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DRENAGEM DE RODOVIAS

PROJETO E DIMENSIONAMENTO

Francisco José d’Almeida Diogo


Professor

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MACRODRENAGEM
DRENAGEM DE TRANSPOSIÇÃO DE TALVEGUES
1. Objetivo e características
2. Cargas, ensaios e classes de tubos rígidos
3. Bueiro celular de aduelas pré-moldadas
4. Bueiro celular de concreto moldado no local
5. Bueiro tubular metálico
6. Bueiro tubular de plástico (PVC e PEAD)
7. Técnicas construtivas
8. Métodos não destrutivos (MND)
9. Substituição de bueiro
10. Reabilitação de bueiro
11. Cálculo do comprimento do bueiro
12. Dimensionamento hidráulico do bueiro
1. Objetivo e características
Drenagem de transposição de talvegues
BUEIRO DE GROTA

OBJETIVO
A drenagem de transposição de talvegues tem como
objetivo conduzir as águas que se originam de uma bacia
e que, por imperativos hidrológicos e do modelado do
terreno, têm que ser atravessadas por uma via, sem
comprometer a sua estrutura.

FORMAS DE TRANSPOSIÇÃO:
➢ uma ou mais linhas de bueiros sob os aterros; e
➢ pontilhões ou pontes transpondo os cursos d'água.
BUEIRO DE GREIDE (drenagem superficial)
Instala-se em talvegue ou ravina e necessita de dispositivo
especial de captação e deságue
(Em geral: caixas e saídas) - DNIT 023/2006 - ES

BUEIRO DE GROTA (drenagem de grota de talvegue)


Instala-se no fundo de grota (talvegue). Conduz a água de
curso d’água existente - DNIT 023/2006 - ES

Valeta de proteção de corte

Sarjeta de corte

BUEIRO DE GREIDE BUEIRO DE GROTA


Curso
d’água
LOCALIZAÇÃO – situações atípicas
Vias em rampa acentuada (7% a 9%), sem talvegue, necessitam, em
geral, bueiros a cada 90 m a 100 m.

100m

Declividades menores do greide (até 5% a 6%) necessitam em geral,


bueiros a cada 150 m a 200 m.

200m
BUEIRO DE
GROTA

Celular
BUEIRO DE GROTA

TUBULAR
CLASSIFICAÇÃO

1. Quanto a forma da seção (dentre outras)

Tubular Celular Lenticular Elíptico Em arco Ovóide


Tubos Ovóides

Transporte S=7 m2 Aterro: 20,00 m S=7 m² Aterro: 20,00 m.


Rodovia Carvalho Pinto Comprimento: 120,00 m.
Rodovia dos Bandeirantes
Fonte: Betonit Engenharia Industria e Comércio Ltda
Tubo Ovóide

Seção Altura livre Largura livre Comprimento Peso Vazão


(m2) (m) (m) útil (m) (t) i = 1%(m3/s)
1,14 1,36 1,07 1,50 3,41
1,78 1,70 1,34 2,25 6,12
1,2
2,20 1,89 1,49 2,80 8,12
3,00 2,21 1,74 3,96 12,28
4,00 2,55 2,01 4,50 18,03
1,0
9,00 3,49 3,00 5,60 51,40
Fonte:www.tuboscopel.com.br

Fonte: Sanen Saneamento e Engenharia - Ribeirão Preto/SP


CLASSIFICAÇÃO

2. Quanto ao Número de Linhas:

- Simples;
- Múltiplo (duplo, triplo etc.);
- Limites Econômicos
BTTC  1,5 m (se insuficiente verificar celular ou de aduelas)
BTCC 3,0 x 3,0 m (se insuficiente verificar metálicos e pontilhões)
CLASSIFICAÇÃO
Quanto à forma e número de linhas
BSTC Bueiro Simples Tubular de Concreto

Tubulares BDTC Bueiro Duplo Tubular de Concreto

BTTC Bueiro Triplo Tubular de Concreto

BSCC Bueiro Simples Celular de Concreto

Celulares BDCC Bueiro Duplo Celular de Concreto

BTCC Bueiro Triplo Celular de Concreto


Arco Simples
Em arco
Arco Duplo
CLASSIFICAÇÃO
3. Quanto à Rigidez:
Aqueles que quando submetidos à compressão
diametral, podem sofrer deformações
% Rigidez
< 0,1 Rígidos
0,1 a 0,3 Semi-rígidos
> 0,3 Flexíveis
em relação ao diâmetro, medidas no sentido da
aplicação da carga, sem que apresentem fissuras
Prejudiciais.
CLASSIFICAÇÃO
4. Quanto ao Material:
➢ Concreto simples - Ф ≤ 60 cm
➢ Concreto armado - Ф ≥ 30 cm
PEAD Polietileno de Alta Densidade
PVC Policloreto de Polivinila
PRFV Plástico Reforçado de Fibra de Vidro
Metálico p/ restauração, MND ou provisório
Outros alvenaria, pedra argamassada etc.
Bueiro de pedra e tijolo

Fonte: https://www.lanesfordrains.co.uk/, Acesso : 02/06/209


CLASSIFICAÇÃO
5. Quanto à Esconsidade
- Bueiro Reto ou Normal (0º c/ a normal ao eixo da via)

Normal ao eixo da via

ESCONSIDADE
É o ângulo formado pelo eixo do bueiro com a normal ao eixo da via (em planta).
CLASSIFICAÇÃO
5. Quanto à Esconsidade
- Bueiro Esconso (≠ 0º c/ a normal ao eixo da via)

Ângulo diferente de 00
Macho e Fêmea
✓Menos robusto na conexão
✓Facilita nivelar tubos
✓Berço simples mas obrigatório
✓Menor consumo de berço

Fonte: http://ibts.org.br/

Ponta e Bolsa
✓Mais robusto na conexão
✓Bueiro + resistente (bolsa)
✓Facilita rejunte
✓Vedação mais confiável
✓Manejo mais complexo
Fonte: http://ibts.org.br/
NORMA DNIT 023/2006 - ES
Drenagem – Bueiros tubulares de concreto - Especificação de serviço
Página 3

“6.1 Materiais
6.1.1 Tubos de concreto
Os tubos de concreto para bueiros de grota e greide
deverão ser do tipo e dimensões indicadas no projeto e
ter encaixe tipo ponta e bolsa, obedecendo às exigências
da ABNT NBR 8890/03, tanto para os tubos de concreto
armado quanto para os tubos de concreto simples.”
Valores máximos
(DNIT)
Vazão I
Dimensões
Bueiro Tipo
(m) Crítica Crítico
(m3/s) (%)

Tubular de concreto BTTC 1,5 (diâmetro) 12,67 0,65


Celular de concreto BTCC 3,0 x 3,0 79,73 0,54
Circular metálico BTTM 7,80 (diâmetro) 781,45 0,95
Lenticular metálico BTLM 6,27 x 4,00 232,11 0,96
Elípticos metálicos BTEM 12,19 x 9,02 1634,19 0,68

BTTC: Bueiro Triplo Tubular de Concreto


BTCC: Bueiro Triplo Celular de Concreto
BTTM: Bueiro Triplo Tubular Metálico
BTLM: Bueiro Triplo Lenticular Metálico
BTEM: Bueiro Triplo Elíptico Metálico
ELEMENTOS CONSTITUINTES
DE UM BUEIRO
ALAS
MURO
TESTA

CALÇADA CUT-OFF
- Berço
- Corpo
- Bocas: soleiras (calçada), muro testa e alas
- Enrocamento a jusante (eventual dissipador)
- Eventualmente, caixa coletora à montante
VISTA SUPERIOR

Alas

Viga de topo superior do corpo

VISTA FRONTAL VISTA LATERAL

Berço
Viga de topo inferior da cabeceira
ALAS E MUROS DE TESTA (destinação)
1) manter a integridade do aterro próximo a boca do bueiro (principal);
2) proteger as bocas dos bueiros contra queda de material do aterro;
3) na entrada, participar na condução da água para o interior do
bueiro, propiciando um ganho hidráulico para as bocas reduzindo
turbilhonamento (alas);
5) realizar o acabamento da boca, preservando-a:
a) contra impactos (objetos que chegam boiando);
b) contra o descalçamento causado por erosão na sua base;
6) na saída, conduzir na devolução da água ao leito natural ou canal.
20 cm

30 cm
2. Cargas, ensaios e classes
de tubos rígidos
1. Dimensionamento estrutural de tubos rígidos

Cargas de Terra

A carga de terra sobre uma canalização depende da altura do aterro


mas também é afetada pelas condições de execução do bueiro.

Das condições construtivas, as canalizações enterradas podem ser


classificadas em dois tipos principais: em valas ou em aterros

i) Em aterro - Quando os tubos repousam sobre o terreno natural ou em


pequenas depressões (deve ser evitado).
ii) Em vala - Quando colocado em escavação de profundidade maior
que seu diâmetro externo (preferido).
Efeito de arqueamento em condutos em valas

Topo do aterro

aterro

solo solo
natural natural
solo natural

Conduto em vala Conduto em aterro


1. Dimensionamento estrutural de tubos rígidos

B
B
H

Desenho esquemático dos tipos de valas e aterros


DETERMINAÇÃO DOS CARREGAMENTOS
Os métodos mais utilizados são as teorias de Marston – Spangler,
aplicadas ao dimensionamento nas condições da figura acima.
Bibliografia: Avaliação Comparativa de Desempenho entre Tubos rígidos e Flexíveis para Utilização em Obras de
Drenagem de Águas Pluviais – da ABTC - Associação Brasileira dos Fabricantes de Tubos de Concreto
1. Dimensionamento estrutural de tubos rígidos

DETERMINAÇÃO DAS CARGAS DE TERRA

No caso de carga de terra sobre o tubo na condição de vala


P = Cv x γ x B2
Onde:
γ : peso especifico do solo de reaterro
P : carga sobre o tubo, por unidade de comprimento
B : largura da vala no plano da geratriz superior do tubo
Cv : coeficiente de carga para tubos instalados em vala, que depende do
tipo de solo, da profundidade da instalação “H” e da largura de vala
“B”. (tabelas)
1. Dimensionamento estrutural de tubos rígidos

Cargas de Terra

Material Peso específico do solo


( γ ) N/m3
Materiais granulares sem coesão 17.000 (mínimo)
Pedregulho e areia 19.000 (máximo)
Solo saturado 20.000 (máximo)
Argila 20.000 (máximo)
Argila saturada 22.000 (máximo)
coeficiente de carga - Em vala

VALORES DE H/B
H

VALORES DE CV

Material granular sem coesão

k - coeficiente de empuxo do solo


µ - coeficente de atrito do solo e =2,718 Fonte: http://ibts.org.br/
µ’ - coeficente de atrito do solo contra as paredes da vala Instituto Brasileiro de Telas Soldadas
Cv : coeficiente de carga
para tubo em vala
Cv em função de λ =H/B e Kμ

Fonte: ABTC - Associação Brasileira dos Fabricantes de Tubos de Concreto


1. Dimensionamento estrutural de tubos rígidos

DETERMINAÇÃO DAS CARGAS DE TERRA

No caso de carga de terra sobre o tubo na condição de aterro


P = Ca x γ x D2
Onde:
γ : peso especifico do solo de reaterro
P : carga sobre o tubo por unidade de comprimento.
De : diâmetro externo do tubo
Ca : coeficiente de carga para tubos instalados na condição de aterro,
sendo função do tipo de solo (Ku); da profundidade da instalação; do
diâmetro do tubo; e da taxa de recalque rsd (tabela).
Para determinar Ca calcula-se H / D; adota-se rsd x p ; e em função do valor
de Kµ tem-se o valor de Ca.
p = Taxa de projeção
rsd = coeficiente de recalque e saliência
1. Dimensionamento estrutural de tubos rígidos
Situação de Aterro

p = Taxa de projeção: distância da superfície do solo natural ao


plano da geratriz superior do tubo dividido pelo diâmetro externo.

p = d/De
Solo
natural

d
D Plano α

De
1. Dimensionamento estrutural de tubos rígidos
Situação de Aterro

rsd = Coeficiente de recalque e saliência


Solo rsd
Rocha ou solo indeformável (+ 1,0)
Do tipo comum (corrente) (+ 0,5) a (+ 0,8)
Deformável (0,0) a (0,5)
Tipo corrente e tubos com projeção negativa (- 0,3) a (- 0,5)

Exemplos:
NÍVEL FINAL DO ATERRO NÍVEL FINAL DO ATERRO NÍVEL FINAL DO ATERRO

D1 D1 B1
H

H= 2x B1
H

D1

Projeção positiva solo comum, Projeção nula - laterais c/ aterro


deformável (rsd = 0,5) bem compactado, material
granular (rsd = 0) Projeção negativa, faz-se porção do
aterro, abre-se vala (rsd = -0,5)
Ca= coeficiente de carga
para tubo em aterro
Materiais granulares
sem coesão
Kµ = 0,1924
Ca= coeficiente de carga
para tubo em aterro
Argila
Kµ = 0,1300
Características dos veículos-tipo rodoviários
Características dos trens-tipo de ferrovias

TB Q (kN) q(kN/m) q’(kN/m) a(m) b(m) c(m)


360 360 120 20 1,0 2,0 2,0
270 270 90 15 1,0 2,0 2,0
240 240 80 15 1,0 2,0 2,0
170 170 25 15 11,0 2,5 5,0

Trem tipo Característica


TB-360 ferrovias de transporte de minério de ferro ou carregamentos equivalente
TB-270 ferrovias de transporte de carga geral
TB-240 somente p/ verificação de estabilidade e projeto de reforço de obras existentes
TB-170 p/ vias sujeitas exclusivamente ao transporte de passageiros

q = vagão cheio
q’ = vagão vazio

Ref: NBR – 7189:1985 – cargas móveis para o projeto estrutural de obras ferroviárias
DETERMINAÇÃO DAS CARGAS MÓVEIS
São resultantes do tráfego na superfície
A pressão resultante no solo pode ser calculada através da integração de
Newmark para a formula de Boussinesq:
M = Ct * (P * F)/L – Cargas concentradas
M = Ct * q * F * De – Cargas distribuídas
Onde:
P - Carga concentrada (por exemplo, a roda do veículo) aplicada na
superfície do solo segundo a vertical do centro do tubo.
q - Carga uniformemente distribuída.
L - comprimento do tubo.
De - diâmetro externo da tubulação.
Ct - coeficiente de Marston que depende de
m = L/2H e n = De/2H H
F - Coeficiente de impacto, sendo:
F = 1,50 para rodovias
F = 1,75 para ferrovias
F = 1,00 à 1,50 para aeroportos
Ct = coeficiente de carga – para carga móvel

Coeficiente de Marston

m = L/2H
n = De/2H

n
Carga atuante sobre o tubo de concreto

Onde:
Carga Total = cargas de terra + cargas móveis
FE – Fator de Equivalência

É fundamental realizar sondagens ao longo do bueiro, para a


determinação das tensões admissíveis do solo e consequente
capacidade de suporte.

Tipo de Base FE
diretamente sobre o solo local 1,1
diretamente sobre o solo local, mas com a acomodação da bolsa 1,5
base de rachão (brita 3 e 4) 1,9
brita graduada ou material granular 2,25
berço de concreto 3,4
COBERTURA

A espessura mínima de solo compactado sobre os


bueiros deve ser medida no acostamento.

Pista Sarjeta

Bueiro

A posição correta de medição


COBERTURA
Bueiros em arco
(concreto ou metálicos)

Quando empregar:
• não haja espaço suficiente p/ uso de tubos
• Imposições técnico-econômicas
• Imposições estéticas.
FALSA TRINCHEIRA - HA > 20m
Tubos de concreto para condução de águas pluviais

PS1 e PS2
para tubos de concreto simples (diâmetro de 200 a 600 mm)

PA1, PA2, PA3 e PA4


para tubos de concreto armado (diâmetro de 300 a 2000 mm).

NBR 8890/2007 e errata de 2008


Tubo de concreto de seção circular para águas pluviais e esgotos
sanitários - Requisitos e métodos de ensaios
ENSAIOS
Conforme NBR 8890, devem ser realizados os
seguintes ensaios de controle de qualidade para o
recebimento dos tubos na obra:

- Verificação das características geométricas;


- Determinação da resistência à compressão diametral;
- Determinação do índice de absorção de água; e
- Verificação da permeabilidade e estanqueidade da junta
(esta para junta elástica).

NOTA: as juntas elásticas são obrigatórias para tubos de concreto


empregados em esgoto, a fim de garantir a estanqueidade do sistema.
Vem sendo utilizados em águas pluviais para agilizar a obra.
Tubos de Concreto com Junta Elástica

Um anel de borracha, pode ou não estar incorporado ao


concreto da bolsa do tubo.
Carga

Compressão (kN)
1º ciclo de carga
105% da
diametral de tubo
Sem carga
carga
2º ciclo de carga mínima
isenta de
ABNT NBR 8890/2007 Carga de ruptura 95% da
carga
danos

máxima

P Carga mínima
isenta de danos

Vigota 1 min 1 min Tempo

Plano de carregamento de ensaio,


p/ tubo de concreto reforçado com fibras de aço.

Borracha
P P
L/2

Borracha Viga
Vigota
Imagem: ABTC – Associação Brasileira
dos Fabricantes de Tubos de Concreto
Borracha

L Diâmetro
nominal
Método dos três cutelos
mais usado no Brasil
Borracha
Viga
DN/10
ENSAIO PARA mínimo 20 mm
PONTA E BOLSA
Tubos Simples, não armados (mercado)
Nomenclatura: PS1 ou PS2

Compressão diametral de tubos


simples

DN Carga mínima de ruptura kN/m


mm
Classe PS1 PS2
200 16 24
300 16 24
400 16 24
500 20 30
600 24 36

Norma NBR 8890:2007


Tubos Armados ( NBR 8890:2007 )
Nomenclatura: PA1, PA2, PA3 ou PA4
Compressão diametral de
tubos armados e/ou reforçados com fibras de aço
Carga mínima de fissura (tubos armados) ou
DN Carga mínima de ruptura
carga isenta de danos (tubos reforçados com fibras)
mm kN/m
kN/m
Classe PA1 PA2 PA3 PA4 PA1 PA2 PA3 PA4
300 12 18 27 36 18 27 41 54
400 16 24 36 48 24 36 54 72
500 20 30 45 60 30 45 68 90
600 24 36 54 72 36 54 81 108
700 28 42 63 84 42 63 95 126
800 32 48 72 96 48 72 108 144
900 36 54 81 108 54 81 122 162
1 000 40 60 90 120 60 90 135 180
1 100 44 66 99 132 66 99 149 198
1 200 48 72 108 144 72 108 162 216
1 500 60 90 135 180 90 135 203 270
1 750 70 105 158 210 105 158 237 315
2 000 80 120 180 240 120 180 270 360
Fonte: NBR 8890:2007 Tubo de concreto de seção circular para águas pluviais e esgotos sanitários
- Requisitos e métodos de ensaios
Controle de qualidade dos tubos

02 (dois) para ensaios de Compressão Diametral (ABNT NBR 6583) e


02 (dois) para ensaios de Permeabilidade (ABNT NBR 9796).

Ensaio de permeabilidade e
estanqueidade da junta em tubos
para águas pluviais providos de
junta elástica

Foto: www.infraestruturaurbana.com.br
DIMENSÕES DE TUBOS
(encaixe ponta e bolsa ou macho e fêmea)

Diâmetros e espessuras mínimas para tubos de concreto

Espessuras mínimas de paredes de tubos de concreto (NBR 8890/2007)

Diâmetro nominal (DN) e Espessura mínima de tubos de concreto (D) em cm


DN 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 150 175 200
Simples 3,0 3,0 4,0 5,0 5,5 ---
D Armado - - 4,5 4,5 5,0 6,0 6,6 7,2 7,5 8,0 9,0 9,6 10,5 12,0 14,0 18,0
DIMENSÕES DE TUBOS
(encaixe ponta e bolsa ou macho e fêmea)
Aduelas ou galerias celulares (NBR 15.396)

Tipos de junta: junta rígida (argamassa de areia e cimento).

No caso das galerias celulares, há a opção de usar


a manta geotêxtil por fora da junta macho e fêmea.

Se ocorrer uma pequena movimentação que venha


a trincar o rejuntamento, o material evita o
carreamento do solo.

Fonte: www.clubedoconcreto.com.br
3. Bueiro celular de aduelas pré-moldadas
GALERIA CELULAR OU ADUELA
NBR 15.396
• Executada em concreto armado;
• Possui junta rígida tipo macho e fêmea;
• Normalmente é fabricada sob encomenda;
• Projeto estrutural específico para a altura de
aterro e carga acidental (trem-tipo);
• Emprego: grandes vazões.
• Dimensão: ≥ 1,0x1,0 m Aduelas pré-moldadas
• Comprimento: ≥ 1,0 m
Emprega-se manta geotêxtil por Cabeceira
fora da junta.
Se ocorrer uma pequena
movimentação que venha a trincar
o rejuntamento, o material evita o Aduela
carreamento do solo.

Manta Aterro
NBR 15.396/2006
Aduelas (galerias celulares) de concreto armado pré-fabricadas Requisitos e métodos de ensaios
ADUELAS

Fonte: ABTC – Associação Brasileira dos Fabricantes de Tubos de Concreto


Içamento

Enrocamento

http://www.americanconcrete.com
Neopav - Anel Viario Limeira

Foto: Engetubo

Consórcio Queiroz Galvão


- Camargo Correa

Foto: Engetubo
Galeria pré-moldada
Obra em processo de ruina

Fonte: http://www.protensul.com.br/index.php?cmd=produtos&id=6
Galeria pré-moldada
Obra robusta Australia

Disponível em:< https://www.holcim.com.au/sites/australia/>. Acesso em: 20 de jul. de 2019


Galeria pré-fabricada

Fonte: http://www.protensul.com.br/index.php?cmd=produtos&id=6
Box Culverts

www.engenhariacivil.com
Manta nas juntas
Fonte: https://wieserconcrete.com

Fonte: https://wieserconcrete.com
Box Culverts

Juntas desencontradas (amarradas)

www.engenhariacivil.com
Box Culverts

www.engenhariacivil.com
Formas de aduela

Forma interna da aduela Forma externa da aduela

Fonte: concretopremoldadoprefabricadomg

Desmolde das peças da aduela


Box Culverts

misula

www.engenhariacivil.com
Transporte de aduelas

www.engenhariacivil.com
4. Bueiro celular de concreto moldado no local
BUEIRO CELULAR
DIMENSÕES

Fonte: Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drenagem do DNIT, Desenho 6.11


BUEIRO CELULAR
FORMAS

Fonte: Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drenagem do DNIT, Desenho 6.29


Bueiros celulares moldados in loco 91060
Acabamento a colher.
n = 0,011a 0,012

Laje inferior
e mísula

Vibração do concreto

junta de
Junta de dilatação
dilatação MÍSULA cada 10 m.

Antes:
- regular e
compactar
solo;
- lastro de
concreto
magro: 10 cm
Bueiros celulares moldados in loco 91060

✓ Laje inferior
e mísula

✓ Viga inferior da
boca e laterais
externas da boca
Bueiros celulares moldados in loco

Paredes verticais e
alas das cabeceiras
Bueiros celulares moldados in loco 91060

Lançamento do Vibração do concreto


concreto

Lajes, vigas
Desforma
superiores e
após 3 dias,
mísula
no mínimo.

Cura do concreto
com areia úmida.
Lote 3 da Ferrovia Norte-Sul, entre Pátio de Santa Izabel (km 166) - Pátio Jaraguá (km 95)
- subtrecho Palmas/TO - Anápolis/GO.
Fonte: galeria minplanpac
Vala lateral – dispositivo de drenagem superficial
Obra iniciada nas duas cabeceiras

Lote 3 da Ferrovia Norte-Sul, entre Pátio de Santa Izabel (km 166) - Pátio Jaraguá (km 95)
- subtrecho Palmas/TO - Anápolis/GO.
Fonte: galeria minplanpac
JUNTAS ELÁSTICAS

PERMITEM:

- Deformação térmica
- Deformação lenta
- Retração
- Frenagem
- Movimentos mecânicos

MATERIAIS:

- Mastique
- Perfil de PVC de alta densidade
- Elastômero
Juntas Fungenband - Mata junta
DNIT
- A cada 10 m
- pode ser 1 cm (compensado ou isopor)
Depois retira e preenche com asfalto e cimento

Fonte: Diprotec
Fonte: Diprotec
Distribuidora de Produtos Técnicos para Construção Civil
5. Bueiro tubular metálico
GALERIA METÁLICA OU ARMCO
Empregos típicos: provisório, restauração e MND*
VANTAGENS:
▪ Não necessita de berço
▪ Permite mudança de direção (curvas)
▪ Rapidez e facilidade de execução
▪ Montado a partir de placas
▪ Boa opção para locais com dificuldade
de agregado pétreo

DESVANTAGENS:
▪ Custo elevado
▪ Mais susceptível às condições climáticas
▪ Usado apenas para grandes vazões

MND*: Método não destrutivo


GALERIA METÁLICA OU ARMCO

Fonte: http://www.linerengenharia.com.br/assets/img/services/5.jpg
DUPLICAÇÃO DA RODOVIA
GOIÂNIA/TRINDADE-GO

DER/GO

COMPRIMENTO: 28 m

Serviço dentro
d’água e sem EPI?

EPI: Equipamento de Proteção Individual


Medidas da Placa ARMCO
Velocidade limite para aço corrugado
Segundo a Armco Staco:
“As condições de vazão, propriedades físicas e químicas do solo e da água,
tais como pH, resistividade, abrasão, erosão, declividade, velocidade etc.,
devem ser consideradas para a escolha do revestimento e da espessura
apropriados para o aço estrutural. “

NIVEL DE Resistividade NÍVEL DE Velocidade


CORROSÃO
pH ABRASÃO
Sedimentação (m/s)
(ohm-cm)
A Baixo 5,8 a 8,0 > 2000 1 Não abrasivo Sem Qualquer
B Moderado 5,0 a 5,8 1500 a 2000 2 Baixo Baixa - de areia e cascalho V < 1,5
C Elevado 4,0 a 5,0 < 1500 3 Moderado de areia e pequenas pedras 1,5 a 4,5
D Muito elevado < 4,0 < 1500 4 Elevado Forte - de cascalho e pedras > 4,5

Drenagem pluvial ou canalização de córregos não poluídos


(Níveis A, 1 e 2) => revestimento galvanizado

Ambientes mais agressivos


(Níveis B, C, 1 e 2) => Epoxy HR da Armco
Epoxy HR: aplicação por deposição eletrostática, sobre chapas
pré-fosfatizadas, de uma película espessa de resina epóxica.
Valores limites de recobrimento – tubo circular metálico

Nota: segundo a Armco Staco


6. Bueiro tubular de plástico (PVC e PEAD)
GALERIA TUBULAR DE PVC – RIBLOC
Excepcionalmente, atendendo às especificações de projeto, poderão ser
adotados tubos de outros materiais como tubos de PVC ou PEAD para
cuja execução deverão ser obedecidas as prescrições normativas de
outros países ou instrução dos fabricantes (DNIT 023/2006 – ES, pág. 3 ).

Foto: http://www.onortao.com.br
Município Porto Velho
GALERIA TUBULAR DE PVC – RIBLOC

VANTAGENS:
▪ Leve (aptidão: local difícil acesso)
▪ Fácil manuseio
▪ Desempenho hidráulico (rugosidade 0,009)
▪ Fabric. in loco e do tamanho desejado
▪ Boa resistência à abrasão
▪ Não necessita berço de concreto
▪ Permite assentar e reaterrar em seguida

DESVANTAGENS:
▪ Temperatura do efluente < 40o C
▪ Cuidado especial no reaterro e nas juntas
▪ Não pode ser usado sob grandes aterros
▪ Não pode ficar ao sol/chuva por muito tempo

• Diâmetros de 0,3 a 3,0 m


• Se φ > 1,2 m recebe reforço com cintamento de aço encaixado
Fabricação do tubo de RIB LOC
Fabricação do tubo de RIB LOC
GALERIA TUBULAR DE PVC – RIBLOC
Características dimensionais
Normalmente, barras de 4 a 6 m.
Permite tubos de 8, 10, 12 metros, ou +
Velocidade d’água < 7,5 m/s

Emenda

Perfil de emenda
Adesivo
de PVC

A partir de 1500 mm => perfis de PVC + aço galvanizado


ENVOLTÓRIA DO TUBO
Reaterro

Cobrimento logo acima


não compactar
Material: brita, pedregulho
30cm
e areia bem graduados

Cobrimento
Suporte
Suporte inferior
lateral
20 cm
Berço 15 cm
Fundação 15 cm
Brita; cascalho;
concreto estaqueado Fundação: se sobre solo mole; expansivo; orgânico
(pode não ser necessária)
Material de granulometria fina
(areia, brita, cascalho ou pó de pedra)

Manual Técnico da empresa Aqueduto, 2014

Largura L = 1,25 DE + 0,30


(maior valor) L = DE + 0,40
DE: diâmetro externo Manual Técnico da empresa Aqueduto, 2014
Fonte: http://www.drenartec.com.br
GALERIA TUBULAR DE PVC – RIBLOC
Profundidades minima e máxima da vala

E´- Módulo Reativo do Solo (MPa)


Compactação moderada Compactação Leve Sem
Solo
Exemplo Proctor: 85 a 95% Proctor: < 85% compac-
granular Densidade relativa: 40a70% Densidade relativa: <40% tação
• Brita graduada
Sem finos
• Bica corrida 14 7 1,4
< 12% • Areia bem graduada

• Pedregulho argiloso
Com finos
ou arenoso,
12 a 25% • Areia argilosa/siltosa
7 2,8 0,7

Nota: material fino: silte e argila

E´= 0,7 - não recomendado


GALERIA TUBULAR DE PVC – RIBLOC
Profundidades minima e máxima da vala
PROFUNDIDADE(m) – ACIMA DA ENVOLTÓRIA DO TUBO
Φ E´=1,4 MPa E´=2,8 MPa E´=7 MPa E´=14 MPa
(mm)
Mín. Máx. Mín. Máx. Mín. Máx. Mín. Máx.
300
400
3,45 6,3 0,5
500
600 0,95 0,7
700
7,5 0,5 7,5
800 3,40 5,55
900
0,60
1000
1100 1,00 3,10 0,80 4,65
1200

E´- Módulo Reativo do Solo


PEAD: Polietileno de Alta Densidade

4 Pistas e Aterro
Hidráulico / Alas em
gabiões

http://www.acque.com.br

Via Expressa Beira Mar Continental - Florianópolis-SC

Execução de drenagem com tubos Drenagem com tubos PVC RIB LOC envolvidos
drenos em PVC RIB LOC de D=1m em manta Bidim e brita.
Fonte: THÁ ENGENHARIA Fonte: THÁ ENGENHARIA
Fonte: PERFIL ENGENHARIA
Tubos RIB LOC

Obra DERMU - Rib Loc 1000 mm

D=3 metros
BUEIRO DE PVC - RIBLOC TÉCNICAS
CONSTRUTIVAS

Usa-se caixas de inspeção para


mudanças de direção, junção com
outros bueiros ou linhas muito
extensas
Caixa de inspeção ou poço de visita

Preparo do concreto com betoneira


DETALHE DE CAIXA DE DERIVAÇÃO

TÉCNICAS
CONSTRUTIVAS
GALERIA TUBULAR DE PEAD
(Polietileno de Alta Densidade)

Tubo PEAD

Parede dupla: interior lisa e externa corrugada.


Encaixe é feito por união "ponta-bolsa“, bolsa alargada e ponta cônica.

Durabilidade: até 75 anos

Dimensões:
φ ≤ 1,6 m
Comprimento: 6 m

Povoado Barra Nova / Município Marechal Deodoro/AL


Caixa de inspeção ou poço de visita
Município Araguaína
7. Técnicas construtivas
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

COMPRIMENTO
NORMALMENTE OS BUEIROS DEVEM SER SUFICIENTEMENTE
COMPRIDOS PARA NÃO SEREM OBSTRUÍDOS POR EVENTUAIS
MATERIAIS ERODIDOS DAS ENCOSTAS DOS ATERROS.

10 %

30 cm
30 cm
Aterro 3m

Bueiro

Detalhes Construtivos de Aterros


TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

COMPRIMENTO
RECOMENDA-SE QUE, A JUSANTE, OS BUEIROS SEJAM 30 A
60cm MAIS COMPRIDOS QUE O EXIGIDO, A FIM DE DIMINUIR A
EROSÃO DO PÉ-DO-ATERRO.

+ 30 cm – no mínimo
Aterro

Bueiro

Detalhes Construtivos de Aterros


CABECEIRA (ou BOCA)
Rip rap
Rip rap

Cabeceira padrão americano


Bueiro curto

BR-242/MT Km 77,1
Descalçamento - erosão na base

BR-242/MT Km 77,1
Prováveis erros:
- Ausência ou má execução da viga de topo inferior da cabeceira (cut-off);
- Necessidade de uma bacia de dissipação de energia a jusante do bueiro;
- Faltou enrocamento de pedras;
- Faltam degraus na saída da cabeceira;
- Nivel d’água abaixo da boca logo é saída de bueiro. A boca é fêmea então
deveria estar a montante da obra e não a jusante.
Berço excessivo

15 cm
Está no
Álbum

BR-242/MT Km 112,5
Bueiro – cabeceira com gabião
BUEIRO TUBULAR DE CONCRETO

TÉCNICAS
CONSTRUTIVAS

Bueiro finalizado

Concretagem da boca do bueiro


TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

Correto: está tangenciando


TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

Está sem proteção na saída


TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

Berços e Bocas
de bueiro podem ser
confeccionadas em
concreto ciclópico
com 30% de pedra de mão

NBR 15645 / 2009


Execução de obras de esgoto sanitário e drenagem de águas
pluviais utilizando-se tubos e aduelas de concreto
Berço em pedra de mão

Fonte: Eng. Marcos Jabor


Berço em pedra de mão
Galeria pré-fabricada
Base plana

Base plana facilita o transporte e pode eliminar berço e fundações.


Diâmetros: 1,5 m, 2,0 m e 2,5 m. Concreto 25 Mpa.

Fonte: http://www.ecilengenharia.com.br/fotos/produtos/2_0.jpg
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
DECLIVIDADE

Declividade
Recomendações e observações
(%)
0,4 a 5 Declividades limites.
1) Reduzir a declividade com caixa coletora a montante
(profundidade máx. da caixa = 3,5 m) ou degraus a jusante.
>5
2) Construir o bueiro em degraus ou
3) Usar berço com dentes ou gigantes.
1) Usar dentes a cada 5 m (DNIT);
4a5 2) Usar dissipador de energia no deságue p/ solo não coesivo;
3) avaliar para os demais casos.

- Uma declividade considerada boa fica entre 1 e 3%


Declividades
Declividade ideal ( 1 a 3% ) Limites ( 0,4 a 5% )

Deposição de material
(ASSORIAMENTO)
Declividade muito baixa
Colar anti-infiltração

Fonte: Fema, 2005


TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

ALINHAMENTO
CONSIDERANDO A CONSERVAÇÃO, DURABILIDADE E
EFICIÊNCIA HIDRÁULICA, DEVEM SER EVITADAS VARIAÇÕES
BRUSCAS NA DIREÇÃO E DECLIVIDADE DOS BUEIROS

- Um correto alinhamento do bueiro é aquele em que seu eixo


coincide com a direção do curso d’água;
- Para um curso d’água sinuoso o bueiro deverá ter a melhor
localização possível, mesmo que se tenha de retificar o canal;
- Quando não forem encontrados os canais antigos de
escoamento, os bueiros deverão ser normais à via.
Detalhe de Alinhamento de Bueiros e Canais

BUEIRO Alinhamento bom

RODOVIA

BUEIRO

Alinhamento ruim

Figura 1 Figura 2

Barragem
enterrada

Canal antigo
(abandonar)
Novo canal
com dreno de talvegue

RODOVIA

Figura 3
NORMA DNIT 023/2006 - ES
Drenagem – Bueiros tubulares de concreto -
Especificação de serviço

6.5 Execução
6.5.1 Execução de bueiros de grota

...

“Precedendo a locação recomenda-se no caso de


deslocamento do eixo do bueiro do leito natural executar
o preenchimento da vala com pedra de mão ou “rachão”
para proporcionar o fluxo das águas de infiltração ou
remanescentes da canalização do talvegue.”
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
BACIA DE CAPTAÇÃO E VALA DE DERIVAÇÃO
Bacias de captação são depressões rasas escavadas a montante de
bueiros para facilitar e disciplinar a entrada d’água nos bueiros.
Valas de derivação são valas construídas a jusante do bueiro, com o
objetivo de afastar rapidamente as águas que o transpuseram.

BACIA DE
CAPTAÇÃO
VALA DE
DERIVAÇÃO

00
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
POSIÇÃO DAS BOCAS
Na BOCA DE ENTRADA, o fundo do bueiro deverá ficar no
mesmo nível ou abaixo do leito da correnteza;
A boca de entrada não deverá ficar acima do leito das águas
de montante.

FUNDO DA VALA
NA

FUNDO DO BUEIRO

Boca no mesmo nível Cut-off


TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
POSIÇÃO DAS BOCAS
Quando a boca de entrada ficar abaixo do leito natural do
canal, pode-se executar uma caixa coletora, que deve
receber limpeza periódica dos sedimentos acumulados.

FUNDO DO BUEIRO ABAIXO


DO FUNDO DO CANAL

SEDIMENTOS ACUMULADOS
(LIMPEZA PERIÓDICA)

Boca abaixo do nível


Caixa Coletora de Talvegue – C C T

Identificação das C C T
H
Φ=60 Φ=80 Φ=100 Φ=120
2,0 01 02 03 04
2,5 05 06 07 08
3,0 09 10 11 12
3,5 13 14 15 16
4,0 17 18 19 20

Fonte: Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drenagem do DNIT, Desenho 6.10


TUBULAÇÃO DUPLA DE 1,0 m e CAIXA COLETORA

TUBOS TIPO MACHO - FÊMEA


TUBULAÇÃO DUPLA DE 1,0 m e CAIXA COLETORA

TUBOS TIPO MACHO - FÊMEA


BACIA DE CAPTAÇÃO PARA BUEIROS ENTERRADOS
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
POSIÇÃO DAS BOCAS
Na BOCA DE SAÍDA o fundo do bueiro deverá ficar normalmente no
nível da correnteza. Se a velocidade das águas for elevada deve-se
executar uma proteção com enrocamento de pedra ou construir uma
bacia de amortecimento.

BUEIRO Enrocamento de pedra

Cut-off
Saída no mesmo nível do fundo do canal
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
POSIÇÃO DAS BOCAS
Se a boca de saída situar-se acima do fundo do canal faz-se
necessária a descida d’água em degraus.

BUEIRO
Enrocamento de pedras nos taludes
laterais ou parede lateral ao canal

Enrocamento
de pedra no
Saída acima do fundo do canal leito do canal

Descida d’água em degraus

Cut-off
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
Enrocamento mal executado na saída do bueiro
taludes instáveis (sem cobertura vegetal e aterro consolidado)

Foto: Romero Mendonça / Secom

Saída acima do fundo do canal


Fonte: http://www.der.es.gov.br/
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
Saída em degraus com alargamento de seção

FILIPINAS

Disponível em:< https://southcotabato.gov.ph>. Acesso em: 20 de jul. de 2019


DESCIDAS D’ÁGUA EM DEGRAUS- VALEC
BUEIRO

Projeto tipo – descida d’água em degraus – 80-DES-000A-19-8003


ATERRO

CORTE

DER/SP
Boca de saída de bueiro com dissipador de energia em pedra fixada por tela
DIQUES DE AMORTECIMENTO
A jusante de bueiros
DIQUE DE AMORTECIMENTO
A jusante de bueiros
Projeto tipo VALEC
80-DES-000A-19-8008 - Dissipador para bueiro celular de concreto - Forma
Abertura de valas na largura que permita o seu reaterro
Largura da vala = largura do berço mais 30 cm para cada lado
Largura do berço = diâmetro externo do tubo mais 0,20 m

40 cm

Foto: Palestra Eng. Marcos Jabôr


TÉCNICAS CONSTRUTIVAS

FUNDAÇÃO
OS BUEIROS DEVEM SER ASSENTADOS SOBRE UMA FUNDAÇÃO
ESTÁVEL, QUE NÃO SE DEFORME, OU SE DEFORME POUCO E
IGUALMENTE; QUANDO SUBMETIDA AO PESO DO ATERRO E
VEÍCULOS.
GALERIA TUBULAR DE CONCRETO
BERÇO E ENVOLVIMENTO

10 10 B
10 10
A

15
15
C
E
DIMENSÕES
VISTA LATERAL
A B C e

15
30
ARMADURA DE ESPERA

20

Nota: Dentes para bueiros c/ declividade superior a 4% espaçados de 5 m, na projeção horizontal.

Fonte: Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drenagem do DNIT, Desenho 6.1


GALERIA TUBULAR DE CONCRETO
Concretagem do berço

11° B E Cnst
GALERIA TUBULAR DE CONCRETO
Concretagem do envolvimento

11° B E Cnst

Finalidade: evitar o movimento lateral dos tubos


TÉCNICAS
CONSTRUTIVAS
BUEIRO TUBULAR DE CONCRETO - MACHO E FÊMEA

Foto: Sergio Vale / Secom)

Necessita de berço mas é mais fácil de ser alinhado.


A conexão é mais frágil.
Fonte: http://www.agencia.ac.gov.br/
1 2

3 4

Fonte: http://www.versatilconstrucoes.com.br/
TÉCNICAS
CONSTRUTIVAS
BUEIRO TUBULAR DE CONCRETO
Lançamento de tubo

Uso de Garfos

Forca de cabo de aço


GALERIA TUBULAR DE CONCRETO
REATERRO e COMPACTAÇÃO
feitos simultaneamente de ambos os lados do tubo.
RECOBRIMENTO MÍNIMO
“...reaterro com recobrimento mínimo de 1,5 vezes o
diâmetro da tubulação acima da geratriz superior da
canalização.” (NORMA DNIT 023/2006 – ES).

EQUIPAMENTO PESADO
não operar a menos de 1,50 m da galeria, enquanto sobre
ela não tiver solo compactado com recobrimento mínimo.

REJUNTE
tubos cuidadosamente alinhados e rejuntados com
argamassa de cimento e areia, traço 1:4.
REATERRO
2ª FASE
Compactação com rolo, camadas
prontas de 20 a 30 cm - 100% PN
1ª FASE
Compactação manual
camadas ≤ 15 cm até cobrir o
tubo com 1,5xDExt - 95% PN Catarpila

Camada de
> 1,5.Dext proteção

≤ 15 cm

Detalhes do Reaterro das Obras de Bueiros


NORMA DNIT 023/2006 - ES
Drenagem – Bueiros tubulares de concreto - Especificação de
serviço

Para as bocas, alas, testas e berços o concreto deverá ser


preparado como estabelecido pelas DNER-ES 330/97, NBR 6118/03,
NBR 7187/03 e NBR 12655/96 de forma a atender a resistência à
compressão ( fckmin ) aos 28 dias de 15 MPa.

A largura da cava deverá ser superior à do berço em pelo menos


30 cm para cada lado, de modo a garantir a implantação de fôrmas
nas dimensões exigidas.
Para alcançar a cota de assentamento, o lançamento de material, sem
queda, será feito em camadas, com espessura máxima de 15 cm.

Após a compactação adequada, instalar formas laterais para o berço


de concreto e executar a porção inferior do berço com concreto de
resistência (fckmin > 15 MPa), com a espessura de 10cm (no Álbum é 15)
sapo mecânico

Fonte: Palestra Eng. Marcos Augusto Jabôr


LANÇAMENTO DE BUEIRO TUBULAR DUPLO DE CONCRETO

REATERRO DE VALA (BDTC)


TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
TÉCNICAS CONSTRUTIVAS
8. Métodos não destrutivos (MND)
Bueiros executados pelo método não
destrutivo (MND)

Bueiros executados pelo


método não destrutivo,
deverão ter um controle
topográfico rigoroso.
MND: Métodos não destrutivos
(execução de bueiros sem interromper o tráfego)

• Tunnel Liner (ARMCO STACO) – chapas de aço


• NATM (New Austrian Tunnelling Method) – concreto projetado
• Pipe-Jacking – tubo de concreto cravado
• Minitúnel

Aplicações em drenagem:

➢Galerias de drenagem de águas pluviais;


➢Canalizações posteriores à obra;
➢Recuperação de galerias (avanço do túnel à medida que
se remove a antiga estrutura).
Fonte: http://www.deinfra.sc.gov.br
Objetivo
Estabelecer os procedimentos para a execução de bueiros tubulares
metálicos executados sem a interrupção do tráfego, por processo
não destrutivo dos aterros, de modo a permitir o escoamento das
águas de um lado para outro, ou para estabelecer uma passagem
sob a rodovia.
Tunnel Liner – chapas de aço

Fonte: infraestruturaurbana.pini.com.br
Tunnel Liner (ARMCO STACO) – chapas de aço

Fonte: umpei-mitsui.com
Tunnel Liner – chapas de aço

https://http2.mlstatic.com/S_866562-MLA27140340845_042018-O.jpg
Tunnel Liner
(revestimento com chapas de aço)

Razão: Reduzir impacto sobre transito e meio ambiente


Desenvolvedor: ARMCO STACO
Emprego: bueiros pluviais e túneis para passagem de veículos e pedestres;
Formas: circular, elipse, lenticular ou arco;
Dimensão: circulares de pequenos a médios diâmetros (1,2 m a 5,0 m);
demais formas: sem restrições
Tipos de solo: quase todos (não moles).
Modelos: tradicional TL460 e o novo TL500
Avanço modular: chapas de aço corrugado de 46 ou 50 cm
Segurança: nas flanges das chapas de revestimento, são fixadas
escoras metálicas para apoiar escudos frontais, reduzindo o risco de
desmoronamentos.
Fonte: http://www.deinfra.sc.gov.br
NATM (New Austrian Tunnelling Method) – concreto projetado

Túnel Austríaco

Fonte: http://www.deinfra.sc.gov.br
VANTAGENS DOS NATM

PRAZO: mais rapidez dos NATM em relação aos bueiros celulares


convencionais

IMPACTO AMBIENTAL:
➢Menor volume de escavação;
➢Dispensa caminhos de serviço; e
➢Reduzida influência sobre o curso d’água.

SEGURANÇA E CONFORTO DOS USUÁRIOS:


➢Não há necessidade de desvios provisórios;
➢Reduzida sinalização de obra, dispensando a sinalização noturna; e
➢Sem interrupções ao tráfego.

Fonte: http://www.deinfra.sc.gov.br
NATM (New Austrian Tunnelling Method) – concreto projetado

Escavação sequencial do maciço utilizando concreto projetado associado a


telas metálicas, chumbadores e fibras de concreto em função da capacidade
autoportante do maciço.
Túnel NATM ferroviário sob rodovia: Extensão 20 m; Cobertura 0,5 m.

Babaçulândia/TO

Fonte: www.solotrat.com.b
Fonte: Terratek, 2009.

Fonte: Manual Técnico Solotrat, 2003.


Enfilagens

Tela metálica

Cambotas
1. Para estabilizar previamente trechos a escavar, ou os emboques,
são utilizadas enfilagens cravadas ou injetadas, barras ou tubos,
fibras de vidro, tubos de PVC ou aço
2. Avanços típicos de 0,6 a 1,2 m, rapidamente revestidos por uma
camada primária de concreto projetado
3. Fixada a camada externa de tela soldada por meio de grampos
4. Cobrir a tela com aproximadamente 3 cm de concreto projetado
5. Cambotas garantem suporte imediato.
6. Revestimento final do túnel
Fonte: www.gulermakdogus.com
Túnel NATM rodoviário sob ferrovia: Extensão 44 m;
Cobertura 2 m.
Contenção com chumbadores, telas e concreto projetado.

Ocidental/GO

Fonte: www.solotrat.com.b
Túnel NATM rodoviário sob ferrovia: Extensão 30 m;
Cobertura 1,3 m.
Contenção com chumbadores, telas e concreto projetado.

Saia Velha/DF

Fonte: www.solotrat.com.b
Jacking Pipe - Túneis em Tubos de Concreto Cravados

Vantagens:
- Não interrompe o trânsito;
- Sem desapropriação de terrenos e edificações;
- Execução em todos os tipos de solos.

Cravação de tubos de
concreto de alta resistência
(50 a 80 MPa)

NBR 15319/2006 e errata de 2007


Tubos de concreto de seção circular para cravação - Requisitos e
métodos de ensaios.
Jacking Pipe - Tuneis em Tubos de Concreto Cravados

Cabeça de corte ou Shield

Cabeça de corte ou Shield: Poço de serviços e macacos: Laser: emissor de raio no Painel de controle: Central
responsável pela escavação local onde é alicada a carga alinhamento do túnel de comandos informatizados
e direcionamento dotúnel para avanço do túnel garante precisão direcional para operação do sistema
Jacking Pipe

Tubulação para condução de lama

Mini-shields
Fonte: www.infraestruturaurbana.com.br
Controle de inundação em Cikowice (Polônia), tubos de GRP da Hobas

4 bueiros c/ diâmetro de 3 m e um comprimento de 34 m


Em 2010, o rio Raba inundou
Cikowice e aldeias vizinhas,
devido a um aterro ferroviário que
funcionava como uma represa. O
nível da água na aldeia era quase
um metro mais alto do que no
lado oposto.
GRP: plásticos reforçados com fibra de vidro
DIÂMETROS DE APLICAÇÃO DE PIPE JACKING E N.A.T.M.

Fonte: Igor Dantas, 2009


Bueiro de Concreto Tipo Minitúnel para Execução sem DNIT
Interrupção de Tráfego (Método não Destrutivo)
Para passagem de pedestres,
gado, animais silvestres em
áreas de preservação e
fazendas

Escavação gradual do aterro


e montagem sucessiva das
peças pré-moldadas

DIMENSÕES (m) ALTURA ATERRO (m) PERÍMETRO ÁREA VAZÃO


LÂMINA (m3/s)
MOLHADO MOLHADA
VÃO ALTURA PERÍMETRO ÁREA MÍNIMO MÁXIMO D’ÁGUA (m)
(m) (m2) I = 1%
0,8 1,40 3,74 0,890 0,8 1,31 3,48 0,882 2,944
1,0 1,48 4,20 1,174 0,9 1,38 3,89 1,162 4,327
LI MITE

1,2 1,65 4,80 1,581 1,0 1,55 4,46 1,566 6,495


SEM

1,6 1,84 5,84 2,422 1,2 1,73 5,34 2,397 11,710


2,0 2,00 6,85 3,371 1,4 1,88 6,11 3,328 18,497
2,2 2,60 8,41 5,049 1,5 2,48 7,58 5,001 31,584
2,2 2,70 8,47 5,224 1,5 2,58 7,64 5,176 33,272
Bueiro de Concreto Tipo Minitúnel
FURO DE ϕ ¼ C/ PINO DE AÇO
LUVA DE PVC TREFILADO ϕ5/8”
ALTERNADA P/
INJEÇÃO DE SOLO-
INJEÇÃO DE
CIMENTO SOLO
CIMENTO
PEÇAS
MOLDADAS DE
CONCRETO
ARMADO

COSTELA

CONCRETO
ARMADO
MOLDADO
IN LOCO
Bueiros de concreto tipo minitúnel
sem interrupção do tráfego
Tubo
sendo
retirado

Costela pré moldadas de


concreto

Piso de
concreto
moldado
no local

Galeria de maior dimensão “túnel bala” substituindo outra menor


9. Substituição de bueiro
Buraco interdita totalmente BR-381 em Minas Gerais - 26/04/2003

Um buraco com cerca de 70 m de comprimento e 30 m de largura


interdita a BR-381, na altura do km 395, nas proximidades de Bom
Jesus do Amparo, em Minas Gerais.

Por causa da interdição, motoristas estão pegando um desvio que


passa por Ouro Preto, Ponte Nova e Rio Casca, aumentando o tempo
de viagem.

A princípio, o buraco ocupava apenas uma pista, mas, o acumulo de


água das chuvas teria agravado a erosão.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, o afundamento da pista


foi comunicado ao DNIT (Departamento Nacional de Infra-Estrutura em
Transportes) há cerca de 40 dias.
Restauração de trecho rodoviário
Restauração de trecho rodoviário
Restauração de trecho rodoviário
Restauração de trecho rodoviário
Restauração de trecho rodoviário
10. Reabilitação de bueiros
FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

REABILITAÇÃO VERSUS SUBSTITUIÇÃO DE BUEIRO

6.2.2 Requisitos de escavação


A profundidade do bueiro é o critério entre reabilitar ou substituir.

Um bueiro com recobrimento ≤ 1,2 m é considerado raso.


Sem considerar a interrupção de tráfego, se um bueiro raso tem
diâmetro pequeno (D < 0,9 m) e não tem cabeceira é mais rentável
substituí-lo.

Até 6 metros (até o fundo do bueiro), a escavação em vala aberta é


uma opção adequada, se não há bueiros sendo substituídos por
métodos não destrutivos e admite-se o fechamento do tráfego.

Em escavações de mais de 6 m (até o fundo do bueiro ) o método não


destrutivo é a melhor opção.
FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

REABILITAÇÃO VERSUS SUBSTITUIÇÃO DE BUEIRO

6.2.3 Interrupção do tráfego


Se for permitido fechar temporariamente a via ou faixas,
isto pesará na decisão de fazer o reparo com ou sem vala.
Mesmo tendo condições de fazer a vala, pode ser menos
custoso não fazê-la.
FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

REABILITAÇÃO VERSUS SUBSTITUIÇÃO DE BUEIRO

6.2.4 A condição e vida útil remanescente


A condição do bueiro e a estimativa da vida útil restante influenciam a
decisão de reabilitar sua estrutura e de como fazê-lo.

A avaliação de que o bueiro não irá durar mais 20 anos ou até o


próximo projeto de rodovia, é acompanhada pela questão do alcance
da reabilitação (expectativa de vida). Fatores como um ambiente
corrosivo (químico) ou abrasivo (físico) devem ser considerados no
reparo para garantir que o bueiro atinja sua vida útil.

Os bueiros de concreto com deformações transversais críticas, tendo


perdido a sua capacidade estrutural, devem ser substituídos.

Quando se aproxima do fim de sua vida útil e necessita de reparos


pontuais em 50% ou mais do duto, os reparos não são eficientes se
comparados à substituição.
FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

REABILITAÇÃO VERSUS SUBSTITUIÇÃO DE BUEIRO

6.2.5 Problemas de construção e instalação


Se a cobertura for maior que 1,2 m
(não é raso) e as interrupções no
tráfego não forem adequadas, um
reparo do revestimento pode ser
feito em pequenos bueiros, desde
que haja acesso suficiente. Deve-
se considerar a viabilidade e os
custos de acessar os extremos do
bueiro.

Exemplo de uma instalação de


revestimento em espiral com acesso
restrito na extremidade do bueiro.
FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

REABILITAÇÃO VERSUS SUBSTITUIÇÃO DE BUEIRO

6.2.5 Problemas de construção e instalação


O reparo manual de conexão é viável e desejável se o
duto for grande o suficiente e o número de conexões
que necessitam de reparo for pequeno.
Se muitas juntas precisam de reparo, um revestimento
ou substituição pode ser mais adequada.

Epóxi Aplicada
por Pulverização

Acesso: 18/06/19: https://trenchlesstechnology.com


FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE BUEIROS

6.3.1 Reparos lineares


a. Revestimento deslizante (Slip-Lining)

Fonte: https://bib.irb.hr, Acesso: 03/06/2019


O processo de revestimento de deslizamento contínuo

Um revestimento deslizante é um conduto de menor diâmetro que é


introduzido no tubo principal.
O tubo do revestimento deslizante pode ser contínuo ou segmentado.
Forro deslizante é comum em dutos redondos mas serve para arcos.
FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE BUEIROS

6.3.1 Reparos lineares


a. Revestimento deslizante (Slip-Lining)
Emprega-se uma argamassa de baixa
densidade para completar o espaço
anelar entre os perímetros.

Realizar soldagem por fusão em


segmentos pode ser trabalhoso.
Forro deslizante em um Tubo
de Metal Corrugado de 0,75 m
c/ um tubo de PVC de 0,60 m)

Às vezes, é preciso desviar o fluxo.


FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE BUEIROS

6.3.1 Reparos lineares


b. Revestimento de PVC Rib Loc (spiral wound)
Tiras de perfil enroladas e intertravadas
são alimentadas por uma máquina de
enrolamento que força as tiras a se
encaixarem e formam um revestimento
liso, contínuo e em espiral.

Emprega-se uma argamassa de baixa Exemplo de uma instalação de


densidade para completar o espaço revestimento em PVC Rib Loc (Spiral
Would) c/ acesso restrito na extremidade
anelar entre os perímetros. do bueiro.

Procedimento geralmente limitado a dutos circulares.

Às vezes, é preciso desviar o fluxo.


FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE BUEIROS

6.3.1 Reparos lineares


b. Revestimento ajustado (close-fit)

O revestimento é pressionado contra


o tubo hospedeiro, criando um
revestimento bem ajustado (Close-fit)
que elimina outros procedimentos.

Instalação de forro em espiral bem


ajustado (Close-fit) em um duto de
alvenaria.

É geralmente limitado a dutos circulares.

Às vezes, é necessário desviar do fluxo.


FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE BUEIROS

6.3.1 Reparos lineares


c. Revestimento curado no local
Cure-In-Place Pipe (CIPP)

Inserção de um tubo flexível revestido


com uma resina termoendurecível.

A resina é curada sob condições


ambientais ou através de calor (vapor, Instalação de revestimento tratado in loco
água quente ou UV).

O revestimento é justo e produz uma redução mínima de diâmetro.


Esta técnica não é limitada aos dutos circulares e tolera melhor as
protuberâncias, deformações e descontinuidades do que outras.

É necessário desviar o fluxo.


Cure-In-Place Pipe (CIPP)

Empregando UV (Ultra Violeta)


http://infra-sa.pl/en/pub/uploadimages/15.gif, Acesso: 03/06/2019

Louisiana
https://encrypted-tbn0.gstatic.com, Acesso: 03/06/2019
Linha de Diâmetro Grande
CIPP - Colocando em Posição
http://www.ukstt.org.uk/images, Acesso: 03/06/2019
Cure-In-Place Pipe (CIPP)

Polônia

https://blejkan.pl/wp-content/uploads/2018/10/IMG_6713.jpg, Acesso: 03/06/2019


FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE BUEIROS


6.3.1 Reparos lineares
d. Revestimento de encaixe justo
(Close-fit Lining Methods)
Conhecido como revestimento de
deslizamento modificado.
Inserção de um tubo termoplástico
com um diâmetro externo igual ou
ligeiramente maior que o diâmetro
Instalação de revestimento deforma-reforma.
interno do duto hospedeiro.

Estando no lugar, o revestimento é ajustado para fornecer um


encaixe perfeito com o bueiro existente, eliminando o rejuntamento.

Dois tipos principais: sistemas de redução simétricos e dobrados.


Geralmente é necessário desviar o fluxo.
FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE BUEIROS


6.3.1 Reparos lineares
d. Revestimento de encaixe justo
(Close-fit Lining Methods)
Sistemas de redução simétricos
Usam uma matriz estática ou uma
Fonte: https://bib.irb.hr, Acesso: 03/06/2019
série de rolos de compressão que
reduzem temporariamente o diâmetro
do revestimento à medida que ele é
inserido.
Instalação de revestimento dobrar-e-formar
Sistemas de redução dobrados
São geralmente dobrados na forma de "C", "U", ou "H“ durante a
fabricação ou por equipamento local antes da instalação, inseridos
no tubo, e depois desdobrados. Forros dobrados incluem tubos de
PVC de dobrar-e-formar e tubos de HDPE (high-density polyethylene)
deforma-reforma.
O tubo hospedeiro deve ser redondo ou semi-arredondado com
mínimas deformações ou descontinuidades.
FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE BUEIROS


6.3.1 Reparos lineares

e. Revestimento por spray (Spray-on linings)

São argamassas de cimento ou epóxi e


podem ser aplicadas por meios
mecânicos ou manuais.
Requer cuidados c/ questões ambientais
e de segurança do trabalhador.
Resiste pouco à abrasão e corrosão e Instalação de revestimento de argamassa
melhor se tiver epóxi. pulverizada manualmente

São comumente usados para tubos de 0,30 a 0,60 m mas podem


servir a tamanhos maiores.
A redução de diâmetro é mínima para revestimentos não estruturais e
moderada para versões estruturais
É necessário desviar o fluxo.
FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE BUEIROS

6.3.2 Reparos manuais

Algumas reabilitações em bueiros maiores são melhor realizados


pela entrada de trabalhadores no interior do bueiro como em reparos
em juntas, leitos e pontos isolados.
Reparos manuais tem sido realizados em tubos D ≥ 0,9 m
Em condições submersas, usam-se técnicas em espaço confinado e
mergulhadores.

Diâmetros < 0,9 m são considerados pequenos.


FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE BUEIROS

6.3.2 Reparos manuais

a. Reparos de juntas (Joint Repairs)

Juntas danificadas e/ou separadas e abertas em bueiros maiores


que 0,75 m podem ser tratadas manualmente, com um anel de
vedação, junta de expansão ou argamassa epóxi aplicada à mão.
O anel de vedação se aplica a bueiros de concreto.
O anel de vedação tem baixo custo. Emprego: 0,4 < D < 5,4 m).
Erosões localizadas devido as juntas => injeção de argamassa
Outra alternativa de baixo custo é usar mangas de reparo
cimentícias ou mangas Cured-in-Place-Pipe (CIPP) que são
disponíveis em vários formatos nos EUA.
FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE BUEIROS

6.3.2 Reparos manuais

a. Reparos de juntas (Joint Repairs)

Reparação manual usando um anel de vedação e


um composto de vedação de juntas.
FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE BUEIROS

6.3.2 Reparos manuais

b. Revestimento interno (Invert Lining)

Para galerias maiores, onde a deterioração é mais restrita ao


interior do duto, usa-se revestir o fundo com chapeamento de aço,
concreto e/ou argamassa a um custo vantajoso.

É uma alternativa de custo médio aplicada a tubos com D ≥ 0,9 m.

O chapeamento de aço é frequentemente preferido em Tubos de


Metal Corrugado e Tubos de Concreto Armado, mas a corrosão é
uma preocupação às ferragens do chapeamento e da ancoragem.

Diâmetros < 0,9 m são considerados pequenos.


FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE BUEIROS

6.3.2 Reparos manuais

b. Revestimento interno (Invert Lining)

Chapeamento de aço

Reparo no interior de Tubo de Metal Corrugado usando chapeamento de aço


FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE BUEIROS

6.3.2 Reparos manuais

c. Reparos pontuais (Spot Repairs)

Reparos pontuais em galerias grandes, como bombear argamassas


em vazios ou consertar falhas locais, podem ser mais eficazes se
forem detalhadas, em vez de revestimentos internos completos.

Vazios de juntas são reparos de custo médio, c/ riscos de toxicidade


e dificuldade em julgar a integridade do reparo.

Injeção de epóxi ou argamassa em trincas ou emenda e revestir com


epóxi vergalhões expostos são reparos de baixo custo.

Não se recomenda injetar epóxi ou argamassa em rachaduras


maiores que 3 cm de largura.
FLH (Federal Lands Highway)
(Estradas das Terras Federais)

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO DE BUEIROS

6.3.2 Reparos manuais

d. Reparos de manutenção (Appurtenance Repairs)

Muitos reparos não se referem ao corpo do bueiro e não exigem


entrar em seu interior. Eles se referem a substituição ou
restauração de muro testa ou das alas, calçada, riprap e grades.
Uma síntese de alguns métodos de reabilitação sem vala.
Diâ. Comp
Método (cm) (m)
Material Vantagens Desvantagens
Segmental - Adequada para curvas c/ grandes raios. - Necessita escavação p/ acesso
Lining HDPE, - Não necessita de desvio de fluxo. - Necessita de argamassar p/
10 a Até
PE, GRP, - Método simplista. completar o espaço anelar.
(Forro 401 1600 - Baixo custo / menor treinamento. - Bueiro deve ser linearmente
segmentar) PP, PVC,
- Aplicável a todos os tipos de materiais de bueiro. uniforme.
Thermosetting
Cured-in- Resin/ Fabric - Não requer pontos de acesso.
Place Pipe 10 a Composite - Atende curvas e diâmetros variados. - Necessita de desvio de fluxo.
Até - Não é necessário argamassar. - Tubo é específico de cada
(Tubulação 274 (Resina - Mínima ou nenhuma redução da vazão (projeto). projeto.
curada no
914
termofixa / - É possível para formas não circulares. - Resinas são tóxicas para peixes.
local) tecido - Nenhuma junta.
composto)
10 a - Pouca escavação.
Fold-and- - Necessita de desvio de fluxo.
76 - Mínima ou nenhuma redução no fluxo.
Form - Alto custo de material e
Até - Poucas ou nenhuma articulação.
em PVC treinamento.
(dobrar-e- 305 - Instalação rápida.
carre -Tubo deve ser construído p/ cada
formar) - Não necessita reboco. projeto.
tel - Adequada para curvas c/ grandes raios.
- Revestimento formado no local. - Necessita de pessoal treinado.
Spiral-Wound - Nenhuma ou pouca escavação. - Para diâmetro fixo pode ser
Liner 10 a Até PE, PVC, - O desvio de fluxo pode não ser necessário. necessário argamassar.
- Se acomoda às alterações de diâmetro. - Alto custo: material e treino.
(PVC Rib Loc) 305 305 PP, PVDF
- Não necessita de argamassar se revestimento for - Necessita de fusão contínua ou
expansível. selante para juntas.
-Não bloqueia conexões laterais e de serviço. - Necessita de desvio de fluxo.
Cement- -Protege contra a corrosão. - O dispositivo deve estar seco
Mortar Spray- -Baixo custo. antes da aplicação.
on Lining 7,6 a Até Cimento, HDPE(high-density polyethylene) - Longa cura (até sete dias).
(pulverização 701 450 argamassa PP(Polipropileno) - Geralmente não melhora a
de cimento- PVDF(fluoreto de polivinilideno) estrutura do tubo.
argamassa) PE(Polietileno) - A aplicação de cimento-
GRP (fibra de vidro reforça laminado de poliéster) argamassa pode ser inconsistente
NORMA TECNICA DNIT
SERVIÇO: Restauração de drenagem danificada

“ 3 Definição

Restauração de dispositivo de drenagem danificado – trabalho de


recomposição dos dispositivos que, pelo desgaste ou acidentes,
apresentam-se danificados, mas que, pelas condições operacionais e
estruturais, não requerem a sua demolição e substituição por outra obra“
Restauração
de tubos
metálicos
Se ocorrer amassamento do tubo, muitas vezes
na execução do aterro, e caso não haja a
possibilidade do problema evoluir, o tubo poderá
ser aproveitado.
TÉCNICAS DE RESTAURAÇÃO DE BUEIROS
Reino Unido

Manta Geossintética de Cimento Composto (GCCM) Concrete Canvas (CC):


• Tecido flexível, impregnado de concreto que endurece quando hidratado
para formar uma camada fina e impermeável.
• Coloca-se na posição e adiciona-se água.
• O material pode ser hidratado por pulverização ou
imersão em água.

Fonte: https://www.concretecanvas.com, Acesso: 03/06/2019


11. Cálculo do comprimento do bueiro
CÁLCULO DO COMPRIMENTO DO BUEIRO
a) Obter no campo e desenhar a seção transversal no local do bueiro

Testa + Folga Testa + Folga


d1 Le Le d2
CBE CG CBD

b1 h b2
N Cabeceira
Cabeceira Jusante
Montante CT
CP i%

dm dj

Calçada Cm cj Calçada

Ct

Detalhes Técnicos para Cálculo do Comprimento do Bueiro


CÁLCULO DO COMPRIMENTO DO BUEIRO
b) Obter:
CP- cota da linha do fundo da água dentro do bueiro
CT- cota da linha de topo do bueiro
CG- cota do greide da estrada
i % - declividade do bueiro
h- altura do aterro sobre o bueiro

Testa + Folga Testa + Folga


d1 Le Le d2
CBE CG CBD

b1 h b2
N Cabeceira
Cabeceira Jusante
Montante CT
CP i%

dm dj

Calçada Cm cj Calçada

Ct

Cm - comprimento da obra a montante


CÁLCULO DO COMPRIMENTO DO BUEIRO
c) Calcular a largura da semi-plataforma em curva
(Sabendo-se a largura da plataforma em tangente)

L
Ln = + A Onde A é a superlargura
2
Eixo da estrada
Eixo do bueiro
Cota Q1 Estaca CBD
N+m H1 %

m
Ln e
Normal à estrada
N Ln
m

H2 % Estaca
N-m
Cota Q2
CBE
CÁLCULO DO COMPRIMENTO DO BUEIRO
d) Calcular a largura da semi-plataforma esconsa (Le)

Ln
Le =
Cos e
Eixo da estrada
Eixo do bueiro
Cota Q1 Estaca CBD
N+m H1 %

m
Ln e
Normal à estrada
N Ln
m

H2 % Estaca
N-m
Cota Q2
CBE
CÁLCULO DO COMPRIMENTO DO BUEIRO
e) Determinar m:

m = Le sen e

Eixo da estrada
Eixo do bueiro
Cota Q1 Estaca CBD
N+m H1 %

m
Ln e
Normal à estrada
N Ln
m

H2 % Estaca
N-m
Cota Q2
CBE
CÁLCULO DO COMPRIMENTO DO BUEIRO
f) Determinar as cotas Q1 e Q2 nas estacas (N + m) e (N - m)
K % - declividade longitudinal do eixo da estrada

Q1 = CG  m K %
Q2 = CG  m K %

Eixo da estrada
Eixo do bueiro
Cota Q1 Estaca CBD
N+m H1 %

K%
m
Ln CG e
Normal à estrada
N Ln
m
K%

H2 % Estaca
N-m
Cota Q2
CBE
CÁLCULO DO COMPRIMENTO DO BUEIRO
g) Determinar as cotas dos bordos direito e esquerdo:

CBD = Q1  Ln H1 %
H1 % - superelevação direita
CBE = Q2  Ln H2 % H2 % - superelevação esquerda

Eixo da estrada
Eixo do bueiro
Cota Q1 Estaca CBD
N+m H1 %

m
Ln e
N Normal à estrada
Ln
m

H2 % Estaca
N-m
Cota Q2
CBE
CÁLCULO DO COMPRIMENTO DO BUEIRO
h) Desenhar a plataforma com a inclinação dos taludes de aterro:

b1 = CBE - (CT  Le i %)
i % -declividade do bueiro
b2 = CBD - (CT  Le i %) Talude: 2/3

d1 Le Le d2
CBE CG CBD

b1 b2
Cabeceira Cabeceira
Montante CT
Jusante
CP i%
CÁLCULO DO COMPRIMENTO DO BUEIRO
i) Determinar o comprimento da obra a montante e a jusante:

Cm = dm + Testa + Folga ; dm = Le + d1
Cj = dj + Testa + Folga ; dj = Le + d2
A folga é necessária também para completar o número de tubos inteiros

Testa + Folga Testa + Folga


d1 Le Le d2
CBE CG CBD

b1 h b2
N Cabeceira
Cabeceira Jusante
Montante CT
CP i%

dm dj

Calçada Cm cj Calçada
CÁLCULO DO COMPRIMENTO DO BUEIRO
j) Determinar o comprimento da obra a montante e a jusante:

C = Cm + Cj

k) Comprimento da vala de fundação:

CT = C + 2 Ccalçada (m e j)

b1 h b2
N Cabeceira
Cabeceira Jusante
Montante CT
CP i%

dm dj

Calçada Cm cj Calçada

Ct
12. Dimensionamento hidráulico bueiro
DIMENSIONAMENTO DE BUEIRO

ELEMENTOS A DEFINIR NUM PROJETO DE BUEIRO

✓ Área de seção de vazão


✓ Comprimento da obra (total, a montante e a jusante)
✓ Declividade: em princípio seguir a declividade do terreno,
variando entre 0,4% e 5%. Se for necessário usar inclinação
maior de 5%, prever gigantes e berço com dentes.

✓ Recobrimento
✓ Dispositivo de Captação: boca, caixa coletoras,
bacia de captação
✓ Dispositivo de Dispersão: vala de derivação, descida d’água,
bacia de amortecimento etc.
DIMENSIONAMENTO DE BUEIRO

DADOS NECESSÁRIOS

Entrada Saída
Vazão de Projeto Seção necessária
Dados Geotécnicos Tipo de bueiro (fundação)
- Declividade (0,4 a 5%)
Levantamentos Topográficos
- Tipo de escoamento
Geometria do corpo estradal e do talvegue Comprimento do bueiro
Seção de locação de bueiros Nota de serviço
DIMENSIONAMENTO DE BUEIRO
Fase Hidrológica:
Vazão de contribuição
Método Racional e Racional Corrigido áreas < 10 km2
Método HUT áreas > 10 km2

Fase Hidráulica:
O DNIT admite o bueiro trabalhar como canal, orífício ou vertedor. Para
estes dois últimos deve-se verificar o risco de danos ao aterro e
pavimento e inundação a montante (cota máxima admissível).
1) Considerar inicialmente, por hipótese, o regime torrencial e, caso a
declividade local seja fluvial dimensiona-se para esta condição:
a) calcula como canal (TR: tubular-15 anos; celular- 25 anos) e
b) verifica como orifício (TR: tubular- 25 anos; celular- 50 anos) .
2) O DNIT aceita o método da "Circular nº 5 do Bureau of Public Roads
- USA", baseado em ensaios de laboratório e observações de campo.
3) Ao final, deve-se verificar a velocidade d’água no bueiro.
a) máxima e mínima no interior do bueiro (p/ concreto ≤ 4,5 m/s) e
b) ao sair: depende do leito receptor.
Dados iniciais:

a) O valor de Q é conhecido porque é a descarga da


bacia a ser drenada, calculada nos estudos
hidrológicos do projeto;

b) O valor da declividade do bueiro “I” é conhecido


pelo levantamento topográfico do local onde o
bueiro deverá ser implantado;

c) O valor n (coeficiente de Manning) é conhecido


pois depende da natureza do material de que é
feito o bueiro (concreto, metálico etc.).
Dimensionamento hidráulico
Teoria da vazão crítica
REGIME DE ESCOAMENTO

Se a declividade da obra é maior que a crítica, o


dimensionamento se fará de acordo com as expressões
do regime crítico. Qc = Vc x Sc Vc = 𝑔. 𝑑𝑐
Qc – vazão crítica
Vc – velocidade crítica
dc – tirante crítico
g – aceleração da gravidade (9,8 m/s2)

Se a declividade da obra é menor que a crítica, o


dimensionamento se fará de acordo com as expressões
do escoamento uniforme.
Q=VxS (R )
V= H
2
3
I
1
2

n
Q – vazão
V – velocidade
RH – raio hidráulico
I – declividade do canal
n – coeficiente de rugosidade de Manning
Dimensionamento no REGIME CRÍTICO

“No corpo do bueiro funcionando em regime


supercrítico (torrencial) o fluxo varia desde o crítico
junto a entrada do bueiro até o supercrítico
uniforme, para obra de maior extensão.

Em termos práticos, não havendo interferência a


jusante do bueiro, considera-se que para as
declividades superiores a crítica, junto à boca de
saída, tem-se um fluxo uniforme em regime
supercrítico”

Página 44 do Manual de Drenagem do DNIT


Dimensionamento no REGIME CRÍTICO
Admite-se a altura da energia específica do fluxo crítico igual à altura do
bueiro, de modo a não ter carga hidráulica a montante (EC = H = D)

Bueiro celular
Vazão Velocidade Declividade Tirante

QC=1,705BH1,5 VC=2,56H0,5

(m3/s) (m/s) (m/m) (m)


1º 2º
Bueiro tubular
Vazão Velocidade Declividade Tirante

QC=1,538D2,5 VC=2,56D0,5 dC=0,716D

(m3/s) (m/s) (m/m) (m)


Qc – vazão crítica n – coeficiente de rugosidade de Manning = 0,015 (concreto)
Vc – velocidade crítica D – diâmetro do bueiro tubular;
Ic – declividade crítica H – aresta vertical interna de bueiro cellular
dc – tirante crítico
Grandezas
hidráulicas T

NA

Dutos H
S d

Celulares B

Área molhada Perímetro molhado Raio hidráulico


S Bd
S=Bd P = B +2d R= =
P B + 2d

Largura da superfície livre do fluxo Profundidade hidráulica

T=B d=S/T
DIMENSIONAMENTO DE BUEIRO

Dimensionamento no REGIME SUBCRÍTICO

Dutos Celulares
2 1
T  B .d  I 2
V =3   
NA
 B + 2d  n

H
S d

(B.d )5
1
2
I
Q= 3 
(B + 2 d ) 2
n
DIMENSIONAMENTO DE BUEIRO

Dimensionamento no REGIME SUBCRÍTICO

Dutos Celulares
2 1
T  B .d  I 2
V =3   
NA
 B + 2d  n

H
S d n V
Kv Kv = 1 2
I
B

(B.d )5
1
Seção hidraulicamente + favorável I 2
Q= 3 
B=2.d d/B = 0,5 (B + 2 d ) 2
n

Razão de d/H = 0,8 (DNIT) nQ


Enchimento
recomendada Logo: B=1,6.H KQ KQ = 1 2
I
Grandezas
hidráulicas
Dutos
Tubulares

 𝒅 𝒅
cos = 𝟏 − 𝟐  = 𝟐. arccos 𝟏 − 𝟐
𝟐 𝑫 𝑫

Área molhada Perímetro molhado Raio hidráulico



P= D
S  − sen
 − sen R= = D
S=  D2 2 P 4
8

Largura da superfície livre do fluxo Profundidade hidráulica


 S  − sen
T = D  sen h= = D
2 T 8 sen 
2
DIMENSIONAMENTO DE BUEIRO
Dimensionamento no REGIME SUBCRÍTICO
Dutos Tubulares
T
2 1
NA   − sen  2 I 2
V = 
3   D 3
 4  n
D
d

1 ( − sen )
5 1
2
8 I
Q= 3 D 3
16 2 2 n
DIMENSIONAMENTO DE BUEIRO
Dimensionamento no REGIME SUBCRÍTICO
Dutos Tubulares
T
2 1
NA   − sen  2 I 2
V = 
3   D 3
 4  n
D
d

φ n V
Kv Kv =
D2 3I1 2
Ângulo 
1 ( − sen )
1
d 𝒅 5
8 I 2
= 0,80  = 𝟐. arccos 𝟏 − 𝟐 Q= 3 D 3
D 𝑫 16 2 2 n
(DNIT)
n Q
KQ KQ =
D8 3I1 2
Verificação como orifício
(TR: tubular- 25 anos; celular- 50 anos)

Aterro

HW h
D/2 D ou H
Bueiro
D/2

h = diferença de cotas do NA a montante e a jusante

Condições admitidas pelo DNIT no afogamento


1) HW  1,2 D ou h  0,7 D e h  2D (ou 2H)
2) Fluxo preenchendo toda seção do bueiro

NOTA: se D < HW < 1,2.D trata-se de funcionamento como vertedor.


h  0,7 D
h  2D (ou 2H)
Verificação como orifício
SIMPLIFICAÇÃO
A descarga admissível
i) independe da rugosidade das paredes.
ii) independe do comprimento do bueiro.
iii) depende da carga a montante “h”, da forma e dimensões da boca de entrada.

Velocidade teórica de escoamento em orifício:


v = 2gh
Correção c1 devido a redução da velocidade do líquido:
c1 = 0,97 a 0,98
Correção c2 devido a contração dos filetes:
c2 = 0,62 a 0,65
Verificação como orifício
SIMPLIFICAÇÃO
Assim:
Q = v.S = C1 2gh C2 S
C1 . C2 = C varia de 0,57 a 0,70 usual C= 0,63

Forma Velocidade Vazão Observação

se duplo: 0,95 x 2 x...


Celular V = 2,79 h0,5 Q = 2,791 B H h0,5
se triplo: 0,90 x 3 x...

h = dif de cotas do NA a montante e a jusante.


Tubular V = 2,79 h0,5 2 0,5
Q = 2,192 D h
Dimensionamento hidráulico
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
A Circular nº 05 pode ser consultada no “Hydraulic Design of Highway
Culverts”, publicado pela Federal Highway Administration (FHWA) em 2012.

Se o represamento a montante for viável nos aspectos:


técnico, funcional, segurança, econômico e ambiental.
91060

Tipos de funcionamento de bueiros:


− Com controle de entrada; e
− Com controle de saída.

A altura da água represada (HW) é o parâmetro que dimensiona a


capacidade da obra.
O bueiro deve ter seção mínima e condições de boca que permitam escoar
a vazão desejada com o máximo de represamento permitido no projeto.
Quatro tipos de entradas usuais nos EUA

Tubo projetante Moldada no local


testa e alas

Pré-fabricada Inclinada como talude

Fonte: FHWA, 2012, pág. 1.8


Seções de extremidade flangeadas de tubo - EUA
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”

Fatores que afetam o escoamento de um bueiro (GRIBBIN, 2014)

Fatores Influência
Área da seção Tipos de escoamento e o custo da obra.
Influência quando o controle é a montante.
Forma da seção Exemplo de seções eficientes: retangulares, onde Base = 2xAltura e as
ovoides (para baixas declividades e aterros altos).
Comprimento Quanto mais longo maior a perda de carga por atrito.
Rugosidade interna Quanto mais rugosa maior a perda de carga por atrito.
Largura da linha d’água Permite a colocação de mais linhas de bueiros.
Desnível entre a cota da
via e o fundo do No cálculo de uma inundação a montante do bueiro.
talvegue
Velocidade do escoamento (regime subcrítico ou supercrítico).
Declividade
Logo, se ocorre assoreamento, abrasão ou erosão.
A montante: fornece a energia potencial para conduzir a água
Profundidade a
através do bueiro;
montante e a jusante do
A jusante: costuma ser independente do bueiro e depender das
bueiro
características do escoamento.

Gribbin, J. E. (2014). Introdução a Hidráulica, Hidrologia e Gestão de Águas Pluviais (4a). São Paulo: CENGAGE Learning.
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”

A profundidade d’água à montante é ocasionada pela constrição


provocada pelo bueiro na entrada ou na saída do bueiro.

Se a constrição ocorrer mais na entrada diz-se que o bueiro está sob


controle na entrada. Caso a extremidade de saída crie uma
constrição maior, o bueiro está operando sob controle na saída.

Então, nos dois casos, calcula-se a altura d’água a montante, e


utiliza-se o maior valor.

Esta metodologia considera que qualquer vazão passará pelo


bueiro. Apenas a altura da carga d’água a montante será alterada em
função de material, geometria e declividade, dentre outras variáveis.
Contração na entrada

Contração de
Contração de fluxo fluxo mínima

ENTRADA EM ENTRADA EM
BORDA RETA BORDA
ARREDONDADA

Fonte: FHWA, 2012


Bueiro sob controle de entrada.

Altura d’água
a montante - Hw Altura d’água a jusante

Seção de controle

Seção típica de fluxo de controle de entrada


(aqui está funcionando como canal)

Este é um tipo especial de fluxo de superfície livre em que o tubo flui


sem pressão. A superfície da água entra tocando a borda superior do
tubo. A análise aqui é a mesma que para o escoamento livre (canal).

A profundidade crítica ocorre perto da entrada, e o regime de fluxo


imediatamente a jusante é supercrítico.
Com controle de entrada, importam os seguintes fatores: a altura
d’água e a geometria da entrada (forma, área da seção e configuração).
Bueiro sob controle de saída.
SUBMERSA
Altura d’água H - Perda ao longo do bueiro
a montante - Hw Seção de
controle
a jusante

NÃO SUBMERSA
Altura d’água H - Perda ao longo do bueiro
a montante - Hw
Seção de
controle
FLUXO TIPO 2 a jusante

Duas condições típicas de fluxo de controle de saída


A seção de controle encontra-se na saída do duto ou mais a jusante.
O interior do bueiro está sob fluxo subcrítico ou sob pressão.
A profundidade da água na saída é a crítica ou a do canal a jusante, o
que for maior.
Todas as características geométricas e hidráulicas do bueiro
desempenham um papel na determinação de sua capacidade. A
energia do fluxo ao sair, a inclinação, rugosidade e comprimento do
bueiro são características determinantes à capacidade da estrutura.
Fatores que Influenciam o Projeto do bueiro

Controle
Fator
Entrada Saída
Altura d’água a montante X X
Seção do duto X* X**
Forma do duto X* X**
Configuração de entrada X X
Rugosidade - X
Comprimento - X
Declividade X X
Altura d’água a jusante - X

Nota:
*Para o controle de entrada, os fatores de seção e forma se relacionam à entrada (seção e forma).
**Para o controle de saída, eles se relacionam com o corpo do bueiro (seção e forma).
TIPOS DE CONTROLE DE ENTRADA
ENTRADA NÃO SUBMERSA ENTRADA SUBMERSA
A B

FLUXO TIPO 1 FLUXO TIPO 5

C D

FLUXO
FLUXO TIPO
TIPO151
FLUXOTIPO FLUXO
FLUXO TIPO
TIPO 55
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”

Bueiros c/ controle do fluxo de entrada se dividem em quatro casos


Caso Figura Entrada Saída
Não submersa Não submersa
1A O fluxo logo a jusante da entrada é supercrítico e se aproxima
da profundidade normal na saída.
Não submersa Submersa
O fluxo logo a jusante da entrada é supercrítico. Ocorre
1C
ressalto hidráulico no tubo e a submersão a jusante não
acarreta controle na saída.
Submersa Não submersa
5B O fluxo logo a jusante da entrada é supercrítico e se aproxima
da profundidade normal na saída.
Submersa Submersa
Caso raro, com um ressalto hidráulico. Pode ocorrer pressão
5D
subatmosférica e instabilidade com alternância do fluxo à
seção plena e parcialmente completo.
TIPOS DE CONTROLE DE SAÍDA
ENTRADA NÃO SUBMERSA ENTRADA SUBMERSA
A B

FLUXO TIPO 2 FLUXOTIPO


FLUXO TIPO
6 e27

C D

FLUXO TIPO32
FLUXO TIPO FLUXO TIPO 4
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”

Bueiros c/ controle do fluxo de saída se dividem em quatro casos


Caso Figura Entrada Saída
Não submersa Não submersa
2A O fluxo é subcrítico e passa pelo crítico na saída.
Resultados aceitáveis p/ Hw ≥ 0,75D
Não submersa Não submersa
3C A profundidade d’água na saída (Tw) é maior do que a
crítica e, se mais alta, pode causar o fluxo à seção plena.
Submersa Submersa
Sob pressão. Se entrada submersa e saída não submersa,
4D
requer alto HW (carga d’água a montante) e a velocidade
de saída é geralmente alta.
Submersa Não submersa
Para o tipo 6, o fluxo é de seção plena (c/ pressão) a maior
6/7B parte. O tipo 7 tem seção parcialmente cheia (subcrítico)
em parte do comprimento. Ambos tem seção crítica perto
da saída (logo antes ou depois).
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
Roteiro do Manual de Drenagem de Rodovias do DNIT
1ª Etapa: Coletar dados de projeto como: vazão de projeto e velocidade d’água no
talvegue (Méd. e Máx.), comprimento e inclinação longitudinal do bueiro, altura de tirante
hidráulico admissível. São selecionados o tipo de boca de entrada e o formato da
seção transversal do corpo do bueiro.
2ª Etapa: 1ª tentativa seção do bueiro: a) arbitrar uma; b) obter da seção crítica; c) Usar
nomogramas da Circular nº 5 com HW = 1,5 a 2D.
3ª Etapa: Definição de HW: a) supondo controle de entrada, achar HW adequado, se
preciso, aumentando seção ou linhas; b) supondo controle de saída, obter HW.
4ª Etapa: comparando os valores de HW obtidos na 3ª etapa “a” e “b” (controle de entrada e
de saída), o valor mais alto indicará o tipo de fluxo a considerar p/ a situação de projeto.
5ª Etapa: Obtendo-se um fluxo de controle de saída e um valor de HW maior do que
aceitável, adota-se um bueiro com maior seção transversal ou com linhas múltiplas.
6ª Etapa: Levantar a velocidade de saída: a) Se ocorrer o controle de saída na 4ª etapa,
a velocidade de saída é igual a Q/Ao (Ao-seção molhada); b) tendo-se o controle de entrada
na 4ª etapa, a velocidade média no corpo do bueiro é obtida pela fórmula de Manning.

Ao terminar a 6ª etapa, deve-se utilizar as dimensões obtidas e repetir a partir da 3ª etapa


até que se encontre um bueiro que atenda as condições de projeto de maneira otimizada.
Isto inclui a altura de água a montante, a velocidade do fluxo na saída do bueiro, o custo, a
facilidade e a rapidez de execução da obra.
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”

O relatório da FHWA (2012) traz as formulações hidráulicas que


deram origem aos seus ábacos. Dessa forma é possível realizar
programação computacional e empregar planilhas eletrônicas.

O Manual de Drenagem de Rodovias do DNIT não apresenta todas


as expressões.

A seguir, serão mostradas as equações utilizadas para cálculo da


carga d’água, para as duas hipóteses de controle de fluxo, de
entrada ou de saída.
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE DE ENTRADA
Entrada não submersa: Equação completa

Equação A.1

Onde:
HW : Carga d’água (m);
HC: Energia Específica Crítica (m);
D: Diâmetro (tubular) ou Aresta (celular) do bueiro (m);
Celular K e M: são constantes adimensionais, na próxima tabela;
A: Área da seção transversal do bueiro (m²)
Q: Vazão de projeto (m³/s)
dC: Profundidade crítica (m);
VC: Velocidade crítica (m/s);
Tubular g: Aceleração da gravidade (m/s²)
B: Largura do bueiro celular (m);
S: Inclinação do bueiro (m/m)
KS: Correção de inclinação, -0,5 (entradas chanfradas +0,7)

Há duas equações para entradas não-submersas. A completa baseia-se na altura


crítica que ocorre no início, sendo ajustada por fatores de correção. É considerada
mais precisa. A segunda, simplificada, é a mais utilizada.
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE DE ENTRADA
Entrada não submersa: Equação simplificada

Equação A.2

Onde:
HW : Carga d’água (m);
D: Diâmetro (tubular) ou Aresta (celular) do bueiro (m);
K e M: são constantes adimensionais, na próxima tabela;
A: Área da seção transversal do bueiro (m²); e
Q: Vazão de projeto (m³/s).

As equações (A.1) e (A.2) aplicam-se até cerca de Q / (AD0,5) = 1,93


Hydraulic Design Series Number 5 – FHWA/1012, pág. 193
Constantes para equações de controle de entrada para gráficos no apêndice G
Hydraulic Design Series Number 5 – FHWA/1012, pág. 193 - EXTRATO

Constantes para as equações de controle de entrada dos gráficos adiante


Gráfico Forma e material Boca de Entrada K M c Y
Muro testa, borda reta 0,0098 2,00 0,0398 0,67
01 Tubular de Concreto Muro testa, borda chanfrada 0,0018 2,00 0,2920 0,74
Projetada, borda chanfrada 0,0045 2,00 0,0317 0,69
Muro testa 0,0078 2,00 0,0379 0,69
Tubular
02 Inclinada como o talude 0,0210 1,33 0,0630 0,75
Metálico Corrugado
Projetado 0,0340 1,50 0,0563 0,54
Bordas biseladas a 450 0,0018 2,50 0,0300 0,74
03 Tubular
Bordas biseladas a 33,70 0,0018 2,50 0,0243 0,83
Com muros alas de 300 a 750 0,0260 1,00 0,0347 0,81
08 Celular de Concreto Com muros alas de 900 e 150 0,0610 0,75 0,0400 0,80
Com muros alas de 00 0,0610 0,75 0,0423 0,82
Muros alas a 450 e d = 0,043D 0,5100 0,6670 0,0309 0,80
09 Celular de Concreto
Muros ala de 180 a 33,70 e d = 0,083D 0,4860 0,6671 0,0249 0,83

Face
> D/12

45º ou 33,7º chanfro


Chanfro superior d
D
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE DE ENTRADA
Entrada submersa

Equação A.3

Onde:
Hw: Carga d’água (m);
D: Diâmetro (tubular) ou Aresta (celular) do bueiro (m);
A: Área da seção transversal do bueiro (m²);
Q: Vazão de projeto (m³/s);
S: Inclinação do bueiro (m/m);
Ks: Correção de inclinação, -0,5 (entradas chanfradas +0,7); e
c e Y: Constantes adimensionais da tabela anterior.

A equação (A.3) aplica-se acima de Q / (AD0,5) = 2,21


Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE
DE ENTRADA

HW / D
3 4 5

2
1

m3/s
mm

FHWA nº 5, 2005, pág. 47

Nomógrafo de controle de entrada (esquemático)


Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE DE ENTRADA
GRÁFICO 01

Bueiros Tubulares de Concreto


(1) Muro testa, borda reta

(2) Muro testa, borda chanfrada

(3) Projetada, borda chanfrada

Groove end: extremidade chanfrada carga (Hw/D) a montante para


bueiros tubulares de concreto
com controle de entrada
Dimensionamento pelo Manual de Drenagem de Rodovias, pág. 102
DNIT
CONTROLE DE ENTRADA
GRÁFICO 01

Bueiros Tubulares de Concreto

Para usar a escala (2) ou (3) traçar uma


horizontal no sentido de (1) e, da interseção,
uma linha através das escalas de “D” e de
“Q” ou em sentido inverso.
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”

CONTROLE DE ENTRADA
GRÁFICO 02
Bueiros Tubulares de
Chapa Metálica Corrugada

Muro testa Inclinada como


o talude

carga (Hw/D) a montante para bueiros


tubulares metálicos corrugados
Projetante
com controle de entrada

Mitered: chanfrado
C.M.: metal corrugado
Manual de drenagem e manejo de águas pluviais:
aspectos tecnológicos; diretrizes para projetos (PMSP)
CONTROLE DE ENTRADA
GRÁFICO 02
Bueiros Tubulares de
Chapa Metálica Corrugada
Dimensionamento pelo Manual de Drenagem de Rodovias, pág. 105
DNIT
CONTROLE DE ENTRADA
GRÁFICO 02
Bueiros Tubulares de
Chapa Metálica Corrugada
Projetante

Muro testa Inclinada como


o talude

Para usar a escala (2); (3) ou (4) traçar uma


horizontal no sentido de (1) e, da interseção,
uma linha através das escalas de “D” e de (4) Muro testa c/ bordas arredondadas (sem alas) ou
“Q” ou em sentido inverso. alas entre 30º e 75º c/ geratriz arredondada
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
Tipo de
b/D a/D c/D d/D entrada
CONTROLE 0,042
0,083
0,063 0,042 0,083
0,125 0,042 0,125
A
B
DE ENTRADA Borda chanfrada
Mínimo 300º

GRÁFICO 03

Bueiros Tubulares
de concreto com
entrada chanfrada

Linha de viragem

carga (Hw/D) a montante para bueiros


Mitered: chanfrado tubulares de concreto com entrada
C.M.: metal corrugado chanfrada e controle de entrada
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE
DE ENTRADA
GRÁFICO 08

Bueiros celulares
de concreto

carga (Hw/D) a montante


Wingwall flare: abertura da ala para bueiros celulares de concreto
com controle de entrada
Dimensionamento pelo Manual de Drenagem de Rodovias, pág. 101
DNIT
CONTROLE
DE ENTRADA
GRÁFICO 08

Bueiros celulares
de concreto

Para usar a escala (2) ou (3) traçar uma


horizontal no sentido de (1) e, da interseção,
uma linha através das escalas de “D” e de
“Q/B” ou em sentido inverso.
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE
DE ENTRADA
GRÁFICO 09 Face

Bueiros celulares 45º ou 33,7º


Chanfro
de concreto c/ alas superior d
e borda biselada
no topo da entrada

> D/12

chanfro
D

carga (Hw/D) a montante para bueiros


celulares de concreto com controle de entrada
Box culverts.: bueiro celular Com muros alas de 18º a 33,7º e 45º
com borda biselada no topo da entrada
TIPOS DE CONTROLE DE SAÍDA
ENTRADA NÃO SUBMERSA ENTRADA SUBMERSA
A B

FLUXO TIPO 2 FLUXOTIPO


FLUXO TIPO
6 e27

C D

FLUXO TIPO32
FLUXO TIPO FLUXO TIPO 4
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE DE SAÍDA
Fluxo à seção plena

HW0 = Profundidade antes de entrar no bueiro (m)


Vu = Velocidade de aproximação (m/s)
Nos TW = Profundidade na saída (m)
nomógrafos Vd = Velocidade a jusante (m/s)
HL = Soma de perdas: entrada (He), atrito (Hf),
saída (Ho), curva (Hb) e junção (Hj) (m)
H = Soma de perdas: entrada e atrito + velocidade
Se V = Vd, Ho é zero. Costuma-se desprezar Ho.
Ke : Constante adimensional, tabela adiante
Ku : 19,63 e R : Raio hidráulico
H = H L + V 2 /2g - H 0 n: Coeficiente de rugosidade de Manning;
L: Comprimento do duto (m);
L.S = Caimento total pela declive no bueiro (m)
Coeficiente de perda em entrada, Ke, para controle de saída (FHWA, 2012).

Tipos de Estrutura e de Entrada Ke


Tubo de Concreto
Bolsa projetando-se para fora do aterro 0,2
Ponta projetando-se para fora do aterro 0,5
Muro de Testa ou Muro de Testa com Muros de Alas – Final do Tubo
Em bolsa 0,2
Em ponta 0,5
Arredondado (R = D/2) 0,2
Final do tubo chanfrado para adaptar-se à saia do aterro 0,7
Com seção terminal de entrada conformada com a saída do aterro 0,5
Bueiro Circular Metálico Corrugado e Bueiro Celular de Concreto
Projetando-se para fora do aterro (sem muro de testa) 0,9
Muro de testa ou muro de testa com muros de ala e final do tubo em ângulo reto 0,5
Final do tubo chanfrado para adaptar-se à saia do aterro (somente para bueiros metálicos corrugados) 0,7
Seção terminal de entrada conformada com a saia do aterro 0,5
Muro de testa paralelo ao aterro (sem muros de alas) Borda em ângulo reto. Bordas arredondadas (R = D/12) 0,5
Muros de Alas em ângulos entre 30° e 75° em relação ao bueiro
Geratriz reta 0,4
Geratriz arredondada 0,7
Muros de Alas em ângulos entre 10° e 20° em relação ao bueiro
Geratriz reta 0,5
Muros de Alas Paralelos
Geratriz reta 0,2
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE DE SAÍDA
Fluxo à seção plena – tipo 4D e 6B
4D

H w = H + h 0- L xS 0 6B

Onde:
H: Soma de perdas na entrada e atrito + velocidade (m);
h0: Altura piezométrica equivalente (m);
dc: Profundidade crítica (m);
D: Diâmetro(tubular)/Aresta (celular) do bueiro (m);
L: Comprimento do duto (m);
S0: Inclinação do conduto (m/m);
Ke : Constante adimensional, tabela;
Ku : 19,63;
R : Raio hidráulico;
n: Coeficiente de rugosidade de Manning;
g: Aceleração da gravidade – 9,81 (m/s2); e
TW: Altura d’água a jusante (m).
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE DE SAÍDA
Fluxo à seção plena – tipo 4D e 6B
4D

Hw = H + h0- LxS0
Celular-quadrado 6B

Tubular Onde:
H: Soma: perdas na entrada, saída e atrito (m);
h0: Altura piezométrica equivalente (m);
L: Comprimento do tubo (m);
S0: Inclinação do conduto (m/m);
Ke : Constante adimensional, tabela;
D: Diâmetro(tubular)/Aresta (celular) do bueiro (m);
n: Coeficiente de rugosidade de Manning;
Q: Vazão de projeto (m³/s);
dc: Profundidade crítica (m);
TW: Altura d’água a jusante (m).
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE DE SAÍDA 2A

Saída não submersa – tipo 2A, 3C e 7B


3C

7B

Os nomógrafos de controle de saída fornecem o valor de H.


Usando o método aproximado de remanso, a perda (H) obtida do nomógrafo
pode ser aplicada p/ uma condição parcialmente completa, das, acima.
A perda é adicionada à elevação da linha hidráulica de fluxo total estendida a
partir da saída do bueiro para a elevação da cabeceira.
A linha hidráulica de fluxo estendida é ajustada a jusante para h0.
A aproximação funciona melhor em bueiro pleno, em pelo menos parte do
comprimento.
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE DE SAÍDA 2A

Saída não submersa – tipo 2A, 3C e 7B


3C

7B

Pode-se necessitar calcular o remanso em duto parcialmente cheio. O cálculo começa a jusante
do bueiro até a sua entrada. A superfície da água a jusante é baseada em h0 ou TW, o que for
maior. É preciso calcular o declive de atrito do fluxo (Sf):
𝒅𝒄 + 𝑫
𝒉𝟎 = ≥ 𝑻𝒘
𝟐

Método aproximado do remanso


Iniciar o “remanso” em (dc+D)/2 ou Tw, o que for maior, acima da soleira de saída e estender
uma reta, com inclinação Sf até a entrada da galeria. As perdas de entrada e a carga de
velocidade são adicionadas à elevação da linha hidráulica na entrada p/ ter a carga a montante.
Resultados aceitáveis p/ Hw > 0,75D. Para valores menores é preciso calcular o remanso real.
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE

LINHA DE
VIRAGEM
DE SAÍDA

5
m3/s

m
mm
2

1
3

Ke: Coeficiente de perda em entrada, para controle de saída

FHWA nº 5, 2005, pág. 49

Nomograma de controle de saída (esquemático)


Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE
DE SAÍDA

GRÁFICO 5A

carga (H) para bueiros


tubulares de concreto
a plena seção
n = 0,012
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE
DE SAÍDA

GRÁFICO 6A

carga (H) para bueiros


circulares metálicos
corrugados a plena seção
n = 0,024
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE
DE SAÍDA

GRÁFICO 7A

carga (H) para bueiros


de chapa estrutural,
circulares metálicos
corrugados a plena seção
n = 0,0302 a 0,0328
Dimensionamento pela Circular nº 5 do “Bureau of Public Roads”
CONTROLE
DE SAÍDA

GRÁFICO 15A

carga (H) para


bueiros celulares de concreto
a plena seção
n = 0,012

Box culverts.: bueiro celular


Manual de drenagem e manejo de águas pluviais:
aspectos tecnológicos; diretrizes para projetos (PMSP)
Dimensionamento pela Circular nº 10 do “Bureau of Public Roads”
Gráficos de capacidade: adequados p/ dimensionar seção de bueiro.

Os gráficos desta circular não substituem os nomogramas da Circular nº 5.

Os gráficos de capacidade, de leitura direta, têm vantagens sobre o


procedimento de tentativa e erro usado da Circular nº 5, tais como:
1) a capacidade de vários bueiros podem ser comparadas rapidamente;
2) estes gráficos tem solução mais precisa para baixas profundidades de
cabeceira (HW), que é a principal limitação no uso da Circular nº 5.
Dimensionamento pela Circular nº 10 do “Bureau of Public Roads”
PMSP Controle na saída

Controle na entrada

Controle na saída

Controle na entrada
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO NETTO, J. M. DE et al. Manual de Hidráulica. 8a ed. São Paulo: Blücher,
1998.
BRASIL, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Álbum De
Projetos–Tipo de Dispositivos de Drenagem. 5a Edição ed. Rio de Janeiro, 2018.
Brasil. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes. Diretrizes básicas
para estudos e projetos rodoviários: escopos básicos / instruções de serviço. - 3. ed.
- Rio de Janeiro, 2006.
BRASIL, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Manual de
Drenagem de Rodovias. 2a ed. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Rodoviárias,
2006b.

FHWA, F. H. A. Hydraulic Design of Highway Culverts. Fort Collins, 2012


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