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ESMERALDO ADELINO JOSÉ VALENTÍM ESSECO

PROPOSTA PARA MELHORAMENTO DO SISTEMA PREDIAL DE DISTRIBUIÇÃO


DE ÁGUA FRIA NO PRÉDIO DE POLICIAS NA ZONA DO GOTO - CIDADE DA
BEIRA.

Beira

2017
UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNÇIAS E TECNOLOGIA

ENGENHARIA CIVIL

PROPOSTA PARA MELHORAMENTO DO SISTEMA PREDIAL DE DISTRIBUIÇÃO


DE ÁGUA FRIA NO PRÉDIO DE POLICIAS NA ZONA DO GOTO - CIDADE DA
BEIRA.

ESMERALDO ADELINO JOSÉ VALENTÍM ESSECO

Beira

2017
UNIVERSIDADE ZAMBEZE

FACULDADE DE CIÊNÇIAS E TECNOLOGIA

ENGENHARIA CIVIL

PROPOSTA PARA MELHORAMENTO DO SISTEMA PREDIAL DE DISTRIBUIÇÃO


DE ÁGUA FRIA NO PRÉDIO DE POLICIAS NA ZONA DO GOTO - CIDADE DA
BEIRA.

Autor: Esmeraldo Adelino José Valentim Esseco

Orientador: Eng.º Fernando André Cumbana

Monografia submetida à faculdade


de Ciências e Tecnologia,
Universidade Zambeze - Beira, em
parcial Cumprimento dos requisitos à
obtenção do grau de licenciatura em
Engenharia civil.

Beira

2017
Aos meus pais

Adelino Jose Valentim Esseco e Jofina Agostinho Sagual

E irmãos

Maria Luisa Adelino Jose Valentim e Sidney Adelino Jose Valentim Esseco

ii
AGRADECIMENTO

A Deus por ter me dado saúde e força para superar as dificuldades.

Aos meus pais, meus Tios e toda minha familia em geral, pelo amor, incentivo e apoio
incondicional.

A esta Universidade, seu corpo docente, direcção e administração que oportunizaram a janela
que hoje vislumbro um horizonte superior, eivado pela acentrada confianca no mérito e ética
aqui presentes.

Ao meu orientador Eng°. Fernando Cumbana, pelo suporte ao longo do tempo que lhe coube
pelas suas correções e incentivos.

Aos meus amigos, Adérito Victor Viandro, Nélcio Trigo, Esteves Manuel Esteves, Assumane
Mussa, Assif Ramutula, João Amone, Jaime Venêncio David Jaime, Yuran Manuel, Eugénio
Manhique, Júlio Adelino Soares, e todos os meus colegas da turma de Engenharia Civil 2013,
pela sua contribuição na minha formação, o meu muito obrigado.

iii
EPIGRAFE

“Por vezes sentimos que aquilo que fazemos


não é senão uma gota de água no mar. Mas
o mar seria menor se lhe faltasse uma
gota.” Madre Teresa de Calcutá

iv
Índice
ABSTRACT................................................................................................................................. viii

LISTA DE FIGURAS .................................................................................................................... ix

LISTA DE TABELAS .................................................................................................................... x

Introdução ....................................................................................................................................... 1

1. Introdução ................................................................................................................................... 7

1.1 Considerações gerais ............................................................................................................. 7

1.1.1 Etapas de projecto ........................................................................................................... 8

1.2 Entrada e fornecimento de água fria ..................................................................................... 9

1.3 Sistema de abastecimento predial de água .......................................................................... 10

Figura 2: Sistema de distribuição indirecta sem bombeamento Fonte: GHISI, Março de 2004. . 12

Figura 3: Sistema de distribuição indirecta com bombeamento. Fonte: GHISI (Março de 2004).
................................................................................................................................................... 13

Figura 4: Sistema indirecto hidropneumático. Fonte: CARVALHO Júnior (2007). .................... 14

1.4 Partes constituintes de uma instalação predial de água fria ................................................ 16

1.5 Traçado e instalação de rede ............................................................................................... 25

1.6 Parametros de calculo para o dimensionamento do sistema predial de Distribuição de água


fria ............................................................................................................................................. 26

1.7 Golpe de aríete .................................................................................................................... 35

1.8 Esgotos Sanitarios ............................................................................................................... 36

1.8.1 Considerações gerais .................................................................................................... 36

CAPÍTULO II - ESTUDO DE CASO .......................................................................................... 37

2. Introdução ................................................................................................................................. 37

2.1 Localização do edifício em estudo ...................................................................................... 37

2.2 Caracterização do estado actual do sistema predial ............................................................ 38

v
2.3 Fundamentação da escolha do novo sistema predial de distribuição de água fria para o
edifício em estudo ..................................................................................................................... 38

2.4.1 Cálculo da capacidade e dimensionamento dos reservatórios ...................................... 39

2.4.2 Dimensionamento da capacidade dos reservatórios ..................................................... 39

2.4.3 Dimensionamento das colunas de distribuição ............................................................. 41

2.4.4 Dimensionamento de Barrilete ..................................................................................... 47

2.4.5 Dimensionamento dos ramais ....................................................................................... 47

2.4.6 Dimensionamento dos sub-ramais ................................................................................ 49

2.4.7 Dimensionamento do encanamento de recalque .......................................................... 49

2.4.8 Dimensionamento do encanamento de sucção ............................................................. 50

2.4.9 Dimensionamento do ramal predial .............................................................................. 50

2.4.10 Dimensionamento do hidrômetro ............................................................................... 51

2.4.11 Escolha da bomba de recalque da água ...................................................................... 51

2.5 Cálculo do comprimento na sucção .................................................................................... 52

2.5.1 Cálculo da perda de carga na sucção ............................................................................ 52

2.5.2 Cálculo da altura manométrica na sucção .................................................................... 53

2.6 Cálculo do comprimento no recalque.................................................................................. 54

2.6.1 Cálculo da perda de carga no recalque ......................................................................... 54

2.6.2 Cálculo da altura manométrica no recalque ......................................................................... 55

2.7 Cálculo da altura manométrica total (Hm): ......................................................................... 55

2.8 Cálculo da potência do conjunto motobomba: .................................................................... 55

2.9 Conclusão e recomendações................................................................................................ 56

Referências bibliográficas ............................................................................................................. 58

APENDICES E ANEXOS ............................................................................................................ 60

vi
RESUMO

Por muitos anos, o sistema predial de distribuição de água vem sendo implementado em
diferentes tipos de edificios, para suprir as necessidades dos moradores. Quanto o seu
funcionamento, o problema surge para edifícios altos em que ha mais probabilidades de
ocorrência de pressões negativas, perdas de cargas localizadas e contínuas muito altas, factores
estes que influênciam no dificiente fornecimento do sistema de distribuicao. O objectivo deste
trabalho é de melhorar o sistema predial de distribuição de água fria no predio de Polícias na
zona do Goto – cidade da Beira, implementado um novo sistema a partir de construção de
reservatórios superior e inferior, e sistemas de recalque, assim melhorando o funcionamento de
sistema, garantindo um abastecimento contínuo e suficiente de água fria em todos os pontos de
consumo. Realizaram-se pesquisas para conhecer a fundo o melhor tipo de sistemas de
distribuição predial de água que se enquadra de acordo com o tipo de edifico em estudo, e
através de diversos métodos determinou-se o cálculo de pressões, perdas de cargas que surgem
ao longo dos trechos das tubagens, não existindo ocorrência de pressões negativas no sistema.

Palavras-Chave: Dificiente fornecimento do sistema de distribuição de água fria, Melhoramento


sistema predial de distribuição de agua fria, Pressões, Perdas de carga.

vii
ABSTRACT

For many years, the water distribution system has been implemented in different types of
buildings to meet the needs of the residents. As for its operation, the problem arises for high
buildings in which there is more likely to occur negative pressures, losses of localized and
continuous loads very high, factors that influence the dificient supply of the distribution system.
The objective of this work is to improve the cold water distribution system at the police station in
the Beira district of Goto - city, implemented a new system from the construction of upper and
lower reservoirs, and systems of repression, thus improving the System, ensuring a continuous
and sufficient supply of cold water at all points of consumption.

Research was carried out to know in depth the best type of water distribution systems that fit
according to the type of building under study, and by means of several methods the calculation
of pressures, losses of loads that appear to the Along the lengths of the pipes, and there were no
negative pressures in the system.

Keywords: Difficult supply of the cold water distribution system, Improvement of the cold
water distribution system, Pressures, Load losses.

viii
LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Sistema de distribuição directa ----------------------------------------------------------10

Figura 2. Sistema de distribuição indirecta sem bombeamento---------------------------------12

Figura 3. Sistema de distribuição indirecta com bombeamento---------------------------------13

Figura 4. Sistema indirecto hidropneumático-----------------------------------------------------14

Figura 5. Sistema de distribuição mista------------------------------------------------------------16

ix
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Volumes dos reservatórios--------------------------------------------------------------------41

Tabela 2. Dimensões dos reservatórios-----------------------------------------------------------------42

Tabela 3. Peças de utilização e seus pesos-------------------------------------------------------------42

Tabela 4. Diâmetro e vazão da coluna AF1 -----------------------------------------------------------43

Tabela 5. Diâmetro e vazão da coluna AF2 -----------------------------------------------------------43

Tabela 6. Diâmetro e vazão da coluna AF3-----------------------------------------------------------44

Tabela 7. Diâmetro e vazão da coluna AF4-----------------------------------------------------------44

Tabela 8. Dimensionamento da coluna de distribuição AF1---------------------------------------46

Tabela 9. Dimensionamento da coluna de distribuição AF2---------------------------------------46

Tabela 10. Dimensionamento da coluna de distribuição AF3---------------------------------------47

Tabela 11. Dimensionamento da coluna de distribuição AF4---------------------------------------47

Tabela 12. Vazão das colunas de distribuição--------------------------------------------------------48

Tabela 13. Dimensionamento do barrilete------------------------------------------------------------48

Tabela 14. Dimensões dos ramais da coluna AF1---------------------------------------------------49

Tabela 15. Dimensões dos ramais da coluna AF2---------------------------------------------------49

Tabela 16. Dimensões dos ramais da coluna AF3---------------------------------------------------49

Tabela 17. Dimensões dos ramais da coluna AF4---------------------------------------------------50

Tabela 18. Dimensionamento dos sub-ramais-------------------------------------------------------50

Tabela 19. Comprimento total na sucção-------------------------------------------------------------53

x
Tabela 20. Comprimento total no recalque---------------------------------------------------------55

Tabela 21. Vazões de projecto e pesos relativos dos pontos de utilização---------------------64

Tabela 22. Estimativa de consumo diário-----------------------------------------------------------64

Tabela 23. Diâmetros em função das vazões máximas permissíveis----------------------------65

Tabela 24. Perdas de carga localizadas sua equivalência em metros de coluna de tubulação de
PVC rígido ou cobre------------------------------------------------------------------------------------66

Tabela 25. Perda de carga localizada sua equivalência em metros de coluna de tubulação de aço
galvanizado para bocais e válvulas-------------------------------------------------------------------66

Tabela 26: Perdas de carga localizadas sua equivalência em metros de coluna de tubulação de
aço galvanizado para conexões bsp – baixa pressão----------------------------------------------67

Tabela 27. Tabela de diâmetros mínimos dos sub – ramais-------------------------------------67

xi
LISTA DE ABREVIATURAS E SIMBOLOS

Abreviaturas

PVC - Policloreto de vinilo.

PEAD - Polietileno de alta densidade.

RGSPPDADAR – Regulamento geral de sistema público e predial de distribuição de água e de


drenagem de águas residuais.

NBR – Norma brasileira.

Siglas

η – Rendimento do conjuto elevatorio

Q – Vazão; m3/s, l/s, m3/h, l/h.

V – Volume; m3, l

t – Tempo. (s, minutos, hora)

QC − Caudal de calculo

q - Caudal unitário dos dispositivos de utilização

K S − Coeficiente de simultaneidade

c- Coeficiente de descarga= 0,3 l/s

P - Pesos correspondentes a todas as peças de utilização

CD - Consumo diário em l/s

C - Consumo per capita, em l/dia

p - Número da população do edifício.

xii
R inc − Reserva de incendio

VR - Volume de reservatório.

VRI – Volume de reservatório inferior

VRS – Volume reservatório superior

Hf- Perda de carga total em m.

J ou Ju - Perda de carga unitária

v - Velocidade de escoamento

D - Diâmetro das tubagens.

Ltotal – Comprimento.

Prd - Pressão disponível

Prju - Pressão a jusante

Jtotal − Perda de carga total

Dsuc - Diâmetro de encanamento de sucção.

Hr – Perda de carga total no recalque

Hs – Perda de carga total na sucção

Hm – Altura manométrica.

Ls – Comprimento de sucção;

Lr – Comprimento de recalque;

RI e RS – Reservatórios inferior e superior respectivamente;

P – Potência (C.V.);

xiii
Introdução

Um sistema predial de distribuição de água fria é conjunto de tubulações constituído de


barriletes, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos, destinado
a levar água aos pontos de utilização, ou seja, as instalações prediais de água fria são o conjunto
de tubulações conexões, peças, aparelhos sanitários e acessórios existentes a partir do ramal
predial, que permitem levar a água da rede pública até os pontos de consumo ou utilização dentro
da habitação.

Os sistemas prediais de distribuição de água surgem da necessidade de garantir o abastecimento


de água potável para consumo doméstico a partir da rede pública, para níveis de conforto e de
qualidade adequados às exigências de utilização previstas (i.e., consumo humano, lavagens e
rega).

Com base nos critérios técnico-hidráulicos estabelecidos pela legislação vigente e em regras de
boa prática de engenharia, os sistemas prediais são dimensionados de forma a satisfazerem as
necessidades de consumo. Neste contexto, existem factores que podem influenciar os níveis de
conforto e de qualidade desejados sendo imperativo conhecer, com o maior rigor possível, o
caudal disponibilizado e as pressões asseguradas pela rede de distribuição pública.

No dimensionamento de um sistema de distribuição de água em pressão é possível garantir as


condições de fronteira desejadas, como sejam pressões e caudais em determinados pontos da
rede, por intermédio de mais do que uma solução. Há na realidade inúmeras combinações
fisicamente possíveis das características geométricas do sistema que garantem a satisfação dessas
condições de fronteira (Baptista 1994b).

Actualmente, os projectos de sistemas de abastecimento predial de água pertencem à categoria de


projectos de especialidades e são prática obrigatória na concepção e projecto de execução de
todos os edifícios.

Os actuais projectos de dimensionamento de instalações prediais de água são cada vez mais
rigorosos devido às exigências das entidades que os regulam. Por norma, os cálculos para o
abastecimento predial de água são acompanhados por outros documentos complementares como,

1
por exemplo, pormenores construtivos das tubagens, traçado da rede domiciliária, traçado
isométrico, pormenores das ligações, esquemas construtivos ou desenho dos órgãos acessórios à
rede. Com este nível de detalhe, pretende-se que a implementação em obra dos sistemas de
distribuição predial de água se torne a mais aproximada possível do dimensionamento
projectado, o que naturalmente não acontece por vários motivos, especialmente devido à falta de
rigor em obra.

O problema no dimensionamento actual dos sistemas de abastecimento predial de água, surge


nos edifícios mais altos em que é necessário assegurar as condições ideais de funcionamento dos
dispositivos de consumo em termos de caudal e de pressão. Em habitações familiares de um ou
dois pisos (moradias), o dimensionamento torna-se relativamente simples dado que as redes de
distribuição pública asseguram os caudais e a pressão necessária para garantir a eficiência do
sistema (Almeida et al., 2001).

A questão da problemática do dimensionamento dos sistemas prediais refere-se concretamente às


deficiências de concepção e construção dos mesmos, muitas vezes perceptíveis apenas nas
utilizações diárias de consumo como seja, no banho quando a pressão é insuficiente, ou pelo
contrário, em casos mais graves em que ocorre a rotura das condutas devido ao excesso de
pressão.

Justificativa da pesquisa

Devido o mau funcionamento do sistema predial de distribuição de água fria existente no prédio
de polícias-zona do Goto cidade da Beira, que faz com que a água não chegue a todos os pontos
de consumo, sentiu-se a necessidade de se fazer uma proposta para melhorar o sistema predial de
distribuição de água de forma a garantir que a água chegue bem em todos os pontos de consumo,
sempre que necessário. O sistema actual de distribuição de água fria que o edifício usa é o
sistema de distribuição directa, como proposta pretende-se melhorar o sistema predial usando
sistema de distribuição indirecto com bombeamento.

2
A partir das entrevistas realizadas aos residentes do prédio e dos métodos de análise, se
estabelece as seguintes manifestações fácticas:

 Existências de pressões negativas na instalação do sistema predial.


 Falta de energia suficiente para elevar a água do sistema pública para rede do sistema
predial.

Delimitação de problema

A presente pesquisa em relação a área específica se insere necessariamente à hidráulica que se


ocupa do estudo do comportamento de líquidos em repouso (hidrostática) e em movimento
(hidrodinâmica).

Em relação ao espaço geográfico, a pesquisa abrange no bairro da Ponta-Gea, zona do Goto


localizado no distrito da Beira, Província de Sofala, com o período de foco actual, face às
dificuldades no sistema predial de distribuição de água fria no prédio de polícias.

De acordo com as manifestações fácticas encontradas, se identifica o seguinte problema de


investigação: Limitação no uso da água para suas necessidades diárias, devido ao deficiente
fornecimento do sistema predial de distribuição de água fria no prédio de Policias – zona do
Goto – cidade da Beira.

Tendo em vista o problema, as causas fundamentais levantadas são:

 Mau funcionamento do sistema predial, que faz com que a água chegue com deficiência
nos aparelhos de consumo.
 Utilização do sistema de distribuição directa, visto que o melhor sistema predial de
distribuição de água fria para um edifício com mais de 3 pisos é o sistema de
abastecimento com recalque.

Tendo em conta o problema desta investigação e as causas citadas, o trabalho tem como objecto
de estudo melhoria no funcionamento do sistema predial de distribuição de água fria no prédio
de Policias na zona do Goto – cidade da Beira.

3
Em correspondência com o objecto de estudo o seguinte Campo de acção: processo de
dimensionamento de sistema predial indirecto de distribuição de água fria no prédio de polícias
na zona do Goto – cidade da Beira.

Objectivos

O objectivo geral da pesquisa é de propor um novo sistema predial de distribuição de água fria
para o prédio de Policias – zona do Goto – cidade da Beira.

Em correspondência com este objectivo geral declaram-se os seguintes objectivos específicos:

 Realizar revisão bibliográfica, com a finalidade de fazer a selecção, analise e


interpretação do caso em estudo;
 Fundamentar epistemologicamente o sistema predial de distribuição de água fria.
 Caracterizar o estado actual do sistema de distribuição de água fria no prédio de Policias
– zona do Goto – cidade da Beira.
 Dimensionar o sistema predial indirecto de distribuição de água fria para o prédio de
Policias – zona do Goto – cidade da Beira.
 Desenhar o traçado do novo sistema predial indirecto de distribuição de água fria para o
prédio de Policias – zona do Goto – cidade da Beira.

Conforme o problema, objecto de estudo, campo de acção e o objectivo a alcançar, se estabelece


a seguinte hipótese de pesquisa:

Se for implementado um novo sistema predial de distribuição de água fria do edifício em estudo,
a partir de construção de reservatórios superior e inferior, e implementação de sistemas de
recalque, possibilitar-se-á um adequado funcionamento de sistema predial de distribuição de
água fria no prédio de policias – zona do Goto – cidade da Beira, que ira garantir um
abastecimento contínuo e suficiente de água fria em todos os pontos de consumo.

Metodologia da Pesquisa

Segundo Gil (2007, p. 17), pesquisa é definida como o procedimento racional e sistemático que
tem como objectivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. A pesquisa

4
desenvolve-se por um processo constituído de várias fases, desde a formulação do problema até a
apresentação e discussão dos resultados.

Para Fonseca (2002), methodos significa organização, e logos, estudo sistemático, pesquisa,
investigação; ou seja, metodologia é o estudo da organização, dos caminhos a serem percorridos,
para se realizar uma pesquisa ou um estudo. Etimologicamente, significa o estudo dos caminhos,
dos instrumentos utilizados para fazer uma pesquisa científica.

De forma a alcançar os objectivos da presente investigação, com base em teorias e métodos


científicos de autores relacionados ao tema, foram realizadas pesquisas bibliográficas, baseando-
se em métodos qualitativos e quantitativos. Portanto, esta investigação, é de natureza
exploratória, onde se utilizaram os seguintes métodos de investigação científica.

Métodos teóricos

 Análise – Síntese: Aplicado no processamento da informação obtida de documentos e


artigos relacionados com o tema da investigação, utilizado principalmente para a
definição do objecto e o campo de acção da investigação e na elaboração de conclusões.
 Histórico – lógico: utilizado na revisão bibliográfica, de literaturas relacionadas com o
tema da investigação, permitindo uma maior compressão da lógica da investigação e as
tendências históricas do processo de dimensionamento de sistemas prediais de
distribuição de água.

Métodos empíricos

 Entrevistas exploratórias: Realizada aos engenheiros civis actuando na área de


hidráulica (ANEXO I) e, aos moradores do prédio de polícias – Cidade da Beira, zona do
Goto.
 Observação: Utilizado na caracterização e diagnóstico do estado actual do sistema
predial de distribuição de água fria no prédio de polícias – Cidade de Beira, zona do
Goto.

5
 Revisão bibliográfica: Focalizada na leitura de livros, documentos, pesquisa na internet,
revistas, artigos e outros materiais disponível na área de hidráulica relevante para a
efectivação do presente trabalho de investigação.

Métodos estatísticos

 Análise estatística inferencial: Utilizado na avaliação do nível da deficiência do


funcionamento do sistema predial de distribuição de água fria no prédio de polícias
Cidade da Beira, zona do Goto, e da proposta concernente ao presente trabalho de
investigação.

Estrutura do projecto

O presente projecto de pesquisa estará estruturado em quatro (4) partes, sendo a primeira
introdutória, capitulo I sera realizada a revisão bibliográfica, o capitula II o estudo do caso e por
ultimo serao apresentadas conclusões e recomendações.

No introdutório – é realizada a contextualização, justificativa da pesquisa, delimitação do


problema, problema de investigação, objecto de estudo, campo de acção, objectivos,
levantamento da hipótese da investigação e da metodologia do trabalho;

No capítulo 1 – Revisão bibliográfica, relacionada aos estudos de sistemas prediais de


distribuição de água fria e concepção de dimensionamento de sistemas prediais de distribuição
de água fria;

No capitulo 2 – Estudo do caso, aqui irá realizar-se a caracterização do actual sistema de


distribuição de agua fria existente no local em estudo, analise de dados hidráulicos existentes no
local em estudo, caracterização do novo sistema predial de distribuição de agua fria e,
Dimensionamento do novo sistema predial de distribuição de agua fria;

E por ultimo serão apresentadas conclusões, recomendações, apendices e Anexos.

6
CAPITULO I – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

1. Introdução

Neste capítulo descrevem-se de forma sucinta conceitos teóricos que falam sobre o sistema
predial de distribuição de água fria e suas variadas funções, assim como os tipos de sistemas
prediais de distribuição de água existentes e os requisitos que devem ser atendidos para garantir
o fornecimento de forma necessária, contínua e segura.

1.1 Considerações gerais

De acordo com a (NBR 5626, 1998) Instalações Prediais de Água Fria da ABNT, a instalação
predial de água fria é o conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e dispositivos,
existentes a partir do ramal predial, destinado ao abastecimento dos pontos de utilização de água
do prédio, em quantidade suficiente, mantendo a qualidade da água fornecida pelo sistema de
abastecimento público. De acordo com a mesma norma, água fria, é a água encontrada à
temperatura ambiente.

O desenvolvimento do projecto das instalações prediais de água fria deve ser conduzido
concomitantemente com os projectos de arquiteturas, estruturas, fundações e outros pertinentes
ao edifício, de modo que se consiga a mais perfeita compatibilização entre todos os requisitos
técnicos e económicos envolvidos.

De acordo com o RGSPPDADA, as instalações prediais de água fria devem ser projectados de
modo que, durante a vida útil do edifício que as contém, atendam aos seguintes requisitos:
Preservar a potabilidade da água;

 Garantir o fornecimento da água de forma contínua em quantidade adequada e com


pressão e velocidades compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos
sanitários, peças de utilização de demais componentes;
 Promover a economia da água e energia;
 Possibilitar manutenção fácil e económica;
 Evitar níveis de ruído inadequados á ocupação do ambiente;

7
 Proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização adequadamente
localizadas, de fácil operação, com vazões satisfatórias e atendendo as demais exigências
do usuário.

1.1.1 Etapas de projecto

Basicamente, podem-se considerar três etapas na realização de um projecto de instalações


prediais de água fria: concepção do projecto, determinação de vazões e dimensionamento.

A concepção é a etapa mais importante do projecto e é nesta fase que devem ser definidos: o tipo
do prédio e sua utilização, sua capacidade actual e futura, o tipo de sistema de abastecimento, os
pontos de utilização, o sistema de distribuição, a localização dos reservatórios, canalizações e
aparelhos.

A etapa seguinte consiste na determinação das vazões das canalizações constituintes do sistema,
que é feita através de dados e tabelas da Norma, assim como na determinação das necessidades
de preservação e capacidade dos equipamentos.

No projecto das instalações prediais de água fria devem ser consideradas as necessidades do
projecto de instalação de água para protecção e combate a incêndios.

O dimensionamento das canalizações é realizado utilizando-se dos fundamentos básicos da


Hidráulica.

O desenvolvimento do projecto das instalações prediais de água fria deve ser conduzido
concomitantemente, e em conjunto (ou em equipe de projecto), com os projectos de arquitectura,
estruturas e de fundações do edifício, de modo que se consiga a mais perfeita harmonia entre
todas as exigências técnico-económicas envolvidas.

Os equipamentos e reservatórios devem ser adequadamente localizados tendo em vista as suas


características funcionais, a saber:

 Espaço;
 Iluminação;
 Ventilação;

8
 Protecção sanitária;
 Operação e manutenção.

Só é permitida a localização de tubulações solidárias à estrutura se não forem prejudicadas pelos


esforços ou deformações próprias dessa estrutura.

As passagens através da estrutura devem ser previstas e aprovadas por seu projectista. Tais
passagens devem ser projectadas de modo a permitir a montagem e desmontagem das tubulações
em qualquer ocasião.

Indica-se, como a melhor solução para a localização das tubulações, a sua total independência
das estruturas e das alvenarias. Nesse caso devem ser previstos espaços livres, verticais e
horizontais, para sua passagem, com aberturas para inspecções e substituições, podendo ser
empregados forros ou paredes falsas para escondê-las.

Segundo a NBR 5626 (1) o projecto das instalações prediais de água fria compreende memorial
descritivo e justificativo, cálculos, norma de execução, especificações dos materiais e
equipamentos a serem utilizados, e a todas as plantas, esquemas hidráulicos, desenhos
isométricos e outros além dos detalhes que se fizerem necessários ao perfeito entendimento dos
elementos projectados; deve compreender também todos os detalhes construtivos importantes
tendo em vista garantir o cumprimento na execução de todas as suas prescrições. Poderão ou não
constar, dependendo de acordo prévio entre os interessados, as relações de materiais
e equipamentos necessários à instalação.

1.2 Entrada e fornecimento de água fria

Para o mesmo autor acima referido, uma instalação predial de água fria pode ser alimentada de
duas formas, pela rede pública de abastecimento ou por um sistema privado, quando a primeira
não estiver disponível.

Quando a instalação for alimentada pela rede pública, a entrada da água no prédio será feita por
meio do ramal predial, executado pela concessionária pública responsável pelo abastecimento,
que interliga a rede pública de distribuição de água a instalação predial.

9
Antes de solicitar o fornecimento de água, porém, o projectista deve fazer uma consulta prévia à
concessionária, visando obter informações sobre as características da oferta da água no local de
execução da obra. É importante obter informações a respeito de eventuais limitações de vazão,
do regime de variação de pressões, das características da água, da constância de abastecimento, e
outros que julgar relevantes.

Quando for prevista utilização de água proveniente de poços, o órgão público responsável pelo
gerenciamento dos recursos hídricos deverá ser consultado previamente.

1.3 Sistema de abastecimento predial de água

Para os autores (ASSIS PAIXÃO; CREDER; CARVALHO Júnior, 1999, 2006, 2007), existe
três tipos de sistemas de abastecimento da rede predial de distribuição: directo, indirecto e misto.

1.3.1 Sistema de distribuição directa

A alimentação da rede predial de distribuição é feita directamente da rede pública de


abastecimento. Nesse caso, não existe reservatório domiciliar, e a distribuição é feita de forma
ascendente, ou seja, as peças de utilização de água são abastecidas directamente da rede pública.
Esse sistema tem baixo custo de instalação, porém, se houver qualquer problema que ocasione a
interrupção no fornecimento de água no sistema público, certamente faltará água na edificação.

O Código de Obras e Edificações de Florianópolis especifica, no Artigo 129, que toda edificação
deverá possuir reservatório de água próprio, logo o sistema de distribuição directa não pode ser
utilizado.

Figura 1: Sistema de distribuição directa. Fonte: GHISI, Março de 2004.

10
Vantagens

 Água de melhor qualidade devido à presença de cloro residual na rede de distribuição;


 Maior pressão disponível devido à pressão mínima de projecto em redes de distribuição
pública ser da ordem de 15 m.c.a;
 Menor custo da instalação, não havendo necessidade de reservatórios, bombas, registos
de bóia, etc.

Desvantagens

 Falta de água no caso de interrupção no sistema de abastecimento ou de distribuição;


 Grandes variações de pressão ao longo do dia, devido aos picos de maior ou de menor
consumo na rede pública;
 Pressões elevadas em prédios situados nos pontos baixos da cidade;
 Limitação da vazão, não havendo a possibilidade de instalação de válvulas de descarga
devido ao pequeno diâmetro das ligações domiciliares empregadas pelos serviços de
abastecimento público;
 Possíveis golpes de aríete;
 Maior consumo (maior pressão);

1.3.2 Sistema de distribuição indirecta

Nos sistemas indirectos, adoptam-se reservatórios para minimizar os problemas referentes à


intermitência ou as irregularidades no abastecimento de água e as variações de pressões da rede
pública. No sistema indirecto consideram-se três situações descritas a seguir:

1.3.2.1 Sistema indirecto sem bombeamento

Esse sistema é adoptado quando a pressão na rede pública é suficiente para alimentar o
reservatório superior. O reservatório interno da edificação ou do conjunto de edificações
alimenta os diversos pontos de consumo por gravidade. Portanto, ele deve estar sempre a uma
altura superior a qualquer ponto de consumo. Obviamente, a grande vantagem desse sistema é
que a água do reservatório garante o abastecimento interno, mesmo que o fornecimento da rede

11
pública seja provisoriamente interrompido, o que torna o sistema mais utilizado em edificações
de até três pavimentos (nove metros de altura total até o reservatório).

O Artigo 221 do Código de Obras e Edificações de Florianópolis especifica que deve ser
adoptado reservatório inferior e instalação de moto-bombas de recalque nas edificações com
quatro ou mais pavimentos

Figura 2: Sistema de distribuição indirecta sem bombeamento


Fonte: GHISI, Março de 2004.

1.3.2.2 Sistema indirecto com bombeamento

Esse sistema, normalmente, é utilizado quando a pressão da rede pública não é suficiente para
alimentar directamente o reservatório superior – como, por exemplo, em edificações com mais
de três pavimentos (acima de nove metros de altura). Nesse caso adopta-se um reservatório
inferior, de onde a água é bombeada até o reservatório elevado, por meio de um sistema de
recalque. A alimentação da rede de distribuição predial é feita por gravidade, a partir do
reservatório superior.

12
Figura 3: Sistema de distribuição indirecta com bombeamento.
Fonte: GHISI (Março de 2004).

1.3.2.3 Sistema indirecto hidropneumático

Esse sistema de abastecimento requer um equipamento para pressurização da água a partir de um


reservatório inferior. Ele é adoptado sempre que há necessidade de pressão em determinado
ponto da rede, que não pode ser obtida pelo sistema indirecto por gravidade, ou quando, por
razões técnicas e económicas, se deixa de construir reservatório elevado. É um sistema que
demanda alguns cuidados especiais. Além de custo adicional, exige manutenção periódica. Além
disso, caso falte energia eléctrica na edificação, ele fica inoperante, necessitando de gerador
alternativo para funcionar.

13
Figura 4: Sistema indirecto hidropneumático.
Fonte: CARVALHO Júnior (2007).

O sistema hidropneumático é constituído por uma bomba centrífuga, um injector de ar e um


tanque de pressão. Além desses componentes principais, o sistema é automatizado por meio do
uso de um pressóstato. Os aparelhos existentes na prática variam de acordo com o fabricante,
porém, o funcionamento difere muito pouco. A bomba, com características apropriadas, recalca
água (geralmente de um reservatório inferior) para o tanque de pressão. Entre a bomba e o
tanque de pressão, localiza-se o injector de ar (normalmente um Venture) que aspira ar durante o
funcionamento da bomba e o arrasta para o interior do tanque de pressão. O ar é comprimido na
parte superior do tanque até atingir a pressão máxima, quando a bomba é desligada,
automaticamente pela acção do pressóstato. Tem-se, como resultado, um colchão de ar na parte
superior do tanque, cujo volume varia com a pressão existente. Quando a água é utilizada em
qualquer ponto de consumo, a pressão diminui, com consequente expansão do colchão de ar, até
que a pressão mínima seja atingida, quando pela acção do pressóstato, a bomba é ligada.

O ciclo de funcionamento do sistema compreende o intervalo de tempo decorrido entre dois


accionamentos de “liga” da bomba. Conhecendo-se o ciclo de funcionamento, é possível calcular
o número médio de partidas da bomba por hora. De acordo com a NBR 5626, a instalação
elevatória deve operar, no máximo, seis vezes por hora.

14
Vantagens dos Sistemas de Distribuição Indirecta

 Fornecimento de água de forma contínua, pois em caso de interrupções no fornecimento,


tem-se um volume de água assegurado no reservatório;
 Pequenas variações de pressão nos aparelhos ao longo do dia;
 Permite a instalação de válvula de descarga;
 Golpe de aríete desprezível;
 Menor consumo que no sistema de abastecimento directo.

Desvantagens

 Possível contaminação da água reservada devido à deposição de lodo no fundo dos


reservatórios e à introdução de materiais indesejáveis nos mesmos;
 Menores pressões, no caso da impossibilidade da elevação do reservatório;
 Maior custo da instalação devido a necessidade de reservatórios, registos de bóia
e outros acessórios.

1.3.3 Sistema de distribuição mista

No sistema de distribuição mista, parte da alimentação da rede de distribuição predial é feita


directamente pela rede pública de abastecimento e parte pelo reservatório superior.

Esse sistema é o mais usual e o mais vantajoso que os demais, pois algumas peças podem ser
alimentadas directamente pela rede publica, como torneiras externas, tanques em áreas de
serviço, situado no pavimento térreo. Nesse caso, como a pressão na rede pública quase sempre é
maior do que é obtida a partir do reservatório superior, os pontos de utilização de água terão
maior pressão.

Vantagens:

 Água de melhor qualidade devido ao abastecimento directo em torneiras para filtro, pia e
cozinha e bebedouros;
 Fornecimento de água de forma contínua no caso de interrupções no sistema de
abastecimento ou de distribuição;

15
Figura 5: sistema de distribuição mista.
Fonte: CARVALHO Júnior (2007).

1.4 Partes constituintes de uma instalação predial de água fria

Antes de se enumerar as diversas partes contribuintes de uma instalação de água fria, apresenta-
se a seguir algumas definições extraídas da NBR 5626, que são necessárias à compreensão dos
textos que se seguem.

Definições

De acordo com a Norma são adoptadas definições de 5.1 a 5.53.

Alimentador predial Tubulação que liga a fonte de abastecimento a um reservatório de água de


uso doméstico.

Aparelho sanitário Aparelho destinado ao uso de água para fins higiénicos ou para receber
dejectos e/ou águas servidas. Inclui-se nesta definição aparelhos como bacias sanitárias,

16
lavatórios, pias e outros, e, também, lavadoras de roupa e pratos, banheiras de hidromassagem,
etc.

Automático de bóia Dispositivo instalado no interior de um reservatório para permitir o


funcionamento automático da instalação elevatória entre seus níveis operacionais e extremos.

Barrilete Conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as colunas


de distribuição, quando o tipo de abastecimento adoptado é indirecto.

Caixa de descarga Dispositivo colocado acima, acoplado ou integrado às bacias sanitárias ou


mictórios, destinadas a reservação de água para suas limpezas.

Caixa ou válvula redutora de pressão Caixa destinada a reduzir a pressão nas colunas de
distribuição.

Coluna de distribuição Tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais.

Conjunto elevatório Sistema para elevação de água.

Consumo diário Valor médio de água consumida num período de 24 horas em decorrência de
todos os usos do edifício no período.

Dispositivo antivibratório Dispositivo instalado em conjuntos elevatórios para reduzir


vibrações e ruídos e evitar sua transmissão.

Extravasor Tubulação destinada a escoar os eventuais excessos de água dos reservatórios e das
caixas de descarga.

Inspecção Qualquer meio de acesso aos reservatórios, equipamentos e tubulações.

Instalação elevatória Conjunto de tubulações, equipamentos e dispositivos destinados a elevar a


água para o reservatório de distribuição.

Instalação hidropneumático Conjunto de tubulações, equipamentos, instalações elevatórias,


reservatórios hidropneumáticos e dispositivos destinados a manter sob pressão a rede de
distribuição predial.

17
Instalação predial de água fria Conjunto de tubulações, equipamentos, reservatórios e
dispositivos, existentes a partir do ramal predial, destinado ao abastecimento dos pontos de
utilização de água do prédio, em quantidade suficiente, mantendo a qualidade da água fornecida
pelo sistema de abastecimento.

Interconexão Ligação, permanente ou eventual, que torna possível a comunicação entre dois
sistemas de abastecimento.

Ligação de aparelho sanitário Tubulação compreendida entre o ponto de utilização e o


dispositivo de entrada de água no aparelho sanitário.

Limitador de vazão Dispositivo utilizado para limitar a vazão em uma peça de utilização.

Nível operacional Nível atingido pela água no interior da caixa de descarga, quando o
dispositivo da torneira de bóia se apresenta na posição fechada e em repouso.

Nível de transbordamento Nível do plano horizontal que passa pela borda de reservatório,
aparelho sanitário ou outro componente. No caso de haver extravasor associado ao componente,
o nível é aquele do plano horizontal que passa pelo nível inferior do extravasor.

Quebrador de vácuo Dispositivo destinado a evitar o refluxo por sucção da água nas
tubulações.

Peça de utilização Dispositivo ligada a um sub-ramal para permitir a utilização da água e, em


alguns casos, permite também o ajuste da sua vazão.

Ponto de utilização (da água) Extremidade de jusante do sub-ramal a partir de onde a água fria
passa a ser considerada água servida.

Pressão de serviço Pressão máxima a que se pode submeter um tubo, conexão, válvula, registo
ou outro dispositivo, quando em uso normal.

Pressão total de fechamento Valor máximo de pressão atingido pela água na secção logo à
montante de uma peça de utilização em seguida a seu fechamento, equivalendo a soma da
sobrepressão de fechamento com a pressão estática na secção considerada.

18
Ramal Tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-ramais.

Ramal predial Tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a instalação


predial. O limite entre o ramal predial e o alimentador predial deve ser definido pelo regulamento
da Cia. Concessionária de Água local.

Rede predial de distribuição Conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de


distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos, destinado a levar água aos
pontos de utilização.

Refluxo de água Retorno eventual e não previsto de fluidos, misturas ou substâncias para o
sistema de distribuição predial de água.

Registo de fechamento componente instalado em uma tubulação para permitir a interrupção da


passagem de água. Deve ser usado totalmente fechado ou totalmente aberto. Geralmente
emprega-se registos de gaveta ou esfera.

Registo de utilização Componente instalado na tubulação e destinado a controlar a vazão da


água utilizada. Geralmente empregam-se registos de pressão ou válvula em sub-ramais.

Regulador de vazão Aparelho intercalado numa tubulação para manter constante sua vazão,
qualquer que seja a pressão a montante.

Reservatório hidropneumático Reservatório para ar e água destinado a manter sob pressão a


rede de distribuição predial.

Reservatório inferior Reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação


elevatória, destinada a reservar água e a funcionar como poço de sucção da instalação elevatória.

Reservatório superior Reservatório ligado ao alimentador predial ou a tubulação de recalque,


destinado a alimentar a rede predial ou a tubulação de recalque, destinado a alimentar a rede
predial de distribuição.

19
Retrossifonagem Refluxo de água usada, proveniente de um reservatório, aparelho sanitário ou
qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulação, em decorrência de pressões
inferiores à atmosférica.

Separação atmosférica Distância vertical, sem obstáculos e através da atmosfera, entre a saída
da água da peça de utilização e o nível de transbordamento dos aparelhos sanitários, caixas de
descarga e reservatórios.

Sistema de abastecimento Rede público ou qualquer sistema particular de água que abasteça a
instalação predial.

Sub-pressão de fechamento Maior acréscimo de pressão que se verifica na pressão estática


durante e logo após o fechamento de uma peça de utilização.

Sub-pressão de abertura Maior acréscimo de pressão que se verifica na pressão estática logo
após a abertura de uma peça de utilização.

Sub-ramal Tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho sanitário.

Torneira de bóia Válvula com bóia destinada a interromper a entrada de água nos reservatórios
e caixas de descarga quando se atinge o nível operacional máximo previsto.

Trecho Comprimento de tubulação entre duas derivações ou entre uma derivação e a última
conexão da coluna de distribuição.

Tubo de descarga Tubo que liga a válvula ou caixa de descarga à bacia sanitária ou mictório.

Tubo ventilador Tubulação destinada a entrada de ar em tubulações para evitar subpressões


nesses condutos.

Tubulação de limpeza Tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório para permitir a sua


manutenção e limpeza.

Tubulação de recalque Tubulação compreendida entre o orifício de saída da bomba e o ponto


de descarga no reservatório de distribuição.

20
Tubulação de sucção Tubulação compreendida entre o ponto de tomada no reservatório inferior
e o orifício de entrada da bomba.

Válvula de descarga Válvula de accionamento manual ou automático, instalada no sub-ramal de


alimentação de bacias sanitárias ou de mictórios, destinada a permitir a utilização da água para
suas limpezas.

Válvula de escoamento unidireccional Válvula que permite o escoamento em uma única


direcção.

Válvula redutora de pressão Válvula que mantém a jusante uma pressão estabelecida, qualquer
que seja a pressão dinâmica a montante.

Vazão de regime Vazão obtida em uma peça de utilização quando instalada e regulada para as
condições normais de operação.

Volume de descarga Volume que uma válvula ou caixa de descarga deve fornecer para
promover a perfeita limpeza de uma bacia sanitária ou mictório.

1.4.1 Materiais utilizados

Uma escolha adequada dos materiais, dispositivos e peças de utilização é condição básica para o
bom funcionamento das instalações, pois, mesmo existindo um bom projeto, na etapa de
construção poderá ocorrer uma série de erros que podem comprometer a qualidade da
construção. O conhecimento de alguns aspectos tecnológicos das instalações prediais, visando à
sua adequação aos sistemas construtivos é de fundamental importância para o projetista.

Para a escolha dos materiais, é fundamental a observância da NBR 5626, que fixa as condições
exigíveis, a maneira e os critérios pelos quais devem ser projetadas as instalações prediais de
água fria, para atender às exigências técnicas de higiene, segurança, economia e conforto dos
usuários.

Existem vários componentes empregados nos sistemas prediais de água fria: tubos e conexões,
válvulas, registros, hidrômetros, bombas, reservatórios etc. Os materiais mais comumente
utilizados nos tubos são: cloreto de polivinila (PVC rígido), aço galvanizado e cobre.

21
Normalmente, as tubulações destinadas ao transporte de água potável são executadas com tubos
de plástico (PVC), imunes à corrosão. Existem vários fabricantes de tubos e conexões de PVC.
Para uso em instalações prediais de água fria, a Tigre, por exemplo, produz dois tipos: o PVC
rígido soldável marrom, com diâmetros externos que variam de 20 mm a 110 mm, e o PVC
rígido roscável branco, com diâmetros que vão de ½” a 4".

As principais vantagens dos tubos e conexões de PVC em relação aos outros materiais são:
leveza e facilidade de transporte e manuseio; durabilidade ilimitada; resistência à corrosão;
facilidade de instalação; baixo custo e menor perda de carga.

As principais desvantagens são: baixa resistência ao calor e degradação por exposição


prolongada ao sol.

Os tubos metálicos apresentam como vantagens: maior resístência mecânica; menor deformação;
resistência a altas temperaturas (não entram em combustão nas temperaturas usuais de incêndio).

As desvantagens são: suscetíveis à corrosão; possibilidade de alteração das características físico-


químicas da água pelo processo de corrosão e de outros resíduos; maior transmissão de ruídos ao
longo dos tubos; maior perda de pressão.

Os tubos e conexões de ferro galvanizado, geralmente, são utilizados em instalações aparentes e


nos sistemas hidráulicos de combate a incêndios. As conexões, principalmente os cotovelos, são
muito utilizadas nos pontos de torneira de jardim, pia, tanque etc. por serem mais resistentes.

Os tubos e conexões de cobre são tradicionalmente utilizados instalações de água quente, mas
também podem ser utilizadose água fria. As tubulações de cobre proporcionam menores
diametros no dimensionamento, entretanto seu custo é maior que as de PVC.

Qualquer que seja o material escolhido para a instalação, é irnportante verificar se obedecem a
alguns parâmetros fixados pelas normas brasileiras. Portanto, ao comprar tubos e conexões,
deve-se verificar se eles contêm a marcação com o número da norma ABNT correspondente e a
marca do fabricante.

22
A falta de observância das normas, bem como deficiências no material e na mão de obra, aliada à
eventual negligência dos projectistas e construtores, pode comprometer a qualidade da obra e
vícios construtivos.

Segundo ASSIS PAIXÃO (1999), os materiais utilizados nas redes prediais são:

Água fria – tubos de aço maciço, de ferro galvanizado, PVC rígido (poli cloreto de vinil) e
PEAD (polietileno de alta densidade). Os tubos de cimento- amianto está com um uso cada vez
mais restrito.

Água contra incêndio – usualmente apenas utiliza o tubo de aço macio. Uma escolha adequada
dos materiais, dispositivos e peças de utilização é condição básica para o bom funcionamento das
instalações, pois, mesmo existindo um bom projecto, na etapa de construção poderá ocorrer uma
série de erros que podem comprometer a qualidade da construção. O conhecimento de alguns
aspectos tecnológicos das instalações prediais, visando a sua adequação aos sistemas
construtivos, é de fundamental importância para o projectista. Para o autor acima referido,
existem vários componentes empregados nos sistemas prediais de água fria: tubos e conexões,
válvulas, registos, higrómetros, bombas, reservatórios, etc. Os materiais comummente utilizados
nas tubagens são: cloreto de polivinila (PVC rígido), aço galvanizado e cobre.

1.4.2 Detalhes isométricos

Para melhor visualização da rede de distribuição de água fria, desenham-se os compartimentos


sanitários em perspectiva isometrica. Os detalhes isométricos, geralmente, são elaborados nas
escalas 1:20 ou 1:25. Desenham-se com traços finos os contornos das paredes e marca-se a
posição das portas e janelas. As cotas sao despensáveis.

Os aparelhos sanitários são representados por suas convenções em traços de maior espessura,
bem como as tubulações, os registros e outros detalhes. A seguir é apresentado um roteiro
simplificado para o desenho de isométricos.

a) Traça-se a planta cega do compartimento com esquadro de 600.

b) Locam-se os eixos dos pontos de consumo de água (lavatório, bacia sanitária, ducha higiênica,
chuveiro etc.).
23
c) Traça-se uma linha pontilhada do eixo das peças até a altura dos pontos de consumo.

d) Traçam-se os ramais internos, unindo os pontos de consumo.

e) Indicam-se, nos ramais e sub-ramais, os diâmetros correspondentes.

1.4.3 Altura dos pontos

O posicionamento dos pontos de entrada de água e a posição registros e outros elementos pode
variar em função de determinados modelos de aparelhos. Porém, as alturas mais utilizadas para
diversos tipos de aparelhos são:

BS – Bacia sanitária c/ válvula (h=33 cm);

BCA – Bacia sanitária c/ caixa acoplada (h=20 cm);

DC – Ducha higiênica (h=50 cm);

BI – Bidê (h=20 cm);

BH – Banheira de hidromassagem (h=30 cm);

CH – Chuveiro ou ducha (h=220 cm);

LV – Lavatório (h=60 cm);

MIC – Mictório (h=105 cm);

MLR – Máquina de lavar roupa (h=90 cm);

MLL – Máquina de lavar louça (h=60 cm);

PIA – Pia (h=110 cm);

TQ – Tanque (h=115 cm);

VD – Válvula de descarga (h=110 cm).

24
1.5 Traçado e instalação de rede

1.5.1Traçado

Segundo o RGSPPDADA, Artigo 95º:

 O traçado das canalizações prediais de água deve ser constituído por troços rectos,
horizontais e verticais, ligados entre si por acessórios apropriados, devendo os primeiros
possuir ligeira inclinação para favorecer a circulação do ar e considerando-se
recomendável 0,5 % como valor orientativo;
 A exigência de alguns acessórios pode ser dispensável caso se utilizem canalizações
flexíveis;

1.5.2 Instalação

Do mesmo regulamento Artigo 96º, as canalizações interiores da rede predial de água fria pode
se instalada à vista, em galerias, caleiras, tetos falsos, embainhadas ou embutidas.

1. As canalizações não embutidas são fixadas por braçadeiras, espaçadas em conformidade com
as características do material;

2. Na instalação de juntas e no tipo de braçadeiras a utilizar deverão ser consideradas a dilatação


e a contracção da tubagem;

3. As canalizações exteriores da rede predial de água fria podem ser enterradas em valas,
colocadas em paredes ou instaladas em caleiras, devendo ser sempre protegidas de acções
mecânicas e isoladas termicamente quando necessário;

4. As canalizações não devem ficar:

 Sob elementos de fundação;


 Embutidas em elementos estruturais;
 Embutidas em pavimentos, excepto quando flexíveis e embainhadas;
 Em locais de difícil acesso;
 Em espaços pertencentes a chaminés e a sistemas de ventilação.

25
1.6 Parametros de calculo para o dimensionamento do sistema predial de Distribuição de
água fria

Para dimensionar os sistemas prediais de distribuição a água fria, é feita tendo-se em conta os
seguintes aspectos:

1.6.1 Caudal

De acordo com (CORDERO, 2010), chama-se vazão numa determinada secção, o volume de
líquido que atravessa esta secção na unidade de tempo, isto é:

𝐕
𝐐= (1)
𝐭

Onde: Q- caudal em: (𝑚3 ⁄𝑠 ; 𝑙 ⁄𝑠 ; 𝑚3 ⁄ℎ ; 𝑙 ⁄ℎ);

V- volume em: (𝑚3 ; 𝑙);

t- tempo em: (𝑠; ℎ).

1.6.1.1 Caudal de Cálculo

De acordo com (RGSPPDADAR, 1996), os caudais de cálculo na rede predial de água fria
devem basear-se nos caudais instantâneos atribuídos aos dispositivos de utilização e nos
coeficientes de simultaneidade.

Portanto, os caudais de cálculo determinam-se pela soma dos caudais dos dispositivos de
utilização, multiplicado pelo respectivo coeficiente de simultaneidade. Ou seja, pela seguinte
expressão:

𝑸𝑪 = (∑ 𝒒) ∗ 𝑲𝑺 (2)

Onde: 𝑄𝐶 - Caudal de calculo em (l/s)

q- Caudal unitário dos dispositivos de utilização em (l/s)

𝐾𝑆 - Coeficiente de simultaneidade.

26
Importa referir que de acordo com (REALI et al, 2002), a determinação da vazão a ser
distribuída no sistema predial, deve respeitar o tipo de sistema a adoptar:

 Quando o sistema predial de distribuição de água fria é directo, a vazão é dada pela
expressão:

𝐐𝐂 = 𝐜 ∗ √∑ 𝐏 (3)

Onde: c- Coeficiente de descarga = 0,3 l/s

P- soma dos pesos correspondentes a todas as peças de utilização alimentadas através do trecho
considerado, mostrados na tabela 1.

 Quando o sistema predial de distribuição de água fria é indirecto, a vazão é dada pela
expressão:

𝐂𝐃
𝐐𝐂 = (𝟒)
𝟐𝟒 ∗ 𝟔𝟎 ∗ 𝟔𝟎

𝐂𝐃 = 𝐂 ∗ 𝐩 (𝟓)

Onde: CD- consumo diário em l/s;

C- Consumo per capita, em l/dia;

p- Número da população do edifício.

1.6.2 Reservatórios

No projecto de um edifício pode ser importante considerar a necessidade de utilizar um


reservatório, tanto para servir de fornecimento de água, como também como constituinte da rede
de incêndios. Neste ponto serão abordados os reservatórios que são utilizados nas redes de
abastecimento de água.

Nos sistemas prediais de abastecimento de água é dada especial atenção ao perigo que reside na
possível contaminação da água destinada ao consumo humano. É, por isso, de evitar a utilização
de reservatórios neste tipo de redes. No entanto existem casos em que as características da rede

27
tornam indispensável o uso destes elementos. Nestas situações torna-se essencial dotar o plano
de construção dos reservatórios de cuidados especiais, relativos à potabilidade da água.

Segundo RGSPPDADAR [N12], através do Artigo 67º, nas redes de abastecimento de água, os
reservatórios têm a função de assegurar a distribuição de água nas situações em que existe
descontinuidade do sistema de montante, ou quando é necessário regularizar tanto as pressões da
rede, como também o funcionamento dos sistemas de bombagem.

Relativamente aos aspectos construtivos existem algumas considerações que devem ser tidas
em conta:

 Deve ser garantida a resistência e estanqueidade dos reservatórios;


 O fundo do reservatório deverá ter uma inclinação mínima de 1% no sentido da caixa de
descarga;
 As arestas devem ser boleadas, de forma a evitar o depósito de elementos que podem
contaminar a água;
 Os reservatórios devem permitir uma limpeza eficaz, através da utilização de elementos
de revestimento que o permitam, bem como de um bypass que permita o esvaziamento do
mesmo. Deverá igualmente considerar-se que os reservatórios devem ser instalados em
zonas de fácil acesso, de forma a facilitar, para além da sua limpeza, a sua inspecção e
manutenção;
 Deverá dotar-se os reservatórios de sistema de ventilação, permitindo a renovação do
ar que contacta com a água;
 Os reservatórios elevados com uma capacidade superior a 2 𝑚3 , assim como todos os
reservatórios enterrados e semi-enterrados, devem ser constituídos por pelo menos duas
células que estejam preparadas para funcionar isoladamente, mas que comuniquem em
funcionamento normal;
 Quando for necessário recorrer-se a dois reservatórios, um no topo e outro na base do
edifício, deve ter-se em atenção que a capacidade do reservatório superior deverá ser 2/5
da capacidade total da rede, estando os outros 3/5 destinados ao reservatório inferior.

28
1.6.2.1 Reserva de incêndio

É recomendável armazenarmos certa quantidade de água para o caso de incêndios, a


recomendação é que a reserva seja de 15 a 20% do consumo diário. Assim, reservaremos 20% do
consumo diário para incêndio:

𝐑 𝐢𝐧𝐜 = 𝟎, 𝟐 ∗ 𝐂𝐃 (𝟔)

Onde: 𝑅𝑖𝑛𝑐 – Reserva de incendio em 𝑚3 .

1.6.2.2 Volume de reservatório

A Norma NBR 5626/98 estabelece que o volume total a ser armazenado não deve ser inferior a
uma vez o CD e nem superior a três vezes. Usualmente o valor de armazenamento para projectos
é de 2 vezes o CD, porém a SANEPAR recomenda a utilização do máximo estabelecido pela
norma, ou seja, 3 vezes o CD.

Os reservatórios devem armazenar o consumo total de 2 dias, além da reserva de incêndio,


assim:

𝐕𝐑 = 𝟐 ∗ 𝐂𝐃 + 𝐑 𝐢𝐧𝐜 (𝟕)

Onde: VR- volume de reservatório em 𝑚3 .

O armazenamento de água deve ser disposto da seguinte forma:

𝟑
𝐕𝐑𝐈 = ∗ 𝐕𝐑 (𝟖)
𝟓

𝟐
𝑽𝑹𝑺 = ∗ 𝑽𝑹 (𝟗)
𝟓

Onde: VRI e VRS são volumes de reservatórios inferior e superior respectivamente em 𝑚3

29
1.6.3 Dimensionamento de colunas de distribuição

De acordo com (BORGES et al, 1992), as colunas de distribuição são tubagens que derivam do
barrilete, na posição vertical, e alimentam os ramais nos pavimentos.

O método mais empregado para o dimensionamento das colunas de distribuição é, de acordo


com (BORGES et al, 1992), o método de ROY B. HUNTER. Portanto, para o cálculo pelo
método de HUNTER, observa-se o seguinte roteiro:

1. Desenha-se a coluna, colocando as cotas, ramais a alimentar e trechos a dimensionar. É


preferível a criação de novas colunas para evitar que os ramais se alonguem. A coluna
que alimenta aparelhos que utilizam válvulas de descarga deverá ser independente das
demais;
2. Relacionar os ramais que serão alimentados por cada coluna de distribuição;
3. Pela tabela 1 obtém-se os pesos das peças de utilização por pavimento;
4. Após a determinação dos pesos por pavimento faz-se a soma, de baixo para cima,
encontrando-se assim os pesos acumulados em cada trecho da coluna;
5. Encontrados os pesos acumulados em cada trecho da coluna, determinam-se as vazões
em l/s, mediante a aplicação da equação (3);
6. Conhecida a vazão, determinar-se os diâmetros dos trechos da coluna usando a tabela 3;
7. Com a vazão e o diâmetro, entra-se com estes dados num dos ábacos de Fair – Whipple –
Hsiao, e determina-se a perda de carga unitária e a velocidade que deve ser comparada
com os valores admissíveis. Pode-se usar também os ábacos de Flamant e Hazen –
Williams;
8. Determina-se o comprimento total da tubagem, valor este que é a soma do comprimento
real mais o comprimento equivalente; que é obtido nas tabelas.
9. Conhecidos o comprimento total e a perda de carga unitária, determina-se a perda de
carga total em cada trecho da tubagem pela expressão: 𝐡𝐟 = 𝐣𝐮 ∗ 𝐋𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥 ;
10. Determinam-se então as pressões disponíveis nas derivações das colunas de distribuição
de água fria.

Com o diâmetro e a vazão de cada coluna calculadas, a velocidade precisa ser verificada,
devendo estar dentro do intervalo de 0,6 a 2,5 m/s.

30
A velocidade e verificada através da equação seguinte:

𝟒∗𝐐
𝐯= (𝟏𝟎)
𝛑 ∗ 𝐃𝟐

Onde: v- velocidade de escoamento;

D- diâmetro das tubagens.

As pressões também devem ser verificadas, pois tanto a falta de, como o excesso, podem gerar
problemas ao perfeito funcionamento do sistema predial. As pressões devem estar dentro deste
intervalo com diz a norma:

 Pressão estática máxima: de acordo com (RGSPPDADAR, 1996), admite-se uma pressão
máxima estática de serviço de 600 KPa (60.0 m.c.a)
 Pressão dinâmica mínima: 5.00 Kpa (0.50 m.c.a) e 20.00 Kpa (2.00 m.c.a). (BORGES et
al, 1992).
 A pressão disponível no primeiro trecho de cada coluna é a distância vertical da altura de
água do reservatório superior até o final do trecho.
 A pressão disponível dos demais trechos é calculada por:

𝐏𝐫𝐝 = 𝐩𝐫𝐣𝐮 + 𝐋𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥 (𝟏𝟏)

 A perda de carga unitária é obtida pela fórmula de Fair_whipple_hsiao:

𝐐 = 𝟐𝟕, 𝟏𝟏𝟑 ∗ 𝐉 𝟎,𝟔𝟑𝟐 ∗ 𝐃𝟐,𝟓𝟗𝟔 (𝟏𝟐)

 A perda de carga total é calculada por:

𝐉𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥 = 𝐣𝐮 ∗ 𝐋𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥 (𝟏𝟑)

 A pressão à jusante é calculada por:

𝐩𝐫𝐣𝐮 = 𝐏𝐫𝐝 − 𝐉𝐭𝐨𝐭𝐚𝐥 (𝟏𝟒)

31
1.6.4 Dimensionamento de Barrilete

De acordo com (REALI et al, 2002), trata-se de uma tubulação ligando as duas secções do
reservatório superior, e da qual partem as derivações correspondentes às diversas colunas de
distribuição.

O barrilete é dimensionado em função das colunas de distribuição abastecidas por cada trecho do
barrilete. O barrilete será dimensionado seguindo o método de Hunter. O método sugere que a
perda de carga seja adoptada como 𝐽 = 0.08 𝑚/𝑚.

1.6.5 Dimensionamento dos ramais

De acordo com a NBR 5626/1998 Instalações Prediais de Água Fria da ABNT (1) e (REALI et
al, 2002), ramal é a tubagem derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-
ramais. Para cada ramal serão computadas as peças de utilização e o somatório dos pesos. E,
novamente, através do ábaco, obtêm a vazão e o diâmetro de cada ramal. Os ramais podem ser
dimensionados seguindo o método do consumo máximo possível, ou seja, pela equação (3).

1.6.6 Dimensionamento dos sub-ramais

De acordo com (ALAMO, 2014), sub-ramais são tubagens destinadas a alimentar os aparelhos
sanitários. O diâmetro destas tubagens está definido pelo aparelho que irá servir. Geralmente os
sub-ramais não necessitam de cálculo para serem dimensionados. A norma fornece os diâmetros
mínimos dos sub-ramais. Dessa forma, conforme as peças de utilização serão obtidos os
diâmetros dos sub-ramais.

1.6.7 Dimensionamento do sistema bombagem.

O dimensionamento da bomba deverá ser feito depois de uma análise de todo o sistema de
elevação ou sobrepressão (constituído, para além do grupo de bombagem, pelas canalizações por
onde é escoada a água e, em certos casos, por um reservatório). Esta análise permite estimar o
valor das perdas de carga inerentes a todo o sistema. No cálculo desta grandeza é importante
evidenciar a grande influência das perdas de carga localizadas, associadas aos dispositivos
utilizados, pelo que a sua consideração deve ser feita tendo em conta o método do comprimento

32
equivalente, já que este determina valores mais concordantes com a realidade. De acordo com
(DA COSTA, et al, 2001), o sistema elevatório é composto pelos seguintes elementos:

 Tubagem de aspiração ou de sucção;


 Conjunto moto – bomba;
 Tubagem de compressão ou de elevação.

1.6.7.1 Dimensionamento do encanamento de recalque

Para o dimensionamento de tubagem de recalque A NBR 5626 recomenda o uso da fórmula de


Forchheimer para dimensionamento da tubulação de recalque.

𝟒 𝐍𝐟
𝐃𝐫 = 𝟏, 𝟑 ∗ √𝐐𝐫𝐞𝐜 ∗ √ (𝟏𝟓)
𝟐𝟒

𝐂𝐃
𝐐𝐫 = (𝟏𝟔)
𝐍𝐟

Onde: DR - Diâmetro de recalque em metros;

Qr - Caudal de recalque;

Nf – O número de horas de funcionamento da bomba no período de 24 horas.

1.6.7.2 Dimensionamento do encanamento de sucção

O encanamento de sucção é sempre um diâmetro comercial maior ou igual do encanamento de


recalque.

𝐃𝐬𝐮𝐜 ≥ 𝐃𝐑 (𝟏𝟕)

Onde: 𝐃𝐬𝐮𝐜 – Diâmetro de encanamento de sucção.

1.6.7.3 Dimensionamento do ramal predial

 O ramal predial deve ter um diâmetro no mínimo ¾”;


 A velocidade é considerada como sendo: 𝑣 = 1 𝑚⁄𝑠;
33
 A vazão a ser considerada é dada conforme a equação (4);
 O diâmetro é obtido pela equação (10);

1.6.7.4 Hidrómetro

Os medidores ou hidrómetros são aparelhos destinados à medida e indicação do volume de água


escoado da rede de abastecimento ao ramal predial de uma instalação. Os hidrômetros contêm
uma câmara de medição, um dispositivo redutor (trem de engrenagem e um mecanismo de
relojoaria ligado a um indicador que regista o volume escoado). Os hidrômetros são classificados
em hidrômetros de volume e hidrômetros de velocidade.

Os hidrômetros de volume têm duas câmaras de capacidades conhecidas que se enchem e se


esvaziam sucessivamente, medindo dessa maneira, o volume de água que escoa pelo hidrómetro.
Este volume é medido através do deslocamento de uma peça móvel existente no interior desses
hidrômetros, que transmite o movimento a um sistema medidor. São indicados para medições de
vazões relativamente baixas e apresentam erros pequenos para essas medidas. Devem trabalhar
com água bastante líquida, isenta de impurezas em suspensão para que não haja a paralisação da
peça móvel da câmara destes aparelhos.

Os hidrômetros de velocidade medem o volume escoado através do número de rotações


fornecidas por uma hélice ou turbina existentes no seu interior. Essas rotações são transmitidas a
um sistema de relojoaria (seca, molhada ou selada) que registam num marcador (de ponteiros ou
de cifras) o volume de água escoado.

1.6.7.5 Escolha da bomba de recalque da água

Para a escolha da bomba, deve-se ter Qr, Dr e Ds. Os desenhos (em planta e corte) fornecerão os
cumprimentos totais (real + equivalente) das canalizações de recalque e sucção.

Se Hg for o desnível entre o nível mínimo no R.I. e a saída de água R.S., a altura manométrica
(Hm) será:

𝐇𝐦 = 𝐇𝐠 + 𝐇𝐬 + 𝐇𝐫 (𝟏𝟖)

𝑯𝒔 = 𝑱 ∗ 𝑳 𝒔 (𝟏𝟗)

34
𝑯𝒓 = 𝑱 ∗ 𝑳 𝒓 (𝟐𝟎)

Hr – perda de carga total no recalque;

Ls – comprimento de sucção;

Lr – comprimento de recalque;

Hs – perda de carga total na sucção;

Hm – altura manométrica;

Hg – altura vertical entre o VRI e VRS.

Conhecendo-se Hm, pode-se determinar a potência da bomba através da expressão:

𝟏𝟎𝟎𝟎 ∗ 𝐇𝐦 ∗ 𝐐𝐫
𝐏= (𝟐𝟏)
𝟕𝟓 ∗ 𝛈

P – potência (C.V.);

η– Rendimento do conjunto elevatório.

1.6.7.6 Dimensionamento de extravasores

Os extravasores, tanto de RI e RS, não precisam ser dimensionados. Deve-se adoptar para os
mesmos um diâmetro comercia imediatamente superior ao diâmetro da alimentação dos
reservatórios.

1.7 Golpe de aríete

Quando a água ao descer com velocidade elevada pela tubulação, é bruscamente interrompida, os
equipamentos da instalação ficam sujeitos a golpes de grande intensidade (elevação de pressão).

Logo, denominados de golpe de aríete à variação da pressão acima e abaixo do valor de


funcionamento normal dos condutos forçados, em consequência das mudanças de velocidade da
água, decorrentes de manobras dos registos de regulagem de vazões. O fenómeno vem

35
normalmente acompanhado de som que faz lembrar marteladas, fato que justifica o seu nome.
Além do ruído desagradável, o golpe de aríete pode romper tubulações e danificar aparelhos.

Por essas razões o engenheiro deve estudar quantitativamente o golpe de aríete e os meios
disponíveis para evita-lo ou suavizar os seus efeitos.

Nas instalações prediais, alguns tipos de válvulas de descarga e registos de fechamento rápido
provocam o efeito de golpe de aríete, porém, no Brasil já existem algumas marcas de válvula de
descarga que possuem dispositivos anti-golpe de aríete, os quais fazem com que o fechamento da
válvula de torne mais suave, amenizando quase que totalmente os efeitos desse fenómeno.

1.8 Esgotos Sanitarios

1.8.1 Considerações gerais

As instalações prediais de esgotos sanitários destinam-se a coletar, conduzir e afastar da


edificação todos os despejos provenientes do uso adequado dos aparelhos sanitários, dando-lhes
um rumo aproriado, normalmente indicado pelo poder público competente. O destino final dos
esgotos sanitários pode ser a rede pública coletora de esgotos ou um sistema particular de
recebimento e pré-tratamento em regiões (locais) que não dispõem de sistema de coleta e
transporte de esgotos.

As condições técnicas para projeto e execução das instalações prediais de esgotos sanitários, em
atendimento às exigências mínimas quanto à higiene, segurança, economia e conforto dos
usuários, são fixados pela NBR 8160. De acordo com a norma, o sistema de esgoto sanitário
deve ser projetado de modo a:

 Evitar a contaminação da água, de forma a garantir sua qualidade de consumo, tanto no


interior dos sistemas de suprimento e de equipamentos sanitários, como nos ambientes
receptores.
 Permitir o rápido escoamento da água utilizada e dos despejos introduzidos, evitando a
ocorrência de vazamentos e a formação de depósitos no interior das tubulações.
Impedir que os gases provenientes do interior do sistema predial de esgoto sanitário
atinjam áreas de utilização etc.

36
CAPÍTULO II - ESTUDO DE CASO

2. Introdução

Neste capitulo far-se-á a localização geográfica do edifício em estudo, a caracterização do estado


actual do sistema predial de distribuição de água fria do edifício em estudo e o dimensionamento
das partes constituintes do novo sistema predial de distribuição de água fria.

2.1 Localização do edifício em estudo

O edifício em estudo localiza-se na Rua Armando Tivane, próximo do instituto de deficientes


visuais na zona do Goto, na cidade da Beira, conforme ilustra a imagem.

Imagem 1. Localização do Prédio de Policias na zona do Goto cidade da Beira Fonte: (Google Map, 2016)

37
2.2 Caracterização do estado actual do sistema predial

O edifício em estudo é abastecido por uma rede pública, usando um sistema directo sem
bombeamento. O sistema encontra-se em condições pouco satisfatórias quanto ao seu
funcionamento, pois apresenta limitações como:

 Falta de água na rede do sistema predial para alimentar as peças de utilização existentes
no edifício;

 Os moradores são obrigados a buscar água em torneiras externas existentes na edificação


porque a água não chega ate os pontos de consumo;

 Nos dias em que há interrupção no fornecimento de água no sistema publico, os


moradores ficam sem água por não existir um reservatório domiciliar para abastecimento
interno na edificação.

2.3 Fundamentação da escolha do novo sistema predial de distribuição de água fria para o
edifício em estudo

O novo sistema predial de distribuição de água fria para o edifício em estudo deve ser projectado
de forma a garantir que a água chegue bem em todos os pontos de consumo, sempre que
necessário e sem limitação no uso da água para suas necessidades diárias. De acordo com análise
e interpretação da revisão bibliografia estudada no capítulo anterior, o sistema que normalmente
é utilizado para um edifício com mais de 3 pisos é o sistema indirecto com bombeamento.

Esse sistema, normalmente, é utilizado quando a pressão da rede publica não é suficiente para
alimentar directamente os aparelhos de consumo para edificações com mais de três pisos (acima
de nove metros de altura), nesse caso adopta-se um reservatório inferior, de onde a água é
bombeada até o reservatório elevado, por meio de um sistema de recalque. A alimentação da
rede de distribuição predial é feita por gravidade, a partir do reservatório superior.

O edifício em estudo é multifamiliar, e tem 4 pisos com 4 apartamentos do tipo 3 em cada piso,
sabendo o número de pisos que o edifício em estudo tem, o novo sistema predial de distribuição
de água fria será, sistema indirecto com recalque, com implementação de reservatório superior e
inferior.

38
Para o dimensionamento do novo sistema predial vão-se usar as normas e os materias designados
a baixo:

 Todas as tubulações serão de PVC.


 Todos os cálculos seguiram as normas ABNT e bibliografias que são conduzidas por
outras normas

2.4 Dimensionamento das partes constituintes do novo sistema predial de distribuição de


água fria

2.4.1 Cálculo da capacidade e dimensionamento dos reservatórios

Segundo (REALI, et al, 2002) a estimativa de consumo diário para um edificio residencial
multifamiliar é de 150 litros/dia por pessoa, e o edifício abriga um total 135 moradores.

Aplicando a equação número (5) temos:

𝐶𝐷𝑇 = 𝐶 ∗ 𝑃 - Onde: 𝐶𝐷𝑇 = 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑖𝑎𝑟𝑖𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙

C = consumo

P = população; hospedes

𝐶𝐷𝑇 = 150 ∗ 135 = 20250 litros/dia

20250
CDT = = 0,23 litros/segundo
24 ∗ 60 ∗ 60

0,23
CDT= = 0,00023 m3 /segundo
1000

2.4.2 Dimensionamento da capacidade dos reservatórios

É recomendável armazenarmos certa quantidade de água para o caso de incêndios, a


recomendação é que a reserva seja de 15 a 20% do consumo diário. Assim, reservaremos 20% do
consumo diário para incêndio, assim aplicando a equação número (6) terremos:

39
R inc = 0,2 ∗ CD

R inc = 0,2 x 20250 = 4050 l/dia

Os reservatórios devem armazenar o consumo total de 2 dias, além da reserva de incêndio, assim
temos o volume dos reservatórios a partir da equação (7, 8 e 9) respetivamente:

VR = 2 ∗ CD + R inc

VR = 20250 𝑥 2 + 4050 = 44550 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠

O armazenamento de água deve ser disposto da seguinte forma:

3 3
VRI = ∗ VR → VRI = ∗ 44550 = 26730 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
5 5

2 2
VRS = ∗ VR → VRS = ∗ 44550 = 17820 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠
5 5

Com essa disposição, temos o armazenamento do reservatório inferior e do reservatório superior.


O armazenamento de água está disposto da seguinte forma:

Volume necessário Volume armazenado


(litros) (𝑚3 )
Armazenamento total 44550 44.55 ≈ 45
Reservatório inferior 26730 26.73 ≈ 27
Reservatório superior 17820 17.82 ≈ 18

Tabela 1: volumes dos reservatórios

O Volume armazenado pelos reservatórios foi obtido após determinarmos as dimensões do


mesmo, vale ressaltar que:

 O reservatório superior é dividido em 2 compartimentos iguais, ou seja, cada um


armazena 9 m³.
 O volume armazenado é maior que o necessário, condicionante vital para o bom
funcionamento do sistema predial.

40
A tabela 2 apresenta as dimensões do reservatório inferior e do reservatório superior:

Reservatório superior (1) Reservatório superior (2) Reservatório inferior


Largura (m) 2.00 Largura (m) 2.00 Largura (m) 3.00
Comprimento (m) 2.00 Comprimento (m) 2.00 Comprimento (m) 3.00
Altura (m) 2.25 Altura (m) 2.25 Altura (m) 3.00
Altura da água (m) 1.80 Altura da água (m) 1.80 Altura da água (m) 2.80
Volume (𝑚3 ) 9.00 Volume (𝑚3 ) 9.00 Volume (𝑚3 ) 27.00

Tabela 2: dimensões dos reservatórios

2.4.3 Dimensionamento das colunas de distribuição

As colunas são dimensionadas por trechos, sendo que cada vai corresponder os 4 pavimentos.
Como sabemos o edifico tem 4 pisos em cada piso tem 4 compartimentos, ou seja, no total o
edifico tem 16 compartimentos. Para o nosso edifício foi verificado que seriam necessárias 4
(Quatro) colunas de distribuição para o melhor funcionamento do sistema predial, levando em
consideração os critérios técnico e financeiro. As colunas de distribuição foram chamadas de:
AF1; AF2; AF3 e AF4. As peças de utilização existentes no prédio são apresentadas na tabela
abaixo, já com seus respectivos pesos:

Peças de utilização Peso


Bacia sanitária c/caixa de descarga 0.3
Chuveiro 0.5
Tanque de lavar roupa 1.0
Pia de cozinha 0.7
Lavatório 0.5

Tabela 3: peças de utilização e seus pesos (BORGES et al, 1992)

Dessa forma, temos o peso das peças de utilização servidas em cada trecho e analogamente
temos o peso acumulado das peças, da posse desses dados. Entrando na Norma Brasileira-92 da
ABNT, obtém-se o diâmetro. Assim, temos

41
Coluna AF1 Peso Total Pisos
4° 3º 2º 1º
Bacia sanitária 0.30 4 1 1 1 1
Chuveiro 0.50 4 1 1 1 1
Tanque de lavar 1.0 4 1 1 1 1
Pia da cozinha 0.70 4 1 1 1 1
Lavatório 0.50 4 1 1 1 1
Unitário 3 3 3 3
Acumulado 12 9 6 3
Diâmetro (mm) 25 25 25 20
Diâmetro (pol) 1’’ 1’’ 1’’ ¼’’
Vazão (l/s) 1.08 0.90 0.74 0.52

Tabela 4: diâmetro e vazão da coluna AF1.

Coluna AF2 Peso Total Pisos


4° 3º 2º 1º
Bacia sanitária 0.30 4 1 1 1 1
Chuveiro 0.50 4 1 1 1 1
Tanque de lavar 1.0 4 1 1 1 1
Pia da cozinha 0.70 4 1 1 1 1
Lavatório 0.50 4 1 1 1 1
Unitário 3 3 3 3
Acumulado 12 9 6 3
Diâmetro (mm) 25 25 25 20
Diâmetro (pol) 1’’ 1’’ 1’’ ¼’’
Vazão (l/s) 1.08 0.90 0.74 0.52

Tabela 4: diâmetro e vazão da coluna AF2.

42
Coluna AF3 Peso Total Pisos
4° 3º 2º 1º
Bacia sanitaria 0.30 4 1 1 1 1
Chuveiro 0.50 4 1 1 1 1
Tanque de lavar 1.0 4 1 1 1 1
Pia da cozinha 0.70 4 1 1 1 1
Lavatório 0.50 4 1 1 1 1
Unitário 3 3 3 3
Acumulado 12 9 6 3
Diâmetro (mm) 25 25 25 20
Diâmetro (pol) 1’’ 1’’ 1’’ ¼’’
Vazão (l/s) 1.08 0.90 0.74 0.52

Tabela 6: diâmetro e vazão da coluna AF3.

Coluna AF4 Peso Total Pisos


4° 3º 2º 1º
Bacia sanitária 0.30 4 1 1 1 1
Chuveiro 0.50 4 1 1 1 1
Tanque de lavar 1.0 4 1 1 1 1
Pia da cozinha 0.70 4 1 1 1 1
Lavatório 0.50 4 1 1 1 1
Unitário 3 3 3 3
Acumulado 12 9 6 3
Diâmetro (mm) 25 25 25 20
Diâmetro (pol) 1’’ 1’’ 1’’ ¼’’
Vazão (l/s) 1.08 0.90 0.74 0.52

Tabela 7: diâmetro e vazão da coluna AF4.

43
Com o diâmetro e a vazão de cada trecho das 4 (quatro) colunas calculadas, a velocidade precisa
ser verificada, devendo estar dentro do intervalo de 0,6 a 2,5 m/s. As pressões também devem ser
verificadas pois tanto a falta de, como o excesso podem gerar problemas ao perfeito
funcionamento do sistema predial.

Observação:

 Pressão estática máxima: 40 m.c.a.


 Pressão dinâmica mínima: 0,5 m.c.a.

A tabela de dimensionamento é a tabela padrão fornecida pela Norma Brasileira ABNT. Na


tabela de dimensionamento, consta:

 Peso unitário e acumulado (já calculados);


 Vazão (já calculada);
 Diâmetro (já calculado);
4∗Q
 A velocidade é verificada através da equação (10): v = π∗D2

A pressão disponível no primeiro trecho de cada coluna é a distância vertical da altura de água
do reservatório superior até o final do trecho. A pressão disponível dos demais trechos é
calculada pela equação (11):

Prd = prju + Ltotal → Ltotal = 𝐿𝑟𝑒𝑎𝑙 + 𝐿𝑒𝑞𝑢𝑖

 A perda de carga unitária é obtida pela fórmula de Fair_whipple_hsiao:

𝑄 = 27,113 ∗ 𝐽0,632 ∗ 𝐷2,596

Já a perda de carga total é calculada pela equação (13):

Jtotal = ju ∗ Ltotal

 A pressão à jusante é calculada pela equação (14):

prju = Prd − Jtotal

44
De posse dessas informações, apresentamos o dimensionamento De cada coluna. Para a coluna AF1, temos:

Pavi
Colu ment Trech Vazão Diâmetr Velocidad Prd Prju
na o o Peso (m3/s) o (m) e (m/s) Comprimento (m) (m.c.a) Perda de carga (m.c.a)
unitá Acumul Equiv unitária Total
rio ado Real alente Total (m/m) (m.c.a)
3.75 0.24 2.41 1.34
AF1 4° A→B 3 12 0.00108 0.025 2.19 5.6 4.43 10.03
7.05 0.31 1.67 5.38
AF1 3° B→C 3 9 0.0009 0.025 1.83 3.1 2.29 5.39
10.35 0.23 1.13 9.22
AF1 2° C→D 3 6 0.00074 0.025 1.50 3.1 1.83 4.93
13.65 0.31 3.93 9.72
AF1 1° D→E 3 3 0.00052 0.02 1.65 8.2 4.48 12.68

Tabela 8: Dimensionamento da coluna de distribuição AF1

Para a coluna AF2, temos:

Pavi Veloci
Colu men Vazão Diâmet dade Prd Prju
na to Trecho Peso (m3/s) ro (m) (m/s) Comprimento (m) (m.c.a) Perda de carga (m.c.a)
unitá Acumul Equiv unitária Total
rio ado Real alente Total (m/m) (m.c.a)
3.75 0.12 2.55 1.20
AF2 4° A→B 3 12 0.00108 0.025 2.19 16.8 4.43 21.23
7.05 0.38 1.87 5.18
AF2 3° B→C 3 9 0.0009 0.025 1.83 3.1 1.83 4.93
10.35 0.23 1.09 9.26
AF2 2° C→D 3 6 0.00074 0.025 1.50 3.1 1.66 4.76
13.65 0.21 2.54 11.11
AF2 1° D→E 3 3 0.00052 0.02 1.65 8.8 3.31 12.11

Tabela 9: Dimensionamento da coluna de distribuição AF2

45
Para a coluna AF3, temos:

Pavi Diâme
Colu ment Trech Vazão tro Velocidad Prd Prju
na o o Peso (m3/s) (m) e (m/s) Comprimento (m) (m.c.a) Perda de carga (m.c.a)
Unitá Acumul Equivale unitária Total
rio ado Real nte Total (m/m) (m.c.a)
3.75 0.15 2.36 1.39
AF3 4° A→B 3 12 0.00108 0.025 2.19 12.1 3.61 15.71
7.05 0.31 1.53 5.52
AF3 3° B→C 3 9 0.0009 0.025 1.83 3.1 1.83 4.93
10.35 0.19 0.69 9.66
AF3 2° C→D 3 6 0.00074 0.025 1.50 3.1 0.55 3.65
13.65 0.22 2.15 11.50
AF3 1° D→E 3 3 0.00052 0.02 1.65 8.1 1.66 9.76

Tabela 10: Dimensionamento da coluna de distribuição AF3

Para a coluna AF4, temos:

Pavi
Colu ment Trech Vazão Diâmetro Velocida Prd Prju
na o o Peso (m3/s) (m) de (m/s) Comprimento (m) (m.c.a) Perda de carga (m.c.a)
Unitá Acumul Equiv unitária Total
rio ado Real alente Total (m/m) (m.c.a)
3.75 0.1 1.96 1.79
AF4 4° A→B 3 12 0.00108 0.025 2.19 15.2 4.43 19.63
7.05 0.21 1.04 6.01
AF4 3° B→C 3 9 0.0009 0.025 1.83 3.1 1.83 4.93
10.35 0.23 1.09 9.26
AF4 2° C→D 3 6 0.00074 0.025 1.50 3.1 1.66 4.76
13.65 0.35 3.89 9.76
AF4 1° D→E 3 3 0.00052 0.02 1.65 8.9 2.21 11.11

Tabela 11: Dimensionamento da coluna de distribuição AF4

46
2.4.4 Dimensionamento de Barrilete

O barrilete é dimensionado em função das colunas de distribuição abastecidas por cada trecho do
barrilete. Para o projecto vai-se usar 4 barriletes. O primeiro e o segundo barrilete para a saída do
reservatório superior (1), o terceiro e o quarto para saída do reservatório superior (2).

Nas colunas de distribuição, obtemos as seguintes vazões:

Colunas Vazão (l/s)


Coluna AF1 1.08
Coluna AF2 1.08
Coluna AF3 1.08
Coluna AF4 1.08

Tabela 12: vazão das colunas de distribuição

O barrilete foi dimensionado seguindo o método de Hunter. O método sugere que a perda de
carga seja adotada como 𝐽 = 0.08 𝑚/𝑚.

A tabela 13 apresenta o dimensionamento do barrilete.

Barrilete Contribuição Vazão (l/s) J (m/m) Diâmetro (pol)


X AF1 1.08 0.08 1’’
Y AF2 1.08 0.08 1’’
X’ AF3 1.08 0.08 1’’
Y’ AF4 1.08 0.08 1’’

Tabela 13 - Dimensionamento do barrilete

2.4.5 Dimensionamento dos ramais

Os ramais foram dimensionados seguindo o método do consumo máximo possível. Para cada
ramal foram computadas as peças de utilização e o somatório dos pesos foi assim obtido. E,
novamente, através do ábaco, obtemos a vazão e o diâmetro de cada ramal.

Para os ramais da coluna AF1, temos:

47
Colunas Ramais B.sanitária Lavatório P/Cozinha T/L/roupa Chuveiro ΣPeso Vazão Diâmetro
C.C.Descarga (l/s) (pol)
AF1 A→B 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’
AF1 B→C 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’
AF1 C→D 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’
AF1 D→E 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’

Tabela 14: dimensões dos ramais da coluna AF1

Para os ramais da coluna AF2, temos:

Colunas Ramais B.sanitária Lavatório P/Cozinha T/L/roupa Chuveiro ΣPeso Vazão Diâmetro
C.C.Descarga (l/s) (pol)
AF1 A→B 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’
AF1 B→C 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’
AF1 C→D 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’
AF1 D→E 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’

Tabela 15: dimensões dos ramais da coluna AF2

Para os ramais da coluna AF3, temos:

Colunas Ramais B.sanitária Lavatório P/Cozinha T/L/roupa Chuveiro ΣPeso Vazão Diâmetro
C.C.Descarga (l/s) (pol)
AF1 A→B 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’
AF1 B→C 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’
AF1 C→D 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’
AF1 D→E 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’

Tabela 16: dimensões dos ramais da coluna AF3

48
Para os ramais da coluna AF4, temos:

Colunas Ramais B.sanitária Lavatório P/Cozinha T/L/roupa Chuveiro ΣPeso Vazão Diâmetro
C.C.Descarga (l/s) (pol)
AF1 A→B 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’
AF1 B→C 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’
AF1 C→D 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’
AF1 D→E 1 1 1 1 1 3 0,52 ¼’’

Tabela 17: dimensões dos ramais da coluna AF4

2.4.6 Dimensionamento dos sub-ramais

Os sub-ramais não necessitam de cálculo para serem dimensionados. A norma fornece os


diâmetros mínimos dos sub-ramias. Dessa forma, conforme as peças de utilização existentes no
nosso edifício, temos:

Peças de utilização Diâmetro


Bacia sanitária c/caixa. Descarga 1/2′′
Lavatório 1/2′′
Pia de cozinha 1/2′′
Tanque de Lavar roupa 3/4′′
Chuveiro 1/2′′

Tabela 18 - Dimensionamento dos sub-ramais

2.4.7 Dimensionamento do encanamento de recalque

Pela norma brasileira NBR 5626 Q≥0,15CD ou 𝑄𝑟𝑒𝑐 =CD/h; h> 6,6 ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠.

A NBR 5626 recomenda o uso da fórmula de Forchheimer para dimensionamento da tubulação


de recalque.

1
𝐷𝑅 = 1,3 ∗ √𝑄𝑟𝑒𝑐 ∗ (𝑋 4 )

49

Onde 𝐷𝑅 = Diâmetro de recalque em metros; 𝑄𝑟𝑒𝑐 = Vazão de recalque; X= 24 horas; h= Horas de

funcionamento da Bomba;

O consumo diário obtido foi de 20250 litros e a bomba funcionará 6 (Seis) horas por dia. Dessa
forma, obtemos X.

𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝑓𝑢𝑛𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑏𝑜𝑚𝑏𝑎 7


𝑋= = = 0,29
𝐻𝑜𝑟𝑎𝑠 𝑑𝑜 𝑑𝑖𝑎 24

𝐶𝐷 20250 1
𝑄𝑟𝑒𝑐 = = ∗ = 0,00081 𝑚3 /𝑠
ℎ 7 1000 ∗ 3600

Com isso obtemos que;

1 1
𝐷𝑅= 1,3 ∗ √𝑄 ∗ (𝑋)4 = 1,3 ∗ √0,00081 ∗ (0,29)4 = 0,027 𝑚 = 27 𝑚𝑚 = 1 ¼”

𝐷𝑎𝑑𝑜𝑡 == 1 ¼”

2.4.8 Dimensionamento do encanamento de sucção

O encanamento de sucção é sempre um diâmetro comercial maior ou igual do encanamento de


recalque, dessa forma, temos optou-se por se usar um diâmetro maior: 𝐷𝑎𝑑𝑜𝑡 = 1 ¼”.

2.4.9 Dimensionamento do ramal predial

 O ramal predial deve ter um diâmetro no mínimo ¾’’.


 A velocidade é considerada como sendo: 𝑣 = 1 𝑚/𝑠
𝐶𝐷
 A vazão a ser considerada é: 𝑄 = 86400
20250
 O consumo diário é de 20250 litros, logo; Q = = 0.23 l/s.
86400

O diâmetro é obtido pela fórmula da continuidade, isto é: Q = v ∗ A

Sabemos que:

𝜋D2
A=
4

50
Deduzindo a fórmula, chegamos em:

0.23
4∗𝑄 √1000 ∗ 4
𝐷= √ → 𝐷= → 0,017𝑚 = 17 𝑚𝑚
𝜋∗𝑣 𝜋∗1

𝐷𝑎𝑑𝑜𝑡 = 1′′

2.4.10 Dimensionamento do hidrômetro

Como o consumo diário é de 20250 litros, o diâmetro do hidrómetro deve ser maior ou igual ao
diâmetro do ramal predial, logo:

𝐃𝐢𝐚𝐦𝐞𝐭𝐫𝐨 𝐝𝐞 𝐡𝐢𝐝𝐫𝐨𝐦𝐞𝐭𝐫𝐨 = 𝟏′′

A medição do consumo de água será generalizada, o edifício terá apenas dois (2) hidrómetros um
se localizará próximo da instalação do grupo motobomba e outro hidrometro se localizara
proximo da entrada do Reservatorio inferior, isto ajudara na criacao (ZMC), zona de medicao e
controle, onde podemos controlar o caudal que entra no reservatorio inrerior e o caudal que entra
nos reservatorios superior. O agente de consumo ira ler o hidrometro que se localizara proximo
da entrada do reservatorio inferior.

2.4.11 Escolha da bomba de recalque da água

Temos que: 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑖𝑎𝑟𝑖𝑜 = 20250 𝑙𝑖𝑡𝑟𝑜𝑠.

E no archicad obtemos:

Altura estática da sucção:

Comprimento de desenvolvimento da sucção:

Altura estática de recalque:

Comprimento de desenvolvimento de recalque

51
Peças de Sucção:

 1 Válvula de pé e crivo;
 1 Cotovelos curtos;
 1 Registros de gaveta aberto.

Peças de Recalque:

 1 Válvula de retenção (leve);


 6 Cotovelos curtos;
 1 Saída de canalização.

2.5 Cálculo do comprimento na sucção

Os comprimentos equivalentes das peças foram obtidos nas tabelas 4 e 5 (NB- 92:1980).

Peça Quantidade Comprimento Comprimento


equivalente unitário equivalente subtotal
(m) (m)
Válvula de pé. 1 17 17
Cotovelo curto 1 2,35 2,35
Registro de gaveta 1 0,4 0,4
Comprimento equivalente total (m) 19,75
Comprimento desenvolvido na sucção (m) 3
Comprimento total na sucção (m) 22,75

Tabela 19 – comprimento total na sucção.

2.5.1 Cálculo da perda de carga na sucção

A perda de carga é obtida pela fórmula de Fair_whipple_hsiao (idem a perda de carga nas
colunas de distribuição):

𝑄 = 27,113 ∗ 𝐽0,632 ∗ 𝐷2,596

0.2 𝑥 𝐶𝐷
Q é adotada como 20% do consumo diário, ou 𝑄 = ; isto é:

52
O diâmetro é obtido pela fórmula da continuidade, isto é: Q = v ∗ A

𝜋D2
Sabemos que: A = ; Trabalhando a fórmula, chegamos em:
4

0.2 𝑥 𝐶𝐷 0.2 𝑥 20250 1


𝑄= = ∗ = 0,00016 𝑚3 /𝑠
ℎ 7 1000 ∗ 3600

0.16
4∗𝑄 √1000 ∗ 4
𝐷= √ → 𝐷= → 0,014𝑚 = 14 𝑚𝑚
𝜋∗𝑣 𝜋∗1

Dessa forma, obtemos: 𝐽 = 0,219 𝑚/𝑚

2.5.2 Cálculo da altura manométrica na sucção

A altura estática (Hs) na sucção (desnível entre o eixo da bomba e a altura de água do
reservatório inferior é de 2,30 metros. A altura devida às perdas (Hp) é obtida por:

𝐻𝑝 = 𝐽 ∗ 𝐿𝑠𝑢𝑐𝑐𝑎𝑜

𝐻𝑝 = 0,219 ∗ 22,75 = 4,98 𝑚

A altura manométrica (Hm,s) é a soma da estática com a devida às perdas (a parcela devido à
velocidade é desprezível). Assim:

𝐻𝑚,𝑠 = 𝐻𝑠 + 𝐻𝑝 = 2,35 + 4,98 = 7.33 𝑚

53
2.6 Cálculo do comprimento no recalque

Os comprimentos equivalentes das peças foram obtidos nas tabelas 4 e 5 (NB- 92:1980).

Peça Quantidade Comprimento Comprimento


equivalente unitário equivalente subtotal
(m) (m)
Válvula de pé. 1 4,2 4,2
Cotovelo curto 6 1,88 11,28
Registro de gaveta 1 1,5 1,5
Comprimento equivalente total (m) 16,98
Comprimento desenvolvido no recalque (m) 23,25
Comprimento total no recalque (m) 40,23

Tabela 20 – comprimento total no recalque.

2.6.1 Cálculo da perda de carga no recalque

A perda de carga é obtida pela fórmula de Fair_whipple_hsiao (idem a perda de carga nas
colunas de distribuição):

𝑄 = 27,113 ∗ 𝐽0,632 ∗ 𝐷2,596

0.2 𝑥 𝐶𝐷
Q é adotada como 20% do consumo diário, ou 𝑄 = ; isto é:

O diâmetro é obtido pela fórmula da continuidade, isto é: Q = v ∗ A

𝜋D2
Sabemos que: A = ; Trabalhando a fórmula, chegamos em:
4

0.2 𝑥 𝐶𝐷 0.2 𝑥 20250 1


𝑄= = ∗ = 0,00016 𝑚3 /𝑠
ℎ 7 1000 ∗ 3600

0.16
4∗𝑄 √1000 ∗ 4
𝐷= √ → 𝐷= → 0,014𝑚 = 14 𝑚𝑚
𝜋∗𝑣 𝜋∗1

54
Dessa forma, obtemos: 𝐽 = 0,219 𝑚/𝑚

2.6.2 Cálculo da altura manométrica no recalque

A altura estática (Hr) no recalque (desnível entre o eixo da bomba e a altura d’água do
reservatório superior é de 45,9 metros).

A altura devida às perdas (Hp) é obtida por: 𝐻𝑝 = 𝐽 ∗ 𝐿𝑟𝑒𝑐𝑎𝑙𝑞𝑢𝑒 ;

𝐻𝑝 = 0,219 ∗ 40,23 = 8,81 𝑚

A altura manométrica (Hm,r) é a soma da estática com a devida às perdas (a parcela devido à
velocidade é desprezível). Assim:

𝐻𝑚,𝑟 = 𝐻𝑟 + 𝐻𝑝

𝐻𝑚,𝑟 = 𝐻𝑟 + 𝐻𝑝 = 14,70 + 8,81 = 23,51 𝑚

2.7 Cálculo da altura manométrica total (Hm):

𝐻𝑚 = 𝐻𝑚,𝑟 + 𝐻𝑚,𝑠 = 23,51 + 7.33 = 30,84 𝑚

2.8 Cálculo da potência do conjunto motobomba:

1000 ∗ 𝐻𝑚 ∗ 𝑄𝑟𝑒𝑐 1000 ∗ 30.84 ∗ 0,00081


𝑃= = = 0,67 𝐶𝑉
75 ∗ 𝜂 75 ∗ 0,5

55
2.9 Conclusão e recomendações

2.9.1 Conclusão

O objetivo desta dissertação é de fazer o estudo sobre os sistemas prediais de distribuicao de


água fria para o consumo e para o combate a incêndio, incluindo aspectos relacionados com a
legislação, quer em termos de traçado quer em termos de dimensionamento, descrição de
materiais e dispositivos utilizados nas redes e sistemas de bombagem.

No capítulo 1 foi abordada uma revisão bibliográfica sobre a temática dos tipos de sistemas
predias de distribuicao de agua no que diz respeito aos conceitos teóricos que permitiram fazer a
análise, seleção e interpretação do estudo de caso, respectivamente com melhores abordagens
quanto a sua aplicação e vantagens, o tipo do edifício a ser abastecido e a escolha do sistema a
usar.

No capítulo 2 foi abordada sobre o dimensionamento do novo sistema predial de distribuição de


água fria, a análise feita durante a presente dissertação permitiu concluir que na escolha de um
sistema predial de distribuição de água depende quanto ao tipo do edifício. No dimensionamento
foram tomadas em conta as prescrições de normas de modo a garantir boas condições de
velocidade escoamento de águas nas tubagens, pressão e caudal suficiente em todos os pontos de
consumo.

Concluiu-se que o novo sistema predial de distribuição de água fria escolhido apresenta-se como
soluções mais viáveis para os moradores do edifício em estudo, visto que no dimensionamento
do mesmo há inexistência de pressões negativas, todavia, a água vai chegar a todos os pontos de
consumo sempre que necessário.

56
2.9.2 Recomendações

Depois de um estudo intensivo sobre a problemática no sistema de predial de distribuição de


água fria, é necessário fazer uma síntese do que se viu e das principais noções que devem ficar
na memória dos leitores. Este assunto tratado ao longo desse trabalho, continua a ser discutido
nacional e internacionalmente, suscitando por isso, o interesse do todo engenheiro.

No presente trabalho foi abordado um tema que, como se referiu, têm vindo a ser desenvolvidos
e que têm ainda uma grande margem de progressão. Para além de avanços técnicos, por exemplo
através da introdução de novos materiais, devem igualmente ser considerados aspectos mais
teóricos que permitam resolver a montante os problemas relacionados com o sistema predial de
abastecimento de água fria, como o alerta para o bom funcionamento.

Devido à emergente exigência de qualidade é importante tomar medidas práticas para que os
sistemas prediais de abastecimento consigam, durante a sua vida útil, corresponder às
solicitações para as quais são instalados. Neste sentido a manutenção dos elementos que
constituem o sistema assume um papel importante, na medida em que permite que estes
mantenham as suas capacidades durante largos períodos, o que é a principal dificuldade
associada a estes meios. Assim sendo importa aplicar medidas de obrigatoriedade de manutenção
que, associadas às exigências feitas ao nível da execução, podem permitir a produção de sistemas
com grande durabilidade. Para além destas medidas, a descoberta de novos materiais permite
igualmente realizar sistemas prediais de abastecimento com mais qualidade.

Sugere-se aos utentes que façam o uso correto do sistema, sobretudo a efectuarem as manobras
de abertura e fechamento dos aparelhos, de modo a se evitar a ocorrência de golpe de Ariete.
Que estejam atentos às situações que atentem contra o bom funcionamento do sistema, como por
exemplo a oxidação (ferrugem) dos matériais e dos equipamentos, e fuga da água nas tubagens,
recomenda-se também que procurem as entidades competentes que possam mitigar tais
situações, assim como em casos de necessidade de manutenção ou reabilitação.

57
Referências bibliográficas

[1] ABNT – NBR 5626 – Instalações Prediais de Água Fria, 1998.

[2] ALAMO, Edgar Sparrow, Instalaciones Sanitárias, Universidade Nacional del santa, Abril,
2014.

[3] Alex Sony moreno monteiro - sistema predial de água, esgotos e drenagem de águas pluviais:
dezembro de 2014.

[4] Almeida, M., Baptista, J. M., Vieira, P., Moura e Silva, A., Ribeiro, R. (2001). "O uso
eficiente da água em Portugal no sector urbano: que medidas e que estratégias de
implementação? “.” Encontro Nacional de Entidades Gestoras 2001. Lisboa, 9-11 de Outubro

[5] ASSIS PAIXÃO, Mário. Águas e Esgotos em Urbanização e Instalação Predial:2ª edição,
Damaia, fevereiro de 1999.

[6] Baptista, J. M. (1994b). Reabilitação de Sistemas de Distribuição de Água – Uma


Metodologia de Abordagem, LNEC, Lisboa.

[7] BORGES, Ruth Silveira. BORGES, Wellington Luiz, Manual de instalações prediais
hidráulico – sanitárias e de gás, editora PINI, 4a edição.1992.

[8] Carlos Fernandes de Medeiros Filho Universidade Federal de Campina Grande – UFCG
Campina Grande – PB.

[9] CARVALHO JÚNIOR, Roberto. Instalações hidráulicas e o projecto de arquitectura: 1ª


edição, São Paulo, 2007.

[10] CARVALHO JÚNIOR, Roberto. Instalações Hidráulicas e o Projeto de Arquitetura: 4ª


edicao, revista ampliada - Editor Edgard Blücher Ltda. (2011).

[11] Código de Obras e Edificações de Florianópolis (2000). Disponível em


http://www.pmf.sc.gov.br/prefeitura/codigo_obras_edificacoes/index.html MACINTYRE, A.J.
Manual de instalações hidráulicas e sanitárias. Ed. Guanabara, 1990.

58
[12] CORDERO, Ademar, apostila de hidráulica, Blumenau, 2010.

[13] CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias: 6ªEdição.Rio de Janeiro,2006.

[14] DA COSTA, Teixeira. LANÇA, Rui. SANTOS, Davide, Capítulo VII: Choque Hidráulico,
Faro, 28 de Fevereiro de 2001.

[15] FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila.

[16] GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 2007.

[17] GHISI, Eneidir; “Instalações prediais de água fria”. Março de 2004; Disponível em:
www.labeee.ufsc.br/antigo/arquivos/publicacoes/AguaFria_EGhisi_atualizada.pdf(livro); Acesso
(12/06/2014 às 22h35min).

[18] NBR 8160/99 – Sistemas prediais de esgoto sanitário - Projeto e execução

[19] MATA-LIMA, H. (2004). A engenharia hidráulica e dos recursos hídricos, a sociedade e o


ambiente: uma relação de cumplicidade. Revista Brasileira dos Recursos Hídricos, ABRH,
9(1): 235-238.

[20] MATA-LIMA, H. et al. (2007). Comportamento hidrológico de bacias hidrográficas:


Integração de métodos e aplicação a um estudo de caso. REM – Revista Escola de
Minas, Univ. Federal de Ouro Preto, 61 (3): 525-536.

[21] REALI, Marco António Penalva et al, Instalações Prediais de Água Fria, São Carlos,
agosto/2002.

[22] RGSPPDADA - Regulamento Geral dos Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de


Água e de Drenagem de Águas Residuais (Decreto Regulamentar Nº 23/95). Lisboa, 1995.

[22] Universidade de são Paulo, escola de engenharia de são Carlos,


Departamento de hidráulica e saneamento - Instalações prediais de água fria- São Carlos,
Agosto / 2002.

59
APENDICES E ANEXOS

APENDICE I:

Saudações prezado engenheiro, aprecia-se a sua disponibilidade em responder o questionário,


pois a sua colaboração é muito importante para o alcance dos objectivos desta pesquisa,
entretanto, agradece-se que responda com, clareza, objectividade e sem rasuras as perguntas
que lhe são apresentadas.
NB: O entrevistado será mantido em anonimato.

Objectivo: obter informação relacionada ao funcionamento do sistema predial de distribuição de


água fria, para melhor compreender o porquê do deficiente funcionamento do sistema predial de
distribuição de água fria no prédio de Policia na zona do Goto-cidade da Beira.

1. A forma de utilização do sistema de distribuição de água fria potável por parte dos utentes
pode criar condições que comprometam o adequado funcionamento do mesmo?
Justifique a resposta.

R:_____________________________________________________________________

2. Quais são os indicadores de deficiente funcionamento dum sistema predial de distribuição de


água fria?

R:_____________________________________________________________________

3. O estado de conservação dos materiais e acessórios contidos no sistema predial de distribuição


de água fria potável interfere no seu funcionamento?
Justifique a resposta.
R:_____________________________________________________________________

4. As solicitações de maior pressão e vazão por parte de outros consumidores ou sistemas


prediais de distribuição de água fria ligados à mesma rede de abastecimento público com o
sistema predial em causa, podem condicionar o seu funcionamento?

Justifique a resposta.

R:_____________________________________________________________________
60
APENDICE II: Questionário concedido aos moradores do prédio de Policias na zona do
Goto-cidade da Beira.

Saudações caros moradores, Com o presente questionário, aprecia-se a sua disponibilidade em


responder, pois a sua colaboração é muito importante para o sucesso desta pesquisa,
entretanto, agradece-se que responda com sinceridade, clareza, objectividade e sem rasuras as
perguntas que lhe são apresentadas.
NB: o entrevistado será mantido em anonimato.

Questionário:
Objectivo: Obter informação relacionada com o desempenho do sistema predial de distribuição
de água fria no prédio de Policias na zona do Goto-cidade da Beira.

1. Em que ano o sistema predial de distribuição de água fria potável começou a funcionar?

(Responda na linha). R: _________

2. Já foram realizados trabalhos técnicos com o objectivo de fazer manutenção parcial ou total do
sistema predial de distribuição de água? (marque com x no rectângulo).
R: Sim
Não

Se sim, quantas vezes? (responda na linha). R: _______ Vezes.

3. Do ponto de vista do utente, em que condição de pressão sai à água dos dispositivos de
consumo? (marque com X no rectângulo).
R: Alta
Média
Baixa.

Se média ou baixa, a quanto tempo esta situação vem acontecendo? (responda na linha).

R: _____________________________________________

61
4. Do ponto de vista do utente, actualmente que condições de desempenho o sistema predial de
distribuição de água fria apresenta? (marque com X no rectângulo).
R: Boas
Razoáveis
5. Quantos aparelhos sanitários existem neste prédio?

R: _____________________________________________

6. Quais são os tipos de peças de utilização existente no prédio?


(Marque com X as respectivas peças de utilização existente no prédio).
a) Bacia sanitária
b) Lavatório
c) Tanque de lavar roupa
d) Mictório de descarga
e) Banheira
f) Chuveiro
g) Pia de cozinha

62
ANEXOS

ANEXO I: Tabelas

Tabela 21: Vazões de projecto e pesos relativos dos pontos de utilização (BORGES et al, 1992)
Aparelho sanitário Vazão l/s Peso
Bacia sanitária com CD 0.15 0.300
Bacia sanitária com VD 1.90 40.00
Banheira 0.30 1.00
Bebedouro 0.05 0.10
Bidé 0.10 0.10
Chuveiro 0.20 0.50
Máquina de lavar louça e roupa 0.30 1.00
Mictório com CD não aspirante 0.15 0.30
Mictório com VD autoaspirante 0.50 2.80
Mictório com VD não aspirante 0.15 0.30
Pia de cozinha 0.25 0.70
Pia de despejo 0.30 1.00
Tanque de lavar roupa 0.30 1.00
Lavatório 0.20 0.50

Tabela 22: estimativa de consumo diário (REALI, et al, 2002)

Tipo de prédio Consumo litros/dia


Alojamentos provisórios 80 per capita
Ambulatórios 25 per capita
Apartamentos 200 per capita
Casas populares ou rurais 120 a 150 per capita
Cavalariças 100 por cavalo
Cavalariças Dois por lugar
Creches 50 per capita
Edifícios públicos ou comerciais 50 a 80 per capita

63
Escolas – externatos 50 per capita
Escolas – internatos 150 per capita
Escolas – semi-internatos 100 per capita
Escritórios 50 per capita
Garagens 100 por automóvel
Hotéis (sem cozinha e sem lavandaria) 120 por hóspede
Hotéis (com cozinha e com lavandaria) 250 a 350 por hóspede
Jardins 1,5 por m2
Lavandarias 30 por kg de roupa seca
Matadouros - Animais de grande porte 300 por cabeça abatida
Matadouros-Animais de pequeno porte 150 por cabeça abatida
Mercados 5 por m de área
Oficina de costura 50 per capita
Orfanatos, asilos, berçários. 150 per capita
Postos de serviço p/ automóveis 150 per capita
Quartéis 150 per capita
Residências 150 per capita
Restaurantes e similares 25 por refeição
Templos 2 por lugar

Tabela 23: diâmetros em função das vazões máximas permissíveis (J = 0.08) (BORGES, et al,
1992)

Diâmetros Vazões máximas


Mm Polegadas l/s 𝐦𝟑 ⁄𝐝𝐢𝐚
25 1 0.50 43
32 1¼ 0.90 78
40 1½ 1.40 121
50 2 3.1 268
60 2½ 5.5 475
75 3 9.0 777
100 4 18.0 1555

64
Tabela 24: perdas de carga localizadas sua equivalência em metros de coluna de tubulação de
pvc rígido ou cobre. (BORGES, et al, 1992).

Tabela 25: Perda de carga localizada sua equivalência em metros de coluna de tubulação de aço
galvanizado para bocais e válvulas. (BORGES e tal, 1992).

65
Tabela 26: Perdas de carga localizadas sua equivalência em metros de coluna de tubulação de
aço galvanizado para conexões bsp – baixa pressão. (BORGES et al, 1992).

Tabela 27: Tabela de diâmetros mínimos dos sub – ramais (BORGES et al, 1992).

66
ANEXO II: Projecto Arquitectónico do novo sistema predial de distribuição de água fria.

1. Planta do sistema predial de distribuição de água fria. Fonte própria (Archicad 19)

67
2. O sistema no alçado frontal do edifício. Fonte própria (Archicad 19)

3. Sistema elevatório. Fonte própria (Archicad 19).

68
4. O sistema no alçado lateral esquerdo e direito do edifício. Fonte própria (Archicad 19)

5. Isómero em 3D do quarto de banho alimentados pelas colunas de distribuição AF1,


Fonte própria (Archicad MEP Modeler 19).

6. Isómero em 3D da lavanderia alimentados pelas colunas de distribuição AF1, Fonte


própria (Archicad MEP Modeler 19).

69

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