Revista Terra & Cultura: Cadernos de Ensino e Pesquisa

ISSN 2596-2809

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BENEFÍCIOS CUTÂNEOS DA UTILIZAÇÃO ORAL E TÓPICA DA VITAMINA C

CUTANEOUS BENEFITS OF ORAL AND TOPICAL USE OF VITAMIN C

Isabela Maria Santa Rosa1

Mylena Cristina Dornellas Costa2
Talita Oliveira da Silva3

RESUMO

A vitamina C contém inúmeros benefícios à saúde e também a pele. No uso tópico

ela possui uma propriedade que estimula a síntese de colágeno combatendo o
envelhecimento cutâneo, possui ação anti-inflamatória; e no uso oral os seus
benefícios ajudam a aumentar a imunidade e resistência a infecções e, como
antioxidante, para inibir os radicais livres. Para as pessoas que praticam atividade
física, ela atua na reconstrução muscular evitando dores, do pós treino, e a fadiga
muscular. Foi observado que a vitamina C por ser o antioxidante mais abundante
no organismo, é responsável pela formação de fibras colágeno, também oferece
fotoprotecão conta raios solares, no uso tópico. Quando aplicada topicamente e 22
acumulados na pele, os efeitos são mais eficazes do que quando a ingerimos.
Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo enfatizar os benefícios do uso
da vitamina C, mais conhecida como Ácido Ascórbico, por ser um agente
antioxidante e clareador no tratamento de envelhecimento cutâneo, e explorar sua
ação também no uso oral, através de revisão bibliografia, consulta em periódicos,
livros, sites e revistas cientificas.

Palavras-chave: vitamina C; pele; envelheciemento.

ABSTRACT

Vitamin C contains numerous health benefits and also the skin. In topical use, it has
a property that stimulates collagen synthesis to combat skin aging, it has anti-
inflammatory action; and in oral use, its benefits help to increase immunity and
resistance to infections and, as an antioxidant, to inhibit free radicals. For those who
practice physical activity, it works on muscle reconstruction, avoiding post-workout
pain and muscle fatigue. It was observed that vitamin C, being the most abundant
antioxidant in the body, is responsible for the formation of collagen fibers, in
addition to offering photoprotection against sunlight, in topical use. When applied

1
Acadêmica do Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética do Centro Universitário
Filadélfia – Unifil Londrina PR.
2 Professora Orientadora, Docente do Curso Superior de Tecnologia em Estética e Cosmética do

Centro Universitário Filadélfia – Unifil Londrina PR.

3 Professora Coautora docente do curso de estética e cosmética Unifil Londrina PR.

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topically and accumulated on the skin, the effects are more effective than when
ingested. Thus, the present study aimed to emphasize the benefits of using vitamin
C, better known as Ascorbic Acid, as it is an antioxidant and lightener in the
treatment of skin aging, in addition to exploring its action also in oral use, through
review literature, consultation in periodicals, books, websites and scientific journals.

Keywords: vitamin C; skin; aging.

1 INTRODUÇÃO

O ácido L-ascórbico, mais conhecido como a vitamina C, devido a seus

efeitos favoráveis para a saúde, tanto como no uso tópico, como cosmético, quanto
no uso oral (HILL, 2017).
Neste trabalho vamos ressaltar a vitamina C como uso tópico e oral. Possui
a propriedade que estimula a síntese de colágeno, em um tratamento a longo
prazo poderá haver uma melhora significadamente na ativação dos fibroblastos
ajudando nas cicatrizes (VIDAL; FREITAS, 2015). 23
O ácido ascórbico é o antioxidante mais abundante no organismo,
essencialmente na pele, ele possui grande papel na formação das fibras colágenas
que estão presentes no corpo humano. É um composto químico essencial para
algumas enzimas, estimula a transição dos genes de colágeno, ajuda a
microcirculação e a diminuir as reações cutâneas, também fornece fotoproteção,
quando usada topicamente. Por ser antioxidante tem a capacidade de banir os
radicais livres de óxido de nitrito e oxigênio (STEINER; ADDOR, 2014).
O objetivo deste trabalho é evidenciar o uso de vitamina C de maneira tópica
e oral. Pesquisar de maneira ampla a ação da vitamina C e formas de
apresentação, suas associações a outros ativos, que facilitem a absorção e
potencializam sua capacidade de absorção na pele. Estudar a caracterização
anatomofisiológica da pele. Analisar as principais alterações do envelhecimento
cutâneo junto com o uso do ácido ascórbico tópico, e os benefícios no uso oral.

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2 DESENVOLVIMENTO

CARACTERIZAÇÃO ANATOMOFISIOLÓGICA DA PELE

Segundo Junqueira e Carneiro (2013) e Lephart 2016), a pele representa um

dos maiores órgãos do corpo humano, corresponde cerca de um sexto do peso
corpóreo. Sua principal função é de formar uma barreira, protegendo o corpo da
desidratação, protegendo também de ataques externos de agentes patogénicos,
físicos e químicos como a radiação UVA e UVB (LEPHART, 2016).
Também, uma de suas funções fisiológica essencial, é a defesa
imunológica, através das células de Langerhans (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013),
defesa antioxidante e a termorreguladora (LEPHART, 2016).
Anatomicamente a pele está dividida em três camadas: epiderme, derme e
hipoderme (LEPHART, 2016).

24
- Epiderme

A Epiderme é a camada mais superficial da pele, é composta por epitélio

escamoso estratificado queratinizado, não possui vascularização, estão presentes
quatro tipos de células, 90% são denominadas queratinócitos, é quando uma célula
sofre queratinização, o melanócito que é responsável pela melanina, as células de
Langherrans que são células imunológicas e células de Markel que são
responsáveis pela sensação do tato (LOCKS; KOCH; DEVILLA; 2018).

- Derme

A derme é segunda camada da pele, é espessa, vascularizada e nutri a

epiderme. É dividida em duas camadas, derme papilar, que é mais superficial e a
derme reticular mais profunda. As duas camadas são envolvidas em uma
substância fundamental amorfa, que atrai moléculas de água, promovendo um alto
grau de hidratação. (LOCKS; KOCH; DEVILLA; 2018)

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É composta por tecido conjuntivo, como o colágeno e as fibras elásticas.

Algumas substâncias presentes na sua composição tornam a pele resistente e
elástica, as fibras elásticas e o colágeno são organizados em padrões definidos no
interior da derme, de maneira a produzir linhas de tensão na pele, garantindo seus
tônus. (LOCKS; KOCH; DEVILLA; 2018)

- Hipoderme

A hipoderme é considerada a camada mais profunda e é responsável por

fazer a ligação entre a pele, músculos e ossos. Também colabora no
armazenamento de energia e no metabolismo, e oferece nervos e vasos
sanguíneos. Fornece proteção contra altas e baixas temperaturas. É responsável
por fazer armazenamento de metade de gordura corpórea. As células que compõe
a hipoderme são adiposas, os macrófagos e os fibroblastos (COSTA, 2018).

25
DINÂMICA DO ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

Conforme o ser humano vai envelhecendo modificações vão acontecendo

no organismo, inclusive na pele, isso é denominado envelhecimento cutâneo.
Ocorre a ação conjunta de dois processos diferentes: o envelhecimento intrínseco,
que é o cronológico, e o envelhecimento extrínseco, que é o causado por fatores
ambientais, como o foto envelhecimento (BORGES; 2017).

Envelhecimento Intrínseco

O envelhecimento cutâneo intrínseco ocorre em todas as pessoas

dependendo da idade, está diretamente relacionado a fatores genéticos, hormonais
e metabólicos. Os principais sintomas do envelhecimento intrínseco são: pele fina,
atrófica, seca, pálida, apresenta flacidez, perda de elasticidade cutânea e perda de
gordura subcutânea, também o aparecimento de rugas finas. Neste tipo de
envelhecimento é possível observar alterações na epiderme, derme e hipoderme.
Há uma redução das renovações celulares ocorridas na epiderme, às camadas de

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células mortas mais externas permanecem cada vez mais tempo sem serem
removidas deixando a pele cada vez mais rugosa e sem brilho (BORGES, 2017).
Na derme há uma diminuição de nutrientes, também há diminuição da
produção de sebo pelas glândulas sebáceas o que torna a pele mais seca levando
assim ao aparecimento de rugas finas. A diminuição da quantidade de colágeno e
elastina e a redução da concentração de glucosaminoglicanas e a diminuição vai
levar a uma menor capacidade de reter água, a uma menor elasticidade e
novamente o aparecimento das rugas (BORGES, 2017).

Envelhecimento Extrínseco

O envelhecimento extrínseco é induzido por fatores externos, ambientais,

ocorrendo somente nas áreas do corpo que se encontram expostas, tais como a
face, o decote e dorso das mãos. Os principais sintomas são: rugas mais
profundas, alterações da pigmentação, como é o caso da hiperpigmentação
26
cutânea e hipopigmentação cutânea, perda de elasticidade, amarelecimento e, em
casos mais graves, pode até levar a alterações de carácter maligno (BORGES,
2017).
O estilo de vida do indivíduo influencia significadamente na aparência da
pele aumentar o risco de formação de rugas precoces, como a má alimentação, a
ingestão de bebidas alcoólicas em excesso, cigarro, falta de exercício físico e de
sono desregulado. A diminuição da produção de radicais livres pelo organismo
pode ser conseguida com a restrição calórica, aumento da ingestão de
antioxidantes, a prática de exercício físico e a diminuição do stress, reduzindo
assim a degradação de colágeno e elastina que são importantes para a prevenção
do envelhecimento (BORGES, 2017).

CARACTERIZAÇÃO DA VITAMINA C

O ácido ascórbico é um composto cristalino, pois está relacionado aos

monossacarídeos, é estável quando seco, quando em contato com a água, ar e
alimentos alcalinos oxida facilmente. É uma molécula hidrossolúvel, pois tem

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interação com a água. É um antioxidante, que inibe as ações oxidativas nas

moléculas, faz uma barreira impedindo as proteínas de serem atacadas. Tem
grande participação no sistema imunológico, estimulando e acelerando as células
de defesas do nosso organismo. Também ajuda na absorção de íons de ferro no
nosso organismo. No nosso organismo possui rápida absorção, tem ação protetora
contra raios solares. (FERREIRA; ALVES; MORAES; 2018).

Figura 1 - Fórmula estrutural plana da vitamina C

27
Fonte: Ferreira; Alves; Moraes (2018).

A vitamina C com a nomenclatura L-treo-2hexenona-1,4-lactona, foi

modificada oficialmente para ácido ascórbico no ano de 1965 pela comissão de
nomenclatura bioquímica IUPAC (International Union of Pure and Applied
Chemistry). O nome se dá pela ação contra o escorbuto que a vitamina C possui. E
possui diferentes formas químicas tais como; ácido L-ascórbico, ácido D-
isoascórbico e ácido cevitâmico (ARANHA et al., 2000; ROSA et al., 2007).
Também é encontrado em formas isoméricas: ácido D–ascórbic e ácido L–iso-
ascórbico (OLIVEIRA; GODOY; PRADO, 2012).
O ácido deidroascórbico é a base fisiológica da vitamina C e apresenta
forma reduzida ou oxidada do ácido ascórbico, as duas são ativas, contudo a forma
oxidada é mais utilizada em substancias naturais (ROSA et al., 2007). Ela possui a
ação conta o antienvelhecimento e está ligada a regeneração da epiderme,
promovendo a fotoproteção (CÂMARA; TAVARES; CAVALCANTI, 2019).

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Em produtos cosméticos a vitamina C se apresenta de várias formas,

ascorbosilane C (silício orgânico do ácido ascórbico), VC-IP (tetraisopalmitato de
ascorbila), nanoesferas (ácido ascórbico nanosferizado), talasferas (vitamina C
englobada em microsferas de colágeno marinho recoberto por
glicosaminoglicanas), VC-PMG (fosfato de ascorbil magnésio) e palmitato de
ascorbila (PUHL et al., 2018).

A principal função do ácido ascórbico se dá pela produção do colágeno,

agindo como co-fator das enzimas lisil e prolil hidroxilases, que fazem a
hidroxilação dos resíduos prolil e lisil nos polipeptídeos (colágeno). Esta
ação faz com que o colágeno da tripla hélice se estabilize e ocorra o
processo de secreção para o espaço extracelular como pró-colágeno e
este então seja transformado em tropocolágeno e finalmente se
rearranjem nas fibras colágenas. Lisil e prolil são enzimas férricas e como
o ácido ascórbico facilita a absorção de ferro por mantê-lo no estado
reduzido estas enzimas são protegidas contra a auto-inativação, sendo
assim as fibras colágenas são produzidas rígidas e íntegras, sem
alterações (FERREIRA; ALVES; MORAES, 2018).

Os benefícios fisiológicos da vitamina C na sua aplicação tópica na pele são

diversos, tais como efeito anti-inflamatório, podendo ser usado em tratamento de 28

dermatoses inflamatórias, doenças autoimunes e doenças fotossensibilizantes. O

ácido ascórbico possui a propriedade de estimular a síntese de colágeno, em um
tratamento tópico prolongado pode resultar na ativação da síntese de fibroblastos e
diminuir as cicatrizes causadas pela idade, principalmente na região peri-orbital
(VIDAL; FREITAS; 2015).
Dados indicam que a aplicação tópica de vitamina C restaura a estrutura
anatômica da junção dermoepidérmica na pele jovem, além de aumentar o número
de anéis capilares nutritivos na derme papilar, na pele envelhecida de mulheres
pós-menopausa (SANDOVAL; CAIXETA; RIBEIRO, 2015).
Aquino e Carmello (2013) sugerem que o seu uso tem sido recomendado
para resistência a infecções, como antioxidante, combatendo os radicais livres, e
para aumentar a imunidade. No uso tópico possui a ação contra os radicais livres e
estimula a síntese de colágeno e glicosaminoglicanos, além de promover
hidratação e tonificação a pele. Também é cicatrizante, reduz o grau e o tempo de
duração do eritema pós peeling. É recomendada nas concentrações de 5% a 20%
em forma de gel, creme e loção cremosa.

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Segundo Santos (2013), Lee, Lee e Jung (2011), a vitamina C no uso tópico
quando acumulados na pele, são superiores aqueles que conseguidos através de
sua ingestão oral.
Outro benefício importantíssimo do ácido ascórbico é o clareamento da pele,
ele faz inibição a síntese de melanina. Atua como despigmantante. Ele reverte às
reações de oxidação, que converte a dopa em melanina e, principalmente, a
converte dopa em dopaquinona, por ação da tirosinase a melanina não pode ser
formada (SILVA; FERRARI, 2011).
O ácido ascórbico por ser uma vitamina hidrossolúvel, como falamos a cima,
ela atua com diversas reações químicas que faz com que haja uma redução das
espécies reativas de oxigênio, ela se encontra nas composições de vegetais e
frutas, como: laranja, limão, acerola, kiwi, morango e outros (SOARES et al., 2019).
De acordo com Antunes et al. (2017) frutas nativas brasileiras, antioxidantes,
como; pupunha, pitaya e o pequi possuem maiores quantidades da vitamina C. Em
relação a atividade antioxidante por capacidade redutora de ferro FRAP (Ferric
29
Reducing Antioxidant Power) o açaí, goiaba e o jambolão, são mais indicadas para
utilização como antioxidante.
Outra forma do organismo receber o ácido ascórbico é a ingestão de
comprimidos efervescentes, porém é necessário levar em conta a qualidade,
quantidade e a forma de como esse produto está sendo armazenado na farmácia,
pois se houver irregularidade quanto ao uso e o armazenamento essa vitamina
poderá não ter o efeito terapêutico esperado e podendo ser um medicamento
tóxico ao organismo (ALENCAR et al., 2019)
Segundo Chou et al. (2018) o uso de vitamina C na prática de exercícios
físicos tem por objetivo proteger o organismo do dano oxidativo causado pelo
exercício exaustivo. Outro benefício atribuído às vitaminas é que o ácido ascórbico
faz reutilização da vitamina E quando em degradação no organismo, aumentando a
ação antioxidante destes nutrientes.
A vitamina C na prática de exercício físico faz papel inibidor das espécies
reativas de oxigênio, a alta produção delas no organismo, através das atividades
aeróbicas e anaeróbias podem ocorrer efeitos nocivos às células e estruturas

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celulares, acometendo deficiências metabólicas, como: comprometimento do

sistema imunológico, fadiga e lesões musculares (SOARES et al., 2019).
E quando a liberação das espécies reativas de oxigênio na pratica de
exercício físico, ocorre a ativação do sistema antioxidante fisiológico, ativando
benefícios biológicos ao treinamento (SOARES et al., 2019).
Sua absorção se inicia no intestino delgado, por onde passa a corrente
sanguínea e é transportado aos tecidos. Há ainda tecidos que apresentam alta
concentração como; suprarrenal, do cérebro, do rim, do pâncreas, pituitário, do
fígado, do baço e as células sanguíneas (COSTA; ROSA, 2010).
A alta concentração do ácido ascórbico, oral, no organismo é eliminada pela
urina em forma do ácido oxálico, dreidoascórbico e treônico. Frutas e vegetais que
estejam expostos à luz ou ao calor, estão sujeitos a perder esta vitamina, por ser
eliminada com facilidade (COSTA; ROSA, 2010).
O ácido ascórbico contribui fazendo com que o ácido fólico inativo se
transforme em ativo, no caso o ácido folínico, auxilia também na regulação do ciclo
30
respiratório nos cromossomos e na mitocôndria. Além disso, ao ingeri-lo a
absorção de ferro no organismo será intensificada, o a vitamina C transforma o
ferro Férrico em ferroso facilitando assim a absorção (COSTA; ROSA, 2010).
Segundo Munyaka et al. (2010), Costa e Rosa (2010, p. 50) a vitamina C no
uso oral por ser antioxidante, pode agir no organismo contra determinadas doenças
como; câncer, doenças cardiovasculares, catarata e no tratamento de hipertensão.
De acordo com a Organização para Alimentação e Agricultura e da
Organização Mundial da Saúde, em 1960 indicavam 30mg da vitamina C para
indivíduos maiores de 13 anos, 50mg durante a gravidez e a lactação e 20mg para
crianças até 13 anos e recém-nascidos. Após 10 anos, em 1970 o National
Rosearch Council (EUA), indicava 45mg para os adultos, 60mg durante a gestação
e 80mg durante a lactação. E atualmente de acordo com a Ingestão Diária
Recomendada (IDR) a quantidade diária ideal para os homens é de 90mg, para as
mulheres 75mg, 85mg na gestação e 120mg para lactantes. Para as pessoas que
fumam 100mg é o recomendado, por ter menor teor de ácido ascórbico sérico
(COSTA; ROSA, 2010).

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O organismo humano que não possui a quantidade ideal da vitamina C está

sujeito a ter escorbuto, com sintomas hemorrágicos por causa do aumento da
permeabilidade de pequenos vasos sanguíneos, sangramento, perda de apetite,
edema, fraqueza, inflamação nas gengivas; podendo haver perda de dentes,
anemia, dor e outros. Poderá haver outros tipos de sintomas como; hipocondria,
depressão e histeria, também formação de cálculos renais. A alta ingestão dessa
vitamina pode desenvolver dependência (COSTA; ROSA, 2010).
Contudo foi observado que o uso da vitamina C proporciona ao ser humano
diversas melhorias para a saúde de uma forma geral. E entre esses benefícios um
dos mais notados é a ação que o ácido ascórbico promove na pele, sendo utilizado
de forma tópica, possuindo maior concentração e absorção se comparada à
utilização oral. Quando usada em formulações adequadas e por um período
significativo pode se obter uma melhora no aspecto da pele, agindo contra as
alterações causadas pelo envelhecimento, faz inibição da ação da melanogênese,
estimulando a produção de colágeno, sendo antioxidante, atuando na formação de
31
uma proteção na superfície da pele, promove maior hidratação, diminuindo os
danos causados pelos raios UV, aumentando a firmeza da pele, e ocorrendo uma
diminuição no fotoenvelhcimento. (PUHL et al., 2018).

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DA VITAMINA C

Um dos principais benefícios da vitamina C é a ação que ela promove no

uso tópico, sendo fundamental, por ser antioxidante, ela é uma grande aliada
contra o envelhecimento cutâneo. Possui ação contra os radicais livres achados no
meio aquoso, por ter fácil dissolução em água, ajuda na proteção dos antioxidantes
(CÂMARA; TAVARES; CAVALCANTI, 2019).
A vitamina C é importantíssima para a formação de novas fibras colágenas
que estão presentes no corpo humano. Possui ação antienvelhecimento, atua
promovendo a regeneração da epiderme, camada mais superficial da pele, tem a
capacidade de proliferar os fibroblastos. Auxilia no tratamento de hipercromias, por
ter ação despigmentante promovendo clareamento da pele (CÂMARA; TAVARES;
CAVALCANTI, 2019).

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Em tratamentos estéticos a vitamina C pode ser combinada com o ácido

hialurônico, por possuir ligação com átomos de hidrogênio, promovendo um
aumento na hidratação da pele e também ser um agente higroscópio. Os dois
produtos associados vão atuar mantendo e recurando a elasticidade da pele,
promovendo reparação e também possuem o efeito antioxidante (CÂMARA;
TAVARES; CAVALCANTI, 2019).
A indústria de cosméticos cada vez mais tem explorado a utilização da
vitamina C, pois promove grandes efeitos no combate ao envelhecimento. E a
procura de produtos e tratamentos antienvelhecimento só tem aumentado
(CÂMARA; TAVARES; CAVALCANTI, 2019).
Segundo Vieira e Souza (2019) a vitamina C usada de forma tópica, em
solução aquosa, tem penetração com grande facilidade, pois é acumulada na
barreira subcutânea. Dados indicam que em 48horas a pele irá absorver 15% da
vitamina C, sendo assim será mais bem absorvida do que através da alimentação.
De acordo com Murad (2006) a vitamina C no uso tópico tem ação
32
multifuncional. Um dos seus benefícios acontece na epiderme, sendo a camada
que mais possui a vitamina C, prevenindo a desidratação da pele, preservando a
função de proteção da mesma. Também está ligada a produção de colágeno e
elastina e possui ação de proteção contra raios ultravioletas.
Possui ação inibidora da formação de melanina, por ser uma substância
antioxidante agindo em conjunto com a vitamina E em processos oxidativos da
síntese de melanina. As duas vitaminas C e E atuam combatendo os danos
realizados pelos radicais livres. O processo é feito da seguinte maneira; a vitamina
E reage a um radical livre e a vitamina C atua na reparação do dano causado.
Ambas fornecem proteção contra os danos causados pelo UVB, porém a vitamina
C é mais eficaz na proteção contra UVA (PUHL et al., 2018).
A vitamina C é responsável pelo crescimento e evolução das células
atuando no clareamento da pele e promovendo defesa e reparo contra os danos
causados pelos agentes nocivos (SILVA; PINHEIRO, 2018).
Também atua na restauração a estrutura anatômica dermoepidérmica em
peles mais jovens, promovendo aumento ao número de anéis capilares nutritivos
na derme, e em peles envelhecidas de mulheres no período pósmenopausa. A

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vitamina C usada de forma pura possui compatibilidade com a pele. E a

porcentagem dela em produtos cosméticos possui uma variação de 5% a 15%,
porém o efeito que a vitamina C promove, já é obtido em formulações com no
mínimo 10% (CÂMARA; TAVARES; CAVALCANTI, 2019).

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nesse estudo buscou-se explorar os efeitos fisiológicos da vitamina C no

uso tópico, atuando contra o envelhecimento cutâneo, e oral, promovendo
inúmeros benefícios à saúde e sendo essencial a sua ingestão, para se ter
qualidade de vida.
No tratamento oral ocorre um aumento da imunidade, poderá agir no
organismo contra determinadas doenças como; câncer, doenças cardiovasculares,
catarata e no tratamento de hipertensão. É resistente a infecções, atua evitando
lesões e dores musculares, sendo essencial após a prática de exercícios.
33
Por ser antioxidante, a vitamina C quando usada topicamente, vai atuar
contra os radicais livres, amenizando assim, sinais do envelhecimento cutâneo e
sendo essencial para o tratamento de hipercromias, pois proporciona clareamento
da pele, promove hidratação, tonificação, é responsável pela estimulação da
síntese de colágeno, contribui para que a pele fique com mais firmeza, possui ação
anti-inflamatória. Em um tratamento por um longo período, a vitamina C poderá
ativar a síntese de fibroblasto e causar melhoras em cicatrizes que foram
provocadas pelo envelhecimento. Em tratamentos estéticos a vitamina C poderá
ser associada a outros ativos, como o ácido hialurônico, potencializando o
tratamento. E quando aplicada na pele é mais bem absorvida do que quando
através da alimentação.

REFERÊNCIAS

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efervescentes de vitamina C (ácido ascórbico): estudo comparativo de referência e
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