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Governo Aberto e Dados Abertos

Governo Aberto

Portugal já faz parte, desde dezembro de 2017, da Parceria para o Governo Aberto/Open
Government Partnership (OGP).

A expressão governo aberto (open government) refere-se a projetos e ações que visam a
promoção da transparência, a luta contra a corrupção, o incremento da participação
social e o desenvolvimento de novas tecnologias, de modo a tornar os governos mais
abertos, efetivos e responsáveis.

Governo aberto também é o direito que os cidadãos possuem de acessar todos os


documentos e procedimentos do governo, para a promoção de maior transparência
governamental.

Dados Abertos

Dados abertos, de acordo com a Open Definition, são "dados que qualquer pessoa
pode aceder, utilizar, modificar e partilhar, para qualquer propósito".

Representam um subconjunto muito importante do vasto domínio de informação do


setor público, cuja reutilização é promovida por uma diretiva europeia (transposta em
Portugal pela Lei n.º 26/2016, de 22 de Agosto).

O movimento dos dados abertos, é parte integral das políticas dedicadas ao Governo
Aberto (Open Government).

A grande maioria desses dados já são, por lei, considerados públicos. O grande desafio
(e a maior preocupação das iniciativas de dados abertos como o dados.gov) passa por
facilitar o seu acesso e reutilização, beneficiando vários grupos e sectores da
sociedade: os cidadãos; as instituições governamentais; o setor empresarial; e
outros como o jornalismo, a investigação universitária ou mesmo organizações não-
governamentais com preocupações cívicas.
Dados sem restrições de reutilização.
Um dos pontos fundamentais dos dados abertos é a ideia de que qualquer pessoa ou
entidade pode utilizar, transformar ou adaptar os dados públicos para rentabilizar num
contexto de negócio.

Grande parte desta informação pode até já estar disponível publicamente, mas para
que um determinado conjunto de dados governamentais possa ser classificado como
Aberto é necessário que não existam restrições ao seu acesso, sejam estas legais ou
políticas, tecnológicas ou financeiras.

Privacidade e dados abertos.


Nem toda a informação do sector público deve ser tornada pública. Há um vasto
conjunto de dados na Administração Pública que deve continuar na esfera de acesso
restrito, seja por razões de segurança, razões legais, ou direito à privacidade dos
cidadãos. As políticas de dados abertos não estipulam que se “abra” toda a
informação do Estado, apenas aquela que pode ser considerada pública.

As considerações relativamente à abertura de dados de sectores específicos cabem às


entidades que os gerem em consonância com organismos como a Comissão Nacional
de Proteção de Dados.

Como identificar conjuntos de dados para publicação?


Podemos começar por considerar disponibilizar informação que já está disponível ao
público, seja sob a forma de conteúdos num site ou através de pedidos à organização,
sob a forma menos "tratada" de conjuntos de dados.

É muito importante estabelecer também um compromisso de manutenção e


atualização dos dados. Nesse sentido, e embora o esforço inicial seja um pouco mais
elevado, é recomendável a utilização de mecanismos automatizados (ex. API), para
garantir que o processo decorra de forma regular.

Interagir com os reutilizadores.


A interação com a comunidade de reutilizadores poderá fornecer pistas preciosas
sobre o tipo de dados a disponibilizar.

O organismo poderá fazer algum tipo de consulta pública e perguntar aos seus
interlocutores mais frequentes, ou a outras partes interessadas, a que tipo de dados
gostaria de ter acesso.

Considerações finais
Em resumo, o conceito de Governo Aberto implica transparência, combate à corrupção e
participação cívica, enquanto os Dados Abertos são cruciais para este modelo,
promovendo o acesso irrestrito à informação pública.

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