Aula 1 - Nutricao

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Universidade Federal de Goiás

Escola de Veterinária e Zootecnia


Departamento de Medicina Veterinária
Setor de Clínica e Cirurgia

Nutrição dos
Cães e Gatos
Profa Maria Clorinda Soares Fioravanti
(clorinda@ufg.br)
“O homem é aquilo que come”

“Que a comida seja teu alimento e o


alimento tua medicina"
Hipócrates
Pai da Medicina na antiguidade
Nasceu na ilha de Cós, 460 anos
antes de Cristo.

A alimentação e o estilo de
vida têm uma forte influência
na prevenção e controle de
doenças crônicas.
 Manutenção da saúde
aliada ao crescimento
normal

 Apoio às fases de maior


demanda

 Contribuir para
performance de alta qualidade
 Saúde

 Vitalidade

 Longevidade

 Performance

 Produção
 Alimentação

É o fornecimento de
quantidades
adequadas de uma
dieta, de forma
palatável, para
alcançar um efeito
desejado em um
dado animal
 Nutrição

É a ciência que
estuda a utilização
dos nutrientes
necessários para
permitir o equilíbrio
metabólico e a
utilização ótima da
dieta administrada
 Alimento
É o produto ou substância que
fornece os nutrientes, que combinados
de forma racional, suprem as
necessidades dos animais.
 Nutriente
É um componente orgânico ou
mineral dos alimentos que desempenha
funções vitais no organismo como
predecessor ou cofator de reações
metabólicas essenciais para a manutenção
dos processos vitais.
Ração ou Dieta

Combinação de diferentes alimentos,


fornecidos em um período de 24 horas, de
forma adequada e balanceada para o animal.
Alimentos

 Cereais e subprodutos

 Carnes e vísceras

 Gorduras e óleos

 Vegetais

 Alimento industrializado = ração


Nutrientes
 Carboidratos

 Proteínas

 Lipídios

 Vitaminas

 Minerais
Evolução da
Ciência da
Nutrição

•Até 1980 – Alimentação

•A partir de 1980 – Nutrição

•A partir de 1997 – Nutrição/Saúde


Antropomorfismo
Origens do
Antropomorfismo

Domesticação dos
Animais
Domesticação do
Cão

 33 mil anos - em alguma parte do sudeste


asiático, os cães se diferenciaram
geneticamente dos lobos.
 19 mil anos - o fim da ultima glaciação permitiu
que a nova espécie, o cão doméstico,
começasse a se espalhar por outras áreas do
mundo.
 15 mil anos - subconjunto dos cães originários
do sudeste asiático começou a migrar em
direção ao Oriente Médio e à África,
provavelmente sem participação humana.
Domesticação do
Cão

 10 mil anos – chegada na Europa


provavelmente acompanhando as
populações humanas.
 10 mil anos - parte dos cães estabelecidos
no Oriente Médio migrou para a China.
 Data incerta - cães domésticos originados
na China migraram para o Alasca e depois
se espalharam pelas Américas.
Domesticação do Cão
Domesticação do Cão

Os cães aparecem em pinturas pré-históricas de


cavernas por volta de 4.500 a.C. em representações
de caçadas. Encontrado cabo de uma faca entalhado
com o desenho de um cão usando coleira.
Domesticação do Cão

Na mitologia egípcia, os


cães também eram
mumificados para
representação de Deuses.

Neith, esposa de Rá, é a


deusa da caça que abre
os caminhos, que tem por
animal sagrado o cão.
Domesticação do Cão

Chacal ou Cão selvagem, animal


relacionado ao deus Anúbis
Neith, deusa da caça
Original encontra-se no Museu
Nacional Egípcio – Cairo, Egito
Domesticação do Cão
As diferenças de tamanho entre
as raças já eram aparentes há
mais de nove mil anos e, na
época do Império Romano, as
principais raças atuais já tinham
sua estrutura definida. Foram
encontradas placas nas casas
de Pompéia, com a inscrição
cave canem (cuidado com o
cachorro).
Domesticação do Gato
Não se sabe ao certo quando os
gatos passaram a ser domesticados.
No Antigo Egito, o gato era venerado
e sagrado.

A Deusa Bastet, deusa da fertilidade


e da felicidade, benfeitora e protetora
do homem, era representada como
uma mulher com cabeça de gato e
vários gatos estavam relacionados a
ela, como seus animais.
Domesticação do Gato
Domesticação do Gato
Provavelmente, quando as
pessoas começaram a se
dedicar à agricultura, os
gatos vieram a fazer parte da
vida delas. Por ser um
caçador, ele tinha a função
de acabar com os ratos, que
invadiam os lugares onde
eram armazenadas as
comidas.
Domesticação do Gato
A domesticação de cães e gatos é datada de 15 a 20

mil anos, quando estes animais passaram a

consumir dietas similares a de seus donos pois,

muitas vezes, consumiam as sobras da alimentação

humana.

Desta forma, quantidades crescentes de carboidratos

passaram a ser adicionados à sua dieta.


Os carboidratos, porém, não são essenciais na
dieta de cães e muito menos na dos gatos e,
mesmo após milhares de anos de domesticação,
seu sistema enzimático digestivo é perfeitamente
adaptado para digerir carne crua e muito
ineficiente na digestão de amidos, mesmo tendo
acompanhado de perto o desenvolvimento da
agricultura e a introdução de carboidratos e
açúcares na dieta humana.
O uso de alimentação similar à de seus donos, fez
surgir nestes animais, problemas de saúde similares
aos dos humanos.

Comparação entre saúde humana e canina (EUA)


Ocorrência Homens Cães
Doenças Cardíacas 31,6% 30,0%
Obesidade 35,0% 34,0%
Diabete + +
Doenças Hepáticas + +
Doenças Renais + +
Câncer + +
O antropomorfismo, neste caso, dificilmente trará
bons resultados, pois o que pode ser bom para os
humanos, nem sempre será bom para cães e
gatos. Portanto, temos que entender como era a
alimentação destes animais na natureza, para
podermos obter uma dieta mais próxima possível,
que atenda às suas exigências nutricionais e
preferenciais.
Cada animal possui
metabolismo diferente,
necessidades proteicas e
nutricionais diferentes.
Portanto, há a
necessidade de
desenvolver uma
alimentação adequada a
cada animal
 Animais de companhia

 Duas espécies diferentes


de animais

 Apresentam
requerimentos nutricionais
específicos
 Classe = Mammalia

 Ordem = Carnivora

 Superfamilia
Canoidea
Feloidea
 Superfamilia Canoidea
(5 famílias, com diversos hábitos alimentares)

1. Ursidae - onívoros

2. Procyonidae - onívoros

3. Aluridae - herbívoros estritos

4. Mustelidae - carnívoros

5. Canidae - “carnívoros”
Ancestral
Lobo-cinzento - Canis lupus
 Superfamilia Feloidea
(3 famílias, com o mesmo hábito alimentar)

1. Viverridae - carnívoros estritos

2. Hyaenidae - carnívoros estritos

3. Felidae - carnívoros estritos


Ancestral
Gato africano selvagem Felis silvestris lybica
30 kcal

•Alimentação não é intermitente como a dos


grandes felinos selvagens
•Alimenta-se frequentemente ao longo do dia
caçando pequenos roedores
•Animal solitário
•Come de 9 a 16 refeições / dia (23 kcal)
Nos gatos a opção por uma
dieta altamente especializada
é o resultado de adaptações
metabólicas específicas que
manifestaram-se como
peculiaridades nos
requerimentos nutrientes
Específicos
Particularidades de Importância Prática
- Altos requerimentos de proteína
- Requerimento de taurina
- Requerimento de ácido aracdônico
- Requerimento de vitamina A pré-formada

Particularidades de Importância Acadêmica


- Metabolismo particular de energia e glicose
- Sensível a deficiência de arginina
- Incapaz de converter triptofano em niacina
ONÍVORO

Vegetais e alguma proteína animal


CARNÍVORO

Primariamente alimentos de origem animal


Depois do oxigênio é o mais importante
elemento para a sobrevivência a curto prazo

- 84% do peso de
recém-nascido
- 50% a 60% do peso
do adulto
- perda suportável
somente de 10% a 12%
do peso corporal
Fontes

- Ingestão de líquidos

- Água ingerida com os alimentos

- Água metabólica

(metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras)


Relação quantitativa linear entre o

consumo do alimento e o consumo de água


Fonte de energia
 Idade
 Espécie
 Sexo
 Grau de atividade
 Estado reprodutivo
 Presença de doenças
Construtor
 Componente estrutural
 Enzimas
 Anticorpos
 Hormônios
 Idade
 Presença de doenças
 Energia
Construtor
 É o principal componente dos órgãos, durante
toda a vida é necessária a ingestão adequada
desse nutriente.
 Proteínas vegetais são plenamente satisfatórias
para todas as fases da vida do cão, se elas forem
adequadamente processadas e quando houver
proporções equilibradas dos aminoácidos.
Fonte de energia
 Apetite e a ingestão de alimentos
 Necessidades de vitaminas, minerais e proteínas
 Capacidade de realizar trabalho muscular
 Velocidade e eficiência de ganho e perda de peso
 Estado da pelagem
 Aparência física
 Performance reprodutiva
 Tipo de gordura depositada no organismo
 Patologias orgânicas
Fonte de energia
 Principal combustível para maioria dos organismos.
 Dentre os lipídios aproveitados pelo organismo está
o colesterol.
 São importantes na nutrição pois concentram, em
média, 2,25 vezes mais energia do que o peso
equivalente de proteínas ou carboidratos.
 Por serem abundantes em animais e vegetais, sua
obtenção na dieta natural é facilitada e, na dieta
industrializada, o custo para sua adição é reduzido.
 São substâncias orgânicas particulares, que
atuam como co-fatores para muitas enzimas,
portanto são indispensáveis à maior parte dos
processos metabólicos.
 São necessárias em quantidades muito
pequenas (não representam fonte de energia).
 Podem ser obtidas na alimentação ou pela
síntese orgânica (vitamina D, K, B2 ou
riboflavina, ácido fólico e C).
Classificação
 São classificadas de acordo
com a solubilidade:

 Lipossolúveis

A D E K

 Hidrossolúveis

B C
 Os elementos inorgânicos encontrados
nas células podem ser puros ou estar
ligados entre si formando sais.

 Os elementos mais abundantes são o


sódio, potássio, cloro, cálcio, magnésio,
enxofre, fósforo e ferro.
Funções
 Ativam reações catalisadas por enzimas

 Fornecem suporte para o esqueleto

 Auxiliam na transmissão nervosa e


contração muscular

 Componentes de certas enzimas


transportadoras e hormônios

 Atuam no equilíbrio hidroeletrolítico


No organismo ocorrem incessantes

reações químicas, produzindo ou consumindo

energia.

A energia é perdida sob a forma de calor,

movimentação ou produção
Os animais apresentam duas
necessidades energéticas a serem
consideradas:

 DE BASE  manutenção do metabolismo


basal - NEM

 VARIÁVEIS  crescimento, reprodução,


lactação, trabalho e outras
Fatores Externos Fatores Ligados ao
Animal
•grau de atividade física •idade
•fase do ciclo reprodutivo
•condições climáticas •estado de saúde
Fases de Maior Exigência Energética
1 - Crescimento
Cão (X NEM) Gato (X NEM)
Nasc. – 3 meses = 2,0 Nasc. – 10 semanas = 3,6
3 – 6 meses = 1,6 10 – 20 semanas = 1,9
6 – 12 meses = 1,2 20 – 30 semanas = 1,4
3 – 9 meses (gigante) = 1,6 33 – 40 semanas = 1,1
9 – 24 meses (gigante) = 1,2
2 - Lactação
As necessidades energéticas são muito altas
(fêmeas com ninhadas numerosas produzem
durante a lactação, mais de duas vezes o seu peso
próprio peso em leite )
até 4 X NEM
3 - Gestação
1,4 a 1,5 X NEM
4 – Trabalho

1,1 a 4,0 X NEM


4 - Enfermidades
As necessidades dependem do tipo e da
severidade da enfermidade
NEM
 Hoje as carências nutricionais
francas são raras

 Os problemas ocorrem com mais frequência


como resultado da:
Superalimentação
Suplementação excessiva
Exposição a substâncias inibitórias
Clara de ovo contém uma
proteína chamada de avidina,
que se liga a biotina (vitamina
H, vitamina B7 ou vitamina
B8) muito ativamente

Peixe cru tem a enzima


tiaminase capaz de destruir a
tiamina (vitamina B1)
Epidemiologia nutricional é uma
área especial na qual dieta,
nutrição e práticas de
alimentação são direcionadas e
relacionadas com a causa,
tratamento ou prevenção de
doenças.
O conhecimento da causa da doença
pode fornecer os mecanismos de controle
ou prevenção

Tratamento por meio de modificações da


dieta pode melhorar a qualidade de vida,
impedir a progressão da doença ou
aumentar a taxa de recuperação ou ainda
promover a cura
No Brasil, Agência Nacional
de Vigilância Sanitária
(Anvisa) enquadra os
produtos nutracêuticos na
categoria de alimentos
funcionais porque
produzem efeitos
metabólicos ou fisiológicos
por meio da atuação de um
nutriente na manutenção
do organismo.
Ácidos graxos poliinsaturados - os ômega-6 são encontrados
nos óleos vegetais (exceto de coco, cacau e dendê) e as fontes
de ômega-3 estão na gordura dos peixes de águas profundas e
frias, nas sementes e no óleo de linhaça.

Fitosteróis - componentes lipídicos com estrutura molecular


semelhante ao colesterol, encontradas em abundância em
frutas, hortaliças, castanhas e soja.

Fitoestrógenos - moléculas não esteroidais, encontradas nos


vegetais, cujas estruturas diferem dos hormônios endógenos,
porém que são capazes de interagir com os receptores de
estrógenos. Os principais são gliciteína, daidzeína e genisteína
(encontrados na soja).
TEOBROMINA
taquicardia,
hiperatividade, tremores e
convulsões

PERSINA
vômito, diarreia, lesões
gastrointestinais e necrose
nas fibras do miocárdio
GLICOALCALÓIDES
(batata e tomate verdes crus)
tremores, convulsão e
arritmias cardíaca

CARAMBOXINA
ÁCIDO OXÁLICO
letargia, bebe mais água,
urina mais e vomita
Insuficiência Renal
letargia, bebe mais água,
urina mais e vomita
Insuficiência Renal
(ÁCIDO TARTÁRICO?)

aumento da
temperatura corporal,
tremores, fraqueza,
letargia e vómitos
ALICINA
fraqueza, letargia, apatia,
taquicardia, taquipneia e
cianose

AKITA e SHIBA UNO


mais sensíveis
CAFEINA
excitação do sistema
nervoso, taquicardia,
hipertensão, crises
convulsivas e morte

ALCOOL
desorientação, letargia, falta
de coordenação motora,
diarreia, vômitos, dificuldades
respiratórias, tremores,
convulsões e até estados de
coma
AÇUCAR, DOCES, CHICLETS
(Xilitol - presente em alguns
adoçantes, refrigerantes, balas e
produtos de higiene bucal)
diarreia, vômito, desidratação
e em longo prazo levar a
obesidade, diabetes e
problemas dentários

GORDURAS E FRITURAS
diarreia, vômito,
desidratação, pancreatite e
problemas no fígado
Características Gerais – Mais de 400 raças
•Gestação: média 60 dias (58 a 62)
•Crias por ano: 2
•Nº de filhotes: 3 a 6
• Temperatura em ºC:
38,0 - 39,0
• Comprimento médio:
variável
•Altura média: variável
•Peso: variável
•Tempo de vida: aproximadamente 20 anos
RAÇA Fêmeas (kg) Machos (kg)
Raças Miniaturas 1,0 – 6,8 1,0 – 6,8
Raças Pequenas 4,5 – 13,6 5,5 – 16,5
Raças Médias 11,5 – 28,0 13,6 – 32,0
Raças Grandes 20,5 – 34,0 25,0 – 38,5
Raças Gigantes 45,5 – 63,5 54,5 – 91,0
Características Gerais

• Gestação: média 62 dias


• Crias por ano: 2
• Nº de filhotes: 3 – 6
• Tempo de vida: 15 a 19 anos
• Temperatura em ºC: 38,0 -
39,0
• Comprimento médio: 55 cm
• Altura média: 30 cm
• Peso médio: 4 kg
5,9 a
8,2kg

3,5 a 7kg 3a
7kg

Maine Coon

Singapura Ragdoll
6 a 9kg
2 a 4kg

Persa Angorá
5 a 6kg 3 a 6kg

4,5 a 8kg
Abissinio Siames
4 a 6kg
Munchkin
2 a 4,5kg >5
kg

Sagrado da
Gato Pêlo Curto Brasileiro Birmania
Padrão para Pontuação da Condição Corporal

1 - Raquítico
2 - Muito Magro
3 - Magro
4 - Abaixo do peso
5 - Ideal
6 - Acima do peso
7 - Pesado
8 - Obeso
9 - Muito
obeso
Escore de Condição Corporal
Alimentos Comerciais
Primeiro preço ou linha de combate
 Possuem quantidades mínimas necessárias
de nutrientes para a manutenção dos
animais, com 18% de proteína bruta, < 5% de
gordura e > 50% de amido.
 Matéria prima simples, com qualidade
inferior, proteína de origem vegetal,
palatabilidade e digestibilidade baixa (< 60%).
Linha econômica
 São rações com formatos diferentes, utilizam
pequena quantidade de proteína animal, com
>20% de proteína e >8% de gordura.
 Embalagens são mais atrativas e apresentam
melhor palatabilidade e digestibilidade (60%
a 70%) quando comparadas com as rações
da linha de combate.
Padrão
 Digestibilidade acima de 70% de matéria seca.
 Entre 3.400 e 3.800 Kcal de EM.
 Surgiram na década de 80 com níveis
nutricionais superiores aos de combate, mais
palatáveis e com controle de qualidade de
matérias-primas um pouco mais rigoroso.
 Linha de formulação variável e utilização da
maior parte de ingredientes de origem vegetal.
 Utilização de corantes e aromas artificiais.
Rações prêmio
 Utilizadas matérias-primas de boa qualidade,
com alta porcentagem de proteína de origem
animal (75%), >23% de proteína bruta, 12% de
gordura, boa digestibilidade (>80%) e
palatabilidade.
 Embalagens bem elaboradas e chamativas.
 Utilização de ingredientes fixos e acima de
3.800Kcal de EM.
Rações super prêmio
 É um novo conceito de nutrição animal, na sua
formulação a quantidade de proteína é
superior a 26%, gordura superior a 15%, níveis
de amido inferiores a 22%.
 Matéria prima diferenciada e excelente
qualidade, alta palatabilidade e digestibilidade
(acima de 85%), alta densidade energética.
 Mais de 4.000 Kcal de EM.
 Atendem a todas as fases da vida dos animais.
RAÇÃO SECA

RAÇÃO SEMI-ÚMIDA

RAÇÃO ÚMIDA
RAÇÃO SECA
É a ração dura, que vem em pacote, em
grânulos que podem ter diversos formatos
(ossinho, coração, pastilha, bolinhas) e cores,
com baixo teor de umidade (<14%) e alta
estabilidade.
RAÇÃO SECA
Vantagens:
- comodidade e baixo custo
- fácil transporte e armazenamento
- volume menor
- diminuição na formação de tártaro
RAÇÃO SEMI-ÚMIDA
 Também vendida em pacotes, é uma ração
macia com teor de umidade entre 25% e
70%.
 Normalmente não necessita de refrigeração
para sua conservação.
 Estabilizadas por meio de conservantes e
modificações do pH.
RAÇÃO ÚMIDA
 Apresentam de 70% a 85% de umidade.
 É a pasta de carne com conservante, vendida
em lata, com um gosto melhor, pois utiliza
vários tipos de carne, apresentada em diversos
sabores, especialmente aqueles destinados
para os gatos: frango, bife, salmão, fígado, etc.
 Depois de aberto o produto deve ser retirado da
embalagem original e conservado sob
refrigeração.
 Para facilitar a escolha dos diferentes
alimentos industrializados, as embalagens
dos produtos para cães e gatos obedecem a
regulamentação do Ministério da Agricultura.
 A forma como são apresentados os níveis de
garantia e o modo de uso do alimento deve
ser igual para todos os fabricantes.
 O rótulo deve conter níveis de garantia,
composição básica e modo de uso.
Alimentação ad libitum ou à vontade
 Implica na existência de quantidade extra de
alimento disponível a qualquer momento
permitindo ao cão comer o quanto quiser, a
qualquer momento do dia.
 O próprio animal regula o seu consumo
alimentar para satisfazer suas necessidades
nutricionais e energéticas.
Alimentação ad libitum ou à vontade
As desvantagens da alimentação à vontade
incluem desperdício de ração, a possibilidade
de utilização de apenas formas secas de ração
e o consumo excessivo.
Nas raças de grande porte, o consumo
demasiado predispõe as doenças esqueléticas
ligadas ao crescimento.
Alimentação com tempo controlado
 Resulta na disponibilidade da dieta em quantidade
abundante por um período de tempo determinado.
 O alimento deve ser oferecido de duas a três
vezes ao dia.
 A maioria dos cães adultos sem estresse ou
alterações fisiológicas é capaz de consumir por um
tempo de 15 a 20 minutos, alimento suficiente para
satisfazer suas necessidades diárias.
Maior interação animal-tutor, mas demanda tempo.
Alimentação com quantidade limitada
 O regime alimentar de escolha para nutrição
de filhotes é a limitação da ingestão de ração,
garantindo a manutenção da taxa de
crescimento e condição corporal ideal.
 Este método é baseado no cálculo da
exigência de energia ou segundo as
recomendações do fabricante.
Alimentando Cães Adultos

 Com a variedade de alimentos para cães

nutricionalmente completas e balanceadas

existentes no mercado, proporcionar uma dieta

apropriada para o cão adulto é simples, sem

necessidade de nenhum tipo de suplemento.


Alimentando Cães Adultos

 As recomendações para a alimentação podem


variar, dependendo da raça, da atividade, do
metabolismo e da preferência do dono do cão.
 Devem ser alimentado duas vezes ao dia,
sempre a mesma hora e ter sempre água potável
fresca à sua disposição.
 Assim como acontece com os seres humanos, o
apetite do cão pode variar de dia para dia.
Alimentando Durante a Reprodução

 Independentemente da raça, a fêmea deve ter pelo


menos um ano de idade e estar pelo menos no
segundo período de cio antes de acasalar.

 Machos e fêmeas utilizados em programa de


reprodução devem apresentar estado corporal
adequado.

 Obesidade é um problema na reprodução do macho


e da fêmea.
Alimentando Durante a Prenhez

 As necessidades de nutrientes durante as primeiras


6 a 7 semanas de prenhez são semelhantes as da
manutenção.
 Durante as últimas 2 ou 3 semanas, as necessidades
para todos os nutrientes aumentarão.
 A menos que uma fêmea tenha tendência para
engordar, pode-se manter o regime a vontade.
 Normalmente, ela comerá mais durante a última fase
da prenhez.
 Recomenda-se ração de boa qualidade.
Alimentando Durante a Lactação

 A lactação é uma das etapas de maior necessidade


nutricional na vida da fêmea.
 Dieta completa e balanceada para a reprodução ou
crescimento proporcionará nutrição adequada.
 A necessidade de leite dos cãezinhos que estão
mamando continuará a aumentar durante cerca de 20
a 30 dias.
 No pico da lactação, a ingestão de alimento pode ser
2 a 4 vezes maior do que a ingestão usual.
 Fêmeas muito atenciosas raramente deixam seus
filhotes para comer ou beber e podem precisar de
encorajamento.
Alimentando Filhotes

 Necessidades de nutrientes para o crescimento e


desenvolvimento normais dos filhotes são maiores
do que as do cão adulto.
 Usar dietas nutricionalmente completas e
balanceadas destinadas ao crescimento.
 Não é necessário suplementação adicional na
forma de vitaminas, minerais, carne ou outros
aditivos.
 Os filhotes novos devem ser alimentados pelo
menos três vezes ao dia até que suas necessidades
alimentares comecem a equilibrar-se.
Alimentando Cães de Trabalho

 Os cães de trabalho são, usualmente, aqueles


utilizados para caçar, pastorear ovelhas, bem como os
que, rotineiramente, correm longas distâncias.
 Os cães de trabalho podem ter maior necessidade de
nutrientes quando estão treinando ou efetivamente
trabalhando.
 Os alimentos devem ser completos e balanceados
com alta densidade de nutrientes.
 Alimentar os cães quase na hora dos exercícios pode
resultar em um mau desempenho, distúrbio gástrico
ou desconforto e aumentar o risco de dilatação
gástrica.
Alimentando Gatos

 Possuem necessidades nutricionais especiais.

 As necessidades nutricionais dos gatinhos


mudam quando passam do estágio de
crescimento rápido para o de adolescência.

 A nutrição adequada durante esses períodos


críticos de crescimento ajuda os filhotes a se
tornarem gatos adultos fortes e saudáveis.
Alimentando Gatos Adultos

 Quando o gato atingir cerca de 12 meses de


idade, mudar para alimento de manutenção.

 Fazer essa alteração de forma gradual ao


longo de vários dias.

 Monitorar o peso e as condições corporais


durante a transição, com ajuste ada
quantidade se necessário.
Alimentando Gatos Adultos

 Como tendem a comer somente o que precisam,


a alimentação de livre escolha funciona para a
maioria dos gatos.
 Gatos que não se exercitam muito podem comer
demais com esta opção.
 Nesse caso, uma alimentação com porções
controladas 2 a 3 vezes ao dia é uma boa
alternativa.
Alimentando Gatos Jovens

 Fase de crescimento rápido - de 2 a 6 meses.


 Dieta balanceada - nutrientes e a energia para
sustentar esse rápido desenvolvimento.
 Dobro das necessidades de energia e
nutricionais do gato adulto.
 A boca, os dentes e o estômago menores
limitam a quantidade de alimento que eles
podem digerir durante uma única refeição.
Alimentando Gestantes

 O período de gestação é de 9 semanas.


 As gatas em gestação, assim como os
humanos, ganham peso gradualmente durante
toda a prenhez.
 As necessidades de energia devem aumentar
gradualmente de forma que, no final da
gestação, esteja consumindo entre 25% e 50% a
mais que as quantidades de calorias da
manutenção.
Alimentando Lactantes

 Usar dieta com alta densidade de nutrientes -


alimentos para filhotes.
 Não aumentar a quantidade de alimento
oferecida em cada refeição, mas sim aumentar o
número de refeições ao longo de todo o dia.
 Alimentar livremente (acesso ilimitado a
alimentos secos durante todo o dia).
 É importante a ingestão adequada de água para
produzir um volume de leite suficiente.
Espero
que
tenham
gostado....

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