a
leitura sobre o Massacre de Mountain Meadows.
Certifique-se de que os alunos entendam que, em 11
de setembro de 1857, cerca de 50 ou 60 milicianos
do sul de Utah, auxiliados por índios americanos,
seus aliados, massacraram aproximadamente 120
emigrantes que viajavam de carroção rumo à Cali-
fórnia. Somente 17 crianças foram poupadas.
• Que acontecimentos e escolhas levaram à tragé-
dia em Mountain Meadows? (Se necessário, dê
aos alunos alguns minutos para examinarem a
seção 2 do material de preparação.)
Talvez você possa pedir aos alunos que citem prin-
cípios e verdades das escrituras que poderiam ter
ajudado esses colonos a fazer escolhas diferentes.
(Alguns exemplos incluem Provérbios 28:13; 3 Néfi
12:24–25, 43–44; Doutrina e Convênios 64:9–11.)
• Que lições podemos aprender com a tragédia do
Massacre de Mountain Meadows? (Você poderia
escrever as respostas dos alunos no quadro.)
Dê aos alunos um ou dois minutos para escreve-
rem ou falarem sobre como esses princípios pode-
riam evitar sofrimentos desnecessários na própria
vida deles.
Explique aos alunos que, como alguns membros
e líderes locais da Igreja foram responsáveis pelo

216

planejamento e pela execução do Massacre de
Mountain Meadows, algumas pessoas permitiram
que esse acontecimento afetasse de modo negativo
sua visão da Igreja.
• O que você diria a alguém que tem uma ideia
negativa da Igreja por causa do Massacre de
Mountain Meadows? (Incentive os alunos a
recorrerem ao que aprenderam na seção 2 do
material de preparação.)
Peça aos alunos que leiam e identifiquem um prin-
cípio em Helamã 5:12. Mostre a declaração a seguir.
Peça a um aluno que a leia em voz alta e, ao restante
da classe, que procure como essa declaração ilustra
o princípio ensinado em Helamã 5:12.
James Sanders é membro de A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias e bisneto de Nancy
Saphrona Huff, uma das crianças que sobreviveu ao
massacre. O irmão Sanders falou de seus sentimen-
tos sobre o massacre da seguinte forma: “Ainda sinto
dor; ainda sinto raiva e tristeza por esse massacre ter
acontecido. (…) Mas sei que as pessoas que fizeram
isso terão de prestar contas ao Senhor, e isso me
traz paz”. O irmão Sanders disse que “saber que
seu antepassado foi morto no massacre ‘não afetou
minha fé porque ela se baseia em Jesus Cristo, e não
em uma pessoa da Igreja’” (Richard E. Turley Jr.,
“The Mountain Meadows Massacre”, Ensign, setem-
bro de 2007, p. 21).
• Como o princípio em Helamã 5:12 ilustra a decla-
ração feita por James Sanders? (Depois que os
alunos responderem, escreva o seguinte princípio
no quadro: Edificar nossa fé sobre o alicerce de
Jesus Cristo e Seu evangelho pode nos ajudar a
L iç ão 26: A Igreja no O este — M aterial do professor
permanecer firmes apesar das falhas humanas
dos membros da Igreja.)
• Como o fato de fundamentarmos nossa fé em
Jesus Cristo nos ajuda quando vemos situações
em que membros da Igreja deixaram de viver de
acordo com os ensinamentos do evangelho ou
ficamos sabendo dessas situações?
• O que vocês fazem para edificar e manter sua fé
no alicerce de Jesus Cristo?
Dê aos alunos tempo para pensarem e escreverem
sobre o que farão para manter e fortalecer sua fé em
Jesus Cristo e Seu evangelho.
Preste testemunho da importância de viver os ensi-
namentos do Salvador e de alicerçar nossa fé Nele
e em Seu evangelho, sejam quais forem as falhas
humanas dos membros da Igreja. Ao fazermos isso,
podemos ajudar o reino de Cristo a seguir adiante,
como fizeram os santos pioneiros fiéis.
Para a próxima aula
Pergunte aos alunos se já lhes perguntaram por que
a Igreja impediu por algum tempo que membros da
Igreja negros, descendentes de africanos, recebes-
sem a autoridade do sacerdócio e algumas ordenan-
ças do templo. Explique-lhes que, em preparação
para a próxima aula, os alunos terão a oportunidade
de aprender sobre isso e a revelação associada a esse
assunto na Declaração Oficial 2, que os profetas
esperaram ansiosamente por muitos anos. Peça-lhes
que venham para a aula preparados para debater
o que aprenderam e falar das dúvidas que tiverem
sobre esse assunto.
217
LIÇÃO 27: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

A revelação sobre o sacerdócio

Você já pensou ou já lhe pediram que explicasse por que os santos dos últimos dias negros des-
cendentes de africanos não puderam, por algum tempo, ser ordenados ao sacerdócio ou rece-
ber as ordenanças do templo? Ao estudar, identifique o que sabemos e não sabemos a respeito
das restrições ao sacerdócio e às ordenanças do templo. Procure verdades que podem ajudá-lo a
entender melhor esse assunto e como explicá-lo a outras pessoas com fé e informações precisas.

SEÇÃO 1 história da Igreja, pessoas de todas as raças e etnias,

O que sabemos sobre
como surgiram as restrições
relacionadas ao sacerdócio e
ao templo?
“O Livro de Mórmon ensina que ‘todos são iguais
perante Deus’, incluindo ‘negro e branco, escravo e
livre, homem e mulher’ (2 Néfi 26:33). Ao longo da
em muitos países, têm sido batizadas e têm vivido
na condição de membros fiéis da Igreja. Durante
o tempo de vida de Joseph Smith, alguns homens
negros membros da Igreja foram ordenados ao
sacerdócio. No começo de sua história, os líderes da
Igreja cessaram de conferir o sacerdócio a homens
de descendência africana. Os registros da Igreja não
contêm informações claras referentes à origem dessa
prática” (Introdução à Declaração Oficial 2).

218
 L iç ão 27: A revelaç ão sobre o sacerd ó cio — M aterial para preparaç ão da aula

ao sacerdócio e ao templo foram retiradas, disse o

seguinte a esse respeito:

Constatei a dor e a frustração dos que

sofriam com essas restrições e (…) dos que
procuravam razões que explicassem sua
exclusão. Na época, estudei as razões que
eram dadas e não conseguia sentir a confir-
mação da veracidade delas. Como parte de
meu estudo, em espírito de oração, aprendi
que, de forma geral, o Senhor raramente
explica as razões para os mandamentos e as
orientações que Ele dá a Seus servos. Decidi
ser leal aos nossos líderes proféticos e orar
— conforme prometido desde o início dessas
restrições — para que chegasse o dia em
que todos pudessem desfrutar das bênçãos
do sacerdócio e do templo. (“President Oaks
Remarks at Worldwide Priesthood Celebra-
tion”, Ser Um — Uma Celebração da Revela-
ção sobre o Sacerdócio, 1º de junho de 2018,
newsroom​.ChurchofJesusChrist​.org)

Elijah Able foi um dos poucos homens a serem ordenados ao santo sacerdócio no início da
história da Igreja. SEÇÃO 2

Durante essa época, homens e mulheres negros Que circunstâncias levaram

também não podiam receber as ordenanças do
à revelação do Senhor que
templo, mas tinham permissão para serem batizados
e receberem o dom do Espírito Santo. Embora não estendeu a ordenação ao
se saiba muita coisa sobre a origem das restrições sacerdócio a todos os membros
relativas ao sacerdócio e ao templo, os profetas
atuais, inclusive Brigham Young, David O. McKay
dignos da Igreja do sexo
e Harold B. Lee ensinaram que viria o tempo em masculino e das bênçãos do
que todos os membros da Igreja, de qualquer raça,
templo a todos os membros
poderiam receber todas as bênçãos do evangelho
(ver “The Long-Promised Day”, Ensign, junho de dignos da Igreja?
2018, p. 34).
Em 1964, Joseph Billy Johnson, de Cape Coast,
Com o passar dos anos, alguns líderes e membros da Gana, ganhou um testemunho do evangelho res-
Igreja sugeriram razões pelas quais ocorreram res- taurado depois de ler o Livro de Mórmon e outros
trições ao sacerdócio e ao templo. No entanto, essas livros da Igreja que lhe deram. O irmão Johnson
declarações foram dadas apenas como opiniões e e outros que se filiaram à Igreja enviaram cartas
não representam a doutrina da Igreja. ao presidente David O. McKay pedindo que mis-
sionários fossem enviados à África para batizá-lo,
O presidente Dallin H. Oaks, da Primeira Presidên-
bem como a outras pessoas com quem ele tinha
cia, que ainda não era apóstolo quando as restrições

219
Imploramoslongaefervorosamenteporessesnossosfiéisirmãos,passandomuitashorasnaSalaSuperiordoTemplo,asuplicaraorientaçãodivinadoSenhor.

compartilhado o evangelho. O presidente McKay apenas agir conforme Tua vontade e que-
respondeu que os missionários seriam enviados remos aplicá-la quando o desejares e não
“quando o Senhor achasse que era a hora”, mas, antes”. (…) O Senhor mostrou-me com muita
até lá, o irmão Johnson deveria continuar a estu- nitidez o que deveria ser feito. (Ensinamentos
dar o evangelho e ajudar seus companheiros de fé dos Presidentes da Igreja: Spencer W. Kim-
(em E. Dale LeBaron, “Steadfast African Pioneer”, ball, 2006, pp. 263–264).
Ensign, dezembro de 1999, p. 45). Como registrado em Doutrina e Convênios, “a
revelação veio ao presidente da Igreja, Spencer W.
Embora não houvesse nenhuma oportunidade de
Kimball, e foi confirmada a outros líderes da Igreja
o irmão Johnson ser batizado naquela época, ele e
no Templo de Salt Lake, em 1º de junho de 1978.
outras pessoas divulgaram diligentemente a men-
(Introdução à Declaração Oficial 2).
sagem do evangelho em Gana por muitos anos. O
irmão Johnson organizou algumas congregações Em um comunicado para o público sobre a revela-
de pessoas que acreditavam no evangelho e pro- ção, a Primeira Presidência declarou:
punha jejuns frequentes, nos quais eles implora-
vam para que missionários fossem à sua terra e
estabelecessem a Igreja entre eles (ver Elizabeth
Maki, “‘A People Prepared’: West African Pioneer
Preached the Gospel before Missionaries”, history​
.ChurchofJesusChrist​.org).

Como esse grupo em Gana, milhares de outras

pessoas negras descendentes de africanos ganharam
testemunhos do evangelho restaurado à medida que
a obra missionária se espalhava pela Terra no século
20. Os líderes da Igreja foram inspirados pela fé
desses indivíduos e desejaram estender as bênçãos
do sacerdócio e do templo a eles (ver Declaração
Oficial 2).

O presidente Spencer W. Kimball sentiu um desejo

especialmente forte de tratar dessa questão das res-
trições ao sacerdócio e do templo durante o período
em que era presidente da Igreja. Ele recordou:

“Eu sabia que estávamos prestes a receber

algo de suma importância para muitos dos
filhos de Deus. (…) Dia após dia, fui sozinho e
com grande solenidade e seriedade às salas
superiores do templo e lá ofereci minha alma Imploramos longa e fervorosamente por esses
e meu empenho para levar a obra avante. nossos fiéis irmãos, passando muitas horas na Sala
Eu queria fazer a vontade Dele. Mencionei
Superior do Templo, a suplicar a orientação divina
essa questão e disse-Lhe: “Senhor, quero
do Senhor.
fazer apenas o que é certo. (…) Pretendemos

220
 L iç ão 27: A revelaç ão sobre o sacerd ó cio — M aterial para preparaç ão da aula
Ele ouviu nossas orações e, por revelação,
confirmou que era chegado o dia, há muito
prometido, em que todo homem da Igreja fiel
e digno poderia receber o santo sacerdócio,
com o poder para exercer sua autoridade
divina e usufruir, com seus entes queridos,
todas as bênçãos que dele provêm, incluin-
do-se as bênçãos do templo. (Declaração
Oficial 2)
O presidente Gordon B. Hinckley, que era membro
do Quórum dos Doze Apóstolos na época em que a
revelação foi recebida, testificou do que ocorreu no
templo naquele dia:
Nós nos unimos em oração numa situação
das mais sagradas. O próprio presidente Kim-
ball ofereceu a oração. (…) Havia no recinto
uma atmosfera sagrada e santificada. Para
mim, era como se tivesse surgido uma cone-
xão direta entre o trono celestial e o profeta
de Deus que estava ajoelhado e suplicava ao
lado dos apóstolos. O Espírito de Deus estava
presente. E pelo poder do Espírito Santo veio
àquele profeta a certeza de que aquilo pelo
qual havia orado era certo. (…)
Todos nós sabíamos que o momento da
mudança havia chegado e que a decisão
tinha vindo dos céus. A resposta foi clara.
Havia uma união perfeita entre nós, não
só pela experiência, mas em compreen-
são”. (“Priesthood Restoration” [A restauração
do sacerdócio], Ensign, outubro de 1988,
p. 69).
Anote suas impressões
Em que ocasiões vocês viram o Senhor diri-
gir Sua Igreja por revelação a Seus profetas?
Durante a vida, que mudanças vocês viram
o Senhor fazer quanto à maneira de a Igreja
cumprir sua missão? Se possível, leia ou veja
o anúncio sobre a revelação de 1978 sobre
o sacerdócio na conferência geral e anote o
que sentiu.



SEÇÃO 3
Que impacto essa revelação
teve na Igreja e nas pessoas do
mundo inteiro?
No final de um dia difícil, o irmão Billy Johnson se
sentiu inspirado a ligar o rádio por volta da meia
noite, antes de ir para a cama. Enquanto ouvia
as notícias, ele ficou sabendo que a restrição ao
sacerdócio tinha sido retirada. Ao recordar esse
momento, ele disse: “Dei um pulo e comecei a cho-
rar e a me regozijar no Senhor com lágrimas por ter
chegado o momento em que Deus enviaria missio-
nários para Gana e para outras partes da África para
receberem o sacerdócio. (…) Fiquei realmente muito
feliz!” Quando os missionários chegaram a Gana,
eles encontraram um grupo de pessoas que já havia
aceitado o evangelho restaurado. O irmão Johnson
foi batizado com aproximadamente 600 membros de
sua congregação. “Depois de servir como o primeiro
presidente do Ramo de Cape Coast, [o irmão] John-
son serviu como presidente de distrito, missionário
de tempo integral e patriarca da Estaca Cape Coast
Gana” (ver Elizabeth Maki, “‘A People Prepared’:
West African Pioneer Preached the Gospel before
Missionaries”, history​.ChurchofJesusChrist​.org).
Para mais informações, assista ao vídeo “O Dia Há
Muito Prometido” (8:40), que descreve a alegria que
Billy Johnson sentiu depois de saber sobre a reve-
lação que estendeu o sacerdócio a todos os homens
dignos da Igreja.
221
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

Onde posso obter mais informações sobre

os primeiros membros negros da Igreja?

Leia sobre a fidelidade de dois dos pri-

meiros santos dos últimos dias negros,
Elijah Able e Jane Manning James.

Élder Edwin Q. “Ted” Cannon Jr. batizando um grupo de conversos nigerianos.

Como resultado da revelação que removia a res-

trição ao sacerdócio, os missionários atualmente
pregam o evangelho em vários países da África,
foram construídos templos naquele continente e
centenas de milhares de pessoas descendentes de
africanos receberam as ordenanças do evangelho Como a Igreja seguiu em frente após a
para si próprias e para seus antepassados falecidos.
revelação sobre o sacerdócio?
Hoje, os membros da Igreja negros, descendentes
de africanos, em todo o mundo fazem contribuições Em junho de 2018, a Primeira Presidência come-
inestimáveis à Igreja e se esforçam para se tornarem morou os 40 anos da revelação sobre o sacerdó-
“um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28). cio. Veja Ser Um — Uma Celebração da Revelação
sobre o Sacerdócio (1:35:07) e identifique como os
membros da Igreja seguiram em frente depois da
revelação sobre o sacerdócio. O código de tempo
1:06:55–1:09:14 contém uma apresentação especial
de vídeo em que santos dos últimos dias negros
Pondere em preparação para a aula contam como o sacerdócio abençoou a vida deles.
O que podemos aprender com a disposição do
irmão Johnson de aceitar e viver o evangelho res-
taurado mesmo não podendo receber o sacer-
dócio e as bênçãos do templo por muitos anos?

222
 L iç ão 27: A revelaç ão sobre o sacerd ó cio — M aterial do professor

LIÇÃO 27: MATERIAL DO PROFESSOR

A revelação sobre o sacerdócio

Em 1º de junho de 1978, o presidente Spencer W. Kimball recebeu uma revelação do Senhor
que retirava as restrições sobre ordenações ao sacerdócio e ordenanças do templo para os
membros negros da Igreja descendentes de africanos. Esta lição vai ajudar os alunos a explicar
as circunstâncias e as verdades relacionadas a essa revelação, a agir com fé ao se depararem
com dúvidas ou situações difíceis e a entender melhor que Deus está liderando Sua Igreja por
revelação a Seus profetas vivos.

Sugestões didáticas
Podemos pensar nas perguntas sobre o
sacerdócio e nas restrições sobre o templo
tendo uma perspectiva de fé.

MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Existem histórias que podem fortalecer a
fé. “As histórias devem ajudar a fortalecer a fé
dos alunos no evangelho de Jesus Cristo. Elas
podem servir para manter os alunos interes-
sados e ajudá-los a entender o evangelho por
Peça a um aluno que leia em voz alta o seguinte
meio das experiências de outras pessoas. As
relato de um homem chamado George Rickford:
histórias podem ser particularmente úteis para
ajudar os alunos a entender os princípios do Em 1969, o jovem George Rickford, que morava em
evangelho já identificados no bloco de escritu- Leicester, Inglaterra, conheceu os missionários de A
ras. Quando se utiliza uma história para ilustrar Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
como um princípio foi visto no contexto das No começo, George não demonstrou estar muito
escrituras se aplica no mundo atual, isso ajuda aberto à mensagem deles, mas, no final, acabou
os alunos a entender como esse princípio afeta ouvindo suas lições. Depois de três meses de muita
sua vida e a ter o desejo de aplicá-lo” (Manual pesquisa, George acordou um dia de manhã com a
Ensinar e Aprender o Evangelho, 2012, 5.5). convicção de que a Igreja era verdadeira.

George estava ansioso para contar aos élderes sobre

Mostre a ilustração do irmão George Rickford que
acompanha esta lição.
seu testemunho, mas, antes de fazê-lo, eles o infor-
maram de que não poderia receber o sacerdócio
caso se filiasse à Igreja por causa da mistura de sua
raça, que incluía antepassados negros descendentes
de africanos.

223
Nos
dias
atuais
greja
a
I , rejeita
asteorias
dopassado
de
qua
pele
e escura
seja
um sinal
de
desagrado
divino
oude
maldição,u
quela
ereflita
as
ações
de
uma
vida
pré-mortal
q;ucasamentos
e inter-raciais
sejam
um pecado
o;u
quos
enegros
ouas
pessoas
de
qualquer
outra
raça
ou
origem
étnica
sejam
de
alg
, uma
maneira
inferiores
, a qualquer
outra
pessoa
O.s

George ficou arrasado com a notícia. Ao recordar • Por que é importante evitar especulações a res-
esse momento, ele disse: “Tive uma reação muito peito das razões que foram dadas anteriormente
hostil. Fiquei muito agressivo e, depois de uma dis- sobre o motivo de terem existido restrições ao
cussão acalorada, coloquei os missionários para fora sacerdócio e ao templo?
da minha casa. (…) Dei a eles uma bela reprimenda
Peça aos alunos que digam o que sabem sobre as
sobre discriminação e racismo, usando todo o meu
circunstâncias que levaram à revelação dada pelo
vocabulário sobre o assunto”.
Senhor que retirou as restrições sobre o sacerdócio
Assim que os missionários foram embora, George e o templo.
chorou. (Ver Elizabeth Maki, “I Will Take It In
Explique aos alunos que a Declaração Oficial 2 em
Faith”, history​.ChurchofJesusChrist​.org.)
Doutrina e Convênios contém o anúncio oficial
Peça aos alunos que consultem a seção 1 do mate- da revelação recebida pelo presidente Spencer W.
rial de preparação. Faça-lhes a seguinte pergunta, Kimball, aceita e aprovada por seus conselheiros na
dando-lhes algum tempo para que pensem em como Primeira Presidência e pelos membros do Quórum
responderiam: dos Doze Apóstolos em junho de 1978.

• Se alguém lhe perguntasse por que existiram Peça à classe que leia em silêncio os dois primeiros
restrições em relação ao sacerdócio e ao templo, parágrafos da Declaração Oficial 2 depois das pala-
quais os pontos mais importantes que você abor- vras “Caros irmãos”. Peça-lhes que procurem o que
daria? (Você poderia escrever as respostas dos os líderes da Igreja disseram que testemunharam e
alunos no quadro.) digam o que encontraram.

Peça aos alunos que reflitam sobre as perguntas que Em seguida, peça-lhes que contem a história do
talvez tenham a respeito das restrições ao sacerdócio irmão Billy Johnson e sua congregação em Gana na
e ao templo. Incentive-os a manter em mente essas seção 2 do material de preparação.
perguntas durante a aula e a prestar atenção aos
• Como essas pessoas exemplificam “a fidelidade
debates e à inspiração do Espírito Santo que possam
daqueles que haviam sido impedidos de [receber
ajudá-los a solucionar essas dúvidas.
o sacerdócio]”?
Mostre-lhes a seguinte declaração e peça a um aluno
Peça a um aluno que leia mais um pouco sobre
que a leia em voz alta:
a história de George Rickford e, ao restante da
Nos dias atuais, a Igreja rejeita as teorias do passado classe, que preste atenção em como George decidiu
de que a pele escura seja um sinal de desagrado agir com fé depois que soube sobre a restrição ao
divino ou de maldição, ou que ela reflita as ações de sacerdócio.
uma vida pré-mortal; que casamentos inter-raciais
Um dia, George estava falando com um grande
sejam um pecado; ou que os negros ou as pessoas
amigo sobre as experiências que teve com os missio-
de qualquer outra raça ou origem étnica sejam, de
nários e começou a ensinar ao amigo sobre o profeta
alguma maneira, inferiores a qualquer outra pessoa.
Joseph Smith. Ele disse: “Quando contei aquela
Os líderes da Igreja hoje condenam inequivoca-
história, fiquei entusiasmado, como se alguma coisa
mente todo racismo, passado ou presente, em todas
tivesse tomado conta de mim, e fiquei radiante.
as suas formas. (“As etnias e o sacerdócio”, Tópicos
do Evangelho, topics​.ChurchofJesusChrist​.org) A experiência confirmou o testemunho de
George, mas ele continuava preocupado com
a restrição ao sacerdócio. Ao orar para obter

224
 L iç ão 27: A revelaç ão sobre o sacerd ó cio — M aterial do professor
mais compreensão, ele recebeu a seguinte
mensagem: “Você não tem que entender
tudo sobre o evangelho para assumir esse
compromisso. Por que você não mostra sua
fé, aceitando o que ouviu e entrega o resto
em Minhas mãos?”
Consolado pela mensagem, George respon-
deu em espírito de oração: “Sim, Senhor, farei
isso. Vou aceitar com fé. A propósito, obri-
gado, obrigado”. Dois meses depois, George
foi batizado e se tornou um membro fiel
da Igreja.
George escreveu em 1975 (três anos antes
da revelação sobre o sacerdócio) que ele
aceitou a restrição “com fé, sem nenhuma
reserva” e expressou sua crença de que,
quaisquer que fossem as condições naquela
época, Deus era justo. “Sou tão grato pelo
sacerdócio do Senhor estar novamente sobre
a Terra com todas as bênçãos, autoridade e
responsabilidade que o acompanham. Para
mim, não importa tanto quem tem ou quem
não tem o sacerdócio, mas como ele é utili-
zado.” (Em Maki, “I Will Take It In Faith”, history​
.ChurchofJesusChrist​.org.)
• O que podemos aprender com o exemplo de
George Rickford que poderia nos ajudar quando
tivermos dúvidas não respondidas sobre o
evangelho? (Depois que os alunos responderem,
escreva o seguinte princípio no quadro: Quando
tivermos dúvidas que não foram solucionadas,
podemos seguir em frente com fé, confiando na
luz e no conhecimento que Deus já nos deu.)
• Como esse princípio pode ajudar alguém que
talvez esteja tendo dificuldades com sua fé devido
a perguntas sobre o evangelho que não foram
respondidas?
Peça a um aluno que leia a seguinte declaração
do élder Neil L. Andersen, do Quórum dos Doze
Apóstolos.
A fé nunca exige uma resposta para cada per-
gunta, mas busca a certeza e a coragem para
prosseguir, às vezes reconhecendo: “Não sei
tudo, mas sei o suficiente para continuar no
caminho do discipulado”. (Neil L. Andersen,
“A fé não é obra do acaso, é uma escolha”,
A Liahona, novembro de 2015, p. 66)
• Como a luz e o conhecimento que vocês rece-
beram de Deus os ajudaram a seguir em frente
com fé quando se depararam com perguntas não
respondidas ou situações duvidosas?
• Como poderíamos ajudar uma pessoa que está
tendo dificuldades para lidar com dúvidas não
respondidas a seguir em frente com fé?
Dê tempo para que os alunos ponderem sobre
como podem aplicar o princípio de agir com fé em
sua própria vida ou usá-lo para ajudar alguém que
conhecem. Sugira aos alunos que anotem suas ideias
em seu diário.
O sacerdócio e as bênçãos do templo se
estendem a todos os membros dignos da
Igreja hoje.
Peça a um aluno que leia em voz alta o terceiro e
quarto parágrafos depois de “Caros irmãos” na
Declaração Oficial 2, começando com “Ele ouviu
nossas orações”.
• O que podemos aprender com esses parágrafos
sobre como o Senhor dirige Sua Igreja? (Depois
que os alunos responderem, escreva a seguinte
verdade no quadro: O Senhor dirige Sua Igreja
por meio de revelação a Seus profetas.)
• Quando em sua vida vocês já viram o Senhor
dirigir Sua Igreja por revelação a Seus profetas?
Explique-lhes que, no dia seguinte ao qual a reve-
lação sobre o sacerdócio foi recebida, George
Rickford foi ordenado sacerdote no Sacerdócio
Aarônico e recebeu o Sacerdócio de Melquisedeque
225
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
logo depois. Em outubro de 1978, George e sua
mulher, June, foram selados com seus quatro filhos
como família eterna no Templo de Londres Ingla-
terra (ver Maki, “I Will Take It in Faith”, ­history​
.ChurchofJesusChrist​.org).
• Que impacto essa revelação teve na Igreja, nos
membros e nas pessoas do mundo inteiro?
Mostre-lhes a seguinte declaração e peça a um aluno
que a leia em voz alta:
O evangelho de Jesus Cristo é para todos.
O Livro de Mórmon ensina que “negro e
branco, escravo e livre, homem e mulher;
(…) todos são iguais perante Deus” (2 Néfi
26:33). Esse é o ensinamento oficial da
Igreja. (“Race and the Church: All Are Alike
Unto God”, 29 de fevereiro de 2012, news-
room​.ChurchofJesusChrist​.org)
Para encerrar, peça aos alunos que pensem (ou
façam alguma coisa) com base no que aprenderam
226
hoje, como responderiam se lhes perguntassem por
que a Igreja não ordenou homens negros descen-
dentes de africanos ao sacerdócio por algum tempo.
Afirme que é adequado explicar às pessoas que
não sabemos por que começou a haver restrição ao
sacerdócio e ao templo. No entanto, podemos falar
e testificar das verdades que sabemos, inclusive
daquelas que foram debatidas hoje.
Para a próxima aula
Explique aos alunos que, em preparação para a pró-
xima aula, eles vão estudar o que os profetas antigos
e atuais ensinaram sobre o destino de A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Incen-
tive-os a virem preparados para debater maneiras
como podem ajudar no trabalho de salvação estabe-
lecido pelo Senhor nos últimos dias.
LIÇÃO 28: MATERIAL PAR A PREPAR AÇÃO DA AUL A

O Senhor está acelerando Sua obra

O presidente Russell M. Nelson ensinou: “Esta é uma época emocionante. O Senhor está
acelerando Sua obra bem diante de nossos olhos. Que maravilha! Mas é difícil. Mais coisas
estão sendo exigidas de cada um de nós — mais do que nunca. E estamos recebendo mais”
(“Um convite pessoal para participar do seminário e do instituto”, 4 de fevereiro de 2019,
ChurchofJesusChrist.org). Ao estudar este material, veja como você pode participar da obra
que o Senhor está acelerando em preparação para Sua Segunda Vinda.

SEÇÃO 1

Qual é o destino de A Igreja

de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias?
Na terça-feira, 6 de abril de 1830, cerca de 50 pes-
soas se reuniram dentro e ao redor da casa de tron-
cos de Peter Whitmer em Fayette, Nova York. Nesse
local, Joseph Smith, sob a direção de Jesus Cristo,
organizou a Igreja do Senhor novamente sobre a
Terra. Embora a Igreja tenha começado pequena,
seu destino é encher toda a Terra.

No tempo do Velho Testamento, o rei da Babilônia,

Nabucodonosor, teve um sonho no qual viu que “do
monte foi cortada uma pedra, sem mãos” (Daniel

227
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)

2:45). Essa pedra cresceu em tamanho até que “se
fez um grande monte, e encheu toda a terra” (Daniel
2:35). Nessa interpretação do sonho do rei, o profeta
Daniel profetizou que Deus faria um reino que não
seria destruído, mas permaneceria para sempre (ver
Daniel 2:28, 44).
O Senhor reiterou a profecia de Daniel ao profeta
Joseph Smith 18 meses depois da organização da
Igreja, numa época em que havia apenas cerca de
600 membros da Igreja na Terra. Em Doutrina e
Convênios 65:2, lemos: “As chaves do reino de Deus
foram confiadas ao homem na Terra, e dali rolará
o evangelho até os confins da Terra, como a pedra
cortada da montanha, sem mãos, rolará até encher
toda a Terra”.
Dois anos e meio depois, em abril de 1834, o profeta
Joseph Smith fez uma extraordinária profecia sobre
o destino da Igreja para um grupo de portadores do
sacerdócio em Kirtland, Ohio.
O presidente Wilford Woodruff, que estava na reu-
nião, relembrou:
O profeta convocou todos os portadores
do sacerdócio a se reunirem na pequena
escola de madeira que havia ali. Era uma casa
pequena, com uns quatro metros quadrados.
Mas ela comportava todo o sacerdócio de A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias que estava na cidade de Kirtland. (…) O
profeta disse: “Irmãos, (…) quero dizer-lhes
perante o Senhor que vocês sabem tanto a
respeito dos destinos desta Igreja e reino
quanto um bebê no colo da mãe. Vocês não
compreendem”. Fiquei surpreso. Ele disse:
Vocês veem apenas um pequeno grupo de
portadores do sacerdócio aqui reunidos
nesta noite, mas esta Igreja encherá a Amé-
rica do Norte e do Sul, ela encherá o mundo”.
(Wilford Woodruff, em Ensinamentos dos Presi-
dentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 144)
Assista ao vídeo “O Evangelho Rolará” (2:47) e
reflita sobre como o crescimento da Igreja restau-
rada é uma evidência do desejo do Pai Celestial de
abençoar o mundo inteiro.
Mais de 160 anos depois, após a Igreja ter crescido
e atingido mais de 11 milhões de membros e se
espalhado pela maior parte do mundo, o presidente
Gordon B. Hinckley ensinou:
“Meus irmãos e irmãs, vocês percebem o que
temos? Reconhecem nossa situação invejável
na grande saga da humanidade? Estamos
em um ponto crucial, assistindo ao cumpri-
mento de tudo o que foi predito no passado.
Vivemos a época da restituição de todas
as coisas, da restauração. (…) Estamos no
ponto culminante de todos os séculos desde
o nascimento de Cristo até o maravilhoso
momento atual. (Gordon B. Hinckley, “Na
mais gloriosa das épocas”, A Liahona, janeiro
de 2000, p. 89)
E, menos de uma década depois, o presidente
­Hinckley proclamou:
Um grande milagre está acontecendo bem
diante de nossos olhos. (…)
E isso é apenas o começo. Esta obra conti-
nuará a crescer e a prosperar, e cobrirá toda
a Terra. (Gordon B. Hinckley, “A pedra cortada
da montanha”, A Liahona, novembro de 2007,
pp. 83–84)
Pondere em preparação para a aula
Por que você acha que é importante entender o
destino da Igreja do Senhor e ter um testemu-
nho disso?

228
 L iç ão 28: O Senhor está acelerando Sua obra — M aterial para preparaç ão da aula
SEÇÃO 2
Como o Senhor está acelerando
Sua obra hoje?
Ao falar sobre o crescimento acelerado e a influência
da Igreja do Senhor, o presidente Thomas S. Mon-
son ensinou:
Se a Igreja cresce hoje em dia é porque o
Senhor assim o indicou. Em Doutrina e Con-
vênios, Ele disse: “Eis que apressarei minha
obra a seu tempo” (Doutrina e Convênios
88:73).
Nós, como filhos espirituais do Pai Celestial,
fomos enviados à Terra nesta época para
podermos participar do aceleramento desta
obra grandiosa. (Thomas S. Monson, “Acelerar
o trabalho”, A Liahona, junho de 2014, p. 4)
Os seguintes exemplos são maneiras pelas quais o
Senhor e Seus servos têm convidado você a par-
ticipar do aceleramento do trabalho de salvação.
Se desejar, marque quaisquer princípios ou ideias
que lhe chamarem a atenção e se prepare para falar
sobre isso na aula.
A coligação de Israel
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 29:4, 7, que são
partes de uma antiga revelação do Senhor aos
élderes da Igreja.
Ao falar dessa coligação, o presidente Russell M.
Nelson ensinou:
Meus queridos jovens, esses certamente
são os últimos dias e o Senhor está apres-
sando Sua obra para coligar Israel. Essa
coligação é a coisa mais importante que está
acontecendo na Terra hoje em dia. Nada se
compara em grandeza, em importância e em
majestade. (…)
Quando falamos sobre coligação, estamos
simplesmente nos referindo a esta verdade
fundamental: todos os filhos do Pai Celes-
tial, nos dois lados do véu, merecem ouvir a
mensagem do evangelho restaurado de Jesus
Cristo. Eles decidem por si mesmos se dese-
jam saber mais. (Russell M. Nelson, “Juven-
tude da promessa”, Devocional mundial para
os jovens, 3 de junho de 2018, suplemento
da revista Liahona, p. 8, ChurchofJesusChrist​
.org; grifo do original)
Compartilhar o evangelho
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 123:12 e procure o
que o Senhor ensinou ao profeta Joseph Smith
sobre muitos que são cegados pela “astúcia sutil
dos homens”.
Pense no ensinamento desse versículo ao refletir a
respeito do convite feito pelo élder David A. Bed-
nar, do Quórum dos Doze Apóstolos, incentivando
todos nós a ajudar no trabalho de salvação de novas
maneiras:
O Senhor está acelerando Seu trabalho, e
não é coincidência que (…) tremendas ino-
vações de comunicação estejam ocorrendo
na dispensação da plenitude dos tempos.
Os canais de mídia social são ferramentas
globais que podem influenciar individual
e positivamente um grande número de
pessoas e famílias. Creio que é chegado o
tempo para nós, como discípulos de Cristo,
usarmos essas ferramentas inspiradas
adequadamente e com mais eficiência para
prestar testemunho de Deus, o Pai Eterno,
de Seu plano de felicidade para Seus filhos e
229
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
de Seu Filho, Jesus Cristo, como o Salvador
do mundo; para proclamar a realidade da
Restauração do evangelho nos últimos dias;
Irmã Linda K. Burton, ex-presidente geral da Socie-
e para realizar a obra do Senhor. (David A.
dade de Socorro
Bednar, “To Sweep the Earth as with a Flood”,
Devocional proferido na Semana de Educa-
ção da Universidade Brigham Young, 19 de
agosto de 2014, ChurchofJesusChrist.org)
Ministrar
Durante Seu ministério mortal, o Salvador ensinou
a Seus discípulos que Ele “não veio para ser ser-
vido, mas para servir” (Mateus 20:28). Ele minis-
trou à medida que “[andava] fazendo o bem” (Atos
10:38). Em uma revelação a Joseph Smith, o Senhor
pediu a Frederick G. Williams que ministrasse a
outras pessoas.
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 81:5.
Fomos chamados a ministrar de maneira seme-
lhante. O élder Jeffrey R. Holland, do Quórum dos
Doze Apóstolos, ensinou:
Presto meu próprio testemunho que esses
ajustes [sobre a mudança de mestres fami-
liares e professoras visitantes para irmãos
e irmãs ministradores] são (…) mais uma
evidência de que o Senhor está apressando
Sua obra nestes dias. (…)
Que trabalhemos lado a lado com o Senhor
da vinha (ver Jacó 5:70–72), dando ao Deus e
Pai de todos nós um auxílio em Sua exaustiva
tarefa de responder a orações, prover con-
solo, secar lágrimas e fortalecer os joelhos
enfraquecidos (ver Doutrina e Convênios
81:5). Se fizermos isso, estaremos mais próxi-
mos de sermos os verdadeiros discípulos de
Cristo que devemos ser. (Jeffrey R. Holland,
230
“Estar com [eles] e fortalecê-los”, Liahona,
maio de 2018, pp. 101, 103)
Imaginem comigo alguns dos possíveis car-
tazes espirituais de “precisa-se” relacionados
ao trabalho de salvação:
• Precisa-se de: pais que criem os filhos em
luz e verdade
• Precisa-se de: filhas e filhos, irmãs e
irmãos, tias e tios, primas e primos, avós e
amigos verdadeiros para servir como men-
tores e para oferecer as mãos que ajudam
ao longo do caminho do convênio
• Precisa-se de: pessoas que ouçam os sus-
surros do Espírito Santo e ajam conforme
as inspirações recebidas
• Precisa-se de: pessoas que vivam o evan-
gelho diariamente de maneira simples
• Precisa-se de: oficiantes do templo e de
história da família para unir as famílias
para sempre
• Precisa-se de: missionárias e membros
para pregar as “boas-novas” — o evangelho
de Jesus Cristo
• Precisa-se de: resgatadoras para encontrar
os que se perderam
• Precisa-se de: pessoas que cumpram o
convênio de defender firmemente a ver-
dade e o certo
• Precisa-se de: verdadeiras discípulas do
Senhor Jesus Cristo. (…)
Não importa se ainda não somos perfeitas
e completas. (…) Podemos ser unidas como
discípulas e andar como servas com um cora-
ção solícito e mãos que ajudam para acelerar
o trabalho de salvação. Ao fazermos isso,
vamos nos tornar mais semelhantes ao Salva-
dor. (Linda K. Burton, “Precisa-se de: Mãos e
corações para acelerar o trabalho”, A Liahona,
maio de 2014, p. 124)
 L iç ão 28: O Senhor está acelerando Sua obra — M aterial para preparaç ão da aula
Honrar o Dia do Senhor
Estude em preparação para a aula
Leia Doutrina e Convênios 59:9–10 e identifique
o que o Senhor ensinou aos santos sobre guar-
dar o Dia do Senhor.
O presidente M. Russell Ballard, do Quórum dos
Doze Apóstolos, ensinou o seguinte sobre o poder
de honrar o Dia do Senhor:
De todas as mudanças organizacionais e
normativas ou treinamento doutrinário que
pudessem acelerar o trabalho de salvação
neste momento, decidimos que elevar o espí-
rito e o poder do Dia do Senhor é o que exer-
ceria a maior influência para que os membros
e as famílias se achegassem ao Senhor Jesus
Cristo. (M. Russell Ballard, em Chad H. Webb,
“O Dia do Senhor”, Transmissão via satélite
dos Seminários e Institutos de Religião, 4 de
agosto de 2015, ChurchofJesusChrist.org)
Anote suas impressões
Que outra evidência você já viu de que o Senhor
está acelerando Seu trabalho em nossos dias?
Quais são algumas maneiras específicas de
como você gostaria de ajudar mais para acelerar
o trabalho do Senhor? Registre sua resposta em
seu diário ou no espaço fornecido a seguir.



Onde posso saber mais sobre o destino da Igreja?
Encontre mais informações sobre o destino da
Igreja aqui:
M. Russell Ballard, “A verdade de Deus
irá avante”, A Liahona, novembro de
2008, p. 81.
Neil L. Andersen, “Preparar o mundo
para a Segunda Vinda”, A Liahona, maio
de 2011, p. 49.
Como posso ajudar a acelerar a obra
do Senhor?
Visite o site da Igreja Acelerar o Trabalho de Salva-
ção para encontrar mais ideias e recursos.
231
L iç ão 28: O Senhor está acelerando Sua obra — M aterial do professor
LIÇÃO 28: MATERIAL DO PROFESSOR
O Senhor está acelerando Sua obra
Vivemos numa época em que o Senhor está acelerando Sua obra (ver Doutrina e Convênios
88:73). Esta lição foi preparada para fortalecer a fé dos alunos de que a obra do Senhor seguirá
em frente apesar da oposição e para ajudá-los a criar um plano por meio do qual possam ajudar
diligentemente o Senhor a acelerar Sua obra.
Sugestões didáticas
Joseph Smith ensinou que a obra
do Senhor seguirá em frente apesar
da oposição.
Mostre aos alunos a gravura da casa de troncos
de Peter Whitmer (ver material de preparação) e
peça a eles que digam o que sabem sobre o cresci-
mento da Igreja restaurada do Senhor desde sua
organização em 1830. (Talvez os alunos queiram
fazer uma rápida revisão da seção 1 do material de
preparação.)
• O que os profetas disseram sobre o futuro de A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias? Por que vocês acham importante entender
qual é o destino da Igreja do Senhor?
Explique aos alunos que, em março de 1842, Joseph
Smith descreveu como seria o destino do evangelho
do Senhor e de Sua Igreja quando escreveu uma
carta em resposta à carta pedindo informações
sobre as crenças da Igreja escrita por John Wen-
tworth, que era editor de um jornal em Chicago,
Illinois. Na carta, o profeta descreveu “o surgi-
mento, progresso, perseguição e fé dos santos dos
últimos dias” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja:
Joseph Smith, 2007, p. 460).
Mostre a seguinte parte da carta e peça a um aluno
que a leia em voz alta:
O estandarte da verdade já foi erguido (…);
nenhuma mão ímpia conseguirá impedir o
232
progresso desta obra; mesmo que sejam deflagradas
violentas perseguições, que se reúnam multidões
enfurecidas, que exércitos sejam mobilizados,
mesmo que haja calúnias e difamações, a verdade
de Deus seguirá adiante, com destemor, nobreza e
independência, até que tenha penetrado em todos
os continentes, visitado todas as regiões, varrido
todos os países e soado em todos os ouvidos, até que
os propósitos de Deus sejam cumpridos, e o Grande
Jeová declare estar a obra concluída. (Ensinamen-
tos: Joseph Smith, pp. 467–468)
Se necessário, explique à classe que calúnia se refere
a falsas declarações feitas com a intenção de prejudi-
car a reputação de alguém.
• Que verdades podemos aprender sobre a obra
de Deus com a declaração de Joseph Smith e o
que vocês estudaram no material de preparação?
(Depois que os alunos responderem, escreva a
seguinte verdade no quadro: Apesar da oposição,
a obra de Deus seguirá em frente até que Seus
propósitos tenham sido realizados.)
Explique à classe que o presidente M. Russell Bal-
lard, do Quórum dos Doze Apóstolos, testificou que
as profecias de Joseph Smith continuam a se cum-
prir em nossos dias. Mostre esta declaração e peça
que um aluno a leia em voz alta.
Perseguições têm sido implacáveis. Calú-
nia, mentiras e enganos procuram difamar.
Mas, década após década, desde a época da
Restauração, a verdade de Deus tem seguido
em frente com coragem, nobreza e indepen-
dência. A pequena igreja que começou em
 L iç ão 28: O Senhor está acelerando Sua obra — M aterial do professor
1830 com apenas um punhado de membros
cresceu até ter hoje [milhões] de mem-
bros em muitas nações em todo o mundo
e já estamos penetrando cada continente,
visitando cada clima, varrendo todo país e
proclamando em cada ouvido.
Esta é a obra de Deus, e a obra de Deus não
se frustra. (M. Russell Ballard, “A verdade de
Deus irá avante”, A Liahona, novembro de
2008, p. 83)
Mostre-lhes as seguintes perguntas e dê aos alunos
um minuto para refletir antes de responder:
• Que exemplos vocês poderiam citar da história
da Igreja ou da época atual que mostrem que,
apesar da oposição, a obra de Deus continua a
seguir em frente?
• De que maneira o fato de saber que a obra de
Deus não pode ser interrompida ajuda vocês
a se prepararem para enfrentar oposição a
suas crenças?
O Senhor está acelerando Sua obra
Mostre a seguinte declaração feita pelo presidente
Dieter F. Uchtdorf quando servia como segundo
conselheiro na Primeira Presidência:
Às vezes, pensamos na Restauração do
evangelho como algo que já está termi-
nado, que já ficou para trás — Joseph Smith
traduziu o Livro de Mórmon, ele recebeu as
chaves do sacerdócio, a Igreja foi organizada.
Na verdade, a Restauração é um processo
em andamento. Nós a estamos vivenciando
bem agora. (Dieter F. Uchtdorf, “Vocês estão
dormindo durante a restauração?”, A Liahona,
maio de 2014, p. 59)
• Por que vocês acham que é importante entender
que a Restauração é uma coisa contínua?
Explique aos alunos que, em dezembro de 1832, o
Senhor ordenou aos élderes em Kirtland, Ohio, que
se preparassem para “[ir] aos gentios pela última
vez” (Doutrina e Convênios 88:84).
Leia Doutrina e Convênios 88:73–74, 80–81 com os
alunos e peça a eles que marquem a promessa do
Senhor e os mandamentos relacionados a isso.
Para ajudar os alunos a entender essa promessa,
peça-lhes que leiam a seguinte declaração do presi-
dente Russell M. Nelson na introdução do material
de preparação para esta aula:
Esta é uma época emocionante. O Senhor
está acelerando Sua obra bem diante de
nossos olhos. Que maravilha! Mas é difícil.
Mais coisas estão sendo exigidas de cada
um de nós — mais do que nunca. E estamos
recebendo mais. (Russell M. Nelson, “Convite
pessoal”, ChurchofJesusChrist.org)
• O que podemos aprender com esses versículos em
Doutrina e Convênios 88 e com a declaração do
presidente Nelson sobre nosso papel em acelerar
a obra do Senhor? (Os alunos podem ter ideias
semelhantes à seguinte verdade: Temos a respon-
sabilidade de participar do empenho de acelerar
a obra do Senhor.)
Peça aos alunos que pensem sobre os aspectos da
obra de salvação estabelecida pelo Senhor que eles
já aprenderam neste curso. Vocês poderiam exa-
minar o plano de ensino do curso ou ver a lista de
títulos das lições para ajudar os alunos a se lembra-
rem dos assuntos importantes. Se desejar, pergunte
aos alunos o que lhes chamou mais a atenção sobre
as passagens de escrituras e o convite dos líderes da
Igreja na seção 2 do material de preparação.
• Em quais aspectos da obra de salvação estabe-
lecida pelo Senhor temos a responsabilidade de
participar? (Anote as respostas dos alunos no
quadro. As respostas devem incluir: coligação
de Israel, proclamação do evangelho, redenção
dos mortos, seguir os profetas, sacrificar-se pelos
outros, ministrar, ajudar os necessitados, adorar
no templo e guardar o Dia do Senhor.)
233
A l icerce s da R e s taur aç ão — M at er i a l d o Pro f e sso r ( R el ig i ão 2 25)
• De que maneira específica vocês estão vendo
o Senhor acelerar Sua obra nas áreas que
mencionamos?
Peça aos alunos que tirem alguns minutos para
refletir, em espírito de oração, como o Senhor talvez
queira que eles pessoalmente participem do empe-
nho de acelerar Sua obra. Dê-lhes tempo para escre-
verem um plano do que farão para ajudar o Senhor.
Enquanto eles fazem seus planos, você poderia
sugerir que incluam informações específicas sobre
como vão agir e que prazo vão dar para si mesmos a
fim de que façam essas coisas.
Talvez você possa escrever seu próprio plano antes
da aula, contendo uma descrição das coisas que
você vai fazer (ou continuar a fazer) para participar
do empenho de acelerar a obra do Senhor. Antes de
os alunos começarem a escrever o plano deles, você
poderia mostrar o seu como exemplo.
Depois de dar tempo suficiente, peça aos alunos que
prestem testemunho do que eles têm aprendido e
234
sentido fazendo este curso. Preste um breve testemu-
nho e expresse sua certeza de que eles serão aben-
çoados se continuarem a ser participantes ativos no
empenho de acelerar a obra do Senhor.
MELHORAR O ENSINO E O
APRENDIZADO
Incentive os alunos a continuarem seus
estudos no instituto até se formarem. O
presidente Russell M. Nelson disse: “Formar-se
no seminário e no instituto vai aumentar sua
capacidade de ter grande sucesso nas coisas
mais importantes que farão na vida” (Russell
M. Nelson, “Um convite pessoal para participar
do seminário e do instituto”, 4 de fevereiro de
2019, ChurchofJesusChrist.org). Ajude e incen-
tive os alunos a completarem os requisitos do
curso. Incentive-os a continuarem a se matri-
cular no instituto.