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A população dividia-se em três ordens: o primeiro estado, composto pelo clero, o segundo
estado, formado pela nobreza, e o terceiro estado, que reunia todas as pessoas que não
pertenciam aos dois primeiros estados.O primeiro e o segundo estados, juntos, representavam
apenas 3% da população.
O terceiro estado incluía a grande burguesia (que vivia franca expansão comercial), a pequena
burguesia (formada por comerciantes locais, profissionais liberais e artesãos) e os demais
trabalhadores urbanos, além dos camponeses. As desigualdades sociais na França eram
profundas. No terceiro estado, a grande burguesia (economicamente ascendente, mas com
pequena influência política) habitava mansões e mantinha hábitos que a aproximavam da
nobreza;
No final do século XVIII, Paris era a terceira maior cidade do mundo, com cerca de 700 mil
habitantes.
Na cidade, a situação era agravada pelo aumento do custo de vida, que não era acompanhado
pelo aumento dos salários.
No entanto, a elevação crescente no preço dos aluguéis levava muitos deles a se mudarem
constantemente.
Diante da crise, o rei Luís XVI tentou reagir aumentando os impostos. A saída para a crise era
implantar uma reforma fiscal, que significaria o fim de muitos privilégios da nobreza e do clero
e obrigaria todos a pagarem impostos. A medida, porém, foi rejeitada pela Assembleia dos
Notáveis e pelo Parlamento, que eram controlados pelo primeiro e pelo segundo estados.
O ápice das revoltas ocorreu no dia 14 de julho, quando os parisienses tomaram a Bastilha,
prisão e arsenal militar e maior símbolo do absolutismo francês.
Por pressão dos jacobinos e da população de Paris, em janeiro de 1793 o rei Luís XVI foi
julgado, acusado de traição e executado na guilhotina. No interior da Convenção, jacobinos e
girondinos divergiam quanto aos rumos da revolução e às decisões que deviam tomar. Aos
poucos, a influência dos jacobinos cresceu e as principais lideranças girondinas foram presas.
Internamente, líderes jacobinos, como Robespierre, combateram todos os seus opositores,
prendendo-os e executando-os.
A Revolução Francesa havia chegado ao fim. Para outras, a revolução deixou um gosto amargo
de desilusão. Em apenas três anos, os principais dirigentes da revolução tinham sido
executados na guilhotina ou assassinados.
Na Europa Ocidental de hoje, por exemplo, ciganos, imigrantes do Leste Europeu, da África,
dos países árabes e da América Latina enfrentam formas de discriminação e se organizam na
luta por igualdade jurídica, liberdade, trabalho, alimentação e moradia dignas nos países onde
escolheram viver. Nos Estados Unidos e nos países da América Latina, afrodescendentes e
indígenas reagem a séculos de dominação e marginalidade e levantam bandeiras semelhantes
às que os franceses ergueram em 1789.
A maior dificuldade de Napoleão, porém, era atingir a Inglaterra, isolada pelo mar e protegida
pela mais poderosa frota marítima do mundo. Após derrotar as tropas russas e austríacas na
Batalha de Austerlitz, em 1805, Napoleão reu- niu dezesseis estados do antigo Sacro Império
Romano Germânico na Confederação do Reno. Em 1806, convencido de que a única forma de
derrotar a Inglaterra era arruinando sua economia, Napoleão decretou o Bloqueio Continental.
Além disso, vários países da Europa dependiam do comércio com a Inglaterra e, por isso,
rejeitaram o Bloqueio Continental. Portugal, por exemplo, tradicional aliado da Inglaterra,
desrespeitou o decreto e foi invadido pela França em novembro de 1807. No final de 1811, a
Rússia também rompeu o bloqueio e, no verão de 1812, teve seu território invadido por
Napoleão.
Para agravar a situação, em março de 1814, Paris foi invadida por uma coligação formada por
Áustria, Prússia e Rússia. Em junho de 1815, Rússia, Áustria, Prússia e Inglaterra uniram-se
novamente e derrotaram Napoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo, na Bélgica.
Entre setembro de 1814 e junho de 1815, alguns Estados europeus, liderados por Áustria,
Prússia, Inglaterra e Rússia, reuniram-se no Congresso de Viena, na Áustria. Em Viena, os
representantes da Áustria, da Prússia e da Rússia criaram a Santa Aliança, um pacto militar que
assegurava às nações participantes o direito de intervir em países para reconduzir ao poder
governantes destituídos por revoluções liberais.