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O Ilusionista
O Ilusionista
Se você está lendo esta carta, então, com pesar, devo lhe informar que os caminhos de
dois velhos amigos se cruzaram de uma maneira irreparável. Lamento profundamente
que as circunstâncias nos tenham levado a este ponto, mas as forças que moldam nossas
vidas são muitas vezes além de nosso controle.
As sombras da noite são testemunhas silenciosas do que aconteceu nesta sala, onde a
linha entre realidade e ilusão se desvaneceu em uma dança. Não posso desfazer o que
foi feito, mas posso apenas lamentar os eventos que nos trouxeram a este ponto.
Não sei o que o futuro reserva para mim, ou se algum dia me redimirei pelos meus atos.
Mas lembre-se, houve uma época em que éramos aliados, unidos pelo desejo de
desvendar os mistérios do universo, meu amigo.
Que esta carta sirva como um testemunho silencioso de nossos dias de glória e um
lembrete amargo dos custos da busca pelo poder supremo.
Atenciosamente,
Os velhos tempos...
Devaneio era o estudante brilhante, com uma mente afiada e uma habilidade
natural para a magia ilusória. Seus truques e feitiços eram sempre os mais
impressionantes, deixando seus colegas de classe maravilhados com seu talento inato.
No entanto, por trás de seu exterior confiante, ele carregava uma sede de
reconhecimento e poder que muitas vezes o levava a se arriscar mais do que deveria.
Fábula, por outro lado, era mais reservado, com uma abordagem mais
pragmática para a magia. Seu forte era sua compreensão profunda dos princípios
subjacentes da magia o que o tornava um estudante excepcional. Ele era o equilíbrio
para a impulsividade de Devaneio, muitas vezes servindo como a voz da razão em suas
aventuras mágicas.
Em pouco tempo Fábula se viu superado por seu velho rival e amigo. Viver o
amor era muito bom, mas começou a ver Devaneio como um risco a ele e as outras
pessoas por estar utilizando de magias antes pouco exploradas pela casa de ilusão.
Obviamente não levou muito tempo para sua esposa descobrir seu treinamento, o
que a fez se afastar dele principalmente por...
A visão começa a ficar turva, não é mais possível entender o que está
acontecendo na ilusão aplicada pelo grimório, está fraco demais para terminar de contar
a história....
Assim a memória é avançada, para o quase presente e apenas uma frase é solta
“Você era meu irmão, eu o amava”, é impossível saber de qual dos dois isso foi dito.
Esse assassinato foi a 23 anos, até hoje não encontraram o assassino e nem o
corpo da vítima, porém com a descrição encontraram esses dois alunos, ao bater com a
história do personagem que encontrou a carta. Seus nomes eram Seluvis Karia
(Devaneio) e Alexander Ironborn (Fábula).
Nos tempos atuais, ainda sou procurado, por isso criei uma persona, Gideon
Rennala, um nome desconhecido por todos, porém que gera sempre um sentimento de
familiaridade. Utilizando de magia antiga e poderosa também mudei minha aparência, o
clássico mago, roupas azuis e barba grande branca.
Muito do meu conhecimento e poder do grimorio foi gasto na jornada para essa
mudança de aparência de forma tão perfeita. A ponto de ser uma condição minha, nem
melhores magos ou corte real ou cancelamentos de magia a desvendariam. (Por isso a
rainha me tratou de forma comum ela não faz ideia quem sou).
Pode se dizer que, para ter esse efeito até parece que foi um DESEJO.
Hoje sou muito fraco em questão de poder do que já fui, pelo menos consegui
encontrar algo que não tinha a um tempo, paz. Que vergonha! Junto com parte da minha
magia, meus modos foram embora também, esqueci de me apresentar a você, ó mestre.
Olá sou aquele que sobreviveu, sinto que não possa saber quem sou de fato, mas certeza
que logo descobrirá. Segue alguns fatos atuais sobre mim para estar inteirado de quem
quero ser hoje e parar de pensar no meu passado: