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UNIVERSIDADE LICUNGO

FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

LICENCIATURA EM ENSINO DE GEOGRAFIA COM HABILITAÇÕES EM


TURISMO

VICTOR MONTEIRO SIMBE

GEOGRAFIA DA INDÚSTRIA

DONDO

2023
VICTOR MONTEIRO SIMBE

GEOGRAFIA DA INDÚSTRIA

Trabalho de pesquisa a ser entregue na faculdade de ciências e


tecnologia, ao Departamento de Terra e meio Ambiente, a docente da
disciplina de Geografia da Indústria, como requisito parcial de
avaliação sob a orientação da Docente:

Mcs: Margarida Laura

DONDO

2023
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Índice
Capítulo I: Construção Teórica...................................................................................................4

1. Introdução............................................................................................................................4

1.1. Metodologia.....................................................................................................................5

1.1.1. Método bibliográfico................................................................................................5

Capítulo II: Fundamentação Teórica...........................................................................................6

2. Conceito de indústria...........................................................................................................6

2.1. Evolução da actividade industrial....................................................................................6

2.1.1. Fase do Artesanato....................................................................................................6

2.1.2. Fase da Manufactura.................................................................................................7

2.1.3. Fase da Maquinofactura............................................................................................7

2.2. Revolução Industrial........................................................................................................8

2.2.1. Fases da Revolução Industrial..................................................................................8

2.2.1.1. Primeira fase da Revolução Industrial (1760-1860 – Era da força Mecânica)..8

2.2.1.2. Segunda fase da Revolução Industrial (1860-1914 – Era da energia)................9

2.2.1.3. Terceira fase da Revolução Industrial (Era da energia nuclear e da cibernética)


10

2.3. Consequências da Revolução Industrial........................................................................11

2.3.1. Consequências demográficas..................................................................................11

2.3.2. Consequências na Agricultura................................................................................11

2.3.3. Consequências no desenvolvimento Urbano..........................................................11

2.3.4. Consequências nos Transportes..............................................................................12

2.3.5. Consequências na Paisagem...................................................................................12

Capítulo III: Considerações finais............................................................................................13

3. Conclusão..........................................................................................................................13

Referência bibliográfica............................................................................................................14
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Capítulo I: Construção Teórica

1. Introdução
Sob ponto de vista histórico podemos dizer que a indústria já existe desde a Pré-História,
quando o Homem transformava matérias-primas como a pedra, madeira, ossos, chifres e peles
de animais em produtos úteis que pudesse garantir a sua sobrevivência, com passar do tempo
esta actividade que na concepção de Moore (1968, p. 145), consiste na transformação de
matérias-primas em componentes intermediários ou produtos acabados por meios
fundamentalmente mecânicos dependentes de fontes inanimadas de energia, foi evoluindo e
passando por constantes transformações até ao estágio em que se encontra actualmente.

Dito isto, o presente trabalho com o tema Historial da Evolução da Actividade Industrial,
tem como principal objectivo descrever as principais fases da História da evolução da
actividade industrial, que compreendeu três principais estágios: o Artesanato, a Manufactura
e a Maquinofactura.

No primeiro estágio, o Artesanato que durou até ao século XVII, o Homem executava as
suas actividades de forma manual, sem a utilização de máquinas, apenas com ferramentas
simples, a actividade era feita em sua casa, e o mesmo é quem decidia quando e quantas horas
trabalhar, o produto final era destinado para o uso próprio e só comercializava o excedente.

Já no segundo estágio que compreendeu o período de 1620 até 1750, passou-se a utilizar
máquinas simples, com as quais era possível aumentar a produtividade. No entanto, a
produção, em termos de quantidade e qualidade, ainda dependia da habilidade e da capacidade
do trabalhador. Foi igualmente caracterizada por haver duas classes: proprietário dos meios de
produção (matéria-prima e ferramentas), e a outra classe pertencia as pessoas que não
possuíam os meios de produção, entre tanto esses dispunham da mão de obra, com isso a
actividade industrial passou a ser assalariada.

No último estágio ocorrido de 1750 até aos dias actuais, teve o seu início com a revolução
industrial, que ocorreu no século XVIII na Inglaterra, devido a disponibilidade de matéria-
prima energética, principalmente o Carvão mineral que a Inglaterra dispunha. O termo
Revolução Industrial segundo Silva (2014, pág. 94), [...], refere-se à fase do desenvolvimento
industrial que corresponde a passagem da oficina artesanal ou da manufactura para a fábrica.

Esta fase, inicialmente foi marcada pela invenção de máquinas a vapor o que possibilitou
a produção em grandes escalas. Com tempo empregou-se as máquinas nas indústrias, com
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isso muitas das actividades praticadas pelo homem foram substituídas pelas máquinas o
homem apenas passou a monitorar o trabalho exercido pelas máquinas.

O desenvolvimento da revolução Industrial passou por três fases, a primeira caracterizada


pela invenção de máquina a vapor e por acúmulo de capital e matérias-primas como o carvão
e ferro, a segunda foi caracterizada pela utilização de novas tecnologias como a energia
eléctrica e também pela invenção da lâmpada incandescente, e a terceira e última fase foi
caracterizada pelo avanço da ciência e tecnologia principalmente nos países desenvolvidos.

1.1. Metodologia
1.1.1. Método bibliográfico
Para a elaboração do presente trabalho usou-se do método de pesquisa bibliográfica para a
obtenção do material teórico sobre o tema que consistiu na pesquisa de conceitos básicos da
Indústria. O método também possibilitou a pesquisa de conteúdos relacionados ao historial da
evolução da actividade industrial bem como da Revolução Industrial e as suas respectivas
fases. Para o efeito, foram consultados os seguintes autores: Silva (2014); Moore (1968);
Holanda (1988); Petrakis et al (2019); Singer (1986); e Silva (2009);
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Capítulo II: Fundamentação Teórica

2. Conceito de indústria
A indústria é o conjunto das actividades realizadas na transformação de objectos em
estado bruto – as chamadas matérias – primas, naturais ou artificiais – em produtos que
tenham uma aplicação e satisfaçam as necessidades do ser humano. (Silva, 2014, pág. 89).

Segundo Silva (2009, pág. 69), indústria, também chamada de actividade secundária,
corresponde ao acto de transformar, com a ajuda de certo trabalho, objectos brutos em
objectos com alguma utilidade.

Para Moore (1968, pág. 145), a indústria refere-se à transformação de matérias-primas


em componentes intermediários ou produtos acabados por meios fundamentalmente
mecânicos dependentes de fontes inanimadas de energia.

Segundo Holanda (1988), a indústria é definida como sendo a actividade secundária da


economia, que engloba as actividades de produção ou qualquer dos seus ramos, em
contraposição às actividades agrícolas (primárias) e a prestação de serviços (terciárias).

Matéria-prima é um produto natural ou transformado (semi manufaturado), que as


empresas utilizam como base em um processo produtivo para a obtenção de um produto
acabado. 1

2.1. Evolução da actividade industrial


Segundo Silva (2014, pág. 89), desde a pré-história que o ser humano transforma
matérias brutas (pedras, barro, peles, lã, trigo, etc) em produtos úteis à sua sobrevivência. Esta
actividade de transformação passou por três estágios fundamentais: o artesanato, a
manufactura e a maquinofactura.

2.1.1. Fase do Artesanato


No primeiro estágio, que durou até ao século XVII, o trabalho era manual, usavam-se
ferramentas simples e todas as etapas da produção eram realizadas por uma pessoa, o artesão,
profissional que até poderia ter auxiliares, mas conhecia todas as etapas para a confecção do
produto. (Petrakis, et al, 2019. Pág. 10).

Ainda segundo Petrakis, et al (2019, Pág. 10), a produção era feita em sua casa ou em
uma oficina na qual se reunia um grupo de artesãos, a quem pertenciam a matéria-prima e as

1
https://www.dicionariofinanceiro.com/o-que-e-materia-prima/, visitado no dia 19/02/2023 pelas 14h52’
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ferramentas dos meios de produção. Era o artesão quem decidia quantas horas trabalharia por
dia, isto é, era ele quem controlava o tempo e a intensidade do trabalho. O produto era para
uso próprio e o excedente, destinado à venda, gerando uma renda.

2.1.2. Fase da Manufactura


No decorrer da história, houve o aumento da actividade comercial e o comerciante
passou a desempenhar um papel cada vez mais determinante para as transformações que
ocorreriam no modo de produzir e nas relações sociais de trabalho. Ele passou a adquirir
matérias-primas, levá-las para o artesão em troca de seus produtos para, então, vendê-los em
outra parte. Dessa maneira, a maior parte dos artesãos tornou-se trabalhador assalariado.
Modificam-se, assim, as relações de trabalho, sendo geradas duas classes: as dos possuidores
dos meios de produção e as dos despossuídos, que precisam vender sua mão de obra.
(Petrakis, et al, 2019. Pág. 11).

Dessa forma, surge a manufactura (entre 1620 – 17750), que se caracterizava por:

 Haver um proprietário dos meios de produção (matéria-prima e ferramentas);


 Oferecer trabalho assalariado;
 Promover a divisão das etapas do trabalho.

Segundo Silva (2014, pág. 89), nesse estágio já ocorria a divisão do trabalho (cada
operário realizava uma tarefa ou parte da produção), mas a produção ainda dependia
fundamentalmente do trabalho manual, emborra já se empregassem máquinas simples.

Para Petrakis, et al (2019, Pág. 11 – 12), nesta fase, na fábrica ou indústria, as ferramentas
são substituídas por máquinas velozes, movidas por meio de novas fontes de energia que
independem da capacidade do trabalhador. A partir de então, não era essa capacidade que
ditava o ritmo do trabalho, mas o da máquina, que se impunha ao do trabalhador.

2.1.3. Fase da Maquinofactura


é o processo iniciado no século XVIII com a Revolução Industrial. Caracteriza-se pelo
emprego maciço de máquinas e fontes de energia como o carvão mineral e o petróleo,
produção em larga escala, grande divisão e especialização do trabalho. (Silva, 2014, pág. 89).

Segundo Singer (1986), o fundamental na passagem da produção manufatureira à


produção industrial é que nesta o trabalho não é mais realizado pelo homem, mas pela
máquina. A função do homem não é mais produzir, mas alimentar, vigiar, manter e reparar a
máquina que tomou o seu lugar.
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2.2. Revolução Industrial


Em sentido restrito, a expressão “revolução Industrial” aplica-se às transformações
económicas e técnicas ocorridas em Inglaterra, entre os séculos XVIII e XIX. Em sentido
amplo, refere-se à fase do desenvolvimento industrial que corresponde à passagem da oficina
artesanal ou da manufactura para a fábrica. (Silva, 2014, pág. 95).

Historicamente, o início da Revolução Industrial é marcado pela invenção de


máquinas a vapor, o que possibilitou a produção em grande escala. Além disso, observa-se: o
desenvolvimento da organização eficiente, a abertura de um mercado externo e interno para
novos produtos e a ampliação da divisão do trabalho, bem como da supervisão hierárquica
motivada pela busca por aceleração da produção. (Petrakis, et al, 2019. Pág. 17).

Segundo Silva (2014, pág. 95), a Inglaterra foi o berço da Revolução Industrial porque:

 Possuía uma burguesia enriquecida a partir dos lucros acumulados com as


actividades comerciais da época mercantilista;
 Controlava a oferta de produtos manufacturados nos mercados coloniais;
 Controlava com um regime de governo (parlamentarismo) que favorecia o
desenvolvimento capitalista;
 Possuía grandes jazidas de carvão e ferro, matérias – primas indispensáveis para o
fabrico de máquinas e produção de energia;
 Tinha mão de obra abundante nas cidades, em resultado do forte êxodo rural
verificado na idade moderna;

2.2.1. Fases da Revolução Industrial


Segundo Manso et al (2010, pág. 95), a revolução industrial subdivide-se em três fases
distintas relacionadas com as fontes de energia empregadas, nomeadamente:

 1a Fase (Era da força mecânica);


 2a Fase (Era da energia); e
 3a Fase (era da energia nuclear e da cibernética);

2.2.1.1. Primeira fase da Revolução Industrial (1760-1860 – Era da força


Mecânica)
A primeira fase de industrialização teve seu início na Inglaterra, que ocorreu na
segunda metade do século XVIII, foi marcada, pelo advento da máquina a vapor. o acúmulo
de capital e a disponibilidade de matéria-prima, como o ferro e o carvão, possibilitaram o seu
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desenvolvimento. Havia grande oferta de matéria-prima e abundância de mão de obra, o que


barateava os custos, gerando lucros elevados que eram reaplicados ao desenvolvimento
tecnológico, como, por exemplo, no setor metalúrgico. Com isso, a utilização de carvão
mineral em altos fornos, capazes de gerar temperaturas elevadíssimas, inaugurou a siderurgia
moderna. (Petrakis, et al, 2019. Pág. 20).

Segundo Silva (2009, pág. 72), essa fase foi caracterizada pelos seguintes
acontecimentos:

 Invenção do tear mecânico e do descaroçador de algodão o consequente


desenvolvimento da indústria têxtil;
 Invenção da máquina a vapor, que substituiu as formas tradicionais de energia
mecânica, como de vento e a tracção animal;
 O uso de coque na fundição de ferro, a produção de lâminas de ferro e a
produção de aço em larga escala;
 Melhoria do processo de exploração de carvão mineral, com a utilização da
máquina a vapor para retirar a água acumulada nas minas de carvão;
 Revolução nos transportes e nas comunicações, com a invenção da locomotiva,
do navio a vapor e do telégrafo;
 Progressos na agricultura, com a produção de adubos, melhores grades e
arados, invenção da debulhadora e da ceifadeira mecânica;

2.2.1.2. Segunda fase da Revolução Industrial (1860-1914 – Era da energia)


Conforme Para Petrakis, et al (2019, Pág. 23-24), a segunda fase da Revolução
Industrial se desenvolveu no período entre 1860 e 1914 e, na verdade, se apresentou como um
aperfeiçoamento das tecnologias daquele primeiro momento. Traz consigo novos avanços nas
áreas tecnológicas, no final do século XIX e início do XX.

A partir de 1870, a adoção da eletricidade e a divisão do trabalho deram início a


segunda fase de industrialização, com a substituição do vapor por motores elétricos, sendo a
indústria automobilística uma das pioneiras na utilização de linhas de produção em série,
idealizada por Henry Ford, para a produção do Ford Modelo T, nos Estados Unidos. (Alizon
et al, 2009.

E, entre as principais características, da segunda fase da revolução industrial, podemos


destacar:
10

 A disseminação do modelo industrial para inúmeros países, como os Estados Unidos,


Japão, França e Alemanha;
 A utilização de novas tecnologias, como a energia eléctrica, e, com ela, a lâmpada
incandescente (inventada em 1879), que revolucionou os sistemas de iluminação dos
grandes centros urbanos e industriais.
 A invenção do motor a combustão e a ampliação da utilização do petróleo;
 A utilização em larga escala do aço e da borracha;
 A invenção, dentre outros, do telégrafo, do telefone e do cinema;

2.2.1.3. Terceira fase da Revolução Industrial (Era da energia nuclear e da


cibernética)
A terceira fase da Revolução Industrial foi liderada pelos Estados Unidos, tendo sido
iniciada com a Segunda Guerra Mundial (1938– 1945). Caracterizou-se por profundas
evoluções no campo tecnológico, desencadeadas, principalmente, pela junção entre
conhecimento científico e produção industrial. (Petrakis, et al, 2019. Pág. 24).

Segundo o mesmo autor, as produções que mais se destacaram, são as de


computadores, softwares, microeletrônica, chips, transístores, circuitos eletrônicos, robótica,
telecomunicações, informática em geral. No campo das telecomunicações, temos a expansão
das transmissões televisivas, da telefonia fixa e móvel, além da internet. Como principais
consequências desse período, podemos destacar:

 Os rápidos avanços e desenvolvimento nos setores de Ciência e Tecnologia;


 A consolidação do sistema capitalista financeiro;
 A formação e expansão das multinacionais ou empresas globais;
 A relativa descentralização industrial;
 A flexibilização do trabalho;
 A terciarização da economia.

Para Silva, Silva e Gomes (2002), a Terceira Revolução Industrial veio com o objetivo de
incorporar os avanços referentes à microeletrônica e o uso cada vez maior dos computadores,
trazendo estes como aliados aos processos produtivos, proporcionado a confecção de produtos
que atingem cada vez mais altos níveis de qualidade aliados com produção em grande escala,
o que torna tais empresas competitivas perante ao mercado.
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2.3. Consequências da Revolução Industrial


2.3.1. Consequências demográficas
Como resultado dos progressos técnicos e científicos alcançados nos campos da
agricultura e Medicina, isto contribuiu substancialmente para a supressão da fome, epidemias
e, sobretudo, uma redução das taxas de mortalidade e consequentemente longevidade da Vida
humana, que constituiu uma verdadeira explosão demográfica. O bem-estar das populações
melhorou bastante relativamente a épocas anteriores, isto é, os homens passam a desfrutar de
melhores condições de Vida. (Manso, et al, 2010, pág. 97).

O desemprego teve que ver também com o excesso populacional, sobretudo desde a
segunda metade do século XVIII, quando foi registada uma verdadeira explosão demográfica.
Até 1750, a população da Europa, incluindo da Rússia, contava com pouco mais de 100
milhões de pessoas, possuindo uma taxa de crescimento lenta que não chegava a mais de 1%
ao ano. A partir de 1750, no entanto, a taxa de crescimento da população chegou a 4% ao ano
e, em crescendo a 10% na década de 1780. (Silva, 2014, pág. 98).

Ainda segundo o mesmo autor, o excesso da polução seguido pelo êxodo rural é que
respondia pela massa dos desempregados concentrados nas maiores cidades.

2.3.2. Consequências na Agricultura


Após a Revolução Industrial no mundo houve a entrada dos maquinários e o avanço da
tecnologia na agricultura, possibilitando ter produções agrícolas em alta escala, pois havia
uma preocupação com o aumento da população no mundo e como os alimentar.2

Conforme Silva (2014, pág. 97), a utilização de novos métodos agrícolas, com rotação
de culturas, seleção de sementes e o surgimento de novos equipamentos agrícolas, produziu
um extraordinário aumento na produção de alimentos, isso tornou a alimentação mais barata e
ajudou enormemente à sobrevivência dos trabalhadores.

2.3.3. Consequências no desenvolvimento Urbano


[…], O crescimento populacional e o acelerado êxodo rural determinaram o aparecimento
das grandes cidades industriais: Londres e Paris, que em 1880 já contavam, respectivamente,
com 4 a 3 milhões de habitantes. Esses grandes aglomerados humanos originaram os mais
variados problemas de urbanização: abastecimento de água, canalização de esgotos, criação e

2
https://jornaldanova.com.br/noticia/11106/revolucao-industrial-consequencias-e-beneficios-para-a-
agricultura, visitado no dia 19/02/2023, pelas 20h50’
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fornecimento de mercadorias, modernização de estradas, fornecimento de iluminação,


construção de escolas e habitações, etc. (Silva, 2014, pág. 98).

2.3.4. Consequências nos Transportes


A revolução industrial provocou uma revolução nos transportes. Em 1830, George
Stephenson inventou a locomotiva a vapor, e consequentemente surgiram as ferrovias que
evoluíram rapidamente, sendo encontradas nos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha e
Bélgica. Em 1850, surgiu a navegação a vapor.

Com as estradas de ferro e as embarcações a vapor, o transporte das mercadorias ficou


mais rápido, o custo do transporte foi reduzido, e aumentou a troca de mercadorias.
Consequentemente, a revolução dos transportes contribuiu para a ascensão do processo de
industrialização. 3

2.3.5. Consequências na Paisagem


A consequência deu-se a medida em que a actividade industrial foi introduzindo na
paisagem rural e urbana novos elementos como fábricas, armazéns, fumos, ruídos, bairros
residenciais, movimentos intensos de veículos e pessoas, a indústria modificou
profundamente o espaço, chegando a transformar áreas desabitadas em grandes centros de
atracção populacional, criando a paisagem industrial.

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https://www.colegioweb.com.br/revolucao-industrial/a-revolucao-nos-transportes.html, visitado no dia
19/02/2023, pelas 21h13’
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Capítulo III: Considerações finais

3. Conclusão
É importante salientar que o desenvolvimento desta actividade ao longo do tempo,
também trouxe consigo impactos negativos ao mundo, pois alguns meios utilizados neste
processo de transformação da matéria-prima causam grandes impactos nos recursos naturais
que acabam repercutindo na fauna e flora, a queima de carvão para a produção de energia, do
diesel, são alguns dos exemplos das actividades industrias que mais contribuem para a
contaminação do ar, sendo responsável pela diminuição da camada de ozónio, efeito estufa e
também por causar doenças respiratórias como a asma.

A actividade industrial esteve sempre presente na vida do Homem, a partir do momento


em que este utilizava os elementos da natureza em sua volta e a transformava para sua própria
sobrevivência, o modo de vida actual, é em parte resultante desse processo de transformação
de matéria-prima em produto útil a utilização. Como citado por Silva (2014, pág. 88), “A
actividade industrial continua a ser o motor da economia a pesar do desenvolvimento dos
outros sectores. Por isso, pode considerar-se que a industrialização foi e continua a ser
responsável por profundas transformações espaciais em extensas áreas do planeta”.

Conclui-se assim, que a actividade industrial hoje, tem um papel fundamental na


qualidade da vida do Homem, pois o mesmo é responsável por gerar emprego pra milhões de
pessoas, responsável por produzir diversos objectos, produtos alimentícios, vestuários, entre
outros. A mesma contribui para o desenvolvimento da ciência e tecnologia bem como permite
o acesso a diversos serviços de telecomunicações, porém é importante que esta actividade
hoje, possa ser exercida de uma forma mais consciente, tendo em conta os efeitos negativos
resultantes da mesma.
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Referência bibliográfica
1. HOLANDA, J.E.M.M. EDITORES, LTDA, 1988.
2. MANSO, J; VICTOR, R. Geografia 12a Classe: Industrial e Comércio. Maputo:
Longman Moçambique, 2010. Pág.97.
3. MOORE, Wilbert E. O impacto da indústria: modernização de sociedades tradicionais.
Tradução: Edmond Jorge. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1968.
4. PETRAKIS, L. A. et al. Geografia da indústria. – Rio de Janeiro: Fundação Cecierj,
2019. Pág. 10-24.
5. SILVA, D. B.; SILVA, R. M.; GOMES, M. L. B. O reflexo da terceira revolução
industrial da sociedade. Ln: ECONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO, 22., 2002, Curitiba, 2002.
6. SILVA, José. Geografia 12a Classe: Indústria e Comércio. Maputo: Plural Editores,
2014. Pág.88-98.
7. SILVA, José. Geografia 9a Classe: Fases da Revolução Industrial. Maputo: Plural
Editores, 2009. Pág.72.
8. SINGER, Paul. A formação classe operária. SP: Atual, 3. ed., 1986.
9. https://jornaldanova.com.br/noticia/11106/revolucao-industrial-consequencias-e-
beneficios-para-a-agricultura
10. https://www.dicionariofinanceiro.com/o-que-e-materia-prima/
11. https://www.colegioweb.com.br/revolucao-industrial/a-revolucao-nos-transportes.html

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