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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


CURSO: ENFERMAGEM - 2º PERÍODO

Discente: Maria Izabela Marques do Nascimento

ESTUDO DIRIGIDO SOBRE O DOCUMENTÁRIO SOU SURDA E NÃO SABIA

O documentário olha para a questão da surdez pela perspectiva de Sandrine e sua história
verídica. No filme, temas abordam questões relacionadas à percepção da surdez, utilização da
expressão deficiência auditiva, concepção organicista da surdez, relações familiares,
educação escolar, mercado de trabalho, exclusão, bilinguismo e os pontos de vista da
sociedade e profissionais da saúde sobre pessoas surdas.

Em primeiro momento, é discutido sobre a expressão "deficiência auditiva" e como tem sido
frequentemente utilizada para descrever uma variedade de condições relacionadas à
capacidade auditiva, abrangendo desde uma perda parcial até a perda total. No entanto, essa
terminologia carrega consigo uma carga negativa ao enfocar a limitação em vez das
habilidades e potenciais das pessoas surdas. Essa terminologia pode fortalecer estigmas e
prejudicar a percepção pública, muitas vezes resultando em exclusão social e profissional.

A concepção organicista da surdez, centrada na visão médica da surdez como uma condição a
ser tratada e curada, reflete-se na abordagem diagnóstica e terapêutica predominantemente.
Os profissionais de saúde frequentemente, apresentam a surdez como uma deficiência a ser
corrigida, priorizando intervenções externas para a normalização auditiva e a oralização. No
entanto, essa perspectiva pode minimizar as identidades culturais e linguísticas da
comunidade surda, desvalorizando a língua de sinais e as formas de comunicação visuais.

As relações familiares desempenham um papel crucial na vida das pessoas surdas. Familiares
muitas vezes enfrentam desafios para compreender e aceitar a surdez de um membro, lidar
com diagnósticos e escolhas educacionais. A forma como a família lida com a surdez pode
influenciar significativamente o desenvolvimento da identidade e da autoestima da pessoa
surda, podendo impactar positivamente ou qualificar sua integração social.

A educação escolar desempenha um papel fundamental na inclusão de pessoas surdas.


Abordagens educacionais inclusivas, que valorizam a diversidade linguística e cultural, como
o bilinguismo (língua de sinais e língua oral), são fundamentais para oferecer um ambiente
educacional acessível e que respeite as necessidades individuais dos alunos surdos.

No mercado de trabalho, pessoas com surdez frequentemente enfrentam barreiras graves


devido à discriminação, falta de acessibilidade e preconceitos. A falta de compreensão sobre
as habilidades e capacidades desses indivíduos pode resultar em oportunidades limitadas de
emprego e, consequentemente, em exclusão profissional.
A exclusão social é um desafio enfrentado por muitas pessoas surdas, resultando de barreiras
estruturais, atitudinais e comunicacionais. A falta de acessibilidade em ambientes públicos,
serviços e interações cotidianas contribui para a marginalização e isolamento social desses
indivíduos, dificultando sua participação plena na sociedade.

Em suma, da maneira como a sociedade percebe, nomeia e aborda a surdez pode influenciar
diretamente a inclusão e participação desses indivíduos em vários aspectos da vida social,
familiar, educacional e profissional. Uma abordagem mais inclusiva, que valoriza as
identidades e habilidades das pessoas surdas, é fundamental para promover uma sociedade
mais igualitária e acessível.

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