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Radiação
Radiação
Radiação
V ANO
Licenciatura em Física
Chongoene
2024
UNIVERSIDADE SAVE
Licenciatura em Física
Trabalho de investigação a ser entregue
na Faculdade de Ciências Naturais e
Exatas para efeitos de avaliação na
cadeira de Detenção Remota.
Orientador:
Prof. Dr. Boaventura Almeida
Mubai
Chongoene
2024
Sumário
CAPÍTULO I:Introdução...................................................................................................4
1.1.Objectivos................................................................................................................4
1.2.Objectivo Geral:...................................................................................................4
1.3.Objectivos Específicos:........................................................................................4
Radiação solar...................................................................................................................5
2.1.2.Lei de Stefan-Boltzmann......................................................................................5
2.1.3Lei de Kirchhoff.....................................................................................................5
2.2.Intensidade de Radiação..........................................................................................6
2.4.Radiação Difusa.......................................................................................................7
CAPÍTULO I:Introdução
O Sensoriamento Remoto pode ser entendido como um conjunto de atividades que
permite a obtenção de informações dos objetos que compõem a superfície terrestre sem
a necessidade de contato direto com os mesmos. Estas atividades envolvem a detecção,
aquisição e análise (interpretação e extração de informações) da energia eletromagnética
emitida ou refletida pelos objetos terrestres e registradas por sensores remotos. A
energia eletromagnética utilizada na obtenção dos dados por sensoriamento remoto é
também denominada de radiação eletromagnética.
A quantidade e qualidade da energia eletromagnética refletida e emitida pelos objetos
terrestres resulta das interações entre a energia eletromagnética e estes objetos. Essas
interações são determinadas pelas propriedades físico-químicas e biológicas desses
objetos e podem ser identificadas nas imagens e nos dados de sensores remotos.
Portanto, a energia eletromagnética refletida e emitida pelos objetos terrestres é a base
de dados para todo o processo de sua identificação, pois ela permite quantificar a
energia espectral refletida e/ou emitida por estes, e assim avaliar suas principais
características. Logo os sensores remotos são ferramentas indispensáveis para a
realização de inventários, de mapeamento e de monitoramento de recursos naturais.
1.1.Objectivos
1.2.Objectivo Geral:
Compreender as interacoes que ocorrem entre a REM e materia bem como com
a atmosfera.
1.3.Objectivos Específicos:
Diferenciar a radiação solar da terrestre;
Explicar como ocorre o processo de atenuação atmosférica;
Estabelecer uma ponte entre a energia electromagnética e o sensoriamento
remoto.
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Radiação solar
A energia radiativa recebida pela Terra na forma de ondas eletromagnéticas
provenientes do Sol é denominada de radiação solar. Em meteorologia é mais comum
usar o termo radiação de ondas curtas em lugar de radiação solar. Constitui uma
variável climática muito importante, por ser a principal fonte de energia do planeta e
porque sua distribuição não uniforme influencia praticamente todos os elementos do
clima. Por esta razão torna-se necessário saber de que maneira o balanço de energia, que
ocorre próximo à superfície, disponibiliza a energia de natureza radiativa necessária aos
processos físicos que ocorrem em superfícies continentais e oceânicas.
2.1.3Lei de Kirchhoff
Estabelece que, para um determinado comprimento de onda e uma dada temperatura,
um sistema em equilíbrio termodinâmico local, a absortância e a emissividade, seriam
numericamente iguais, ou seja, αλ = ελ . Nota-se que a emissividade de um corpo negro
é igual à unidade. Para um corpo cinza (ελ menor que 1), a emitância monocromática
(Eλ) é dada por:
Eλ = ελ . Ebλ
Onde, Ebλ é a emitância de um corpo negro.
Assim, considerando todo espectro, a emitância radiante total de um corpo cinza (Ec) é
dada por:
Ec = ελ σ 4Ts
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2.2.Intensidade de Radiação
De acordo com Nieuwolt (1977), a quantidade de energia que atinge a superfície
terrestre depende da latitude do local, da declinação solar e ainda de outros fatores como
a transparência do envoltório gasoso que circunda a Terra, chamado de atmosfera. A
energia que chega ao topo da atmosfera em uma superfície hipotética perpendicular ao
feixe de radiação solar a uma distância média Terra-Sol é da ordem de 1367 Wm-2 e é
denominada constante solar. Teoricamente esta energia deveria ser constante. No
entanto, sofre uma variação de mais ou menos 3,5% devido à órbita elíptica descrita
pela Terra em torno do Sol. Outros fatores que também controlam a intensidade da
radiação solar recebida na superfície terrestre são a ocorrência de manchas solares, o
eixo de inclinação da Terra, a cobertura de nuvens, a presença de aerossóis e cristais de
gelo, concentração de vapor d’água e de ozônio na atmosfera.
A intensidade da radiação incidente será tanto maior quanto maior for a elevação do
Sol. Portanto, teoricamente ao meio dia (hora local), ocasião em que os raios solares
incidem de maneira a se aproximarem ao máximo da direção perpendicular à superfície,
os raios solares serão menos atenuados pela absorção, espalhamento e reflexão
atmosférica (Nieuwolt, 1977).
O balanço de radiação de onda curta pode ser obtido com base na equação dada por:
Kn = K ↓ -K↑ (2.6)
Onde Kn é o saldo de radiação de onda curta ou solar; K↓ é a radiação de onda curta
incidente e K↑ é a radiação de onda curta refletida pela superfície.
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2.4.Radiação Difusa
A radiação difusa é a porção da radiação solar que alcança a superfície da Terra após
sofrer o espalhamento provocado pelas moléculas e partículas suspensas na atmosfera.
Antes do nascimento e após o pôr do Sol, toda radiação de onda curta que alcança a
superfície está na forma difusa.. A radiação difusa constitui uma fonte de calor da maior
importância para a superfície da Terra, especialmente em altas latitudes, onde nos meses
de inverno a radiação solar direta fica bastante reduzida. Além disso, uma parte da
radiação difusa também é responsável pela realização da fotossíntese.
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Cerca de 70% da energia solar está concentrada na faixa espectral compreendida entre
0,3 e 0,7 μm e como a atmosfera absorve muito pouco nesta região, grande parte da
energia solar atinge a superfície da Terra.
Também existem regiões no espectro eletromagnético para os quais a atmosfera é opaca
(absorve toda a energia eletromagnética). Na região do ultravioleta e visível, o principal
gás absorvedor da energia eletromagnética solar é o ozônio (O3), o qual protege a terra
dos raios ultravioletas que são letais a vida vegetal e animal. Na região do
infravermelho os principais gases absorvedores são o vapor d’água (H2O) e o dióxido
de carbono (CO2)
Existem regiões do espectro eletromagnético onde a atmosfera quase não afeta a energia
eletromagnética, isto é, a atmosfera é transparente à energia eletromagnética
proveniente do Sol ou da superfície terrestre. Estas regiões são conhecidas como janelas
atmosféricas. Nestas regiões são colocados os detectores de energia eletromagnética, e
portanto onde é realizado o sensoriamento remoto dos objetos terrestres.
Segundo Severino (2007), este procedimento técnico serve para sustentar teoricamente
o estudo recorrendo à consulta de documentos disponíveis.
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Referências bibliográficas
[1].Moreira, M. A. Fundamentos do sensoriamento remoto e metodologias de
aplicação. São José dos Campos, 2001. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(INPE). 208p.
[2].Novo, E. M. L. M. Sensoriamento Remoto: princípios e aplicações. São Paulo.ed. :
Edgard Blücher, 1989, 308p.
[3].Steffen, A. C., Moraes, E. C. Introdução à radiometria. In: Simpósio Brasileiro de
Sensoriamento Remoto, VII. Curitiba, 10-14. Maio, 1993. Tutorial São José dos
Campos. INPE, 1993. 7p.
[4].André, R.G.B.; Silva Filho, V.P.; Molion, L.C.B.; Nobre, C.A. Balanço de radiação
sobre a Floresta Amazônica (estações seca e úmida). Revista Brasileira de
Meteorologia, v.3, n.2, p.269-274, 1988.
[5].André, R.G.B.; Viswanadham, Y.; Sá, L.D.A.; Manzi, A.O. Characteristic
parameters for the Amazonian Forest. São José dos Campos: INPE, 1989. (INPE-
4819- PRE/1454).
[6].Andrieu, B.; Baret, F. Indirects methods of estimating crop structure from optical
measurements. In: Varlet-Grancher, C. ; Bonhomme, R.; Sinoquet, H. (eds). Crop
structure and light microclimate: characterization and applications. Paris: Institut
national de la agronomique, 1993. p.285-322.