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DIMENSIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES PREDIAIS DO EDIFÍCIO CONTEMPORÂNEO SITUADO

NO BAIRRO DA PELINCA EM CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ

AFONSO RANGEL GARCEZ DE AZEVEDO


EUZÉBIO BERNABÉ ZANELATO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO – UENF


CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ
ABRIL - 2013
DIMENSIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES PREDIAIS DO EDIFÍCIO CONTEMPORÂNEO SITUADO
NO BAIRRO DA PELINCA EM CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ

AFONSO RANGEL GARCEZ DE AZEVEDO


EUZÉBIO BERNABÉ ZANELATO

“Projeto Final em Engenharia Civil


apresentado ao Laboratório de
Engenharia Civil da Universidade
Estadual do Norte Fluminense Darcy
Ribeiro, como parte das exigências
para obtenção do título de Engenheiro
Civil”.

Orientador: Prof. Jonas Alexandre


Co-orientador: Prof. Gustavo de Castro Xavier

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE DARCY RIBEIRO – UENF


CAMPOS DOS GOYTACAZES – RJ
ABRIL - 2013
ii
DIMENSIONAMENTO DAS INSTALAÇÕES PREDIAIS DO EDIFÍCIO CONTEMPORÂNEO SITUADO
NO BAIRRO DA PELINCA EM CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ

AFONSO RANGEL GARCEZ DE AZEVEDO


EUZÉBIO BERNABÉ ZANELATO

“Projeto Final em Engenharia Civil


apresentado ao Laboratório de
Engenharia Civil da Universidade
Estadual do Norte Fluminense Darcy
Ribeiro, como parte das exigências
para obtenção do título de Engenheiro
Civil”.

Aprovado em 04 de Abril de 2013

Comissão Examinadora:

Engº Leonardo Gonçalves Pedroti (D.Sc., Engenharia e Ciência dos Materiais) –


UENF

Engº Luiz Gabriel Sarmet Moreira Smiderle (M.Sc., Engenharia Civil) – UENF

Prof. Gustavo de Castro Xavier (D.Sc., Engenharia Civil) – UENF – Co-orientador

Prof. Jonas Alexandre (D.Sc., Engenharia Civil) – UENF - Orientador

iii
DEDICATÓRIA

Dedicamos este projeto final à nossa


família pela fé e confiança demonstrada
Aos nossos amigos pelo apoio
incondicional
Aos professores pelo simples fato de
estarem dispostos a ensinar
Aos orientadores pela paciência
demonstrada no decorrer do trabalho
Enfim a todos que de alguma forma
tornaram este caminho mais fácil de ser
percorrido

iv
AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus pais Luiz Claudio e Celma, pelo apoio e confiança
dedicados a mim nesta trajetória. A minha irmã Monique, pelos conselhos do dia a
dia. À minha avó Alzira (em memória), pelos ensinamentos que me fizeram ser o que
sou hoje e a chegar até aqui. Aos meus amigos, pelos bons e maus momentos que
passamos, pois sem eles essa caminhada seria bem mais difícil. Aos professores e
amigos Jonas Alexandre e Gustavo de Castro Xavier, pelos ensinamentos
fornecidos não só durante este trabalho de conclusão mais durante todo o curso de
Engenharia. A todos os docentes, técnicos e funcionários do LECIV a da UENF, que
sempre estiveram presentes quando necessário. Agradeço também á Conscam pela
disponibilização dos projetos que foram de grande ajuda. E por último e sem o qual
nada seria possível, agradeço a Deus, por me iluminar e guiar na conquista deste
sonho que agora se torna realidade.

Afonso Rangel Garcez de Azevedo

Agradeço primeiramente a Deus, pela oportunidade de estar realizando este


trabalho e ter dado força suficiente para minha caminhada. Aos meus pais José Lino
e Maria Aparecida, pelo amor incondicional, esforço, dedicação e compreensão, em
todos os momentos desta e de outras caminhadas. Ao meu irmão Erick, que
sempre me cobrou e mesmo inconscientemente incentivou, sendo além de irmão
amigo, a correr atrás dos meus objetivos. Ao meu orientador Jonas Alexandre, co-
orientador Prof. Gustavo Xavier, pelo empenho, paciência e credibilidade. À UENF,
ao corpo docente do LECIV, que além de nos conduzirem ao conhecimento, nos
ensinaram a sermos profissionais. Aos amigos que foram minha segunda família
nessa caminhada, pelas palavras amigas nas horas difíceis, pelo auxílio nos
trabalhos e pelo simples fato de estarem sempre ao meu lado. E a todas as pessoas
do meu convívio que acreditaram e contribuíram, mesmo que indiretamente, para a
conclusão deste curso.

Euzébio Bernabé Zanelato

v
SUMÁRIO

RESUMO ................................................................................................................................... x

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................... xi

LISTA DE TABELAS ............................................................................................................. xii

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS, SÍMBOLOS, SINAIS E UNIDADES ................... xv

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO ................................................................................................ 1

1.1 - APRESENTAÇÃO DE CONCEITOS........................................................................... 1

1.2. OBJETIVOS .................................................................................................................... 5

1.3. JUSTIFICATIVAS .......................................................................................................... 6

1.4. METODOLOGIA............................................................................................................ 7

1.5. PLANTA DE LOCALIZAÇÃO ...................................................................................... 8

CAPÍTULO II - INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA ............................................ 10

2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................... 10

2.2. DADOS PARA O PROJETO ........................................................................................ 11

2.2.1. Sistema de Abastecimento .................................................................................. 11

2.2.2. Sistema de Distribuição ...................................................................................... 11

2.2.3. Consumo Predial:................................................................................................ 12

2.2.4. Capacidade dos Reservatórios ............................................................................ 16

2.2.5. Dimensionamento dos Reservatórios ................................................................. 17

2.2.6. Dimensionamento das Tubulações ..................................................................... 23

2.2.6.1. Generalidades .................................................................................................. 23

2.2.6.2. Vazões nos Pontos de Utilização ..................................................................... 24

2.2.6.3. Velocidade Máxima da Água .......................................................................... 25

2.2.6.4. Pressões Máximas e Mínimas.......................................................................... 25

2.2.6.5. Dimensionamento dos Encanamentos ............................................................. 25

vi
2.2.6.6. Dimensionamento das Colunas ....................................................................... 25

2.2.6.7. Dimensionamento do Barrilete ........................................................................ 36

2.2.6.8. Dimensionamento dos Ramais ........................................................................ 37

2.2.6.9. Dimensionamento do Encanamento de Recalque ............................................ 41

2.2.6.10. Dimensionamento da Tubulação de Sucção .................................................. 42

2.2.6.11. Dimensionamento do Ramal Predial (de entrada) ......................................... 42

2.2.7. Dimensionamento da Bomba de Recalque ......................................................... 42

CAPÍTULO III – INSTALAÇÕES SANITÁRIAS ................................................................. 47

3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...................................................................................... 47

3.2 DIMENSIONAMENTO................................................................................................. 47

3.2.1. Componentes do Subsistema de Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário ........ 47

3.2.2. Desconectores ..................................................................................................... 48

3.2.3. Ramais de Descarga e Esgoto ............................................................................. 49

3.2.4. Tubos de Queda .................................................................................................. 52

3.2.5 Coletor Predial e Subcoletores ............................................................................. 61

3.3. DISPOSITIVOS COMPLEMENTARES ..................................................................... 64

3.3.1. Caixas de Gordura .............................................................................................. 64

3.3.2. Caixas de Inspeção ............................................................................................. 67

3.3.3. Sistema de Ventilação ......................................................................................... 68

3.3.3.1. Critérios para o Dimensionamento dos Tubos de Ventilação ......................... 68

3.3.3.2. Dimensionamento dos Tubos de ventilação .................................................... 71

CAPITULO IV – INSTALAÇÕES DE ÁGUAS PLUVIAIS.................................................. 72

4.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS E FUNDAMENTAÇÃO TEORICA .......................... 72

4.2. DIMENSIONAMENTO ................................................................................................ 73

4.2.1. Fatores Meteorológicos ...................................................................................... 73

4.2.2. Vazão de Projeto ................................................................................................. 74

4.2.2.1. Cálculo da Área de Contribuição .................................................................... 75

vii
4.2.2.2. Cálculo da Vazão ............................................................................................. 80

4.2.3. Cálculo da Calha ................................................................................................. 82

4.2.4. Condutores Verticais .......................................................................................... 87

4.2.5. Condutores Horizontais ...................................................................................... 92

4.2.6 Reservatório de águas pluviais ............................................................................ 97

CAPÍTULO V - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ..................................................................... 98

5.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................... 98

5.2. PREVISÃO DE CARGA DE ILUMINAÇÃO E PONTOS DE TOMADAS ............ 100

5.2.1. Pontos de Utilização Especial ........................................................................... 100

5.2.2. Pontos de Tomadas de Uso Geral ..................................................................... 101

5.2.3. Cargas de Iluminação ....................................................................................... 102

5.3. DIVISÃO DAS INSTALAÇÕES ............................................................................... 105

5.4. DISPOSITIVOS DE COMANDO DOS CIRCUITOS ............................................... 106

5.4.1. Interruptores ...................................................................................................... 106

5.4.2. Interruptores Temporalizados ........................................................................... 106

5.5. LINHAS ELÉTRICAS ................................................................................................ 107

5.5.1. Condutores ........................................................................................................ 107

5.5.2 Disjuntores ......................................................................................................... 112

5.5.3. Eletrodutos ........................................................................................................ 114

5.6. VERIFICAÇÃO DOS CONDUTORES PELA QUEDA DE TENSÃO ADMISSÍVEL


............................................................................................................................................ 115

CAPITULO VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 119

BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 120

APÊNDICE I – PLANILHA DE CÁLCULO DAS COLUNAS DE ÁGUA ........................121


APÊNDICE II – PLANILHA DE CÁLCULO DOS RAMAIS DE ÁGUA ..........................125
ANEXOS:
ANEXO 1: PLANTA DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA E PLUVIAIS PAVIMENTO
TÉRREO.................................................................................................................................126

viii
ANEXO 2: PLANTA DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA E PLUVIAIS GARAGEM 1
.................................................................................................................................................127
ANEXO 3: PLANTA DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA E PLUVIAIS GARAGEM 2 /
PUC ........................................................................................................................................128
ANEXO 4: PLANTA DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA E PLUVIAIS PAVIMENTO
TIPO I ....................................................................................................................................129
ANEXO 5: PLANTA DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA E PLUVIAIS PAVIMENTO
TIPO II E III ...........................................................................................................................130
ANEXO 6: PLANTA DE INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA E PLUVIAIS PAVIMENTO
TIPO IV E DETALHAMENTO DOS RESERVATÓRIOS .................................................131
ANEXO 7: PLANTA DE INSTALAÇÕES DE ÁGUAS PLUVIAIS DA COBERTURA E
DETALHAMENTO DO BARRILETE .................................................................................132
ANEXO 8: PLANTA DE DETALHAMENTO DAS ÁREAS MOLHADAS DAS
INSTALAÇÕES DE ÁGUA FRIA DO PAVIMENTO TIPO I ............................................133
ANEXO 9: PLANTA DO CORTE ESQUEMÁTICO DE ÁGUA FRIA .............................134
ANEXO 10: PLANTA DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS DO PAVIMENTO
TÉRREO.................................................................................................................................135
ANEXO 11: PLANTA DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E DETALHAMENTOS DA
GARAGEM 1 ........................................................................................................................136
ANEXO 12: PLANTA DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E DETALHAMENTO DA
GARAGEM 2 / PUC...............................................................................................................137
ANEXO 13: PLANTA DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E DETALHAMENTO DO
PAVIMENTO TIPO I.............................................................................................................138
ANEXO 14: PLANTA DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E DETALHAMENTO DO
PAVIMENTO TIPO II E III...................................................................................................139
ANEXO 15: PLANTA DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E DETALHAMENTO DO
PAVIMENTO TIPO IV..........................................................................................................140
ANEXO 16: PLANTA DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS E DETALHAMENTO DA
COBERTURA........................................................................................................................141
ANEXO 17: PLANTA DAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DO APARTAMENTO 104
.................................................................................................................................................142

ix
RESUMO

Este trabalho de conclusão de curso consiste na elaboração dos projetos


hidrossanitários, de águas pluviais e de elétrica do prédio multifamiliar
Contemporâneo, situado na Rua das Nações Unidas, bairro Parque Avenida Pelinca,
na cidade de Campos dos Goytacazes. O projeto esta sendo executado pela
construtora CONSCAM Engenharia.
Inicialmente foram realizadas visitas a obra para identificação de problemas e
conhecimento pratico nos projetos de instalações prediais em geral, alem do
levantamento dos pontos elétricos, de água e locação dos tubos de queda. Todo o
dimensionamento foi feito seguindo as recomendações prescritas nas normas de
casa instalação.
Foram utilizados softwares na elaboração do trabalho, como o AutoCAD
2013, Excel e Word (para a confecção das plantas, memorial descritivo e planilhas
de cálculos, todas anexas a este projeto em CD).

x
PALAVRAS CHAVE: Edifício Contemporâneo; Instalações Elétricas; Instalações
Hidráulicas; Instalações Sanitárias; Instalações de Águas Pluviais.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 – Proporção de domicílios particulares permanentes urbanos, com serviço


de saneamento, e sua divisão em regiões do Brasil. Fonte: IBGE – Pesquisa
Nacional por amostra de Domicílios 1998/2008. .......................................................... 4
Figura 1.2 – Oferta Interna de Energia Elétrica por fonte – 2011 – Fonte: Balanço
Energético Nacional, 2012 (ano base 2011). ............................................................. 5
Figura 1.3 – Planta de Situação. ................................................................................ 8
Figura 1.4 – Planta de localização. ............................................................................ 9
Figura 2.1 – Dimensões em planta do fundo/tampa do reservatório superior. .........19
Figura 2.2 – Dimensões em corte do fundo/tampa do reservatório superior. .......... 20
Figura 2.3 – Dimensões em planta do fundo/tampa do reservatório inferior. .......... 22
Figura 2.4 – Dimensões em corte do fundo/tampa do reservatório inferior. ........... 22
Figura 2.5 - Ábaco das Vazões e diâmetros em função dos pesos para cálculo das
tubulações. ............................................................................................................... 27
Figura 2.6 - Ábaco para encanamento de cobre e PVC. ......................................... 28
Figura 2.7 – Ábaco para a determinação do diâmetro econômico (Forchheimer). ...41
Figura 2.8 – Comprimentos equivalentes em metros de canalização. .....................44
Figura 4.1 - Cálculo de área de contribuição. .......................................................... 75
Figura 4.2 - Projeção da área de contribuição da cobertura. .................................. 76
Figura 4.3 – Modelo de dimensões para calhas retangulares. ................................ 84
Figura 4.4 – Ábaco para a determinação de diâmetros de condutores verticais. .... 87
Figura 4.5 – Ábaco para a determinação de diâmetros de condutores verticais –
AP1............................................................................................................................ 88
Figura 4.6 – Ábaco para a determinação de diâmetros de condutores verticais –
AP2............................................................................................................................ 89
Figura 4.7 – Ábaco para a determinação de diâmetros de condutores verticais –
AP3............................................................................................................................ 90
Figura 4.8 – Ábaco para a determinação de diâmetros de condutores verticais –
AP4............................................................................................................................ 91
Figura 4.9 – Fluxograma dos condutos horizontais. ................................................. 94
Figura 5.1 - Representação esquemática do sistema elétrico brasileiro. ................. 99

xi
Figura 5.2 – Disjuntor tripolar de 10 A. ................................................................... 112
Figura 5.3 - Representação da área útil do eletroduto. ...........................................114

LISTA DE TABELAS

Tabela 2.1 – Consumo per capita ........................................................................ ... 13


Tabela 2.2 – Número de Ocupantes .................................................................... ....13
Tabela 2.3 – Área dos Compartimentos ...................................................................14
Tabela 2.4 – Peso das Peças de Utilização ........................................................ ... 24
Tabela 2.5 – Pesos do Apartamento Tipo I da Coluna 1. ......................................... 29
Tabela 2.6 – Pesos do Apartamento Tipo II da Coluna 1. ................................... ....29
Tabela 2.7 – Pesos do Apartamento Tipo III da Coluna 1. .................................. ... 30
Tabela 2.8 – Pesos do Apartamento Tipo I da Coluna 2. .................................... ... 30
Tabela 2.9 – Pesos do Apartamento Tipo II da Coluna 2. ........................................ 31
Tabela 2.10 – Pesos do Apartamento Tipo III da Coluna 2. ..................................... 31
Tabela 2.11 – Pesos do G2 / PUC da Coluna 2. ...................................................... 31
Tabela 2.12 – Pesos do G1 da Coluna 2. ............................................................ ... 32
Tabela 2.13 – Pesos da Garagem Térreo da Coluna 2. ........................................... 32
Tabela 2.14 – Pesos dos apartamentos Tipo I,II,III e IV da Coluna 3. ..................... 32
Tabela 2.15 – Pesos dos apartamentos Tipo I,II,III e IV da Coluna 4. ..................... 33
Tabela 2.16 – Perdas de Carga Localizadas Considerando os Comprimentos
Equivalentes em Metros de Canalização. ................................................................ 34
Tabela 2.17 – Comprimento Equivalente do Primeiro Trecho. ................................. 35
Tabela 2.18 – Comprimento Equivalente dos trechos com diâmetro de 50mm. ...... 35
Tabela 2.19 – Comprimento Equivalente dos trechos com diâmetro de 40mm. ...... 35
Tabela 2.20 – Comprimento Equivalente dos trechos com diâmetro de 32mm. ...... 35
Tabela 2.21 – Comprimento Equivalente dos trechos com diâmetro de 25mm. ...... 36
Tabela 2.22 – Comprimento Equivalente dos trechos com diâmetro de 20mm. ...... 36
Tabela 2.23 – Comprimento Equivalente de cada trecho do ramal até a Pia da
Churrasqueira. .......................................................................................................... 38
Tabela 2.24 – Comprimento Equivalente de cada trecho do ramal até a Torneira da
Área da Churrasqueira. ............................................................................................ 39

xii
Tabela 2.25 – Comprimento Equivalente de cada trecho do ramal até o Chuveiro da
Área de Serviço. ....................................................................................................... 40
Tabela 3.1 – Unidades de Hunter de Contribuição dos Aparelhos e Diâmetro Nominal
Mínimo dos Ramais de Descarga ........................................................................... 48
Tabela 3.2 – Unidades de Hunter de Contribuição para Aparelhos não Relacionados
na Tabela 3.1 ............................................................................................................ 48
Tabela 3.3 – Dimensionamento de Ramais de Esgoto .......................................... 50
Tabela 3.4 – Dimensionamento de Tubo de Queda ..................................................52
Tabela 3.5 – Dimensionamento de Subcoletores e Coletor Predial ....................... 60
Tabela 3.6 – Distância Máxima de um Desconector ao Tubo Ventilador ................. 69
Tabela 3.7 – Dimensionamento de Ramais de Ventilação ...................................... 69
Tabela 3.8 – Dimensionamento de Colunas de Ventilação ..................................... 70
Tabela 4.1 – Chuvas Intensas com Duração de Cinco Minutos .............................. 74
Tabela 4.2 – Coeficiente de Rugosidade ................................................................. 83
Tabela 4.3 – Tabela com comparativo entre vazões reais e de projeto nas calhas do
projeto. ...................................................................................................................... 86
Tabela 4.4 – Capacidade dos Condutores Horizontais de Seção Circular. ............. 93
Tabela 4.5 – Vazão de projeto de cada condutor vertical. ...................................... 94
Tabela 5.1 – Potências Médias de Referência dos Aparelhos Elétricos .................101
Tabela 5.2 – Potência Instalada no Apartamento 104. ............ ..............................104
Tabela 5.3 – Seções Mínimas dos Condutores de Cobre. ..................................... 107
Tabela 5.4 – Tipos de Linhas Elétricas – Utilizada o tipo B1 e C. ..........................108
Tabela 5.5 – Capacidades de Condução de Corrente, em Ampéres, para os Métodos
de Referência A1, A2, B1, B2, C e D. .....................................................................109
Tabela 5.6 – Seção do Condutor Neutro. ................................................................109
Tabela 5.7 – Seção Mínima do Condutor de Proteção. ..........................................110
Tabela 5.8 – Fator de Demanda. ............................................................................110
Tabela 5.9 – Capacidade Especificações de cada circuito do apartamento 104. ...111
Tabela 5.10 – Determinação Prática do Disjuntor Unic de Maior Corrente Nominal a
Ser Utilizado na Proteção dos Condutores Contra Correntes de Sobrecarga. .......113
Tabela 5.11 – Diâmetro Nominal dos Eletrodutos. ..................................................114
Tabela 5.12 – Número Máximo de Circuitos por Eletroduto do Apartamento 104. .115
Tabela 5.13 – Percentuais Máximos Admissíveis para a Queda de Tensão Total. 116

xiii
Tabela 5.14 – Soma das Potências em Watts x Distância em metros V = 127 Volts
..................................................................................................................................117

xiv
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS, SÍMBOLOS, SINAIS E
UNIDADES

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


C.V. Cavalo Vapor
A Àmpére
V Volt
W Watt
m Metro
cm Centímetro
mm Milímetro
Hz Hertz
VA Volt x Ampére
UHC Unidade Hunter de Contribuição
DN Diâmetro Nominal
Q Vazão
kPa Kilopascal
mca Metros de Coluna de Água
g Aceleração da Gravidade
s Segundos
TG Tubo de Gordura
TQ Tubo de Queda
TS Tubo Secundário
i Intensidade Pluviométrica
n Coeficiente de Rugosidade
PH Perímetro Molhado
i Inclinação
Vp Volume de Precipitação

xv
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO

1.1 - APRESENTAÇÃO DE CONCEITOS

A água é uma importante substância para os seres humanos, essencial


a vida de todas as espécies, prova disso é que cerca de 80% do nosso
organismo é composto por água.
A história da humanidade nos mostra que a água esteve presente nas
duas grandes revoluções: Agrícola e Industrial. Inicialmente o homem aprendeu
a utilizar a água para fins agrícolas, como por exemplo, no controle dos rios
destinando a água para a irrigação da lavoura, posteriormente foi introduzido o
uso da água na civilização humana, principalmente no processo de
urbanização das cidades.
A importância da água é tão grande que algumas civilizações chegaram
a ser extintas pela sua falta, como por exemplo, a civilização acadiana que se
extinguiu devido à seca do rio Tigre e Eufrates. A formação das civilizações
também foi incentivada pela disponibilidade de água para seu consumo, sendo
este insumo tão importante, pois não se restringe somente a questão da
manutenção da vida das populações como também ao desenvolvimento de
fatores econômicos, manutenção de ciclos biológicos, geológicos e químicos
que mantêm em equilíbrio os ecossistemas.
Durante o processo de urbanização devem-se preocupar com as
condições de abastecimento de água, estes devem ser planejados e
executados de forma a manter todos os indivíduos supridos com este recurso
contribuindo para melhora na qualidade de vida e desenvolvimento econômico
da região.
Dentro dos núcleos urbanos, não se deve restringir a preocupação
somente no abastecimento, deve-se entender que a qualidade da água é um
fator tão importante quanto o seu abastecimento, por ser um insumo de
importância tão elevada. Logo se deve atender a critérios rigorosos no que
tange à qualidade, estando em consonância com as recomendações do órgão
regulador do setor (Agência Nacional de Águas - ANA). Os especialistas
afirmam que a ingestão de água corretamente tratada é um dos mais
importantes fatores para a conservação da saúde, pois auxilia na prevenção de

1
doenças como cálculo renal, infecção urinaria e outras acabando por retardar o
envelhecimento.
Uma preocupação que aflige a humanidade atualmente é a possibilidade
de escassez de água no mundo, apesar do nosso planeta ser compreendido
com extensas regiões costeiras de oceanos, a água disponível para o consumo
humano é sim um insumo escasso, visto que menos que 3% da água existente
no mundo para consumo é doce, ou seja, utilizável para consumo humano, e
desta quantidade mais de 99% encontram-se sob forma de gelo ou em regiões
de difícil acesso como as subterrâneas (como por exemplo, o aquífero
Guarani), dificultando seu uso. Atualmente já existe a tecnologia de uso da
água salgada para o consumo humano, chamada de dessalinização de água,
que é um processo físico-químico de retirada de sais da água, tornando-a doce
e própria para o consumo. No entanto esta tecnologia ainda é pouco utilizada
em escala comercial devido ao alto custo.
Podemos citar como exemplo, Israel, que é um país que sofre com a
escassez de água e adotou a técnica de dessalinização da água para o
consumo humano. No ano de 2010, o país inaugurou sua terceira usina para
esse processo que consiste na captação de água do mar mediterrâneo para a
torna - lá potável. A expectativa é de que esta produza uma quantidade de 127
milhões de metro cúbicos por ano, suficiente para abastecer um sexto da
população do país.
O panorama do Brasil frente às reservas de água doce é bem
confortável, já que este possui cerca de 53% dos mananciais da América do
Sul e o maior rio do planeta, o Amazonas, além de se ter elevados índices
pluviométricos, graças a presença dos climas equatorial, tropical e subtropical.
Apesar de toda esta aparente abundância, este recurso está distribuído de
forma desigual pelo território nacional, 72% do total dos mananciais estão na
região amazônica que é pouco povoada e tem dificuldades de acessos.
Apesar de a água ser considerada um recurso renovável, visto a
existência do seu ciclo hidrológico, deve-se prestar atenção nos grandes
centros urbanos, cada dia mais impermeabilizados pelas construções de casas,
prédios e ruas tornando as áreas verdes mais escassas interrompendo assim o
ciclo hidrológico e afetando a qualidade da água. O conceito da reutilização da
água tem-se difundido na sociedade, seja na conscientização ou em praticas

2
mais sustentáveis em seu uso. No setor da construção civil, por exemplo, é
visto na crescente demanda pelo sistema dual flush, que consiste em um
mecanismo de saída universal que regula a quantidade de água necessária
para uso nas descargas, causando uma considerável economia.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), saneamento é o
controle de todos os fatores do meio físico do homem que exercem ou podem
exercer efeitos nocivos sobre o bem estar físico, mental e social. Sendo assim,
o Saneamento abrange os seguintes serviços: abastecimento de água às
populações, coleta, tratamento e disposição adequada e segura de águas
residuais (provenientes de esgotos sanitários e industriais, por exemplo),
acondicionamento, coleta e transporte dos resíduos sólidos, coleta de águas
pluviais, controle de vetores de doenças transmissíveis (como por exemplo
insetos e roedores), entre outras áreas.
No Brasil, segundo última pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) em 2008, somente 61,0 % dos domicílios urbanos
tinham acesso ao serviço de saneamento básico (considerando neste caso
acesso a abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo de
forma simultânea), sendo sua distribuição entre as regiões brasileiras bem
desigual, conforme verificado na Figura 1.1, políticas públicas devem ser
desenvolvidas para reverter esse quadro. Pesquisas indicam que para cada R$
1,00 investido em saneamento, o governo deixa de gastar R$ 5,00 em serviços
de saúde, ou seja, são investimentos que proporcionam qualidade de vida para
a população e economia aos cofres públicos em curto prazo.

3
Figura 1.1 - Proporção de domicílios particulares permanentes urbanos
com serviço de saneamento e sua divisão em regiões do Brasil. Fonte: IBGE –
Pesquisa Nacional por amostra de Domicílios 1998/2008.

A humanidade sempre buscou inovações tecnológicas, que permitiram a


evolução dos seres-humanos. A energia elétrica é considerada por muitos
como uma das principais descobertas, comparando-se com a descoberta do
fogo e da roda, por exemplo. A eletricidade foi descoberta pelo filosofo grego
Tales de Mileto, que ao esfregar um âmbar a um pedaço de pele de carneiro,
observou que pedaços de palhas e fragmentos de madeira começavam a ser
atraídas pelo próprio âmbar. De lá para cá diversos estudiosos não pararam de
estudar e desvendar os mistérios dessa descoberta. No Brasil a primeira usina
elétrica instalada foi no município de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro,
em 1883. Esta usina era térmica. Já a primeira hidroelétrica instalada no país
foi construída nas proximidades do município de Diamantina, Minas Gerais.
Atualmente a matriz elétrica brasileira é uma das que menos agridem ao
meio ambiente no mundo, com 45,3% de sua produção proveniente de fontes
limpas, como recursos hídricos, biomassa e etanol, além das energias eólica e
solar. As usinas hidroelétricas são responsáveis pela geração de 81,9% da
eletricidade do país (Figura 1.2). Este número no entanto já foi maior, mas
devido a irregularidades das chuvas e o “apagão” do setor elétrico de 2001 e à
iminência de um novo colapso no sistema agora em 2013, o governo foi
obrigado a colocar em funcionamento as termoelétricas que operam no sistema
“stand-by”. Estes acontecimentos fizeram com que o governo diversificasse
cada dia mais a matriz energética brasileira. No restante do mundo o

4
panorama é bem diferente: somente 13% da matriz energética mundial são
compostas por fontes renováveis de energia.

Figura 1.2 - Oferta Interna de Energia Elétrica por fonte – 2011 – Fonte:
Balanço Energético Nacional, 2012 (ano base 2011).

1.2. OBJETIVOS

Este trabalho consiste na elaboração dos projetos de instalações


elétricas, hidrossanitário (água fria e esgotamento sanitário) e de águas pluviais
do edifício multifamiliar Contemporâneo, localizado à Rua das Nações Unidas,
número 104 e 106, bairro Dom Bosco.
O edifício foi projetado pelo arquiteto Marcos A. M. Gonçalves e está
sendo executado pela empresa CONSCAM Engenharia, sendo composto por
vinte pavimentos assim distribuídos: Térreo, Garagem I, Garagem II e PUC
(Área de Lazer) e dezessete Pavimentos tipos.
Pode-se ressaltar que existem quatro modelos diferentes de distribuição
dos pavimentos (Tipo I, II, III e IV). Cada pavimento é composto por quatro
apartamentos.
Em paralelo ao trabalho de dimensionamento foram realizadas visitas
periódicas à obra para o acompanhamento “in loco” da execução de projetos
na área de instalações prediais. Foi realizado um levantamento de dados
referentes à construção, identificando os pontos elétricos e a posição dos tubos
de queda de água e esgoto, para possibilitar o dimensionamento do projeto.

5
1.3. JUSTIFICATIVAS

Atualmente o município de Campos dos Goytacazes vem passando por


um aumento significativo no numero de construções, sejam horizontais ou
verticais, prova disso é o inicio das atividades de grandes construtoras do país
na cidade. O aumento da renda da população, fruto das políticas econômicas
dos últimos governos e dos crescentes investimentos na região, como por
exemplo, o Complexo Industrial do Super Porto do Açu e o Estaleiro em Barra
do Furado, fazem a demanda por unidades habitacionais aumentar em um
ritmo acelerado suprindo assim as ofertas do setor.
No entanto, esta parte da população que vem optando pela aquisição de
novas moradias, está selecionando áreas que ofereçam maior conforto,
segurança, comodidade e qualidade de vida (lugares onde o poder publico já
tenha ou esteja implantando toda a infraestrutura adequada, como sistemas de
pavimentação, esgotamento sanitário, iluminação e outros serviços). Um
exemplo clássico desta situação, na cidade de Campos dos Goytacazes, é o
bairro da Pelinca e suas imediações, por ser um lugar onde estão concentrados
as principais lojas, o lazer noturno, escolas, faculdades e bancos, todas estas
características atribuídas ao bairro fazem com que o metro quadrado dele seja
o mais caro da cidade.
Podemos observar a situação descrita cima, por exemplo, na Rua
Voluntários da Pátria, que vem recebendo dia após dia novas construções de
grande porte, como edifícios comerciais e residenciais que estão sendo
implantados em terrenos de antigas casas. Resta saber se ao final esta rua e
suas imediações terão a capacidade de suprir a demanda destes
empreendimentos irão requisitar, serão centenas de novas pessoas
necessitando trafegar, usar serviço de lixo, água e esgoto e daí por diante,
cabe a prefeitura regulamentar e organizar o espaço urbano para que os
problemas não apareçam.
Além da opção de moradia. há outros dois fatores que justificam esta
corrida na compra e construções de edificações na cidade: a primeira é o
aluguel de imóveis para mão de obra oriunda de outras cidades para trabalhar
nos grandes empreendimentos que então sendo feitos na região e a outra é a

6
especulação imobiliária crescente que faz com que um certo grupo de pessoas
se beneficie das valorizações destes imóveis no pós-construção.
O poder público, diante de todo este fenômeno, está com um grande
problema para ser resolvido nos próximos anos, a falta de um planejamento na
verticalização das cidades faz com que a qualidade de vida, antes um ponto
importante e preponderante na aquisição de imóveis em determinados bairros,
seja afetada, prova disso é a falta de investimentos em setores como
transporte público e redimensionamento das redes de serviços públicos (coleta
de lixo, águas pluviais, esgoto, água potável, energia, telefone e outras). Este
problema não é algo que ainda vai acontecer, muito pelo contrario, já esta
acontecendo em bairros como a Pelinca, Parque Tamandaré e outros
próximos, o transito já não mais comporta a quantidade de veículos gerados
com os novos empreendimentos da região, as redes de água e esgoto estão
obsoletas, fruto de uma política escassa de investimento nos últimos anos,
prova disso são os constantes alagamentos que acontecem nas ruas do bairro
quando ocorre fortes chuvas.
Um projeto de Instalações Prediais bem elaborado visa a eficiência do
sistema de modo a garantir o bom uso dos recursos hídricos e elétricos
disponíveis. Um projeto bem elaborado e feito em sincronia com outros projetos
da obra gera uma otimização de recursos, conforto ao usuário final e uma
diminuição dos problemas futuros gerados com consertos e reparos. Para as
empresas essa qualidade é importante, pois resulta na confiabilidade da marca
a atração de novos e futuros clientes, assim justiçando um projeto bem
calculado.

1.4. METODOLOGIA

Este projeto foi dimensionado com base nas plantas arquitetônicas


cedidas pela construtora da obra. Visando um dimensionamento adequado
para estes projetos recomendam-se as normas:
 ABNT – 5626 (1998) – Instalações Prediais de Águas Frias;
 ABNT – 8160 (1999) – Instalações Prediais de Esgoto Sanitário;
 ABNT – 10844 (1989) – Instalações Prediais de Águas Pluviais;
 ABNT – 5410 (2004) – Instalações Elétricas de Baixa Tensão.
7
1.5. PLANTA DE LOCALIZAÇÃO

A seguir apresenta-se a planta de localização do edifício a ser


dimensionado (Figura 1.3).

Figura 1.3 - Planta de Situação.

8
Figura 1.4 - Planta de Localização.

9
CAPÍTULO II - INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA

2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Dentre os projetos de instalações prediais necessários para uma


edificação, como um edifício, encontram-se os projetos de água fria, que são
compostos pelo dimensionamento dos reservatórios (inferior e superior),
tubulações diversas de abastecimento (sejam das colunas ou ramais prediais),
além das bombas que serão utilizadas para a sucção e recalque da água.
Todas as instalações prediais de água fria, para consumo e uso humano, são
regidas pela ABNT 5626 (1998), que aborda os critérios de dimensionamento e
de projeto que devem ser seguidas para estas instalações, atendendo assim às
mínimas exigências técnicas de higiene, segurança, economia e conforto dos
usuários dando a estes, maior qualidade de vida.
Durante a elaboração dos projetos de instalações hidráulicas, deve-se
ter a preocupação em se estudar a interdependência das diversas partes,
possibilitando o abastecimento nos diferentes pontos de consumo dentro da
melhor técnica e com economia. Sendo assim um projeto deve conter os
seguintes elementos:
 Plantas, cortes, detalhes e vistas isométricas, com
dimensionamento e traçado dos condutores;
 Memórias descritivas, justificativas e de cálculo;
 Especificações do material e normas para sua aplicação;

Para se elaborar um projeto de instalações prediais de forma correta e


eficiente é importante a disponibilização das plantas de arquitetura e do projeto
estrutural, a fim de se conseguir a solução mais estética dentro da melhor
técnica e economia possível, atualmente a elaboração de projetos nesta área
tem dado maior atenção à chamada compatibilização de projetos que é a
criação de soluções integradas durante a elaboração dos diversos projetos
(instalações prediais, estrutural e arquitetônico), buscando otimização e
economia das construções, fator decisivo no mercado da construção civil,
Para a elaboração deste trabalho de conclusão de curso foram
disponibilizados pela construtora responsável pela obra os projetos de

10
arquitetura, que se encontram na forma de anexo e disponibilizado em CD
(formato DWG). Não foram disponibilizados os projetos estruturais do edifício,
no entanto com as diversas visitas realizadas na obra foram observados os
principais elementos estruturais e suas respectivas posições para tentar dentro
do possível uma otimização do projeto. Durante o projeto não foi realizado a
etapa de orçamento, assim como o levantamento quantitativo de materiais.

2.2. DADOS PARA O PROJETO

2.2.1. Sistema de Abastecimento

Em geral, a rede de distribuição predial é alimentada por um distribuidor


público, no entanto pode ser feita com uma fonte particular como nascentes e
poços, por exemplo, desde que sua potabilidade seja garantida. Pode-se ainda
haver distribuição mista, ou seja, composta por um distribuidor publico e por
uma fonte particular. No caso do projeto deste trabalho optou-se pela
distribuição com sistema de bombeamento tendo pressão suficiente para
alcançar o reservatório superior, pois nosso edifício é composto por vinte
pavimentos, tratando-se de uma altura consideravelmente grande.

2.2.2. Sistema de Distribuição

Existem basicamente quatro tipos de sistemas de distribuição, conforme


descrito abaixo:
 Sistema direto de distribuição: Aquele onde a pressão da rede
pública é suficiente para suprir o abastecimento, não sendo
necessário o reservatório, no entanto há necessidade de
continuidade no abastecimento, pois caso não exista, haverá falta
de água constante (alimentação ascendente).
 Sistema indireto de distribuição, sem bombeamento: Neste caso, a
pressão é suficiente para o abastecimento, sendo que, não há
continuidade, logo deve-se prever um reservatório superior para o
acúmulo de água (alimentação descendente).
 Sistema Indireto de distribuição, com bombeamento: Esta opção se
faz necessária quando além de apresentar pressão insuficiente

11
para o abastecimento, não há continuidade, sendo necessária a
presença de dois reservatórios, um inferior e outro superior, além
do sistema de bombeamento, é mais comum em grandes edifícios
onde há necessidade do uso de cisternas e bombas de recalque
(alimentação descendente).
 Sistema Hidropneumatico de distribuição: Nesta opção não há
necessidade de reservatório superior, sua instalação é cara e
somente recomendada para casos onde há gabarito critico ou para
se aliviar a estrutura.

O sistema escolhido para este o dimensionamento deste projeto foi o


Sistema Indireto de Distribuição com Bombeamento, que consiste no acúmulo
de água em dois grandes reservatórios, um inferior (cisterna) e outro superior
(caixa d’água), sendo estes ligados através de bombas de recalque,
justificando-se pela elevada altura do edifício além de não se poder garantir
uma continuidade no abastecimento da região.

2.2.3. Consumo Predial:

Para efeito de calculo do consumo diário do edifício do projeto utilizou-se


a seguinte fórmula.

CD = CP x N (2.1)
Onde,
CD = consumo diário
CP = consumo per capita
N = número de ocupantes.

O consumo per capita pode ser retirado da Tabela 2.1:

12
Tabela 2.1 - Consumo per Capita.
Local Consumo (litros/pessoa)
Apartamentos 200
Salão de festas 50
Área de recreação 50
Térreo (recepção) 70
Referência: Tab. 1.2 do livro Instalações Hidráulicas e Sanitárias – 6ª Edição (2006).

Para ambientes que possuem jardins, o consumo foi calculado em


função da área com valores de 1,5 litros por m2.
Os dados para quantificar o número de ocupantes no prédio podem ser
retirados na Tabela 2.2:

Tabela 2.2 - Número de Ocupantes.


Local Número de ocupantes
2 pessoas/quarto social
Apartamentos
1 pessoa/quarto de serviço
2
Salão de festas 1 pessoa/ 1,40 m
2
Área de recreação 1 pessoa/5,5 m
Térreo 2 funcionários/turno
Referência: Tab. 1.1 do livro Instalações Hidráulicas e Sanitárias – 6 Edição (2006).

O edifício Contemporâneo é composto por dezessete andares de


apartamentos, além do térreo, garagem I e pavimento de uso comum (PUC)
juntamente com a garagem II. Existem quatro projetos de pavimentos tipo, que
se diferem pela distribuição dos cômodos e existência de áreas externas. Os
andares são compostos por quatro apartamentos, exceto o último pavimento
que é composto por somente dois apartamentos, sendo estes de diferentes
configurações, conforme plantas em anexo As descrições dos pavimentos
seguem abaixo:
O pavimento tipo I é composto por apartamentos com as seguintes
configurações: a coluna um composta por apartamento de dois quartos sociais
sendo ambos suítes, a coluna dois por apartamento de três quartos sociais
sendo um suíte, a coluna três por apartamento de três quartos sociais sendo
um suíte mais um quarto de serviço e a coluna quatro composta por

13
apartamento de quatro quartos sociais sendo um suíte mais um quarto de
serviço. Totalizando neste pavimento doze quartos sociais e dois de serviço.
O pavimento tipo II se assemelha ao do tipo I, exceto pela coluna quatro
que é composta por apartamento de três quartos sociais sendo um suíte mais
um quarto de serviço. Totalizando neste pavimento onze quartos sociais e dois
de serviço.
O pavimento tipo III se assemelha ao do tipo II, exceto pela coluna
quatro que neste caso não é composta de área externa, não influenciando no
dimensionamento das instalações hidráulicas. Totalizando assim em cada
pavimento onze quartos sociais e dois de serviço.
O pavimento tipo IV diferencia do tipo III pela inexistência das colunas
um e dois, sendo composto assim por três quartos sociais sendo um suíte mais
um quarto de serviço nas colunas três e quatro, seguindo o mesmo padrão
destas colunas referentes ao tipo III. Totalizando assim neste pavimento seis
quartos sociais e dois de serviço neste pavimento.
O terceiro andar do edifício e dividido entre garagem e o PUC
(Pavimento de Uso Comum) que é composto por salão de festas,
brinquedoteca, salão de jogos, academia, play-ground, pergolado, área
descoberta no entorno da piscina, repouso e sauna. A área de cada
compartimento pode ser conferida na Tabela 2.3.

Tabela 2.3 - Área dos Compartimentos.


2
Compartimento Área (m )
Salão de festas 132,42
Brinquedoteca 36,03
Salão de jogos 56,98
Academia 59,15
Play-ground 71,44
Pergolado 44,30
Área descoberta no entorno da
216,71
piscina
Repouso 19,51
Sauna 7,09
Jardim PUC 79,26
Jardim Térreo 149,40

Com os dados retirados das tabelas acima, pode-se calcular o consumo


diário de água do edifício.

14
Apartamentos:
Tipo I:
CP = 200 litros, N = 2 (pessoas para cada quarto social) x 12 (quartos
sociais) x 1 (pavimento), N = 1 (pessoas para cada quarto de serviço) x 2
(quartos de serviço) x 1 (pavimento)
CD = 200 x ( (2x 12 x 1) + (1x 2x 1)) = 5.200 litros

Tipo II:
CP = 200 litros, N = 2 (pessoas para cada quarto social) x 11 (quartos
sociais) x 1 (pavimento), N = 1 (pessoas para cada quarto de serviço) x 2
(quartos de serviço) x 1 (pavimento)
CD = 200 x ( (2x 11 x 1) + (1x 2x 1)) = 4.800 litros

Tipo III:
CP = 200 litros, N = 2 (pessoas para cada quarto social) x 11 (quartos
sociais) x 1 (pavimento), N = 1 (pessoas para cada quarto de serviço) x 2
(quartos de serviço) x 14 (numero de pavimento)
CD = 200 x ( (2x 11 x 14) + (1x 2x 14)) = 67.200 litros

Tipo IV:
CP = 200 litros, N = 2 (pessoas para cada quarto social) x 6 (quartos
sociais) x 1 (pavimento), N = 1 (pessoas para cada quarto de serviço) x 2
(quartos de serviço) x 1 (pavimento)
CD = 200 x ( (2x 6 x 1) + (1x 2x 1)) = 2.800 litros

PUC:
Salão de festas:
CP = 50 litros, N = (132,42/1,40) (nº de pessoas) x 1 (salão)
CD = 50 x (94,59 x 1) = 4.729,50 litros
Área de recreação:
CP = 50 litros, N = (511,21/5,5) (nº de pessoas)
CD = 50 x 92,94 = 4.647,36 litros
Jardim:
CP = 1,5 litros, N = 79,26 (área)

15
CD = 1,5 x 79,26 = 118,89 litros

Pavimento Térreo:
Recepção:
CP = 70 litros, N = 2 (funcionários) x 2 (turnos)
CD = 70 x 4 = 280 litros
Jardim:
CP = 1,5 litros, N = 149,40 (área)
CD = 1,5 x 149,40 = 224,10 litros

TOTAL DO CONSUMO DIÁRIO:


89.999,85 litros = 90.000 litros = 90,00 m3

2.2.4. Capacidade dos Reservatórios

É de conhecimento geral que no Brasil o abastecimento de água não é


feito de forma contínua, havendo alguns pontos e localidades onde a
intermitência no abastecimento acontece com frequência. Sendo assim, deve-
se dimensionar o reservatório considerando uma reserva de mais um dia de
consumo, sendo assim a capacidade final será suficiente para o abastecimento
do edifício por dois dias, garantindo assim o abastecimento de água caso este
seja interrompido por alguma finalidade. Conforme dito anteriormente o sistema
de distribuição utilizado será o indireto de distribuição com bombeamento,
sendo necessária a concepção de um reservatório inferior e outro superior,
usando a alimentação descendente.
Para critério de dimensionamento, além da reserva usada para casos de
falta de abastecimento, deve-se considerar também uma para possíveis
incêndios na edificação. Segundo a norma estima-se essa reserva entre 15 a
20% do consumo diário. Em nosso projeto será utilizado o valor de 20% para
esta reserva. As distribuições dos reservatórios seguem a seguinte
metodologia:

16
 Reservatório Inferior: 3 do consumo diário + consumo diário
5

 Reservatório Superior: 2 do consumo diário + 20% do consumo


5

diário

Assim consegue-se chegar ao valor proposto de dois dias de


abastecimento acrescido de 20% de reserva de incêndio, devidamente
divididos entre os respectivos reservatórios. Deste modo, chega-se aos
seguintes valores numéricos:

- Reservatório superior (Rs) => 2 x 90.000 + 20% x 90.000


5

= 36.000 + 18.000 = 54.000 litros


Portanto, o reservatório superior armazenará aproximadamente 54.000
litros de água, equivalente a 54 m3.

- Reservatório inferior (Ri) => 3 x 90.000 + 90.000


5

= 54.000 + 90.000 = 144.000 litros


Portanto, o reservatório inferior armazenará, aproximadamente, 144.000
litros de água, equivalente a 144 m3.

2.2.5. Dimensionamento dos Reservatórios

Para o dimensionamento dos reservatórios foram seguidas algumas


recomendações para os elementos estruturais, como por exemplo, as
espessuras das paredes laterais serão de 0,15 m e a espessura da laje inferior
e superior de 0,10 m, outra recomendação importante que se deve adotar é
uma folga na altura do reservatório para o nível de água máximo, sendo
adotado o valor de 0,30 m.
Para o reservatório superior o volume de água é de 54.000 litros = 54
m3.
O reservatório de menor capacidade (superior) deve ser dividido em
mais de uma célula para permitir manutenções e limpeza sem que se precise
interromper o abastecimento de água do prédio.

17
Sendo assim, o reservatório superior foi dividido em duas células, com
capacidade de 27 m3 de água cada uma.
Para cálculo fixou-se uma altura de 2,70 m (Tomando como referencia
que esta altura possibilita a correta manutenção e limpeza do reservatório) e
uma largura de 4,60 m (Fixado com base na dimensão da projeção da escada
do edifício, local escolhido para disposição do reservatório superior).

Cálculo do volume de cada célula do reservatório = (Área da base) x


(altura) = 27,0 m3
Volume = (X) x 4,60 x 2,70 = 27,00 => x ≈ 2,18 m.

Assim para o cálculo da altura relativa à reserva de incêndio (h) no


reservatório superior, basta aplicar a fórmula do volume, mantendo os valores
das dimensões das bases conhecidas, mas, substituindo o volume da reserva
de incêndio encontrada no cálculo anterior, achando assim a altura estimada
desta reserva. (V = 18.000 litros = 18,0 m3)

V = Volume = (Área da base) x (altura) = 18,00 m3


V = (4,60 x 2,18) x h = 9,0 => h ≈ 0,90 m

Abaixo segue o modelo esquemático do reservatório superior em planta


e em corte (Figuras 2.1 e 2.2), mostrando as dimensões do fundo/tampa.
Baseado neste modelo pode-se calcular o volume de concreto que será
empregado na construção e seu peso, mostrando a viabilidade das dimensões
aplicadas.

18
Figura 2.1 – Dimensões em planta do fundo/tampa do reservatório
superior.

19
Figura 2.2 – Dimensões em corte do fundo/tampa do reservatório
superior.

Cálculo do volume e peso do concreto utilizado no reservatório superior:

- Fundo / Tampa: V = 2 x (4,81 x 4,90 x 0,1) = 4,71 m3.


- Paredes: (2 x 4,81 x 3,00 x 0,15) + ( 3 x 4,60 x 3,00 x 0,15) = 4,32 +
6,21 = 10,53 m3.
Volume total de concreto do reservatório superior = 10,53 + 4,71= 15,24
m3.

Calculando o peso específico, temos:


 = P( peso)
(2.2)
V (volume)

Onde:
kN
 - (peso especifico do concreto) = 25 .
m3

20
Peso =  x V.
kN
Peso = 25 3
x 15,24 m3 = 381,00 kN = 38.100 kgf.
m
Os cálculos acima se referem ao peso do reservatório superior sem a
presença de água, pode-se estimar o peso que a água ira exercer quando o
reservatório estiver completamente cheio, como a capacidade é de 54.000
litros equivalente a 54.000 Kg (referente à água), logo o peso final da estrutura
equivalente ao reservatório superior é de: 54.000 + 38.100 = 92.100 Kg.

A mesma metodologia de cálculo foi utilizada no dimensionamento do


reservatório inferior, segundo cálculo anterior o volume a ser armazenado é de
144.000 litros de água, a altura estipulada para a cisterna será de 2,10 metros
na tomada d’água mais uma altura de 0,30 m para ventilação, totalizando uma
altura a ser escavada de 2,10 + 0,30 + 0,20 = 2,60 m.
Como este reservatório também será dividido em duas células pode-se
fixar uma das dimensões da base para cálculo da outra, o valor seguido foi de
4,0 metros, assim teremos:

Volume de uma célula do reservatório = (Área da base)x (altura) = 72 m3


Volume = (X) x 4,0 x 2,10 = 72,0
(X) = 8,57 m ≈ 8,60 m

Logo cada célula terá a seguinte dimensão interna: 8,60 x 4,0 x 2,10,
representados nas Figuras 2.3 e 2.4.

21
Figura 2.3 – Dimensões em planta do fundo/tampa do reservatório
inferior.

Figura 2.4 – Dimensões em corte do fundo/tampa do reservatório inferior.

22
Para o cálculo do volume de concreto do reservatório inferior deve-se
seguir os mesmos passos anteriormente feitos para o superior. O volume de
concreto empregado para a construção dos dois reservatórios inferiores é
calculado da seguinte forma:

- Fundo / Tampa: V = 2 x (8,90 x 8,45 x 0,1) = 15,04 m 3.


- Paredes: (2 x 8,45 x 2,40 x 0,15) + ( 3 x 8,60 x 2,40 x 0,15) = 6,08 +
9,28 = 15,36 m3.
Volume total de concreto do reservatório superior= 15,04 + 15,36 =
30,40 m3.

Calculando o peso específico, temos:


 = P( peso)
V (volume)

kN
 (peso especifico do concreto) = 25
m3
Peso =  x V.
kN
Peso = 25 3
x 30,40 m3 = 760,00 kN = 76.000 kgf.
m
Somando o peso do concreto com o de água que é de 144.000 + 76.000
= 220.000 Kg.
As plantas na escala 1:100 dos reservatórios superior e inferior
encontram-se em anexo.

2.2.6. Dimensionamento das Tubulações

2.2.6.1. Generalidades

A tubulação foi dimensionada de modo a garantir o abastecimento de


água com vazão adequada, sem que ocorra o superdimensionamento.

23
2.2.6.2. Vazões nos Pontos de Utilização

A instalação predial de água fria foi dimensionada, a fim de que as vazões


de projeto impostas na Tabela 2.4 sejam atendidas na respectiva peça de
utilização.
Com exceção de instalações cujos horários são rígidos, como quartéis,
colégios, etc., nunca há o caso de se utilizarem todas as peças ao mesmo
tempo. No caso de um funcionamento simultâneo não previsto nos cálculos de
dimensionamento da tubulação, a redução temporária da vazão, em qualquer
um dos pontos de utilização, não deve comprometer significativamente a
satisfação do usuário.

Tabela 2.4 - Pesos das Peças de Utilização.


Peças de utilização Vazão (l/s) Peso
Bacia sanitária com caixa de descarga 0,15 0,3
Bacia sanitária com válvula de descarga 1,9 40
Banheira 0,3 1
Bebedouro 0,05 0,1
Bidê 0,1 0,1
Chuveiro 0,2 0,5
Lavatório 0,2 0,5
Máquina de lavar prato ou roupa 0,3 1
Pia de despejo 0,3 1
Pia de cozinha 0,25 0,7
Tanque de lavar roupa 0,3 1
Torneira de jardim ou lavagem em geral 0,2 0,4

Referências: Tab. A1 da ABNT 5626 (1998) e Tab. 1.3 do livro Instalações Hidráulicas e Sanitárias
– 6ª Edição (2006).

A expressão seguinte, extraída da ABNT-5626 (1998) dá uma ideia da


vazão provável em função dos “pesos” atribuídos às peças de utilização.

P (2.3)

Onde:

24
= Vazão em l/s no ponto na seção desejada.
= Coeficiente de descarga = 0,3 l/s.

P = soma dos pesos relativos de todas as peças de utilização


alimentadas através do trecho considerado.

2.2.6.3. Velocidade Máxima da Água

A velocidade máxima de projeto nas tubulações deve atender a ABNT


5626 (1998) e não deve ser superior a 3,0 m/s. Caso a velocidade exceda esse
valor, deve-se aumentar o diâmetro da tubulação na tubulação selecionada.

2.2.6.4. Pressões Máximas e Mínimas

A pressão dinâmica nos pontos de utilização deve atender a Tabela 3 da


ABNT-5626 (1998) que foi estabelecida para garantir a vazão de projeto
indicadas na Tabela 2.4. A pressão dinâmica não deve exceder 400 kPa (40
m.c.a.) e não deve ser inferior a 10 kPa (1 m.c.a.) com exceção da caixa de
descarga onde a pressão pode ser menor, mas não deve ser inferior a 5 kPa
(0,5 m.c.a.).

2.2.6.5. Dimensionamento dos Encanamentos

Todas as tubulações da rede predial de água fria são dimensionadas


para funcionar como condutos forçados.

2.2.6.6. Dimensionamento das Colunas

O método de Hunter foi o método escolhido para realizar o


dimensionamento. As colunas são dimensionadas trecho por trecho, e, para
isso, torna-se necessário o esquema vertical da instalação, com as peças que
serão atendidas em cada coluna.
A ABNT-5626 (1998) sugere uma planilha de cálculo das colunas o que
facilita a verificação das velocidades, vazões máximas e a pressão dinâmica a
jusante. Sendo estas as seguintes colunas da planilha do Apêndice I:

25
a) Numerar a coluna;

b) Marcar com letra os trechos em que haverá derivações para os ramais;

c) Somar os pesos de todas as peças de utilização;

d) Juntar os pesos acumulados no trecho;

e) Determinar a vazão, em l/s. Ver seção 2.2.6.2;

f) Arbitrar um diâmetro D (mm). Ver Figura 2.5;

g) Obter os outros parâmetros hidráulicos, ou seja, velocidade V, em m/s,


e a perda de carga J, em m/m, conhecidos o diâmetro e a vazão,
olhando na Figura 2.6; caso a velocidade seja superior a 3 m/s, deve-
se escolher um diâmetro maior;

h) Para saber o comprimento real L da tubulação, basta medir na planta,


indicando o comprimento em m;

i) O comprimento equivalente é resultado das perdas localizadas nas


conexões e representa um acréscimo ao comprimento real.

j) O comprimento total Lt é a soma do comprimento real e o equivalente;


k) A pressão disponível no ponto considerado representa a diferença de
nível entre o meio do reservatório e esse ponto. É medido em metros
de coluna de água (m.c.a.).

l) A perda de carga unitária, em m.c.a., é obtida de modo indicado no


item g;

m) A perda de carga total, em m.c.a., é obtida, multiplicando-se o


comprimento total pela perda de carga unitária, ou seja:

26
Hp
J ou Hp  J  Lt ;
Lt
n) De posse da pressão disponível, subtraindo a perda de carga total,
tem-se a pressão dinâmica a jusante, em m.c.a. Essa pressão deve
ser verificada para cada peça, para ver se está dentro dos limites
especificados na seção 2.2.6.3.

Figura 2.5 – Ábaco das Vazões e diâmetros em função dos pesos


para cálculo das tubulações.

27
Figura 2.6 - Ábaco para encanamento de cobre e PVC.

As descidas das colunas de água serão através do hall de entrada de


cada pavimento. Os apartamentos terão, no entanto, hidrômetros individuais,
fazendo com que cada morador pague somente o valor consumido em sua
residência.
O sistema de abastecimento é composto por quatro colunas, que podem
ser subdividas em Tipos, caso apresentem diferentes peças de utilização, e
assim diferentes pesos unitário. O Tipo I são os apartamentos localizados no
primeiro andar. O Tipo II são os apartamentos localizados no segundo andar. O
Tipo III são os apartamentos localizados entre o terceiro e o décimo sexto
andar. O Tipo IV são os apartamentos localizados no décimo sétimo andar,

28
vale lembrar que conforme a planta, apenas dois apartamentos serão
construídos nesse andar.
Além dos quatro tipos de apartamentos já citados, a coluna 2 será
responsável por abastecer também os andares abaixo do primeiro andar(G2 e
PUC, G1 e Térreo). A coluna 2 foi escolhida por apresentar o menor peso
acumulado considerando apenas o acumulado dos quatro tipos de
apartamento.
Nas Tabelas a seguir estão descritos os pesos referentes a cada tipo de
apartamento.

Coluna 1: A coluna 1 abastece os apartamentos terminados com a numeração


01.
Tabela 2.5 – Pesos do Apartamento Tipo I da Coluna 1.
TIPO I
Nº de
Peças de utilização Vazão Peso Unitário Peso
Peças
Pia de Cozinha 0,25 0,7 2 1,4
Tanque de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Máquina de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Bacia Sanitária com caixa de Descarga 0,15 0,3 4 1,2
Lavatório 0,2 0,5 4 2
Chuveiro 0,2 0,5 3 1,5
Ducha 0,1 0,1 4 0,4
Torneira Externa 0,2 0,4 1 0,4
Total 8,9

Tabela 2.6 – Pesos do Apartamento Tipo II da Coluna 1.


TIPO II
Nº de
Peças de utilização Vazão Peso Unitário Peso
Peças
Pia de Cozinha 0,25 0,7 1 0,7
Tanque de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Máquina de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Bacia Sanitária com caixa de Descarga 0,15 0,3 4 1,2
Lavatório 0,2 0,5 4 2
Chuveiro 0,2 0,5 3 1,5
Ducha 0,1 0,1 4 0,4
Torneira Externa 0,2 0,4 1 0,4
Total 8,2

29
Tabela 2.7 – Pesos do Apartamento Tipo III da Coluna 1.
TIPO III
Nº de
Peças de utilização Vazão Peso Unitário Peso
Peças
Pia de Cozinha 0,25 0,7 1 0,7
Tanque de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Máquina de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Bacia Sanitária com caixa de Descarga 0,15 0,3 4 1,2
Lavatório 0,2 0,5 4 2
Chuveiro 0,2 0,5 3 1,5
Ducha 0,1 0,1 4 0,4
Torneira Externa 0,2 0,4 1 0,4
Total 8,2

Coluna 2: A coluna 2 abastece os apartamentos terminados com a numeração


02, além de abastecer também o PUC, garagem e o térreo.

Tabela 2.8 – Pesos do Apartamento Tipo I da Coluna 2.


TIPO I
Nº de
Peças de utilização Vazão Peso Unitário Peso
Peças
Pia de Cozinha 0,25 0,7 2 1,4
Tanque de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Máquina de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Bacia Sanitária com caixa de Descarga 0,15 0,3 3 0,9
Lavatório 0,2 0,5 3 1,5
Chuveiro 0,2 0,5 3 1,5
Ducha 0,1 0,1 3 0,3
Torneira Externa 0,2 0,4 1 0,4
Total 8

30
Tabela 2.9 – Pesos do Apartamento Tipo II da Coluna 2.
TIPO II
Nº de
Peças de utilização Vazão Peso Unitário Peças Peso
Pia de Cozinha 0,25 0,7 1 0,7
Tanque de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Máquina de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Bacia Sanitária com caixa de Descarga 0,15 0,3 3 0,9
Lavatório 0,2 0,5 3 1,5
Chuveiro 0,2 0,5 3 1,5
Ducha 0,1 0,1 3 0,3
Torneira Externa 0,2 0,4 1 0,4
Total 7,3

Tabela 2.10 – Pesos do Apartamento Tipo III da Coluna 2.


TIPO III
Nº de
Peças de utilização Vazão Peso Unitário Peso
Peças
Pia de Cozinha 0,25 0,7 1 0,7
Tanque de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Máquina de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Bacia Sanitária com caixa de Descarga 0,15 0,3 3 0,9
Lavatório 0,2 0,5 3 1,5
Chuveiro 0,2 0,5 3 1,5
Ducha 0,1 0,1 3 0,3
Torneira Externa 0,2 0,4 1 0,4
Total 7,3

Tabela 2.11 – Pesos do G2 / PUC da Coluna 2.


G2 / PUC
Nº de
Peças de utilização Vazão Peso Unitário Peças Peso
Pia de Cozinha 0,25 0,7 2 1,4
Bacia Sanitária com caixa de Descarga 0,15 0,3 4 1,2
Lavatório 0,2 0,5 3 1,5
Chuveiro 0,2 0,5 2 1
Ducha 0,1 0,1 4 0,4
Torneira Externa 0,2 0,4 2 0,8
Total 6,3

31
Tabela 2.12 – Pesos do G1 da Coluna 2.
G1
Peso
Peças de utilização Vazão Nº de Peças Peso
Unitário
Torneira Externa 0,2 0,4 4 1,6
Total 1,6

Tabela 2.13 – Pesos da Garagem Térreo da Coluna 2.


Garagem Térreo
Nº de
Peças de utilização Vazão Peso Unitário Peso
Peças
Bacia Sanitária com caixa de Descarga 0,15 0,3 1 0,3
Lavatório 0,2 0,5 1 0,5
Chuveiro 0,2 0,5 1 0,5
Ducha 0,1 0,1 1 0,1
Torneira Externa 0,2 0,4 5 2
Total 3,4

Coluna 3: A coluna 3 abastece os apartamentos terminados com a numeração


03.
Tabela 2.14 – Pesos dos apartamentos Tipo I,II,III e IV da Coluna 3.
TIPO I, TIPO II, TIPO III, TIPO IV
Nº de
Peças de utilização Vazão Peso Unitário Peso
Peças
Pia de Cozinha 0,25 0,7 3 2,1
Tanque de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Máquina de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Bacia Sanitária com caixa de Descarga 0,15 0,3 4 1,2
Lavatório 0,2 0,5 4 2
Chuveiro 0,2 0,5 3 1,5
Ducha 0,1 0,1 4 0,4
Torneira Externa 0,2 0,4 1 0,4
Total 9,6

Coluna 4: A coluna 4 abastece os apartamentos terminados com a numeração


04.

32
Tabela 2.15 – Pesos dos apartamentos Tipo I,II,III e IV da Coluna 4.
TIPO I, TIPO II, TIPO III, TIPO IV
Nº de
Peças de utilização Vazão Peso Unitário Peso
Peças
Pia de Cozinha 0,25 0,7 3 2,1
Tanque de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Máquina de Lavar Roupa 0,3 1 1 1
Bacia Sanitária com caixa de Descarga 0,15 0,3 4 1,2
Lavatório 0,2 0,5 4 2
Chuveiro 0,2 0,5 3 1,5
Ducha 0,1 0,1 4 0,4
Torneira Externa 0,2 0,4 1 0,4
Total 9,6

Com o auxílio do ábaco da Figura 2.5, foi encontrado o diâmetro inicial


de 50mm (2”) para todas as colunas. Esse diâmetro deve começar a ser usado
a partir do fim do barrilete. No cálculo de pressão a jusante não foram
encontrados problemas com pressão mínima, já que nos pontos críticos
verificados detalhadamente a seguir, a pressão encontrada estava acima de
10kPa (1 m.c.a.), sendo assim, está de acordo com a norma. Foram
encontrados problemas quanto à pressão máxima nos três primeiros
pavimentos, térreo, G1 e G2/PUC. Esse problema deve ser resolvido com a
introdução de válvulas redutoras ou caixas intermediárias no sistema.
À medida que a demanda de água diminui e a pressão em metros de
coluna d’água aumenta, o diâmetro das colunas também reduz para 25 mm
(1’’) e 20 mm ( ¾”) para a coluna 2.
Os comprimentos reais e equivalentes das tubulações das colunas foram
calculados da seguinte forma:

Comprimento real:
Do térreo até o 17º andar, o comprimento real de cada trecho é
equivalente ao pé direito, acrescido da espessura da laje de cada pavimento,
ou seja, 3,15 m. Já para o trecho do 17º andar até a caixa d’água, além do pé
direito e da laje, há um acréscimo de comprimento de tubulação, do local de
descida das colunas até o barrilete, resultando em um total aproximado de 9 m
a 10 m dependendo da coluna.

33
Comprimento equivalente:
As perdas localizadas são calculadas em função das peças de utilização
(Tabela 2.16), nas quais os valores variam de acordo com o tipo de peça e
seus respectivos diâmetros.

Tabela 2.16 - Perdas de Carga Localizadas Considerando os Comprimentos


Equivalentes em Metros de Canalização.

O primeiro trecho, A – B, que está localizado entre a caixa d’água e o 17º


andar apresenta o maior comprimento equivalente, uma vez que, foram
utilizados mais conexões, inclusive na interligação do barrilete. Seguem abaixo
as peças utilizadas e seus respectivos comprimentos equivalentes para cada
tipo de trecho.

34
Tabela 2.17 – Comprimento Equivalente do Primeiro Trecho.
Trecho A - B
Perda de
Quantidade Diâmetro Perda de
Conexão Carga
(unidades) (mm) Carga (m/m)
(m/m)
Registro de gaveta aberto 1 60 0,4 0,4
Registro de gaveta aberto 1 50 0,4 0,4
Registro de gaveta aberto 1 32 0,2 0,2
Curva de 90° 1 60 1,4 1,4
Curva de 90° 2 50 1,3 2,6
Tê de saída de lado 1 60 7,8 7,8
Tê de saída de lado 1 50 7,6 7,6
Total 20,4

Tabela 2.18 – Comprimento Equivalente dos trechos com diâmetro de 50mm.


Trechos com diâmetro de 50mm
Perda de
Quantidade Diâmetro Perda de
Conexão Carga
(unidades) (mm) Carga (m/m)
(m/m)
Tê 90° de saída de lado 1 50 7,6 7,6
Registro de gaveta aberto 1 32 0,4 0,4
Total 8

Tabela 2.19 – Comprimento Equivalente dos trechos com diâmetro de 40mm.


Trechos com diâmetro de 40mm
Perda de
Quantidade Diâmetro Perda de
Conexão Carga
(unidades) (mm) Carga (m/m)
(m/m)
Tê 90° de saída de lado 1 40 7,3 7,3
Registro de gaveta aberto 1 32 0,4 0,4
Total 7,7

Tabela 2.20 – Comprimento Equivalente dos trechos com diâmetro de 32mm.


Trechos com diâmetro de 32mm
Perda de
Quantidade Diâmetro Perda de
Conexão Carga
(unidades) (mm) Carga (m/m)
(m/m)
Tê 90° de saída de lado 1 32 4,6 4,6
Registro de gaveta aberto 1 25 0,3 0,3
Total 4,9

35
Tabela 2.21 – Comprimento Equivalente dos trechos com diâmetro de 25mm.
Trechos com diâmetro de 25mm
Perda de
Quantidade Diâmetro Perda de
Conexão Carga
(unidades) (mm) Carga (m/m)
(m/m)
Tê 90° de saída de lado 1 25 3,1 3,1
Registro de gaveta aberto 1 25 0,3 0,3
Total 3,4

Tabela 2.22 – Comprimento Equivalente dos trechos com diâmetro de 20mm.


Trechos com diâmetro de 20mm
Perda de
Quantidade Diâmetro Perda de
Conexão Carga
(unidades) (mm) Carga (m/m)
(m/m)
Tê 90° de saída de lado 1 20 2,4 2,4
Registro de gaveta aberto 1 25 0,3 0,3
Total 2,7

O cálculo das pressões a jusante em cada trecho das colunas pode ser
visto no Apêndice I.

2.2.6.7. Dimensionamento do Barrilete

O Barrilete é o cano que interliga as duas metades da caixa-d’água e de


onde partem as colunas de água. A água do Barrilete é coletada a uma altura
de 0,9 m acima do fundo funda da caixa para evitar a contaminação da água
com os depósitos sedimentados no fundo e também para a reserva de
incêndio.
Foi escolhido o Barrilete concentrado, onde o registro de gaveta de todas
as colunas encontra-se em uma única região. O dimensionamento foi feito pelo
método de Hunter.
O Método de Hunter fixa a perda de carga em 8% e calcula a vazão como
se cada metade da caixa atendesse à metade das colunas. Conhecendo a
perda de carga J e a vazão Q, entra-se no ábaco da Figura 2.6 e encontra-se o
diâmetro D;

Coluna 1: Vazão = 3,4 l/s


Coluna 2: Vazão = 3,4 l/s

36
Coluna 3: Vazão = 3,8 l/s
Coluna 4: Vazão = 3,8 l/s

Para o barrilete correspondente a coluna 1 e 3 tem-se os seguintes dados:


Q = 3,4 + 3,8
Q = 7,2 l/s
J = 0,08 m/m
Através do ábaco da Figura 2.6 encontra-se o diâmetro do barrilete de 60
mm (2 ½’’).

Para o barrilete correspondente a coluna 2 e 4 tem-se os seguintes dados:


Q = 3,4 + 3,8
Q = 7,2 l/s
J = 0,08 m/m
Através do ábaco da Figura 2.6 encontra-se o diâmetro do barrilete de 60
mm (2 ½’’).

2.2.6.8. Dimensionamento dos Ramais

Os ramais são as tubulações que ligam a coluna às peças de utilização.


Assim como nas colunas, foi utilizado o método de Hunter para o
dimensionamento das tubulações. Para ramais com peso menor que 3,5 foi
utilizado o diâmetro de 20 mm. Para ramais com peso entre 3,5 e 15 foi
utilizado o diâmetro de 25 mm.
Para a verificação das pressões mínimas, os ramais foram calculados até
as extremidades mais críticas, do hidrômetro até as peças mais distantes e do
hidrômetro até o chuveiro mais distante. Foi escolhido o andar da cobertura,
17° andar, para a verificação, visto que este é o andar que apresenta menor
pressão disponível e assim mais suscetível a apresentar pressão mínima
insuficiente.
A verificação da pressão mínima foi feita apenas em um apartamento, já
que o apartamento 1704 é exatamente igual ao apartamento 1703 e como
pode ser visto em planta, o apartamento 1703 está mais distante do hidrômetro
sendo assim é o que tem maior probabilidade de apresentar problemas.

37
Segue abaixo o cálculo dos ramais para três peças de utilização, a pia da
churrasqueira e a torneira ambos na área da churrasqueira e o chuveiro da
área de serviço. A pia da churrasqueira e a torneira foram escolhidas por serem
os pontos mais distantes do hidrômetro, já o chuveiro foi escolhido por ser uma
peça que geralmente apresenta problemas quanto à pressão disponível, já que
é uma peça de maior altura. O chuveiro escolhido foi o da área de serviço por
ser o mais distante do hidrômetro.
As Tabelas a seguir ilustram os comprimentos equivalentes considerados
para cada trecho e os posicionamentos podem ser vistos nas plantas em
Anexo. Os Comprimentos reais foram medidos e os pesos unitários verificados
também através das plantas em Anexo.

 Verificação das pressões mínimas

Comprimento Equivalente da Pia da churrasqueira

Tabela 2.23 – Comprimento Equivalente de cada trecho do ramal até a Pia da


Churrasqueira.
Trecho A - B
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Curva 90° 25 0,6 2 1,2
Tê 90° de passagem direta 25 0,9 1 0,9
Total 2,1
Trecho B - C
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Tê 90° de passagem direta 20 0,8 1 0,8
Total 0,8
Trecho C - D
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Tê 90° de passagem direta 20 0,8 1 0,8
Total 0,8
Trecho D - E
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Curva 90° 20 0,5 3 1,5
Total 1,5

Comprimento Equivalente da Torneira da Área da Churrasqueira

38
Tabela 2.24 – Comprimento Equivalente de cada trecho do ramal até a
Torneira da Área da Churrasqueira.
Trecho A - B
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Curva 90° 25 0,6 2 1,2
Tê 90° de passagem direta 25 0,9 1 0,9
Total 2,1
Trecho B - C
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Tê 90° de passagem direta 20 0,8 1 0,8
Total 0,8
Trecho C - D
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Tê 90° de saída de lado 20 2,4 1 2,4
Total 2,4
Trecho D - F
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Curva 90° 20 0,5 3 1,5
Curva 45° 20 0,3 2 0,6
Total 2,1

Comprimento Equivalente do Chuveiro da Área de Serviço

39
Tabela 2.25 – Comprimento Equivalente de cada trecho do ramal até o
Chuveiro da Área de Serviço.
Trecho A - B
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Curva 90° 25 0,6 2 1,2
Tê 90° de saída de lado 25 3,1 1 3,1
Total 4,3
Trecho B - G
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Tê 90° de passagem direta 25 0,9 1 0,9
Total 0,9
Trecho G - H
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Tê 90° de passagem direta 25 0,9 1 0,9
Total 0,9
Trecho H - I
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Curva 90° 25 0,6 2 1,2
Tê 90° de passagem direta 25 0,9 1 0,9
Total 2,1
Trecho I - J
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Tê 90° de passagem direta 20 0,8 1 0,8
Total 0,8
Trecho J - L
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Curva 90° 20 0,5 2 1
Registro de Gaveta 20 0,2 1 0,2
Tê 90° de passagem direta 20 0,8 1 0,8
Total 2
Trecho L - M
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Curva 90° 20 0,5 3 1,5
Tê 90° de passagem direta 20 0,8 1 0,8
Total 2,3
Trecho M - N
Conexão Diâmetro Unitário Quantidade Total
Curva 90° 20 0,5 3 1,5
Registro de Gaveta 20 0,2 1 0,2
Total 1,7

40
Os valores das velocidades e pressões disponíveis e a jusante podem ser
vistos no Apêndice II.

2.2.6.9. Dimensionamento do Encanamento de Recalque


O encanamento de recalque é a tubulação responsável pela ligação da
bomba ao reservatório superior.
O dimensionamento foi baseado no ábaco de Forchheimer:
Portanto, tem-se:
Consumo diário = 89,99 m³
Adotando a duração de funcionamento diário da bomba igual a 5 horas:
Vazão horária = 89,99 x 0,20 = 17,998 m³/h
Com o valor da vazão horária e o número de horas de funcionamento da
bomba, encontra-se no ábaco de Forchheimer (Figura 2.7) o valor da vazão
(Q).

Figura 2.7 – Ábaco para a determinação do diâmetro econômico


(Forchheimer).

O diâmetro então será de 60 mm (2 ½’’) .

41
2.2.6.10. Dimensionamento da Tubulação de Sucção

Escolheu-se um diâmetro comercial a mais do que o do recalque. Como o


diâmetro da tubulação de recalque é de 60 mm (2 ½’’), tem-se para a tubulação
de sucção um diâmetro de 70 mm (3’’).

2.2.6.11. Dimensionamento do Ramal Predial (de entrada)

Para o dimensionamento do ramal de Predial de entrada, encontra-se o


valor da vazão mínima para o sistema de distribuição indireta e aplica-se a
seguinte fórmula:

(2.4)

Sendo:
= vazão mínima, em l/s;
= consumo diário, em litros.

Consumo diário do prédio = 89.999 litros


Vazão de entrada será:

Q = 1,042 l/s

Conforme recomenda a norma, adota-se a velocidade 1 m/s e aplicando o


ábaco da figura 2.6 encontra-se o diâmetro do ramal de entrada igual a 40 mm
(1 ½ ‘’).

2.2.7. Dimensionamento da Bomba de Recalque

O recalque da água no edifício será feito por bombas acionadas por


motores elétricos. Para o dimensionamento da bomba é preciso conhecer a
altura manométrica, a vazão e o rendimento do conjunto motor-bomba que,
para instalações prediais, é da ordem de 50%. Para este dimensionamento são
necessárias algumas informações, listadas abaixo:

42
 Consume diário médio = 90.000,00 l

 Altura estática da sucção = 2,28 m

 Comprimento desenvolvido da sucção = 13,43 m

 Altura estática de recalque = 71,84 m

 Comprimento desenvolvido no recalque = 91,65 m

OBS: As tubulações de recalque e de sucção serão de aço galvanizado e ferro


fundido.

Peças de sucção:

 2 válvula de pé
 2 tês de saída bilateral
 4 cotovelos curtos (joelho)
 1 registro de gaveta (aberto)

Peças de recalque:

 2 saídas de canalização
 4 cotovelos curtos
 1 tê de saída bilateral

a) Diâmetros de recalque e de sucção:

Recalque: 2 ½’’
Sucção: 3’’
b) Cálculo do comprimento equivalente de sucção: 3’’ (Figura 2.8)

43
Figura 2.8 – Comprimentos equivalentes em metros de canalização.

 2 válvula de pé: 44,00 m


 2 tês de saída bilateral: 10,80 m
 4 cotovelos curtos (joelho): 10,00 m
 1 registro de gaveta (aberto) 0,50 m
 Subtotal: 65,30 m
 Comprimento desenvolvido na sucção: 13,43 m
 Total: 78,73 m

c) Cálculo do “J” na sucção:

Vazão horária: 0,20 * 90.000,00 = 18.000,00 l/h = 18,00 m3/h = 0,005


m3/s

D = 3’’ Q = 5,00 l/s


J = 0,034 m/m V = 1,20 m/s

d) Altura devida às perdas na sucção:

Hp = 0,034 * 78,73
Hp = 2,67 m

e) Altura representativa da perda de velocidade:


v2
Hv  (2.5)
2g

44
1,20 2
Hv   0,0733m
2 * 9,81

f) Altura manométrica da sucção:

Hms = 2,28 + 0,0733 + 2,67 = 5,02 m

g) Comprimento equivalente do recalque: 2 ½’’

 2 saídas de canalização: 3,80 m


 4 cotovelos curtos (joelho): 8,00 m
 1 tê de saída bilateral: 4,30 m
 Subtotal = 16,10 m
 Comprimento desenvolvido no recalque: 91,65 m
 Total = 107,75 m

h) Cálculo do “J” no recalque:

Vazão horária: 0,20 * 90.000,00 = 18.000,00 l/h = 18,00 m 3/h = 0,005 m3/s

D = 2 ½’’ Q = 5,0 l/s


J = 0,09 m/m V = 1,80 m/s

i) Altura devida às perdas no recalque:

Hp = 0,09 * 107,75 = 9,69 m

j) Altura manométrica no recalque:

Hmr = 71,84 + 9,69 = 81,53 m

k) Altura manométrica total:

Ht = 81,53 + 5,02 = 86,55 m

Assim de posse destes valores pode-se calcular a potência do motor,


seguindo a equação abaixo:
1000  H mano  Q
P (2.6)
75  

P = potência, em CV
Hman = altura manométrica total, em metros
Q = vazão, em m³/s
 = rendimento do conjunto motor-bomba

45
l) Potência do motor para acionar a bomba (Rendimento de 50%)

1000 * 86,55 * 18
P  11,54CV
75 * 0,5 * 3600

Logo para o caso deste edifício escolheremos uma bomba de 12 CV.

46
CAPÍTULO III – INSTALAÇÕES SANITÁRIAS

3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

As instalações sanitárias têm como principais funções coletar e conduzir


os despejos, provenientes de diversas peças de utilização tais como bacias
sanitárias, chuveiros e pias. O sistema de esgoto deve dar destino apropriado,
com higiene segura e de forma contínua.
O destino final dos efluentes do coletor predial das instalações sanitárias
deve ser a rede pública de coleta de esgoto sanitário.
Deve-se sempre separar o sistema predial de esgoto ao de água pluviais
para evitar qualquer tipo de contaminação.
O dimensionamento segue as normas estabelecidas pela ABNT 8160
(1999), que rege as instalações prediais de esgoto sanitário estabelecendo os
requisitos mínimos a serem obedecidos na elaboração do projeto, execução e
manutenção do sistema, para que satisfaçam as condições necessárias de
higiene segurança e conforto dos usuários.

3.2 DIMENSIONAMENTO

3.2.1. Componentes do Subsistema de Coleta e Transporte de Esgoto


Sanitário

Para o dimensionamento das tubulações do subsistema de coleta e


transporte de esgoto sanitário foi usado o método das unidades de Hunter de
contribuição (UHC), obedecendo aos diâmetros nominais (DN) mínimos nos
ramais de descarga na Tabela 3.1.
Para aparelhos que não estão listados na Tabela 3.1, o correspondente
UHC foi estimado e o dimensionamento foi feitos com os valores indicados na
Tabela 3.2.
A declividade da tubulação em trechos horizontais foi de 1%, se iguais ou
maiores que 100 mm, e 1% para igual ou menor que 75 mm.

47
Tabela 3.1 - Unidades de Hunter de Contribuição dos Aparelhos e Diâmetro
Nominal Mínimo dos Ramais de Descarga.
Diâmetro nominal mínimo
Número de unidades de do ramal de descarga
Aparelho sanitário
Hunter de contribuição
(DN)
Bacia sanitária 6 100
Bebedouro 0,5 40
Chuveiro de residência 2 40
Chuveiro coletivo 4 40
Lavatório de residência 1 40
Lavatório geral 2 40
Pia de cozinha residencial 3 50
Tanque de lavar roupas 3 40
Máquina de lavar roupas 3 50
Referência: Tab. 3 da ABNT 8160 (1999)

Tabela 3.2 - Unidades de Hunter de Contribuição para Aparelhos não


Relacionados na Tabela 3.1.
Diâmetro nominal mínimo Número de unidades de Hunter
do ramal de descarga de contribuição
(DN) (UHC)
40 2
50 3
75 5
100 6
Referência: Tab. 4 da ABNT 8160 (1999).

3.2.2. Desconectores

Os desconectores devem seguir as seguintes condições:

 Ter fecho hídrico com altura mínima de 0,05 m;


 Apresentar orifício de saída com diâmetro igual ou superior ao ramal de
descarga a ele conectado.

Como pode ser visto abaixo a soma de todos os aparelhos sanitários de


cada banheiro pertencentes aos apartamentos, apresentam um UHC inferior a
6. Portanto o ralo sifonado apresentará um DN igual a 100 mm. O mesmo
ocorreu para a área de serviço, lavabo e Área de Churrasco. No caso do
48
lavabo, nos apartamentos da coluna 1, coluna 3 e coluna 4, foi usado um ralo
sifonado apenas para o lavatório. Nos apartamentos da coluna 2 não há
lavabo.

Banheiro:
Lavatório de residência: 2 UHC.
Chuveiro de residência: 2 UHC.
Total = 4 UHC.

Área de Serviço:
Máquina de lavar roupas: 3 UHC.
Pia de lavar roupas: 3 UHC.
Total = 6 UHC.

Lavabo:
Lavatório de residência: 2 UHC.
Total = 2 UHC.

Área de Churrasco:
Torneira: 2 UHC.
Pia de residência: 2 UHC.
Total = 4 UHC.

3.2.3. Ramais de Descarga e Esgoto

Para os ramais de descarga, foram adotados os diâmetros mínimos


apresentados na Tabela 3.1. Para os aparelhos não relacionados na Tabela
3.1, utilizou-se os valores da Tabela 3.2.
Os ramais de esgoto foram dimensionados conforme a Tabela 3.3.

49
Tabela 3.3 - Dimensionamento de Ramais de Esgoto.
Diâmetro nominal Número máximo de unidades
mínimo do tubo de Hunter de contribuição
(DN) (UHC)
40 3
50 6
75 20
100 160
Referência: Tab. 5 da ABNT 8160 (1999).

Cálculo das Contribuições de Hunter

Banheiro
- 1 Bacia sanitária = 6 UHC = 100 mm
DN de descarga = 100 mm
Ramal de esgoto = 100 mm
Declividade = 1%.
- 1 Lavatório = 1 UHC = 40 mm
- 1 Chuveiro = 2 UHC = 40 mm
Ramal de esgoto = 1+2 = 3 UHC = 40 mm (Tabela 3.3)
Declividade = 2%.

Lavabo
- 1 Bacia sanitária = 6 UHC = 100 mm
DN de descarga = 100 mm
Ramal de esgoto = 100 mm
Declividade = 1%.
- 1 Lavatório = 1 UHC = 40 mm
Declividade = 2%.

Área de Serviço
- 1 Máquina de lavar roupas = 3 UHC = 50 mm
- 1 Tanque de lavar roupas = 3 UHC = 40 mm
Ramal de esgoto = 3+3 = 6 UHC = 50 mm (Tabela 3.3)
Declividade = 2%.

Cozinha com duas Pias

50
- 2 Pia de cozinha = 6 UHC = 50 mm
Ramal de esgoto = 50 mm
Declividade = 2%.

Cozinha com uma Pia


- Pia de cozinha = 3 UHC = 50 mm
Ramal de esgoto = 50 mm
Declividade = 2%.

Área de Churrasco
- Pia de residência = 3 UHC = 50 mm
- Torneira de residência = 2 UHC = 40 mm
Ramal de esgoto = 3 + 2 = 5 UHC = 50 mm (Tabela 3.3)
Declividade = 2%.

Banheiro do PUC
- 1 Bacia sanitária = 6 UHC = 100 mm
DN de descarga = 100 mm
Ramal de esgoto = 100 mm
Declividade = 1%.
- 1 Lavatório = 1 UHC = 40 mm
Ramal de esgoto = 2+1 = 3 UHC = 40 mm (Tabela 3.3)
Declividade = 2%.

Cozinha PUC
- Pia de cozinha = 3 UHC = 50 mm
Ramal de esgoto = 50 mm
Declividade = 2%.

51
3.2.4. Tubos de Queda

O diâmetro dos tubos de queda devem apresentar dimensões iguais ou


superiores aos das canalizações a eles ligadas. O dimensionamento seguiu a
somatória dos valores das UHC indicados na Tabela 3.4.
Nas mudanças de direção do tubo de queda, colocaram-se tubos
operculados (de visita) para evitar o entupimento. Esta medida foi necessária,
quando a tubulação não pode seguir na mesma direção por questões
arquitetônicas nos andares G2 e PUC,G1,Térreo.

Tabela 3.4 - Dimensionamento de Tubo de Queda.


Diâmetro nominal Nº máximo de unidades de contribuição
do tubo para prédios com mais de três pavimentos
(DN) em 1 pavimento em todo o tubo
40 2 8
50 6 24
75 16 70
100 90 500
150 350 1.900
200 600 3.600
250 1.000 5.600
300 1.500 8.400
Referência: Tab. 7 da ABNT 8160 (1999).

Como o ângulo do desvio foi superior a 45º com a vertical, dimensionou-


se a parte do tubo de queda acima do desvio, como um tubo de queda
independente, com base no número de unidades de Hunter de contribuição dos
aparelhos acima do desvio, de acordo com os valores da Tabela 3.4.
Será executado um tubo de queda para cada banheiro (TQ), tubo
secundário para a área de serviço (TS) e tubo de gordura para a cozinha (TG).
O número total de Hunter para cada compartimento pode ser visto a seguir:

Tubo de Queda 1:
Tipo I: duas bacias sanitárias, dois lavatórios e dois chuveiros = (6+1+2) * 2 =
18 UHC.
Tipo II: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.
Tipo III: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.

52
Tipo IV: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.
Total = 18 + 9 + 14 * (9) + 9 = 162 UHC.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 100 mm quando houver
bacia sanitária e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 100 mm em
todo o comprimento do Tubo de Queda 1.

Tubo de Queda 2:
Tipo I: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.
Tipo II: duas bacias sanitárias, dois lavatórios e dois chuveiros = (6+1+2) * 2 =
18 UHC.
Tipo III: duas bacias sanitárias, dois lavatórios e dois chuveiros = (6+1+2) * 2 =
18 UHC.
Tipo IV: duas bacias sanitárias, dois lavatórios e dois chuveiros = (6+1+2) * 2 =
18 UHC.
Total = 9 + 18 + 14 * (18) + 18 = 297 UHC.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 100 mm quando houver
bacia sanitária e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 100 mm em
todo o comprimento do Tubo de Queda 2.

Tubo de Gordura 3 e 12:


Tipo I: duas pias de residência = 2 * (3) = 6 UHC.
Tipo II: duas pias de residência = 2 * (3) = 6 UHC.
Tipo III: duas pias de residência = 2 * (3) = 6 UHC.
Tipo IV: duas pias de residência = 2 * (3) = 6 UHC.
Total = 6 + 6 + 14 * (6) + 6 = 102 UHC.
O tubo de Queda alcança o UHC acumulado maior que 24 no 13º andar (atinge
30 UHC), necessitando assim a troca de diâmetro de 50 mm para 75 mm. O
tubo de Queda alcança o UHC acumulado no tubo maior que 70 no 6º andar
(atinge 72 UHC), necessitando assim a troca de diâmetro de 75 mm para 100
mm.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 50 mm quando houver
máquina de lavar roupas e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 50
mm do topo ao 13º andar, 75 mm do 13º ao 6º andar e 100 mm em todo o resto
dos Tubos de Gordura 3 e 12.

53
Tubo Secundário 4 e 9:
Tipo I: um tanque de lavar roupas e uma máquina de lavar roupas = 3 + 3 = 6
UHC.
Tipo II: um tanque de lavar roupas e uma máquina de lavar roupas = 3 + 3 = 6
UHC.
Tipo III: um tanque de lavar roupas e uma máquina de lavar roupas = 3 + 3 = 6
UHC.
Tipo IV: um tanque de lavar roupas e uma máquina de lavar roupas = 3 + 3 = 6
UHC.
Total = 6 + 6 + 14 * (6) + 6 = 102 UHC.
O tubo de Queda alcança o UHC acumulado maior que 24 no 13º andar (atinge
30 UHC), necessitando assim a troca de diâmetro de 50 mm para 75 mm. O
tubo de Queda alcança o UHC acumulado no tubo maior que 70 no 6º andar
(atinge 72 UHC), necessitando assim a troca de diâmetro de 75 mm para 100
mm.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 50 mm quando houver
máquina de lavar roupas e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 50
mm do topo ao 13º andar, 75 mm do 13º ao 6º andar e 100 mm em todo o resto
dos Tubos Secundário 4 e 9.

Tubo de Queda 5 e 8:
Tipo I: uma bacia sanitária, um lavatório = (6+1) = 7 UHC.
Tipo II: uma bacia sanitária, um lavatório = (6+1) = 7 UHC.
Tipo III: uma bacia sanitária, um lavatório = (6+1) = 7 UHC.
Tipo IV: uma bacia sanitária, um lavatório = (6+1) = 7 UHC.
Total = 7 + 7 + 14 * (7) + 7 = 119 UHC.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 100 mm quando houver
bacia sanitária e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 100 mm em
todo o comprimento dos Tubos de Queda 5 e 8.

Tubo de Gordura 6 e 7:
Tipo I: uma pia de residência, uma torneira de residência = (3+2) = 5 UHC.
Tipo II: uma pia de residência, uma torneira de residência = (3+2) = 5 UHC.

54
Tipo III: uma pia de residência, uma torneira de residência = (3+2) = 5 UHC.
Tipo IV: uma pia de residência, uma torneira de residência = (3+2) = 5 UHC.
Total = 5 + 5 + 14 * (5) + 5 = 85 UHC.
O tubo de Queda alcança o UHC acumulado no tubo maior que 24 no 13º
andar (atinge 25 UHC), necessitando assim a troca de diâmetro de 50 mm para
75 mm. O tubo de Queda alcança o UHC acumulado no tubo maior que 70 no
3º andar (atinge 75 UHC), necessitando assim a troca de diâmetro de 75 mm
para 100 mm.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 50 mm quando houver
pia de residência e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 50 mm do
topo ao 13º andar, 75 mm do 13º andar ao 3º andar e 100 mm em todo o resto
dos Tubos de Gordura 6 e 7.

Tubo de Queda 10:


Tipo I: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.
Tipo II: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.
Tipo III: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.
Tipo IV: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.
Total = 9 + 9 + 14 * (9) + 9 = 153 UHC.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 100 mm quando houver
bacia sanitária e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 100 mm em
todo o comprimento do Tubo de Queda 10.

Tubo de Queda 11:


Tipo I: duas bacias sanitárias, dois lavatórios e dois chuveiros = (6+1+2) * 2 =
18 UHC.
Tipo II: duas bacias sanitárias, dois lavatórios e dois chuveiros = (6+1+2) * 2 =
18 UHC.
Tipo III: duas bacias sanitárias, dois lavatórios e dois chuveiros = (6+1+2) * 2 =
18 UHC.
Tipo IV: duas bacias sanitárias, dois lavatórios e dois chuveiros = (6+1+2) * 2 =
18 UHC.
Total = 18 + 18 + 14 * (18) + 18 = 306 UHC.

55
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 100 mm quando houver
bacia sanitária e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 100 mm em
todo o comprimento do Tubo de Queda 11.

Tubo de Queda 13,16 e 19:


Tipo I: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.
Tipo II: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.
Tipo III: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.
Total = 9 + 9 + 14 * (9) = 144 UHC.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 100 mm quando houver
bacia sanitária e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 100 mm em
todo o comprimento dos Tubos de Queda 13, 16 e 19.

Tubo de Gordura 14
Tipo I: uma pia de residência = 3 UHC.
Tipo II: uma pia de residência = 3 UHC.
Tipo III: uma pia de residência = 3 UHC.
PUC: uma pia de residência = 3 UHC.
Total = 3 + 3 + 14 * (3) + 3 = 51 UHC.
O tubo de Queda alcança o UHC acumulado no tubo maior que 24 no 8º andar
(atinge 27 UHC), necessitando assim a troca de diâmetro de 50 mm para 75
mm.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 50 mm quando houver
pia de residência e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 50 mm do
topo ao 9º andar e 75 mm em todo o resto do Tubo de Gordura 14.

Tubo Secundário 15:


Tipo I: um tanque de lavar roupas e uma máquina de lavar roupas = 3 + 3 = 6
UHC.
Tipo II: um tanque de lavar roupas e uma máquina de lavar roupas = 3 + 3 = 6
UHC.
Tipo III: um tanque de lavar roupas e uma máquina de lavar roupas = 3 + 3 = 6
UHC.
PUC: uma pia de residência = 3 UHC.

56
Total = 6 + 6 + 14 * (6) + 3 = 99 UHC.
O tubo de Queda alcança o UHC acumulado no tubo maior que 24 no 12º
andar (atinge 30 UHC), necessitando assim a troca de diâmetro de 50 mm para
75 mm. O tubo de Queda alcança o UHC acumulado no tubo maior que 70 no
5º andar (atinge 72 UHC), necessitando assim a troca de diâmetro de 75 mm
para 100 mm.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 50 mm quando houver
máquina de lavar roupas e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 50
mm do topo ao 12º andar e 75 mm do 12º ao 5º andar e 100 mm em todo o
resto do Tubo Secundário 15.

Tubo de Queda 17:


Tipo I: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.
Tipo II: uma bacia sanitária, um lavatório, um chuveiro e uma torneira de
residência = (6+1+2+2) = 11 UHC.
Tipo III: uma bacia sanitária, um lavatório, um chuveiro e uma torneira de
residência = (6+1+2+2) = 11 UHC.
Total = 9 + 11 + 14 * (11) = 174 UHC.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 100 mm quando houver
bacia sanitária e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 100 mm em
todo o comprimento do Tubo de Queda 17.

Tubo de Queda 18:


Tipo I: duas bacias sanitárias, dois lavatórios, um chuveiro e uma torneira de
residência = 2* (6+1) +2+2 = 18 UHC.
Tipo II: duas bacias sanitárias, dois lavatórios, um chuveiro e uma torneira de
residência = 2* (6+1) +2+2 = 18 UHC.
Tipo III: duas bacias sanitárias, dois lavatórios, um chuveiro e uma torneira de
residência = 2* (6+1) +2+2 = 18 UHC.
Total = 18 + 18 + 14 * (18) = 288 UHC.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 100 mm quando houver
bacia sanitária e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 100 mm em
todo o comprimento do Tubo de Queda 18.

57
Tubo de Queda 20:
Tipo I: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.
Tipo II: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.
Tipo III: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.
PUC: duas bacias sanitárias, um lavatório = 2 * (6) + 1 = 13 UHC
Total = 9 + 9 + 14 * (9) + 13 = 157 UHC.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 100 mm quando houver
bacia sanitária e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 100 mm em
todo o comprimento do Tubo de Queda 20.

Tubo de Gordura 21
Tipo I: uma pia de residência = 3 UHC.
Tipo II: uma pia de residência = 3 UHC.
Tipo III: uma pia de residência = 3 UHC.
Total = 3 + 3 + 14 * (3) = 48 UHC.
O tubo de Queda alcança o UHC acumulado no tubo maior que 24 no 8º andar
(atinge 27 UHC), necessitando assim a troca de diâmetro de 50 mm para 75
mm.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 50 mm quando houver
pia de residência e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 50 mm do
topo ao 9º andar e 75 mm em todo o resto do Tubo de Gordura 21.

Tubo Secundário 22:


Tipo I: um tanque de lavar roupas e uma máquina de lavar roupas = 3 + 3 = 6
UHC.
Tipo II: um tanque de lavar roupas e uma máquina de lavar roupas = 3 + 3 = 6
UHC.
Tipo III: um tanque de lavar roupas e uma máquina de lavar roupas = 3 + 3 = 6
UHC.
Total = 6 + 6 + 14 * (6) = 96 UHC.
O tubo de Queda alcança o UHC acumulado no tubo maior que 24 no 12º
andar (atinge 30 UHC), necessitando assim a troca de diâmetro de 50 mm para
75 mm. O tubo de Queda alcança o UHC acumulado no tubo maior que 70 no

58
5º andar (atinge 72 UHC), necessitando assim a troca de diâmetro de 75 mm
para 100 mm.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 50 mm quando houver
máquina de lavar roupas e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 50
mm do topo ao 12º andar e 75 mm do 12º ao 5º andar e 100 mm em todo o
resto do Tubo Secundário 22.

Tubo de Gordura 23 e 24:


Tipo I: uma pia de residência, uma torneira de residência = (3+2) = 5 UHC.
Total = 5 UHC
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 50 mm quando houver
pia de residência e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 50 mm em
todo o comprimento dos Tubos de Gordura 23 e 24.

Tubo de Queda 25:


PUC: duas bacias sanitárias, dois lavatórios = 2 * (6+1) = 14 UHC.
Total = 14 UHC.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 100 mm quando houver
bacia sanitária e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 100 mm em
todo o comprimento do Tubo de Queda 25.

Tubo de Queda 26:


PUC: um chuveiro coletivo = 4 UHC.
Total = 4 UHC.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 40 mm quando houver
chuveiro coletivo e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 40 mm em
todo o comprimento do Tubo de Queda 26.

Tubo de Gordura 27:


PUC: uma pia de residência = 3 UHC.
Total = 3 UHC.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 50 mm quando houver
pia de residência e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 50 mm em
todo o comprimento do Tubo de Gordura 27.

59
Tubo de Queda 28:
PUC: um chuveiro coletivo = 4 UHC.
Total = 4 UHC.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 40 mm quando houver
chuveiro coletivo e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 40 mm em
todo o comprimento do Tubo de Queda 28.

Tubo de Queda 29:


PUC: uma bacia sanitária, um lavatório e um chuveiro = (6+1+2) = 9 UHC.
Total = 9 UHC.
Como o diâmetro mínimo para a tubulação de esgoto é 100 mm quando houver
bacia sanitária e conforme a Tabela 3.4, foi usado o diâmetro de 100 mm em
todo o comprimento do Tubo de Queda 29.

As tubulações de gordura e secundaria devem ser prolongadas até a


cobertura do prédio, uma vez que, não apresentam tubos de ventilação.
A tubulação horizontal do desvio foi determinada de acordo com os
valores da Tabela 3.5.

Tabela 3.5 - Dimensionamento de Subcoletores e Coletor Predial.

Diâmetro Número máximo de unidades de Hunter de contribuição em função


nominal do das declividades mínimas (%)
tubo (DN) 0,5 1 2 4
100 - 180 216 250
150 - 700 840 1.000
200 1.400 1.600 1.920 2.300
250 2.500 2.900 3.500 4.200
300 3.900 4.600 5.600 6.700
400 7.000 8.300 10.000 12.000
Referência: Tab. 8 da ABNT 8160 (1999).

Os tubos de queda 1, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 19, 20,
21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28 e 29 apresentam UHC menor que 180, portanto o
diâmetro usado foi 100 mm e a declividade de 1%. Os tubos de queda 2,11 e
18 apresentam UHC maior que 250 e menor que 700, assim o diâmetro usado
foi de 150 mm e declividade de 1%.

60
A parte do tubo de queda abaixo do desvio, com base no número de
unidades de Hunter de contribuição de todos os aparelhos que descarregam
neste tubo de queda, de acordo com os valores da Tabela 3.4, não podendo o
diâmetro nominal adotado, neste caso, ser menor do que o da parte horizontal.

3.2.5 Coletor Predial e Subcoletores

Para encontrar o diâmetro do coletor predial e dos subcoletores deve-se


somar o número de Hunter da Tabela 3.5 dos aparelhos sanitários de maior
descarga do banheiro, para os demais casos deve-se considerar a contribuição
de todos os aparelhos. Ambos devem ter DN mínimo de 100 mm e
comprimento máximo entre as peças de inspeção de 15 m.
Os efluentes dos tubos de quedas serão direcionados às caixas de
inspeção. Por fim, os efluentes são direcionados ao coletor predial, que é o
responsável pela conexão do sistema de esgoto predial com o sistema de
esgoto público.

Cálculo dos subcoletores:

CI-A:
Tubo de queda 1: 6*(2+1+14+1)=108 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
Tubo de queda 2: 6*(1+2+28+2)=198 UHC. (DN 100 Declividade 2%).
Tubo de gordura 3: 102 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
Tubo secundário 4: 102 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
Tubo de queda 28: 4 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
CI-A = 108 + 198 + 4 + 102 + 102 = 514 UHC. (DN 150 Declividade 1%).

CI-E:
Tubo de queda 5: 6*(1+1+14+1)=102 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
Tubo de queda 26: 4 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
Tubo de gordura 27: 3 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
CI-E = 102 + 4 +3 = 109 UHC. (DN 100 Declividade 1%).

61
CGE-H:
Tubo de gordura 6: 85 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
Tubo de gordura 7: 85 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
CGE-H = 85 + 85 = 170 UHC. (DN 100 Declividade 1%).

CI-G:
Tubo de queda 8: 6*(1+1+14+1)=102 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
Tubo de queda 25: 6*(2): 12 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
CGE-H: 170 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
CI-G = 102 + 12 + 170 = 284 UHC. (DN 150 Declividade 1%).

CI-D:
CI-A = 514 UHC. (DN 150 Declividade 1%).
CI-E = 109 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
CI-G = 284 UHC. (DN 150 Declividade 1%).
CI-D = 514 + 109 + 284 = 907 UHC. (DN 150 Declividade 4%).

CI-I:
Tubo de queda 20: 6*(1+1+14+2)=108 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
Tubo de gordura 21: 48 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
Tubo secundário 22: 96 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
CI-D = 907 UHC. (DN 150 Declividade 4%).
CI-I = 108 + 48 + 96 + 907 = 1159 UHC. (DN 200 Declividade 0,5%).

CI-L:
Tubo de queda 19: 6*(1+1+14)=96 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
CI-I = 1159 UHC. (DN 200 Declividade 0,5%).
CI-L = 96 + 1159 = 1255 UHC. (DN 200 Declividade 0,5%).

CI-V:
Tubo secundário 9: 102 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
Tubo de queda 10: 6*(1+1+14+1)=102 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
Tubo de queda 11: 6*(2+2+28+2)=204 UHC. (DN 100 Declividade 2%).
CI-V = 102 + 102 + 204 = 408 UHC. (DN 150 Declividade 1%).

62
CI-U:
Tubo de gordura 12: 102 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
Tubo de queda 13: 6*(1+1+14)=96 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
CI-V = 408 UHC. (DN 150 Declividade 1%).
CI-U = 102 + 96 + 408 = 606 UHC. (DN 150 Declividade 1%).

CI-R:
Tubo de gordura 14: 51 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
Tubo secundário 15: 99 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
CI-U = 606 UHC. (DN 150 Declividade 1%).
CI-R = 51 + 99 + 606 = 756 UHC. (DN 150 Declividade 2%).

CI-Q:
Tubo de queda 16: 6*(1+1+14)=96 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
Tubo de queda 17: 6*(1+1+14)=96 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
CI-R = 756 UHC. (DN 150 Declividade 2%).
CI-Q = 96 + 96 + 756 = 948 UHC. (DN 150 Declividade 4%).

CGE-P:
Tubo de gordura 23: 5 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
Tubo de gordura 24: 5 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
CGE-P = 5 + 5 = 10 UHC. (DN 100 Declividade 1%).

CI-O:
CI-Q = 948 UHC. (DN 150 Declividade 4%).
CGE-P = 10 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
CI-O = 948 + 10 = 958 UHC. (DN 150 Declividade 4%).

CI-M:
Tubo de queda 18: 6*(2+2+28)=192 UHC. (DN 100 Declividade 2%).
Tubo de queda 29: 6 UHC. (DN 100 Declividade 1%).
CI-O = 958 UHC. (DN 150 Declividade 4%).
CI-L = 1255 UHC. (DN 200 Declividade 0,5%).

63
CI-M = 192 + 6 + 958 + 1255 = 2411 UHC. (DN 250 Declividade 0,5%).

CI-N:
CI-M = 2411 UHC. (DN 250 Declividade 0,5%).
CI-N = 2411 UHC. (DN 250 Declividade 0,5%).

Coletor predial final (que segue para o coletor público)

Total = 2411 UHC.


DN = 250 mm. Declividade = 0,5% (Tabela 3.5).

3.3. DISPOSITIVOS COMPLEMENTARES

Para garantir o bom funcionamento das peças de inspeção foram


respeitadas as seguintes condições mínimas:

a) A distância mínima entre duas peças de inspeção não deve ser superior
a 25 m.

b) A distância entre a ligação do coletor público e o dispositivo de inspeção


não deve ser superior a 15 m.

c) Os comprimentos dos trechos dos ramais de descarga e de esgoto de


bacias sanitárias, caixas de gordura e caixas sifonadas, medidos entre
os mesmos e os dispositivos de inspeção, não devem ser superiores a
10 m.

3.3.1. Caixas de Gordura

Os despejos gordurosos, provenientes das pias de cozinhas, serão


encaminhados para caixas de gordura de diferentes tipos. As escolhas foram
em função da quantidade de cozinhas que a caixa de gordura receberá os
despejos.

64
Dimensionamento
CGE-B:
Como a caixa de gordura receberá o despejo de mais de 12 cozinhas
utiliza-se a Caixa de Gordura Especial (CGE), que é uma caixa prismática, de
base retangular com as seguintes dimensões:
1) distância mínima entre o septo e a saída de 20 cm;
2) volume da câmara de retenção de gordura obtido pela fórmula:

(3.1)

Sendo:
= Volume em litros
= Número de pessoas pela cozinha que despeja na CGE.
3) Altura molhada: 60 cm;
4) Parte submersa do septo: 40 cm;
5) diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 100;
Para o tubo de gordura 3: N = 17(apartamentos) * 9 (pessoas) = 153
pessoas.

Fixando uma altura de 0,60 m:


X2 x 0,60 = 0,326 m3
X =0,737 m
Portanto foi adotada a caixa de gordura com as seguintes características:
1) Base: 0,75 m x 0,75 m;
2) Altura: 0,60 m
3) Capacidade de retenção: 337,5 litros;
4) Diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 100;

CGE-F:
Esta caixa de gordura só recebe o despejo de 1 pia de cozinha, assim usa-
se a Caixa de Gordura Pequena (CGP), cilíndrica, com as seguintes
dimensões:
1) Diâmetro interno – 30 cm.
2) Parte submersa do septo – 20 cm.

65
3) Capacidade de retenção – 18 litros.
4) Diâmetro nominal da tubulação de saída – DN 75.

CGE-H:
Apesar de receber o despejo de mais de 12 pias, as pias na área de
churrasco não têm uso tão constante quanto ao da cozinha. Assim foi utilizada
a Caixa de Gordura Dupla, cilíndrica com as seguintes dimensões:
1) Diãmetro interno – 60 cm.
2) Parte submersa do septo – 35 cm.
3) Capacidade de retenção – 120 litros.
4) Diâmetro nominal da tubulação de saída – DN 100.

CGE-Z:
Como os tubos de gordura 3 e 12 são idênticos, serão adotadas as
dimensões da CGE-B.
1) Base: 0,75 m x 0,75 m;
2) Altura: 0,60 m
3) Capacidade de retenção: 337,5 litros;
4) Diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 100;

CGE-T:
Como recebe o despejo de mais de 12 cozinhas, será utilizado a CGE
com as especificações mínimas citadas na CGE-B.
Para o tubo de gordura 14: N = 16(apartamentos) * 7 (pessoas) = 113
pessoas.

Fixando uma altura de 0,60 m:


X2 x 0,60 = 0,244 m3
X =0,638 m
Portanto foi adotada a caixa de gordura com as seguintes características:
1) Base: 0,65 m x 0,65 m;
2) Altura: 0,60 m;
3) Capacidade de retenção: 253,5,5 litros;
4) Diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 100;

66
CGE-P:
Apesar de receber o despejo de mais de 12 pias, as pias na área de
churrasco não têm uso tão constante quanto ao da cozinha. Assim foi utilizada
a Caixa de Gordura Dupla, cilíndrica com as seguintes dimensões:
1) Diãmetro interno – 60 cm.
2) Parte submersa do septo – 35 cm.
3) Capacidade de retenção – 120 litros.
4) Diâmetro nominal da tubulação de saída – DN 100.

CGE-J:
Como recebe o despejo de mais de 12 cozinhas, será utilizado a CGE
com as especificações mínimas citadas na CGE-B.
Para o tubo de gordura 14: N = 16(apartamentos) * 7 (pessoas) = 113
pessoas.

Fixando uma altura de 0,60 m:


X2 x 0,60 = 0,244 m3
X =0,638 m
Portanto foi adotada a caixa de gordura com as seguintes características:
1) Base: 0,65 m x 0,65 m;
2) Altura: 0,60 m;
3) Capacidade de retenção: 253,5,5 litros;
4) Diâmetro nominal da tubulação de saída: DN 100;

3.3.2. Caixas de Inspeção

As caixas de inspeção são destinadas a permitir a inspeção, limpeza e


desobstruções das tubulações e possuem as seguintes características:

Caixa tipo 1 (recebe despejos de até dois tubos)


- Forma prismática, de base quadrada 0,60 m x 0,60 m;
- Altura de 0,60 m;

67
Caixa tipo 2 (recebe despejos de três ou mais tubos)
- Forma prismática, de base quadrada 0,70 m x 0,70 m;
- Altura de 0,60 m;
Ambas possuem:
- Tampa facilmente removível, permitindo perfeita vedação;
- Fundo construído de modo a assegurar rápido escoamento e evitar
formação de depósitos.

3.3.3. Sistema de Ventilação

Os tubos de queda serão prolongados até acima da cobertura, sendo


todos os desconectores providos de ventiladores individuais ligados à coluna
de ventilação.
Os tubos de ventilação serão instalados a fim de que qualquer líquido que
porventura entre dentro dele, possa ser escoado totalmente, por gravidade,
para dentro de um tubo de queda, ramal de descarga ou desconector em que o
ventilador tem origem.
As colunas de ventilação possuirão diâmetro uniforme com a extremidade
inferior ligada a um subcoletor ou a um tubo de queda. A extremidade superior
será situada acima da cobertura do edifício.
Todo desconector apresenta ventilação, onde a distância do desconector
à ligação do tubo ventilador que o serve não ultrapassa os limites da Tabela
3.6.

3.3.3.1. Critérios para o Dimensionamento dos Tubos de Ventilação

 Ramal de ventilação
É o responsável pela ligação do ramal de descarga ou do ramal de
esgoto ao tubo de ventilação e foi determinado de acordo com a tabela 3.7.
Devem ser ligados ao tubo de queda primário através de junção de 45º, na
extremidade inferior.

 Tubo ventilador de circuito

68
É um tubo ventilador secundário no qual é ligado a um ramal de esgoto
que serve a um grupo de aparelhos sem ventilação individual. Foi
dimensionado em função da Tabela 3.8.

 Coluna de ventilação
É o tubo ventilador vertical que se prolongará até extremidade superior do
prédio, aberto à atmosfera, no qual foi calculado de acordo com a Tabela 3.9.

 Tubo ventilador de alívio


O Tubo ventilador liga o tubo de queda ou ramal de esgoto ou de
descarga à coluna de ventilação, seu diâmetro nominal deverá ser igual ao
diâmetro nominal da coluna de ventilação a ele ligado.
Por se tratar de um prédio com muitos andares, os tubos de queda que
receberem mais de dez descargas deverão ser ligados à coluna de ventilação
através do tubo ventilador de alívio. O mesmo será necessário somente para
ou tubos de queda que receberão, além dos apartamentos, as descargas do
PUC e do térreo.

Tabela 3.6 - Distancia Máxima de um Desconector ao Tubo Ventilador.


Diâmetro nominal do ramal de Distância Máxima
descarga (DN) (m)
30 0,70
40 1,00
50 1,20
75 1,80
100 2,40
Referência: Tab. 1 da ABNT 8160 (1999).

Tabela 3.7 - Dimensionamento de Ramais de Ventilação.


Grupos de aparelhos sem vasos sanitários Grupo de aparelhos com vaso sanitário
Número de UHC DN do ramal de Número de UHC DN do ramal de
ventilação ventilação
até 2 30 Até 17 50
3 a 12 40 18 a 60 75
13 a 18 50 - -
19 a 36 75 - -
Referência: Tab. 8 da ABNT 8160 (1999).

69
Tabela 3.8 - Dimensionamento de Colunas de Ventilação.
Diâmetro nominal mínimo do tubo de ventilação
40 50 75 100 150 200 250 300

Diâmetro nominal
do tubo de queda ou Numero de
do ramal de esgoto unidades de Hunter
de contribuição Comprimento permitido (m)
DN

40 8 46 --- --- --- --- --- --- ---


40 10 30 --- --- --- --- --- --- ---
50 12 23 61 --- --- --- --- --- ---
50 20 15 46 --- --- --- --- --- ---
75 10 13 46 317 --- --- --- --- ---
75 21 10 33 247 --- --- --- --- ---
75 53 8 29 207 --- --- --- --- ---
75 102 8 26 289 --- --- --- --- ---
100 43 --- 11 76 299 --- --- --- ---
100 140 --- 8 61 229 --- --- --- ---
100 320 --- 7 52 195 --- --- --- ---
100 530 --- 6 46 177 --- --- --- ---
150 500 --- --- 10 40 305 --- --- ---
150 110 --- --- 8 31 238 --- --- ---
150 2000 --- --- 7 26 201 --- --- ---
150 2900 --- --- 6 23 183 --- --- ---
200 1800 --- --- --- 10 73 286 --- ---
200 3400 --- --- --- 7 57 219 --- ---
200 5600 --- --- --- 6 49 186 --- ---
200 7600 --- --- --- 5 43 171 --- ---
250 4000 --- --- --- --- 24 94 293 ---
250 7200 --- --- --- --- 18 73 225 ---
250 11000 --- --- --- --- 16 60 192 ---
250 15000 --- --- --- --- 14 55 174 ---
300 7300 --- --- --- --- 9 37 116 287
300 13000 --- --- --- --- 7 29 90 219
300 20000 --- --- --- --- 6 24 76 186
300 26000 --- --- --- --- 5 22 70 152

Referência: Tab. 2 da ABNT 8160 (1999).

70
3.3.3.2. Dimensionamento dos Tubos de ventilação

Com o auxílio das Tabelas 3.6, 3.7 e 3.8, encontrou-se o seguinte


dimensionamento para a tubulação de ventilação:

Coluna de ventilação:

O comprimento da tubulação será de aproximadamente 63 m. Assim o


comprimento permitido deve ser maior que 63 m.
A contribuição de banheiros com apenas 1 aparelho sanitário é de 6
UHC, onde considera-se somente o valor do aparelho de maior valor. Como o
método de cálculo é idêntico ao do cálculo dos subcoletores, os dados foram
usados.
O diâmetro nominal do tubo de queda é de 100 mm para qualquer
banheiro.
Entrando com esses valores na Tabela 3.8, encontra-se um diâmetro
para o tubo de ventilação de 100 mm para os tubos de queda com UHC maior
que 140. Para tubos de queda com UHC menor que 140 foi encontrado o
diâmetro de 75 mm. Para os tubos de ventilação na área de churrasco onde o
tubo de queda é de 75 mm foi encontrado o diâmetro de 75 mm.

Ramais de ventilação:

Para a ligação dos aparelhos sem considerar o vaso sanitário, tem-se um


UHC entre 3 e 12. Portanto, entrando na Tabela 3.7, encontra-se um diâmetro
de 40 mm.

Tubo ventilador de alívio:

O tubo de ventilação é de 75 mm ou 100 mm, sempre seguindo os valores


do tubo de ventilação. Seguem nos Anexos IV, V, VI e VII as plantas de
instalações sanitárias de todos os pavimentos.

71
CAPITULO IV – INSTALAÇÕES DE ÁGUAS PLUVIAIS

4.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS E FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

O estudo da precipitação pluvial tem como objetivo obter dados para o


projeto de condução de águas da chuva o mais rápido possível aos cursos de
água, como lagos e oceanos, objetivando evitar inundações em edificações,
logradouros públicos e outras áreas.
Dentro dos projetos de águas pluviais há dois tipos a serem elaborados,
um se refere a projetos de dimensionamento de sistemas de escoamento de
água de chuva de pequenas áreas e que se comportam como superfícies
isoladas e independentes, como por exemplo, telhados, terraços, pátios entre
outras, o outro se refere as dimensionamento desse sistema para grandes
regiões, relativo à drenagem superficial, como exemplo podemos citar áreas de
loteamento, conjuntos habitacionais entre outras. Neste projeto será
considerado o primeiro caso de calculo, pois serão calculadas as calhas, seus
condutos horizontais e verticais assim como a previsão para futuro reservatório.
A água da chuva e um elemento extremamente danoso a durabilidade e
boa aparência de construções, isto é um dos principais fatores de importância
desta área e que exigem do projetista atenção fazendo o trajeto da água o mais
curto e no menor tempo possível.
Como e de conhecimento, a maioria das cidades no Brasil não possuem
sistema separador absoluto de águas servidas e pluviais em sua rede publica e
consequentemente também no interior das edificações. Este sistema de
dimensionamento e o mais aconselhável a ser adotado, e obrigatório por
norma.
A separação das águas pluviais das provenientes do esgotamento
sanitário tem como vantagens: Evitar que, por ocasião de fortes chuvas, os
condutores, trabalhando em plena seção, determinem o sifonamento dos
desconectores e, como consequência, permitam o acesso dos gases do
sistema primário ao interior das habitações, Evitar a diminuição da seção de
vazão do coletor, com sua eventual obstrução pela formação de depósitos e
incrustações nas paredes do coletor, de fato, no sistema unitário, se os

72
coletores de esgotos sanitários tiverem que ser projetados e dimensionados,
prevendo o esgotamento de fortes chuvas, deverão ter a sua seção transversal
muito aumentada, assim em épocas secas, esta ampla seção servira apenas
para o escoamento de esgotos sanitários com baixa velocidade, permitindo a
decantação das matérias pesadas e a formação de depósitos aderentes nas
paredes dos coletores.
O esgotamento de águas pluviais em áreas de pequeno porte, são
regidas pela ABNT- 10844 (1989): Instalações Prediais de Águas Pluviais, na
qual fixa as exigências e critérios a serem adotados na elaboração de projetos,
para que ocorra economia, durabilidade e o correto funcionamento das
tubulações, zelando pelo conforto, higiene e segurança.
O projeto elaborado neste trabalho consta às colunas de águas pluviais
(AP), condutos horizontais, calhas, ralos na cobertura, alem da planta do
pavimento térreo demonstrando as caixas de área (CA), previsão de
reservatório inferior de águas pluviais e ligação do ramal predial a rede publica.
Todas as plantas necessárias ao dimensionamento estão incluídas nos
anexos 1 ao 7, no final deste projeto.

4.2. DIMENSIONAMENTO

4.2.1. Fatores Meteorológicos

Procura-se simplificar a questão do estabelecimento da intensidade da


chuva, que devera ser prevista para o correto dimensionamento das calhas e
condutores. Em grandes áreas, como loteamentos, por exemplo, outras
considerações devem ser feitas para este calculo para dar maior exatidão ao
projeto, o que neste caso não será necessário.
Estudos mostram que chuvas de curta duração tem grande intensidade
e ao contrario as de grande duração são de menor intensidade. Como os ralos,
calhas e condutores vão receber essa precipitação, estes devem ser
dimensionados para o período critico, ou seja, as chuvas intensas, assim em
um curto espaço de tempo as águas da chuva serão integralmente drenadas,
evitando alagamentos, formação de poças, transbordamentos ou ate mesmo
infiltrações.

73
Para fins de projeto, deve-se fixar a duração da precipitação das chuvas
e o período de retorno, a fim de se obter a intensidade pluviométrica i, com
base em dados pluviométricos locais.
O período de retorno (T) é obtido através das características da área a
ser drenada, como pode ser visto a seguir:

 T = 1 ano, para áreas pavimentadas, onde o empoçamento


possam ser tolerados;
 T = 5 anos, para coberturas e/ou terraços;
 T = 25 anos, para coberturas e áreas onde o empoçamento ou
extravasamento não possam ser tolerados.

Neste caso, por se tratar de coberturas onde o empoçamento não pode


ser tolerado será utilizado o período de retorno de T = 25 anos.
A duração de precipitação deve ser fixada em t = 5 minutos para chuvas
intensas, como é de nosso interesse. E a intensidade pluviométrica para a
cidade de Campos do Goytacazes - RJ pode ser encontrada na Tabela 4.1:

Tabela 4.1 - Chuvas Intensas com Duração de Cinco Minutos.


Local Intensidade pluviométrica (mm/h)
Período de retorno (anos)
1 5 25
Campos/RJ 132 206 240
Referência: Tab. 5 da ABNT 10844 (1989).

Com o período de retorno adotado e de 25 anos, encontra-se uma


intensidade para a região de 240 mm/h, segundo a tabela acima.

4.2.2. Vazão de Projeto

Para o calculo da vazão de projeto de forma mais simplificada, deve-se


utilizar a Equação 4.1 .
i A
Q (4.1)
60

74
Onde temos:
Q = vazão de projeto, em litros/min
i = intensidade pluviométrica, em mm/h (Retirada da tabela 4.1 acima)
A = área de contribuição, em m² (Calculada a seguir segundo plantas
em anexo)

4.2.2.1. Cálculo da Área de Contribuição

Para o dimensionamento de elementos como a calhas e os demais


condutos, é necessário saber a área de contribuição, que nada mais e que a
superfície por onde a água da chuva ira escoar para a calha. O cálculo leva
em conta a inclinação do telhado e as paredes que recebem a água das
chuvas. A Figura 4.1, mostra um modelo esquemático das duas situações, com
suas respectivas fórmulas de cálculo extraídas da norma.

Figura 4.1 - Cálculo de área de contribuição

Para o calculo da área de contribuição do prédio, este foi dividido em


seis partes, conforme a Figura 4.2, que mostra esta numeração, assim como a
disposição das calhas e ralos com grelha hemisférica (abacaxi).

75
As áreas de contribuição número cinco e seis correspondem a calha
quatro, enquanto as áreas três e quatro a calha três as áreas um e dois
correspondem as calhas um e dois respectivamente. No entanto no calculo da
área de contribuição relativas as calhas número três e quatro deve ser levado
em consideração a área projetada verticalmente, relacionada a caixa d`água.
Também serão considerados neste calculo as lajes impermeabilizadas, relativo
a parte superior da caixa de água e ao balanço das sacadas.
Foi considerada uma inclinação do telhado de 10°, para telhas de
fibrocimento.

Figura 4.2 - Projeção da área de contribuição da cobertura

ÁREA REFERENTE À CALHA NÚMERO 1:


Como a superfície que é composta a área 1 é totalmente irregular,
foi adotado o critério de aproximação de algumas áreas para figuras

76
conhecidas, pegando assim as dimensões criticas (dimensionando a favor da
segurança), esta área foi subdividida em quatro partes, conforme cálculos
abaixo:
Parte I
B = 6,25
A = 12,21
H = 0,17 x 12,21 = 2,15 m
AI = 83,03 m²

Parte II
B = 9,67 m
A = 10,34 m
H = 0,17 x 10,34 = 1,75 m
AII = 108,44 m²

Parte III
B = 14,27 m
A = 10,34 m
H = 0,17 x 10,34 = 1,75 m
AIII = 160,03 m²

Parte IV (Relativa à platibanda)


B = 30,26 m
A = 2,40 m
AIV = 36,31 m²

ATotal = 83,03 + 108,44 + 160,03 + 36,31 = 387,81 m²

ÁREA REFERENTE À CALHA NÚMERO 2:


Parte I
B = 4,04 m
A = 12,15 m
H = 0,17 X 12,15 = 2,06 m
AI = 53,24 m²

77
Parte II
B = 3,59 m
A = 11,32 m
H = 0,17 X 11,32 = 1,92 m
AII = 44,08 m²

Parte III (Relativa à platibanda)


B = 7,88 m
A = 2,40 m
AIII = 9,45 m²

ATotal = 53,24 + 44,08 + 9,45 = 106,77 m²

ÁREAS REFERENTES À CALHA NÚMERO 3:


Parte I
B = 10,33 m
A = 6,66 m
H = 0,17 X 6,66 = 1,13 m
AI = 74,63 m²

Parte II
B = 1,83 m
A = 5,31 m
H = 0,17 X 5,31 = 1,92 m
AII = 10,54 m²

Parte III
B = 8,50 m
A = 6,66 m
H = 0,17 X 6,66 = 1,13 m
AIII = 61,41 m²

Parte IV (Projeção Vertical da Casa de Máquinas)

78
B = 7,59 m
A = 5,40 m
AIV = 20,49 m²

Parte V (Projeção Vertical da Caixa d’água)


B = 3,15 m
A = 9,11 m
AV = 14,34 m²

Parte VI
B = 3,65 m
A = 0,90 m
H = 0,17 X 0,90 = 0,15 m
AVI = 3,55 m²

ATotal = 74,63 + 10,54 + 61,41 + 20,49 + 14,34 + 3,55 = 184,96 m²

ÁREAS REFERENTE À CALHA NÚMERO 4:


Parte I
B = 0,85 m
A = 8,37 m
H = 0,17 X 8,37 = 1,42 m
AI = 7,71 m² X 2 = 15,43 m²

Parte II
B = 6,70 m
A = 11,72 m
H = 0,17 X 11,72 = 1,99 m
AII = 85,19 m² X 2 = 170,38 m²

Parte III
B = 2,25 m
A = 6,45 m

79
H = 0,17 X 6,45 = 1,09 m
AIII = 15,73 m²

Parte IV
B = 2,25 m
A = 7,20 m
H = 0,17 X 7,20 = 1,22 m
AIV = 17,57 m²

Parte V (Projeção Vertical da Casa de Máquinas)


B = 12,13 m
A = 5,40 m
AV = 32,75 m²

ATotal = 15,43 + 170,38 + 15,73 + 17,57 + 32,75 = 251,86 m²

4.2.2.2. Cálculo da Vazão

Após o cálculo das áreas de contribuições, referentes a cada calha e


sabendo a intensidade da chuva da região do projeto, podemos calcular a
vazão para cada calha a ser calcula, o objetivo final é fazer uma comparação
entre a vazão real (calculada nesta etapa), com a vazão estipulada em projeto
(calculada posteriormente com base nos dados referente a arquitetura das
calhas pré-existentes), se a vazão de projeto for menor ou igual a real, as
dimensões adotadas na planta de arquitetura poderão ser utilizadas no projeto
de águas pluviais. Assim temos:

i) Vazão da calha número (1):


240  387,81
Q1 
60
Q1  1.551,24l / min

80
ii) Vazão da calha número (2):
240  106,77
Q2 
60
Q2  427,08l / min

iii) Vazão da calha número (3):


240  184,96
Q3 
60
Q3  739,84l / min

iv) Vazão da calha número (4):


240  251,86
Q4 
60
Q4  1.007,44l / min

Deve-se considerar também para cálculo das colunas de águas pluviais


a vazão oriunda das lajes impermeabilizadas, como a caixa d’água, casa de
máquinas e sacadas, estas em geral são compostas pela parte plana (cuja
área pode ser retirada diretamente do desenho) e de projeções verticais, como
platibandas. Segue abaixo o cálculo:

v) Vazão da laje impermeabilizada da sacada frontal:


240  20,88
Q5 
60
Q5  83,52l / min

vi) Vazão da laje impermeabilizada da sacada inferior:


240  28,60
Q6 
60
Q6  114,40l / min

vii) Vazão da laje impermeabilizada da caixa d´água:

81
240  23,56
Q7 
60
Q7  94,24l / min

viii) Vazão da laje impermeabilizada da casa de máquinas:


240  59,34
Q8 
60
Q8  237,38l / min

ix) Vazão da laje impermeabilizada da casa de máquinas:


240  14,97
Q9 
60
Q9  59,90l / min

Considerando que o escoamento da água oriunda da caixa d’água terá


como destinação a superfície da casa de máquinas a vazão destas duas
regiões devem ser somadas para o cálculo das dimensões da calha que será
instalada nessa superfície. No caso das vazões das lajes pertencentes as
sacadas, estas devem ser incorporadas no cálculo das colunas (AP 3 e AP4),
juntamente com as demais vazões de cada caso.

4.2.3. Cálculo da Calha

As calhas já foram fornecidas no projeto arquitetônico da estrutura,


assim o objetivo desta etapa é o cálculo das vazões de projeto para posterior
comparação com os valores reais achados anteriormente, somente o caso da
calha da laje impermeabilizada da casa de máquinas haverá o
dimensionamento baseado nos valores de vazões achados anteriormente.
As calhas foram fixadas de diferentes formas na cobertura, sua
inclinação é uniforme com valor de 0,5%, garantindo assim o escoamento da
água até os pontos de drenagem previstos.
Para o dimensionamento da vazão de projeto foi utilizada a Equação 4.2
de Manning Strickler.

82
S 2 / 3 1/ 2
Qp  K R d (4.2)
n

Onde:
Qp = vazão de projeto, em l/min
S = área da seção molhada, em m² (Equação 4.3)
n = coeficiente de rugosidade (Tabela 4.2)
R = Raio hidráulico, em m (Equação 4.3)
P = Perímetro molhado, em m (Equação 4.3)
d = declividade da calha, em m/m
K = 60.000

Todas as calhas terão seção retangular e serão confeccionadas de


concreto alisado, cujo valor de n é de 0,012, de acordo com a tabela 4.2
abaixo.

Tabela 4.2 - Coeficientes de Rugosidade


Material n
Plástico, fibrocimento, aço, metais não–ferrosos 0,011
Ferro fundido, concreto alisado, alvenaria revestida 0,012
Cerâmica, concreto não-alisado 0,013
Alvenaria de tijolos não-revestida 0,015
Referência: Tab. 2 da ABNT 10844 (1989).

De acordo com o projeto arquitetônico pode-se retirar algumas


informações, como a base da seção molhada (largura da calha), sendo que
esta irá trabalhar a ½ seção (Figura 4.3). Assim calcula-se cada caso:

83
Figura 4.3 – Modelo de dimensões para calhas retangulares.

a.b
S
2
Pba (4.3)
S
R 
P
Onde:
b = Altura total da calha
a = Base da seção molhada

i) Vazão de projeto da calha número (1)


A = 0,75 m
B = 0,40 m

S  0,75  0,20
S  0,14m 2

P  0,40  0,75
P  1,15m

0,14
R
1,15

R  0,1217 m
0,14
Qp1  60.000  0,1217 2 / 3  0,0051 / 2
0,012
Qp1  12.155,60l / min

ii) Vazão de projeto da calha número (2)

84
A = 0,45 m
B = 0,30 m

S  0,45  0,15
S  0,0675m 2

P  0,45  0,30
P  0,75m

0,0675
R
0,75

R  0,09m
0,0675
Qp2  60.000  0,09 2 / 3  0,0051 / 2
0,012
Qp2  4.792,78l / min

iii) Vazão de projeto da calha número (3)


A = 0,80 m
B = 0,40 m

S  0,80  0,20
S  0,16m 2

P  0,80  0,40
P  1,20m

0,16
R
1,20

R  0,133m
0,16
Qp3  60.000  0,133 2 / 3  0,0051 / 2
0,012
Qp3  14.739,30l / min

iv) Vazão de projeto da calha número (4)

85
A = 0,80 m
B = 0,40 m

S  0,80  0,20
S  0,16m 2

P  0,80  0,40
P  1,20m

0,16
R
1,20

R  0,133m
0,16
Qp4  60.000  0,133 2 / 3  0,0051 / 2
0,012
Qp4  14.739,30l / min

Agora devemos comparar os valores achados para cada calha, em


relação à vazão real e a de projeto, conforme a tabela abaixo:

Tabela 4.3 – Tabela com comparativo entre vazões reais e de projeto nas
calhas do projeto.
Vazão Real Vazão de Projeto
Calha Verificação
(l/min) (l/min)
(1) 1.551,24 12.155,60 Aprovado
(2) 427,08 4.792,78 Aprovado
(3) 739,84 14.739,80 Aprovado
(4) 1.007,44 14.739,80 Aprovado

Comparando a vazão calculada com a vazão suportada pela calha Qp ,


conclui-se que a calha foi dimensionada muito além do que precisaria e que
não haverá problemas de transbordamento. No entanto este
superdimensionamento ira incorrer em aumento de custo, por isso deve-se

86
fazer o projeto de instalações pluviais, assim como os demais, de forma
sincronizada com o de arquitetura, evitando assim superdimensionamentos.

4.2.4. Condutores Verticais

Os condutores verticais nada mais são que tubulações que irão


direcionar o fluxo de água proveniente da calha para a parte inferior da
edificação, sempre que possível devem ser projetados em uma só prumada,
casos onde não é possível essa concepção devem-se instalar peças de
inspeção (tubos operculados).
O diâmetro mínimo, segundo norma, para estes tubos deve ser de 70
mm, no entanto deve-se efetuar seu dimensionamento, para tal foi utilizado o
ábaco da Figura 4.4 (adotou-se calhas com saídas em aresta viva), levando em
conta algumas considerações que seguem abaixo para cada caso. Neste
projeto estão previstos cinco prumadas, denominadas (AP), para águas
pluviais, cada uma responsável por uma determinada calha ou região, logo
será calculado inicialmente a prumada mais critica, para ver se esta ultrapassa
o valor de 70 mm de diâmetro.

Figura 4.4 – Ábaco para a determinação de diâmetros de condutores verticais

87
i) Dimensionamento de AP-1
Q = Vazão de projeto calculada = 1.551,24 l/min
H = altura da lâmina de água na calha = 200 mm
L = comprimento do condutor vertical = 10,40 m

Portanto, encontra-se um diâmetro interno para os condutores verticais


de aproximadamente 83 mm (Figura 4.5). Para uma melhor distribuição da
água e maior facilidade na compra, serão utilizados tubos verticais de 100 mm
para esta prumada.

Figura 4.5 – Ábaco para a determinação de diâmetros de condutores verticais


– AP1

DAP1 = 100 mm

ii) Dimensionamento de AP-2


Q = Vazão de projeto calculada = 427,08 l/min
H = altura da lâmina de água na calha = 150 mm
L = comprimento do condutor vertical = 10,40 m

Portanto, encontra-se um diâmetro interno para os condutores verticais


de aproximadamente 52 mm (Figura 4.6). Para atender as especificações
miniminas prescritas na norma, serão utilizados tubos verticais de 70 mm para
esta prumada.

88
Figura 4.6 – Ábaco para a determinação de diâmetros de condutores
verticais – AP2
DAP2 = 70 mm (Utiliza-se 75 mm por ser o diâmetro comercial mais
próximo).

iii) Dimensionamento de AP-3


Deve-se considerar a vazão da laje impermeabilizada frontal.

Q = Vazão de projeto calculada = 823,36 l/min


H = altura da lâmina de água na calha = 200 mm
L = comprimento do condutor vertical = 63,65 m

Portanto, encontra-se um diâmetro interno para os condutores verticais


de aproximadamente 59 mm (Figura 4.7). Para atender as especificações
miniminas prescritas na norma, serão utilizados tubos verticais de 70 mm para
esta prumada.

89
Figura 4.7 – Ábaco para a determinação de diâmetros de condutores
verticais – AP3
DAP3 = 70 mm (Utiliza-se 75 mm por ser o diâmetro comercial mais
próximo).

iv) Dimensionamento de AP-4


Deve-se considerar a vazão da laje impermeabilizada inferior
.
Q = Vazão de projeto calculada = 1.121,84 l/min
H = altura da lâmina de água na calha = 200 mm
L = comprimento do condutor vertical = 63,65 m

Portanto, encontra-se um diâmetro interno para os condutores verticais


de aproximadamente 68 mm (Figura 4.8). Para atender as especificações
miniminas prescritas na norma, serão utilizados tubos verticais de 70 mm para
esta prumada.

90
Figura 4.8 – Ábaco para a determinação de diâmetros de condutores
verticais – AP4
DAP4 = 70 mm (Utiliza-se 75 mm por ser o diâmetro comercial mais
próximo).

v) Dimensionamento de AP-5
Deve-se considerar a vazão da laje impermeabilizada, projeção da caixa
d água e sua respectiva laje.

Q = Vazão de projeto calculada = 391,52 l/min


H = altura da lâmina de água na calha = 100 mm
L = comprimento do condutor vertical = 69,05 m

Como a vazão responsável por essa coluna e muito baixa, adota-se o


diâmetro mínimo de 70 mm.

DAP5 = 70 mm (Utiliza-se 75 mm por ser o diâmetro comercial mais


próximo).

Deve-se considerar também a drenagem da água das áreas externas,


como o PUC e garagem. Para o cálculo dos condutores verticais dessas áreas,

91
será considerada a contribuição da parede de maior área do prédio e a área
livre projetada, conforme calculo abaixo;

Área de contribuição da parede:


Lateral = (altura do prédio x comprimento)/2
Lateral = (56,05 m x 31,49 m)/2 = 882,50 m2

240  882,50
Q
60

Q  3.530,09l / min

Área de contribuição livre (sem construção):


Al = 334,89 + 440,98
Al = 775,87 m2

Calculo da vazão:

240  775,87
Q
60
Q  3.103.48l / min

Vazão total = 6.633,50 l/min

Dividindo a vazão para três tubos verticais, tem-se:


6.633,50 /3 = 2.211,16 l/min
L = 6,80 m (distância do pavimento PUC até o térreo)

Encontra-se um diâmetro mínimo de 100 mm (AP-6, 7 e 8)

4.2.5. Condutores Horizontais

92
Os condutores horizontais adotados serão de seção circular. O
escoamento terá lâmina d’água igual a 2/3 do diâmetro interno do tubo, como
recomendado por norma.
A capacidade dos condutores, ou seja, a vazão de escoamento do tubo
é dada na Tabela 4.4, levando em consideração sua rugosidade e inclinação.
A ligação entre os condutores verticais e horizontais será feita por curva
de raio longo, com tubo de inspeção, ou caixa de areia de 0,70 x 0,70 x 0,60 m.
Quando houver conexões com outra tubulação e mudança de declividade ou
direção deve ser previstas caixas de areia, assim como em trechos retilíneos a
cada 20 m, no máximo.

Tabela 4.4 - Capacidade dos Condutores Horizontais de Seção Circular

Referência: Tab. 4 da ABNT 10844 (1989).

A tubulação horizontal adotada será de PVC cuja rugosidade vale 0,011,


com declividade de 4%.
Todas as vazões de projeto Q são fornecidas na Tabela 4.5 abaixo:

93
Tabela 4.5 – Vazão de projeto de cada condutor vertical.
Coluna de Águas Pluviais (AP) Vazão de Projeto (l/min)
AP1 1.551,24
AP2 427,08
AP3 823,36
AP4 1.121,84
AP5 391,52
AP6 2.211,16
AP7 2.211,16
AP8 2.211,16

Para uma melhor compreensão e visualização dos trechos foi elaborado


um fluxograma para dimensionamento dos condutores horizontais, que segue
abaixo, nele cada caixa de areia foi nomeada com uma letra e posteriormente
com base nas informações das vazões dos trechos foi calculado o diâmetro
dos condutos consultando a Tabela 4.4.

Figura 4.9 – Fluxograma dos condutos horizontais.

94
i) Trecho AP7 – J
Q = 2.211,16 l/min
D = 200 mm

ii) Trecho J – I
Q = 2.211,16 l/min
D = 200 mm

iii) Trecho AP8 – K


Q = 2.211,16 l/min
D = 200 mm

iv) Trecho K – I
Q = 2.211,16 l/min
D = 200 mm

v) Trecho AP4 - I
Q = 1.121,84 l/min
D = 150 mm

vi) Trecho I - H
Q = 5.544,16 l/min (Somatório das vazões de AP4, AP8 e AP7)
D = 250 mm

vii) Trecho H - G
Q = 5.544,16 l/min
D = 250 mm

viii) Trecho AP5 – G


Q = 391,52 l/min
D = 100 mm

95
ix) Trecho G – E
Q = (5.544,16 + 391,52) = 5.935,68 l/min
D = 250 mm

x) Trecho AP2 – F
Q = 427,08 l/min
D = 100 mm

xi) Trecho AP6 – F


Q = 2.211,16 l/min
D = 200 mm

xii) Trecho F – E
Q = 2.638,24 l/min (Somatório das vazões de AP6 e AP2)
D = 200 mm

xiii) Trecho E – D
Q = 8.573,92 l/min (Somatório das vazões do trecho EF com EG)
D = 300 mm

xiv) Trecho D – C
Q = 8.573,92 l/min
D = 300 mm

xv) Trecho AP3 – C


Q = 823,36 l/min
D = 125 mm

xvi) Trecho C – B
Q = 9.397,28 l/min
D = 300 mm

96
xvii) Trecho B – RESERVATORIO
Q = 9.397,28 l/min
D = 300 mm

xviii) Trecho AP1 – A


Q = 1.551,24 l/min
D = 200 mm

xix) Trecho A – RESERVATORIO


Q = 1.551,24 l/min
D = 150 mm

xx) RESERVATORIO – REDE


Q = 10.948,52 l/min
D = 300 mm (Apesar de ultrapassar o valor máximo adota-se este
diâmetro pela pequena quantidade a mais)

4.2.6 Reservatório de águas pluviais

As águas pluviais descarregadas nas caixas de areia são previamente


filtradas pelas próprias partículas da areia localizada no fundo da caixa.
Após os descartes dos sólidos indesejáveis e desvio da água das
primeiras chuvas, com presença de impurezas provenientes da lavagem da
atmosfera e das áreas de capitação, a água coletada nos telhados e nas áreas
externas é armazenada em um reservatório de águas pluviais.
Esta água armazenada poderá ser utilizada posteriormente para pontos
de atividades não potáveis, tais como: descarga de vasos sanitários, tanque,
máquina de lavar roupa e torneira externa. A água não poderá ser usada para
atividades potáveis devido ao risco de contaminação da água coletada.
No projeto real, é previsto a construção deste reservatório para uso na
lavagem das áreas comuns (garagem e PUC), no entanto para este projeto
final não será considerado este reservatório, sendo que neste caso a tubulação
sairá do reservatório e seguirá diretamente para o coletor público. (Na planta
em anexo há a previsão do reservatório para futuras implantações).

97
CAPÍTULO V - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

5.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Para o bom funcionamento da rede elétrica é necessário um projeto


elétrico bem elaborado e otimizado, feito em sincronia com os demais projetos
de instalações. Estimativas orçamentárias mostram que as instalações elétricas
consomem entre 12 a 17% do custo total da construção, sendo assim de
primeira importância a otimização destas instalações.
O objetivo deste capítulo é a definição dos pontos de iluminação, de
eletricidade de uma edificação, que leva em conta as necessidades de cada
ambiente e das pessoas que irão ali habitar com seus respectivos aparelhos,
definição das bitolas dos fios utilizados, assim como seus circuitos e seus
respectivos disjuntores.
Dentro de uma instalação elétrica, tem-se como principais elementos
utilizados os abaixo listados:

 poste de recepção;
 caixa de medição;
 quadro geral;
 fusíveis e disjuntores;
 diferencial residual;
 eletrodutos;
 fios e cabos;
 conectores;
 tomadas, interruptores e outros pontos;
 transformadores e reatores;
 lâmpadas.

Todo o dimensionamento realizado foi norteado pela norma ABNT 5410


(2004) que estabelece condições para satisfazer as instalações elétricas de
baixa tensão. A norma aplica-se aos circuitos elétricos alimentados sob tensão

98
nominal igual ou inferior a 1000 volts em corrente alternada ou a 1500 volts em
corrente contínua. A freqüência máxima permitida é de 400 Hz.
Toda a energia gerada para atender o sistema elétrico é sob forma
trifásica, alternada, com uma freqüência de 60 ciclos/segundos. A escolha
desse sistema foi devido a sua praticidade, economia de material e qualidade
da energia.
O sistema responsável pelo transporte de energia elétrica nas unidades
geradoras para o prédio é composto basicamente por três subsistemas (Figura
5.1):

Figura 5.1 - Representação esquemática do sistema elétrico brasileiro.

 Sistema de geração de energia: A geração industrial de energia


elétrica pode ser feita por meio da utilização da energia potencial
da água (geração hidrelétrica) ou utilizando energia potencial dos
combustíveis (geração termoelétrica). No Brasil, a principal fonte de

99
geração de energia elétrica é a oriunda da hidroelétrica, graças ao
grande potencial hídrico do país. ,
 Sistema de transmissão: é feita por meio de um sistema de
transformadores e condutores elétricos também chamados de
linhas de transmissão os quais transmitem a energia elétrica
gerada nas unidades geradoras para unidades consumidoras;
 Sistemas de distribuição: A distribuição e a parte do sistema
elétrico já dentro dos centros de utilização (cidades, bairros e
indústrias), começam da subestação abaixadora, onde a tensão da
linha de transmissão e abaixada para valores padronizados nas
redes de distribuição primaria.

No dimensionamento deste projeto, em virtude do enorme número de


tipos de unidades habitacionais existentes e o tempo corrido decorrente de
atrasos na entrega do projeto pela construtora, será dimensionado somente
apartamento mais critico, ou seja o apartamento 104, que possui quatro
quartos sendo um suíte. Serão desprezados os dimensionamentos das áreas
comuns do edifício.

5.2. PREVISÃO DE CARGA DE ILUMINAÇÃO E PONTOS DE


TOMADAS

5.2.1. Pontos de Utilização Especial

É de grande importância conhecer a carga específica, em watts ou VA,


que cada aparelho de utilização consome. A Tabela 5.1 fornece como
referência às potências médias dos aparelhos eletrodomésticos.

100
Tabela 5.1 - Potências Médias de Referência dos Aparelhos Elétricos
Aparelho Potência(W) Aparelho Potência (W)
Ar condicionado 1.400 Forno de microondas 1.300
Aquecedor tipo Boiler 1500 Freezer 400
Aparelho de som 300 Geladeira 400
Aspirador de pó 200 Grill 1.000
Barbeador 50 Liquidificador 200
Batedeira 100 Máquina de costura 100
Chuveiro 4.400* Máquina de lavar 800
roupa
Circulador de ar 150 Projetor de slides 100
Computador 200 Rádio 50
Enceradeira 300 Relógio 5
Esterilizador 200 Secador de cabelos 1.200
Exaustor 1.400 Televisor 200
Esteira ergonométrica 400 Torradeira 1000
Ferro de engomar 800 Ventilador 150
Referência: Concessionária Light
* Há chuveiros de maior potência

Os pontos de tomada de uso especifico devem ser instalados no máximo


a 1,5 m do local previsto para o equipamento a ser alimentado.
Para as tomadas de uso específico de instalação fixa e principalmente
aqueles de consumo acima de 600 VA (chuveiro, ar condicionado, forno e
fogão elétrico, entre outros) devem ter uma tomada específica que suporte a
corrente do equipamento. A potência considerada para essa tomada é a
potência real do equipamento.

5.2.2. Pontos de Tomadas de Uso Geral

A carga a considerar para um equipamento de utilização é a sua potência


nominal, dada pelo fabricante ou calculada a partir da tensão nominal, da
corrente nominal e do fator de potencia.
Nos casos em que for dado a potência nominal fornecida pelo
equipamento (potência de saída), e não a absorvida, devem-se considerar o
rendimento e o fator potencia.
As potências das tomadas de uso geral seguem os critérios abaixo,
definidos pela norma:
 Em banheiros, cozinhas e áreas de serviço no mínimo 600 VA por ponto
de tomada, até três pontos de tomadas, e 100 VA por ponto de tomada

101
para os excedentes, considerando cada um desses ambientes
separadamente;
 Demais cômodos no mínimo 100 VA por ponto de tomada.

Após definida as cargas de tomadas por cômodo, deve-se atentar na sua


quantidade e correta disposição, logo o número de tomadas de uso geral foi
distribuído da seguinte forma:

 em banheiros, pelo menos um ponto de tomada junto ao lavatório;


 em cozinhas, pelo menos uma tomada a cada 3,5 m ou fração de
perímetro, sendo que acima de cada bancada foram utilizadas de
uma a duas tomadas;
 para área de serviço, duas tomadas;
 para garagens e varandas foi utilizado pelo menos um ponto de
tomada;
 nas demais dependências, um ponto de tomada para áreas inferiores
a 6 m², e para as áreas superiores pelo menos um ponto de tomada
para cada 5 m, ou fração de perímetro.

Na sua localização em relação à altura, foram adotadas três tipos de


tomadas, seguindo os critérios abaixo:

 Tomada baixa – 0,30 m do piso acabado;


 Tomada média – 1,10 m do piso acabado;
 Tomada alta – 2,10 m do piso acabado.

5.2.3. Cargas de Iluminação

Para a determinação das cargas de iluminação foram adotados os


seguintes critérios:

 Em ambientes com área igual ou inferior a 6 m 2 foram previstas uma


carga mínima de 100 VA;

102
 Em ambientes com área superior a 6 m² foram previstas uma carga
mínima de 100 VA para os primeiros 6 m², e acrescida de 60 VA para
cada aumento de 4 m² inteiros.

A Tabela 5.2 descreve as potências instaladas em cada cômodo


(iluminação e tomadas), para o apartamento 104.

103
Tabela 5.2 - Potência Instalada no Apartamento 104.
Pontos de tomadas
Pontos de tomadas gerais
Potência específicas
Área Perímetro
Dependências de luz
(m²) (m) Potência Potência
(VA) Quantidade Discriminação
(VA) (W)

Sala estar/
26,09 400 25,80 5 500 N/A N/A
Jantar

Suíte/ Closet 20,67 340 30,37 6 600 1400 Ar-condicionado

Quarto 1 12,07 220 14,89 3 300 1400 Ar-condicionado

Quarto 2 11,07 220 14,50 3 300 1400 Ar-condicionado

Quarto 3 12,15 220 13,99 3 300 1400 Ar-condicionado

Escritório/
9,91 160 17,55 4 400 N/A N/A
Circulação

Lavabo 2,94 100 7,30 N/A N/A 1200 Secador

4400 Chuveiro
Banheiro Social 3,90 100 7,89 N/A N/A
1200 Secador

4400 Chuveiro
Banheiro Suíte 6,12 160 9,98 N/A N/A
1200 Secador

Banheiro Serviço 1,94 100 6,10 1 100 4400 Chuveiro

1400 Exaustor
Forno de
1300
microondas
Cozinha 11,07 220 14,59 5 2000
400 Freezer

400 Geladeira

Ferro de
800
engomar
Área de Serviço 5,59 100 9,49 N/A N/A
Máquina de
800
lavar roupas
Quarto de
4,08 100 8,10 2 200 N/A N/A
Serviço

Varanda 12,10 220 14,67 3 300 N/A N/A

104
5.3. DIVISÃO DAS INSTALAÇÕES

Todas as instalações elétricas devem ser divididas em diferentes circuitos,


que é o conjunto de pontos de consumo, alimentado pelo mesmo condutor e
ligado ao mesmo dispositivo de proteção (chave ou disjuntor). Nos sistemas
polifasicos, os circuitos devem ser distribuídos de modo a assegurar o melhor
equilíbrio de cargas entre as fases.
Existem dois tipos básicos de circuitos elétricos, os circuitos normais e os
de segurança. Os primeiros estão ligados a apenas uma fonte, que em geral é
a concessionária local, que em casos de falha na rede haverá a interrupção do
abastecimento. O segundo tipo, de segurança, são os que garantem o
abastecimento mesmo nas situações de falha da concessionária, são usados
basicamente em sistemas de alarmes e em instalações de incêndio, onde são
acionados sistemas auxiliares com o uso de baterias e geradores.
A divisão das instalações elétricas em circuitos distintos tem como
objetivo:

 Limitar as consequências de uma falta, a qual provocará apenas


seccionamento do circuito defeituoso;
 Facilitar as verificações, ensaios e a manutenção;
 Evitar os perigos que possam resultar da falha de um único
circuito.
Além das situações descritas acima, alguns parâmetros na hora da
divisão em circuitos devem ser levados em conta, como por exemplo:

 Em Cozinhas e em áreas de serviços foram distribuídos circuitos


independentes de iluminação e tomadas.
 Os circuitos de iluminação devem ser independentes das tomadas
em geral.
 Circuitos independentes devem ser previstos para aparelhos com
potencia superior a 1500 VA, sendo permitida a alimentação de
mais de um aparelho no mesmo circuito.

105
 Deve-se atentar a seguinte regra geral: Em casos de uso
residencial, como neste projeto, utiliza-se um circuito para cada 60
m2 ou fração.

5.4. DISPOSITIVOS DE COMANDO DOS CIRCUITOS

5.4.1. Interruptores

Para o controle do circuito trifásico será usado um dispositivo tripolar que


atua sobre os três condutores-fase simultaneamente.
Os interruptores possuem a capacidade, em ampères, de suportar por
tempo indeterminado as correntes que transportam e serão utilizados em
circuitos que envolvem lâmpadas, possibilitando acende-las ou apagá-las
quando necessário.
Neste projeto serão utilizados os seguintes tipos de interruptores:

i) Interruptores comuns para uma lâmpada: Usado para


acionamento simples de lâmpadas.
ii) Interruptores de várias seções: Usado para comandar diversas
lâmpadas do mesmo ponto de energia.

5.4.2. Interruptores Temporalizados

Em geral, em condomínios, utilizam-se interruptores temporizados que


tem como principal objetivo oferecer maior economia e conforto ao condomínio,
são instalados geralmente em áreas comuns de pequena ou média circulação,
como os halls e escadas. Os sensores mais usados são os sensores de
infravermelho, onde detecta a presença de qualquer coisa que atravesse seu
campo de atuação que em geral é de 180 graus radianos. Como neste projeto
não haverá o dimensionamento das áreas comuns este tipo de interruptor não
será utilizado para cálculo.

106
5.5. LINHAS ELÉTRICAS

5.5.1. Condutores

Para este trabalho os condutores utilizados serão de cobre, com


isolamento de PVC. A maneira de instalar os condutores elétricos pode ser
observada na Tabela 5.4.
Após o conhecimento das respectivas potências dos pontos de utilização
(lâmpadas e tomadas gerais e especificas), foi calculada a corrente, medida em
ampéres, para posterior escolha da bitola do condutor, usando o método da
capacidade de condução de corrente (Tabela 5.5), aplicando-se os fatores de
correção conforme as temperaturas ambientes e o agrupamento de
condutores.
A ABNT 5410 (2004) prevê a seção mínima dos condutores conforme o
seu tipo de instalação (Tabela 5.3), a seção do condutor neutro (Tabela 5.6) e a
seção mínima do condutor de proteção (Tabela 5.7). O condutor a ser
escolhido é o de maior seção.

Tabela 5.3 - Seções Mínimas dos Condutores de Cobre


Seção mínima do
Tipo de instalação Utilização do circuito 2
condutor isolado (mm )
Circuitos de iluminação 1,5
Cabos Circuitos de força (tomadas) 2,5
Instalações isolados Circuitos de sinalização e circuitos de
0,5
fixas em controle
geral Circuitos de força (tomadas) 10
Condutores
Circuitos de sinalização e circuitos de
nus 4
controle
Como especificado na
Para um equipamento específico
norma do equipamento
Ligações flexíveis feitas
Para qualquer outra explicação 0,75
com cabos isolados
Circuitos a extra-baixa tensão para
0,75
aplicações especiais
Referência: Tab. 47 da ABNT 5410 (2004)

A condução dos circuitos será feita através de eletrodutos de seção


circular que podem ser de diferentes maneiras dependendo do projeto
arquitetônico.
No prédio foram utilizadas basicamente três maneiras de condução:
embutidos na parede (B1), sobre o forro de gesso (C) e pelo o piso (C) (Tabela

107
5.4). A maneira de condução usada para a consulta e dimensionamento foi a
B1( Embutido em parede de alvenaria).

Tabela 5.4 - Tipos de Linhas Elétricas – Utilizada o tipo B1 e C.

Referência: Tab. 33 da ABNT 5410 (2004).

108
Tabela 5.5 - Capacidades de Condução de Corrente, em Ampéres, para os
Métodos de Referência A1, A2, B1, B2, C e D.

Referência: Tab. 36 da ABNT 5410 (2004)

Tabela 5.6 - Seção do Condutor Neutro


Seção dos condutores de fase Seção reduzida do condutor neutro
2 2
mm mm
S<25 S
35 25
50 25
70 35
95 50
120 70
150 70
185 95
240 120
300 150
400 185
Referência: Tab. 48 da ABNT 5410 (2004)

109
Tabela 5.7 - Seção Mínima do Condutor de Proteção
Seção dos condutores de fase S Seção mínima do condutor de proteção
2 2
em mm correspondente em mm
S<16 S
16<S<35 16
S>35 S/2
Referência: Tab. 58 da ABNT 5410 (2004)

O método utilizado para o cálculo das seções dos condutores foi o da


capacidade de condução da corrente. A intensidade pôde ser calculada em
função do somatório das potências de cada circuito dividida pela tensão (127
V), conforme a Equação 5.1.

P=U*i
(5.1)
I = P/U

No caso de circuitos onde há pouca solicitação diariamente, multiplicou-se


a intensidade pelo fator de demanda (Tabela 5.8), reduzindo-se assim o
diâmetro dos fios e o valor da capacidade dos disjuntores. O cálculo da
intensidade das correntes de cada circuito pode ser vista na Tabela 5.9 de
forma mais detalhada.

Tabela 5.8 - Fator de Demanda

Potência Instalada Fator de Demanda Carga mínima


Tipo de Carga
(watt) (%) (W/m²)
Até 1.000 80
1.000-2.000 75
2.000-3.000 65
3.000-4.000 60
4.000-5.000 50
Residências (casas e 30 e nunca inferior a
5.000-6.000 45
apartamentos) 2.200 W
6.000-7.000 40
7.000-8.000 35
8.000-9.000 30
9.000-10.000 27
Acima de 10.000 24
Garagens, áreas de
80 5
serviços e semelhantes.
Referência: Tab. 3.20 do livro Instalações Elétricas – 15ª Edição (2007).

110
Tabela 5.9 – Especificações de cada circuito do apartamento 104.
APARTAMENTO 104
Pontos
de
S S S
tomadas
Lâmpadas (VA) Pontos de tomadas de uso especial (W) Total Corrente (mm²) (mm²) (mm²) Disjuntor
de uso Total
Circ. adotado Fase Neutro Proteção
geral (W)
(VA) (W)
Tabela Tabela Tabela
40 60 100 120 150 220 100 600 400 800 1200 1300 1400 4400 Ib = P/U A
5.5 5.6 5.7
1 2 3 4 2 2 1200 1200 9.45 1.5 1.5 1.5 15
2 2 2 3 2 3 1460 1500 11.81 1.5 1.5 1.5 15
3 1 4400 4400 34.65 6.0 6.0 6.0 40
4 1 4400 4400 34.65 6.0 6.0 6.0 40
5 1 4400 4400 34.65 6.0 6.0 6.0 40

6 1 1400 1400 11.02 2.5 2.5 2.5 25

7 1 1400 1400 11.02 2.5 2.5 2.5 25


8 1 1400 1400 11.02 2.5 2.5 2.5 25
9 1 1400 1400 11.02 2.5 2.5 2.5 25
10 2 1 2100 2100 16.54 2.5 2.5 2.5 25
11 1 1 2600 2600 20.47 2.5 2.5 2.5 25
12 2 3 2000 2000 15.75 2.5 2.5 2.5 25
13 2 1600 1600 12.60 2.5 2.5 2.5 25
14 2 2400 2400 18.90 2.5 2.5 2.5 25
15 15 1500 1500 11.81 2.5 2.5 2.5 25
16 15 1500 1500 11.81 2.5 2.5 2.5 25
TOTAL 4 5 7 2 4 32 3 2 2 3 1 5 35160 35200 277.17 6.0 6.0 6.0 40*
* Foi utilizado o fator de demanda

111
5.5.2 Disjuntores

Denominam-se disjuntores (Figura 5.2) os dispositivos de manobra e


proteção, capazes de estabelecer, conduzir e interromper correntes em
condições normais do circuito, assim como estabelecer, conduzir por tempo
especificado e interromper correntes em condições anormais especificadas do
circuito, tais como as de curto-circuito.

Figura 5.2 – Disjuntor tripolar de 10 A

Os disjuntores possuem um dispositivo de interrupção da corrente


constituído por lâminas de metais de coeficientes de dilatação térmica
diferentes (latão e aço), soldados. A dilatação desigual da lâminas, por efeito
do aquecimento, provocado por uma corrente de sobrecarga faz interromper a
passagem da corrente no circuito. Esses dispositivos bimetálicos são relés
térmicos e, em certos tipos de disjuntores, são ajustáveis. Alem dos reles
bimetálicos, os disjuntores são providos de relés magnéticos (bobinas de
abertura), que atuam mecanicamente, desligando o disjuntor quando a corrente
é de curta duração. Desarmam, também, quando ocorre um curto-circuito em
uma ou nas três fases. Os tipos que possuem “bobina de mínima” desarmam
quando falta tensão em uma da fases.

112
Portanto, a função dos disjuntores é desarmar em caso de sobrecarga,
protegendo a instalação, pessoas e seus aparelhos conectados a instalação.
Têm como característica a capacidade de se rearmar (manual ou
eletricamente), quando estes tipos de defeitos ocorrem.
Para o dimensionamento dos disjuntores será preciso conhecer a bitola
dos condutores de cada circuito. A corrente nominal máxima dos disjuntores
para um circuito com dois condutores carregados pode ser vista na Tabela
5.10.

Tabela 5.10 - Determinação Prática do Disjuntor Unic de Maior Corrente


Nominal a Ser Utilizado na Proteção dos Condutores Contra Correntes de
Sobrecarga.
Corrente Nominal* Máxima dos Disjuntores Unic (A)
Seção dos 1 Circuito com 1 Circuito com 3 2 Circuito com 2 3 Circuito com
condutores (mm²) 2 condutores condutores condutores 2 condutores
Carregados carregados carregados carregados
1,5 15 15 15 10
2,5 25 20 20 15
4 35/30** 30 25 20
6 40 40/35** 35 30
10 60 50 50/40** 40
16 70 60 60 50
25 100 70 70 70
35 100 100 100 70
50 100 100 100 100
Referência: Tab. 4.3 do livro Instalações Elétricas – 15ª Edição (2007).

* Valores referidos a 20°C para disjuntores de 10 A a 60 A e a 40°C para


disjuntores de 70 A a 100 A.
** O primeiro valor refere-se ao tipo unipolar e o segundo ao multipolar.

Portanto, com todos os dados das Tabelas acima foi possível


dimensionar todos os elementos dos circuitos (Tabela 5.9).

113
5.5.3. Eletrodutos

Os eletrodutos a serem usados neste projeto serão de PVC flexível,


expressamente apresentados e comercializados como tal e não ser
propagadores de chama. Em qualquer situação devem suportar as solicitações
mecânicas, químicas, elétricas e térmicas a que forem submetidos nas
condições da instalação.
O tamanho dos eletrodutos deve ser de um diâmetro tal que os
condutores possam ser facilmente instalados e retirados. Para tanto é
obrigatório que os condutores não ocupem mais de 40% da área útil dos
eletrodutos, como pode ser visto na Figura 5.3.

Figura 5.3 - Representação da área útil do eletroduto.

Para o dimensionamento, bastou saber o número de condutores no


eletroduto e a maior seção deles, para em seguida, entrar com os valores na
Tabela 5.11.
Tabela 5.11 – Diâmetro Nominal dos Eletrodutos
Seção Número de condutores no eletroduto
Nominal 2 3 4 5 6 7 8 9 10
2
(mm ) Tamanho nominal do eletroduto
1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20
2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25
4 16 16 20 20 20 25 25 25 25
6 16 20 20 25 25 25 25 32 31
10 20 20 25 25 32 32 32 40 40
16 20 25 25 32 32 40 40 40 40
25 25 32 32 40 40 50 50 50 60
35 25 32 40 40 50 50 50 50 60
Referência: Tab. 3.23 do livro Instalações Elétricas – 15ª Edição (2007).

114
O cálculo dos eletrodutos será por apartamento ou por pavimento. Para
facilitar a execução, será utilizado um único diâmetro do eletroduto para cada
compartimento, em função da maior bitola dos condutores e maior quantidade
de circuitos.

Apartamento 104:

Tabela 5.12 - Número Máximo de Circuitos por Eletroduto do Apartamento 104.


Número do Número dos circuitos Número do Número dos
circuito agrupados circuito circuitos agrupados
1 5 9 5
2 6 10 5
3 6 11 5
4 6 12 5
5 6 13 6
6 5 14 6
7 5 15 5
8 5 16 6

Para uma bitola máxima de 6 mm2 e número de circuitos máximo de 6,


encontra-se na Tabela 5.11 o eletroduto de diâmetro nominal 25 mm2.
Todos os eletrodutos, e suas indicações encontram-se em planta
(Prancha 17/17) anexa a este projeto.

5.6. VERIFICAÇÃO DOS CONDUTORES PELA QUEDA DE TENSÃO


ADMISSÍVEL

Os aparelhos de utilização de energia elétrica são projetados para


trabalharem a determinadas tensões, com uma tolerância pequena.

Durante o percurso entre o quadro geral ou a subestação até o ponto de


utilização de um circuito terminal, ocorre uma queda de tensão devido às
resistências dos condutores e equipamentos.

Em virtude dessa queda de tensão, é necessário que os condutores


sejam dimensionados de tal maneira que limitem a queda aos valores
estabelecidos pela norma ABNT 5410 (2004).

115
As quedas de tensão admissíveis são dadas em porcentagem da tensão
normal ou de entrada, vista na Equação 5.2.

Queda de tensão percentual:

(e%) = tensão de entrada – tensão na carga x 100


(5.2)
Tensão de entrada

Na Tabela 5.13 estão listados os valores máximos de queda de tensão


para os diversos tipos de entrada.

Tabela 5.13 – Percentuais Máximos Admissíveis para a Queda de Tensão


Total
Iluminação e
Tipo de Instalação Outros usos
tomadas
Alimentada diretamente por um ramal de baixa
tensão, a partir de uma rede de distribuição pública 5% 5%
de baixa tensão
Instalações alimentadas diretamente por subestação
transformadora, a partir de uma instalação de alta 7% 7%
tensão
Com fonte própria 7% 7%

A Tabela 5.14 fornece as quedas de tensão percentuais para os


alimentadores e ramais em função das distâncias e potências utilizadas,
medidas em watts ou VA.

116
Tabela 5.14 – Soma das Potências em Watts x Distância em metros V =
127 Volts
2 Queda de Tensão (e%)
mm
1 2 3 4 5
1,5 7.016 14.032 21.048 28.064 35.081
2,5 11.694 23.387 35.081 46.774 58.468
4 18.710 37.419 56.129 74.839 93.548
6 28.064 56.129 84.193 112.258 140.322
10 46.774 93.548 140.322 187.096 233.871
16 74.839 149.677 224.516 299.354 374.193
25 116.935 233.871 350.806 467.741 584.676
35 163.709 327.419 49.128 654.837 818.547
50 233.871 467.741 701.612 935.482 1.169.353
70 327.419 654.837 982.256 1.309.75 1.637.094
95 444.354 88.708 1.333.062 1.777.416 2.221.770
120 561289 1.122.578 2.104.835 2.806.446 2.806.446
150 701.612 1.403.223 2.595.963 3.461.283 3.508.058
Referência: Tab. 3.18 do livro Instalações Elétricas – 15ª Edição (2007).

A verificação dos condutores pela queda de tensão será feita somente


para os circuitos mais longos do apartamento 104.

Apartamento 104:
Circuito 2:
Soma das potências x distância:
220 x (6,72) = 1.478,40
220 x (6,72 + 2,73) = 2.079
220 x (6,72 + 2,73 + 2,84) = 2.703,8
40 x (1,28 + 1,88 + 2,66 + 1,69 + 0,64 + 1,35) = 380
150 x (1,28 + 1,88 + 2,66 + 1,69 + 0,64 + 1,35 + 2,66) = 1.824
150 x (1,28 + 1,88 + 2,66 + 1,69 + 0,64 + 1,35 + 2,66 + 1,54)= 2.055
100 x (1,28 + 1,88 + 2,66 + 2,05) = 787
100 x (1,28 + 1,88 + 2,66 + 2,05 + 1,24) = 911
100 x (1,28 + 1,88 + 2,66 + 2,05 + 1,24 + 1,50) = 1.061
100 x (1,28 + 1,88 + 2,66 + 2,05 + 1,24 + 1,50 + 0,94) = 1.155
60 x (1,28 + 1,88 + 2,66 + 1,69) = 450,6
40 x (1,28 + 1,88 + 2,66 + 1,69 + 0,64) = 326
Total: 15.210,80 (watts x metro)

117
Entrando com este valor na Tabela 5.14, com um e% = 2% (circuito entre
o quadro de luz e ponto de iluminação), encontra-se condutores de diâmetro de
2,5 mm2. Será utilizado o valor encontrado pelo método de condução de
corrente, devido a pouca diferença na área na queda de tensão e também na
dificuldade para manuseio dessa bitola.

Circuito 15:
Soma das potências x distância:
100 x (6,72 + 1,00) = 1.478,40
100 x (6,72 + 1,92) = 864
100 x (6,72 + 1,33) = 807
100 x (6,72 + 2,59 + 0,96) = 1.027
100 x (6,72 + 2,59 + 0,92) = 1.023
100 x (6,72 + 2,59 + 0,92 + 0,54) = 2.104
100 x (6,72 + 2,59 + 0,92 + 0,54 + 0,19) = 2.123
100 x (6,72 + 2,59 + 2,84 + 1,42) = 1.357
2 x 100 x (6,72 + 2,59 + 2,84 + 1,42 + 2,74) = 3.262
100 x (6,72 + 2,59 + 2,84 + 1,42 + 2,74 + 0,88) = 1.719
100 x (6,72 + 2,59 + 2,84 + 1,42 + 2,74 + 0,88 + 1,37) = 1.856
100 x (6,72 + 2,59 + 2,84 + 3,43) = 1.558
100 x (6,72 + 2,59 + 2,84 + 3,43 + 0,94) = 1.652
100 x (6,72 + 2,59 + 2,84 + 3,43 + 0,94 + 1,31) = 1.783
100 x (6,72 + 2,59 + 2,84 + 3,43 + 0,94 + 1,31 + 1,27) = 1.910
Total: 24.523,40 (watts x metro)

Entrando com este valor na Tabela 5.14, com um e% = 2% (circuito entre


o quadro de luz e ponto de iluminação), encontra-se condutores de diâmetro
de 4,0 mm2. Será utilizado o valor encontrado pelo método de condução de
corrente, devido a pouca diferença na área na queda de tensão e também na
dificuldade para manuseio dessa bitola.

118
CAPITULO VI – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho de conclusão de curso é de grande importância para o


aperfeiçoamento profissional dos novos profissionais, proporcionando um maior
conhecimento na área de instalações prediais (Instalações de água fria,
sanitárias, pluviais e elétricas), que é uma importante etapa na execução de
projetos.
Pode-se observar que na grande maioria das obras os engenheiros e os
profissionais responsáveis tem pouco conhecimento nesta área, isto se
comprova quando se faz uma visita a um canteiro de obras e se constata a
total falta de sincronia entre o que é projetado e o que é executado, existindo
erro nas duas etapas. As instalações prediais representam um considerável
percentual nos custos de uma construção, logo projetos bem elaborados,
planejados e otimizados levam a uma eficiência tanto na fase de projeto,
quanto na execução.
Durante a execução deste trabalho, foram feitas visitas periódicas a obra
na qual se baseou o projeto para um maior conhecimento prático. Todos os
cálculos e desenhos executados seguiram rigorosamente as Normas vigentes
já citadas na introdução, de modo a conferir credibilidade aos projetos
executados.
Os projetos arquitetônicos foram entregues com atraso, causando
dificuldades para seguir o cronograma proposto inicialmente, assim teve-se por
optar pela não realização das instalações elétricas de forma completa. Esta
opção se deu pelo fato do dimensionamento de cargas elétricas elevadas não
ser competência de um engenheiro Civil, logo foi dimensionado um
apartamento para ilustrar como deve ser feito o dimensionamento das
instalações elétricas.
Ressalta-se que este projeto nos proporcionou um aprendizado pelo fato
de não se utilizar nenhum tipo de programas computacionais específicos.

119
BIBLIOGRAFIA

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Ed. LTC, 6ª Edição, 2006;

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MACINTYRE, ARCHIBALD JOSEPH - Instalações Hidráulicas: Prediais e


Industriais, Ed. LTC, 4ª Ediçao, 2010

BOTELHO, MANOEL HENRIQUE CAMPOS; RIBEIRO JR, GERALDO DE


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Ed. Edgard Bluncher, 2ª Ediçao, 2008

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Prediais de Água Frias, Rio de Janeiro-1998;

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR-8160 – Sistema


Prediais de Esgoto Sanitário – Projeto e Execução, Rio de Janeiro -1999;

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR-9649 – Projeto de


Redes Coletoras de Esgoto Sanitário, Rio de Janeiro -1986;

ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR-10844 – Instalações


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ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR-5410 – Instalações


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RODRIGUES, D.V., ROSARIO, S.A. Dimensionamento Das Instalações


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Goytacazes – RJ [ Trablho de Conclusao de curso]. Campos dos Goytacazes.
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2012 (Ano Base 2011).

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