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Ebook Fisioterapia
Ebook Fisioterapia
CARATINGA
2023
PREFÁCIO
SUMÁRIO
FERRAMENTAS DE AVALIAÇÃO
1.1 APLICADAS AOS MEMBROS INFERIORES
1.1.1 Medidas de capacidade de pé e tornozelo (FAAM):
Tem o intuito de medir através do auto relato alterações de perna, tornozelo e
pé, melhorando a capacidade em comparar a eficácia de tratamentos além de
favorecer a coleta de dados. Possui duas subescalas sendo vinte e uma sobre
atividades de vida e oito sobre esportes.
1.1.2 Activies of daily living scale of the Knee outcome survey (KOS-ADLS):
Tem como objetivo avaliar através de um questionário os sintomas de
pacientes portadores de afecções do joelho durante atividades de vida diária
(AVDs). São quatorze questões com alternativas e respostas fechadas, onde os
valores de um a seis avaliam sintomas geralmente relatados durante as AVDs por
pacientes com afecções no joelho. Os itens sete a quatorze são relacionados à
função nas AVDs. Ainda existem outras três questões que apesar de não somarem
pontuações, têm por objetivo reforçar a avaliação global do nível de função ou perda
do indivíduo.
1.3.2 Fotogrametria:
Ferramenta que utiliza a imagem fotográfica para avaliação postural, visto
que, em muitos casos, apenas a avaliação qualitativa da postura não permite
detectação e/ou acompanhamento de pequenas alterações presentes ou adquiridas
durante um processo de reabilitação. É comprovada a confiabilidade intra e
interexaminadora para medir ângulos posturais no registro fotográfico, através da
análise da imagem.
1.3.6 Goniometria:
Tem como principal objetivo demonstrar a amplitude de movimento que uma
articulação ou um segmento é capaz de atingir, utilizando o método de medição dos
ângulos articulares.
REFERÊNCIAS
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ORFALE, A.G. [et al]. Translation into Brazilian Portuguese, cultural adaptation and
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Questionnaire. 2005. Braz J Med Biol Res vol. 38 No. 2, 293-302. Disponível em:
https://www2.fab.mil.br/cindacta2/images/Fisioterapia/fisioterapia_1_dash.pdf
Acesso em: 30 jan 2023
PECCIN, M. S., CICONELLI, R., COHEN, M., Questionário específico para sintomas
do joelho "Lysholm Knee Scoring Scale": tradução e validação para a língua
portuguesa. 2006. Artigo Original. Acta ort. Bras. 14 (5) Trabalho realizado na Escola
Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP-EPM. São
Paulo, Brasil. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1413-78522006000500008
Acesso em: 31 jan 2023
PILZ, B. [et al] Versão brasileira do Start Back Screening Tool - tradução, adaptação
transcultural e confiabilidade. 2014. Braz. J. Phys. Ther. 18 (05). Disponível em:
https://doi.org/10.1590/bjpt-rbf.2014.0028 Acesso em: 30 jan 2023
SABINO, G. S., COELHO, C. M., SAMPAIO, R. F., Acta fisiátrica. mar. 2008. 15(1):
24-30. São Paulo, SP. Tab Artigo em Português, Sistema LILACS. Disponível em:
http://portal.revistas.bvs.br/index.php?issn=0104-7795&lang=pt Acesso em: 31 jan.
2023
Onde sentiu a dor pela primeira vez, é uma dor que irradia? Identificar se é
uma dor que fica em um local específico, por exemplo só na lombar, ou desce
ate a perna.
Há quanto tempo o paciente sente esta dor? É importante lembrar que se a
dor tem um tempo menor que 3 meses ela é aguda, ainda um sintoma, mas
se ela excede por um tempo maior que 3 meses se torna crônica, ou seja,
agora passar a ser uma doença.
Dor Nociceptiva: Esta é originada por dano tecidual potencial ou real, a dor é
relacionada com o estímulo desencadeante, resultado de danos teciduais,
frequentes nas situações inflamatórias e traumáticas.
Dor Neuropática: Por sua vez, a dor neuropática é causada por lesão ou doença do
sistema nervoso, se origina por alterações na via nervosa, a qual leva a informação
nociceptiva ao sistema nervoso central (SNC), em alguns casos pode existir tambem
uma lesão no próprio SNC. Neste caso pode haver a existência ou não de um dano
tecidual e mesmo que já tenha ocorrido a cicatrização da lesão a dor ainda persiste.
Dor Nociplástica: Está relacionada mudança na função das vias nociceptivas, onde
não há dano tecidual real ou potencial que justifique a ativação dos nociceptores
periféricos ou provas da existência de uma lesão no sistema somatossensorial,
neste caso existe uma espécie de desregulação neuronal.
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
Testes para sensibilidade e reflexo:
Caso o paciente apresente hiperreflexia, é um sinal sugestivo para bandeira
vermelha e deve ser analisado de maneira cautelosa.
Sensibilidade Tátil Gafestesia:
Com o paciente de olhos fechados o examinador desenha um número na palma de
sua mão, analisamos sua capacidade de reconhecimento.
Positivo quando o paciente não consegue identificar os números desenhados.
Sugestivo: função sensorial cortical prejudicada.
Fonte: slideserve
Estereognosia: Paciente permanece de olhos fechados, o examinador entrega
objetos em sua mão e verifica a capacidade do paciente reconhecer os mesmos
objetos.
Positivo caso paciente não consegue identificar os objetos.
Sugestivo: função sensorial cortical prejudicada
Fonte: slideshare
Fonte: bibliomed
Fonte: researchgate
Sensibilizada Térmica: O examinador deposita sobre a pele do paciente,de maneira
individual um material frio e outro quente, e realiza assim a avaliação de
Hipoestesia, Anestesia, Hiperestesia.
Positivo quando o paciente não é capaz de diferenciar quando o objeto está quente
ou quando está frio.
Sugestivo: função sensorial cortical prejudicada
Fonte: researchgate
Hoffman: O examinador apoia com uma das mãos o punho do paciente e com a
outra mão segura o 3° dedo estabilizando as falanges proximais, o examinador
realiza de forma rápida uma flexão (como um pequeno beliscão) na falange distal
deste paciente.
Positivo quando os demais membros da mão realizam durante o teste o movimento
de flexão.
Sugestivo: Moto neurônio superior lesado.
Fonte: Autoral
Reflexo Aquileu: O paciente deve se assentar a beira do leito com os pés pendentes,
em seguida o examinador estabiliza o pé deste paciente e realiza uma percussão
sobre o tendão aquileu.
Positivo caso o paciente não apresente plantiflexão durante a realização do teste.
Sugestivo: Lesão em raízes nervosas de L5 a S2.
Fonte: Autoral
Teste de Romberg: Paciente se posiciona de pé com as pernas e braços unidos ao
corpo, durante uma média de 15 segundos o paciente deve se manter equilibrado,
em seguida o teste é repetido mas desta vez com os olhos fechados por mais 15
segundos.
Caso o paciente apresente desequilíbrio ou sinal compensatório o teste é positivo.
Sugestivo: Estenose do canal medular.
Fonte: Autoral
Testes ortopédicos:
Cervical:
Teste de compressão: Paciente sentado o examinador se posiciona com as mãos
sobre a cabeça deste paciente e realiza uma leve pressão para baixo.
Positivo caso o paciente relate algum sintoma no MMSS.
Sugestivo: Compressão da raiz nervosa cervical.
Fonte: Autoral
Teste de tração: Com o paciente sentado na maca oexaminador apoia uma das
mãos no queixo do paciente e a outra na parte posterior da cabeça, sobre o osso
occipital, em seguida realiza uma tração para cima.
Neste caso, se o paciente relata alivio dos sintomas o teste é positivo.
Sugestivo: Compressão de raízes nervosas.
Fonte: Autoral
Hiperflexão: Paciente sentado o examinador solicita a realização de uma flexão do
pescoço até o ponto de dor ou até onde sua amplitude de movimento permite.
Positivo caso o paciente relate algum sintoma durante a realização do teste.
Sugestivo: Radiculopatia cervical, hérnia discal.
Fonte:Autoral
Fonte: Autoral
Neer: Neste teste o paciente pode ficar de pé ou sentando, o examinador usará uma
das mãos para estabilizar o ombro e a outra mão realizará uma flexão do membro
do paciente até o primeiro ponto de dor ou por toda amplitude de movimento.
Caso o paciente relate algum sintoma o teste se torna positivo.
Sugestivo: Possível compressão das estruturas subacromiais.
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
Lombar:
Lasegue: Paciente deitado o examinador realiza uma elevação no membro inferior
do paciente até o final de sua amplitude de movimento.
Se o paciente apresenta algum sintoma na elevação a 60° o teste se resulta como
positivo
Sugestivo: Compressão radicular.
Fonte: Autoral
Sinal das pontas: O examinador solicita que o paciente ande nas pontas dos
calcanhares.
Positivo caso o paciente não consiga realizar o teste.
Sugestivo: Lesão em raiz nervosa de L5.
Fonte: Autoral
Sinal das pontas: Desta vez é solicitado ao paciente que caminhe nas pontas dos
pés.
Caso o paciente não consiga o teste tem como resultado positivo.
Sugestivo: Lesão na raiz nervosa de S1.
Fonte: Autoral
Sacrilíaca e Pelve:
Patrick/Fabere: O paciente deitado em decúbito dorsal apoia o tornozelo do membro
sintomático no joelho contralateral, o examinador realiza uma estabilização na
espinha ilíaca anterossuperior deste membro que não está sendo avaliado e com a
outra mão apoiada no joelho do membro que apresenta sintomas realiza uma força
contra a maca, desta forma o quadril realiza flexão, abdução e rotação lateral.
Se durante a realização do teste o paciente relatar algum sintoma de dor o resultado
é positivo
Sugestivo: Disfunção na articulação sacro-iliaca
Fonte: Autoral
Thrust da coxa: Deitado em decúbito dorsal o paciente realiza uma flexão em 90° do
quadril sintomático o examinador realiza uma estabilização com a mão sob o sacro e
a outra apoiada no joelho, assim é realizada uma tração para baixo apresentando
carga sobre o fêmur do paciente.
Caso o paciente relate dor durante a realização do teste o resultado é positivo.
Sugestivo: Disfunção na articulação sacro-ilíaca.
Fonte: Autoral
Distração: O paciente é posicionado em decúbito dorsal, com os braços cruzados
(em x) o examinador palpa as espinhas ilíacas anterossuperiores e realiza uma
tração no sentido lateroposterior.
Se o paciente relatar algum sintoma de dor o teste tem como resultado positivo.
Sugestivo: Disfunção na articulação sacro-ilíaca.
Fonte: Autoral
Membros Inferiores:
Thompson: O examinador realiza uma compressão na panturrilha do paciente, que
se apresenta deitado em decúbito ventral em seguida o pé do paciente tem como
resposta a realização de uma plantiflexão.
Positivo quando existe ausência de respostas durante o teste.
Sugestivo: Lesão no tendão do calcâneo.
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
Teste de gaveta anterior: Paciente em decúbito dorsal flexiona o joelho a 90°e apoia
o pé na maca, com a parte posterior da coxa o examinador estabiliza o pé deste
paciente e com as mãos posicionadas abaixo da patela, realiza uma tração para
frente.
Caso o joelho do paciente apresente uma anteriorização excessiva o teste é
positivo.
Sugestivo: Lesão no ligamento cruzado anterior.
Fonte: Autoral
Fonte: Autoral
É necessário avaliar a marcha do paciente, através dela o fisioterapeuta terá uma
ampla visão do mesmo, analisando se as condições apresentadas são neurológicas
ou musculoesqueléticas, assim é preciso obter de maneira clara o conhecimento
sobre as fases da marcha.
Pacientes com funções musculoesqueléticas apresentam disfunções como
mobilidade articular alterada e fraqueza muscular, estes também apresentam
controle de tronco e sensibilidade preservadas, sendo assim, sua alteração tem
como finalidade compensar as disfunções de seu corpo.
Em pacientes com condições neurológicas comprometidas encontramos além da
fraqueza muscular, contratura muscular, disfunção sensorial e falhas no mecanismo
de controle de tronco, cervical e todos os membros, cujo os quais resultam na
adaptação de marcha.
Vamos falar de maneira detalhada sobre a marcha:
Seu ciclo é dividido em 2 fases;
Fase 1: FASE DE APOIO
Fase 2: FASE DE BALANÇO
Na fase de apoio a marcha se inicia com o toque do calcanhar, em seguida
ocorre o contato inicial do pé com o solo.
No segundo momento temos a fase de contato, onde a região plantar entra em
maior contato com a superfície do solo, sendo assim o indivíduo assume a posição
de pé plano, nesse momento o corpo começa a se desviar para frente.
No terceiro momento o indivíduo assume a fase de apoio médio onde temos o
deslocamento anterior da tíbia, nesse ponto o peso corporal se move centralmente
sobre o pé.
Na quarta fase temos a saída do calcanhar, à medida em que o corpo continua se
movimentando para frente, o calcanhar acaba sendo elevado do solo, assim inicia a
preparação para o próximo passo.
No quinto momento temos a fase de propulsão, componente final da fase de apoio
onde o hálux é o último segmento a deixar o solo.
REFERÊNCIAS
2023 Merck & Co., Inc., Rahway, NJ, EUA e suas afiliadas.
Análise de Marcha - Marcha Patológica - Volume 2 ; Edição: 1ª ; Ano: 2004 ;
Idioma: Português ; Autor: Perry ; Páginas: 210
VOLPON JB. Semiologia ortopédica. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 67-79, jan./mar.
1996
CÁPITULO 3: AVALIAÇÃO FISIOTERAPEUTICA E A CLASSIFICAÇÃO DE
BANDEIRAS
Testes específicos
Os testes específicos são ferramentas em que usamos para sinalizar um
possível diagnostico ou até mesmo confirmar o diagnóstico. Os testes variam do
seguimento em que irá ser testado, ombro, joelho, quadril, cervical, lombar e outras
estruturas musculoesqueléticas. Outra função importante dos testes são descartar
possíveis red flags e yellow flags, que iremos especificar mais à frente. Os testes
também nos sinalizam se há alguma lesão neurológica ou alguma estrutura
neurológica comprometida, como um nervo comprimido que diminui ou aumenta os
reflexos de um certo seguimento.
Tórax e Abdômen:
Dor no peito intensa e opressiva, acompanhada de falta de ar (possível infarto
do miocárdio).
Hemorragia gastrointestinal com vômito de sangue ou fezes negras (possível
hemorragia gastrointestinal alta).
Dor abdominal intensa e repentina, especialmente se acompanhada de
rigidez abdominal (possível apendicite ou perfuração de órgão abdominal).
Sistema Neurológico:
Convulsões súbitas em um paciente sem histórico de epilepsia.
Perda súbita de consciência sem causa aparente.
Confusão ou alterações mentais abruptas.
Sistema Respiratório:
Falta de ar grave e súbita, especialmente se acompanhada de cianose (lábios
ou pele azulados) (possível obstrução das vias aéreas ou embolia pulmonar).
Tosse com expulsão de sangue em grande quantidade.
Sistema Cardiovascular:
Pulso muito rápido ou irregular com dor no peito.
Pressão arterial extremamente alta ou baixa, especialmente se acompanhada
de sintomas como confusão ou falta de ar.
Palpitações cardíacas graves e súbitas.
Questionário Dash
O questionário Dash, é mais um exemplo de ferramenta que podemos usar
para medir a incapacidade desse paciente que está sendo avaliado. No caso
especifico do DASH ele faz uma análise da deficiência do ombro, braço e da mão.
É um questionário com 30 itens que qualificam os desempenhos do membro
superior, cada item vai de 0 a 5 pontos
Conclusão
Assim como em outros ramos que envolvem as questões de saúde a
classificação de bandeiras utilizando cores é de grande valia ao profissional da
fisioterapia, especialmente quando tem em outros profissionais, como a clínica geral,
psiquiatria, psicólogos ou mesmo outras pessoas qualificadas para a melhoria do
prognostico do paciente em tratamento.
A atenção do profissional da fisioterapia referente a essa classificação deve
estar presentes enquanto durar o tratamento para que possa atingir o propósito
pretendido com os atendimentos.
Desde a primeira avaliação ou durante todo o período do tratamento é
essencial a individualização do paciente a fim de que a classificação descrita no
sistema de bandeiras possa promover de forma adequado um tratamento eficiente,
com cuidado e cautela que todo paciente merece ter e que os encaminhamentos
sejam feitos de forma oportuna e sempre que identificada a necessidade buscando
em outro profissional parcerias necessárias.
Em síntese, a fisioterapia é essencial na promoção da saúde e bem-estar,
com profissionais altamente qualificados que adotam uma abordagem holística na
avaliação e tratamento de pacientes. A combinação de técnicas, recursos e
ferramentas de avaliação apresentadas evidencia a complexidade e a abrangência
desse campo de atuação, contribuindo significativamente para a recuperação e a
melhoria da qualidade de vida dos indivíduos atendidos.
REFERÊNCIAS
BATTISTELLA, Brito.Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF)
International Classification of Functioning Disability and Health (ICF). 2002.
Disponível em https://www.revistas.usp.br/actafisiatrica/article/view/102369/100693).
Acesso em 28 de Junho de 2023.
ACHOUR Junior A. Flexibilidade e alongamento: saúde e bem estar. 2nd ed. São
Paulo: Manole; 2019
KINKADE, S. Evaluation and treatment of acute low back pain. Am Fam Physician,
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KURIKI HU, Chaves TC, Alves MC. A estabilização segmentar por meio do
método Pilates no tratamento da dor lombar. In: Associação Brasileira de
Fisioterapia Traumato-Ortopédica; Silva MF, Barbosa RI, organizadores. PROFISIO
Programa de Atualização em Fisioterapia Traumato-Ortopédica: Ciclo 1. Porto
Alegre: Artmed Panamericana; 2020. p. 135–81. (Sistema de Educação Continuada
a Distância, v. 1).
MACKWAY-Jones K, Marsden J, Windle J. Sistema Manchester de Classificação
de Risco. 2ª ed. Brasil: Grupo Brasileiro de Classificação de Risco; 2010.
MEZIAT, F. N.; SILVA, G. A. E. Invalidez por dor nas costas entre segurados da
Previdência Social do Brasil. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 45, n. 3,
p.494-502, jun. 2018). Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0034- 89102011000300007&lng=pt&tlng=pt. Acesso em 03
de fevereiro de 2023
Hodler et al., Imagem do cotovelo com ênfase A ressonância magnética se mostrou como
22
2021 em ressonância magnética melhor ferramenta para estruturas ósseas e
tecidos moles, devido a sua resolução e
contraste. Se mostra ótima para diagnóstico que
envolvam essas estruturas.
3. Exames laboratoriais
Além dos exames de imagens descritos acima, o fisioterapeuta também pode
solicitar exames laboratoriais, principalmente se desconfiar de: diabetes
descompensada, inflamação, infecção, patologias cardíacas ou descompensações,
hipertensão arterial, câncer, alergias, patologias renais, entre outros.
Os dados obtidos pelos exames laborais, auxiliam o fisioterapeuta a analisar
o estado de saúde geral do paciente, identificar possíveis alterações pulmonares e
periféricas, além de fornecer maior segurança para traçar o diagnóstico e tratamento
fisioterapêutico. Mas vale ressaltar, que nenhum desses exames que serão
descritos, assim como os exames de imagem, não podem substituir a avaliação
fisioterapêutica, servem apenas como forma de complemento e confirmação dos
dados já coletados na anamnese e exame físico do paciente.
Esses exames laboratoriais são de fácil leitura, pois entregam os resultados
específicos daquele paciente e também os valores de referência (a margem
considerada normal para cada item investigado de acordo com idade e sexo).
Portanto, nesses casos, é importante ter o raciocínio clínico de quais as
consequências e possíveis causas de resultados alterados.
Para elaboração desse resumo, contendo as informações mais comumente
procuradas, foram consultados os livros: Imaginologia e Exames Laboratoriais
Aplicados ao Paciente Crítico (Campos, 2021) 26, Manual de Solicitação e
Interpretação de Exames Laboratoriais (Nemer et al.) 27 e Interpretação de Exames
Laboratoriais para o Fisioterapeuta (Justiniano, 2012)28.
Ácido úrico
Esse ácido é produto do metabolismo das purinas, e precisa ser excretado pelo rim
e pelo intestino.O seu aumento pode causar complicações como: gota, artrite úrica,
cálculo renal e insuficiência renal. Podem surgir sintomas como: inflamações,
inchaço e dor nas articulações, principalmente das mãos e dos pés. Índices menores
podem estar correlacionados com uso de medicações como alopurinol, corticoides,
colchinha e anticoagulantes, pois diminuem a síntese e ácido úrico.
Colesterol
Investiga a concentração das taxas de HDL, LDL, VLDL e triglicérides no sangue.
• O HDL (colesterol “bom”), contribui para a proteção dos vasos sanguíneos do
acúmulo de placas de gordura. Valores baixos são comuns em pessoas
obesas, sedentárias, tabagistas e portadoras de doenças renais crônicas;
• O LDL (colesterol “ruim”), se estiver com níveis elevados, contribui para o
desenvolvimento de doença ateroesclerótica coronariana, e também estão
presentes na síndrome nefrótica, hipotireoidismo e icterícia obstrutiva.;
• O VLDL, na corrente sanguínea é convertido em LDL. Seus níveis encontram-
se aumentados em pacientes renais crônicos;
• O LDL (colesterol “ruim”), e o VLDL se estiverem com um alto acúmulo nos
vasos podem originar infartos ou derrames. As taxas deles devem estar
sempre abaixo do limite recomendado;
• A análise da concentração de triglicérides no sangue ajuda a prever o risco de
entupimento das artérias, e o risco de doenças cardíacas.
Creatinina e ureia
Servem para checar o funcionamento dos rins, e identificar insuficiências
renais.
Tanto a creatina quanto a ureia são produtos filtrados pelo rim e excretados na urina.
Por isso, quando suas taxas estão elevadas no sangue, indica que os rins não estão
conseguindo filtrar o sangue de maneira correta, não ocorrendo sua excreção.
Eletrólitos
Os mais investigados são o sódio, o cálcio, o potássio e o fósforo. A
concentração correta deles são essenciais para a homeostase.
Seus níveis muito alterados podem causar: vômitos, diarreia, desidratação e
insuficiência renal.
• Sódio: redução da concentração se chama hiponatremia, e ocorre pela
retenção excessiva de água. Pode estar relacionada à doença renal e uso de
diuréticos, e sintomas como confusão mental e convulsões. O contrário,
hipernatremia, ocorre a perda excessiva de água;
• Potássio: níveis baixos são chamados de hipocalemia, e podem ocorrer
devido à diarreias e vômitos. Levam à fraqueza, câimbras e paresia. O
aumento é chamado de hipercalemia e pode ocorrer em doenças renais.
Nessa condição o cansaço e náuseas são frequentes;
• Cálcio: hipercalcemia (aumento dos níveis de cálcio), pode estar relacionada
a doenças renais e cardíacas, ansiedade, depressão, convulsões e coma. A
hipocalcemia, diminuição de cálcio, gera convulsões, confusão mental,
fraqueza muscular, câimbras e hipotensão;
• Fósforo: a hiperfosfatemia (aumento) pode provocar disfunção sexual,
coceira, hipertensão, osteopenia. Pode ter como causa disfunção renal,
intestinal ou dos ossos. Já a hipofosfatemia geralmente é assintomática, mas
pode ocorrer fraqueza muscular e anorexia. Dentre suas causas está o
alcoolismo, queimaduras graves e alcalose respiratória crônica.
Glicose e glicemia
Verifica a dosagem da glicose na corrente sanguínea.
A glicemia é usada no diagnóstico e no acompanhamento da diabetes.
Consegue indicar se o paciente está com glicemia normal, pré- diabetes ou
diabético.
Hemograma
Esse exame é muito utilizado na prática clínica principalmente por médicos.
Nele se encontram informações quantitativas dos elementos sanguíneos que são
(livro imaginologia e exames):
• Glóbulos brancos (leucócitos): responsáveis pela defesa do corpo contra
doenças, infecções e inflamações. O aumento dessas células se chama
leucocitose e pode ser causada pela presença de infecções e inflamações. A
diminuição –leucopenia- pode estar associada a infecções virais ou
supressão do sistema imunológico;
• Glóbulos vermelhos (eritrócitos): avalia a capacidade de transporte de
oxigênio pelo sangue. A redução do nível dessas células pode indicar anemia,
e alerta para hipóxia (já que o oxigênio está sendo pouco ofertado pelo
sangue). O aumento de glóbulos vermelhos, é chamado de policitemia,
geralmente causada por hipoxemia crônica, e que resulta na maior
viscosidade do sangue, e consequentemente pode haver o aumento da
pressão arterial;
• Plaquetas: indicam capacidade de coagulação do sangue e possíveis
problemas de circulação. Plaquetopenia (redução de plaquetas), diminui a
capacidade de coagulação do sangue, gerando riscos de hemorragias e
hematomas. Plaquetose (aumento), aumenta a capacidade de coagulação,
elevando as chances de trombos serem formados.
Marcadores cardíacos
A presença desses marcadores no sangue, indica que ocorreu lesão tecidual
no miocárdio e necrose cardíaca. São marcadores encontrados em pacientes com
infarto agudo do miocárdio.
• CK-MB: proteína que começa a aumentar na circulação depois de 3 horas de
lesão, atingindo pico entre 12 e 24 horas;
• Troponina: complexo proteíco padrão ouro para identificar necrose cardíaca,
devido sua alta especificidade. Os seus níveis sanguíneos começam a
aumentar com 2 horas de lesão, atingindo o pico entre 24 a 48 horas.
Proteína C Reativa (PCR)
É um marcador inflamatório, produzida pelo fígado. A PCR, aumenta
rapidamente durante a fase aguda de inflamações, presença de lesão tecidual no
organismo ou infecções.Não identifica a origem da infecção, e seu aumento no
organismo é inespecífico, uma vez que o aumento dessa enzima pode estar
ocorrendo devido ao estresse, estilo de vida, idade e outros.
PSA
Antígeno prostático específico, marcador no sangue que ajuda a identificar
alterações na glândula da próstata. Muito utilizado em pacientes acima de 45 anos,
no processo de diagnóstico de câncer de próstata.
Transaminases (ALT e AST, ou TGP e TGO)
Avaliam o fígado, pois essas enzimas são responsáveis pela metabolização
de proteínas.
Se o TGP e o TGO estão altos na circulação sanguínea, significa alteração
nesse órgão.
Exemplos que elevam essas enzimas: cirrose, hepatite e isquemia.
Se apenas o TGO estiver alto, é sinal para possíveis lesões cardíacas.
TSH e T4 Livre
Avaliam o funcionamento da tireoide.
• TSH alto e T4 baixo: hipotireodismo.
• TSH baixo e T4 elevado: hipertireoidismo.
• Os dois aumentados: origem do problema na hipófise.
REFERÊNCIAS
COFFITO. Resolução n°80, de 9 de maio de 1987. Baixa Atos Complementares à
Resolução COFFITO-8, relativa ao exercício profissional do fisioterapeuta, e à
Resolução COFFITO-37, relativa ao registro de empresas nos Conselhos Regionais
de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, e dá outras providências. Disponível em:
<https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=2838>. Aceso em: 2 de abr. de 2023.
Oo, Win; Linklater, James; Hunter, David J. Imaging in knee osteoarthritis. Current
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Rheumatology, 29(1), p 86-95, jan, 2017. doi: 10.1097/BOR.0000000000000350.
Acesso em: 15 de abr de 2023.
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2023.
DOR CRÔNICA
A dor crônica é um problema de saúde amplamente disseminado que afeta a
qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo. Diferentemente da dor
aguda, que é uma resposta fisiológica e adaptativa a lesões ou ameaças aos
tecidos, a dor crônica persiste além do período esperado de recuperação e muitas
vezes carece de uma causa óbvia (BALIKI; APKARIAN, 2015). Entre os mecanismos
neurobiológicos amplamente discutidos no contexto da dor crônica, destaca-se a
sensibilização ou hiperexcitabilidade do sistema nervoso central (SNC), um
fenômeno que desempenha um papel crucial na geração e manutenção dessa
condição clínica.
Segundo Montoya (2018, p. 134) “pacientes com dor crônica sofrem de um
funcionamento cerebral alterado, juntamente com uma sensibilidade à dor
aumentada [...], além de terem maior sensibilidade aos estímulos mecânicos ou
térmicos do que pessoas saudáveis”.
Uma das características fundamentais da dor crônica é a neuroplasticidade.
As vias de transmissão da dor no SNC são altamente dinâmicas e passíveis de
modificações estruturais e funcionais em resposta a estímulos dolorosos
persistentes. Essas adaptações incluem o aumento da excitabilidade de neurônios
nas áreas do cérebro relacionadas ao processamento da dor, como o córtex
somatossensorial e o córtex cingulado. A hiperalgesia e a alodinia, caracterizadas
pelo aumento da sensibilidade à dor e pela percepção de dor em resposta a
estímulos não dolorosos, respectivamente, são fenômenos associados a essas
mudanças na plasticidade neuronal (CAMPI, 2015).
A sensibilização central é outro componente importante da fisiopatologia da
dor crônica. Ela envolve a amplificação dos sinais de dor no SNC, resultando em
uma percepção exacerbada da dor. Isso ocorre devido a alterações na
neurotransmissão, com um aumento na liberação de substâncias como o glutamato,
que desempenham um papel crucial na transmissão da dor nos níveis medular e
cortical. Além disso, a ativação de células gliais, como os astrócitos e microglia,
contribui para a manutenção da sensibilização central (COSTA, 2022).
A estimulação dolorosa pelo calor pode induzir uma resposta complexa no
cérebro de pacientes com dor crônica. Embora haja uma supressão ou redução da
atividade cerebral em algumas áreas normalmente envolvidas no processamento da
dor, como o córtex cingulado anterior, o lábio e o córtex orbitofrontofrontal, essa
resposta é apenas uma parte do que acontece durante a experiência da dor crônica
(TOUTAIN, 2019).
A supressão da atividade cerebral em áreas específicas pode ser vista como
uma tentativa do cérebro de modular ou controlar a percepção da dor. O córtex
cingulado anterior, por exemplo, desempenha um papel importante na avaliação
emocional da dor, e sua redução de atividade pode ser uma resposta adaptativa
para minimizar o sofrimento emocional associado à dor crônica. Além disso, o córtex
pré-frontal orbitofrontal está envolvido na avaliação das consequências da dor, e a
supressão dessa área pode estar relacionada à dificuldade dos pacientes em
processar informações relacionadas à dor de forma eficaz (SILVA; et al., 2020).
Pacientes com síndrome regional complexa, também conhecida como
síndrome da dor regional complexa, e dor nas costas mecânica crônica podem, em
alguns casos, apresentar respostas cerebrais semelhantes às de pessoas saudáveis
durante a estimulação dolorosa ou em certas situações. No entanto, é importante
ressaltar que essas condições são altamente variáveis e podem afetar indivíduos de
maneiras diferentes (MONTOYA, 2018).
Pacientes diagnosticados com fibromialgia frequentemente exibem respostas
amplificadas a estímulos tanto dolorosos quanto não dolorosos em diversas áreas
do cérebro. Essas respostas hiperativas em regiões relacionadas ao processamento
sensorial e emocional destacam a complexidade da condição, contribuindo para uma
percepção de dor exacerbada e uma maior sensibilidade a estímulos sensoriais
leves (TEIXEIRA, 2022).
A dor crônica causa alterações funcionais no cérebro, afetando o
processamento de estímulos dolorosos e não dolorosos. Estudos sobre mudanças
nas redes cerebrais associadas à dor crônica, especialmente durante o repouso, são
essenciais para compreender essa condição. Essas pesquisas destacam a
plasticidade cerebral em resposta à dor persistente, revelando modificações nas
conexões e atividades cerebrais (DUSCHEK et al., 2019).
Compreender essas adaptações é crucial para avançar na compreensão da
dor crônica e desenvolver tratamentos mais eficazes. Isso demanda um estudo
abrangente dos fatores multidimensionais que influenciam a percepção da dor e seu
efeito na atividade cerebral em pacientes com dor crônica (KWAN et al., 2020).
A idade desempenha um papel significativo no processamento da dor
cerebral, e os mecanismos neurais subjacentes à percepção da dor podem variar ao
longo do ciclo de vida. A compreensão dessas diferenças é essencial para o
desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para pessoas de todas as idades que
sofrem de dor aguda ou crônica. Além disso, a pesquisa continua a explorar como o
envelhecimento afeta os mecanismos neurais envolvidos na percepção da dor, o
que pode levar a avanços no tratamento da dor em grupos específicos de idade
(CODERRE; KATZ, 2017).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A dor crônica é um fenômeno complexo e multifacetado que vai além das
características físicas do estímulo doloroso. Ela envolve a ativação das redes
cerebrais da dor, influenciada por fatores emocionais, cognitivos e sociais, além de
ter um impacto duradouro no sistema nervoso central. A presença de estados
emocionais como depressão e ansiedade, juntamente com fatores cognitivos,
desempenha um papel na percepção e na persistência da dor crônica. Além disso,
fatores sociais, como apoio social, gênero e idade, influenciam a experiência da dor.
O envelhecimento também desempenha um papel relevante, com alterações
cerebrais relacionadas ao envelhecimento afetando a sensibilidade à dor e a
resposta a tratamentos. Para avançar na compreensão da dor crônica, é
fundamental adotar uma abordagem multidisciplinar na pesquisa. Isso não apenas
contribuirá para um entendimento mais completo da dor crônica, mas também abrirá
portas para tratamentos mais eficazes e personalizados que considerem aspectos
emocionais, cognitivos, sociais e as mudanças cerebrais associadas ao
envelhecimento. Abordar de forma integral a dor crônica é essencial para melhorar a
qualidade de vida das pessoas que sofrem com essa condição debilitante.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, M; et al. Manual de avaliação e tratamento da dor. Belém EDUEPA, 2020.
REFERÊNCIAS:
BARRETO. Quando a boca cala os órgãos falam-:desvendando as mensagens dos
sintomas. Gráfica LCR, 2° edição, p. 17-24, 2014.
A International Association for the Study of Pain (IASP) define a dor como
uma sensação sensorial e emocional desagradável que surge em conexão com
lesões reais ou possíveis. A dor é uma percepção complexa que pode ser moldada
por experiências anteriores e pelo ambiente em que a causa nociva atua, seja de
maneira isolada ou resultante da interação entre fatores físicos e estados
emocionais adversos.
Para o profissional de saúde lidar de maneira eficaz com o controle da dor, é
essencial compreender os conceitos fundamentais relacionados aos seus
mecanismos e aos impactos que ela pode ter nas dimensões física, emocional e
social dos pacientes. Isso ajuda na escolha das terapias mais apropriadas.
É crucial adotar abordagens de atendimento interdisciplinar e multiprofissional
para tratar pacientes com dor. Isso requer um compromisso maior por parte dos
profissionais de saúde de diversas áreas, desde a sua formação inicial. Além disso,
órgãos de saúde, instituições, entidades e associações dedicadas à assistência e ao
ensino em dor também desempenham um papel vital ao enfatizar a importância de
uma abordagem que leve em consideração os aspectos biopsicossociais na
assistência às pessoas que sofrem com a dor.
A fisioterapia desempenha um papel crucial no tratamento da dor ao longo
dos anos. Ela utiliza uma variedade de técnicas terapêuticas físicas, adaptando-as
de acordo com as necessidades clínicas específicas.
A eficácia da fisioterapia depende da identificação do mecanismo de dor
predominante. Essas técnicas terapêuticas abrangem uma ampla gama de
disfunções musculoesqueléticas comuns em pacientes com dor, e cada uma delas
possui uma explicação neurofisiológica única relacionada aos seus mecanismos de
ação. Cada pessoa é única, com uma história e uma maneira própria de
experimentar a dor. Mesmo diante de estímulos nocivos idênticos, duas pessoas
não sentirão a dor da mesma forma. Diversos fatores, como aspectos
neurofisiológicos, hormonais, culturais, circunstanciais, emocionais e psicológicos,
podem interagir e influenciar a intensidade da sensação dolorosa e do desconforto
associado a ela.
Uma avaliação adequada é fundamental para iniciar um tratamento eficaz.
Sem uma avaliação apropriada, a dor pode ser mal compreendida ou subestimada,
o que pode resultar em intervenções inadequadas e prejudicar a qualidade de vida
do paciente. Fatores como a situação atual, a cultura, o estado emocional e os
aspectos psicológicos desempenham um papel importante na forma como o
paciente percebe a dor.
Para conduzir a avaliação da dor, as informações necessárias são obtidas
através do relato do paciente e complementadas por meio da avaliação física, com o
paciente desempenhando um papel central no contexto clínico:
REFERENCIAS
GOSLING, Artur Padão. Mecanismos de ação e efeitos da fisioterapia no tratamento
da dor. Revista Dor, v. 13, p. 65-70, 2012.
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Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED). Projeto Hospital sem dor:
diretrizes para implantação da dor como 5º sinal vital. J Dor. 2005;2(16);1-7.
REFERÊNCIAS
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Mendez SP, Sá KN, Araújo PC, Oliveira IA, Gosling AP, Baptista AF.
Desenvolvimento de uma cartilha educativa para pessoas com dor crônica. Rev Dor.
2017;18(3):199-211.
Causas
Várias causas são apontadas como possíveis fatores responsáveis pelas
lesões nas fibras musculares estriadas esqueléticas. Alguns estudos ressaltam a
influência da fadiga muscular como fator precursor de lesão muscular. A fadiga
muscular pode ocorrer devido as falhas do nervo motor, da junção neuromuscular,
do sistema nervoso central e também do mecanismo contrátil. A fadiga do
mecanismo contrátil se dá pela depleção das reservas de ATP e PC, depleção das
reservas de glicogênio muscular e pelo acúmulo de ácido lático. (Natali, M.J.M 2001)
Os músculos são capazes de efetuar diferentes tipos de contração. Contração
isométrica, cuja força é gerada pelo músculo na mesma quantidade da resistência
que se opõe, não gerando movimento e não havendo mudança no tamanho do
músculo. Contração concêntrica, cuja força gerada pelo músculo é maior que a
resistência, gerando encurtamento do músculo. Contração excêntrica, cuja
resistência supera a força gerada pelo músculo, resultando em um alongamento do
músculo. Os tipos de lesão dependem do tipo de movimento que está sendo
realizado. (Guilherme C. B 2001)
Sintomas
Os sintomas dependem do tipo de cada lesão. E podem ser classificados,
como grau leve, moderado e grave. Nas lesões de grau I onde há ruptura mínima
das fibras, no grau II onde ocorre laceração do músculo com significante
hemorragia, e grau III como sendo aquela onde ocorre completa perda de função e
continuidade da maior parte ou de todo o músculo. (Clebis, N.K. 2001).
Diagnóstico
Existem diversos métodos para análise e diagnóstico de lesões musculares
causadas pela atividade física (FOSCHINI; PRESTES; CHARRO, 2007): medição da
atividade de enzimas plasmáticas (por exemplo: creatina quinase,
lactatodesidrogenase, troponina I e mioglobina), registro da ação voluntária máxima,
aquisição de respostas subjetivas de dor por meio de escala de percepção,
ressonância magnética, ultrassonografia, tomografia, eletromiografia de superfície,
termografia e amostra do músculo, são alguns dos métodos utilizados (BANDEIRA
et al., 2012; DUFFIELD et al., 2012; FERNANDES; PEDRINELLI; HERNANDEZ,
2011; FOSCHINI et al., 2007; SBRICCOLI et al., 2001).
O quadro clínico mais evidente é a dor, surge como o primeiro sinal e tende a
diminuir com o passar do tempo. Pode ocorrer espontaneamente, à palpação do
local, à contração ou ao alongamento da musculatura afetada . Como exames
auxiliares, podemos lançar mão de radiografias, ultrassonografias, ressonância
nuclear magnética (RNM) e tomografia computadorizada. A radiografia permite a
visualização de arrancamentos ósseos e alterações no subcutâneo, como edema de
partes moles e calcificações. A ultrassonografia, de preferência realizada por um
radiologista com experiência na avaliação musculoesquelética, pode avaliar, em
tempo real, tendões, músculos e partes moles; consegue, também, detectar a
presença de coleções líquidas e pode nos guiar durante uma punção. (Guilherme C.
B 2001).
Tratamento
Os tratamentos fisioterapêuticos devem aguardar o momento fisiopatológico
da lesão. Isso significa esperar que o próprio organismo comece a regeneração
tecidual para que a recuperação do paciente seja associada à recuperação natural
do músculo, sem impactar negativamente nesse processo. Em lesões de graus I, II e
III, o repouso e técnicas fisioterapêuticas de analgesia são essenciais. O Método
Rice (repouso, gelo, compressão e elevação) irá auxiliar a reduzir a inflamação e o
inchaço, interromper o sangramento intramuscular e assim limitar a progressão da
lesão ao mínimo, reduzindo o tempo de recuperação e proporcionando alívio básico
da dor (AUGUSTO, T.M.R. 2018).
Após a fase aguda da lesão (5-7 dias), se o paciente progredir no tratamento
inicial sem dor deve-se iniciar a próxima etapa do tratamento, que consiste em
progredir aos poucos com ou sem carga. O treinamento isométrico se inicia com
pouca ou nenhuma carga, se atentando ao limite da dor do paciente. O treinamento
isotônico só pode ser iniciado se durante o treinamento isométrico o paciente tiver
progredido com carga resistida e sem sinal de dor. O treinamento isocinético se
inicia com carga mínima e sem a presença de dor nos treinos anteriores.
O uso de anti-inflamatórios também é um método muito utilizado nos
tratamentos das lesões musculares, muitas vezes associado ao uso do ultrassom.
No entanto, estudos mostram que embora seu uso seja benéfico a curto prazo no
controle da dor, ocorrem efeitos adversos a longo prazo na regeneração e nas
propriedades tênsil e contrátil do músculo lesado (JARVINEN et al., 2000)
Ultrassom, uma onda sonora longitudinal, de penetração profunda, que, ao
ser transmitida aos tecidos biológicos, é capaz de produzir alterações celulares por
efeitos mecânicos. A transmissão ocorre pelas vibrações das moléculas do meio
através do qual a onda se propaga. Em média o tempo de aplicação do ultrassom
terapêutico é de 4 a 10 minutos por área. Os benefícios advindos dessa técnica são
o aumento da taxa de metabólica no tecido, aumento do fluxo sanguíneo e da
cicatrização tecidual. É possível notar redução da sensibilidade dos elementos
neurais, alívio da dor, redução dos espasmos musculares e aumento da
extensibilidade do colágeno. (SAIKALI, F.T. 2012).
O laser também é um tratamento utilizado nas clínicas fisioterapêuticas, o
qual vem sendo cada vez mais estudado na tentativa de observar seu efeito no
processo de regeneração na lesão muscular. Porém, estudo realizado com laser de
As-Ga com doses de 3 e 10 J/cm2 não foram eficientes para melhorar a
regeneração do tibial anterior através da análise morfológica (OLIVEIRA;
PARIZZOTO; SALVINI, 1999).
Já o uso de laser He-Ne resultou em aumento da área e densidade mitocondrial da
fibra do tibial anterior, sendo esses resultados dose-dependentes (AMARAL;
PARIZZOTO; SALVINI, 2001). Estudo prévio, também utilizando o laser He-Ne em
gastrocnêmio de rato, relata melhora da regeneração, evidenciada através da maior
incidência de miotubos no grupo radiado quando comparado ao controle (WEISS;
ORON, 1992).
A estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS): envolve a transmissão
de energia elétrica a partir de um estimulador externo para o sistema nervoso
periférico. A estimulação é feita por meio de eletrodos que se conectam à pele. Esse
tratamento é utilizado para o alívio de dores e recuperação muscular, por meio de
aplicação direta de impulsos elétricos na região do corpo a ser tratada. O resultado é
o combate à dor, sem necessidade do uso de medicamentos (RICARDO, M.C.
2011).
A estimulação elétrica funcional (FES) é uma modalidade usada para
fortalecimento e reeducação muscular, redução de espasmos e edema. Com um
aparelho gerador de corrente elétrica e eletrodos que são acoplados à pele, é
possível promover a contração muscular involuntária pela estimulação do sistema
nervoso central e fibras nervosas (JOHANNA, R.B.I. 2013).
Terapia manual baseada em massoterapia, técnicas de inibição muscular,
pompagens e mobilizações ajudam na recuperação de lesões porque “obrigam” o
corpo a adaptar-se, evitando o esforço do local afetado durante as atividades diárias,
como correr, caminhar ou subir escadas, por exemplo (GUEDES, A.F. 2008).
Tratamento cirúrgico
Casos especiais como uma ruptura completa grau III, queixa de dor em
limitados movimentos podem indicar uma lesão mais extensa do que se pode ter
imaginado, como por exemplo, um hematoma intramuscular. Nesses casos o
indicado é fazer o reparo cirúrgico. De imediato, no pós-operatório o membro
reabilitado deve ser imobilizado com uma faixa elástica e o tempo de imobilização
vai depender da gravidade de cada lesão. Mas é indispensável à atenção especial
nesse caso, pois um tratamento conservador bem executado não deixa espaço para
falhas. A cirurgia está indicada para rupturas completas dos tendões (Edison S.T).
REFERÊNCIAS
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vol.38, n.4, 2008.
DE SOUZA J., et. al. Lesão muscular: revisão de modelos experimentais. Journal of
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O tendão é definido por um tecido fibroso que tem como principal função
auxiliar o músculo a se fixar nos ossos e a proporcionar o corpo humano equilíbrio
ao se movimentar, sendo que, o mesmo se desliza enquanto a musculatura
trabalha, proporcionando assim um constante equilíbrio e limitação dos
movimentos.
Quando há lesão neste tecido, observamos que o nosso corpo reconhece
mudanças ao andarmos, tendo assim dificuldade em executar o movimento. Por
mais que os tendões sejam parecidos com tubos grandes e fortes, sua estrutura
ainda sofre lesões, sendo às, por esforços ou até mesmo causadas por fatores
externos, como por exemplo, objetos cortantes (faca, vidro e outros), (JULIANO
LHAMBY, 2018).
Entre as lesões que mais ocorrem nos tendões esta a tendinite, onde
observamos a inflamação dos mesmos. Esse fator ocorre porque fazemos
movimentos repetitivos ao longo do dia a dia causando irritação e inchaço no
tecido. Outro termo que utilizamos é o que chamamos de tendinose, onde há a
degeneração do tendão (GUILHERME OGAWA, 2020).
Avaliação da lesão
Durante a avaliação o paciente é avaliado como um todo, onde a coleta de
dados será importante no intuito de descobrir o nível lesionado, se há sensibilidade
ao tocar a estrutura ou sinais visíveis, como inchaço, vermelhidão, e se o paciente
tem dificuldade na realização de movimentos, já que a lesão acometidas em
tendões é uma das principais causas de fraqueza e disfunção da amplitude do
movimento (ADM).
A avaliação inicia-se com perguntas sobre os sintomas, como, por exemplo,
o que o paciente está sentindo naquele momento e qual seria a intensidade dos
mesmos, em seguida é avaliada a história médica do paciente, para que assim o
profissional consiga informações sobre registros clínicos e tratamentos anteriores
já feitos.
No exame físico, é realizado testes específicos para avaliar a amplitude de
movimento, força muscular, estabilidade da articulação e também a sensibilidade
local.
Dessa forma, caso a lesão tendínea for constatada o médico ira desenvolver
um plano de tratamento que poderá incluir repouso, fisioterapia, uso de
medicamentos, ou até mesmo a realização de cirurgia (ARI STIEL RADU
HALPERN, 2023).
Fisiopatologia
Observamos que ao lesionarmos o tendão, nosso corpo reconhece que há
algo imcomum e nos mostra através de sinais como, por exemplo, o aumento de
volume localizado na região da lesão, seja sua causa por conta de edema, dores a
palpação e também alterações ou ausência de movimentos. Sendo assim, quando
ocorre essa lesão o corpo se submete a ter diminuição de movimentos por conta
de um desequilíbrio encontrado nas articulações (ARNALDO SANTHIAGO LOPES,
ROBERTO KATTAN, SERAFIM COSTA, CARLOS E. MOURA, RODRIGO
SANTHIAGO LOPES, 1996;31(12).
Quando há o aparecimento de lesões nos tendões devemos observar
pontos importantes como, a fase aguda e crônica, uma vez que, a fase aguda o
paciente tem duração máxima de até 3 meses dos sinais e sintomas, já a crônica
estende se por um período maior de tempo.
Sendo assim, o aparecimento de lesões em sua fase crônica pode causar o
rompimento total do tendão e também provocar atrofia dos músculos que o
rodeiam. Sendo assim, o recomendado é a cirurgia, onde o profissional (cirurgião)
irá atuar na remodelação do tecido afetado.
Esse fato ocorre porque o tendão tem como função produzir equilíbrio e
força que atua na movimentação dos ossos.
Quando essa lesão é provocada, o constante equilíbrio corporal que o
tendão produz esta suscetível a se desestabilizar trazendo assim lesões em outros
tecidos (JOÃO NOURA, 2018).
Sintomas
Segundo o artigo, estudo clínico, diagnóstico e tratamento das lesões totais
do tendão de Aquiles, publicado pela Revista brasileira de ortopedia pelos autores
(ARNALDO SANTHIAGO LOPES, ROBERTO KATTAN, SERAFIM COSTA,
CARLOS E. MOURA, RODRIGO SANTHIAGO LOPES, 1996;31(12).
Entre os sintomas mais destacados quando se tem lesões nos tendões são;
• Presença de irritações assim como inchaço das
Articulações;
• Sensibilidade a palpação e ao fazer movimentos de alongamento;
• Pele com coloração avermelhada;
• Rigidez articular.
Causas
As lesões aparecem por conta de repetições feitas durante a prática de
exercícios que, exige maior intensidade, força física e também aqueles que são
causadores de impacto.
Sendo assim, a prática de exercícios físicos e esportes que exigem esses
fatores, estão sujeitas ao surgimento de lesões tendinosas.
Entre outros fatores causais estão:
• Falta de atenção ao praticar exercícios de levantamento de peso sem
antes alongar;
• Uso irregular de equipamentos esportivos;
• Repetições excessivas das articulações;
• A não prática de exercícios no dia a dia;
• Contato direto com objetos cortantes;
• Em alguns casos o acontecimento de roturas, como, por exemplo,
pisar em falso.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através do exame clínico, onde é feita uma anamnese
completa do paciente, destacando se na inspeção é encontrada alterações tais
como aumento de volume de uma determinada estrutura em relação a outra,
hematomas, alterações morfológicas, declínio funcional e se na palpação há
presença da sensibilidade dolorosa (ARNALDO SANTHIAGO LOPES, ROBERTO
KATTAN, SERAFIM COSTA, CARLOS E. MOURA, RODRIGO SANTHIAGO
LOPES, 1996;31(12).
Caso o paciente relate dores nas articulações, presença de sinais como,
irritabilidade tecidual acompanhada da perca da mobilidade, confirmamos assim o
diagnóstico.
Os exames complementares como a Radiografia e Ressonância magnética
também são ferramentas bastante utilizadas na confirmação desse diagnóstico.
Tratamento
O artigo publicado pela revista brasileira de ortopedia em 1994;29(10), com o
tema Lesões musculotendíneas e seu tratamento, escrito pelo autor João Gilberto
Carazzato explica como é feito o tratamento dessas lesões.
A crioterapia, (uso de gelo),é bastante utilizada para fins terapêuticos. De
modo que, a técnica tem como objetivo minimizar sequelas relacionadas ao
processo de lesão, tais como dor, edema, hemorragia e espasmo muscular.
Outro recurso utilizado é o laser, responsável por promover efeitos bioquímicos e
bioelétricos com o objetivo de acelerar o processo de cicatrização da lesão.
O Ultrassom (US) em seu modo pulsado 1MHz em um tempo médio de 6
minutos também é responsável pela melhora do reparo tecidual, sendo que, esse
recurso atua na estimulação da corrente sanguínea fazendo com que ocorra o
aceleramento do processo inflamatório, reduzindo edemas e atuando na
estimulação de células inflamatórias.
Observamos também que, a cinesioterapia tem um papel importante durante
o processo de tratamento, sendo que seu objetivo esta ligado a recuperação
funcional por meio de exercícios que promovem o alongamento, fortalecimento
muscular treino de propriocepção, melhora da postura e equilíbrio (SANCHES,
BEATRIZ, 2018).
Exercícios
Os exercícios de reabilitação envolvem alongamentos e fortalecimento que
devem ser iniciados o mais rápido possível. Já em casos mais graves, deve
iniciar processos de imobilização para que assim minimize a dor e a inflamação
causadas pela lesão antes de dar início a terapia (PAULA GABRIELLE, 2016).
Segundo João Gilberto Carazzato, 1994, ao dar início ao processo de
reabilitação, comece com exercícios isométricos sem resistência, assim que o
quadro inflamatório e álgico permitir, lembrando que, esses exercícios deverão ser
repetidos por todo o tratamento.
Assim que possível, devemos passar para a isométria resistida, com o grau
de resistência aumentando de acordo com a evolução do paciente.
Exercícios isotônicos simples só deve ser iniciado 10 a 15 dias após a lesão,
sendo que, a utilização de resistência só poderá dar início no período final das três
semanas de lesão.
Fonte: autoral
O exercício excêntrico é também muito utilizados em casos de prevenção e
tratamento de lesões tendíneas já que o mesmo atua na melhora da flexibilidade
(FAGUNDES, L. S. 2016).
Prevenção
As técnicas bastante utilizadas na prevenção das lesões tendíneas são as
de fortalecimento muscular.
Esse fortalecimento tem como objetivo evitar que as mesmas ocorram, sendo que,
contribuem para que as fibras se tornem mais fortes e tenham menos risco de
serem lesionadas (SALVADOR DE MELLO, 2023.
Entre outras medidas de prevenção estão:
• Lembrar sempre de alongar ou aquecer a musculatura antes de
praticar
exercícios físicos;
• Evitar a prática de exercícios muito pesados;
• Evitar repetições exageradas ao praticar esportes;
• Alimentação saudável.
REFERÊNCIA
NOURA, JOÃO .A história por conta dos tendões. Fisioterapia Desportiva com
evidência. Disponível em: <https://fisioterapia-desportiva-
comevidencia.webnode.pt/l/a-historia-por-contardos-tendoes/>. Acesso em: 03
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2023.
REFERÊNCIAS
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prescrição de exercícios físicos direcionados à saúde. Rio de Janeiro: Sprint,
2020.
ESTEVES, Professor Dr. João Victor Del Conti, Prescrição de exercícios para
melhora da aptidão física e saúde, Unidade lV, 2022.
BORG, Gunnar. Borg's perceived exertion and pain scales. Human kinetics,
1998.
Exemplo:
120x80 mmhg
120 Pressão sistólica X 80 Pressão
diastólica
Então deve se iniciar o trabalho de oclusão com 120
milímetros de pressão de mercúrio esfigmomanômetro.
Após aplicação da oclusão deve se iniciar o treinamento.
Para Sato (2005), o acoplamento do manguito utilizado deve ter uma área de
atuação bastante precisa e deve exercer uma pressão adequada suficiente
para alavancar o menor estímulo tensional decorrente de uma carga de
treino baixa. Sato ainda afirma que os melhores e mais seguros níveis
pressóricos estão entre 120 e 150 mmHG (milímetros de mercúrio) para
membros superiores e aproximadamente 200 mmHG para os inferiores.
Pode ser realizado 1 a 3 vezes por semana.
Entre os intervalos para descanso deve aliviar a pressão
REFERÊNCIAS
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withbloodflowrestrictiondiminishesmyostatin gene expression. MedSci Sports Exerc,
v. 44, n. 3, p. 406-12, 2012.
LEITE, Pedro Vítor Raetano. Estudo de revisão sobre aplicação da oclusão vascular
associado ao treinamento físico e na reabilitação. 2018. 37 f. Trabalho de conclusão
de curso (bacharelado - Educação Física) - Universidade Estadual Paulista Júlio de
Mesquita Filho, Instituto de Biociências (Campus de Rio Claro), 2018.
ARBALLO, Fábio Peron. Et al. Oclusão vascular: uma revisão bibliográfica sobre a
eficácia deste protocolo de treinamento. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo
do Conhecimento. Ano 06, Ed. 05, Vol. 12, pp. 43-55. Maio de 2021. ISSN: 2448-
0959,LOENNEKE JP, ABE T, WILSON JM, ET AL. Bloodflowrestriction:
anevidencebasedprogressivemodel (Review). Acta PhysiolHung. 2012.
doi:10.1556/APhysiol.99.2012.3.1
1. Correntes Elétricas
O uso de correntes elétricas na fisioterapia é muito comum. São utilizadas
para alívio de dor, estimular o sistema muscular ou neuromuscular, e reparação
tecidual. Entre as principais correntes usadas na eletroterapia estão: estimulação
elétrica transcutânea, estimulação elétrica funcional, corrente interferencial e
corrente russa.
Observação: muitos aparelhos já possuem de fábrica protocolos instalados, se for
esse o caso, basta procurar o protocolo apropriado para o quadro clínico do
paciente.
TENS burst Associação do modo Nível motor Longa- 100 20-30 minutos,
convencional e 200 μs modulada em em região
acupuntura. Trens 2 Hz dolorosa.
de pulsos de alta Indicada para
frequência, enviados dor crônica e
a baixa frequência, pré-terapia
com longa duração
de pulso, no nível
motor
Parâmetros recomendados22:
Corrente interferencial no tratamento agudo: 90-100 Hz de AMF base, sendo
a máxima 150 Hz. Essa variação deve ocorrer de forma lenta (triângulo 6:6).
Para regular a AMF basta selecionar a basal (normalmente 100 Hz) e depois
selecionar o item ∆AMF (normalmente 40 Hz). Isso significa que a frequência
irá variar de 100 a 140 Hz (100 de AMF basal + 40 da variação).
Corrente interferencial no tratamento sub-agudo: 40 Hz de AMF base, sendo
a máxima 80 Hz. Essa variação deve ocorrer de forma progressiva (trapézio
1:5:1). Para regular a AMF basta selecionar a basal (normalmente 50 Hz) e
depois selecionar o item ∆AMF e escolher o outro valor (atentando para
frequência máxima de 80 Hz, ou seja, selecionar a variação de modo que não
ultrapasse esse valor). Isso significa que a frequência irá variar de 50 a 80 Hz
(50 de AMF basal + 30 da variação).
Corrente interferencial no tratamento crônico: 10 Hz de AMF base, sendo a
máxima 30 Hz. Essa variação deve ocorrer de forma brusca (quadrado 1:1).
Para regular a AMF basta selecionar a basal (normalmente 10 Hz) e depois
selecionar o item ∆AMF (permite variações grandes devido à baixa
frequência, atentando para o valor limite de frequência de 30 Hz). Isso
significa que a frequência irá variar de 10 a 30 Hz (10 de AMF basal + 30 da
variação).
Para a elaboração do próximo quadro foram consultadas revisões sistemáticas e
ensaios clínicos, nas plataformas Google Acadêmico, PubMed e Cochrane.
Nazligul et Estudo 65 Efeitos sobre pacientes com Uso da corrente, não fornece
25
al., 2018 randomizado, síndrome do impacto benefícios adicionais ao
duplo-cego, subacromial tratamento com
controlado por cinesioterapia, e tratamento
simulação medicamentoso
Chen et al., Uma revisão 493 Uso de corrente interferencial Observou-se que a terapia
202226 sistemática e em pacientes com osteoartrite com corrente interferencial,
metanálise de de joelho diminui a dor a curto e longo
ensaios clínicos prazo, melhorando a função.
randomizados Não foi observado nenhum
feito adverso
Fonte: elaborado pelo próprio autor
JOHNSON, Mark; Paley, Carole; Jones, Gareth et al. Efficacy and safety of
transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) for acute and chronic pain in
adults: a systematic review and meta-analysis of 381 studies (the meta-TENS
study). BMJ Open., 12(2):e051073, fev, 2022. doi:10.1136/bmjopen-2021-051073.
Acesso em 23 de abr. 2023.
SURACE, Stephen; Deitch, Jessica et al. Shock wave therapy for rotator cuff disease
with or without calcification. The Cochrane database of systematic reviews, 3(3),
CD008962. Disponível em: <https://doi.org/10.1002/14651858.CD008962.pub2>.
Acesso em 23 de abr. 2023.
G, Anjana; Gupta, Anil et al. Efficacy of Dry Needling Versus Transcutaneous
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doi:10.7759/cureus.36473. Acesso em 23 de abr. 2023.
BAMBER, Zoe; Sun, Wei et al. Functional Electrical Stimulation of Peroneal Muscles
on Balance in Healthy Females. Cyborg and Bionic Systems, v. 2021, mai, 2021.
doi:10.34133/2021/9801097. Acesso em 21 de abr. de 2023.
NAZLIGUL, Tubar; Akpinar, Pinar et al. The effect of interferential current therapy on
patients with subacromial impingement syndrome: a randomized, double-blind,
sham-controlled study. Eur J Phys Rehabil Med., 54(3):351-357, jun, 2018.
doi:10.23736/S1973-9087.17.04743-8. Acesso em 22 de abr. de 2023.
Ultrassom terapêutico
O ultrassom terapêutico é uma modalidade de tratamento que emprega ondas
sonoras de alta frequência, normalmente na faixa de 0,8 a 3 megahertz (MHz), para
fins terapêuticos. Essas ondas sonoras são aplicadas sobre os tecidos biológicos
por meio de um transdutor, gerando efeitos mecânicos, térmicos e químicos
(MIGOTTO, 2016).
O ultrassom terapêutico é utilizado na fisioterapia e na medicina para tratar
condições musculoesqueléticas, promover a cicatrização de tecidos, reduzir a dor,
diminuir a inflamação e melhorar a função dos tecidos afetados. A energia
ultrassônica é absorvida pelos tecidos e pode induzir mudanças biológicas
benéficas, tornando-o um componente importante na reabilitação e no alívio de
sintomas em diversas condições clínicas (OLSSOM, 2008).
O ultrassom terapêutico é indicado em uma ampla gama de condições
clínicas, incluindo traumatismos do tecido ósseo, traumatismos em articulações e
músculos, distensões, luxações, fraturas, contraturas, espasmos musculares,
neuromas, pontos gatilhos, distúrbios do sistema nervoso simpático, transtornos
circulatórios, processos inflamatórios agudos e crônicos, reparos de lesões, fibro
edema gelóide e cicatrização de feridas (MORAES; TERTO; ROCHA, 2021).
No entanto, a terapia de ultrassom é contraindicada em áreas com
hipoestesia, áreas com insuficiência vascular, afecções localizadas no tecido
epifisário, em pacientes com diabetes mellitus, diretamente sobre marca-passos
cardíacos e em feridas abertas, devido aos potenciais riscos envolvidos em tais
circunstâncias. Portanto, a aplicação do ultrassom terapêutico requer uma avaliação
criteriosa por parte do profissional de saúde, a fim de determinar a adequação do
tratamento com base nas características individuais do paciente e na condição
clínica específica (LAURENTI; et al., 2023).
O método de aplicação do ultrassom terapêutico envolve a utilização de
ondas ultrassônicas, que podem ser empregadas por meio de dois métodos
distintos, conhecidos como contínuo ou pulsado. No método contínuo, as ondas
ultrassônicas são emitidas de forma ininterrupta ao longo do tempo de tratamento,
proporcionando uma exposição constante dos tecidos-alvo à energia ultrassônica. Já
no método pulsado, as ondas ultrassônicas são emitidas de forma intermitente, com
períodos de ativação e desativação, criando intervalos de repouso durante a
aplicação (SANTOS; BAPTISTA, 2021). A escolha entre esses métodos depende da
finalidade terapêutica desejada e das características da condição clínica do
paciente.
O modo apropriado de utilização do ultrassom terapêutico é importante para
garantir sua eficácia. Os movimentos podem assumir diferentes padrões, como
circulares, em forma de oito, de cima para baixo ou de um lado para o outro, de
acordo com a necessidade terapêutica e a anatomia da área tratada. É importante
evitar deixar o cabeçote do ultrassom imóvel sobre o mesmo ponto por longos
períodos, pois pode resultar em superaquecimento e desconforto para o paciente
(GIERO, 2017).
Os parâmetros de tratamento, como frequência e intensidade, são
cuidadosamente selecionados pelo fisioterapeuta com base na avaliação clínica. Os
parâmetros podem variar dependendo do objetivo terapêutico e das características
clínicas do paciente. Os principais parâmetros incluem: frequência, intensidade e
tempo de aplicação.
A frequência do ultrassom, medida em Hertz (Hz), pode ser selecionada pelo
fisioterapeuta. A frequência das ondas emitidas pelo equipamento pode ser ajustada
de acordo com as necessidades clínicas do paciente, variando tipicamente de 0,5 a
5 MHz. Dentre as opções disponíveis, as frequências mais comuns e amplamente
utilizadas são de 1 MHz e 3 MHz. Geralmente, frequências mais baixas (0,8 a 1
MHz) penetram mais profundamente nos tecidos, sendo adequadas para
tratamentos em tecidos mais profundos, como músculos e articulações. Frequências
mais altas (1 a 3 MHz) são usadas para tratamentos superficiais, como pele e
tecidos subcutâneos (MEDICAL SAN, 2020).
A Área Efetiva de Radiação (ERA) do cabeçote é definida como a região na
qual ocorre a emissão das ondas sonoras. É importante destacar que a ERA é
invariavelmente menor que a área geométrica do cabeçote. Em situações nas quais
ocorrem defeitos na colagem do cristal ao cabeçote, resultando em espaços vazios,
a radiação emitida será ainda mais reduzida (SIQUEIRA, 2014). Portanto, a ERA
constitui um parâmetro crítico a ser considerado na aplicação do ultrassom
terapêutico, uma vez que afeta diretamente a quantidade e a distribuição da energia
ultrassônica nos tecidos-alvo, tendo implicações significativas na eficácia do
tratamento.
O cálculo do tempo de aplicação no contexto do ultrassom terapêutico segue
uma metodologia específica, onde o tempo (em minutos) é determinado pela divisão
da área da região tratada (em centímetros quadrados) pela ERA, representada em
centímetros quadrados (PREFEITURA DE FRANCISCOPOLIS, 2021). Por exemplo,
se a largura da área for de 5 cm e o comprimento for de 8 cm, a área total é
calculada como 40 cm². Se a ERA do equipamento for igual a 4 cm², o tempo de
aplicação necessário será de 10 minutos, conforme a fórmula 40/4. Esse método de
cálculo é fundamental para estabelecer a duração adequada da terapia ultrassônica,
assegurando uma exposição controlada e eficaz dos tecidos ao tratamento.
A seleção cuidadosa desses parâmetros é essencial para otimizar a eficácia
do tratamento com ultrassom e garantir a segurança do paciente. Ela é baseada na
avaliação clínica individual e nas metas terapêuticas estabelecidas pelo
fisioterapeuta.
REFERÊNCIAS
ABREU, E. M. C; NICOLAU, R. A. Terapia a laser de baixa intensidade na
regeneração do tecido nervoso após lesão medular. Ver. Neurocienc, v. 23, n. 2, pp:
297-304. 2015.
REFERÊNCIAS
BLANPIED P., GROSS A., ELLIOTT J., DEVANEY L., CLEWLEY D., WALTON D., et
al. Dor no pescoço: revisão 2017: diretrizes de prática clínica vinculadas à
classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde da seção
ortopédica da Associação Americana de Fisioterapia. JOSPT. 2017 jul;47(7):A1-
83. Disponível em: https://www.jospt.org/doi/10.2519/jospt.2017.0302
FEJER, R., KYVIK, K. O., & HARTVIGSEN, J. (2018). The prevalence of neck pain in
the world population: a systematic critical review of the literature. European Spine
Journal, 27(4), 834-848.
AVALIAÇÃO
Como toda anamnese, precisamos primeiro da identificação do paciente como
nome, idade, sexo, peso, altura, com o que trabalha e já trabalhou, onde trabalha,
antecedentes familiares, e se existe alguma patologia. (ALEXANDRE e MORAIS,
2001)
Teste e avaliação
Inspecionar o alinhamento da coluna
Palpar os processos espinhosos e os músculos paravertebrais
Fazer percussão para encontrar o ponto doloroso, caso houver ponto doloroso
sugere-se fratura.
Teste de amplitude de movimento:
Flexão frontal (75°)
Flexão - Orientar ao paciente para que tente encostar as mãos no chão ou
alcançar os dedos dos pés mantendo os joelhos retos.
Hiperextensão (30°)
Extensão - Pedir ao paciente para projetar tronco para trás (30°)
Inclinação lateral (35°)
Rotação
Rotação - Pedir ao paciente para fazer rotação de tronco (direita e esquerda)
(ALEXANDRE e MORAIS, 2001)
Inspeção
Avaliar as curvaturas da coluna torácica, realizar palpação pelo processo
espinhoso das vértebras torácicas (T1 a T12) para medir as curvaturas torácicas,
essa avaliação também pode ser feita através de exames de imagens (raio-X). A
postura é considerada normal quando os valores das anulações variam entra 20° a
50° quando o valor é maior que 50° é indicação de uma hipercifose torácica, quando
é menor que 20° e considerada uma retificação torácica. ( ALEXANDRE e MORAIS,
2001)
Diagnostico diferencial
Identificar os red flags (bandeiras vermelhas) que são sinais identificados no
exame físico que levam a suspeita de acometimentos graves como neoplasias,
trauma, infecção, fatores neurológicos, vascular e estrutural. (FUNICANE et al.
2020)
Deve-se avaliar também as bandeiras amarelas que estão associadas aos
fatores psicológicos como ansiedade, depressão, medo da dor. ( NICHOLAS et al.
2011)
Procurar identificar se há;
Condições:
Inflamatórias como a espondilite anquilosante, artrite reumatoide, mielite
transversa aguda.
Infecciosas dentre elas a osteomielite, Herpes zoster.
Degenerativas, que pode ser hérnias de discos degeneração dos discos
intervertebrais, artrose facetaria, estenose de canal.
Metabólicas, doenças osteometabolicas com osteomalácia, a osteoporose,
doenças reumáticas.
Neoplasias como cordomas, condrosarcomas, osteosarcomas, mieloma
múltiplos
Traumas, fraturas vertebrais ou costelas.
Sinais de alerta
Trauma recente, pedindo por exames de imagem para identificar se há
fragmentos ósseos atingindo a medula ou artéria vertebral ou se há inflamação na
região.
Segundo Funicane et al. (2020) Os sinais de alerta são sinais e sintomas
que levantam a suspeita de patologia grave da coluna vertebral.
Trauma recente, pedindo por exames de imagem para identificar se há
fragmentos ósseos atingindo a medula ou artéria vertebral ou se há inflamação na
região. Dor a Noite, Febre, Perda de peso e Fraqueza são sinais que se englobam
dentro dos red flags (bandeiras vermelhas). (FUNICANE et al. 2020)
Caso identifique algum desses sinais, encaminhe rapidamente para o médico
atuante da área.
Tratamento
A fisioterapia tem um papel de extrema importância na reabilitação de paciente
com dor na coluna torácica, e há vários métodos de tratamento como terapia
manual, recursos eletrofisicos, pilates. (BRIGGIS et al., 2009)
De acordo com Haleema e Riaz (2021) A dor miofascial ocorre devido a muitos
fatores, incluindo má postura, alteração da biomecânica do corpo, falta de exercício,
fatores psicossociais e dor aguda ou repetitiva.
Portanto a manipulação e liberação de pontos gatilhos da coluna torácica e um
método eficaz para a dor.
REFERENCIAS
BRIGGS AM, SMITH AJ, STRAKER LM, BRAGGE P. Thoracic spine pain in the
general population: prevalence, incidence and associated factors in children
adolescents and adults. A systematic review. BMC Musculoskelet Disord. 2009
Jun 29;10:77. https://dx.doi.org/10.1186%2F1471-2474-10-77
NICHOLAS MK, LINTON SJ, WATSON PJ, MAIN CJ; "Decade of the Flags" Working
Group. Early identification and management of psychological risk factors
("yellow flags") in patients with low back pain: a reappraisal. Phys Ther. 2011
May;91(5):737-53. doi: 10.2522/ptj.20100224. Epub 2011 Mar 30. PMID: 21451099.
Fonte: brasil123.com.br
DIAGNOSTICO
O ângulo da escoliose medido na radiografia frontal em pé, de acordo com o
método Cobb é um dos fatores decisivos no manejo da escoliose idiopática e está
diretamente relacionado a todas as decisões de tratamento, tendo em conta que o
erro de medição reconhecido na medição dos ângulos Cobb é de 5°. Quando abaixo
de 10°, o diagnostico não deve ser feito.
Acima de 30° de escoliose, aumenta o risco de progressão na idade adulta,
assim como o risco de problemas de saúde e redução da qualidade de vida.
Acima de 50°, é consenso que é quase certo que a escoliose vai progredir na
idade adulta e causar problemas de saúde e redução da qualidade de vida.
O exame físico (inspeção, palpação, medições, exame neurológico e testes
especiais) é importante do diagnostico, pois avalia sinais específicos de escoliose.
O principal teste de avaliação no exame de pacientes com escoliose é o teste
de Adams. Nesse teste o paciente realiza uma flexão da coluna, com joelhos
estendidos e as palmas das mãos juntas, o examinador fica atrás do paciente e
verifica se tem presença de gibosidade e a rotação vertebral.
O escoliômetro juntamente do teste de Adams é uma ferramenta de avaliação
que tem se mostrado muito útil. O Escoliômetro mede o ângulo de inclinação do
tronco.
Teste de Adams
Fonte: institutoescoliose.com.br
TRATAMENTO
Exercícios fisioterapêuticos específicos deve ser o primeiro passo no
tratamento da escoliose idiopática para prevenir/limitar a progressão da deformidade
e órtese. A órtese é recomendada para tratar a escoliose idiopática juvenil e infantil
como o primeiro passo afim de evitar ou pelo menos adiar a cirurgia para uma idade
mais adequada.
Recomenda-se que os exercícios fisioterapêuticos específicos sejam sempre
individualizados mesmo que realizados em pequenos grupos, e que seja realizado
regularmente durante todo o tratamento para melhores resultados.
Exercícios de mobilização da coluna vertebral devem ser utilizados na
preparação em caso de órtese.
Recomenda-se exercícios de estabilização em autocorreção sejam utilizados
durante o período de desmame do aparelho.
Exercícios em pacientes operados com dor devem ser utilizados para reduzir
a dor e aumentar a função.
TÉCNICAS DE MOBILIZAÇÃO
A terapia manual (técnicas de mobilização suave, de curto prazo ou de
liberação de tecidos moles) seja proposta apenas se associada à estabilização.
Recomendações sobre “Função respiratória e exercícios”
Quando necessário, sejam utilizados exercícios para melhorar a função
respiratória. Durante o tratamento com aparelho o uso de exercícios para melhorar a
função respiratória.
REFERENCIAS
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5795289/
https://scoliosisjournal.biomedcentral.com/articles/10.1186/1748-7161-7-3
SAMPOL, Lucia Alves Vital; SAMPOL, Antonio Vital. A escoliose e suas formas de
tratamento. 2000.
Introdução
Nesse capítulo será abordado sobre coluna lombar, dores características da região,
sinais e sintomas, diagnóstico diferenciado, possíveis bandeiras vermelhas, e
tratamento em dor aguda e crônica.
A dor na região lombar pode ser chamada de lombalgia, que se caracteriza pela dor
que se inicia na região lombar e irradia para glúteos e região posterior da coxa, no
trajeto de nervo ciático. Ela pode ter diferentes causas, e entre elas podemos citar:
1. Hérnia de disco
Acometimento da coluna vertebral onde ocorre o extravasamento do disco vertebral e
compressão de raiz nervosa.
1.1 Sinais e sintomas
Dor lombar irradiada para membro inferior;
Aumento de dor ao tossir e espirrar;
Sente melhora ao deitar;
Dor pode agravar durante ou após atividades físicas;
Alívio da dor em movimento de extensão;
Aumento da dor na flexão da coluna, de pé e sentado;
Alteração de sensibilidade como: anestesia, dormência, formigamento,
afetando alguma região do membro inferior;
Em casos mais graves pode ocorrer diminuição de força no movimento das
pernas.
1.2 Testes irritativos neurais
Slump test;
Teste do nervo femoral;
Teste de Laségue (levantamento da perna reta)
1.3 Tratamento
O tratamento é conservador e baseia-se em exercícios de fortalecimento muscular,
exercícios de extensão da coluna lombar, educação na dor, método de Mckenzie,
mesa de tração e descompressão, fisioterapia manual e instrumental, mobilização do
Conceito Mulligan.
FONTE:
1.4 Diagnóstico diferenciado
Déficit neurológico: compressão da medula;
Trauma: compressão da medula devido a lesão traumática;
Febre persistente: osteomielite, abcesso epidural;
História prévia de câncer: metástase;
Idade >50 anos: doenças vasculares, câncer e infecções;
Redução de peso de forma não intencional: infecções crônicas e câncer;
Drogas intravenosas: lesão espinhal por disseminação de infecção,
osteomielite, e abcesso epidural;
Aneurisma de aorta prévia: rompimento de aneurisma retroperitoneal;
Sintomas noturnos: osteomielite, câncer, espondiloartrites e abcesso epidural;
Imunodepressão: discite, osteomielite, abcesso epidural, e lesão espinhal por
disseminação da infecção;
Incontinência fecal, retenção urinária e anestesia em sela: síndrome da cauda
equina;
Infecção bacteriana recente ou atual: disseminação espinhal e para estrutura
paravertebral da infecção, infecção de prótese, etc.
Fonte: Sanar saúde
2. Estenose
É o estreitamento do espaço central da coluna. Essa diminuição de diâmetro do canal
vertebral ocorre devido a hipertrofia, causando a compressão das estruturas nervosas
lombares. Sua etiologia pode ser congênita, resultando maior preocupação, pois pode
ser progressiva ou por envelhecimento. Podendo ser classificada como estenose
lateral, que apresenta sintomas parecidos com a hérnia de disco, ou estenose central,
onde a dor aparece na região glútea com sensação de peso nas pernas e piora ao
caminhar e melhora ao sentar.
2.1 Sinais e sintomas
Dor lombar;
Dor ao caminhar;
Dor e desconforto ao estar de pé;
Dor em extensão da coluna vertebral;
Sintomas amenizam ou desaparecem ao sentar por alguns minutos.
2.2 Testes irritativos neurais
Slump test;
Teste de Laségue;
Teste de Schober e instabilidade segmentar.
2.3 Tratamento
O tratamento é conservador, incluindo exercícios de mobilização, fortalecimento da
musculatura lombar, educação em dor, modulação em dor, exercícios de flexão,
terapia manual, osteopatia e mobilização neural.
2.4 Diagnóstico
Algumas doenças podem apresentar sintomas muito similares ao da estenose lombar,
entre elas podemos citar:
Espondilolistese;
Neuropatias periféricas;
Claudicação vascular (obstrução das artérias das pernas);
Artrose de outras articulações do quadril e joelho. É importante que o
diagnóstico diferenciado seja excluído ou identificado em uma avaliação criteriosa do
paciente, para a realização do tratamento.
3. Bandeiras vermelhas
Em uma avaliação fisioterapêutica deve-se atentar a possíveis bandeiras vermelhas.
Se tratando da coluna lombar é importante descartar essas possíveis patologias:
Tumores;
Fraturas;
Síndrome da cauda equina;
Déficit motor progressivo;
Aneurisma da aorta abdominal.
3.1 Exames e testes para descartar bandeiras vermelhas
Percussão;
Palpação;
Ausculta abdominal;
Exames de imagem (radiografia, ressonância magnética e tomografia).
Em caso de suspeita de bandeira vermelha, o melhor a ser feito é solicitar exames de
imagem para confirmação do diagnóstico e encaminhar o paciente a outro profissional
da saúde (médico especialista no caso).
Conclusão
Nesse capítulo foi abordado as principais causas de dor lombar com intuito de
oferecer de forma didática e simples compreensão, os sintomas e tratamento dessas
patologias da coluna lombar. O diagnóstico é tratamento variando de profissional para
profissional, e os resultados do tratamento deve-se ao trabalho entre terapeuta e
paciente. Uma via de mão dupla onde o terapeuta oferece um tratamento de
qualidade, e o paciente busca fazer o seu melhor para a recuperação. Ressaltando
que, o tempo de tratamento varia de paciente para paciente. É importante que o
terapeuta trabalhe com seu paciente de forma que ele se sinta seguro, e seja possível
eliminar a dor. Um tratamento respeitoso onde se educa o paciente quanto a dor,
garante melhores resultados permitindo ao paciente uma melhor qualidade de vida.
REFERÊNCIAS
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lombar. Revista Brasileira de Ortopedia, Rio de Janeiro, v. 56, p. 9-17, 23 jun. 2020.
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Acesso em: 30 set. 2023.
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TORRES CRUZ, A. Estudo clínico randomizado no tratamento da hérnia de disco
lombar. Revista Saúde e Desenvolvimento, v. 15, n. 21, p. 93–106, 2021.
Disponívelem:https://www.revistasuninter.com/revistasaude/index.php/
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Hérnia discal lombar. Revista Brasileira de Ortopedia, Curitiba, 9 abr. 2010. 45, p.
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Scielo. Acesso em: 30 set. 2023.
CAPITULO 20: A ARTICULAÇÃO SACRO-ILÍACA
Testes diagnósticos por injeção: Testes diagnósticos por injeção, como a injeção de
anestésico local na ASI, podem ajudar a confirmar o diagnóstico de dor sacroilíaca.
Se a dor aliviar temporariamente após a injeção, é um sinal positivo de que a ASI
está causando a dor.
Exame Físico: O exame físico deve incluir testes específicos para avaliar a ASI.
Além disso, o examinador deve avaliar a mobilidade da coluna vertebral, do quadril e
dos membros inferiores, bem como a presença de pontos dolorosos ao longo da
coluna vertebral e nas regiões glúteas. Os testes clínicos para a articulação
sacroilíaca se resumem aos que mais provocam dor na estrutura, os mais
comumente descritos são Teste de Fabere ou Teste de Patrick e o Teste de
Gaenslen.
Sem uma boa avaliação, não existirá um bom tratamento da dor. Deve ser
compreendido todos os aspectos de vida do paciente para que a forma de tratá-lo
seja mais eficiente. Dessa forma, todas as etapas da avaliação é significante. Todos
os processos, desde a entrevista até os testes devem ser realizados de forma
cuidadosa e humanizada. Através de uma boa avaliação da dor é possível entregar
ao paciente o tratamento mais eficaz.
REFERÊNCIAS
Charkovski, Simone Arando. Prevalência dos testes para exame físico da articulação
sacroilíaca : uma revisão sistemática. Monografia Especialização Digital –
Universidade Federal do Paraná. Curitiba. 2015.
CIBULKA, M. T. The treatment of the sacroiliac joint component to low back pain: a
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Disponível em: https://drdooleynoted.com/2015/04/28/anatomy-angel-the-sacroiliac-
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Nogaroto, H., Santos, E. dos, Oliveira, J. de, & Lucena, T. F. (2018). Disfunção da
articulação sacroilíaca e a influência na flexão de tronco e no ângulo Q de joelho –
estudo de caso. Revista Interdisciplinar De Promoção Da Saúde, 1(1), 66-72.
Vleeming A, Schuenke MD, Masi AT, Carreiro JE, Danneels L, Willard FH. The
sacroiliac joint: an overview of its anatomy, function and potential clinical
implications. J Anat. 2012 Dec;221(6):537-67. doi: 10.1111/j.1469-
7580.2012.01564.x. Epub 2012 Sep 19. PMID: 22994881; PMCID: PMC3512279.
CAPITULO 21: PUBALGIA
INTRODUÇÃO
Segundo MCmurtry e Avioli (2013), a pubalgia é uma conjuntura dolorosa da
sínfise púbica, com patogênese contestável, mesmo se caracterizando como um
quadro clínico que já é estabelecido. Sabe-se que gira em torno de 5 a 10% as
lesões pubálgicas, sendo elas maioria de cunho esportivo.
Adentrando mais na linguagem esportiva propriamente dita, o atleta brasileiro Thiago
Silva, zagueiro do Chelsea, sofreu uma pubalgia na final da UEFA Champions
League contra o Manchester City. Foi possível observar a palpação na virilha no
momento exato feita pelo próprio jogador, que ocorreu antes de término do primeiro
tempo. (SILVA, THIAGO.MANCHESTER CITY V CHELSEA - UEFA CHAMPIONS
LEAGUE, 2021)
Figura 1 - Thiago Silva sofre lesão na virilha durante a final contra o City
AVALIAÇÃO
Stephen L Adams e Paul R Yarnold (1997), advertem que no exame clínico
da articulação do quadril, apresenta um desafio na prática clínica. Na avaliação são
aplicados testes, e um deles é o de percussão patelar-púbica, que entrega uma
excelente sensibilidade e boa especificidade para fraturas do colo do fêmur.
Por conseguinte na anamnese, é normal que o atleta relate uma dor na região
afetada que piora com o exercício. Entretanto: a palpação, o teste de resistência e
alongamento do músculo afetado, são usados para categorizar os atletas. O limiar
da dor relatado pelo atleta no teste de resistência, também deve ser sentida na
estrutura afetada. Por exemplo, em adutores envolvidos com dor na virilha, a dor no
teste de adução resistida deve reproduzir a dor “parecida” do atleta nos adutores.
(SCHILDERS E DIMITRAKOPOUIOU A COOKE M et al, 2013)
Recomenda-se que no exame físico exija testes especiais de movimento e
quadril (flexão-abdução-rotação externa (FABER) e flexão-adução-rotação interna
(FADIR), e também o teste de compressão do adutor. (PACHECO-CARRILLOA,
2016).
O terapeuta pode observar fraqueza nos adutores e flexores de quadril,
disfunção na marcha mediante o movimento da pelve e alinhamento femoral da
região de MMII. Quando falamos de pubalgia, a queixa principal se trata de “dor na
virilha ou dor abdominal” – dor essa, que se caracteriza mais intensa que uma
distenção do adutor ou iliopsoas. Para avaliar a amplitude de movimento do quadril,
é necessária a avaliação funcional. Uma vez que são possíveis as perdas de
amplitude de rotação medial do quadril, causando lesão intra-articular.
(TAKI,ENGELAARL, 2016).
Segundo KACHINGWE et al (2008), existem cinco fatores que determinam a
“hérnia esportiva” também conhecida como pubalgia atlética. Conforme observado
em tabela
Tabela 1.
Sinais de pubalgia atlética
1- Queixa subjetiva de dor intensa na virilha
2- A dor é exacerbada quando se aumenta o esforço
3- Sensibilidade palpável diante da região pubálgica na inserção
do reto abdominal e tendão conjunto
4- Dor com adução resistida do quadril com 0,45 e ou 90 graus de
flexão de quadril
5- Dor com contração abdominal resistida
DIAGNÓSTICO
Como se sabe, é de caráter duvidoso a confiabilidade de exames de imagem
para dor e abaulamento, da região inguinal. O papel do exame de imagem na
previsão de resposta ao prognóstico naqueles com pubalgia, deve ser explorado.
(ALVARES JJR, 2000).
Posteriormente, a ressonância magnética (RM) deve ser realizada quando
houver suspeita de pubalgia atlética. Além disso, outras técnicas de imagem como
radiografias simples e ultrassonografia, cintigrafia óssea podem contribuir para o
achado. (ANDERSON K, STRICKLAND SM, WARREN R, 2001).
O diagnóstico é desafiador devido à complexidade anatômica da região da
virilha, à biomecânica da região púbica e ao grande número de dor na virilha. Por
isso, o exame clínico e o histórico médico são de extrema importância. Um exame
clínico completo deve ser realizado em tais casos, incluindo o teste "Adução
unilateral ou bilateral da perna resistida". O diagnóstico diferencial envolve alteração
intra-articular e extra-articular do quadril e intra-abdominal, tal qual distúrbios não
mioesqueléticos, como: impacto femoroacetabular, lacerações do acetábulo, osteíte
púbica, lesões dos músculos adutores e hérnia inguinal. (CHARNOCK BL, LEWIS
CL, GARRETT WE JR, et al, 2009).
TRATAMENTO
Swain R (2012), confirma que o tratamento sem intervenção cirúrgica e até
mesmo no pós operatório, tem objetivo de fazer com que o atleta retorne às
atividades sem dor. Quando nos referimos a atleta de alto nível ao return to play sem
dor, é necessário conferir as diferenças biomecânicas disfuncionais ao comparar a
pubalgia em atletas e a rutura inguinal.
O tratamento conservador deve ser considerado antes da indicação de
intervenção cirúrgica. Uma vez que a cirurgia é realizada, um programa de
reabilitação ativa deve ser indicado. Porém, aqueles indivíduos submetidos à cirurgia
para pubalgia podem retornar ao esporte mais rápido do que aqueles que receberam
tratamento conservador. Os programas de reabilitação ativa devem ser o confim do
tratamento conservador. (MINNICH JM HANKS JB MUSCHAWECK U et al,2013).
Há evidências moderadas de que, para pubalgia interligada ao músculo
adutor a longo prazo:
1. O treinamento físico ativo supervisionado relata maior sucesso e porcentagem de
atletas que retornam ao jogo do as modalidades passivas.
2. O tratamento multimodal, incluindo a manipulação manual dos adutores, pode
resultar em um retorno mais rápido ao jogo, mas não em um maior sucesso do
tratamento.
3. A liberação parcial do tendão do adutor longo é eficaz para o return to play com o
passar do tempo.
Geralmente opta-se por tratamento conservador. Logo, existem os parâmetros:
Fase I (1-2 semanas)
Controle de dor e edema Alongamento ativo suave de isquiotibiais,
adutores, quadríceps, iliopsoas e coluna
lombar.
O tratamento sem cirurgia pode ser realizado de forma isolada, ou com auxílio
de injeções de esteróides na região púbica ou na origem do adutor. Além de anti-
inflamatórios e repouso. Contudo, o tratamento busca trabalhar o fortalecimento dos
adutores, flexores, rotadores internos, extensores, estabilizadores do núcleo e
musculatura espinhal lombopélvica do quadril. Conta-se também com a orientação
neuromuscular em termos de mobilidade funcional associada ao tempo e
recrutamento, terapia manual para trabalho nos tecidos moles. (RABE SB OLIVER
GD, 2010).
Para que se inicie atividades unilaterais, a superfície instável influencia a
estabilização da pelve. O alongamento ativo da coluna preserva amplitude de
movimento e flexibilidade pélvica. Sendo assim, para progredir para a fase final, o
paciente pode ser incluído de volta ao esporte, moderadamente. Com atenção
máxima à estabilização do core e mecânica corporal adequada. (THORBORG K,
HOLMICH P, CHRISTENSEN R, et al, 2011).
Semana 2-3
Avaliação da palpação e avaliação da Escala Analógica Visual
Início de exercícios resistidos leves na piscina se a cicatrização contribuir
Atividade de cadeia fechada em ortostatismo visando MMII e quadril
REFERÊNCIAS
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American Journal of Sports Medicine 2001; (4):521-534
Charnock BL, Lewis CL, Garrett WE Jr, et al. Adductor longus mechanics during
the maximal effort soccer kick. Sports Biomech 2009;8:223–34.
McMurtry CT, Avioli LV. Osteitis pubis in an athlete. Calcif Tissue Int 1986;38:76-7.
Minnich JM Hanks JB Muschaweck U et al. Hérnia Esportiva: Diagnóstico e
tratamento destacando uma técnica cirúrgica de reparo mínimo . Am J Sport
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review.PhysTherSport2016;21:87–93
Serafim TT, Oliveira ES, Migliorini F, Maffulli N, Okubo R. Return to sport after
conservative versus surgical treatment for pubalgia in athletes: a systematic
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Swain R, Snodgrass S. Managing groin pain even when the cause is not
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routine clinical practice. Arthroscopy 2012;28:611–16; quiz 616–8.
TakI,EngelaarL,GouttebargeV,etal.Islowerhiprangeofmotionariskfactorforgroinpa
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Asystematicreviewwithclinicalapplications.BrJSportsMed2017;51(22):1611–1621.
Doi:10.1136/bjsports-2016-096619
SINTOMAS
O principal sintoma então é a dor no grande trocânter que pode espalhar pelo
quadril, lateral das coxas e virilha. Importante considerar que esses sintomas se
agravam com o passar do tempo especialmente em condições em que o paciente
passa por muito tempo sentado ou deitada numa posição do lado do corpo onde há
a SDGT. (RODRIGUES, 2012)
Outros sintomas são dores no cruzamento das pernas, ao subir e descer
escadas, na realização de algumas atividades físicas, como por exemplo, aquelas
de grande impacto.
Outro teste clínico que deve ser aplicado para a identificação da SDGT é o
Teste de Tredelenburg. Nesse caso há a avaliação através da palpação do glúteo
médio ao permanecer na mesma posição por mais de 30 (trinta) segundos. Cabe a
avaliação do fisioterapeuta ao perceber a existência de paralisia ou paresia glútea,
dormência, luxação congênita do quadril.(MOTA, 2021, p.1)
Os testes conhecidos como VISA-G os quais tem por finalidade validar qual o
nível de incapacidade dos portadores de tendinopatia glútea representados pelos
dois testes acima demonstrados.
Mesmo havendo testes é de suma importância que o profissional conheça a
anatomia e a estrutura morfológica para que o processo de identificação da
síndrome seja adequado a situação do paciente em questão. Sendo assim, o
conhecimento do fisioterapeuta sobre a doença, sintomas, forma de tratamento são
essenciais para a leitura correta dos resultados obtidos com os testes.
TRATAMENTO
O tratamento que deve ser aplicado a SDGT pode ser fisioterapêutico,
farmacológico ou até mesmo cirúrgico, salientando que cirurgias apenas em casos
muito gravosos enquanto o tratamento farmacológico deve ser aplicado em conjunto
com o fisioterapêutico.
Da avaliação das orientações do trabalho do profissional da fisioterapia a
aplicação de técnicas que visam ao controle da dor que tal síndrome provoca no
paciente devem ser pautadas em estratégias com intervenções isoladas ou com
associação de outros tratamentos, como já mencionado o que acontece com a
administração de fármacos
Sendo assim o principal tratamento para essa síndrome é pautado nas
técnicas de fisioterapia diante do fato de estabelecerem condições menos invasivas
e com resultados efetivos contra a dor, permitindo o controle da dor e como
resultado melhoria das atividades rotineiras pois o fortalecimento muscular permite
essa estabilização, especialmente na coluna, lombar, pelve, quadril e glúteos.
(CASTRO, 2020)
O panorama do tratamento fisioterapêutico nesses casos tem por principal
finalidade diminuir a carga que faz compressão sobre o trocânter maior dando ao
paciente indicações de como fazer para que a dor diminua controlando as atividades
que possam aumenta-la visto que a carga em excesso do quadril dependendo da
posição nesses casos, ocasiona a compressão nos tendões localizados nos glúteos.
Em conformidade com os ensinamentos de GREVE E AMATUZZI (1999)
numa perspectiva de realização de exercícios realizados em cadeia cinemática
fechada amortecem a sobrecarga do joelho e auxiliam ao revigoramento sem que
isso cause qualquer tipo de dor bem como não acomete em sobrecarga , quando
realizados entre 0º e 50º.
O tratamento fisioterápico para a síndrome do Torcanter Maior ou também
conhecida como bursite de quadril durante a fase aguda se resume em:
Fonte: https://drmarciosilveira.com ,
2018
Figura 9: Fortalecimento de adutores de
quadril com carga:
Fortalecimento de adutores o paciente é
colocado em decúbito lateral, mantendo um
dos joelhos flexionados e a outra perna
estendida com o pé sempre apontado para
frente. O paciente irá elevar a perna
Fonte: http://www.crisfelix.com.br/ , estendida, em seguida irá abaixar
2012 lentamente a perna sem encostar no chão.
Fonte: www.fisioterapiaoeiras.com
REFERÊNCIAS
CARVALHO, A.L.S; MEJIA, D.P. Doenças degenerativas no quadril ocasionada
por bursite: importância da fisioterapia para o tratamento. Disponível em:
<http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/34/274_-
_DoenYas_degenerativas_no_quadril_ocasionada_por_bursite_importYncia_da_fisi
oterapia_para_o_tratamento.pdf> Acesso: 28 de abril de 2023
Seo K-H, Lee J-Y, Yoon K, Do J-G, Park H-J, Lee S-Y, et al. Long-term outcome of
low-energy extracorporeal shockwave therapy on gluteal tendinopathy documented
by magnetic resonance imaging. PLoS One. 2017; 13(17): 197-460.
CAPITULO 23: IMPACTO FEMOROACETABULAR
Quadro clínico
Com base no exposto por Marek (2019) pode-se dizer que os pacientes com
IFA podem apresentar as seguintes queixas:
• Dor na região do quadril
• Sinal do C
• Não tolera muito tempo sentado
• Apresenta dificuldade para virar na cama
• Dor para sentar e levantar
• Dor para calçar meias e calçados
• Dor ao cruzar as pernas
• Dor as realizar movimentos rotacionais
• Dor ao realizar determinadas modalidades esportivas
• Diminuição da amplitude de movimento em região de quadril
Exames de imagem
Os exames de imagem como raio-x e ressonância magnética podem apontar
diversas alterações como o contorno anormal entre o colo e a cabeça fêmur e a
cobertura excessiva da cabeça do fêmur pelo acetábulo, esses exames são
utilizados como ferramentas para auxiliar no diagnóstico. (SOUZA, 2021)
Imagem 1 Imagem 2
Fonte: Macedo (2020)
Testes específicos
Teste de Fadir
Com o paciente em DV realizar flexão até 90°, rotação interna e adução do
quadril de forma passiva. Teste positivo se houver queixa de dor. (MAREK, 2019)
Teste de Faber
Com o paciente em DV realizar flexão, abdução e rotação externa do quadril,
aplicar pressão no joelho que estiver flexionado. Teste positivo em caso de dor.
(ISHOI et al, 2021)
Diagnóstico diferencial
• Fraturas
• Traumas
Tratamento fisioterapêutico
As intervenções fisioterapêuticas tem se tornado cada vez mais eficazes na
melhora da funcionalidade, diminuição do quadro álgico e qualidade de vida em
pacientes com IFA (POLESELLO et al, 2020). O tratamento consiste em:
• Alongamento de MMII
• Fortalecimento de MMII e tronco, podendo utilizar caneleiras, faixas elásticas e até
mesmo o peso do próprio corpo
• Terapia manual nas articulações do quadril, mobilização passiva e ativa assistida
• Uso de FES e corrente russa combinados ao fortalecimento
• Prescrição de bermuda compressiva na fase de modulação dos sintomas
• Educar o paciente quanto a dor explicando sobre possíveis recorrências, que
podem surgir após episódios de maior esforço, estresse conflituoso, vida emocional
abalada, catastrofização entre outros.
Orientações gerais
É de extrema importância orientar o paciente para que faça algumas
modificações em suas atividades de vida diária para evitar crises de dor e ter uma
boa qualidade de vida, como por exemplo:
• Alteração de assentos e cadeiras
• Evitar sentar em lugares muito baixos
• Modificações de práticas esportivas: essas devem ser liberadas aos poucos, de
acordo com a ausência da dor e as preferências de movimentos e posições que
gerem alívio e evitem a irritação da articulação. (KEMP et al, 2018)
REFERÊNCIAS
Ejnisman, L. Ricioli Júnior, W. Queiroz, M. C. Negreiros V. J. R. Croci, A. T.
Polesello, G. C. Impacto Femoroacetabular e Rupturas Labrais Acetabulares -
Parte 1: Fisiopatologia e Biomecânica, 2020.
- doranteriorouretropatelaraopermanecersentadocomosjoelho
semflexão,subir oudescer escadas,agachar,correr,ajoelhar oupular;
- dor àpalpaçãoounasubidadeum degraude25cm;
- diminuiçãonamobilidade patelainferiora 25%da áreapatelar;
- sinal Joule(J)positivo;
- sinaldecompressão(MEJLA,2022,p.3)
corremeprecisamsertratadas.Esseolharcuidadosofaztotaldiferençaparaosucessodo
tratamentomenos invasivoque éa fisioterapia.
REFERÊNCIAS
CABRAL,CristinaMariaNunes;MELIM,ÂngelaMariadeOliveira;SACCO,IsabeldeCamar
goNeves;MARQUES,AméliaPasqual.FisioterapiaemPacientescomSíndrome Fêmoro-
Patelar: Comparação de Exercícios em Cadeia Cinética Aberta eFechada.ActaOrtop
Bras.,2018.
CASTRO,MarialvadeAssis.JoelhosSFP-
Revisãodeaspectospertinentesafisioterapia. Disponível em
chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://portalbiocursos.com.br/
ohs/data/docs/32/111_-
_Joelho_revisYo_de_aspectos_pertinentes_Y_Fisioterapia.pdf.
Acesso em02/03/23
Disponívelemhttps://adrianoleonardi.com.br/artigos/condromalacia-
patelar/.Acessoem02/02/23
MEJLA,DaianaPriscilaMaiaOsbenefíciosdafisioterapianadisfunçãopatelofemural.
Disponível em
chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://portalbiocursos.com.br/
ohs/data/docs/34/269_-_O_benefYcio_da_fisioterapia_na_disfunYYo_patelo-
femoral.pdf.
Acesso em05/03/23
CAPITULO 25: LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR, LIGAMENTO COLATERAL
MÉDIO E MENISCO
Joyce Caroline Alves Ferreira
Diagnóstico:
Para diagnosticar com precisão uma ruptura do LCA, deve-se combinar
informações do histórico do paciente, exame clínico e, se indicado, exames de
imagem, é importante ressaltar que um exame físico abrangente do joelho é mais
sensível e específico do que um exame parcial. As rupturas do LCA geralmente
ocorrem com lesão concomitante de meniscos, cartilagem ou demais ligamentos do
joelho. Deve-se ter atenção especial para diagnosticar lesões concomitantes
substanciais com precisão. (Elkin Jl, Zamora E, Gallo Ra.2019). Diante dos achados
diagnósticos, podemos observar:
- Comprometimento da coordenação motora.
- Distensão/estiramento no joelho
- Dor articular
- Entorse no joelho
- Hemartrose dentro de 2 horas pós lesão
- Instabilidade passiva de joelho
- Lesão que envolva desaceleração / aceleração com carga em valgo joelho
Exame clínico repetido ou ressonância magnética na fase subaguda pode, portanto,
ser necessário para descartar a lesão. A precisão diagnóstica da ressonância
magnética é comparável à do teste de Lachman.
Avaliação:
- Pivot shift positivo: Em sua positividade haverá um ressalto e subluxação ântero
lateral da tíbia.
-Teste da gaveta anterior (casos crônicos): Em sua positividade o membro vem para
frente como uma gaveta, apresentando instabilidade (ântero-posterior).
-Teste de Lachman: Em sua positividade haverá o deslocamento anterior da tíbia.
Os testes de Lachman e gaveta anterior são considerados positivos quando a
translação anterior da tíbia for maior que o lado controle.
Tratamento
Sugere-se um período de reabilitação antes da tomada de decisão cirúrgica para
grande parte dos pacientes com ruptura do ligamento cruzado anterior. Essa
estratégia também é apoiada pelos achados de que a reabilitação pré-operatória
melhora os resultados pós-cirúrgicos naqueles que passam a ter uma RLCA. Desse
modo a recuperação de RLCA deve incluir 4 fases de tratamento sendo elas: uma
fase pré-operatório e três fases pós-operatório (baseada na deficiência, treinamento
específico do esporte e retorno ao jogo). A reabilitação pós-operatório deve
continuar em torno de 9-12 meses (Van Melick N,2016) assim, os resultados para
essa recuperação serão positivos.
Nos estágios iniciais de fase aguda da reabilitação, a terapia de exercícios
de cadeia cinética fechada pode causar menos desconforto patelofemoral e menor
risco de aumento da frouxidão do que exercícios de cadeia cinética aberta. (VAN
MELICK N,2016).
Não existem indicações para o uso de órtese no tratamento padrão das
lesões do LCA.O uso de órtese será considerado para pacientes que apresentam
instabilidade e que não se qualificam ou que não tenham o desejo de se qualificar
para intervenção cirúrgica. (ACTA ORTHOP. 2012).
O treinamento de equilíbrio e propriocepção tem efeitos positivos no senso
de posição articular, força muscular, função do joelho, resultados de capacidade
funcional e retorno à atividade plena. (Fitzgerald et al, Cooper et
al, Trees et al, 2007).
Dito essas informações, é interessante nos atentarmos a cronologia do
tratamento e as implicações que a lesão gerou para a individualidade de cada
paciente.
1 dia à 2 meses Ganho de Tratamento Utilizção de Uso de
(Modulação de mobilidade, da inibição técnicas de eletroterapia
sintomas) principalmente artrogênica preservação da associada a
em extensão de cicatrização e cinesioterapia
joelho até 0 quadríceps do reparo tanto para
graus. com utilização tecidual do analgesia,
de exercícios joelho, controle quanto para
de isometria de edema e dor potencializar a
com com utilização ativação
eletroterapia da crioterapia. muscular.
associada e
com
levantamento
de carga
precoce
2 a 4 meses Nessa fase a Aqui já dar Potencialização Exercícios de
(Modulação mobilidade de início à de propriocepção
início fase extensão deve exercícios de fortalecimento de pés,
funcional) estar zerada e fortalecimento de quadril, equilíbrio,
ter alcançado de maior panturrilhas, pliometria e
os 90° graus potencial isquiotibiais, início da
de flexão de como início de estabilização
joelho de agachamento atividades de segmentar
forma passiva e extensão de vida diária além da
e ativa. joelhos em podendo ser unipodalidade,
cadeia feito inclusive visto que o
cinética bicicleta, membro do
fechada até caminhada qual sofreu
45° de sem apoios de lesão e reparo
amplitude, muletas, cirúrgico sofre
progredindo podendo voltar hipotrofia além
carga a dirigir que de astenia.
conforme são um dos
conforto e grandes
qualidade do marcos
movimento. evolutivos do
tratamento.
4 a 8 meses Nessa fase, a O ganho de Nesse estágio Na fase
(Potencializaçã amplitude de força os movimentos anterior inicia-
o da função e movimento já funcional de se a
retorno ao deve estar nesse estágio agachamento e unipodalidade
esporte) praticamente já deve estar extensão em no
pronta, avançado, cadeia fechada fortalecimento,
precisando com pouca ou já podem ser aqui nessa
apenas de nenhuma trabalhado em fase deve
trabalho de diferença de 90° de flexão, haver
mobilidade força e podendo fazer potencialização
sob trofismo em progressão de dos ganhos e
estabilização comparação cargas para progressão das
e ao gestual ao outro mais próxima cargas,
técnico membro, do RM. estímulos e
esportivo em dando enfase Aderimos ao evolução das
caso de em potência e tratamento valências de
atletas. resistência trabalhos de potência
muscular, aceleração, usando a
iniciando os desaceleração, pliometria,
trabalhos de mudanças de além de
especificidad direção, corrida evolução dos
e do esporte. e utilização de trabalhos de
trabalho de estabilidade
saltos. seguimentar.
8 a 12 meses Nessa fase o Os trabalhos Aqui o atleta já A utilização de
(Potencializaçã indivíduo já de está dentro de recursos como
o do gestual está em fortalecimento seu local de kinesio, botas
esportivo para adesão as aqui já deve atuação pneumáticas,
atletas) especificações estar em (campo, terapias de
dos potencial quadra, recovery para
movimentos esportivo, ou piscina, que não o
realizados no seja, com a tatame), atleta nessa
esporte, força igual ou melhorando volta não sofra
então, o maior que suas com a rotina de
fisioterapeuta antes da capacidades de treinamentos e
deve associar lesão, para deslocamento apresentações.
os exercícios que seja de direção,
funcionais evitado a evoluindo sua
para que recidiva da agilidade e
reproduzam lesão. estabilidade uni
esses podal e bi
mesmos podal, fazendo
movimentos. estímulos extra
corpóreos para
gerar
instabilidades e
dificuldades de
adaptação para
preparar a
estrutura para
adversidades
Tabela criada pelo próprio autor com base nas referências :
(KOTSIFAKI R, KORAKAKIS V, KING E,2023)
Avaliação:
Os exames de imagem devem incluir radiografias simples para avaliar fraturas
ocultas ou fraturas por avulsão. Contudo, na lesão de Pellegrini-Stieda, que possui
ossificação do LCM próximo à sua fixação no epicôndilo femoral, sugere lesão
avulsa antiga do LCM. Radiografias de estresse também podem ser realizadas,
especialmente em pacientes com estrutura física imatura. No entanto, o exame de
imagem de escolha é a ressonância magnética (RM) sem contraste. Além da
avaliação direta do LCM, também pode fornecer informações valiosas sobre outras
estruturas de tecidos moles do joelho e se ocorreram lesões
concomitantes. Ocasionalmente, a artrografia por RM pode ser usada quando há
suspeita de ruptura meniscal ou capsular. A avaliação ultrassonográfica pode ser
considerada uma alternativa mais rápida, mais portátil e de menor custo à RM.
(ELKIN JL, ZAMORA E, GALLO RA.2019).
Medições de desempenho físico facilmente repetíveis, como testes de salto
de um membro, para avaliar limitações de atividade e limitações de participação
relacionadas à estabilidade do joelho e deficiências de coordenação motora em
pacientes, para avaliar mudanças no nível de função de um paciente durante o
atendimento e para classificar e acompanhar o joelho estabilidade e coordenação
motora. (LUNDBLAD M, HÄGGLUND M, THOMEÉ C, HAMRIN SENORSKI E,
EKSTRAND J, KARLSSON J, WALDÉN M.2019)
Tratamento:
Fase aguda:
- Protocolo PRICE: consiste em proteção, repouso, gelo, compressão e elevação.
- Ortese/brace para estabilização da estrutura evitando piora da lesão quando não
ruptura completa.
- Utilização de dispositivos que facilitem a locomoção e segurança do joelho como
muletas.
- Crioterapia
- Reeducação neuromuscular.
- Início do fortalecimento com ênfase no exercício excêntrico.
- Fortalecimento de estruturas seguimentares como adutores, quadril, isquiotibiais,
panturrilha, incluindo tornozelo e pés.
- Fortalecimento com exposição progressiva a carga respeitando o limiar de dor e
limitação da amplitude de movimento.
Fase funcional:
- Retirada dos dispositivos de auxilio de deambulação.
- Implementação de exercícios aeróbicos e funcionais como bicicleta e exposição a
aparelhos de fortalecimento de musculatura como cadeiras extensora, adutoras,
abdutora, leg press.
- Trabalhos de fortalecimento e estabilização uni podal com estímulos externos
como elásticos.
- Devolução a caminhada independente e evoluindo para corrida conforme
progressão do tratamento.
- Ganho de estabilidade segmentar, propriocepção, potência e resistência muscular.
- Exercícios em cadeia cinética aberta que estimulem instabilidade para geração de
readaptação corpórea.
- Devolução do paciente a prática de musculação, para potencialização dos ganhos
de forca obtidos no tratamento.
MENISCO
Introdução:
Os meniscos são de extrema importância para o funcionamento normal e
saúde da articulação do joelho. Existe dois tipos de lesões de menisco, traumática e
degenerativa, sendo traumática mais comum em jovens devido a acidentes
automobilísticos, prática de esportes e a degenerativa mais comum em adultos com
mais de 40 anos. (DAVID S. LOGERSTEDT,2018).
Fon
te: Revista Brasileira de Ortopedia.
Avaliação:
Na avaliação desse paciente deve atentar-se quanto a inchaço, dor na região
do joelho, se existe limitação de movimento ou até mesmo derrame articular. (David
S. Logerstedt,2018) Avaliação física: testes manuais de força, amplitude de
movimento e dor, movimento de flexão e rotação de joelho, compressão, como por
exemplo;
Teste de levantar da cadeira em 30 segundos
Teste de subir escadas.
Teste de caminhada de 6 minutos.
Avaliação da amplitude de movimento ativa do joelho.
Teste voluntário máximo de força isométrica ou isocinética do quadríceps.
Hiperextensão forçada.
Flexão passiva máxima do joelho.
Tratamento:
Fase de modulação de sintomas:
- Tratamento quadro álgico;
- Educação em dor;
- Crioterapia- requer a utilização de baixas temperaturas como por exemplo gelo
para proporcionar alivio dos sintomas da lesão;
- Ganho de ADM (flexão e extensão) com utilização de movimento passivo contínuo,
utilização de técnicas como mulligan e maitland para melhoria da mobilidade
artrocinemática;
- Eletroanalgesia – ultrassom associado a pomadas analgésicas/anti-inflamatórias,
como por exemplo a dexametasona. TENS podendo ser utilizado com os exercícios;
- Laser terapia 4J infravermelho por ponto e ao redor da lesão, com espaço médio
de 1cm de distância entre cada ponto de aplicação;
Fase funcional:
- Fortalecimento de quadríceps, quadril, posterior da coxa e panturrilha;
- Controle motor;
- Estabilidade de core, quadril e tornozelo;
- Desenvolvimento de plano de exercícios que simulem as AVD’s;
- Programa de exercícios de readaptação neural e otimização de controle;
- Treino de marcha;
- Treino de pliometria e saltos;
- Treinos de corrida e mudanças de direção;
De acordo com a evolução do paciente a prática de esporte são fundamentais
para o tratamento. (CURR REV MUSCULOSKELET MED.2019)
REFERÊNCIAS
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para avaliar os meniscos do joelho e o LCA. J Bone Joint Surg Am. 2013; 95
(10):916–924. [ PubMed ] [ Google Acadêmico ]
Avaliação:
Anamnese (é importante ter conhecimento sobre a vida do paciente e sobre
as condições psicossociais);
Teste de força muscular, utilizando a Escala de força muscular de Kendall
(Observa-se redução de força no quadríceps em pacientes com osteoartrose
de joelho);
Avaliação de amplitude de movimento (observa-se redução de ADM);
Avaliação de controle postural (o paciente apresenta redução significativa no
controle postural);
Avaliação de marcha (observar se existem alterações na marcha devido à dor
ou possível deformidade articular);
Avaliação de trocas posturais (sentado para de pé e de pé para sentado);
Avaliar se há presença de red flags;
Subir e descer escadas (para avaliar flexão e extensão de joelho em
movimentação ativa).
Diagnóstico:
Sintomas (dor articular, inchaço, redução da flexibilidade e mobilidade da
articulação, crepitação);
Exame físico (é possível detectar aumento de volume da articulação, atrofia
muscular, deve ser feito também um processo de palpação da articulação e a
mobilização patelar, também é importante observar limitações em flexão e
extensão do joelho. Pode apresentar calor e derrame articular quando há
caráter inflamatório);
Exames de imagem (ressonância magnética e radiografia - estreitamento do
espaço articular focal, osteófitos).
Tratamento:
Fisioterapia Aquática – em alguns casos, mostra-se interessante, tendo em
vista que a flutuabilidade, pressão hidrostática, viscosidade, tensão
superficial, densidade e empuxo facilitam o movimento para o paciente,
tornando-o mais leve;
Bicicleta estacionária – estudos mostram a eficácia deste exercício no solo;
Treino de marcha, evoluindo para caminhada – estudos mostram eficácia
deste exercício no solo;
TENS – pode ser utilizado como medida analgésica;
Aplicação de calor - medida de auto manejo;
Terapia manual;
Ultrassom terapêutico e laserterapia em baixa potência – recomendações
provisórias;
Exercícios para ganho de amplitude de movimento, pois o paciente passa a
ter seus movimentos restritos, devido ao aumento de volume da articulação;
Educação em dor. O terapeuta deve frisar que o paciente não pode ter medo
de se movimentar. O sobrepeso é fator de risco para osteoartroses, então o
paciente deve estar ciente que a perda de peso é de suma importância neste
processo.
OSTEOARTROSE DE QUADRIL
A osteoartrose de quadril acontece quando há um desgaste na cartilagem
(cartilagem hialina), que gera exposição e lesão do osso subcondral da articulação
do quadril. Por ser uma região que sustenta uma boa parte do peso e tem
movimentação ativa por muito tempo, o quadril tem grande incidência nos
diagnósticos de osteoartrose (JANSEN et al, 2019). É mais comum em idosos,
devido ao desgaste causado ao longo da vida nas cartilagens, mas também pode
acontecer em pessoas mais jovens por conta de traumas ou até mesmo atletas que
usam a articulação demasiadamente.
Avaliação:
Anamnese;
Avaliação de força através da Escala muscular de força de Kendall;
Avaliação de amplitude de movimento (restrição de ADM);
Avaliação de marcha (marcha claudicante);
Trocas posturais (decúbito dorsal para sentado, sentado para de pé e de pé
para sentado).
Diagnóstico:
Sintomas (rigidez articular, dor em locais como nádega, virilha e lateral da
coxa, limitação e amplitude de movimento, claudicação, crepitação articular,
posição antálgica);
Exame Físico (amplitude de movimento da região, processo de palpação,
examinar pontos de inchaço e de dor);
Exame de Imagem (Radiografia e ressonância magnética – é possível
observar osteófitos, perda de espaço articular entre o fêmur e o acetábulo do
osso pélvico).
Tratamento:
Fisioterapia Aquática – ajuda o paciente em relação ao esforço;
Bicicleta estacionária – estudos mostram a eficácia deste exercício no solo;
Treino de marcha, evoluindo para caminhada – estudos mostram eficácia
deste exercício no solo;
TENS – utilizado como medida analgésica;
Aplicação de calor - medida de auto manejo;
Terapia manual;
Ultrassom terapêutico e laserterapia em baixa potência – recomendações
provisórias;
Exercícios para ganho de amplitude de movimento, pois o paciente passa a
ter seus movimentos restritos;
Educação em dor - alertar sobre prática de exercícios e riscos do sobrepeso
é crucial.
Artroplastia de joelho
A artroplastia de joelho é um procedimento cirúrgico, que visa substituir a
articulação acometida por uma prótese (SANTOS, 2022). A prótese contém
componentes metálico e plástico, que ajudam no dia-a-dia, auxiliando o paciente a
desenvolver suas atividades com mais conforto e facilidade.
Avaliação
Escala visual analógica da dor;
Avaliação de amplitude de movimento (goniometria);
Avaliação de força utilizando a escala de força muscular de Kendall (redução
de força muscular);
Avaliação de marcha (observar se há marcha claudicante);
Avaliação postural (nota-se desequilíbrio).
Diagnóstico:
Sintomas (rigidez articular, redução de amplitude de movimento,
enfraquecimento muscular, dor);
Exame físico (palpação, verificação de processo cicatricial, edema, inchaço);
Exame de imagem (radiografia).
Tratamento:
Treino de marcha – com a redução de movimento devido à prótese, o
paciente deve treinar a marcha pois ela, provavelmente, estará acometida;
Subir de descer degrau - com ênfase em flexão de joelho;
Exercício para ganho de amplitude de movimento;
Fisioterapia aquática – mostra-se interessante, pois deixa o paciente com
sensação de leveza.
Artroplastia de quadril
A artroplastia de quadril consiste em um procedimento cirúrgico, onde o
paciente se beneficia de uma nova estrutura substituindo a acometida (Serfaty ET
AL, 2020). Estima-se que cerca de mais de um milhão de pessoas já passaram por
esta intervenção, sendo ela bem-sucedida em grande escala. A indicação mais
frequente é a osteoartrose, mas também pode se desencadear de outras patologias,
como exemplo: displasia de quadril, necrose avascular da cabeça femoral, dentre
outros.
Avaliação:
Anamnese;
Escala analógica de dor;
Avaliação de amplitude de movimento (goniometria);
Avaliar força utilizando a escala de força de Kendall;
Avaliação postural;
Avaliação de marcha;
Trocas posturais (decúbito dorsal para sentado, sentado para de pé, de pé
para sentado).
Diagnóstico:
Sintomas (restrição de amplitude de movimento, enfraquecimento muscular,
distúrbios proprioceptivos, algias, déficit de equilíbrio);
Exame Físico (palpação, averiguar edemas e inchaço);
Exame de Imagem (radiografia – observar posicionamento da cabeça femoral
e acetábulo).
REFERÊNCIAS
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Victor Otávio Oliveira, Paulo Henrique Schmidt, Lara Gabriel Ferraz Ferreira. et al.
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idosos com suspeita de osteoartrose: Redução da solicitação de exames e o
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portuguesa de reumatologia.
Fernando Sluchensci dos Santos, Gabriela Virmond Farah, Renan Felipe Pereira
Gonçalves, Jessica Kot. et al. (2022) ‘Efeitos da intervenção fisioterapêutica no pós
operatório de artroplastia total de joelho - relato de caso’, ResarchGate.
Lílian Ramine Ramos de Souza Matos, Renata Maria Eloi dos Santos, Beatriz Barros
Medrado, Eric Alencar Lessa, Naiara Kássia Macêdo da Silva Bezerra, Ester
Menezes Silva Bonfim. et al. (2021) ‘Fisioterapia no pós-operatório de artroplastia de
quadril: uma revisão sistemática’, Portal Atlântica editora.
TESTES ESPECÍFICOS
Teste de Star Excursion Balance Teste, avalia a estabilidade estática que é
envolvido 3 direções (anterior, posteromedial e posterolateral. Positiva quando entre
a distância alcançada no lunge teste com desempenho na direção anterior do teste.
Por razão pode se afirmar que a diminuição de dorsiflexao em movimentos em
cadeia cinética fechada, esta associada com a diminuição da distância alcançada,
na direção anterior do Star Excursion Balance Teste. (BVSALUD,2018)
Fonte: Flaviany A.(2019)
Fonte:Fernando O. (2021)
ENTORSE X DISTENSÃO
Entorse é uma sequencia de lesões variáveis segundo o tipo de articulação e a
intensidade do trauma, é um mau que não chega a ocasionar luxação, resultando
em traumatismo ligamentar. Distensão é uma tração excessiva e violenta que
provoca deslocamento ou repuxo. (Rogerio t. 2012)
Distensões causadas por distonia muscular aguda, pode estender a
musculatura ao lado contrário a uma resistência; contração forte do musculo quando
ainda não está pronto. (Manual merk,2008)
Aproximadamente 20% das entorses de tornozelo e pé podem se estender
com algum tipo de instabilidade depois de seis meses do acontecimento inicial,
acompanhada ou não de frouxidão ligamentar. Pacientes com boa contensão
mecânica nomeada como instabilidade funcional se acarreta a falha na
propriocepção, tratadas na fisioterapia. Ate aqueles pacientes com frouxidão
ligamentar portam algum déficit de propriocepção então tem que ser direcionados a
reabilitação. (Fabio Lucas,2009)
TRATAMENTOS FISIOTERAPÊUTICO
Na prática clínica, as entorses primárias são diagnosticadas, classificadas e
tratadas de acordo com a severidade da lesão. Há vários métodos de classificação
de entorses primárias. Os métodos são baseados na funcionalidade articular e
podem ajudar muito na hora de avaliar um paciente.
Pode ser classificado como:
Fase 2, de cicatrização:
Quando resolvem o edema e a dor e quando tolera a carga. Para melhor
desempenho da cicatrização ligamentar pode ser usado agentes físicos (Laser,
ultrassom). Fortalecimento muscular é outra adequação De início com
isométricos/isocineticos limitado para o fortalecimento. Pode ser usado suportes
para resistência nos músculos reversos conferem uma proteção de ate 3x superior.
Deve se perceber a progressão do ganho de forca muscular, tem que ser
promovida a ativação inicial da resposta muscular, que consegue através do treino
proprioceptivo ou reprogramação sensoriomotora.
Deve se iniciar exercícios de descarga desde o apoio bipodal até o unipodal
instável. Utiliza aparelhos simples como tabuas de freeman, mini trampolim e
posturografia. Eles trazem ótimo resultados pós combinam treino de propriocepção e
fortalecimento muscular.
Fase 3, de reeducação funcional:
O paciente já não tem limitação algia em toda amplitude articular, tendo uma
recuperação 80-90%. E pode ser prevenido recorrência de entorses, retorno das
atividades desejadas. Segundo termos profiláticos abrangem como principais
medidas: estiramentos tedinosos (tricípite sural, peroneais e tibiais) , treino
proprioceptivo, fortalecimento muscular e órteses que ajudam na estabilização. A
conduta do treino proprioceptivo deverá ser mantido. (Vitor.M,2008)
5. Tipos de doenças
BURSITE
TENDINITE
ARTROSE
Fonte: (RBO,2023)
Fonte:TraumaSport, (2020)
Tratamento
REFERÊNCIAS
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INTRODUÇÃO
O ombro é onde a extremidade superior se conecta ao osso axial chamado
cintura escapular e consiste em um conjunto de cinco articulações: Articulação
Esternoclavicular; articulação Acromioclavicular; articulação Glenoumeral;
articulação Subdeltoidea e articulação Escapulotoracica. Com uma ampla amplitude
de movimento para flexão; extensão; abdução; adução; rotação medial e lateral.
O ombro possui a articulação mais dinâmica do corpo humano, a
articulação glenoumeral, ela é constituída pela relação entre a cabeça do
úmero e a cavidade glenoidea, a proporção de adesão entre estas estruturas
é baixa o que explica sua grande instabilidade e suscetibilidade a lesões
(SCHIPINSKI & LONGEN, 2022).
Os distúrbios musculoesqueléticos do ombro são classificados com base em
um diagnóstico patoanatômico para orientar as decisões de tratamento e
prognóstico. Exemplos desses diagnósticos são ruptura ou tendinopatia do manguito
rotador, capsulite adesiva, instabilidade anterior glenoumeral e lesões labrais ântero-
posteriores superiores (SLAP). (McClure & MICHENER, 2015).
PATOLOGIAS
CAPSULITE ADESIVA
A capsulite adesiva, também conhecida como “ombro congelado”, é uma
síndrome dolorosa do ombro, caracterizada por uma redução progressiva e
importante da amplitude de movimento do ombro. Muitas vezes está relacionada
com doenças como diabetes mellitus, hipotireoidismo e alterações psicossomáticas,
ou ainda pode ser consequência do desuso decorrente do período de imobilização
necessário após a ocorrência de um trauma ou cirurgia. Ocorre na capsula articular
glenoidea, de forma espessa inelástica e frágil, ocasionando a perda dos
movimentos ativos e passivos na articulação glenoumeral (FERNANDA & ELVIS,
2022).
Esta condição clínica segundo Cohen ET al. (2020), compromete a
articulação glenoumeral, resultando em dor e limitação da amplitude de movimento.
DIAGNÓSTICO ANATOMOPATOLOGICO
Os achados positivos que influenciam no diagnóstico são a dor progressiva
espontânea, perda de movimento em vários planos como rotação externa mais
limitada, dor na amplitude de movimento final. E o achado negativo que excluem
esse diagnóstico que são a idade normal menor que 40 anos (SCHIPINSKI &
LONGEN, 2022).
TRATAMENTO
As categorias de reabilitação são baseadas nos estágios de irritabilidade
tecidual para orientar a intensidade do tratamento, e os prejuízos são utilizados para
orientar a seleção de técnicas específicas de reabilitação.
Primeiramente realizar a reeducação do paciente orientando sobre o curso
natural da dor, modificação das atividades e também sobre diminuir o estresse
físico.
Utilizar no grau alto de irritabilidade agentes eletrofísicos como ULTRASSOM,
diatermia por ondas curtas ou estimulação elétrica combinada com exercícios de
mobilidade e alongamentos para reduzir a dor e melhorar a ADM do ombro. Realizar
terapia manual mobilizando articulação direcionada, principalmente a articulação
glenoumeral para reduzir a dor, aumentar o movimento e a função. Instruir o
paciente a realizar alongamentos com a intensidade de acordo com nível de
irritabilidade tecidual e exercícios passivos e ativo-assistido na amplitude de
movimento (ADM) livres de dor.
No grau moderado de irritabilidade realizar a reeducação do paciente
apresentando prognóstico de 12 semanas como primeira fase do curso natural da
doença. Estimular atividade funcional e indolor, instruir o paciente sobre o uso
progressivo do membro sem evitação ou receio e apoiar o retorno ao trabalho.
Instruir o paciente com cartilha para exercícios domiciliares. Na terapia manual
realizar a mobilização articular com movimentos ou mobilidade acessória em
diferentes posições da articulação glenoumeral e colunas livres de dor. Utilizar
exercícios ativos isométricos (baixa velocidade) e ativos livres com a resistência de
peso do segmento, progredindo em ADM livre de dor.
No grau baixo de irritabilidade realizar estresse físico moderado alto, atender
as deficiências e restaurar as atividades funcionais em alta demanda.
DIAGNÓSTICO ANATOMOPATOLOGICO
Os principais achados positivos que influenciam o diagnóstico são os testes
de NEER, Hawkins, jobe. O arco doloroso, dor com resistência isométrica, fraqueza,
atrofia. E o achado que elimina esse diagnóstico é a perda de sinais de instabilidade
de movimento.
TRATAMENTO
Utilizam-se intervenções fisioterapeuticas para aliviar a dor e exercícios para
preservar a força dos músculos, promovendo uma reabilitação satisfatória, fazendo
com que o paciente volte a realizar suas atividades diárias em um curto período de
tempo (SANTOS & CAETANO, 2022).
Primeiramente realizar a reeducação do paciente orientando sobre o curso
natural da dor. Realizar terapia manual associada ao exercício de estabilidade
escapular, fortalecimento do manguito rotador e exercícios de flexibilidade do ombro
para redução da dor em curto prazo.
Figura 6 Exercício de estabilidade escapular
Introdução
O cotovelo é a articulação que liga o braço ao antebraço, e fica localizada no
membro superior. É o ponto de articulação de 3 ossos: úmero, rádio e ulna. É o elo
entre os movimentos poderosos do ombro e a função motora fina da mão, se
destaca com as articulações úmero-ulnar, úmero-radial e radioulnar, têm a
importância de possibilitar o movimento de extensão, flexão e rotação do antebraço
(LOURENÇO, 2022).
Patologias
Epicondilite lateral de cotovelo
Também conhecida como “Cotovelo de Tenista” caracteriza-se por uma lesão
tecidual devido à sobrecarga do tendão extensor comum na origem do tendão
extensor radial curto do carpo (ECRB). Em geral, é a causa mais comum de
sintomas de dor no cotovelo. Afeta igualmente homens e mulheres (K. BUCHANAN,
2022).
Causas
É uma síndrome que ocorre por uso excessivo e principalmente por
movimentos de esforço repetitivo que lesionam os tendões, que afeta indivíduos
atletas que jogam tênis, squash, ou quando praticam alguma atividade como por
exemplo pentear os cabelos, carregar sacolas, varrer a casa (K. BUCHANAN, 2022).
Sintomas
Os pacientes relatam que no início a dor é mais lenta na parte externa do
cotovelo, podendo irradiar-se ao longo dos músculos do antebraço, punho e ombro,
ocasionando uma dor mais intensa. Essa lesão aguda pode levar a uma lesão
crônica, causando ao paciente dor na lateral do cotovelo que piora com a atividade e
melhora com o repouso (K. BUCHANAN, 2022).
Avaliação
É realizado uma Avaliação de Cotovelo de Tenista, específica para o
diagnóstico, para avaliar a dor, irritabilidade, função e outras incapacidades
específicas da região do braço, ombro e mão (M. LUCADO, 2022)
Como é feita a Avaliação:
É constituída por 15 itens, que subdividem-se em 2 partes.
1ª parte composta por 5 itens que avalia a dor variando de 0 a 10 conforme a
intensidade da dor.
2ª parte composta por 10 itens que avalia a função do cotovelo em relação a
atividades cotidianas, sendo 0 a capacidade total e 10 incapacidade total de realizar
a atividade avaliada.
O quesito função tem o seu resultado final dividido por dois, somando-se os
valores de ambas as partes, chegando a um resultado máximo de 100 pontos,
sendo 0 nenhum grau de acometimento e 100 o máximo grau de acometimento do
membro pela ELC.
(Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia-Thieme Revinter, 2020)
Fisioterapia
Crioterapia
É um recurso para tratar inflamações e dores no corpo, utiliza do frio como principal
ferramenta, afim de diminuir o inchaço e vermelhidão. Realizado com o uso de gelo
quatro vezes ao dia por cerca de 10 minutos cada vez)
(Cartilha com exercícios que podem ser realizados em casa,Dr Ricardo Kaempf)
REFERÊNCIAS
BENJAMIN K. BUCHANAN; MATEUS VARACALLO. Cotovelo de tenista. 2022
Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK431092/
INTRODUÇÃO
O punho e mão são membros constituídos por diversos músculos, tendões,
nervos e articulações complexas. Desempenham um misto de movimentos que são
utilizados em grande parte da atividade de vida diária do ser humano.
Neste capítulo abordaremos as principais síndromes e disfunções que
acometem estes membros, suas principais causas e melhores formas de tratamento.
TENOSSINOVITE DE DE QUERVAIN
A Tenossinovite de De Quervain ocorre devido a inflamação da bainha dos
tendões abdutor longo do polegar (APL) e extensor curto do polegar (EPB), devido
ao uso excessivo dessas articulações. A moléstia é subdividida em três estágios:
- Estágio I: Este estágio acontece na fase aguda, é caracterizado pela
presença de dor, hiperemia e os sinais flogísticos (calor, rubor, edema, dor e perda
de função). A dor pode se caracterizar por uma sensação de “choque” ou
“queimação” (SANTOS et al, 2002).
- Estágio II: Sendo a fase subaguda, é caracterizado por alguns dos sinais e
sintomas do estágio I, tais como edema e hiperemia, sendo seguida de
espessamento da pele e da cápsula articular, espessamento e atrofia do tecido
subcutâneo, redução da força dos músculos intrínsecos e rigidez com deformidade
em flexão dos dedos (SANTOS et al, 2002).
- Estágio II: É a fase crônica da patologia, é caracterizado pela presença de
deformidade instalada e apresenta sequelas. Também ocorre uma instabilidade
vasomotora, atrofia e contratura dos segmentos acometido (SANTOS et al, 2002).
A moléstia se manifesta em indivíduos com a faixa etária de 40 a 60 anos,
sendo a prevalência para mulheres, 6 a 10 vezes maior que o sexo masculino.
Suas principais causas podem correlacionar com uso excessivo do membro
(atividades repetitivas), traumas repetidos, posturas viciosas, profissionais de
escritórios, mães de recém-nascido devido o movimento repedido dos polegares
abduzidos lateralmente ao pegar o RN e paciente portadores de artrite reumatoide.
Os sinais e sintomas incluem dor, edema, crepitação, perda da força,
diminuição da ADM e por vezes, ressalto na região afetada. Portanto, nota-se: dor
na base do polegar quando se realiza o movimento de flexão, inflamação tecidual,
aumento da sensibilidade, dor aumentada por extensão e abdução do polegar contra
a resistência (SIZÍNIO,2003).
Os métodos de avaliação se baseiam na aplicação da Escala Visual
Numérica (visto no tópico sobre Síndrome do Túnel do Carpo), inspeção, palpação,
avaliação da ADM e testes específicos como:
- Teste de Finkelstein: O teste é positivo se o paciente manifestar dor junto ao
processo estiloide do rádio durante o desvio;
- Teste de Eichoff: O teste é positivo se o paciente relatar dor junto ao processo
estiloide do rádio ao realizar o movimento.
*(Aplicabilidade dos testes se encontram no capítulo: “Princípios da avaliação
musculoesquelética”)
- Escala funcional específica do paciente (Patient-Specific Functional Scale-PSFS):
Essa escala mede a capacidade do paciente para realizar atividades específicas
numa escala de 0 a 10 ao seu nível de pré-lesão. A seguir a imagem ilustrativa da
escala:
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MONTEIRO, E. A Intervenção cinesioterápica na Tenossinovite Estenosante de
De Quervain relacionada ao trabalho
Ernani Monteiro Vianna da Silva – Universidade Estácio de Sá | Orientadora: Mari
Stela Sanches
STRAFORD P., Patient-specific functional scale, developed by; Straford P., Gill,
C., Westaway, M. and Binkley, J. (1995). Disponível em:
https://campcursos.com.br/escala-funcional-especifica-do-pacienteir-para-
navegacao-pesquisa/
1. INTRODUÇÃO
Em uma busca em sites como PubMed , Google acadêmico, Scielo, Os
artigos foram estudados levado em considerações o que é propicio para o tema .
Articulação temporomandibular (ATM), é
uma articulação sinovial, as fáceis envolvidas
nelas são:
Côndilo mandibular: É a extremidade
arredondada da mandíbula que se articula com a
fossa mandibular do osso temporal. (Moore KL).
Fossa mandibular: É uma cavidade
localizada no osso temporal que se articula com o côndilo mandibular.
Disco articular: É uma estrutura em forma de disco localizado entre o côndilo
mandibular e a fossa mandibular. O disco ajuda a absorver o choque e distribuir a
pressão durante os movimentos da mandíbula (Oliveira LRLB)
Ligamentos: A ATM é sustentada por uma série de ligamentos, incluindo o
ligamento lateral da ATM, o ligamento estilomandibular e o ligamento
esfenomandibular.
Músculos: Vários músculos estão envolvidos no movimento da mandíbula e
na estabilização da ATM, incluindo o músculo temporal, o músculo masseter, o
músculo pterigoideo lateral e o músculo pterigoideo medial.(Oliveira LRLB)
Nervos e vasos sanguíneos: A ATM é inervada por ramos do nervo trigêmeo
e recebe suprimento sanguíneo através de várias artérias, incluindo a artéria maxilar
e a artéria temporal superficial.(Alomar X, Medrano)
Todas essas estruturas juntas permitem uma ampla gama de movimentos da
mandíbula, desde abrir e fechar a boca até movimentos laterais e de rotação.
Quando uma ou mais dessas estruturas estão comprometidas, pode ocorrer a
desordem temporomandibular (DTM), causada em dor e disfunção da mandíbula.
(Moore KL).
2. DIAGNOSTICO
O diagnóstico de disfunção é dado devido ao interrompimento de suas
tarefas em seu cotidiano, podendo trazer transtornos a saúde mental e física, afeta
as atividades escolares, trabalho profissional e levam a um desequilíbrio afetivo e
cognitivo.
A dor dependendo da sua intensidade usando a escala da dor eva 0-2 leve, 3-
7 moderada e 8-10 intensa e um conjunto de sinais que impedem o paciente de
fazer coisas simples como escovar os dentes, abrir e fechar a boca,uma vez que os
sintomas dolorosos e limitações articulares e musculares da DTM podem
comprometer as funções orais e influenciar a saúde e o bem-estar. A manutenção
dessa condição pode levar à cronificação da dor e à sensibilização central, tornando
Tabela 1
o seu manejo complexo.
( Rech, Carolina Santos)
O fisioterapeuta pode realizar uma avaliação física completa, que pode incluir:
Histórico clínico:
Podendo questionar
sobre a história de saúde
do paciente, incluindo se
ele já sofreu lesões ou
traumas na cabeça ou no
pescoço, se tem
problemas sofrido ou sofre
de estresse, como
descritos na tabela 1.
Exame físico:
Pode realizar um exame físico da articulação temporomandibular (ATM),
incluindo a verificação da amplitude do movimento da mandíbula (figira 1), a
presença de ruídos ou estalos durante a abertura e fechamento da boca, e a
palpação da área ao redor da
ATM para avaliar a presença de
dor, amplitude ou sensibilidade.
Os testes de força muscular na
articulação temporomandibular
podem envolver a aplicação de
resistência manual ou o uso de
dispositivos específicos. Alguns
exemplos de movimentos que
podem ser testados incluem:
Força de abertura: O
fisioterapeuta pode aplicar resistência no sentido contrário à abertura da boca,
enquanto você tenta abrir a boca o máximo possível.
Força de fechamento: Podendo ser aplicada Figura 9 resistência no
sentido contrário ao fechamento da boca, enquanto você tenta fechar a boca com
força.
Força lateral: O fisioterapeuta pode aplicar resistência na direção oposta à
qual você está movendo a mandíbula lateralmente, enquanto você tenta mover a
mandíbula para um lado.
Força protrusiva: O fisioterapeuta pode aplicar resistência no sentido contrário
à protrusão da mandíbula, enquanto você tenta empurrar a mandíbula para frente.
Avaliar a força muscular da mandíbula e do pescoço para determinar se a
DTM está afetando a capacidade do paciente de realizar atividades, como mastigar
ou falar.
Avaliar a postura do paciente para determinar se a DTM pode estar
relacionada à má postura ou tensão muscular no pescoço e ombros.( Hunter A,
Kalathingal)
Além disso, o fisioterapeuta pode solicitar exames de imagem, como
radiografias ou tomografias computadorizadas, para ajudar a avaliar a estrutura da
articulação temporomandibular e descartar outras condições que possam estar
garantidas para a dor e a disfunção da mandíbula (Freitas, D. G. de ., Pinheiro).
3. SINAIS E SINTOMAS
Podem variar de pessoa para pessoa e podem incluir:
Dor na mandíbula: A dor na mandíbula é um dos sintomas mais comuns da
DTM(disfunção temporomandibular ). A dor pode ser constante ou intermitente e
pode piorar ao falar, mastigar ou bocejar. (Ferreira, C. L. P)
Dor no ouvido: Um DTM pode causar dor no ouvido, muitas vezes confundida
com uma infecção no ouvido.
Ruídos na mandíbula: A DTM pode causar ruídos na mandíbula, como
estalos, crepitação ou rangidos durante a abertura e fechamento da boca.
Dificuldade para abrir ou fechar a boca: A DTM pode afetar a mobilidade da
mandíbula, tornando difícil abrir ou fechar a boca completamente.
Dor de cabeça: A DTM pode causar dores de cabeça, especialmente nas
temporas, que podem ser confundidas com imaginadas.
Dor no pescoço e nos ombros: A tensão muscular na mandíbula pode ser
restrita para o pescoço e os ombros, causando dor e compressão muscular.
Tontura ou vertigem: Em casos raros, a DTM pode causar paralisia ou
vertigem.
Deslocamento da mandíbula: Em casos graves, a DTM pode causar o
deslocamento da mandíbula, o que pode ser muito doloroso e exigir atenção médica
imediata. (Ferreira, C. L. P)
4. TRATAMENTO
O tratamento geralmente envolve uma abordagem multidisciplinar, incluindo
fisioterapia, medicamentos, dispositivos orais e mudanças no estilo de vida.
Existem várias abordagens de fisioterapia que podem ser usadas no tratamento da
disfunção temporomandibular (DTM), incluindo: (DE SOUZA GOMES)
4.1 Exercícios de alongamento Exercícios podem incluir movimentos de abertura e
fechamento da boca, botões laterais e rotação da mandíbula;para ajudar a melhorar
a mobilidade da mandíbula e reduzir a dor
4.2 Terapia manual: Massagem ou manipulação da mandíbula, para ajudar a aliviar
a dor e melhorar a mobilidade da articulação temporomandibular.( Barbosa, Alan
Nogueira)
4.3 Eletroterapia: A eletroterapia pode ser usada para reduzir a dor e a inflamação
na área da articulação temporomandibular. Isso pode incluir o uso de estimulação
elétrica, laser ou terapia de ondas de choque.( Travolo, Cláudia Regina Franchi)
4.4 Exercícios terapêuticos: Exercícios específicos para fortalecer os músculos da
mandíbula e melhorar a estabilidade da articulação temporomandibular. Esses
exercícios podem incluir movimentos de abertura, fechamento, lateralidade e
protrusão da mandíbula.
4.5 Modalidades de calor e frio: A aplicação de calor ou frio na área afetada pode
ajudar a aliviar a dor e reduzir a inflamação. O calor pode ser aplicado com
compressas quentes ou banhos mornos, enquanto o frio pode ser aplicado com
compressas frias ou bolsas de gelo.
4.6 Relaxamento muscular: Técnicas de relaxamento muscular, como respiração
profunda, meditação e biofeedback, podem ajudar a reduzir a tensão nos músculos
da mandíbula e aliviar a dor associada à DTM.
4.7 Medicação: Em alguns casos, o uso de medicamentos analgésicos, anti-
inflamatórios não esteroides (AINEs) ou relaxantes musculares pode ser necessário
para controlar a dor associada à DTM. Esses medicamentos devem ser prescritos
por um profissional de saúde e utilizados de acordo com as instruções.
4.8 Prescrição de dispositivos orais: O fisioterapeuta pode trabalhar em conjunto
um dentista ou especialista em odontologia do sono para prescrever dispositivos
orais, como placas de mordida, para ajudar a aliviar a pressão e a dor na articulação
temporomandibular.
5. CONCLUSÃO
Contudo vimos que a DTM é uma doença multifatorial, com a fisioterapia e a
ajuda de outros profissionais podemos chegar em uma solução favorável ao nosso
paciente.
REFERENCIAS
Moore KL. Anatomia orientada para a clínica. 3a ed.Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan; 1994.
Arrelano JCV. Relação entre postura corporal e sistema estomatognático. Jornal
Brasileiro de Oclusão, ATM e Dor Orofacial. 2002;2(6):155-64.
Trize, D. de M., Calabria, M. P., Franzolin, S. de O. B., Cunha, C. O., & Marta, S. N..
(2018). Is quality of life affected by temporomandibular disorders?. Einstein (são
Paulo), 16(4), eAO4339.
Prado, A. M., Silva, M. C. da ., Mélo, A. M., Melchior, M. de O., & Magri, L. V..
(2022). Influence of cognitive performance on the response to pain education
guidelines in patients with chronic painful temporomandibular disorders. Brjp, 5(4),
369–374.
Machado LP, Nery Cde G, Leles CR, Nery MB, Okeson JP. The prevalence of
clinical diagnostic groups in patients with temporomandibular disorders. Cranio.
2009;27(3):194-9
Oliveira LRLB, Alves IS, Vieira APF, Passos UL, Leite CC, Gebrim ES. Articulação
temporomandibular: da anatomia ao desarranjo interno. Radiol Bras. 2023
Mar/Abr;56(2):102–109.
INTRODUÇÃO
A amputação causa danos significativos na vida do paciente, afetando
diretamente sua qualidade de vida, especialmente em termos de saúde física e bem-
estar emocional, demandando a necessidade de reabilitar o corpo após uma
amputação (BEKRATER-BODMANN, 2021). Após uma amputação de membros
inferiores, é essencial focar na independência, na recuperação da mobilidade
funcional e na melhoria da qualidade de vida, sendo fundamental seguir um
processo que envolve fisioterapia e reabilitação (ÜLGER; YILDIRIM; CELIK, 2018).
A reabilitação abrange uma série de abordagens terapêuticas com o objetivo
de maximizar as capacidades de uma pessoa, reduzir dependências e melhorar a
qualidade de vida após a incapacidade e, no contexto da amputação, a fisioterapia
desempenha um papel fundamental, auxiliando na recuperação da funcionalidade
física, como melhorar a força muscular, a mobilidade articular e a funcionalidade
geral (ÜLGER; YILDIRIM; CELIK, 2018). Este capítulo fornece uma visão
abrangente das melhores práticas em avaliação e tratamento fisioterapêutico,
fundamentadas nas evidências científicas mais recentes, com o propósito de orientar
e aprimorar o cuidado de pacientes amputados de membros inferiores.
CONCLUSÃO
A reabilitação e a fisioterapia em amputados de membros inferiores são
etapas essenciais para restaurar a funcionalidade e a qualidade de vida após a
amputação, envolvendo a preparação antes da amputação e adaptação à prótese
após o procedimento. Durante esse processo, a fisioterapia desempenha um papel
fundamental, visando a recuperação da funcionalidade física, melhoria da força
muscular, mobilidade articular e funcionalidade geral. A cinesioterapia, por exemplo,
demonstra ser uma intervenção eficaz, proporcionando benefícios como a melhora
da funcionalidade, redução da dor e aumento da independência. Práticas como
treino de marcha, equilíbrio e fortalecimento muscular desempenham um papel vital
na reintegração do paciente à vida cotidiana.
REFERÊNCIAS
BEKRATER-BODMANN, R. Factors associated with prosthesis embodiment and its
importance for prosthetic satisfaction in lower limb amputees. Frontiers in
neurorobotics, v. 14, p. 604376, 2021.