Texto 1
Surto de dengue: a falta de saneamento Texto 3
básico ajuda no avanço da doença
O saneamento básico, incluindo serviços como
distribuição de água e tratamento de esgoto, é
fundamental para prevenir doenças como a dengue,
transmitida pelo Aedes aegypti que se reproduz em água
parada, tanto limpa quanto suja. No Brasil, a deficiência
desses serviços afeta diretamente a saúde pública, com
quase 100 milhões de brasileiros sem acesso a coleta de
esgoto, facilitando a proliferação do mosquito. A falta de
saneamento aumenta os surtos de dengue, que viu um
aumento de casos em mais de 300% em 2019. A
dengue, mais comum no verão devido às condições
chuvosas e quentes, enfatiza a importância do
saneamento básico como medida preventiva,
especialmente nas regiões periféricas, onde a
infraestrutura é mais precária. Esse cenário reforça a
necessidade de políticas eficazes de saneamento urbano
para combater a dengue e outras doenças relacionadas,
garantindo uma maior qualidade de vida e saúde pública.
Fonte: DATASUS/Painel Saneamento
Texto 2
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto
dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema ”A eficácia das políticas de
saneamento na redução da dengue em regiões centrais e periféricas no contexto urbano brasileiro .” apresentado
proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa,
argumentos e fatos para a defesa do ponto de vista.
O estudo do Instituto Trata Brasil de 2019 revela a conexão
crítica entre a falta de saneamento básico no Brasil e as
internações por doenças de veiculação hídrica, incluindo a
dengue. Com quase 35 milhões sem acesso à água tratada e
100 milhões sem coleta de esgoto, o país registrou mais de
273 mil internações, destacando-se o Maranhão com as
maiores taxas - 54,4 internações por 10 mil, tem 44,6% sem
água e 86,9% sem esgoto. Pará e Piauí seguem, com graves
deficiências de saneamento, refletindo altas taxas de
internações relacionadas. O Rio de Janeiro, com menor taxa,
tem 9,3% sem acesso à água; São Paulo segue com 2,84
internações por 10 mil, 3,8% sem água. Rio Grande do Sul
tem 7,14%, 13,3% sem acesso à água.
Disponível em: https://tratabrasil.org.br/estudo-do-trata-brasil-expoe-os-impactos-da-
falta-de-saneamento-nos-estados-brasileiros-em-relacao-a-saude/. Adaptado.
Texto 4
A Lei 14.026/2020, marco do saneamento básico, visa atrair
investimentos privados e garantir a universalização do
tratamento de esgoto e do abastecimento de água até 2035,
sendo fundamental para a prevenção de doenças. Originada da
MP 868/2018 e do PL 4.162/2019, enfrenta atrasos
significativos nos projetos de regionalização pelos estados,
comprometendo sua eficácia. Para alcançar a universalização,
são necessários investimentos de R$ 149,5 bilhões, focados
principalmente na coleta e tratamento de esgotos. A
implementação dessa legislação é crucial para a saúde pública,
visando melhorar significativamente o saneamento básico no
Brasil, o que reduziria a incidência de doenças de veiculação
hídrica e melhoraria a qualidade de
vida da população.
https://www12.senado.leg.br/noticias/infomaterias/2022/03/estudo-aponta-que-falta- de-
saneamento-prejudica-mais-de-130-milhoes-de-brasileiros