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CALATONIA

Dra. Juliana Santos Graciani


BIOGRAFIA
PETHO • Húngaro, Pethö Sándor (1916-1992)
formou-se médico obstetra e
SANDOR ginecologista em 1943 pela Faculdade de
Medicina de Budapeste. Durante a
Segunda Guerra Mundial trabalhou no
Hospital da Cruz Vermelha, onde teve a
oportunidade de atuar em casos de
amputação de feridos e congelados em
campos de refugiados.
• À prática, que utilizava o método
calatônico na psicoterapia junguiana,
Sándor denominou Terapia
Organísmica ou Integração e
Fisiopsíquica.
BIOGRAFIA
PETHO • Sándor chegou ao Brasil em 1949, mas,
somente vinte anos depois em 1969, por
SANDOR ocasião de um evento promovido pela
Sociedade de Psicologia de São Paulo,
trouxe pela primeira vez à público a
técnica básica do método que ele
desenvolveu, conhecido também por
Calatonia.

• Para saber mais Calatonia:


https://www.youtube.com/watch?v=K
cLDwmG3jHg&t=12s
HISTÓRIA DA CRIAÇÃO
• A Calatonia surgiu de necessidade prática de atendimento a doentes
em hospital de feridos de guerra sem recursos medicamentosos e
outros.
• O toque nos pés é uma continuação da conversa confortante do
médico ao pé da cama do paciente. Desta vivência inicial, Sandor
observou os efeitos que se produziam nos pacientes, com vários
graus de alívio do desconforto e dor, e foi aprimorando seu
método.
• Relacionou essa experiência com princípios da medicina
psicossomática e da Psicologia Analítica de Jung.
HISTÓRIA DA CRIAÇÃO
• A Calatonia foi se desenvolvendo até constituir um método de
terapia que compreende a técnica de trabalho corporal, a postura
do terapeuta, e a visão de homem subjacente ao contato, avaliação
e tratamento do paciente.
• Por isso a preparação do terapeuta, primeiro com sua formação
universitária em curso preparatório de atendimento na área da
saúde e depois sua formação especializada em algum dos diversos
cursos e grupos mantidos por discípulos do dr Sándor é
considerada fundamental, para que o atendimento não seja uma
mera reprodução da técnica, mas uma inserção do terapeuta no
método.
HISTÓRIA DA CRIAÇÃO
• A abordagem foi criada e desenvolvida pelo dr. Pethö Sándor (1916-
1992), médico e psicólogo húngaro radicado no Brasil desde 1949.
• Fundamenta-se em uma visão do ser humano como um todo
integrado corpo/mente, aproximando-se do que hoje se denomina
visão holística.
• A visão holística, se contrapõe-se a abordagem mecanicista,
verificando que os fenômenos só são passíveis de compreensão como
um todo orgânico, que inclui inclusive o observador do fenômeno
(Heisenberg). Tenta-se ainda superar essa observação fragmentada,
dicotômica separada entre corpo e mente , e matéria / energia, e
sujeito / objeto).
FUNDAMENTOS DA CRIAÇÃO
• Esses fundamentos (Holismo, Dialética, Complementariedade,
Integração de Opostos,
Circularidade,Sincronicidade/correspondência) estão presentes
também na obra teórica e prática de C.G.JUNG.
• O conceito de Inconsciente coletivo universaliza o homem e liberta-o
das limitações dos parâmetros da consciência egóica, abrindo novas
dimensões espaciais e temporais. A postura de Jung, calcada também
na Fenomenologia, busca escapar dos condicionamentos mentais pré-
estabelecidos, numa relação mais integral com o paciente e com o
conhecimento. "Tento, tanto quanto possa, não ter ideias
préconcebidas e não usar métodos já prontos e ter a ideia de que, eu
mesmo, determinarei meu método; procederei da forma como sou".
(Jung)
ORIGEM DA CALATONIA
• O professor Sándor expôs em seu livro "Técnicas de Relaxamento"
a origem do termo Calatonia. Para Sándor, em grego o verbo
"khalaó" tem o significado de "relaxação" e também de
"alimentação", "afastar-se do estado de ira, fúria, violência", "abrir
uma porta", "desatar as amarras de um odre", "deixar ir", "perdoar
aos pais retirar todos os véus dos olhos".

• Calatonia significa também, literalmente "tônus adequado", o que


traduz concretamente os efeitos observados com esse relaxamento.
TRÊS NÍVEIS DE ATUAÇÃO
• Buscam o estado de relaxamento, afastar-se do estado de
ira, fúria e violência!

FÍSICO EMOCIONAL MENTAL


TRÊS NÍVEIS DE ATUAÇÃO
• FÍSICO: relaxamento muscular, descontração muscular, regulação
de diversas funções vegetativas como: respiração, circulação
sanguínea e linfática, batimentos cardíacos, funcionamento visceral,
temperatura, pressão arterial.
• EMOCIONAL: correspondente relaxamento e regulação do "tônus
afetivo", isto é, reorganização das emoções carregadas de forma
desequilibrada por acontecimentos cotidianos e pelos diversos níveis
de conflitos inconscientes.
• MENTAL: regulação do tônus mental, com eliminação dos diversos
conteúdos mentais espurius condicionados pela exposição diária e em
nível mais profundo, superação das categorias mentais condicionadas
pela educação e cultura vigentes.
MÉTODO DE TRATAMENTO CALATONIA
• Para a Calatonia, toca-se de forma muito leve — "como se quisesse
segurar uma bolha de sabão" as falanges distais dos dedos dos pés,
utilizando para isso os dedos correspondentes das mãos do terapeuta.
• A sequência básica original da Calatonia, proposta por Sándor (1982)
consiste em nove toques suaves na área dos pés.
• A sequênciamédio/indicador/anular/mínimo/hálux corresponde à
hierarquia dos elementos terra/água/fogo/ar e sua síntese.
• Em seguida toca-se a sola dos pés em dois pontos — logo abaixo do
arco plantar e logo acima do osso calcâneo; o oitavo toque ocorre
sustentando o calcanhar e ao redor dos maléolos , e depois toca-se o
início da "barriga da perna" na convergência do tríceps sural.
MÉTODO DE TRATAMENTO CALATONIA

Calatonia - Técnica de
Relaxamento
(Paulo Machado):

https://www.youtube.com/
watch?v=Z4YrztsMJSg
MÉTODO DE TRATAMENTO CALATONIA

Figura 1. Passos da Calatonia nos pés:


terceiro dedo.
MÉTODO DE TRATAMENTO CALATONIA

Figura 2. Passos da Calatonia nos pés: segundo


dedo.
MÉTODO DE TRATAMENTO CALATONIA

Figura 3. Passos da Calatonia nos pés: quarto


dedo.
MÉTODO DE TRATAMENTO CALATONIA

Figura 4. Passos da Calatonia nos pés: quinto


dedo.
MÉTODO DE TRATAMENTO CALATONIA

Figura 5. Passos da Calatonia nos pés: hállux.


MÉTODO DE TRATAMENTO CALATONIA

Figura 6. Passos da Calatonia nos pés:


extremidade metatársica distal do
arco plantar.
MÉTODO DE TRATAMENTO CALATONIA

Figura 7. Passos da Calatonia nos pés: planta


do pé.
MÉTODO DE TRATAMENTO CALATONIA

Figura 8. Passos da Calatonia nos pés: região


do calcanhar.
MÉTODO DE TRATAMENTO CALATONIA

Figura 9. Passos da Calatonia nos pés:


calcanhar apoiado no antebraço.
MÉTODO DE TRATAMENTO CALATONIA

• Essa reaproximação do paciente com sua Natureza é propiciada por


vários elementos.
• Deitar-se, despojar-se das roupas, fechar os olhos, Já configura
simbólica e fisiologicamente uma alteração do funcionamento
corpóreo e psíquico.
• Entregar-se ao toque proposto e deixar as percepções serem
vivenciadas permite a experiência dos conteúdos das camadas
mais interiores.
• E o estímulo do toque, ao trazer descontração muscular, reequilíbrio
das funções respiratórias, circulatória e outras, complementa a
criação do campo fisiopsíquico propiciador dessa experiência.
MÉTODO DE TRATAMENTO CALATONIA
• “Há uma memória corporal que mantém certas experiências
congeladas independente do tempo e do espaço.
• Muitas vezes, um toque ou um relaxamento é capaz de promover o
degelo, de trazer à tona lembranças de situações passadas, que podem,
então, ser expressas em manifestações artísticas – e possibilitar a
integração do inconsciente e a consequente ampliação da consciência”.
(Arcuri, 2009, p. 21).
• Sándor apoiava seu trabalho na Psicologia Analítica, e, tal como Jung,
acreditava profundamente no poder compensatório e regenerador
do inconsciente. Quando o ego se encontra em uma situação para a
qual não há saída visível, o inconsciente constela conteúdos
compensatórios como solução possível para o problema.
MÉTODO DE TRATAMENTO CALATONIA
• A utilidade da Calatonia nesse processo de colocar consciência e
inconsciente em contato é o que se busca.

• O método utiliza a sensibilidade cutânea, que apresenta aspectos


entrelaçados com a vida afetiva e racional em maior intensidade do que
outras áreas de percepção sensorial.

• O estímulo tátil possibilita a síntese de várias percepções singulares a


cada indivíduo e, ao proporcionar a percepção de diversas condições e
qualidades de pressão, calor, frio, dor e suas gradações, dá margem a
uma vivência multi-sensorial.
CALATONIA: TERAPEUTA E PACIENTE

• O tipo de toque que utilizamos busca essa característica não


condicionada, não habitual, mais anímica, por exemplo: toques nas
plantas dos pés ou ao longo da coluna vertebral.
• Incluem ações grupais primitivas, que evocam o arquétipo de
cura, tais como: o círculo, as mãos dadas, a dança, a emissão.
• O campo fenomenal onde se dá o trabalho corporal é criado pela
interação terapeuta/paciente, constelando o arquétipo de cura e
configurando um "vaso hermético" onde a energia fisiopsíquica
mobilizada operará as transmutações e transformações em
ambos.
CALATONIA: TERAPEUTA E PACIENTE
A terapia organísmica necessita de uma atitude interna do terapeuta de
entrega ao processo e soltura em relação a ideias e intenções pré-
concebidas.
O terapeuta tem que dar-SE.
O que ocorre é um processo que confronta, intercambia, integra e
transcende os dois, terapeuta e paciente, ao constelar o terceiro ponto,
aquela energia de síntese que provem do Eu inconsciente — Self.
O terapeuta move-se mais no eixo sensação/intuição, ao observar seu
paciente, ouvi-lo com a ponta dos dedos e deixar que as impressões
vindas do inconsciente através da função intuitiva configurem o
trabalho a ser realizado. Pensamentos e sentimentos, demais
condicionados socialmente, participam menos nesse momento e mais
na elaboração posterior.
CALATONIA: TERAPEUTA E
PACIENTE
• O corpo revela e desvela o universo interior através do toque!

• Experimentando o emergir das imagens calatônicas, suas


transformações, sobreposições ou fusões entre si, percebe-se o seu
dinamismo integrador e ainda outro fenômeno bastante peculiar: a
finalidade inerente, isto é, elas surgem com aquele conteúdo que para
os problemas momentâneos do paciente é o mais Indicado, abrangendo
as áreas necessárias e como afirma Jung: "constelam" as respectivas
esferas vivenciadas, as potencialidades". (Sándor).
CALATONIA: TERAPEUTA E
PACIENTE
CALATONIA: TERAPEUTA E
PACIENTE
• A figura ilustra a troca entre terapeuta/paciente, como esquema da relação,
com os níveis consciente X consciente, consciente X inconsciente e
inconsciente X inconsciente, quando ambos participam e se movem naquele
Organismo maior de que são parte.

• A troca, na Calatonia, é dialética; terapeuta e paciente tocam-se, dentro de um


campo que confronta, intercambia, integra e transcende os dois, constelando
aquela energia de síntese que Jung chamou de função transcendente, provinda
do Eu inconsciente, e Sándor denominou de "terceiro ponto".

• Com esse conceito, Sándor propunha que o terapeuta tentasse visualizar ou


sentir da forma mais propícia para cada um, aquele "tertius” que transcende a
dicotomia de dois seres humanos que se contatam e integra os dois num
dinamismo mais global que os contem.
CALATONIA: TERAPEUTA E
PACIENTE
Para a realização desse trabalho e seus objetivos, é necessária uma atitude
interna do terapeuta de entrega ao processo e soltura em relação a idéias e
intenções preconcebidas.

Depois de uma formação adequada no método e com a devida


supervisão, o terapeuta vai aprendendo vivencialmente a desligar nesse
momento seus canais de avaliação (funções pensamento e sentimento),
demais condicionados social e culturalmente.

Funciona mais neste momento o eixo sensação/intuição, ao observar o


paciente, "ouvi-lo" com a ponta dos dedos, e deixar que as impressões e
direções vindas do inconsciente através da função intuitiva configurem o
trabalho a ser realizado.
TOQUES SUTIS
• O método de toques sutis desenvolvido por Sándor requer observação
cuidadosa das reações do paciente, uma vez que estas são determinadas
por sua estrutura psicofísica.

• A maneira como o paciente responde ao estímulo, as sensações,


sentimentos e pensamentos despertados, as imagens mobilizadas,
trazem informações sobre esta estrutura.

• Compreender a singularidade das reações significa traçar objetivos de


acordo com a situação estabelecida, sem determinação prévia dos
resultados a serem obtidos com o trabalho corporal.
OUTROS TOQUES SUTIS
• Como consequência dessa interação e dessa prática, com o tempo
foram sendo trabalho de Sándor e seu grupo novas formas de trabalho
corporal.

• Assim, surgiram os chamados "Toques Sutis", onde dentro dos


mesmos princípios e metodologia, usam-se outras técnicas, para atingir
objetivos análogos.

• Há o trabalho com outras formas de Calatonia (mãos e cabeça); o


trabalho com "descompressão fracionada"; o trabalho com grandes e
pequenas articulações; o trabalho com opostos (membros
superior/inferior, cintura escapular/pélvica, pés/cabeça, lados
direito/esquerdo); o trabalho com a coluna e seus centros nervosos e
energéticos.
CALATONIA E OUTRAS ABORDAGENS
• a Calatonia tem sido usada como método coadjuvante em Terapias
Psicológicas, Médicas, Fono e Fisioterápicas, bem como Ocupacionais
e Corporais.
• Também é utilizada na Educação Física, na Pedagogia e várias formas
de trabalhos grupais. Não foram observadas contra-indicações, desde
que a proposta, o "setting" e a preparação do terapeuta sejam
adequados.
• É possível o trabalho com psicóticos (embora em alguns casos seja
observada menor responsividade), bem corno em pacientes sob
medicação psiquiátrica. De qualquer forma, os resultados observados
favorecem a tentativa.
• Em situações pré e pós-operatórias e hospitalares em geral a Calatonia
e os Toques Sutis podem ser recursos de grande valia.
SIGNIFICADOS DOS
SIMBOLISMO
DOS PÉS
Corpo e psique são ambos caminhos
para a manifestação simbólica.
SIGNIFICADOS DO SIMBOLISMO DOS PÉS
SIGNIFICADOS DO SIMBOLISMO DOS
PÉS
SIGNIFICADO DOS PÉS
• Os pés são a ligação do homem com a terra, matriz e sustento de sua
existência. Entretanto, a terra que o sustenta também o atrai para baixo. Esse
fato condiciona múltiplas reações cujos significados psicológicos e mesmo
filosóficos estão consubstanciados na valorização da postura ereta e no medo
da queda.

• As deformações dos pés estão, associadas às qualidades ne gativas do


caráter. Não obstante, o passo do homem' é um ato afirmativo que o
situa no espaço e no tempo.

• A agressividade pode ser, assim, representada pelo -andar, revelando a


auto-afIrmação, a autonomia e a segurança da pessoa. São ainda
marcantes os exemplos que demonstram o uso dos pés como a mais
baixa forma de violência e, ao mesmo tempo, o sentido de domínio
completo sobre o oponente.
SIGNIFICADO DOS PÉS
• A compreensão da relevância dos pés para o equilíbrio e para a
movimentação física do indivíduo precisa ser completada pela análise
das vivências sensoriais deles provenientes.
• Durante o repouso e estimulação dessa região, a qual é desenvolvida
para promover a integração dos estímulos cinestésicos e táteis com o
sistema locomotor e de equilíbrio tem-se como causa um certo
movimento interior.
• Esse mobiliza as lembranças e o mundo do imaginário. Essa hipótese
explicaria a facilidade com que surgem imagens concernentes à posição
existencial atual do sujeito.
• No entanto, algumas dessas são arcaicas e estão relacionadas as
primeiras sensações acontecidas quando a criança adquiriu a postura
ereta, começando a andar, são ativadas as lembranças da experiência
com a terra, o chão, a mãe, e por outro as imagens de auto-afirmação,
de oposição à terra e verticalidade.
SIGNIFICADO DOS PÉS
• Além do mais, os pés recebem uma valorização afetiva, erótica, e
sexual.
• Como uma parte que se projeta do corpo, o pé é caracterizado como
símbolo fálico e a tradição enfatiza as qualidades eróticas dos pés
femininos.
• Porém, esses aspectos são habitualmente reprimidos ou negligenciados,
conduzindo à relativa depreciação dos pés à medida que o indivíduo
cresce. Provavelmente, esses fatores são responsáveis por parte dos
efeitos relaxantes causados pelo toque dos pés.
• O contato estaria significando "cuidar do que é menos desenvolvido",
"cuidar dos aspectos mais infantis da personalidade” isto traria o alívio
e a descontração geral ao sujeito.
• Nesse contexto, é possível dizer-se que, na imagem do próprio
corpo, os pés estão associados com a criança interior.
PELE
• A pele é o maior órgão do sentido do corpo humano. Segundo
Montagu (1988, p.23), a pele, membrana que reveste exteriormente o
corpo, é nosso órgão sensível mais antigo e nosso primeiro meio de
comunicação.
• Assim, o toque é essencial ao desenvolvimento humano e é ato
instintivo entre os mamíferos!
• Do ponto de vista subjetivo, a relação que constituímos com a pele a
coloca como porção limítrofe do Eu: ela está na fronteira entre os
mundos interno e o externo, e é fronteira sensível, dinâmica e mutável
que se expande e se contrai de acordo com nossos estados
psicofisiológicos.
• A pele nos isola, nos protege e também nos contém. Mais que isso,
conta uma história, transporta a memória das experiências vividas.
PELE: MEMÓRIA
• Especialmente a pele do rosto, que registra as tentativas, os triunfos, as
frustrações de toda uma existência.

• A pele é, portanto, como um livro cujo registro se dá como memória


corporal, sendo que “chamamos de memória corporal o acesso do ego
ao inconsciente e a relação com o corpo como uma expressão da
materialidade da psique” (ARCURI, 2004).

• A Calatonia procura produzir estímulos


predominantemente ectodérmicos, mas também as demais camadas
embriológicas podem ser ativadas nos toques com pressão leve.
CONCLUSÕES
• A Calatonia, assim, possibilita uma aproximação em escala
profunda a campos extra-racionais da psique (aos conteúdos uma
vez conscientes e àqueles que nunca o foram), a fenômenos de
natureza transpessoal e àquele núcleo da totalidade psíquica que
é muito mais do que a soma dos seus componentes (SÁNDOR,
1982, p.99).

• Para Sándor “isso quer dizer que no ser humano ainda há muita
vida desvivida que necessita de recuperação, reintegração ou
cura” (SÁNDOR, 1982, p.99).
CONCLUSÕES
• No método calatônico o silêncio e a ausência de controle visual
colaboram para enfatizar a pele como meio e mensagem da
relação que se constitui.
• As mãos do terapeuta podem, então, representar um ponto de
contato com o mundo exterior que permite à pessoa realizar a
transição entre o estado de alerta e o relaxamento.
• É importante ressaltar que durante o processo calatônico, o tempo e o
espaço ganham uma nova tonalidade: ficam unidos no mundo interno
de quem toca e de quem é tocado, pois as dimensões do espaço
tridimensional são apenas partes da experiência humana.
• A Calatonia permite que o mundo interior seja acionado e o universo
inconsciente seja acessado, possibilitando, após a integração dos seus
conteúdos, a ampliação da consciência.

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