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GEOGRAFIA DA INDÚSTRIA
DONDO
2023
VICTOR MONTEIRO SIMBE
GEOGRAFIA DA INDÚSTRIA
DONDO
2023
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Índice
Capítulo I: Construção Teórica...................................................................................................4
1. Introdução............................................................................................................................4
1.1. Metodologia.....................................................................................................................5
2. Conceito de indústria...........................................................................................................6
3. Conclusão..........................................................................................................................13
Referência bibliográfica............................................................................................................14
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1. Introdução
Sob ponto de vista histórico podemos dizer que a indústria já existe desde a Pré-História,
quando o Homem transformava matérias-primas como a pedra, madeira, ossos, chifres e peles
de animais em produtos úteis que pudesse garantir a sua sobrevivência, com passar do tempo
esta actividade que na concepção de Moore (1968, p. 145), consiste na transformação de
matérias-primas em componentes intermediários ou produtos acabados por meios
fundamentalmente mecânicos dependentes de fontes inanimadas de energia, foi evoluindo e
passando por constantes transformações até ao estágio em que se encontra actualmente.
Dito isto, o presente trabalho com o tema Historial da Evolução da Actividade Industrial,
tem como principal objectivo descrever as principais fases da História da evolução da
actividade industrial, que compreendeu três principais estágios: o Artesanato, a Manufactura
e a Maquinofactura.
No primeiro estágio, o Artesanato que durou até ao século XVII, o Homem executava as
suas actividades de forma manual, sem a utilização de máquinas, apenas com ferramentas
simples, a actividade era feita em sua casa, e o mesmo é quem decidia quando e quantas horas
trabalhar, o produto final era destinado para o uso próprio e só comercializava o excedente.
Já no segundo estágio que compreendeu o período de 1620 até 1750, passou-se a utilizar
máquinas simples, com as quais era possível aumentar a produtividade. No entanto, a
produção, em termos de quantidade e qualidade, ainda dependia da habilidade e da capacidade
do trabalhador. Foi igualmente caracterizada por haver duas classes: proprietário dos meios de
produção (matéria-prima e ferramentas), e a outra classe pertencia as pessoas que não
possuíam os meios de produção, entre tanto esses dispunham da mão de obra, com isso a
actividade industrial passou a ser assalariada.
No último estágio ocorrido de 1750 até aos dias actuais, teve o seu início com a revolução
industrial, que ocorreu no século XVIII na Inglaterra, devido a disponibilidade de matéria-
prima energética, principalmente o Carvão mineral que a Inglaterra dispunha. O termo
Revolução Industrial segundo Silva (2014, pág. 94), [...], refere-se à fase do desenvolvimento
industrial que corresponde a passagem da oficina artesanal ou da manufactura para a fábrica.
Esta fase, inicialmente foi marcada pela invenção de máquinas a vapor o que possibilitou
a produção em grandes escalas. Com tempo empregou-se as máquinas nas indústrias, com
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isso muitas das actividades praticadas pelo homem foram substituídas pelas máquinas o
homem apenas passou a monitorar o trabalho exercido pelas máquinas.
1.1. Metodologia
1.1.1. Método bibliográfico
Para a elaboração do presente trabalho usou-se do método de pesquisa bibliográfica para a
obtenção do material teórico sobre o tema que consistiu na pesquisa de conceitos básicos da
Indústria. O método também possibilitou a pesquisa de conteúdos relacionados ao historial da
evolução da actividade industrial bem como da Revolução Industrial e as suas respectivas
fases. Para o efeito, foram consultados os seguintes autores: Silva (2014); Moore (1968);
Holanda (1988); Petrakis et al (2019); Singer (1986); e Silva (2009);
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2. Conceito de indústria
A indústria é o conjunto das actividades realizadas na transformação de objectos em
estado bruto – as chamadas matérias – primas, naturais ou artificiais – em produtos que
tenham uma aplicação e satisfaçam as necessidades do ser humano. (Silva, 2014, pág. 89).
Segundo Silva (2009, pág. 69), indústria, também chamada de actividade secundária,
corresponde ao acto de transformar, com a ajuda de certo trabalho, objectos brutos em
objectos com alguma utilidade.
Ainda segundo Petrakis, et al (2019, Pág. 10), a produção era feita em sua casa ou em
uma oficina na qual se reunia um grupo de artesãos, a quem pertenciam a matéria-prima e as
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https://www.dicionariofinanceiro.com/o-que-e-materia-prima/, visitado no dia 19/02/2023 pelas 14h52’
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ferramentas dos meios de produção. Era o artesão quem decidia quantas horas trabalharia por
dia, isto é, era ele quem controlava o tempo e a intensidade do trabalho. O produto era para
uso próprio e o excedente, destinado à venda, gerando uma renda.
Dessa forma, surge a manufactura (entre 1620 – 17750), que se caracterizava por:
Segundo Silva (2014, pág. 89), nesse estágio já ocorria a divisão do trabalho (cada
operário realizava uma tarefa ou parte da produção), mas a produção ainda dependia
fundamentalmente do trabalho manual, emborra já se empregassem máquinas simples.
Para Petrakis, et al (2019, Pág. 11 – 12), nesta fase, na fábrica ou indústria, as ferramentas
são substituídas por máquinas velozes, movidas por meio de novas fontes de energia que
independem da capacidade do trabalhador. A partir de então, não era essa capacidade que
ditava o ritmo do trabalho, mas o da máquina, que se impunha ao do trabalhador.
Segundo Silva (2014, pág. 95), a Inglaterra foi o berço da Revolução Industrial porque:
Segundo Silva (2009, pág. 72), essa fase foi caracterizada pelos seguintes
acontecimentos:
Para Silva, Silva e Gomes (2002), a Terceira Revolução Industrial veio com o objetivo de
incorporar os avanços referentes à microeletrônica e o uso cada vez maior dos computadores,
trazendo estes como aliados aos processos produtivos, proporcionado a confecção de produtos
que atingem cada vez mais altos níveis de qualidade aliados com produção em grande escala,
o que torna tais empresas competitivas perante ao mercado.
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O desemprego teve que ver também com o excesso populacional, sobretudo desde a
segunda metade do século XVIII, quando foi registada uma verdadeira explosão demográfica.
Até 1750, a população da Europa, incluindo da Rússia, contava com pouco mais de 100
milhões de pessoas, possuindo uma taxa de crescimento lenta que não chegava a mais de 1%
ao ano. A partir de 1750, no entanto, a taxa de crescimento da população chegou a 4% ao ano
e, em crescendo a 10% na década de 1780. (Silva, 2014, pág. 98).
Ainda segundo o mesmo autor, o excesso da polução seguido pelo êxodo rural é que
respondia pela massa dos desempregados concentrados nas maiores cidades.
Conforme Silva (2014, pág. 97), a utilização de novos métodos agrícolas, com rotação
de culturas, seleção de sementes e o surgimento de novos equipamentos agrícolas, produziu
um extraordinário aumento na produção de alimentos, isso tornou a alimentação mais barata e
ajudou enormemente à sobrevivência dos trabalhadores.
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https://jornaldanova.com.br/noticia/11106/revolucao-industrial-consequencias-e-beneficios-para-a-
agricultura, visitado no dia 19/02/2023, pelas 20h50’
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https://www.colegioweb.com.br/revolucao-industrial/a-revolucao-nos-transportes.html, visitado no dia
19/02/2023, pelas 21h13’
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3. Conclusão
É importante salientar que o desenvolvimento desta actividade ao longo do tempo,
também trouxe consigo impactos negativos ao mundo, pois alguns meios utilizados neste
processo de transformação da matéria-prima causam grandes impactos nos recursos naturais
que acabam repercutindo na fauna e flora, a queima de carvão para a produção de energia, do
diesel, são alguns dos exemplos das actividades industrias que mais contribuem para a
contaminação do ar, sendo responsável pela diminuição da camada de ozónio, efeito estufa e
também por causar doenças respiratórias como a asma.
Referência bibliográfica
1. HOLANDA, J.E.M.M. EDITORES, LTDA, 1988.
2. MANSO, J; VICTOR, R. Geografia 12a Classe: Industrial e Comércio. Maputo:
Longman Moçambique, 2010. Pág.97.
3. MOORE, Wilbert E. O impacto da indústria: modernização de sociedades tradicionais.
Tradução: Edmond Jorge. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1968.
4. PETRAKIS, L. A. et al. Geografia da indústria. – Rio de Janeiro: Fundação Cecierj,
2019. Pág. 10-24.
5. SILVA, D. B.; SILVA, R. M.; GOMES, M. L. B. O reflexo da terceira revolução
industrial da sociedade. Ln: ECONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO, 22., 2002, Curitiba, 2002.
6. SILVA, José. Geografia 12a Classe: Indústria e Comércio. Maputo: Plural Editores,
2014. Pág.88-98.
7. SILVA, José. Geografia 9a Classe: Fases da Revolução Industrial. Maputo: Plural
Editores, 2009. Pág.72.
8. SINGER, Paul. A formação classe operária. SP: Atual, 3. ed., 1986.
9. https://jornaldanova.com.br/noticia/11106/revolucao-industrial-consequencias-e-
beneficios-para-a-agricultura
10. https://www.dicionariofinanceiro.com/o-que-e-materia-prima/
11. https://www.colegioweb.com.br/revolucao-industrial/a-revolucao-nos-transportes.html