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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DE MOÇAMBIQUE

CERTIFICADO VOCACIONAL EM AGRO-PECUÁRIA DE NÍVEL III

Módulo: Identificar e Fertilizar o Solo

TEMA: Textura do solo


 Definição, capacidade e função

Nome da formanda:
Justina Nicolão Tobias Marondo
Código: 2442503898I
Turma: C
Nome do formador:
Vicente Da Bombarda

Chimoio, Maio de 2024


Índice
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO.......................................................................................4

1. Introdução..................................................................................................................4

1.1. Objectivos...............................................................................................................4

1.1.1. Geral....................................................................................................................4

 Analisar a textura do solo...........................................................................................4

1.1.2. Específicos..........................................................................................................4

1.2. Metodologia............................................................................................................4

CAPÍTULO II – DESENVOLVIMENTO........................................................................5

2. Textura do solo...........................................................................................................5

2.1. Definição................................................................................................................5

2.1.1. Textura................................................................................................................5

2.1.2. Textura do solo...................................................................................................5

2.2. Classificação dos solos de acordo com a textura....................................................7

2.3. Capacidade de retenção da água.............................................................................7

2.4. Função de textura do solo.......................................................................................8

CAPÍTULO III – CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................9

3. Conclusão...................................................................................................................9

4. Referências bibliográficas........................................................................................10
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1. Introdução

O presente trabalho do modulo Identificar e Fertilizar o Solo, tem como foco: “Textura
do Solo”, e que tem como objectivo geral analisar a textura do solo, e que também tem
como objectivos específicos definir a textura do solo, descrever a capacidade de rotação
de água e descrever a função da textura do solo.

De salientar que, actualmente os termos textura e granulometria estão sendo


empregados como sinónimo em diversos estudos. O que é um fato preocupante, pois
textura é uma das características do solo relacionada às partículas primárias (areia, silte
e argila) e a sensação que estas partículas oferecem ao tato (atrito, sedosidade e
pegajosidade).
A textura do solo é um dos principais parâmetros utilizados como indicadores de
qualidade física do solo, através da sua determinação é possível inferir sobre outros
parâmetros, além de compreender o comportamento e manejo do solo, importantes para
a produtividade agrícola.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Analisar a textura do solo.
1.1.2. Específicos
 Definir a textura do solo;
 Descrever a capacidade de rotação de água;
 Descrever a função de textura do solo.
1.2. Metodologia

A metodologia utilizada para a execução desse trabalho foi a pesquisa bibliográfica, a


qual, segundo o autor Gil (2002, p. 48) é “desenvolvida a partir de material já
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase
todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas
desenvolvidas exclusivamente a partir de fonte bibliográficas”.
Prosseguindo-se, buscou-se a adopção de alguns critérios para uma revisão bibliográfica
com todo o material que foi colectado. Em busca de melhor entender os elementos
utilizados, os dados foram tratados de uma forma qualitativa, examinando os itens em
destaque segundo os fenómenos ressaltados pelos autores.

CAPÍTULO II – DESENVOLVIMENTO
2. Textura do solo
2.1. Definição
2.1.1. Textura

Textura é a proporção relativa das partículas sólidas na massa do solo, ou seja, é a


proporção relativa entre areia, silte e argila em um material do solo. Esta proporção
depende do tipo de rocha e do intemperismo que ela sofreu, ou seja, do conjunto de
processos mecânicos, químicos e/ou biológicos que determinaram a decomposição ou
desintegração desta rocha, (PRADO, 2017).

Na fracção silte encontram-se os minerais primários e, eventualmente, secundários. A


fracção areia é constituída basicamente por grãos de quartzo, podendo também ocorrer
outros minerais como, por exemplo: mica, zircão, turmalina, ja nas argilas, embora
sejam as menores partículas do solo, são aquelas que apresentam a maior superfície
específica, tendo importância fundamental nos fenómenos físicos e químicos que
ocorrem no solo.

A textura, é um dos principais indicadores de qualidade e produtividade dos solos


(KLEIN, 2014), uma vez que influencia na dinâmica da adesão e coesão entre as
partículas de solo bem como o manejo dos solos, que, por conseguinte influencia a
resistência do solo à tracção bem como a dinâmica da água no solo.
2.1.2. Textura do solo

Textura do solo é uma característica física dos solos que descreve a distribuição das
dimensões das partículas constituintes da parte mineral da matriz do solo com base no
seu diâmetro eficaz, em geral considerando apenas as partículas com menos de 2 mm de
diâmetro.

A textura do solo pode ser determinada usando métodos qualitativos, como a


determinação da textura pelo tacto, e métodos quantitativos, como o método do
hidrómetro baseado na lei de Stokes. A determinação da textura do solo tem aplicações
agrícolas, entre as quais a determinação da adequação do solo à cultura pretendida e
prever a resposta do solo às condições ambientais e de maneio, como a resiliência à seca
ou os requisitos de cálcio, (PRADO, 2017).

Figura 1: Textura do solo

Fonte: Prado, 2017


De acordo com Prado (2017), a textura do Solo depende de análise granulométrica, ou
seja, da avaliação das proporções entre as partículas de areia, silte e argila. Entretanto,
muitas vezes esse procedimento é custoso e demorado. Assim em linha gerais, uma
análise rápida e simples no campo pode ser feita manualmente se considerarmos:

 Solo arenoso são formados predominantemente por areia grânulos que possuem
0 , 0 5 mm e 2 mm de espessura e apresentam baixa fertilidade química e eles não
são pegajoso, áspero, não plástico.
 Solos siltoso são formados por materiais com espessura entre
0,002 mm e 0 ,05 mm , o que caracteriza uma granulometria intermediaria entre a
areia (mais grossa) e a argila (mais fina). Esses solos não são pegajosos,
sensação de sedosidade, plástico.
 Solos argilosos são formados por materiais muito finos, com espessura igual ou
inferior a 0,002 mm. Trata-se de um solo pouco poroso que tem uma capacidade
muito grande de armazenar água, embora sua permeabilidade seja menor do que
a dos demais tipos. Eles são pegajoso, sensação de sedosidade, plástico.

O solo de textura média estaria então como não pegajoso, pouco áspero e um pouco
plástico e maleável.
2.2. Classificação dos solos de acordo com a textura

Com a determinação da textura do solo é possível obter uma estimativa indirecta de


diversos factores dentre eles: a dinâmica da água, resistência do solo a tracção, grau de
compactação do solo, capacidade de troca de catiões, dosagem de nutrientes, correctivos
e de herbicidas. Cabe ressaltar que a textura do solo não é sujeita a mudanças de classe,
sendo esta uma característica intrínseca do solo, podendo assim ser somente afectada
quando ocorrer à mistura com solos de texturas diferentes.
Dentro da classificação textural existem três grupos principais de classes conhecidas,
sendo estas: solos arenosos, francos e argilosos; sendo que em cada grupo coexistem as
classes texturais específicas, que totalizam 13 classes texturais. Estas classes fornecem
uma ideia da distribuição do tamanho de partículas e indicam o comportamento das
propriedades físicas do solo (BRADY & WEIL, 2013, p.790).

2.3. Capacidade de retenção da água


A água é retida no solo de duas maneiras: como um filme revestido as partículas sólidas
(matriz do solo) e no espaço poroso.

A textura de um solo determina a capacidade de retenção de água, um solo com textura


arenosa apresenta menor superfície e, consequentemente, menor retenção de água,
enquanto um solo com textura argilosa apresenta maior superfície específica e maior
retenção de água, (KLEIN, 2014).

A textura também interfere em diversos aspectos da drenagem dos solos. Solos arenosos
são aqueles que apresentam a maior eficiência na transmissão da água, porém menor
capacidade de retenção, pois possuem um grande volume de macroporos. Solos
argilosos, tendem a formar agregados com grande volume de microporos, o que permite
a retenção de grande quantidade de água por capilaridade; porém, a movimentação das
argilas (expansão e contracção sob efeito do humedecimento e ressecamento), favorece
a formação de macroporos entre os agredados, facilitando que uma parte da água
infiltrada drene com mais eficiência.
A tendência ao encrostamento também está relacionada à textura. Sob a acção do
impacto das gotas de chuva, a estrutura superficial dos solos pode ser modificada,
tendendo à formação de uma camada onde os sedimentos finos dispõem-se na forma de
lâminas. O impacto das gotas causa a compactação dos finos e o selamento dos poros,
dificultando a penetração da água. Nos solos argilosos essa tendência pode ser atenuada
pela movimentação das argilas. O mesmo não acontece com a fracção silte, decorrendo
que os solos mais ricos em silte tenham uma tendência maior ao encrostamento.

2.4. Função de textura do solo

A textura do solo contribui na capacidade de fornecimento de nutrientes, assim como na


retenção e condução de água e ar, necessários para o desenvolvimento radicular das
plantas. Estes factores também determinam o comportamento do solo quando utilizado
em estradas, construções, fundações, ou cultivo. Pela sua influência no movimento da
água através do solo e fora dele, as propriedades físicas também exercem uma grande
influência sobre a degradação do solo pelo processo erosivo.

A textura do solo é um dos principais parâmetros utilizados como indicadores de


qualidade física do solo, através da sua determinação é possível inferir sobre outros
parâmetros, além de compreender o comportamento e manejo do solo, importantes para
a produtividade agrícola.
CAPÍTULO III – CONSIDERAÇÕES FINAIS
3. Conclusão

Com base nesta revisão é possível concluir que a produtividade do solo está totalmente
relacionada com a textura deste solo. Porém, esta relação também se encontra envolta
de outras características, como por exemplo, o tipo de manejo adoptado bem como a
cultura empregada.
A textura do solo é um dos principais parâmetros utilizados como indicadores de
qualidade física do solo, através da sua determinação é possível inferir sobre outros
parâmetros, além de compreender o comportamento e manejo do solo, importantes para
a produtividade agrícola.
Contudo, solos arenosos podem ser utilizados para o cultivo, desde que seja realizada a
implantação de sistemas de produção que consista em novos arranjos e combinações de
espécies. Para que isso ocorra é necessária uma gestão adequada do uso e manejo do
solo, que considere a textura de cada tipo de solo, bem como das necessidades de cada
cultura.
4. Referências bibliográficas
 BRADY, N.C.; WEIL, R.R. (2013). “Elementos da natureza e propriedades
dos solos”. 3. ed. Porto Alegre: Bookman.
 GIL, A. C. (2002). “Como elaborar projectos de pesquisa”. [versão
electrónica] 4ª ed. – São Paulo: Atlas.
 KLEIN, V. A. (2014). “Física do solo”. Ed. Universidade de Passo Fundo. 3º
edição.
 PRADO, H. (2017). “Pedologia fácil: textura do solo”. Disponível em:
http://www.pedologiafacil.com.br/textura.php# . Acesso em: 01 Mai. 2024.

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