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EFICIÊNCIA

ENERGÉTICA

LEONARDO KLINGENFUS
ANTUNES
Sumário
Introdução.......................................................................................................................................... 3
Unidade 1 – Eficiência Energética e Tecnologia LED............................................................................. 4
Introdução...................................................................................................................................... 4
Eficiência energética ....................................................................................................................... 5
Tecnologia LED ............................................................................................................................. 11
Unidade 2 – O Programa de Eficiência Energética.............................................................................. 15
Introdução.................................................................................................................................... 15
Programas de Eficiência Energética ............................................................................................... 15
O Programa de Eficiência Energética na UEPG ............................................................................... 17
Unidade 3 – Economia de energia elétrica e suas oportunidades ....................................................... 21
Introdução.................................................................................................................................... 21
Oportunidades de ações de eficiência energética na UEPG ............................................................ 21
Economia de energia em casa e no trabalho.................................................................................. 24
PBE e Selos ................................................................................................................................... 24
Iluminação natural ........................................................................................................................ 24
Ilumine somente o necessário....................................................................................................... 25
Iluminação setorizada e quando necessária................................................................................... 25
Evite o acúmulo de sujeira nas lâmpadas e luminárias ................................................................... 26
Substitua lâmpadas com baixa eficiência luminosa ........................................................................ 26
Dê preferência às cores claras para os ambientes.......................................................................... 26
Otimizar o ambiente de trabalho .................................................................................................. 26
Ventilação natural ........................................................................................................................ 27
Mantenha a manutenção em dia .................................................................................................. 27
Evite utilizar os aparelhos de ar-condicionado na temperatura mínima ......................................... 27
Desligue os aparelhos que não estão sendo utilizados ................................................................... 28
Verifique a vedação dos ambientes climatizados ........................................................................... 28
Dê preferência aos aparelhos de ar-condicionado modelos inverter .............................................. 28
Cuidados com os aparelhos “janela” ............................................................................................. 28
A incidência solar prejudica a eficiência dos aparelhos de ar-condicionado.................................... 28
Quando possível, use o ventilador................................................................................................. 29
Gelo nos freezers e refrigeradores................................................................................................. 29
Preste atenção no compressor de geladeiras................................................................................. 29
Vedação de freezers e geladeiras .................................................................................................. 30
Mantenha as prateleiras internas das geladeiras livres .................................................................. 30
Não introduza alimentos ainda quentes na geladeira .................................................................... 31
Não deixe a porta da geladeira aberta........................................................................................... 31
Consulte os modos de operação de sua geladeira ......................................................................... 31

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Reduza o tempo de banho ............................................................................................................ 31
Consulte os modos de operação dos chuveiros elétricos ............................................................... 31
Retirar da tomada o que não está sendo utilizado ......................................................................... 32
Tarifa branca ................................................................................................................................ 32
Revisão e conclusão.......................................................................................................................... 33
Referências....................................................................................................................................... 34

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Introdução

O objetivo do curso é apresentar o sistema de eficiência energética


aos colaboradores da UEPG, mostrando como deve ser o comportamento
frente aos novos sistemas existentes no mercado e as inovações que ainda
estão por vir, desta forma pode-se dizer que este foi o primeiro passo para
deixar a UEPG mais eficiente, limpa e ambientalmente correta.
Os próximos passos exigem um esforço ainda maior para eliminar os
gastos desnecessários de energia, buscando sempre a melhoria contínua;
com o auxílio de todo o público interno, sejam professores, alunos ou
técnicos, pode-se chegar ao objetivo final que é economizar energia elétrica
sem perder a qualidade do serviço e sem colocar em risco a segurança
patrimonial e/ou pessoal.

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Unidade 1 – Eficiência Energética e Tecnologia LED

Introdução

Nos últimos dez anos o valor das tarifas residenciais de energia


elétrica no Brasil sofreu aumento de 102 % (média nacional), conforme
Figura 1 (ANEEL, 2022).

Figura 1 – Tarifa residencial de energia de 2011 a 2022. Fonte:


Agência Nacional de Energia Elétrica.

Aliado ao crescente preço deste bem, tornam-se cada vez mais


relevantes as preocupações com os impactos causados no meio ambiente
pelas ações humanas, dentre elas a geração de energia elétrica. No ano de
2021 a geração de energia elétrica por meio de termelétricas no Brasil foi
responsável pela emissão de pelo menos 55,6 milhões de toneladas de
dióxido de carbono equivalente (CO2e) (IEMA, 2022). Nesse contexto, a
atenção com medidas de economia de energia elétrica e seus incentivos
torna-se progressivamente maior.
A participação de diferentes esferas da sociedade, incluindo a
comunidade criada pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (alunos,
professores, servidores e a comunidade em geral), é fundamental para
obtenção de resultados reais de redução de consumo de energia elétrica.
Sendo assim, é necessário que os participantes deste curso estejam
familiarizados com conceitos de eficiência energética bem como tenham

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conhecimento de algumas tecnologias que, quando adotadas, economizam
energia elétrica.

Eficiência energética

O que é eficiência energética? A Associação Brasileira de Normas


Técnicas, por meio da Norma Brasileira IEC Guia 118 (2018) define eficiência
energética como uma relação quantitativa entre uma saída (desempenho,
serviços, bens ou energia) e uma entrada de energia. Outra definição é
apresentada por Hernandez Neto et al (2017): eficiência energética pode ser
definida como qualquer ação cujo objetivo é reduzir o consumo de energia,
sem prejuízos à qualidade do serviço prestado.
Em outras palavras, eficiência energética é desempenhar uma
determinada atividade, consumindo menos energia, e mantendo a qualidade.
É fazer mais com menos. Por exemplo, para atingir um mesmo resultado em
termos de iluminação, lâmpadas de tecnologia LED (Light-Emitting Diode)
consomem em média dez vezes menos energia elétrica do que lâmpadas
incandescentes. A Figura 2 apresenta à frente uma lâmpada LED e ao fundo
uma lâmpada incandescente.

Figura 2 – Lâmpada LED (à frente), e lâmpada incandescente (ao


fundo). Fonte: PublicDomainPictures.

Atinge-se um mesmo resultado consumindo menos energia. Porém,


deve ficar claro que medidas de eficiência energética não se restringem

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apenas à substituição de tecnologias. Treinamento, capacitação e
conscientização de funcionários e usuários também são medidas que podem
trazer resultados no uso racional de energia.
Ao estudar eficiência energética, o termo “energia” se refere a
qualquer forma de energia, não somente energia elétrica. Como exemplo de
outras formas de energia pode-se citar a energia proveniente da queima de
gases, utilizados para o aquecimento de água, cocção (como apresentado na
Figura 3) e abastecimento de veículos.

Figura 3 – Outras formas de energia Fonte: PublicDomainPictures.

Em um contexto em que o preço da energia é cada vez mais caro e a


conscientização com os impactos ambientes é progressivamente maior, os
setores privado e público passam a buscar soluções de eficiência energética,
ou seja, de redução de consumo de energia. No setor privado, em que a
competição com concorrentes é um fator predominante, as adoções de
medidas de eficiência energética têm como principal objetivo a redução dos
custos de produção. Já no setor público, a redução no consumo de energia
visa uma aplicação mais eficiente dos recursos públicos, bem como atender
políticas ambientais.
Nesse sentido surgem esforços, tanto privados como públicos, de
incentivar, disseminar, e aplicar medidas de eficiência energética. Em 1997 é
fundada a Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação
de Energia – ABESCO (Figura 4), com o princípio de que mudanças nos
hábitos de consumo, o uso de programas de políticas de conservação, bem
como o uso racional de energia devem fazer parte da rotina da sociedade
(ABESCO, 2023). A ABESCO congrega e fomenta ações para Empresas de

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Serviços de Conservação de Energia, conhecidas como ESCOs (ABESCO,
2023).

Figura 4 – Associação Brasileira das Empresas de Serviços de


Conservação de Energia. Fonte: ABESCO.

No setor público, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e


Tecnologia – Inmetro, em 1984, cria um conjunto de ações para informar os
consumidores sobre a eficiência energética de cada produto, incentivando o
consumo consciente, que mais tarde, passou a ser conhecido como
Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE (Figura 5) (BRASIL, 2021).

Figura 5 – Programa Brasileiro de Etiquetagem. Fonte: Inmetro.

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As informações sobre o consumo de energia são apresentadas na
Etiqueta Nacional de Conservação de Energia fixada ao produto, ilustrada na
Figura 6.

Figura 6 – Etiqueta Nacional de Conservação de Energia. Fonte:


Inmetro.

A Etiqueta Nacional de Conservação de Energia - ENCE classifica os


produtos de acordo com o seu consumo de energia. Os produtos são
classificados de A até C, D, E, F ou G (dependendo do produto), sendo A o
mais eficiente (BRASIL, 2021). Por exemplo: um eletrodoméstico classificado
como A é mais eficiente que um eletrodoméstico similar classificado como B,
que por sua vez é mais eficiente do que um C, e assim por diante.
Na etiqueta são apresentadas informações como: tipo de equipamento
(por exemplo: refrigerador; coletor solar; etc.); nome do fabricante; marca

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comercial ou logomarca; indicação do modelo; indicação da eficiência
energética do equipamento; indicação do consumo de energia, em quilowatt-
hora por mês; informações adicionais sobre o produto; assinaturas do
Inmetro e parceiros. A etiqueta pode apresentar variações dependendo do
tipo de eletrodoméstico (BRASIL, 2021).
Ressalta-se que é proibida a remoção da etiqueta por lojistas. Apenas
o consumidor pode removê-las após a sua aquisição (BRASIL, 2021). Desta
forma, o consumidor pode se informar sobre a eficiência energética do
produto, auxiliando na sua tomada de decisão no momento da aquisição do
bem.
Aliados ao Programa Brasileiro de Etiquetagem surgem os selos
Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) da
Eletrobrás, e Conpet (Programa Nacional da Racionalização do Uso dos
Derivados do Petróleo e do Gás Natural) da Petrobrás (BRASIL, 2021). Os
selos são apresentados na Figura 7.

Figura 7 – Selos Procel (à esquerda) e Conpet (à direita). Fonte:


Empresa de Pesquisa Energética.

O Programa Nacional de Conservação de Energia – Procel foi


instituído em 1985, sendo coordenado pelo Ministério de Minas e Energia –
MME e executado pela Eletrobras, tem a finalidade de promover o uso
eficiente de energia elétrica, reduzindo o seu desperdício (PROCEL, 2006).
Já o Selo Procel, instituído em 1993, tem como finalidade indicar aqueles

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equipamentos que, após submissão a ensaios em laboratório, atingiram
índices de eficiência e desempenho pré-estabelecidos (PROCEL, 2006).
Já o selo Conpet é destinado aos equipamentos consumidores de
derivados de petróleo e de gás natural que apresentam os menores índices
de consumo de combustível, e está em vigor desde 2006 (BRASIL, 2021).
Mas afinal, qual é a diferença entre a ENCE e os selos Procel e
Conpet? Os selos apresentam caráter voluntário, e geralmente são atribuídos
apenas àqueles equipamentos classificados como “A” no Programa Brasileiro
de Etiquetagem. O ENCE classifica e diferencia os produtos, enquanto os
selos são aplicados apenas nos equipamentos mais eficientes (BRASIL,
2021).
Dessa forma, o consumidor ao optar por um produto que possua
classificação “A” no PBE e possua selo Procel ou Conpet, terá a garantia de
que, entre os produtos ofertados no mercado, aquele pertencerá ao grupo
dos mais eficientes e de melhor desempenho.
Mais além do PBE e dos selos, o Brasil vem agindo no sentido de
orientar suas políticas públicas com as preocupações de redução de
consumo. Em julho do ano 2000 foi publicada a Lei nº 9.991 que dispõe
sobre realização de investimentos em pesquisa e desenvolvimento e em
eficiência energética por parte das empresas concessionárias,
permissionárias e autorizadas do setor de energia elétrica (BRASIL, 2000). A
Lei nº 9.991 obriga as concessionárias e permissionárias de serviços públicos
de distribuição de energia elétrica a aplicar, anualmente, o montante de, no
mínimo, 0,25% de sua receita operacional líquida em programas de eficiência
energética no uso final (BRASIL, 2000). Em outubro de 2001 entrou em vigor
a Lei nº 10.295, que dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso
Racional de Energia. Esta Lei prevê que o Poder Executivo estabeleça níveis
máximos de consumo de energia, ou mínimos de eficiência energética, de
máquinas e aparelhos consumidores de energia fabricados ou
comercializados no Brasil (BRASIL, 2001). No ano de 2021 foi publicado o
Plano Nacional de Eficiência Energética, do Ministério de Minas e Energia, o
qual estabelece como meta uma redução de 10 % no consumo energético
por meio de ações de eficiência energética (BRASIL, 2021).

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Tecnologia LED

As siglas LED representam o termo em inglês "Light-Emitting Diode",


que significa diodo emissor de luz. A Figura 8 apresenta exemplos de LED.

Figura 8 – Diodos emissores de luz (LED). Fonte: Pixabay.

Segundo Mauri Luiz da Silva, embora tenha se popularizado


recentemente, a tecnologia LED tem raízes que remontam ao início do século
XX, mais precisamente em 1907. Durante as décadas de 60 e 70, os LEDs
começaram a ser utilizados em aparelhos eletrônicos para indicar
ligar/desligar. A partir da década de 90, a indústria automotiva passou a
demonstrar maior interesse pelos LEDs, incorporando-os em lanternas,
sinaleiras e painéis. Nos anos 1997 e 1998, surgiram as primeiras luminárias
LED para uso na arquitetura, com destaque para os balizadores de piso e as
luzes de emergência. A partir dos anos 2000, a tecnologia LED alcançou um
alto grau de sofisticação, permitindo seu uso como fonte de iluminação geral
em ambientes internos e externos, além de concorrer com outras tecnologias
de iluminação, como as lâmpadas incandescentes e fluorescentes compactas.
Atualmente, a tecnologia LED deixou de ser uma tendência e passou a ser
uma realidade, com preços competitivos, qualidade de iluminação, longa vida
útil, e eficiência. A Figura 9 apresenta um refletor LED moderno.

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Figura 9 – Refletor LED moderno. Fonte: Pixabay.

A principal vantagem da tecnologia LED é a eficiência em termos de


energia elétrica. As lâmpadas LED, quando comparadas com lâmpadas
incandescentes, podem ser sete até vinte vezes mais eficientes. Ou seja,
consomem muito menos energia para iluminar um mesmo ambiente. Porém,
como já foi estudado nesta unidade, a eficiência varia conforme o modelo e o
fabricante do produto, e é muito importante que o consumidor ao adquirir uma
lâmpada ou luminária LED se atente às informações contidas na Etiqueta
Nacional de Conservação de Energia, conforme Figura 10.

Figura 10 – ENCE para lâmpadas LED. Fonte: International energy initiative.

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Para serem comercializadas, é obrigatório que as lâmpadas LED
contenham a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia do Inmetro. O
consumidor deve se atentar a informação contida no campo “Eficiência
Luminosa”. Quanto maior for o valor da eficiência luminosa, menor será o seu
consumo de energia elétrica para iluminar um determinado ambiente.
Comparando duas lâmpadas LED de 9 Watts de potência, a primeira com
eficiência de 90 lúmens por Watt (lm/W), e a segunda com eficiência de 100
lúmens por Watt (lm/W), podemos afirmar que a segunda lâmpada iluminará
mais do que a primeira, consumindo a mesma quantidade de energia elétrica.
Ou ainda, comparando duas lâmpadas LED de 810 lúmens (lm), a primeira
de 9 Watts e a segunda de 10 Watts, podemos afirmar que a primeira
consumirá menos energia elétrica para iluminar um ambiente de forma
semelhante a segunda lâmpada, ou seja, a primeira lâmpada será mais
eficiente. A determinação da eficiência luminosa é a simples divisão do fluxo
luminoso (quantidade de luz produzida) pela potência da lâmpada. No
segundo exemplo, podemos verificar que a primeira lâmpada terá uma
eficiência luminosa de 90 lm/Watts (810 lúmens divididos por 9 Watts), e a
segunda lâmpada LED terá uma eficiência luminosa de 81 lm/Watts (810
lúmens divididos por 10 Watts), comprovando que a primeira lâmpada é mais
eficiente. Sendo assim, o consumidor deve buscar por lâmpadas ou
luminárias com eficiência luminosa alta quando comparada com outros
modelos similares.
Lâmpadas LED mais eficientes normalmente apresentarão um custo
inicial maior ao consumidor, no momento da aquisição. Porém, com o seu
uso, o consumidor terá o retorno financeiro na sua fatura de energia elétrica,
uma vez que estará consumindo menos energia.
Além da eficiência luminosa, as lâmpadas LED apresentam uma série
de outras vantagens quando comparadas com outras tecnologias. Os LEDs
apresentam: dimensões reduzidas; uma excelente reprodução das cores
naturais dos objetos; a luz pode ser direcionada, aumentando o seu
aproveitamento; vida útil elevada; não emitem radiações ultravioleta e
infravermelho; e não possuem metais pesados (tóxicos) em sua composição,
diferentemente das lâmpadas fluorescentes, facilitando o seu descarte
(SILVA, 2012).

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Nesta unidade foram apresentados o conceito de eficiência energética,
ou seus benefícios econômicos e ambientais, bem como algumas das
políticas públicas e movimentos do setor privado objetivando uma maior
eficiência energética no Brasil. Também foi apresentada a tecnologia LED e
as suas vantagens.

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ANOTAÇÕES

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Unidade 2 – O Programa de Eficiência Energética

Introdução

Como foi estudado na Unidade 1, a Lei nº 9.991 obriga as


concessionárias e permissionárias de serviços públicos de distribuição de
energia elétrica a aplicar, anualmente, o montante de, no mínimo, 0,25% de
sua receita operacional líquida em programas de eficiência energética no uso
final (BRASIL, 2000). Tais programas são conhecidos como PEE – Programa
de Eficiência Energética. É por meio de um PEE da Companhia Paranaense
de Energia – COPEL que as ações de eficiência energética adotadas na
UEPG estão sendo possíveis, inclusive este treinamento. Dessa forma,
dedica-se uma unidade exclusiva aos Programas de Eficiência Energética.

Programas de Eficiência Energética

O propósito de um Programa de Eficiência Energética é estimular a


utilização racional de energia elétrica em todas as áreas da economia
(ANEEL, 2020). Tanto empresas privadas como órgãos do poder público
podem participar de um PEE, atendendo as seguintes classes de consumo:
rural; industrial; comercial e serviços (e outras atividades); residencial
(excluídas aquelas atendidas por tarifa social de energia elétrica); serviço
público; poder público (federal, estadual e municipal); e iluminação pública
(COPEL, 2021).
Aqueles interessados em participar de um PEE devem realizar um pré-
diagnóstico de possíveis ações de eficiência energética, ou seja, devem
buscar oportunidades para redução do consumo de energia elétrica (ANEEL,
2021). Com base no pré-diagnóstico deve ser elaborado relatório incluindo,
conforme determinado pela distribuidora de energia elétrica, uma projeção
dos custos das medidas de eficiência energética, a quantidade de energia a
ser economizada, bem como o valor do diagnóstico para a definição e
descrição das ações de eficiência energética que serão executadas (ANEEL,
2021). O pré-diagnóstico é a base para a elaboração de um projeto de
eficiência energética, que deverá conter descrições detalhadas de cada ação

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de eficiência energética, valor do investimento, economia de energia,
demonstração de viabilidade e um plano de verificação e medição dos
resultados (ANEEL, 2021). O interessado em participar de um PEE pode
contratar uma ESCO (Empresa de Serviços de Conservação de Energia)
para a elaboração do pré-diagnóstico e do projeto de eficiência energética.
Caso a empresa ou órgão interessados possuam em seu corpo técnico
equipe capacitada para a elaboração de projeto de eficiência energética, não
haverá necessidade de contratação de uma ESCO (COPEL, 2021).
A proposta de projeto de eficiência energética deverá ser enviada à
distribuidora de energia local por meio de chamada pública. A distribuidora
elabora edital de chamada pública, contendo informações sobre o PEE, de
como devem ser feitas as submissões dos projetos de eficiência energética, e
como será feita a seleção dos projetos contemplados pelo PEE.
No caso da Companhia Paranaense de Energia – COPEL, após
aprovação e seleção do projeto, a distribuidora de energia e o interessado
firmarão contrato, podendo este ocorrer em duas modalidades: contrato de
desempenho; ou termo de cooperação técnica (COPEL, 2021). Na
modalidade “contrato de desempenho” o favorecido pelo projeto de eficiência
energética deverá reembolsar a distribuidora após a conclusão do projeto. As
classes de consumo que se enquadram nesta modalidade são: industrial;
comércio e serviços; serviço público; residencial; e rural (COPEL, 2021). Já
na modalidade “termo de cooperação técnica”, o aporte dos valores é
realizado a fundo perdido, sem que haja necessidade de devolução, pelo
consumidor, dos valores desembolsados. Podem participar desta última
modalidade as seguintes classes de consumo: iluminação pública; poder
público; comércio e serviços (apenas entidades beneficentes de assistência
social com a finalidade de prestação de serviços nas áreas de assistência
social, saúde ou educação, com a Certificação de Entidades Beneficentes de
Assistência Social – CEBAS vigente); e serviço público (apenas aqueles que
comprovem que as ações com direito a voto pertençam em sua maioria à
União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da
administração indireta) (COPEL, 2021).
Entre os anos de 2008 e 2018 estima-se que em todo o Brasil tenham
sido investidos 2,65 bilhões de reais em 1.149 projetos de eficiência

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energética, recurso do Programa de Eficiência Energética (ANEEL, 2018).
Com esses projetos, estima-se uma economia de energia de 2.596 GWh/ano.

O Programa de Eficiência Energética na UEPG

Em 2018 a UEPG candidatou-se a fazer parte do programa de


eficiência energética da Copel, onde seria realizada a troca responsável e
consciente da iluminação interna das edificações que fazem parte da
universidade (NAVARRO, 2019). Em 03 de abril de 2019 a UEPG foi uma
das contempladas com o contrato, sendo a segunda colocada, estando atrás
apenas do Tribunal de Justiça. Neste certame a instituição concorreu com 63
entidades, entre públicas e privadas.
Devido aos vários trâmites legais e imposições sofridos durante a
pandemia a substituição da iluminação iniciou em março de 2022,
conseguindo finalizar os trabalhos em agosto de 2022. Obteve-se quase a
totalidade das lâmpadas substituídas e com esta etapa sendo realizada por
uma empresa contratada, equipes técnicas próprias da universidade puderam
realizar, paralelamente, a substituição de lâmpadas LED mais eficientes nos
locais que não seriam contemplados pelo PEE, como o CAIC e o CAAR
(UEPG, 2022).
Inicialmente começou-se com a substituição das lâmpadas
fluorescentes de 32 Watts por lâmpadas LED de 20 Watts, com isso gerou-se
uma economia de energia, só na iluminação, 37,5%, com uma melhor
iluminação e com uma significativa melhora na qualidade laboral de toda a
comunidade acadêmica (UEPG, 2022).
Foi possível substituir as lâmpadas de 20 Watts fluorescentes por
lâmpadas de 10 Watts, com um ganho de 50%, e as lâmpadas fluorescentes
compactas de 25 Watts, por lâmpadas de LED bulbo de 10 Watts, gerando
economia de 60%, também com ganho em qualidade de iluminação (UEPG,
2022).
Sendo assim pode-se dizer que foi possível reduzir o consumo de
energia elétrica por meio da substituição de lâmpadas comuns por lâmpadas
de tecnologia LED. Além disso, foi possível uma melhor adequação à
legislação ambiental, visto que nas lâmpadas fluorescentes encontra-se

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maior dificuldade em realizar o seu correto descarte. Como visto na unidade
anterior, as lâmpadas fluorescentes possuem metais pesados (tóxicos) e que
resistem por anos até que haja sua degradação.
O projeto realizado nos Campi Central e Uvaranas da Universidade
Estadual de Ponta Grossa contou com a substituição e instalação de 16.140
lâmpadas de LED, através do Programa de Eficiência Energética da Copel
que contemplou a universidade com um investimento de R$ 370.948,02
(NATAL, 2022). Além da substituição das lâmpadas, o Programa também
realizou a coleta, transporte e descarte de 10 mil reatores com o objetivo de
otimizar o consumo de energia e consequentemente, promover uma
economia financeira à universidade (NATAL, 2022).
As lâmpadas selecionadas foram de 20 Watts, 9 Watts e 40 Watts
tubulares e foram instaladas em 25 prédios da instituição: Campus Central;
Colégio Agrícola; Prefeitura do Campus; Bloco L; Bloco M; Central de Salas;
Diretoria de Material e Patrimônio; Reitoria; Sessão de Obras e Marcenaria;
Centro Integrar; C-Labmu; Bloco de Zootecnia; Biblioteca; Núcleo de
Tecnologia da Informação; Centro de Treinamento em Informática; Farmácia
Escola; Centro de Convivência; Bloco E; Bloco F; Bloco G; Observatório
Astronômico; Coordenadoria de Desportos e Recreação; Ginásio de Esportes;
Centro Interdisciplinar de Pesquisa e Pós-Graduação; e Escola Tecnológica
de Leite e Queijos dos Campos Gerais (NATAL, 2022). A economia gerada,
segundo o diretor de planejamento físico da Pró-Reitoria de Planejamento
(Proplan) na época, Matheus Carrer, seria entre 30 e 35% no consumo de
energia (NATAL, 2022).
Foi realizado estudo de consumo de energia antes e depois da
substituição das lâmpadas de modo a atestar a melhoria na eficiência
energética. Os resultados podem ser conferidos nas Tabelas 01 e 02.

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Tabela 01 – Medição antes da substituição. Fonte: Relatório de medição e
verificação – UEPG.

Tabela 02 – Medição após a substituição. Fonte: Relatório de medição e


verificação – UEPG.

Com isso, pode-se notar a expressiva redução no consumo de energia


após a troca das lâmpadas. Em termos financeiros, essa redução é expressa
por uma economia anual de R$ 532.717,10. Conforme Tabela 03, a seguir:

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Tabela 03 – Resultados. Fonte: Relatório de medição e verificação – UEPG.

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ANOTAÇÕES

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Unidade 3 – Economia de energia elétrica e suas oportunidades

Introdução

Nesta unidade utilizaremos dos conceitos que foram abordados nas


unidades anteriores para discutir outras oportunidades de ações de eficiência
energética junto com a comunidade da Universidade Estadual de Ponta
Grossa, sejam elas implantadas na instituição ou nos ambientes
frequentados pelos membros da comunidade, como suas residências,
comércios, escritórios etc.
Como foi visto, uma ação de eficiência energética visa reduzir o
consumo de energia (em qualquer forma) sem prejudicar a qualidade do
“serviço”. Para exemplificar o que seria “serviço”, imagine a seguinte situação:
buscando reduzir o consumo de energia elétrica da área comum de um
condomínio de apartamentos, o síndico propõe substituir os refletores de LED
que iluminam as áreas externas do condomínio por outros refletores, também
de LED, de mesma eficiência luminosa, porém com potência inferior.
Adotando essa solução o condomínio notará uma redução no consumo de
energia elétrica das áreas comuns, porém, notará também uma redução na
intensidade de iluminação das áreas comuns. Essa redução na intensidade
de iluminação pode ser tal que comprometa outros fatores importantes para o
condomínio, como a segurança do condomínio ou a facilidade de locomoção
dos condôminos pelas áreas externas no período da noite. Nesse exemplo, a
qualidade do “serviço” (iluminação das áreas externas comuns) não foi
mantida, reduzindo apenas o consumo de energia elétrica, porém,
comprometendo outros aspectos importantes ao condomínio.
Ao buscar por soluções de eficiência energética não basta reduzir o
consumo de energia, há de se manter a qualidade do serviço, ou ainda
melhorá-la.

Oportunidades de ações de eficiência energética na UEPG

Por questões administrativas, no Programa de Eficiência Energética do


qual a UEPG participou, não estava prevista a substituição das lâmpadas e

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luminárias do Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais (HU-UEPG).
Aqui temos uma primeira oportunidade de ação de eficiência energética para
a instituição: a substituição de todas as lâmpadas ou luminárias do HU-UEPG
por tecnologia LED. Esta ação reduzirá o consumo de energia do edifício do
hospital, e simultaneamente contribuirá com uma melhoria na qualidade da
iluminação dos ambientes, proporcionando uma melhor qualidade de
ergonomia aos servidores do HU-UEPG, maior conforto à comunidade que
necessita do hospital, redução de custos com manutenção, e facilidade de
descarte.
Outra oportunidade que pode ser estudada pelas equipes técnicas da
universidade é a substituição de aparelhos eletrodomésticos de baixa
eficiência energética por outros, similares, porém mais modernos e com boa
classificação de eficiência energética conforme o Programa Brasileiro de
Etiquetagem. Aparelhos de ar-condicionado mais modernos, como os
modelos “split” com tecnologia “inverter” apresentam eficiência energética
superior aos modelos mais antigos conhecidos como “janela”. A substituição
de um aparelho de ar-condicionado “janela” por um “inverter” pode resultar
em uma redução de consumo de energia elétrica de 30 a 60 % (IEI, 2019a).
Nas áreas de circulação de público da universidade ou onde a
permanência das pessoas se dá por curtos períodos, pode ser viável a
substituição de teclas de interruptores por sensores de presença para o
acionamento da iluminação. Dessa forma, a iluminação desses ambientes só
é mantida quando há pessoas no local, reduzindo o consumo de energia
elétrica. Não se recomenda o uso de sensores de presença em áreas
administrativas ou em salas de aula e laboratórios, pois nesses locais a
permanência das pessoas se dá por mais tempo. Nesses locais, o uso de
sensores de presença pode se tornar um transtorno aos usuários, uma vez
que a iluminação se apagará e acenderá várias vezes (resultando em pouca
economia de energia, e redução na qualidade do serviço).
De forma similar aos sensores de presença, pode-se estudar a
viabilidade do uso de fotocélulas para controlar a iluminação das áreas
externas. As fotocélulas acionam a iluminação apenas quando a claridade ao
seu redor é bastante reduzida, ou seja, ao anoitecer.

22
Recomenda-se que a universidade mantenha o hábito de informar,
educar, treinar e capacitar os membros de sua comunidade objetivando o uso
racional de energia. Substituir lâmpadas fluorescentes por lâmpadas LED não
basta se aqueles que as utilizam as mantêm ligadas ao deixarem o ambiente.
Da mesma forma, trocar aparelhos de ar-condicionado “janela” por “inverter”
não surtirá o resultado esperado se os usuários os mantiverem ligados com
as portas e janelas abertas. Dessa forma, a instituição deve zelar pela
implantação de uma cultura de uso racional da energia elétrica.
Aliada às ações de eficiência energética está a geração própria de
energia elétrica por meio de fontes de energia renováveis. É o caso da
geração de energia elétrica por meio de painéis fotovoltaicos. A implantação
de geração própria de energia, não é em si uma ação de eficiência energética,
visto que não reduz o consumo de energia. Porém, trata-se de um
investimento que pode trazer retorno financeiro à instituição, uma vez que a
fatura de energia elétrica é reduzida. A geração de energia própria pode ser
vista também como vantajosa pela perspectiva ambiental. Ao gerar e
consumir sua própria energia, a instituição está “aliviando” o sistema de
geração de energia elétrica, como usinas hidrelétricas e termoelétricas. Muito
se fala da energia solar, porém, a UEPG em conjunto com a Fazenda Escola
pode estudar a viabilidade de geração de energia elétrica por meio dos
resíduos gerados pela fazenda, fontes de energia renováveis conhecidas
como biomassa e biogás.
Como a instituição está em constante renovação, com a construção
e/ou ampliação de novas salas de aula, laboratórios e outros prédios de uso
da universidade, é fundamental que a eficiência energética seja considerada
desde as etapas de planejamento e projeto das edificações. Soluções de
arquitetura e engenharia civil muitas vezes são suficientes para reduzir o uso
da iluminação artificial durante o dia, aproveitando a luz natural, bem como
reduzir o uso de aparelhos de ar-condicionado, fazendo proveito da
ventilação natural, posição do sol, e materiais apropriados.

23
Economia de energia em casa e no trabalho

Além das oportunidades de ações de eficiência energética de iniciativa


da universidade, outras ações corriqueiras podem ser tomadas pelos
membros dessa comunidade, tanto no ambiente da instituição, como em sua
vida privada. Pequenas ações individuais que quando somadas podem
resultar em grandes montantes economizados.

PBE e Selos

Ao adquirir novos aparelhos eletrodomésticos, dê preferência àqueles


com uma boa classificação no Programa Brasileiro de Etiquetagem, ou que
possuam os selos Procel ou Conpet, apresentados na Figura 11.

Figura 11 – ENCE, Procel e Conpet. Fontes: Inemtro e EPE.

Iluminação natural

Aproveite a luz do dia. Durante os períodos de claridade natural dê


preferência à luz natural ao invés da iluminação artificial. Em muitas
situações a luz natural proveniente das janelas e aberturas é suficiente para
desenvolvermos nossas tarefas diárias, com conforto, e sem a necessidade
de consumo de energia elétrica com iluminação artificial.

24
Ilumine somente o necessário

Ao utilizar a iluminação artificial, mantenha acesa apenas as lâmpadas


e luminárias dos ambientes que estão efetivamente sendo utilizados. Apague
as luzes ao deixar os ambientes. A iluminação direcionada, com o uso de
abajures e luminárias de mesa, também pode proporcionar uma melhor
qualidade de iluminação na área em que a sua tarefa está sendo
desempenhada.

Iluminação setorizada e quando necessária

Se possível, setorize a iluminação de ambientes com o uso de


interruptores individuais, evitando iluminar ambientes que não estão sendo
utilizados. Faça uso de fotocélulas para a iluminação externa, evitando que
essa se mantenha acesa durante o dia. Em ambientes comerciais ou áreas
comuns de condomínios residenciais com baixa permanência de pessoas
verifique a possibilidade de usar sensores de presença. Sensor de presença
e fotocélula são apresentados na Figura 12.

Figura 12 – Sensor de presença (à esquerda), e fotocélula (à direita). Fontes:


Intelbras e Margirius.

25
Evite o acúmulo de sujeira nas lâmpadas e luminárias

Como dito, eficiência energética não é somente a redução do consumo


de energia, mas também a manutenção da qualidade do serviço prestado. As
lâmpadas e luminárias estão expostas ao acúmulo de poeira e sujeira. Se a
sujeira não for removida, ela bloqueará parcialmente a luz emitida pelas
lâmpadas, reduzindo a quantidade de luz que chega até as superfícies do
ambiente que deveriam ser iluminadas. Porém, a energia elétrica consumida
é a mesma, esteja a lâmpada suja ou limpa. Ou seja, uma lâmpada suja é
menos eficiente energeticamente do que uma lâmpada similar limpa, pois ela
consome a mesma quantidade de energia, porém ilumina menos os
ambientes.

Substitua lâmpadas com baixa eficiência luminosa

Se possível, substitua lâmpadas de baixa eficiência luminosa por


outras mais eficientes. As tecnologias LED e fluorescente apresentam, em
geral, boas eficiências luminosas.

Dê preferência às cores claras para os ambientes

Na ocasião da construção ou reforma de um ambiente, de preferência


a tintas e revestimentos claros para os ambientes internos. As cores mais
claras tendem a refletir mais a luz, seja ela natural ou artificial, enquanto as
cores mais escuras tendem a absorver mais luz. Parte da luz refletida nas
paredes e teto é direcionada novamente para as superfícies que devem ser
iluminadas, aumentando o aproveitamento da iluminação.

Otimizar o ambiente de trabalho

Verifique se onde você trabalha os ambientes são pouco otimizados


em termos de iluminação. Grandes salas com poucos funcionários significam
que mais energia elétrica está sendo consumida para iluminar o ambiente de
trabalho de poucos trabalhadores.

26
Ventilação natural

Nos períodos de calor é natural recorrer à meios de ventilação artificial


ou climatização. Recomenda-se que, antes de ligar eletrodomésticos como
ventiladores e aparelhos de ar-condicionado, verifique se a ventilação natural,
resultante da abertura de portas e janelas não é suficiente para garantir o seu
conforto térmico.

Mantenha a manutenção em dia

Mantenha a manutenção e limpeza dos aparelhos de ar-condicionado


em dia (SEBRAE, 2023). O acúmulo de sujeira nos equipamentos reduz a
sua eficiência.

Evite utilizar os aparelhos de ar-condicionado na temperatura mínima

É comum que aquelas pessoas que sentem mais calor tendam a


programar os aparelhos de ar-condicionado para a temperatura mínima
(próxima de 17 °C). Porém, deve ficar claro que programar o equipamento
para a temperatura mínima não refresca o ambiente mais rapidamente
(SEBRAE, 2023). Além disso, os aparelhos de ar-condicionado são
programados para trabalhar em um regime de maior consumo de energia até
atingirem a temperatura programada, e então reduzindo o seu consumo
energético. Muitas vezes, por causa da temperatura ambiente, incidência
solar, número de pessoas no ambiente etc. o aparelho de ar-condicionado
não será capaz de atingir essa temperatura mínima, ou levará muito tempo
até que isso seja possível. Dessa forma o aparelho de ar-condicionado
trabalhará continuamente com um alto consumo de energia elétrica.
Recomenda-se programar os aparelhos de ar-condicionado para
temperaturas próximas de 23 °C (SEBRAE, 2023). Com essa programação, o
aparelho será capaz de atingir a temperatura programada, desligando o seu
compressor, e por consequência reduzindo o seu consumo de energia
elétrica.

27
Desligue os aparelhos que não estão sendo utilizados

O uso dos aparelhos de ar-condicionado só será aproveitado se


houver alguém no ambiente. Desligue os aparelhos de ar-condicionado ao
deixar um ambiente.

Verifique a vedação dos ambientes climatizados

O uso eficiente de aparelhos de ar-condicionado só ocorre se portas e


janelas estiverem fechadas. Caso contrário, o ar-condicionado não será
capaz de cumprir a sua função, mantendo o seu compressor ligado
constantemente, e assim, gastando energia sem climatizar o ambiente.
Recomenda-se também verificar e ajustar frestas em janelas e portas quando
fechadas. A vedação do ambiente será prejudicada por frestas excessivas.

Dê preferência aos aparelhos de ar-condicionado modelos inverter

Ao adquirir novos aparelhos de ar-condicionado, ou substituir


aparelhos, opte por aqueles com tecnologia inverter. Essa tecnologia, quando
comparada com os aparelhos mais antigos podem gerar uma economia de
energia de 30 a 60 % (IEI, 2019b).

Cuidados com os aparelhos “janela”

Verifique se no local de instalação do aparelho não há frestas. Ao


eliminar as frestas com o uso de espumas apropriadas, evita-se que o ar frio
produzido pelo aparelho escape para o ambiente externo, aumentando a
eficiência do aparelho (SEBRAE, 2023).

A incidência solar prejudica a eficiência dos aparelhos de ar-condicionado

A incidência solar nos ambientes a serem climatizados pode se tornar


um obstáculo para que o aparelho de ar-condicionado atinja a temperatura
programada pelo usuário, aumentando o seu consumo de energia. O uso de

28
cortinas, persianas ou películas reflexivas auxiliará na redução da incidência
solar no interior dos ambientes. Lembre-se, porém, que aproveitar a
iluminação natural também é uma medida de eficiência energética. Caso não
seja possível atender essas duas ações de eficiência energética
simultaneamente, recomenda-se “sacrificar” a iluminação natural, uma vez
que o consumo de energia elétrica por aparelhos de ar-condicionado é muito
superior ao consumo de energia por lâmpadas.

Quando possível, use o ventilador

Em dias muito quentes o aparelho de ar-condicionado será requisitado.


Porém em dias em que o calor não seja intenso, dê preferência ao uso de
ventiladores, e analise se essa medida é suficiente para atender o conforto
térmico. Os ventiladores consomem menos energia elétrica quando
comparados com aparelhos de ar-condicionado. Como foi visto, eficiência
energética pressupõem a manutenção da qualidade do serviço (nesse caso,
o conforto térmico dos usuários), ou seja, obrigar o uso apenas de
ventiladores, e proibir o uso de aparelhos de ar-condicionado, enquanto os
usuários estão desconfortáveis com o calor não é uma ação de eficiência
energética.

Gelo nos freezers e refrigeradores

O acúmulo de gelo nas paredes dos eletrodomésticos como freezers e


refrigeradores é um indicativo de desperdício de energia. Faça a limpeza
desses eletrodomésticos, evitando o acúmulo de gelo em suas paredes
internas.

Preste atenção no compressor de geladeiras

De forma similar aos aparelhos de ar-condicionado, os


eletrodomésticos como freezers e refrigeradores utilizam compressores para
a refrigeração de seu interior. Os compressores são mantidos ligados até que
a temperatura programada seja atingida. O funcionamento de forma

29
constante, sem desligamentos, do compressor, significa que o
eletrodoméstico não está conseguindo atingir a temperatura programada. O
funcionamento constante do compressor resulta em um consumo excessivo
de energia elétrica. Chame a assistência técnica. Os compressores
normalmente estão localizados na parte inferior e traseira das geladeiras. A
Figura 13 apresenta um compressor de geladeira.

Figura 13 – Compressor de geladeira. Fonte: Eletrolux.

Vedação de freezers e geladeiras

As borrachas de vedação desses aparelhos são fundamentais para


que consigam manter os seus interiores refrigerados. Vedações desgastadas
ou ressecadas implicam em mais trabalho para o compressor, que como
vimos, significa maior consumo de energia. O usuário pode testar a vedação
desses eletrodomésticos com uma folha de papel. Feche a porta da geladeira
prensando metade da folha de papel para dentro da geladeira, e a outra
metade para fora. Puxe a folha de papel. Se a folha sair com facilidade,
significa que o eletrodoméstico não possui uma boa vedação.

Mantenha as prateleiras internas das geladeiras livres

Não forre as prateleiras internas das geladeiras com plásticos ou


papéis. Ao forrar as prateleiras, a circulação do ar frio pelo interior da
geladeira é dificultada, reduzindo a sua eficiência.

30
Não introduza alimentos ainda quentes na geladeira

Espere os alimentos esfriarem para introduzi-los na geladeira. Inserir


alimentos quentes no interior da geladeira significa mais trabalho para o
compressor, ou seja, maior consumo de energia elétrica.

Não deixe a porta da geladeira aberta

Verifique sempre, após o uso, se a porta da geladeira realmente foi


fechada. Ao abrir a geladeira para retirar ou inserir um alimento, seja breve,
não deixe a porta aberta por longos períodos. Com a porta aberta, o calor
externo entra na geladeira, e após ser fechada, o compressor terá que
trabalhar para restabelecer a temperatura de refrigeração.

Consulte os modos de operação de sua geladeira

Muitos modelos de geladeira possuem modos de operação,


aumentando ou diminuindo a intensidade da refrigeração. Reduza a
intensidade de refrigeração quando a geladeira estiver pouco ocupada.

Reduza o tempo de banho

Evite banhos longos. Os chuveiros elétricos consomem muita energia


elétrica para aquecer a água do banho. Banhos mais curtos economizam
energia.

Consulte os modos de operação dos chuveiros elétricos

Os chuveiros elétricos possuem reguladores de temperatura. Alguns


modelos possuem reguladores com as posições “verão” e “inverno”. Mude a
posição para “inverno” apenas nos dias frios. A posição “inverno” consome 40%
menos energia, quando comparado com a posição verão (COPEL, 2023).

31
Retirar da tomada o que não está sendo utilizado

Diversos eletrodomésticos possuem luzes de “stand-by”, aquelas luzes


de pouca intensidade que sinalizam que os aparelhos estão desligados,
porém conectados à tomada. A remoção dos aparelhos da tomada
interrompe esse consumo de energia. Isso também vale para carregadores
de celular e notebooks, retire-os das tomadas quando não estiverem sendo
utilizados.

Tarifa branca

Verifique a viabilidade econômica de alterar a sua modalidade tarifária


junto à distribuidora de energia para a modalidade conhecida como tarifa
branca. Nesta modalidade, a tarifa de energia elétrica varia ao longo do dia,
tendo o seu custo mais elevado no horário de ponta (período de três horas
consecutivos, com exceção de sábados, domingos e feriados, definido pela
distribuidora de energia, normalmente entre as 17:00 horas e 21:00 horas).
Caso o consumidor tenha por hábito utilizar menos eletrodomésticos e
iluminação artificial neste período, a migração para a tarifa branca pode
significar economia ao consumidor. A Copel disponibiliza um simulador para
verificar se há vantagem em aderir à tarifa branca no link SCN - Simulador de
ConsumoBem-vindo(a) ao Framework de Desenvolvimento Java COPEL.

32
Revisão e conclusão

Como parte do Programa de Eficiência Energética da Copel,


desenvolvido na Universidade Estadual de Ponta Grossa, esse treinamento
teve como principal objetivo apresentar aos membros desta comunidade as
ações de eficiência energética implantadas na instituição, e capacitá-los para
que essas ações se tornem eficazes. Para isso, foram apresentados
conceitos de eficiência energética, bem como ações tomadas pelo poder
público e pelo setor privado. Como a ação de eficiência energética tomada na
UEPG foi a substituição de luminárias antigas por tecnologia LED, conceitos
sobre essa tecnologia também foram apresentados neste treinamento.
As ações de eficiência energética que ocorreram na UEPG por si só já
representam economia de energia à instituição. Porém, essa economia pode
ser ainda maior com a capacitação e participação da comunidade. Também
se espera que, ao final deste curso, os participantes façam proveito das dicas
de economia de energia, em suas casas, trabalho e na própria UEPG.
É importante que os participantes deste curso façam, além da leitura
deste material, a leitura dos materiais complementares disponibilizados na
plataforma virtual, bem como assistam às videoaulas e demais vídeos
disponibilizados.

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ANOTAÇÕES

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