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DRENAGEM DE RODOVIAS

PROJETO E DIMENSIONAMENTO

Francisco José d’Almeida Diogo


Professor
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INTRODUÇÃO
1. O Brasil: dimensão, clima, relevo e solo
2. Situação do sistema rodoviário brasileiro
3. Impactos das águas
4. A drenagem
5. Projeto de drenagem
6. Referências bibliográficas
VIA RURAL é:
• Estrada (não pavimentada) e
• Rodovia (pavimentada).

Corpo estradal é a forma da via rural no espaço.


Ele está sobre a superfície topográfica, a cortando
ou aterrando.

Fonte: Código de Trânsito Brasileiro - Lei 9503, 23/09/1997


1. O Brasil: dimensão, clima, relevo e solo
Dimensão

Brasil: 8.514.876 km2 Fonte: www.ibge.gov.br


Clima

Fonte: Atlas Geográfico Escolar - Maria Elena Simielli/Mário De Biasi

Clima Chuvas (mm/ano)

Equatorial Úmido + 2.500


Domina a região amazônica - chuvas abundantes e regulares.

Tropical (Inverno seco e verão úmido) 1.000 a 1.500


Extensas áreas do planalto central e das regiões Nordeste e Sudeste.

Tropical Semi-Árido (Tendendo a seco) < 800


Predomina nas depressões entre planaltos do sertão nordestino e no trecho baiano do vale do
Rio São Francisco .

Litorâneo Úmido (Influencia da Massa Tropical Marítima) 1.500


Faixa litorânea do Rio Grande do Norte a São Paulo.

Subtropical Úmido (Predomínio da Massa Tropical Marítima) 1.500 a 2.000


Predomina ao sul do Trópico de Capricórnio, compreendendo parte de São Paulo, Paraná e
Mato Grosso do Sul e os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Relevo
O relevo brasileiro é geologicamente antigo.
Esteve muito tempo exposto ao desgaste.
Não tem o encontro de placas tectônicas,
ficando com baixas altitudes médias.
Cerca de 78% do território não tem
mais que 500 metros de altitude
(Pão de Açucar: 400 m).

A maior parte do relevo é composta por


planaltos e depressões relativas, e uma
menor parte, por planície.
Por: Rodolfo F. Alves Pena

O Pantanal é a maior planície de


inundação contínua do mundo.

Adaptado de: VESENTINI, J. W. Brasil: sociedade e espaço. Geografia do


Brasil. 32º edição. São Paulo: Editora Ática, 2006. p.252
Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos (SiBCS)
Área
Ordens
Solos Argissolos
Absoluta (Km2) Relativa (%)
2.285.891,60 26,84
Cambissolos 448.268,08 5,26
Chernossolos 37.206,29 0,44
Espodossolos 160.892,69 1,89
Gleissolos 397.644,27 4,67
Latossolos 2.681.588,69 31,49
Luvissolos 241.910,74 2,84
Neossolos 1.122.603,82 13,18
Nitossolos 96.533,02 1,13
Organossolos 2.231,33 0,03
Planossolos 226.561,75 2,66
Plintossolos 594.599,98 6,98
Vertissolos 17.630,98 0,21
Afloramentos, dunas, águas etc. 201.815,77 2,37
Brasil 8.514.876,60 100,00
Fonte: Embrapa, 2006

LATOSSOLO: solo com horizonte B latossólico (laterizado),


o mais velho da crosta terrestre. Ele é constituído
basicamente de areia e argila, esta variando de 15 a 80 %.
Normalmente é muito profundo (pode ter mais de 10 m), com
pouca diferenciação de horizontes, bem estruturado, poroso,
permeável, bem drenado e resistente à erosão devido à
mineralogia e ao relevo, pois ocorre normalmente em
condições de baixa declividade.

ARGISSOLO: solo bem evoluído, com horizonte B textural e argila.


Distribuído por todo o país. Ocorre em topografias mais movimentadas que o
latossolo e apresenta abaixo do horizonte superficial, concentração de
argilas. Com predisposição à erosão de moderada a forte.
Fonte: www.agencia.cnptia.embrapa.br, 2012
Solos
Os Cambissolos e Neossolos Litólicos são solos "jovens", possuem minerais
primários e tem alto teor de silte. Eles são pouco profundos (0,5 a 1,5 m), ocupam
um terço do sul do país e têm permeabilidade muito baixa, propiciando que uma
enxurrada gere sulcos e crie erosão.

Universidade Federal de Lavras – www.dcs.ufla.br, Acesso: 31/05/2016


Solos
Solos de Comportamento Laterítico
Later (tijolo) + ito (material Pétreo)
No Brasil, os solos lateríticos encontram-se
distribuídos em quase todo território.
A concreção formada nesses solos recebe o nome
de pedregulho laterítico, a chamada laterita, cuja
importância técnica é grande para a construção de
bases rodoviárias. (VARGAS, 1978)

Um solo que apresenta comportamento laterítico adquire, quando compactado em


condições ideais, alta capacidade de suporte e baixa perda dessa capacidade
quando imerso em água.

Fonte/ livro: "Pavimentos de Baixo Custo para Vias Urbanas" – Bases Alternativas com Solos Lateríticos (VILLIBOR Douglas F.;
NOGAMI, Job Shuji e outros)
2. Situação do sistema rodoviário brasileiro
Matriz de transportes no Brasil

Fonte: CNT, 2016, APUD MARINS, M.F.,2017


Situação da malha rodoviária brasileira

Fonte: CNT, 2016, APUD MARINS, M.F.,2017


Situação da malha rodoviária brasileira

Fonte: portal2.tcu.gov.br/ Acesso: 31/05/2016


Densidade da malha rodoviária pavimentada
(km/1.000 km2)

Fonte: Elaboração CNT com base em dados do SNV (2015), para o Brasil, e da Central Intelligency Agency –
CIA, para os demais países.
https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2085rank.html. APUD MARINS, M.F.,2017
Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional dos
Transportes (CNT) revelou que a má condição das
pistas é uma das principais causas de acidentes.
A falta de infraestrutura, além de fazer vítimas, gera um
rombo na economia. Em um ano, nas estradas
federais, por exemplo, quase R$ 16 bilhões foram
perdidos.
(Rev. Econ. Sociol. Rural vol.46 no.3 Brasília July/Sept. 2008)
Transporte de Cargas no Brasil:
Ameaças e Oportunidades para o Desenvolvimento do País
Confederação Nacional do Transporte & Centro de Estudos em Logística – COPPEAD-UFRJ

“...os acidentes de trânsito no Brasil são o segundo maior problema de


saúde pública do País, só perdendo para a desnutrição. Além disso, 62%
dos leitos de traumatologia dos hospitais são ocupados por acidentados no
trânsito.”

Fontes : G7 Transportation Highlights (Bureau of Transportation Statistics - EUA) e Anuário Estatístico do Geipot - 2001

Fonte: portal2.tcu.gov.br/ Acesso: 31/05/2016


3. Impactos das águas
Impactos das águas

✓ Alagamento de pista (quebra de veículos, derrapagens, acidentes);


✓ Redução da capacidade de suporte do subleito e de camadas do
pavimento, por saturação;
✓ Redução da vida útil do pavimento;
✓ Surgimento de trincas longitudinais, na pista, ao longo de aterros;
✓ Destruição por efeito da erosão - grandes velocidades;
✓ Deposição de material em suspensão – baixas velocidades;
✓ Surgimento de pressão hidrostática (pressão neutra) diminuindo a pressão
efetiva, de equilíbrio do solo:
• Desestabilização de taludes e encostas naturais;
• Rompimento de estruturas de corte e de aterro;
✓ Variação de volume dos solos mais expansivos (argilas);
✓ Queda de pontes.

Adaptado: Marins, M.F. , 2017


Evolução dos desastres naturais (ISDR, 2005)

ISDR: Estratégia Internacional de Redução de Desastres


Desastres naturais no Brasil entre 2000 e 2005

“Em grandes bacias hidrográficas, as inundações caracterizam-se pela subida


lenta e progressiva das águas, com extravasamento do canal principal, .... No
entanto, as áreas ficam inundadas por um período de tempo maior (SANTOS,
2007). Por sua vez, as enxurradas, de acordo com Santos (2007), são produzidas
por chuvas intensas em pequenas bacias hidrográficas de elevada declividade.
Desta forma, as enxurradas ocorrem concomitantemente com as inundações,
diferenciando-se pela força da correnteza da água, capaz de transformar
grandes quantidades de sedimentos, fragmentos florestais e equipamentos de
uso antrópico (OLIVEIRA, 2010)

OLIVEIRA, G.G. Modelos para Previsão, Especialização e Análise das Áreas Inundáveis na Bacia Hidrográfica do Rio Caí, RS.
Dissertação (mestrado) – Centro Estadual de Pesquisas em Sensoriamento Remoto e Meteorologia, UFRGS, Porto Alegre, 2010.

SANTOS, R.F. Vulnerabilidade Ambiental. Ministérios do Meio Ambiente (MMA). Brasília, 2007.
Avaliação econômica de enchentes
15/03/2013

Cada ponto de alagamento em São Paulo (chuva forte)


Prejuízo: > R$ 1 milhão/dia.

Enchentes em São Paulo


Prejuízo*: > R$ 762 milhões/ano

* Efeito em escala nacional (Restrito a São Paulo R$ 336 milhões).

Fonte: Prof. Eduardo A. Haddad - Faculdade de Economia, Adm e Contabilidade da USP (FEA-USP)
Inundações: natureza & homem

FATORES/CONDICIONANTES AÇÕES ANTRÓPICAS


NATURAIS INDUTORAS
•Chuvas: intensidade e duração • Eliminação da cobertura vegetal
•Planícies de inundação • Impermeabilização do solo
•Rupturas negativas de declive: • Estrangulamento de rio (Ex: bueiro)
bermas, terraços, patamares etc. • Construção de aterros
•Baixa declividade (fluvial) • Erosão das margens
•Cabeceiras de drenagem • Canalização de córregos
•Lençol freático raso • Redução da calha secundária
•Marés altas (Várzea – leito maior)
•Índice de circularidade das bacias
•Densidade de drenagem na bacia
•Capacidade de escoamento
(assoreamento, estreitamentos do
canal, soleiras etc.)

Adaptado: http://www.sigrh.sp.gov.br
Ocupação do leito maior de um rio

Leito menor:
escoamento em regime de estiagem
(seca), ou de níveis médios.

Leito maior (várzea):


enchente com risco de ~2 anos
.

Planície de inundação:
risco de ~ 25 anos .

O grande impacto ocorre quando se ocupa o leito maior do rio


(enchentes frequentes se tornam inundações).
Adaptado: Tucci, 2002
4. A Drenagem
Objetivo da drenagem

Uma obra de drenagem visa captar e


conduzir a água a um leito natural, de
forma a proporcionar segurança e conforto
ao usuários da via, proporcionar
estabilidade à obra e ao solo, onde ela se
insere, e mitigar interferências às
populações locais e seus habitats.
Origem d’água, tipo de drenagem e
obra corrente associada

Origem Tipo de Local de


Obras correntes e especiais
d’água drenagem aplicação
sarjeta; valeta; entrada e descida
junto a off-set; talude;
superficial d’água; caixas; dissipador de energia;
e margeando a via
bueiro de greide.
Precipitação
base drenante; dreno raso
Sub-superficial longitudinal; dreno lateral de base; pavimento
dreno transversal.
dreno longitudinal profundo;
espinha de peixe; colchão drenante; na terraplenagem
Lençol subterrânea ou dreno vertical; valetão lateral.
freático profunda
encosta/ talude e
dreno sub-horizontal
muro de arrimo
Linha de transposição
bueiro; pontilhão e ponte. no talvegue
talvegue de talvegue
A drenagem trata do comportamento
das águas pluviais com forte
relacionamento da hidrologia e da
hidráulica.
História

• 450 aC – GRÉCIA – Empédocles – invenção da drenagem

• 312 aC – ROMANOS – iniciaram 80.000 km (2 voltas na terra) de


estradas cujo processo construtivo durou 20 séculos.
• Muitas dessas estradas são encontradas ainda hoje.
1- Summa Crusta
2- Nucleus
3- Ruderatio
4- Statumen
5- Miliario
6- Groma
7- Vierteaguas
Calzada romana comum,
uma mistura de terra e
cascalho sobre a qual
assentava-se material
terroso.

Fonte: http://library.thinkquest.org

Calzada Romana Tradicional


Estrada acima do terreno vizinho
1- summa crusta - camada final plana de pedra poligonal de granito ou quartzo,
eventualmente coberta por uma argamassa feita de cal e areia para regularizar o piso.
2- nucleus - camada superior constituída por uma argamassa de cal, cascalho, areia grossa
ou fragmentos de tijolo disposta em camadas regulares e bem calçadas.
3- ruderatio - camada intermédia constituída por uma argamassa de cal e cascalho grosso.
4. statumen - fundação com pedras irregulares sem argamassa para drenar o pavimento.
Primeira metade do século XIX
TRESAGUET, METCALF, McADAM
introduziram importantes melhoramentos no
projeto de estradas.

• Em 1820 McAdam citou no London Board of Agriculture:

“As estradas nunca poderão ser seguramente construídas,


até que os seguintes princípios sejam completamente
entendidos, admitidos e utilizados: é o solo natural que
realmente suporta o peso do tráfego: enquanto este solo
puder ser mantido seco, poderá suportar qualquer peso
sem deformações importantes ...”
♦ A maior parte dos problemas em obras de estradas
advém do mau funcionamento da drenagem.

Os riscos, associados às deficiências da drenagem, são aqueles


relativos à efetivação das seguintes ocorrências prejudiciais:

♦ danos ao corpo estradal;


♦ destruição completa de trecho da estrada;
♦ ameaça à vida humana e à propriedade na área de influência da rodovia; e
♦ danos às obras de drenagem e de proteção do corpo estradal.
BR-381 - Bela Vista de Minas

Foto: Divulgação/Polícia Rodoviária Federal

km 432
31/05/2012
Município de Colinas/RS
Trilhos de trem foram deslocados nas
cheias do dia 21 de julho de 2011
BOMBEAMENTO OU PUMPING EM PAVIMENTO ASFALTICO,
SEM DRENAGEM OU COM DRENAGEM DEFICIENTE
PROBLEMA DE FALTA DE VISÃO
“ UM TOLO CONCEITO ... PARECE HAVER SE DESENVOLVIDO EM
VÁRIOS NÍVEIS DE RESPONSABILIDADE, NO QUAL A DRENAGEM É
CONSIDERADA COMO SENDO O MENOS IMPORTANTE FATOR A
AFETAR O DESEMPENHO DE UM PAVIMENTO”

S = fator de severidade
100

Vida útil, comparada com a estrutura perfeitamente drenada (%)


80

60
S=5

40 S=10
S=15

S=20
20

0
0 10 20 30 40 50
Percentagem de tempo em que a estrutura está cheia d’água (%)

Fonte: Cedergren, 1980


CUSTO RELATIVO DOS DRENOS

Camadas de bases drenantes necessárias à rápida


drenagem de um leito de pavimento geralmente se
equivalem às espessuras de bases e sub-bases não
drenantes que estão substituindo tendo como único
custo adicional o de tubos coletores.

Fonte: Cedergren, 1980


Drenagem urbana sustentável
MEIO AMBIENTE

A preocupação com o meio ambiente físico, biótico e


sócio-econômico deve estar presente no desenvolvimento
dos projetos.

No encaminhamento das águas drenadas aos cursos


naturais, as obras dessa ação devem ocorrer de forma a
mitigar impactos ambientais.
Drenagem urbana sustentável
MEIO AMBIENTE

Impactos ambientais causados pela drenagem


• Poluição difusa conduzida pelas águas da drenagem das pistas;
• Poluição ou contaminação ocasional, em decorrência de acidente;
• Redução dos tempos de concentração;
• Energia mais concentrada e com maior potencial de erosão;
• Modificação das inundações a montante de bueiros;
• Imposição de remansos diversos dos naturais, por obras transversais;
• Modificação no trânsito de sedimentos.
5. Projeto de drenagem
Projeto de drenagem
ETAPA INICIAL

LEVANTAMENTO
DE DADOS

ESTUDOS
PRELIMINARES

ANTEPROJETO

PROJETO
BÁSICO

PROJETO
EXECUTIVO

PROJETO
“AS BUILT”

Adaptado: Marins, M.F. , 2017


Etapa Inicial
✓ Identificação da área de projeto: localização do trecho de
implantação da rodovia: coordenadas geográficas, plantas
impressas ou em formato “.dwg”, “shapes” etc.;
✓ Entendimento do problema: para escolha dos dispositivos
a serem implantados;
✓ Projetos Paralelos: O projeto de drenagem deve estar em
harmonia com projetos de terraplenagem, geométrico e
pavimentação, dentre outros desenvolvidos paralelamente;
✓ Existência de Normas Técnicas: orientam o projeto, de
acordo com cada especificidade;
✓ Conhecimento das condições do empreendimento (prazo
e recursos disponíveis).
Marins, M.F. , 2017
Levantamento de Dados

✓ Coleta de dados: em órgãos estaduais como o DER,


INEA, ou, federais, como o DNIT, ANA etc.;
✓ Pesquisa bibliográfica: estudos existentes, base de
dados disponíveis gratuitamente em plataformas digitais;
✓ Dados de interesse: => SEGUE

Marins, M.F. , 2017


Levantamento de Dados

✓ Dados de interesse:
• Entidades fornecedoras de cartas ou imagens cartográficas
• Dados topográficos: Plantas e cartas topográficas (cotas de terreno,
curva de nível), restituições aerofotogramétricas e fotografias aéreas;
• Dados hidrológicos: dados de chuva e vazão, que podem ser
obtidos de órgãos como ANA, INMET, INEA (RJ);
• Mapeamento de uso e ocupação de solo: do local e de regiões do
entorno do ponto onde será implantada a rodovia;
• Mapeamento de vias existentes;
• Planos diretores: contendo estudos de zoneamento que abordem o
planejamento da ocupação da área;
• Batimetria do curso d’água: se houver travessia.
• Cadastrais e caracterização da bacia: dispositivos existentes, áreas
de contribuição do escoamento superficial, proximidade de cursos
d’água, comprimento de talvegues etc.

Marins, M.F. , 2017


Estudos Preliminares
✓ Elaboração de plantas com o sistema viário, indicando a
classe das vias;
✓ Estudos topográficos: definição ou adequação do
alinhamento horizontal das vias, greide, identificação das cotas
de todos os pontos de interesse;
✓ Estudos de uso do solo, com base nos mapeamentos:
identificação do uso e ocupação do solo previsto para a área e
identificação dos tipos de solos locais;
✓ Prospecção geotécnica: localização e disposição dos
diferentes horizontes do subsolo, identificação do nível do
lençol freático em diferentes épocas do ano;
✓ Estudos Hidrológicos: estudo e avaliação das informações
pluviométricas, fluviométricas e de marés na região do projeto.
✓ Estudos Hidráulicos: travessia em rios, canais e lagoas –
determinação da cota máxima de cheia para TR 50 – 100 anos
para implantação de pontes (DNIT).

Marins, M.F. , 2017


Anteprojeto

✓ Projeto conceitual (3 alternativas);


✓ Descrição da concepção do sistema;
✓ Conclusão e apresentação dos estudos hidrológicos;
✓ Definição dos parâmetros de cálculo: velocidades limites de
escoamento, declividades mais adequadas etc.;
✓ Desenho do sistema de drenagem em planta e perfil;
✓ Pré-dimensionamento: escolha dos dispositivos a adotar;
✓ Estudo de alternativas (3);
✓ Estudo de viabilidade.

Adaptado: Marins, M.F. , 2017


Projeto Básico

✓ Apresentação do resultados dos Estudos Hidrológicos e


Cadastro da drenagem existente (da etapa anterior);
✓ Relação dos possíveis dispositivos a serem instalados;
✓ Disposição em planta e perfil do projeto (superficial, de
pavimento, subterrânea e/ou bueiros);
✓ Dimensionamento dos bueiros;
✓ Determinação dos quantitativos de materiais e serviços;
✓ Orçamento preliminar, com e sem BDI.

Adaptado: Marins, M.F. , 2017


Projeto Executivo

✓ Elaborado a partir do projeto básico;


✓ Otimização, complementação e detalhamento da solução
proposta;
✓ Especificação técnica de materiais e serviços a serem
utilizados: as informações e especificações necessárias para
a perfeita execução das obras;
✓ Notas de serviço;
✓ Orçamento detalhado, com e sem BDI: quantificação dos
serviços e materiais;
✓ Memorial descritivo e justificativo (dimensionamento);
✓ Desenhos de execução;
✓ Plano de execução e cronograma.

Marins, M.F. , 2017


Projeto “As Built” – como construído

✓ Durante a obra, o projeto executivo sofre alterações que vão


sendo revisadas e assinaladas na planta. A revisão “as built”
indica que o desenho corresponde ao que foi executado.

✓ Os projetos, normalmente, não representam o construído,


prejudicando adequações durante a obra, obras
complementares, a manutenção e futuras intervenções.
PP-DE-H07-001_A Posição esquemática dos dispositivos de drenagem
Projeto Padrão DER/SP: PP-DE-H07-001
6. Referências bibliográficas
BIBLIOGRAFIA DE APOIO:
-AZEVEDO NETTO, José M. e outros. MANUAL DE HIDRÁULICA. 9 Edição. São Paulo:
Blucher, 2015.)
-BERTONI, J. C.; TUCCI, C. E. M. (2004). Hidrologia – Ciência e Aplicação. Porto Alegre, Brasil,
Editora da Universidade/UFRGS/ABRH, 2004, 3 ed., p. 177-241.
- CASTRO, Antônio Luiz Coimbra de. Manual de desastres: desastres naturais. Brasília (DF):
Ministério da Integração Nacional, 2003. 182 p.
-CEDERGREN, H. R. Drenagem dos pavimentos de rodovias e aeródromos, Tradução de
Hugo Nicodemo Guida, Rio de Janeiro: Livros técnicos e Científicos; Instituo de Pesquisas
Rodoviárias, 1980.
-Código de Trânsito Brasileiro - Lei 9503, 23/09/1997
-JABÔR, Marcos Augusto – Curso: Drenagem com Hidrologia Básica – ABPv, Rio de Janeiro,
Mar, 2007.
-MOULTON, L.K. Highway Subdrainage Design. Report nº FHWA - TS - 80.224 - Federal
Highway Administration – 1980
-OLIVEIRA, G.G. Modelos para Previsão, Especialização e Análise das Áreas Inundáveis na
Bacia Hidrográfica do Rio Caí, RS. Dissertação (mestrado) – Centro Estadual de Pesquisas
em Sensoriamento Remoto e Meteorologia, UFRGS, Porto Alegre, 1010.
-PEREIRA, Antonio Carlos Oquendo, Influência da drenagem subsuperficial no desempenho
de pavimentos asfálticos, São Paulo, 2003. 194 p.
-PFAFSTETTER, Otto - Chuvas Intensas no Brasil. Rio de Janeiro. MVOP / DNOS. 1957
-SANTOS, R.F. Vulnerabilidade Ambiental. Ministérios do Meio Ambiente (MMA). Brasília,
2007.
-VILLIBOR Douglas F. NOGAMI, Job Shuji e outros. Pavimentos de baixo custo para vias
urbanas" – Bases alternativas com solos lateríticos. Editora Arte & Ciência. São Paulo, 2009.
-Marins, M.F. , Aulas da professora no Curso de drenagem de rodovias, HTC, 2017
NORMAS / DNIT
- NORMAS, MANUAIS E ALBUNS DO DNIT – http://ipr.dnit.gov.br

 MANUAIS
Manual de drenagem de rodovias - 2006
Manual de hidrologia básica para estruturas de drenagem -2005
 ÁLBUM
Álbum de projetos-tipo de dispositivos de drenagem, 2013
Diretrizes básicas para elaboração de estudos e projetos
rodoviários – Escopos Básicos/Instruções de Serviço - 2006
Anexo B
IS-203: Estudos Hidrológicos
IS-210: Projeto de Drenagem
IS-239: Estudos Hidrológicos para Projeto Executivo de
Engenharia para Construção de Rodovias Vicinais
IS-242: Projeto de Drenagem para Projeto Executivo de
Engenharia para Construção de Rodovias Vicinais
Procedimento
DNER PRO 380/98 – Utilização de Geossintéticos em obras
rodoviárias
NORMAS / DNIT
ESPECIFICAÇÃO DE MATERIAL
 EM DNIT 093/2006: Tubo de dreno PEAD (polietileno de alta densidade)

 EM DNIT 094/2006: Tubo de dreno PRFV (poliéster reforçado com fibra de vidro)

ESPECIFICAÇÃO DE SERVIÇO
 ES 039/71 – Muros de arrimo
 ES 015/2006 – Drenos subterrâneos
 ES 016/2006 – Drenos sub-superficiais
 ES 017/2006 – Dreno sub-horizontal
 ES 018/2006 – Sarjetas e valetas de drenagem
 ES 019/2004 – Transposição de sarjetas e valetas
 ES 020/2006 – Meios-fios e Guias
 ES 021/2004 – Entradas e descidas d’água
 ES 022/2006 – Dissipadores de energia
 ES 023/2006 – Bueiros tubulares de concreto
 ES 024/2004 – Bueiros metálicos executados sem interrupção de tráfego
 ES 025/2004 – Bueiros celulares de concreto
 ES 026/2004 – Caixas coletoras
 ES 027/2004 – Demolição de dispositivos de concreto
 ES 028/2004 – Limpeza e desobstrução de dispositivos de drenagem
 ES 029/2004 – Restauração de dispositivos de drenagem danificada
 ES 030/2004 – Dispositivos de drenagem pluvial urbana
 ES 086/2004 – Recuperação do sistema de drenagem
 ES 096/2006 – Bueiros de concreto tipo minitúnel sem interrupção do tráfego
N O R M A S / DER SP
NORMAS, MANUAIS E ALBUNS DO DER/SP - http://www.der.sp.gov.br

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
• ET-DE-H00/001 - ET-DE-H00/019

INSTRUÇÕES DE PROJETO
• IP-DE-H00/001 - Estudos Hidrológicos, 2005
• IP-DE-H00/002 - Projeto de Drenagem, 2006
• IP-DE-C00/003 - Projeto de Estruturas dos Dispositivos de Drenagem, 2006

PROJETO PADRÃO – DRENAGEM (H07)


• PP-DE-H07/001 - PP-DE-H07/143
N O R M A S / ABNT
NBR 15645 / 2009
Execução de obras de esgoto sanitário e drenagem de águas
pluviais utilizando-se tubos e aduelas de concreto

NBR 8890/2007 e errata de 2008


Tubo de concreto de seção circular para águas pluviais e esgotos
sanitários - Requisitos e métodos de ensaios

NBR 15396/2006
Aduelas (galerias celulares) de concreto armado pré-fabricadas
Requisitos e métodos de ensaios

NBR 15319/2006 e errata de 2007


Tubos de concreto de seção circular para cravação - Requisitos e
métodos de ensaios.
Sítio do IPR
Obrigado!

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