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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ - UNIVALI

ESCOLA DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS


CAMPUS - BALNEÁRIO CAMBORIÚ
CURSO DE DIREITO
DISCIPLINA: DIREITO REGISTRAL E NOTARIAL
PROFª: GISELE REBELLO SAUT EL AWAR

ACADÊMICA: Rosana Teston Alves

Noticias sobre Direito Registral e Notarial

1 - Notícia: Em 11/04/2024 CCJ do Senado Federal aprova Frente Parlamentar do


Serviço Notarial e Registral

Frente tem como objetivo propor medidas legislativas e atualização de normas para
aperfeiçoamento da atividade Notarial e Registral.

Foi aprovado ontem, 10/04/2024, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do


Senado Federal (CCJ), o Projeto de Resolução do Senado n. 33/2023 (PRS), que institui a
Frente Parlamentar do Serviço Notarial e Registral. O PRS, de autoria do Senador Sérgio
Petecão (PSD-AC), recebeu parecer favorável do Senador Efraim Filho (UNIÃO-PB) e seguirá
para a Comissão Diretora.

O PRS atribui à Frente oito finalidades, dentre as quais são destacadas a proposição de
“medidas legislativas e alterações na legislação que visem ao aperfeiçoamento da atividade
notarial e registral, bem como da legislação material dos registros públicos e, de forma ampla,
tudo que necessite da atuação dos serviços de notas e de registro, buscando a
desburocratização, o combate à corrupção e à lavagem de dinheiro, e fomentando a
extrajudicialização para desoprimir o Poder Judiciário e gerar economia aos cofres públicos” e a
articulação de “ações e propostas legislativas o aperfeiçoamento da atividade notarial e registral,
da desburocratização e da extrajudicialização”.

O texto inicial do PRS ainda determina que a Frente Parlamentar será regida “por
regulamento interno ou, na falta desse, por decisão da maioria absoluta de seus integrantes” e
“reunir-se-á, preferencialmente, no âmbito do Senado Federal”. Além disso, a Frente “será
integrada, inicialmente, por Senadores e Deputados Federais que assinarem a ata de sua
instalação, podendo a ela aderir outros membros do Congresso Nacional.”

De acordo com a Justificação do autor do PRS, “percebe-se que os serviços notariais e


de registro são um grande instrumento ser utilizado para fomentar políticas públicas, desafogar o
Judiciário, desburocratizar o Estado e, inclusive auxiliar na arrecadação tributária. Mas para isso
é necessária uma ativa e constante atuação legislativa para modernizar e aperfeiçoar esses
serviços públicos tão necessários à população.” Petecão ainda defende que “existem muitos
atos judiciais que podem e devem ser extrajudicializados, passando a ser atribuição dos serviços
notariais e de registro que atuar de forma mais célere e eficiente em atendimento à população.
Cabe a nós Parlamentares buscar a melhor forma de desjudicializar esses atos, deixando ao juiz
apenas a sua a atribuição precípua de solucionar os litígios, quando não há qualquer
possibilidade de uma solução consensual.”
Para o Relator do PRS na CCJ, “consideramos bem-vinda a criação de uma frente
parlamentar, haja vista a importância dos serviços notariais e de registro no combate à
corrupção e à lavagem de dinheiro, fornecendo, até o ano de 2022, 6.500.894 comunicações de
atos suspeitos ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), conforme a
informação que consta da justificação do PRS”, destacou Efraim Filho.

Resumo da Noticia: Aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do


Senado Federal, o Projeto de Resolução do Senado n. 33/2023 cria a Frente Parlamentar do
Serviço Notarial e Registral. Proposto pelo Senador Sérgio Petecão, o projeto visa modernizar e
aprimorar os serviços públicos, desburocratizando processos e combatendo a corrupção. A
Frente terá diversas atribuições, incluindo a proposição de medidas legislativas para esse fim. O
relator do projeto destacou a importância dos serviços notariais e de registro no combate à
corrupção.

Comentário Pessoal: A criação da Frente Parlamentar do Serviço Notarial e Registral


representa um avanço significativo no contexto jurídico contemporâneo, especialmente no que
tange à busca pela eficiência e modernização dos serviços públicos. O reconhecimento da
importância dos serviços notariais e de registro como instrumentos-chave para a
desburocratização, o combate à corrupção e a promoção da extrajudicialização reflete uma
compreensão profunda dos desafios enfrentados pelo sistema jurídico brasileiro.

A iniciativa proposta pelo Senador Sérgio Petecão e apoiada pela Comissão de


Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal demonstra um compromisso genuíno com
a melhoria do ambiente legal e institucional do país. Ao propor medidas legislativas que visam
ao aperfeiçoamento dos serviços notariais e de registro, a Frente Parlamentar busca não apenas
simplificar procedimentos, mas também fortalecer a segurança jurídica e a eficácia das
transações comerciais e civis.

Nesse sentido, é louvável o reconhecimento da necessidade de uma atuação legislativa


constante para acompanhar as demandas da sociedade e adaptar o arcabouço normativo às
evoluções tecnológicas e sociais. A colaboração entre os poderes legislativo e judiciário, aliada à
participação ativa da sociedade civil, é fundamental para garantir que as mudanças propostas
pela Frente Parlamentar sejam efetivas e atendam às necessidades reais dos cidadãos.

Em última análise, a criação da Frente Parlamentar do Serviço Notarial e Registral


representa um passo importante na construção de um sistema jurídico mais eficiente,
transparente e acessível, capaz de promover o desenvolvimento socioeconômico e a justiça
para todos os brasileiros.

2- Notícia: Em 12/03/2024 CN-CNJ atualiza disposições sobre prevenção à lavagem


de dinheiro no Código Nacional de Normas

Provimento também atualiza regra de cumulação da atividade notarial e registral


com exercício de mandato eletivo.

A Corregedoria Nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça (CN-CNJ) atualizou,


por intermédio do Provimento CN-CNJ n. 161, de 11 de março de 2024, dispositivos do Código
Nacional de Normas da Corregedoria Nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça –
Foro Extrajudicial (CNN/CN/CNJ-Extra), relativos aos deveres de prevenção à lavagem de
dinheiro e ao financiamento do terrorismo e da proliferação de armas de destruição em massa
(PLD/FTP), e à regra de cumulação da atividade notarial e de registro com o exercício de
mandato eletivo. O Provimento ainda está pendente de publicação no Diário da Justiça
Eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (DJe).

O Provimento contém cinco artigos e entrará em vigor a partir do dia 02/05/2024. Diversas
alterações foram promovidas no que tange à PLD/FTP, tais como a Política de PLD/FTP; o
registro sobre operações, propostas de operação e situações para fins de PLD/FTP; e as
comunicações dos Tabeliães de Notas à Unidade de Inteligência Financeira (UIF).

Já sobre a questão da cumulação da atividade notarial e de registro com o exercício de


mandato eletivo, o novo texto altera o § 2º do art. 72 do Código Nacional, determinando que
“quando do afastamento do delegatário para o exercício do mandato eletivo, a atividade será
conduzida pelo escrevente substituto com a designação contemplada pelo art. 20, § 5º, da Lei
Federal nº 8.935/1994.”

Resumo da notícia: A Corregedoria Nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça


(CN-CNJ) atualizou dispositivos do Código Nacional de Normas da Corregedoria Nacional de
Justiça do Conselho Nacional de Justiça – Foro Extrajudicial (CNN/CN/CNJ-Extra) por meio do
Provimento CN-CNJ n. 161, de 11 de março de 2024. As mudanças abordam os deveres de
prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, assim como a regra de
cumulação da atividade notarial e de registro com o exercício de mandato eletivo. O provimento
entrará em vigor em 02/05/2024 e traz alterações significativas relacionadas à Política de
PLD/FTP, registro de operações e comunicações dos Tabeliães de Notas à Unidade de
Inteligência Financeira (UIF). Além disso, determina que, durante o afastamento do delegatário
para o exercício de mandato eletivo, a atividade será conduzida pelo escrevente substituto
conforme designação prevista na Lei Federal nº 8.935/1994. O Provimento aguarda publicação
no Diário da Justiça Eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (DJe).

Comentário pessoal: A atualização promovida pela Corregedoria Nacional de Justiça do


Conselho Nacional de Justiça (CN-CNJ), por meio do Provimento CN-CNJ n. 161, de 11 de
março de 2024, reflete uma resposta proativa às demandas emergentes no contexto da
prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo no âmbito dos serviços
notariais e de registro. Ao revisar os dispositivos do Código Nacional de Normas da
Corregedoria Nacional de Justiça, a CN-CNJ demonstra um compromisso com a atualização
normativa em consonância com os desafios contemporâneos.

A introdução de alterações significativas relacionadas à Política de Prevenção à Lavagem


de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo (PLD/FTP), assim como aprimoramentos nos
mecanismos de registro de operações e comunicações obrigatórias à Unidade de Inteligência
Financeira (UIF), evidenciam a preocupação do órgão em fortalecer a eficácia dos instrumentos
de controle e fiscalização.

Ademais, a abordagem da questão da cumulação da atividade notarial e de registro com o


exercício de mandato eletivo revela uma atenção cuidadosa aos princípios de probidade e
independência que regem a função notarial. A determinação de que, durante o afastamento do
delegatário para o exercício de mandato eletivo, a atividade seja conduzida pelo escrevente
substituto, confere segurança jurídica e preserva a integridade das atividades cartoriais.

Em um contexto onde a transparência e a integridade são valores preponderantes na


administração pública, as medidas adotadas pela CN-CNJ representam um avanço significativo
na busca por um ambiente jurídico mais seguro, eficiente e alinhado com as melhores práticas
internacionais.

3- Notícia: Em 11/01/2024 Delegatários aprovados no Concurso do TJTO participam


de curso promovido pela ESMAT

Objetivo foi capacitar aprovados e fornecer conhecimentos teóricos e práticos para


o início do exercício da atividade notarial e registral.

Os Delegatários aprovados no Concurso Público para Outorga de Delegação de Notas e


Registro do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (TJTO) participaram ontem, 10/01/2024,
do curso oferecido pela Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT). Segundo a
ESMAT, o objetivo do evento foi capacitar o público-alvo e fornecer conhecimentos teóricos e
práticos abrangentes necessários para o início do exercício da atividade notarial e registral.

O curso seguirá até o dia 12/01, com aulas ministradas pelos professores Vinicius
Teixeira de Siqueira e Wagner José dos Santos. Na aula inaugural, foram abordados temas
relativos à responsabilidade do novo Delegatário e aos procedimentos da transmissão e
transporte do acervo.

De acordo com a notícia publicada pelo TJTO, “os(As) novos(as) delegatários(as) estão
sendo instruídos(as) a focalizar na organização judiciária do serviço notarial e registral específica
do estado do Tocantins, motivo pelo qual o curso é altamente relevante, já que proporcionará
aos(às) candidatos(as) conhecimentos alinhados com a legislação e particularidades locais.”

Resumo da notícia: Os Delegatários aprovados no Concurso Público para Outorga de


Delegação de Notas e Registro do Tribunal de Justiça do Estado do Tocantins (TJTO)
participaram de um curso oferecido pela Escola Superior da Magistratura Tocantinense (ESMAT)
em 10/01/2024. O objetivo do curso foi capacitar os participantes com conhecimentos teóricos e
práticos abrangentes para o início da atividade notarial e registral. As aulas, ministradas pelos
professores Vinicius Teixeira de Siqueira e Wagner José dos Santos, ocorreram até 12/01/2024.
O conteúdo abordou temas como responsabilidade do novo Delegatário, procedimentos de
transmissão e transporte do acervo, e organização judiciária específica do estado do Tocantins.
O curso foi considerado relevante para proporcionar aos candidatos conhecimentos alinhados
com a legislação e particularidades locais, conforme divulgado pelo TJTO.

Comentário pessoal: A iniciativa do Tribunal de Justiça do Tocantins (TJTO) em


promover o curso para os Delegatários aprovados no concurso público é extremamente
louvável. Essa oportunidade oferecida pela Escola Superior da Magistratura Tocantinense
(ESMAT) proporciona uma base sólida para nós, futuros profissionais do direito, que estamos
prestes a ingressar na atividade notarial e registral.

Os temas abordados, como a responsabilidade dos Delegatários e os procedimentos de


transmissão do acervo, são essenciais para compreendermos a nossa futura atuação e garantir
um serviço de qualidade à sociedade. Além disso, o enfoque nas particularidades da legislação
e organização judiciária do estado do Tocantins é fundamental para estarmos preparados para
os desafios locais.

Acredito que esse tipo de iniciativa não apenas enriquece nosso conhecimento
acadêmico, mas também reforça o compromisso das instituições em promover uma formação
completa e alinhada com as demandas da prática jurídica. Estou bastante entusiasmado para
aplicar os conhecimentos adquiridos neste curso em minha futura carreira profissional.

4- Notícia: Em 22/04/2024 Registro de Imóveis do Brasil publica Nota Técnica sobre


aplicação temporal das alterações legislativas

NT detalha a execução da alienação fiduciária e da hipoteca na Lei n. 14.711/2023.

O Registro de Imóveis do Brasil (RIB) publicou a Nota Técnica n. 01/2024 (NT) contendo
diretrizes detalhadas sobre a aplicação temporal das alterações legislativas na execução da
alienação fiduciária de bens imóveis e da hipoteca, considerando a publicação da Lei n.
14.711/2023. De acordo com a informação publicada pelo RIB, “a nota técnica foi elaborada por
uma equipe composta por Bernardo Chezzi, Gabriel Pires (MG), José Baltazar (MS) e Moacyr
Petrocelli (SP), sob a aprovação do Conselho de Administração do RIB.”

A Nota Técnica trata de temas como: o Princípio Tempus Regit Actum e o controle da
temporalidade pelo Registrador de Imóveis; a natureza das normas da Lei n. 14.711/2023; as
alterações na execução da alienação fiduciária de bens imóveis; as questões de direito material
que podem ser objeto de ingresso no Registro Imobiliário sobre contratos já registrados; e a
execução extrajudicial da hipoteca, dentre outros assuntos.

Segundo a NT, o documento tem como finalidade “contribuir com a padronização de


entendimento por todos os registradores de imóveis brasileiros, na coalização das 20 entidades
estaduais que compõem o Registro de Imóveis do Brasil, quanto aos aspectos de temporalidade
da Lei 14.711.”

Resumo da notícia: O Registro de Imóveis do Brasil (RIB) publicou a Nota Técnica n.


01/2024 (NT), elaborada por uma equipe composta por Bernardo Chezzi, Gabriel Pires (MG),
José Baltazar (MS) e Moacyr Petrocelli (SP), com aprovação do Conselho de Administração do
RIB. A NT detalha diretrizes sobre a aplicação temporal das alterações legislativas na execução
da alienação fiduciária de bens imóveis e da hipoteca, considerando a publicação da Lei n.
14.711/2023. O documento aborda o Princípio Tempus Regit Actum, a natureza das normas da
Lei 14.711/2023, alterações na execução da alienação fiduciária, questões de direito material em
contratos já registrados, e a execução extrajudicial da hipoteca, entre outros temas. O objetivo é
padronizar entendimentos entre os registradores de imóveis brasileiros, em colaboração com as
20 entidades estaduais que compõem o Registro de Imóveis do Brasil, quanto aos aspectos
temporais da Lei 14.711.

Comentário pessoal: A publicação da Nota Técnica pelo Registro de Imóveis do Brasil


(RIB) representa um importante passo na busca pela uniformização e padronização de
entendimentos sobre a aplicação temporal das alterações legislativas na execução da alienação
fiduciária de bens imóveis e da hipoteca. A iniciativa demonstra a preocupação do órgão em
oferecer orientações claras e precisas aos registradores de imóveis brasileiros, promovendo
maior segurança jurídica nas transações imobiliárias.

Além disso, a composição da equipe responsável pela elaboração da NT, composta por
profissionais de diferentes estados brasileiros, reflete a abrangência e representatividade do
RIB. A aprovação do documento pelo Conselho de Administração do RIB confere legitimidade e
respaldo institucional às diretrizes propostas.
A importância da NT transcende o âmbito técnico-jurídico, pois sua aplicação adequada
pode impactar diretamente a eficiência e a celeridade dos serviços prestados pelos registros de
imóveis, contribuindo para o desenvolvimento e a segurança do mercado imobiliário brasileiro.

Nesse contexto, a colaboração entre as entidades estaduais que compõem o RIB é


fundamental para garantir uma interpretação uniforme das normas e promover uma atuação
coesa e alinhada dos registradores de imóveis em todo o país. A NT representa, assim, um
instrumento valioso para aprimorar a prestação dos serviços registrais e fortalecer o papel do
registro de imóveis como garantidor da segurança jurídica nas transações imobiliárias.

5- Notícia: Em 15/02/2024 Tabeliã mais longeva de Santa Catarina recebe visita de


cortesia do Corregedor-Geral do Foro Extrajudicial

Rachel Nicolazzi de Carvalho é Tabeliã de Notas e de Protesto de Santo Amaro da


Imperatriz há 56 anos.

O Corregedor-Geral do Foro Extrajudicial do Tribunal de Justiça do Estado de Santa


Catarina (TJSC), Desembargador Artur Jenichen Filho, e o Juiz-Corregedor Maximiliano Losso
Bunn realizaram uma visita de cortesia à mais longeva Tabeliã de Santa Catarina, Rachel
Nicolazzi de Carvalho. A visita aconteceu no dia 07/02/2024 e marcou o início das atividades da
Corregedoria pelo Estado. Rachel Nicolazzi é Tabeliã de Notas e de Protesto de Santo Amaro
da Imperatriz há 56 anos.

Segundo a informação publicada pelo TJSC, a escolha da Serventia não foi por acaso.
“Por sua experiência e por ter aberto caminhos numa época em que os espaços reservados às
mulheres eram bem delimitados, Rachel de Carvalho, hoje com 80 anos, personifica a
capacidade de adaptação às transformações da sociedade”, destacou o Tribunal. “Sem abrir
mão da fiscalização e da orientação, vamos estabelecer uma proximidade, com diálogo
permanente, para captar a expertise dos registradores e notários e, a partir daí, estabelecer uma
maior integração com o Poder Judiciário”, afirmou o Desembargador. Já o Juiz-Corregedor
declarou que “as serventias fazem parte da rede estatal de resolução de problemas, e a
integração tem como objetivo otimizar a função jurisdicional.”

Ainda de acordo com a notícia, a Tabeliã cursou Direito na década de 1960, tendo sido
aprovada em concurso público e assumido o Tabelionato da Comarca de Urubici em 1967. Após
sua remoção para a Comarca de Santo Amaro da Imperatriz em 1985, Rachel Nicolazzi
permanece no Tabelionato até os dias atuais. “Posso não ter a força de antes, mas continuo
com a mesma vontade”, afirmou a Tabeliã.

Resumo da notícia: O Corregedor-Geral do Foro Extrajudicial do Tribunal de Justiça de


Santa Catarina (TJSC), Desembargador Artur Jenichen Filho, e o Juiz-Corregedor Maximiliano
Losso Bunn realizaram uma visita à Tabeliã Rachel Nicolazzi de Carvalho, a mais antiga de
Santa Catarina. A visita ocorreu em 07/02/2024, marcando o início das atividades da
Corregedoria no estado. Rachel Nicolazzi é Tabeliã de Notas e de Protesto em Santo Amaro da
Imperatriz há 56 anos. O Tribunal destacou sua experiência e capacidade de adaptação às
transformações sociais. O objetivo da visita foi estabelecer proximidade e diálogo com os
registradores e notários, buscando maior integração com o Poder Judiciário. A Tabeliã, formada
em Direito nos anos 1960, afirmou sua dedicação contínua à profissão.
Comentário pessoal: A visita do Corregedor-Geral do Foro Extrajudicial do TJSC e do
Juiz-Corregedor à Tabeliã Rachel Nicolazzi de Carvalho é um belo exemplo de reconhecimento
e valorização da trajetória profissional de alguém que dedicou a vida ao serviço público. A
escolha da Tabeliã mais antiga de Santa Catarina para iniciar as atividades da Corregedoria
demonstra a importância do respeito à experiência e ao conhecimento acumulado ao longo dos
anos.

Além disso, a história de Rachel Nicolazzi é inspiradora, pois revela não apenas sua
competência profissional, mas também sua capacidade de superar desafios e adaptar-se às
mudanças sociais ao longo das décadas. Sua dedicação à profissão, mesmo após tantos anos
de serviço, é admirável e evidencia o seu comprometimento com a comunidade e com a
qualidade dos serviços prestados.

A proximidade estabelecida entre a Corregedoria e os registradores e notários, por meio


desse tipo de visita, é fundamental para promover uma maior integração e colaboração entre os
diferentes segmentos do sistema judiciário. Essa integração contribui para otimizar o
funcionamento do serviço público e garantir uma prestação jurisdicional mais eficiente e
acessível à população.

Em suma, essa visita é um belo exemplo de reconhecimento do trabalho dedicado de


profissionais como Rachel Nicolazzi, que representam não apenas a história, mas também o
presente e o futuro do serviço público no Brasil.

6- Notícia: Em 08/09/2023 STF julga inconstitucional dispositivo da Lei n. 8.935/1994

Para a Ministra Rosa Weber, o concurso de provas e títulos é requisito de ingresso,


por provimento inicial ou remoção, na atividade notarial e registral.

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), ao julgar a Ação Declaratória de


Constitucionalidade n. 14 (ADC), ajuizada pela Associação dos Notários e Registradores do
Brasil (ANOREG/BR), entendeu, por unanimidade, ser inconstitucional a redação do art. 16 da
Lei n. 8.935/1994, com redação dada pela Lei n. 10.506/2002, que exige apenas prova de títulos
nos concursos de remoção em atividade notarial e de registro. A Relatora do Acórdão foi a
Ministra Rosa Weber.

De acordo com a notícia publicada pela Corte, a ANOREG/BR requereu, em 2006, a


constitucionalidade do referido dispositivo sob a alegação de que os Tribunais de Justiça têm
criado insegurança jurídica ao recusar sua aplicação.

Entretanto, para a Ministra Relatora, a própria Constituição Federal, no § 3º do art. 236,


estabeleceu o concurso de provas e títulos como requisito de ingresso, por provimento inicial ou
remoção, na atividade notarial e registral, em razão da relevância e da complexidade dessa
função pública. Rosa Weber ainda ressaltou que, tanto a jurisprudência do STF, quanto a
Resolução CNJ n. 81/2009, expedida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estão alinhadas
com essa diretriz.

Além disso, o STF modulou os efeitos da decisão para estabelecer “a validade das
remoções realizadas com base na norma declarada inconstitucional, quando precedidas de
concursos públicos exclusivamente de títulos iniciados e concluídos, com a publicação da
relação dos aprovados, no período compreendido entre a entrada em vigor da Lei 10.506/2002
(9.7.2002) e a edição da Resolução CNJ 81/2009 (9.6.2009)”.
Resumo da notícia: O Supremo Tribunal Federal (STF) declarou por unanimidade a
inconstitucionalidade do art. 16 da Lei n. 8.935/1994, que exigia apenas prova de títulos em
concursos de remoção em atividade notarial e de registro. A decisão foi tomada na Ação
Declaratória de Constitucionalidade n. 14 (ADC) ajuizada pela ANOREG/BR. A Ministra Rosa
Weber, relatora do caso, afirmou que a Constituição exige concurso de provas e títulos para
ingresso nessas atividades. O STF também determinou que remoções realizadas entre 9.7.2002
e 9.6.2009, com base na lei inconstitucional, serão consideradas válidas se precedidas de
concursos exclusivamente de títulos.

Comentário pessoal: A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na Ação


Declaratória de Constitucionalidade n. 14 (ADC) representa um marco significativo no campo do
direito notarial e registral no Brasil. Por meio dessa ação, a Associação dos Notários e
Registradores do Brasil (ANOREG/BR) questionou a constitucionalidade do art. 16 da Lei n.
8.935/1994, que estabelecia apenas a prova de títulos como requisito nos concursos de
remoção em atividade notarial e de registro.

A relatoria da Ministra Rosa Weber destacou que a Constituição Federal exige o concurso
de provas e títulos para ingresso nessas atividades, conforme estipulado no § 3º do art. 236. A
decisão do STF, tomada por unanimidade, reforça a importância da observância estrita das
disposições constitucionais, garantindo a conformidade das leis com os princípios fundamentais
do Estado de direito.

Ademais, ao modular os efeitos da decisão, o STF estabeleceu a validade das remoções


realizadas dentro de um período específico, desde que precedidas de concursos exclusivamente
de títulos. Essa medida demonstra a sensibilidade do tribunal em considerar o contexto histórico
e as circunstâncias envolvidas na aplicação da lei.

No âmbito prático, a decisão terá um impacto significativo na prática dos registros


públicos, reforçando a importância da realização de concursos públicos que contemplem tanto
as provas quanto a análise dos títulos dos candidatos. Isso contribuirá para aprimorar a
segurança jurídica e a qualidade dos serviços prestados pelos notários e registradores em todo
o país.

Fonte das Notícias:

Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB)

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