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Universidade Estadual do Maranhão – UEMA

Centro de Estudos Superiores de Caxias - CESC


Curso: Licenciatura em Ciências Naturais
Disciplina: Química Inorgânica
Aula 01

Introdução ao Estudo da Química Inorgânica


(Revisão de Conceitos)

Prof. Dr. Laudimir L. W. Veloso-Silva


Doutor em Química Orgânica e Biológica (IQSC/USP)
Mestre em Química Analítica (UFPI)
Licenciatura em Química (IFPI)
E-mail: laudimirsilva@gmail.com
Parte 01: Teoria Atômica
Introdução
Conceitos gerais
Matéria: tudo que tem massa e ocupa espaço

Extensivas: dependem da
quantidade da amostra;

Propriedades → Qualidades da matéria

Intensivas: não dependem


da quantidade da amostra;

Boa parte das matérias existentes em nosso planeta origina-se de


combinações de aproximadamente cem substâncias básicas ou
elementares chamadas elementos;
Introdução
Conceitos gerais
Química: compreensão das propriedades da matéria em termos de
átomos;

Elemento: é composto de um único tipo de átomo (Ex.: H);

Propriedades da matéria: relaciona-se com o tipo e o arranjo desses


átomos;

Moléculas: são grupos de átomos mantidos unidos para que formem


uma unidade cuja identidade é distintamente diferente do átomo
isolado (Ex.:H2O);
Introdução
Conceitos gerais
Átomos, moléculas e íons
Teoria atômica da matéria

Demócrito Leucipo de Abdera


(460 a.C – 370 a.C) (490/460 a.C – 420 a.C)

O mundo material é constituído por partículas


indivisíveis muito pequenas chamadas de
átomos;
Átomos, moléculas e íons
Teoria atômica da matéria
Filosofia grega dar lugar ao método científico: passamos do plano das ideias para
explicações com embasamentos experimentais;

Usou as ideias de Demócrito e Leucipo sobre as partículas


indivisíveis para explicar o comportamento dos gases;

Robert Boyle
(1627 - 1691) “Pequenas partículas de corpos com
certos poderes, virtudes e forças”;

Invisíveis → explicação por modelos Isaac Newton


atômicos (1743 - 1794)
Átomos, moléculas e íons
Modelo de Dalton
Baseou-se nas leis ponderais de Proust (proporções fixas) e Lavoisier (conservação
das massas):

• Matéria formada por minúsculas partículas indivisíveis;


• Átomos de cada elemento seriam todos iguais, átomos de elementos diferentes
teriam massas diferentes;
• A combinação química ocorreria quando átomos de dois ou mais elementos
formassem uma “união firme”;
• Os átomos não seriam nem destruídos nem criados numa reação química;

Para Dalton, o átomo era uma


esfera maciça e indivisível,
semelhante a uma bola de bilhar;
Átomos, moléculas e íons
Natureza elétrica da matéria
Estudo do comportamento dos gases em um tubo de Crookes revelou a existência
dos raios catódicos;

William Crookes
(1832 - 1919)

O desvio do feixe de raios catódicos em direção ao polo positivo comprovava a


natureza negativa das partículas;
Estrutura eletrônica do átomo
Natureza elétrica da matéria
Joseph John Thomson concluiu que os feixes de raios catódicos era parte
integrante de todo e qualquer gás utilizado dentro do tubo;

As partículas eram menores que qualquer objeto conhecido,


inclusive o átomo;

Raios catódicos = elétrons Se a matéria como um todo é


neutra e os elétrons têm cargas
J. J. Thomson negativas, então deve existir
(1856 - 1940) partículas de cargas positivas.
Átomos, moléculas e íons
Natureza elétrica da matéria
Eugen Goldstein utilizou um cátodo perfurado em tubos semelhantes ao de
Crookes e observou a existência de um foco luminoso atrás do cátodo, vindo da
direção do ânodo → raios anódicos (carga positiva)

A razão carga/massa dos íons positivos


mudava dependendo do gás utilizado;

Raios anódicos de hidrogênio = próton


(carga 1+)

Número atômico (Z) de cada elemento =


número de prótons

Átomo neutro: nº de prótons = nº de elétrons


Átomos, moléculas e íons
Modelo atômico de Thomson

Átomos são formados por uma esfera uniforme


carregada positivamente, incrustrada de elétrons, de
modo que a carga total fosse nula;

Ficou conhecido como modelo do “pudim de


passas”;
Átomos, moléculas e íons
Radioatividade

Becquerel foi o primeiro cientista a


mostrar que os átomos podem ser
radioativos;

Marie Curie determinou que as


partículas alfa eram provenientes do Marie Curie
próprio átomo de urânio; (1867 - 1934)
Henri Becquerel
(1852 - 1908)

Investigações posteriores mostraram a existência de três tipos de radiação;

O fenômeno da radiação é tipicamente nuclear;


Átomos, moléculas e íons
Radioatividade
Átomos, moléculas e íons
Modelo Atômico de Rutheford
Átomos, moléculas e íons
Átomo de Bohr
Usou a descrição quântica da radiação eletromagnética proposta
por Planck e Einsten para propor um modelo atômico;

Postulados:
1. O elétron move-se em órbitas circulares em torno do núcleo
do átomo;
Niels Bohr 2. A energia total de um elétron não pode apresentar qualquer
(1885 - 1962) valor, mas sim valores múltiplos de um quantum;
3. Apenas algumas órbitas eletrônicas são permitidas para o
elétron, e ele não emite energia ao percorrê-las;
4. Quando o elétron passa de uma órbita para outra, emite ou
absorve uma quantidade de energia definida como quantum
de energia.
Átomos, moléculas e íons
Níveis de energia quantizado

n =1 (primeira camada); n=2 (segunda camada) ...

Obs: Quando o elétron ocupar n=∞, o elétron já não pertence mais ao átomo
(ionização);
Átomos, moléculas e íons
Átomo de Bohr
Falhas no modelo de Bohr:

• Para Bohr, os elétrons possuíam órbitas bem definidas;


• Era aplicado apenas ao átomo de hidrogênio;
• Introduziu postulados sem comprovação matemática.
Átomos, moléculas e íons
Evidência do modelo quântico
Existe um ponto no qual os elétrons
começam a ser emitidos a partir da
superfície do metal (frequência);

↑ intensidade de luz → elétrons saem


com Ec (efeito fotoelétrico)
Átomos, moléculas e íons
Evidência do modelo quântico
Einstein considerou a luz como uma partícula discreta, chamada
de fóton, cujo a energia era definida por hν;

Durante a colisão, a energia do fóton é transferida para o elétron


da superfície do metal;

Albert Einstein Se a energia for maior que as forças atrativas que mantém o
(1879 - 1955) elétron preso ao metal, ele será arrancado da superfície;

O átomo é formado por duas regiões: núcleo e eletrosfera;


Os elétrons ocupam a região periférica do átomo, mas, definir sua
posição é improvável;
Átomos, moléculas e íons
Princípio da incerteza de Heisenberg
De acordo com esse princípio, é impossível conhecer
simultaneamente e com precisão a posição e o momento de uma
partícula pequena;

Quanto mais aumentamos a precisão acerca da posição de um


elétron, mais diminuímos a certeza a cerca da velocidade
(momento) e vice-versa;
Werner Heisenberg
(1901 - 1976)
Átomos, moléculas e íons
Comportamento ondulatório do elétron

Já que a luz tem comportamento de partícula, é possível que


partículas como elétron tenham também comportamento
ondulatório.
E = energia
Equações úteis: h = cte de Planck
Eq1: 𝐸 = ℎ𝑓 c = velocidade da luz
Louis de Broglie Eq2: 𝐸 = 𝜌𝑐 m = massa
(1892 - 1987) ℎ
Eq3: 𝜌 =
𝐸
𝜆= v = velocidade
𝑐 𝑚. 𝑣 f = frequência
Eq4: 𝜌 = 𝑚. 𝑣
𝑐  = momentum
Eq5: 𝑓 =
𝜆

Obs: Sempre fazer os cálculos com as unidades no Sistema Internacional (SI):


Velocidade: em m/s; massa: em kg; Constante de Planck em J. s; comprimento de
onda em metros;
Átomos, moléculas e íons
Para exercitar

1. Determine a frequência e o comprimento de onda associados a um atleta de 60


kg em uma velocidade de 20 km/h.

Equações úteis:
Eq1: 𝐸 = ℎ𝑓
Eq2: 𝐸 = 𝜌𝑐
𝐸
Eq3: 𝜌 =
𝑐
Eq4: 𝜌 = 𝑚. 𝑣
𝑐
Eq5: 𝑓 =
𝜆
Parte 02: Números Quânticos, Distribuição
Eletrônica e Tabela Periódica
Introdução
Funções de onda
Pontos importantes:
1. Somente determinadas funções de onda são permitidas para o elétron no átomo;
2. Cada função de onda ψ é associada com um valor permitido de energia, 𝐸𝑛 , para o
elétron;
3. A energia do elétron é quantizada;
4. O quadrado da função de onda Ψ 2 está relacionado com a probabilidade de se
encontrar o elétron dentro de uma determinada região do espaço. Os cientistas se
referem a esta possibilidade como densidade eletrônica;
5. A região do espaço em que a probabilidade maior de se encontrar o elétron de
determinada energia é chamada de orbital;
6. Para resolver a equação de Schrödinger para um elétron no espaço 3D, três números
inteiros (números quânticos n, ℓ e 𝒎ℓ ) são parte integral da solução matemática.
Esses números quânticos podem ter somente determinadas combinações de valores.
Introdução
Números quânticos
Número quântico principal (n): Pode ter qualquer valor inteiro, do 1 ao ∞;
→ É o fator primário na determinação da energia de um elétron;
→ Cada elétron é rotulado de acordo com seu valor de n. Nos átomos que possuem mais
de um elétron, dois ou mais elétrons podem ter o mesmo valor de n. Dizemos que
esses elétrons ocupam a mesma camada eletrônica ou o mesmo nível eletrônico;
Introdução
Números quânticos
Número quântico de momento angular (ℓ): Pode ter qualquer valor inteiro, entre 0 e n-1;
→ Cada valor de ℓ corresponde a um tipo diferente de orbital com um formato diferente;
→ ℓ não pode ser maior que n-1, logo, o valor de n limita o nº de subcamadas possíveis.
→ Ex: Para n = 1, ℓ=0; n=2, ℓ=0 ou 1

Valor de ℓ 0 1 2 3
Orbital s p d f
Introdução
Números quânticos
Número quântico magnético 𝒎𝓵 : Pode variar entre +ℓ e -ℓ, incluindo o zero;
→ Está relacionado à orientação espacial dos orbitais em um subcamada (orbitais em
uma determinada subcamada diferem apenas quanto à sua orientação no espaço, não
quanto a sua energia);
→ Quando ℓ=2, 𝑚ℓ pode ter cinco valores: -2, -1, 0, +1 e +2.
→ O número de valores de 𝑚ℓ para uma determinada subcamada (2ℓ+1) especifica o
número de orientações que existem para os orbitais daquela subcamada, e, portanto, o
número de orbitais na subcamada.

Valor de ℓ 0 1 2 3
Subcamadas s p d f
Nº de orbitais na subcamada 1 3 5 7
Introdução
Números quânticos
→ Os elétrons em um átomo são distribuídos em orbitais, que são agrupados em
subcamadas. Dependendo do valor de n, uma ou mais subcamadas constituirão uma
camada eletrônica;
→ As subcamadas eletrônicas têm símbolos atribuindo-se primeiro o valor de n e, então
o valor de ℓ na forma de um código de letras. Para n=1 e ℓ=0, por exemplo, o símbolo
é 1s.

Visão geral:
𝒏 = nº de subcamadas em uma camada;
𝟐ℓ + 𝟏= nº de orbitais em uma subcamada = nº dos valores de 𝑚ℓ
𝒏𝟐 = nº de orbitais em uma camada
Introdução
Números quânticos
Número quântico magnético de spin 𝒎𝒔 : Só pode assumir dois valores:+ 1Τ2 ou − 1Τ2
→ Especifica o spin do elétron;
→ Spin é uma propriedade intrínseca do elétron e diz respeito ao seu movimento
rotacional. Essa pequena carga girando ao redor do próprio eixo faz com que o elétron
comporte-se como um pequeno ímã.
→ Representação do spin: ↑ou↓
Números quânticos
Aprendendo com exemplos
1. Complete as seguintes afirmações:
a) Quando n= 2, os valores de ℓ podem ser ____ e ____.
b) Quando ℓ = 1, os valores de 𝒎𝓵 podem ser ____, _____ e _____, e a subcamada é
denominado pela letra ___.
c) Quando ℓ = 2, a subcamada é chamada de subcamada ____.
d) Quando uma subcamada é denominada s, o valor de ℓ é ____, e o valor de 𝒎𝓵 é___.
e) Quando uma subcamada é denominada p, existem ____ orbitais dentro da
subcamada.
f) Quando uma subcamada é denominada f, há ___ valores de 𝒎𝓵 , e existem ___
orbitais dentro da subcamada.
Distribuição eletrônica
Números quânticos
Distribuição eletrônica
Princípio da exclusão de Pauli
Definição: Dois elétrons em um mesmo átomo não podem ter o mesmo conjunto de
números quânticos, ou seja, nenhum orbital atômico pode conter mais que dois elétrons;

Representação do orbital:

ou ou
Distribuição eletrônica
Ordem de energia das subcamadas
Ordem de energia das subcamadas:
- Os elétrons são atribuídos às subcamadas em ordem crescente do valor de “n + ℓ”;
- Para duas subcamadas como o mesmo valor de “n + ℓ” os elétrons são atribuídos
primeiro à subcamada com n mais baixo.

Alguns exemplos:
1. Os elétrons são atribuídos à subcamada 2s (n + ℓ = 2 +0 = 2) antes da subcamada 2p
(n + ℓ = 2 + 1 = 3). Isto é, a energia da subcamada 2s é menor que a energia da
subcamada 2p;

2. Os elétrons são atribuídos na ordem 3s (n + ℓ = 3 +0 = 3) antes de 3p (n + ℓ = 3 + 1 =


4) e antes de 3d (n + ℓ = 3 + 2 = 5) . Isto é, as energias das subcamadas aumentam na
ordem 3s < 3p < 3d.
Distribuição eletrônica
Diagrama de Linus Pauling

Para exercitar:
1. Faça a distribuição eletrônica do
enxofre (Z=16) e do bário (Z=56)
Distribuição eletrônica
Camada fechada
1
1𝐻: 1𝑠1

4
2𝐻𝑒: 1𝑠 2

Perceba que para o hélio, tanto o orbital 1s quanto a camada n=1 estão completamente
ocupados. Quando isso acontece, dizemos que o hélio tem a camada fechada;

Para o lítio (Z = 3), a distribuição fica:


1𝑠 2 2𝑠1 ou [He] 2𝑠1

“caroço” ou “cerne” (parte central


correspondente a uma camada fechada)
Distribuição eletrônica
Camada fechada
Distribuição eletrônica
Camada de valência
Definição: É a última camada que acomoda os elétrons.
→ Importante no estudo de ligações químicas;
→ Representa a parte mais externa do átomo (fronteira);
→ Região que interage com outros átomos para formar substâncias;
Para exercitar:
1. A partir da distribuição eletrônica do enxofre (Z=16) e do bário (Z=56),
determine o número de elétrons na camada de valência.

Regra de Hund: Em um átomo no seu estado fundamental, os elétrons sempre ocupam


os níveis mais baixos de energia.
Tabela Periódica
Considerações gerais
→ Quando os elementos químicos são listados sequencialmente, em ordem crescente
de número atômico, há uma repetição periódica em suas propriedades;

→ As propriedades dos elementos químicos são funções periódicas do número


atômico;

→ A organização dos elementos químicos em ordem crescente dos números atômicos


em linhas e colunas representa o que definimos como Tabela Periódica
Tabela Periódica
Colunas verticais ou grupos
→ Reúnem elementos com propriedades físicas e químicas semelhantes;

→ São numeradas de 1 a 18 (IUPAC)


→ Sistema anterior: grupos A e B

Elementos do grupo A: elementos principais ou representativos

Elementos do grupo B: elementos de transição


Tabela Periódica
Ilustração dos sistemas de numeração
Tabela Periódica
Elementos representativos – Grupo A
N° e- de Configuração e- de Nome do grupo
GRUPO valência valência

1A 1 ns1 Alcalinos
2A 2 ns2 Alc. terrosos
3A 3 ns2 np1 Família do B
4A 4 ns2 np2 Família do C
5A 5 ns2 np3 Família do N
6A 6 ns2 np4 Calcogênios
7A 7 ns2 np5 Halogênios
8A ou zero 8 ns2 np6 Gases nobres
Tabela Periódica
Elementos de transição – Grupo B
❖ Transição externa: todos os elementos cujo elétron de maior energia se
encontra na penúltima camada no subnível d.

3B 4B 5B 6B 7B 8B 1B 2B

d1 d2 d3 d4 d5 d6 d7 d8 d9 d10

Configuração geral: ns2 (n – 1) d1 a 10

❖ Transição interna: todos os elementos cujo életron de maior energia se


encontra na antipenúltima camada no subnível f, série dos Lantanídeos
ou Terras raras (4f) e Actinídeos (5f).
Configuração geral: ns2 (n – 2) f1 a 14
Tabela Periódica
Propriedades aperiódicas
→São propriedades cujos os valores só aumentam ou só diminuem com o número
atômico, são propriedades que não se repetem em ciclos ou períodos;

Exemplos:
• Massa atômica: cresce à medida que o número atômico aumenta;
• Calor específico: decresce à medida que o número atômico aumenta;
Tabela Periódica
Carga nuclear efetiva
Tabela Periódica
Regra de Slater
Os elétrons do mesmo grupo contribuem com 0,35 de blindagem

(ns np) Os elétrons do grupo n-1 contribuem com 0,85 de blindagem

Os elétrons do grupo n-2, n-3, n-4, etc. contribuem com 1,0 de blindagem

Os elétrons do mesmo grupo contribuem com 0,35 de blindagem


(nd) /(nf)
Os elétrons de qualquer grupo anterior contribuem com 1,0 de blindagem

(1s) ( 2s 2p) (3s 3p) (3d) (4s 4p) (4d) (4f)...


Exemplo: K (Z=19); Rb (Z = 37)
Tabela Periódica
Propriedades periódicas
RAIO ATÔMICO
É definido como sendo a metade da medida da distância entre os núcleos de
átomos vizinhos.
Exemplo:
• para uma estrutura sólida, a distância entre átomos de cobre é de 256 pm, então o
raio do cobre é de 128pm;
• A distância entre núcleos atômicos de Carbono num diamante é de 154 pm, então o
raio do C é 77 pm;
• Se considerarmos uma molécula de H2, a distância entre os núcleos de H é de 74pm,
então o raio do H é 37 pm;
• Logo, a distância entre núcleos de C e H numa molécula de CH4, temos 77 + 37 =
114 pm.
Propriedades periódicas
Raio Atômico
H He
• Cresce com o aumento do número de camadas.
• Quando o número de camadas é igual , diminui com o
aumento do número atômico.
Li
F He

Na
Fr
Propriedades periódicas
Raio Atômico
Obs:
Raio do cátion < Raio do átomo neutro;
Raio do ânion > Raio do átomo neutro;
Propriedades periódicas
Potencial ou energia de ionização
→ É a energia necessária para retirar um elétron do átomo no seu estado gasoso

X(g) + Energia → X+(g) + e- (endotérmica) He

Li
E1
Li+

+ e- Fr

E1 > E2
Na
Na+
E2
Obs.: Os gases nobres por terem uma configuração
eletrônica estável dificilmente perdem elétrons e ao
+ e-
serem comparados com outros elementos eles
sempre terão o maior potencial de ionização,
portanto não dependem do raio atômico.
Propriedades periódicas
Potencial ou energia de ionização

• Mg (g) + 7,6 eV → Mg+ + 1 e- (1ª EI)

• Mg+ (g) + 14,9 eV → Mg2+ + 1 e- (2ª EI)

• Mg2+(g) + 79,7 eV → Mg3+ + 1 e- (3ª EI)

Assim: EI1< EI2 < EI3 < …..


Propriedades periódicas
Afinidade eletrônica
É a energia liberada quando um átomo ganha um elétron, no estado gasoso.

X(g) + e- → X-(g) + Energia (exotérmica)

Fr
Observações:
1) A afinidade eletrônica numericamente é igual ao potencial de ionização.
2) Os gases nobres apresentam afinidade eletrônica igual a zero.
Propriedades periódicas
Eletropositividade e Eletronegatividade
Eletropositividade: mede a tendência do elemento em perder elétrons, define o seu
caráter metálico.

Fr
Eletronegatividade: mede a tendência do elemento em ganhar elétrons, define o seu
caráter ametálico.

F Ordem de eletronegatividade:
F / O / N /Cl / Br / I / S / P / C / H
Fr
Propriedades periódicas
Densidade e Volume atômico
Densidade: relação entre a massa e o volume.

Obs. O Ósmio é o elemento


mais denso.
Os

Volume Atômico: é o volume ocupado por um átomo-grama do elemento no estado


sólido.

Obs. Nas famílias o volume atômico não


obedece a variação da densidade e sim a
massa atômica.
Os
Propriedades periódicas
Resumo geral

Os
Densidade
Fr
R. Atômico / Eletrop. C

F Os
Vol. Atômico

C
Fr

P. Ioniz. / Eletron. W
PF / PE

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