Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Trabalho Bibliografico 14.10.2022 082833
Trabalho Bibliografico 14.10.2022 082833
DEPARTAMENTO DE FISICA
LICENCIATURA EM FÍSICA
2º Ano _ Semestre IV
Discentes: Docente:
Chabir Abdul
Stephan Namburete
2
1 Introdução
Tendo em vista o tema, não tem como falar de industrialização sem antes definir, bem como descrever
como a actividade é praticada, a razão para a realização desse trabalho é o estudo do efeito da
industrialização como atividade humana sobre o meio ambiente. Iremos descrever o processo de
transformação da matéria prima e produção de bens de consumo, desembraçar acerca dos produtos
manufaturados, iremos também Apresentar os problemas associados a industrialização, após a
exposição de problemas traremos as alternativas para prevenir e/ou minimizar os impactos associados
às tais atividades bem como as contribuições da física para cada alternativa de prevenção ou solução
apresentada.
3
2 Metodologia
A natureza da realização das pesquisas desse artigo tem o caráter bibliográfico, pois foram buscados
livros e artigos cujos autores contribuíram para compreender os desdobramentos da problemática
ambiental na industrialização.
A seleção das obras foi crucial para evidenciar as contribuições científicas já publicadas sobre o tema
que, nesse caso, abrangeu aspectos relacionados à industrialização, problemas causados, e a solução
sustentável num ponto de vista cientifico.
As análises estão inseridas numa abordagem qualitativa porque não se dispõe a numerar ou medir as
unidades ou categorias estudadas. Tem caráter descritivo porque abrange aspectos gerais e amplos de
um determinado contexto social, analisando as diferentes formas como um fenômeno se mostra, suas
variáveis, os fatores que o influenciam ou causam.
4
3 Industria
Uma indústria por definição é uma actividade que consiste em transformar matéria prima em bens de
consumo, através de um conjunto de operações que envolve mão de obra, energia e equipamentos. As
atividades industriais assim como a construção fazem parte do setor secundário da economia.
(https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-industrias.htm)
A indústria é um sector que está em constante transformação, no início no século XVII, a revolução
industrial surgiu com a mecanização e as máquinas a vapor. Mais de 100 anos depois, chegarmos à
automação, a internet, a robótica e aos computadores no século XX, passando pela era da produção
em escala, da eletricidade e da combustão. Mas, atualmente, a indústria está passando por uma nova
revolução conhecida como Indústria 4.0, ou manufatura avançada, a era da digitalização e da internet
das coisas. (LEAL, et al, 2018).
Na medida em que esse modelo de indústria se faz mais presente, os computadores se conectam e se
comunicam entre si para tomar decisões sem com a mínima ou nenhuma intervenção humana, uma
combinação de sistemas, internet das coisas (IoT) e inteligência artificial tornam a Indústria 4.0
possível, e a fábrica inteligente uma realidade. (Sanders, Elangeswaran e Wulfsberg, 2016).
Como resultado, as máquinas ficam cada vez mais inteligentes, eficientes, produtivas e com menos
desperdícios à medida que têm maior capacidade de interpretar informações geradas pelos sistemas e
automaticamente agirem para a redução de falhas.
Após o surgimento das industrias estas se subdividiram em diversas categorias conforme as suas
finalidades nomeadamente:
5
3.2 Indústria extrativa
Esse tipo de indústria se dedica exclusivamente à extração de recursos naturais. Geralmente eles são
recursos não renováveis, a exemplo de petróleo e outros minerais, bem como vegetais e borracha da
seringueira. (Coelho, 2004).
6
4 Impacto Ambiental
Os impactos das atividades estão relacionados à suas necessidades de existência, que absorve,
transforma e produz resíduo. A magnitude dessa relação no espaço depende das questões culturais, de
consumo de produtos mais ou menos industrializados, com ou sem embalagens descartáveis e não
descartáveis, assim por diante. (Hammes 2004).
Segundo RATTNER (2009), a poluição de rios, lagos, zonas costeiras e baías tem causado degradação
ambiental contínua por despejo de volumes crescentes de resíduos e dejetos industriais e orgânicos.
O lançamento de esgotos não tratados aumentou dramaticamente nas últimas décadas, com impactos
estróficos severos sobre a fauna, a flora e aos próprios seres humanos.
4.2 Contaminação do ar
Reforçam a relevância do monitoramento da qualidade do ar e da saúde de grupos mais suscetíveis
aos efeitos da poluição atmosférica no entorno de unidades industriais. (MORAES, 2010)
A queima desses combustíveis significa a emissão de gases do efeito estufa (GEE) para a atmosfera. O
dióxido de carbono (CO₂) é o gás mais emitido à atmosfera, compreendendo 74% das emissões de
gases de efeito estufa. A maioria das emissões de CO₂ (89%) é proveniente do uso de combustíveis
fósseis, especialmente para geração de eletricidade e calor, transporte, fabricação e consumo.
(https://cetesb.sp.gov.br/proclima/gases-do-efeito-estufa/).
Principais gases poluentes lançados por chaminés Nas indústrias, os principais contaminantes
lançados no ar por chaminés são: Óxidos de enxofre (SOx), Monóxido de carbono (CO),
Hidrocarbonetos, Óxidos de nitrogênio (NOx), Gás carbônico (CO2), Oxigênio (O2), e Materiais
particulados (pó, cinzas, etc.). ( Rodrigo Lorensetti, 2019).
7
5 Fontes de emissões atmosféricas
Quando falamos em fontes de emissões atmosféricas devemos entender que elas se dividem em dois
grupos:
Fontes naturais: estas fontes se referem às emissoras primárias que naturalmente liberam
gases na atmosfera, como é o caso das queimaduras naturais e erupções vulcânicas;
Fontes antropogênicas: estas são as fontes que merecem maior atenção da sociedade. As
fontes antropogênicas são originárias das ações humanas através dos processos de emissões
urbanas, industriais e queima da biomassa, chaminés e gases de motores a combustão. (FUZZI
et al., 2006).
Fontes estacionárias: são gases emitidos de um local fixo, como as indústrias, siderúrgicas
e termelétricas.
Fontes móveis: são todas as fontes emissoras de gases que se encontram em movimento.
Estes são os casos dos trens, aviões, barcos e veículos de motores a combustão.
O grande problema é que muitos desses gases lançados na atmosfera são considerados gases poluentes,
por isso, são aceleradores do efeito estufa. Por essa razão, realizar o controle das emissões
atmosféricas é fundamental para checar a composição dos gases. ( Rodrigo Lorensetti, 2019)
Figura 1: efeito estufa. Os raios amarelos indicam a radiação do Sol e os vermelhos, o calor retido. Fonte: biologia net
8
A energia solar chega à superfície da Terra, atravessando a atmosfera, parte dessa radiação é refletida
e volta para o espaço. A Terra é aquecida pela radiação infravermelha refletida pela superfície, os
gases da atmosfera como o gás carbônico retêm parte da radiação infravermelha, o que promove o
Efeito Estufa (LOPES, ROSSO, 2010).
As moléculas de ar e gotículas de nuvens são responsáveis por grande parte da absorção e reemissão
da radiação de saída. O espalhamento da radiação por nuvens e aerossóis tem um efeito de
resfriamento sobre o clima da Terra, que se opõe ao efeito de estufa. (Tomásio Januário,2022).
Figura 2: Esquema que mostra o processo de emissões dos aerossóis e a deposição. Fonte: Ubach-Rivas et al. (2016).
9
Pode-se observar por meio da figura 2, o processamento do aerossol na atmosfera.
A figura acima mostra as emissões biogênicas da floresta e das indústrias para a atmosfera. Tais
emissões contribuem para o aerossol primário e para o processamento na formação do aerossol
secundário. Ambos são depositados de forma úmida ou seca, mas acarretam impactos climáticos, tanto
no ecossistema como para os humanos. (EVERLIN,2018).
O monóxido de carbono (CO), por exemplo, é lançado ao ar como resultado de processos industriais
e a combustão incompleta da madeira. Os óxidos de nitrogênio, por sua vez, têm como principais
fontes os veículos automotores, motores à combustão interna, usinas termelétricas, siderúrgicas e
fábricas de pasta de papel. Os hidrocarbonetos provêm de uma grande variedade de processos
industriais e naturais, sendo precursores para a formação do ozônio troposférico. Estes gases têm
também grande potencial de causar efeito estufa, principalmente o metano. Desde a revolução
industrial, tornou-se bastante comum observarmos uma significativa elevação das emissões liberadas
pelas chaminés e caldeiras na atmosfera, dentro de um processo comum e vital para toda a sociedade.
.( Rodrigo Lorensetti, 2019).
Figura 3: A atuação do homem é responsável por parcela significativa da emissão de dióxido de carbono na atmosfera.
(Fonte: Wikipédia)
10
6 Redução da emissão de gases
Na indústria, diversas são as formas de redução de emissões de gases à atmosfera. Muitas delas estão
associadas à eficiência energética, que podem gerar um retorno financeiro, social e ambientais
bastante atraentes para o setor. Com essas tecnologias a indústria terá maior possibilidade de gerenciar
suas emissões atmosféricas permitindo maior otimização dos processos, o que, por consequência, irá
reduzir a emissão de gases de efeito estufa. (https://blog.coontrol.com.br/industria-4-0-aplicada-na-
eficiencia-energetica-em-caldeiras/).
A tecnologia de sistema da indústria 4.0, denominada como internet ofthings, pode ser definida como
redes de eletricidade, sensores e softwares que conduzem a conectividade entre o ambiente físico e o
ambiente digital. Essa tecnologia permite com que objetos e mecanismos sejam detectados em meio
a produção e distribuição por mecanismos de rede infra, garantindo maior segurança e controle
gerencial as empresas. (KANG, 2016).
Os Cyber Physical Systems podem ser definidos como tecnologias de gerenciamento entre as
características informatizadas e os ativos físico de produtos e serviços (WANG, 2016).
De acordo com Liu e Xun (2017), o Cyber Physical Systems pode ser compreendido como uma
tecnologia constituída por computação, rede e processos físicos, no que é responsável pela
conectividade do ambiente físico e tecnológico.
Schun (2014), apresentam os Cyber Physical Systems em cinco diferentes dimensões referentes a
complexidade e a inteligência de sistema, sendo eles: formação dinâmica dos sistemas, fusão do
mundo físico e virtual, sistemas de cooperação com controle descentralizado, dependência do contexto
e condições de operação do sistema e colaboração do homem-máquina.
11
Sustentabilidade no contexto da indústria 4.0
A produção industrial se impõe sobre o meio ambiente de várias maneiras, com a finalidade de se
obter o valor agregado desejado.
Para Gabriel e Pessl (2016), esta relação gera uma variedade de efeitos colaterais indesejáveis como
o consumo dos recursos naturais, o consumo de energia, as emissões, os resíduos, o que pode levar a
danos ambientais. As tentativas para limitar esses efeitos negativos como a adesão a padrões
ambientais cada vez mais elevados, o comércio de emissões, as metas de redução de CO2 e consumo
de energia são apenas alguns exemplos que influenciam cada vez mais a competitividade das
industrias.
A preocupação com a eficiência do uso dos recursos é, então, determinante para que as organizações
se tornem mais competitivas. A manufatura necessita criar mecanismos para gerir os recursos de forma
mais eficiente.
Portanto, mesmo tendo menor participação na emissão de gases do efeito estufa quando comparado a
outros setores, a indústria deve criar ações para reduzir a poluição e a adoção da tecnologia representa
um processo importante nesse cenário.
12
7 Conclusão
13
8 Referencias bibliográficas
10. LIU, Y.; XU, X. Industry 4.0 and cloud manufacturing: A comparative analysis. Journal of
Manufacturing Science and Engineering, v. 139, n. 3, p. 034701, 2017
11. LOPES, S; ROSSO, S. BIO. v.1. ed.1 . São Paulo: Saraiva, 2010.
14
12. MORAES, A.C.L., IGNOTTI, E., NETTO, P.A., JACOBSON, L.S.V., CASTRO, H.,
HACON, S.S. Wheezing in children and adolescents living next to a petrochemical plant in
Rio Grande do Norte, Brazil. Jornal de Pediatria, v. 86, n. 4, p.337-344, 2010.
13. RATTNER, H. Meio ambiente, saúde e desenvolvimento sustentável. Ciência & Saúde
Coletiva, v.14, n.6, p.1965-1971, 2009
14. SANDERS, A.; ELANGESWARAN, C.; WULFSBERG, J. Industry 4.0 implies lean
manufacturing: research activities in industry 4.0 function as enablers for lean
manufacturing. Journal of Industrial Engineering and Management, v. 9, n. 3, p. 811-833,
2016.
15. SCHUH, G. Collaboration moves productivity to the next level. Procedia CIRP 17, p.3-8,
2014.
16. (https://brasilescola.uol.com.br/geografia/tipos-industrias.htm)
17. (RodrigoLorensetti,https://blog.coontrol.com.br/industria-4-0-aplicada-na-eficiencia-
energetica-em-caldeiras/, 2019)
15