Você está na página 1de 44

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE BACABEIRA

SAMARA SILVA

A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NAS AULAS DE


EDUCAÇÃO FÍSICA EM ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE VIANA(MA).

BACABEIRA-MA
2023
SAMARA SILVA

A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NAS AULAS DE


EDUCAÇÃO FÍSICA EM ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE VIANA(MA)

Monografia apresentada ao Curso de Educação


Física Licenciatura, para obtenção do grau de
Licenciada em Educação Física.

Orientador: William Leitão Vilhena.

BACABEIRA-MA
2023
SAMARA SILVA

A INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NAS AULAS DE


EDUCAÇÃO FÍSICA EM ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE VIANA(MA)

Monografia apresentada ao Curso de Educação


Física Licenciatura, para obtenção do grau de
Licenciada em Educação Física.

Orientadora: William Leitão Vilhena.

Aprovada em: ____ de _____________ de _____.

BANCA EXAMINADORA

________________________________________
Prof.William Leitão Vilhena
Orientador

________________________________________
Prof. Ana Carla Simão da Silva
Examinadora

________________________________________
Prof. Hayala Silva Miranda
Examinador

BACABEIRA-MA
2023
Dedico a meus pais e irmãos que me
apoiaram durante a graduação.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus pela vida, por ter me abençoado e iluminado em todos


os momentos.
Aos meus pais (Pedro e Flor) por estarem sempre ao meu lado me
incentivando e acreditando na minha capacidade.
A minha família por todo o apoio, vocês foram e são fundamentais nessa
trajetória.
In memoriam: Minha tia Bel Borges que foi uma das minhas maiores
incentivadoras.
Aos meus amigos que sempre me ajudaram: Taimara, Cássia, França, Antônio
José, Luciene, Claudia e Edeildes.
Agradeço aos professores pelos ensinamentos durante a graduação em
Educação Física.
Em especial eu agradeço a minha orientador William Leitão Vilhena pela sua
orientação competente e sua paciência durante a realização deste trabalho.
Aos colegas pelo companheirismo, e a todas as pessoas que contribuíram de
forma direta e indiretamente com a realização dessa monografia.
LISTA DOS GRÁFICOS

GRÁFICO I:................................................................................................................23
GRÁFICO II:...............................................................................................................25
GRÁFICO III:..............................................................................................................26
GRÁFICO IV:.............................................................................................................27
GRÁFICO V:..............................................................................................................29
LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Escolas participantes da pesquisa:...........................................................20


Quadro2- Nível de atuação dos professores..............................................................24
LISTA DE ABREVIAÇÕES

AEE- Atendimento Educacional Especializado


CORDE- Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de
Deficiência.
CNE- Conselho Nacional de Educação
CEB- Câmara de Educação Básica
EHA- Education for ALL Handicapped Children Act
IDEA- Individuals with Disabilities Education Act
FUNDEB- Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação
LDB-Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
LIBRAS- Língua Brasileira de Sinais
NAAH/S- Núcleos de Atividade das Altas Habilidades/Superdotação
ONU- Organização das Nações Unidas
PNPH- Política Nacional de Integração da Pessoa Portadora de Deficiencia
UNESCO- United Nations Educatinal, Scientific and Cultural Organization
WCAG- Web Content Accessibility Guideliness
RESUMO

O presente trabalho analisa a prática da educação física inclusiva em escolas do


município de Viana (MA). Identifica se que a educação física inclusiva em escolas
visa garantir que todos os alunos, independentemente de sua deficiência possam
participar ativamente das atividades físicas. Adotamos o enfoque qualitativo de
caráter descritiva. Foi desenvolvida com os professores da rede municipal e estadual
de ensino de Viana (MA). A coleta foi realizada pela própria pesquisadora, com
participação voluntária. As respostas do questionário foram categorizadas e
analisadas com base na literatura sobre o tema. Foi constatado que a educação
física é crucial para alunos com deficiência, pois proporciona diversos benefícios
físicos e emocionais, além de ajudar a melhorar a coordenação motora, fortalecer os
músculos, aumentar a flexibilidade e promover a saúde em geral. Conclui-se que
através de adaptações e abordagens inclusivas, a educação física pode empoderar
seu potencial máximo e desfrutar de uma ativa e saudável.

PALAVRAS-CHAVES: Educação Física. Inclusão. Escola.


ABSTRACT

The present article analyzes the implications of the physical space in the teaching
and learning process of students in the 5th year of elementary school. Identifies
whether the physical spaces of a school are appropriate to the educational activities,
we seek to analyze the teacher's conception of the relationship between school
space and teaching and learning, and how physical spaces are used by it through its
pedagogical practice. We adopted the phenomenological approach, the qualitative
approach, observations were made, and the semi-structured interview. It was found
that the physical spaces of the school are not suitable for carrying out the educational
activities, the classroom is small for the amount of students, the teacher does not
perform activities in places outside the classroom, rarely in the courtyard only. The
physical spaces of the school are not valued and considered important for students'
learning. It is the experience in the spaces outside the classroom that the students
can have the opportunity to relate, interact and learn, but this does not happen in the
school researched. It is concluded that the school physical space interferes in the
teaching and learning process of the students.

KEYWORDS: School space. Teaching. Learning.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...........................................................................................................06
1.REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................08
1.1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA (CONCEITO E HISTÓRIA)........................................08
1.2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL.......................................11
1.3 CONCEITO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA.......14
2 METODOLOGIA.....................................................................................................18
2.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA..................................................................18
2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA................................................................................18
2.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS.........................................................19
2.4 PROCEDIMENTO DE COLETA DE DADOS......................................................19
2.5 TRATAMENTO E ANÁLISE ESTATISTICA DE DADOS...................................19
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................21
3.1 PRÁTICA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA NAS ESCOLAS DO
MUNICÍPIO DE VIANA-MA........................................................................................21
3.2 PRÁTICA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA INCLUSIVA NO MUNÍCIPIO
DE VIANA-MA............................................................................................................23
3.3 PRÁTICA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA................................................26
4. CONCLUSÃO........................................................................................................29
REFERÊNCIAS..........................................................................................................31
ANEXOS....................................................................................................................36
6

INTRODUÇÃO

Entender a educação inclusiva é fundamental para criar sociedades mais


justas e igualitárias. Ela reconhece e valoriza a diversidade de habilidades, origens
e características de habilidades, origens e características de cada indivíduo. Ao
proporcionar um ambiente de aprendizado que acolhe todos os alunos,
independentemente de suas diferenças, a educação inclusiva promove a igualdade
de oportunidades, combate à discriminação e constrói uma cultura de respeito
mútuo.
Ao longo dos anos, a educação inclusiva passou por um processo de
evolução e desenvolvimento em muitos sistemas educacionais em todo o mundo. A
educação inclusiva representa uma mudança significativa no paradigma
educacional. No passado, muitos alunos com deficiência eram excluídos do sistema
educacional “mainstream” ou eram educados em ambientes segregados. Com a
educação inclusiva, o foco passou a ser na inclusão de todos os alunos,
independentemente de suas diferenças.
A inclusão de crianças com necessidades especiais nas aulas de Educação
Física é essencial para garantir que todos os alunos tenham igualdade de acesso e
oportunidades de participação. O conceito de educação inclusiva se dá por alguns
aspectos como, compartilhar o mesmo espaço físico, integração na sociedade,
adaptações no ensino, participação de todos nas aulas e o direito a educação
(SANT´ANA, 2005).
No âmbito da Educação Física, existem várias abordagens e estratégias que
podem ser adotadas para contribuir de forma eficaz para o processo de inclusão de
alunos com deficiência (NOGUEIRA,2009). A política inclusiva dos alunos com
deficiência nas escolas desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de
seus potenciais, a inclusão não se trata apenas de garantir que os alunos com
deficiência tenham acesso às mesmas oportunidades educacionais, mas também de
criar um ambiente onde eles possam crescer (BRASIL, 2001).
A exclusão social é uma das consequências significativas que muitas vezes
afetam as pessoas com deficiência. A exclusão social ocorre quando indivíduos ou
grupos são deliberadamente ou involuntariamente deixados de fora de
oportunidades, participação e acesso a recursos sociais, econômicos e culturais
(MINETTO,2010).
7

Desse modo, sendo o objeto de estudo a educação física adaptada,


buscamos refletir sobre o problema central da pesquisa: Educação Física em
escolas da Cidade de Viana (MA) Assim consolidou-se, como objetivo geral desta
pesquisa, analisar a prática da Educação Física Inclusiva dentro das escolas
públicas do Município de Viana (MA).
No presente trabalho, visualizaremos o terceiro capítulo dividido em quatro
subtítulos sendo eles: “Educação Inclusiva: Conceito e História” no qual
apresentamos o conceito de educação inclusiva e seu contexto histórico; “A história
da Educação Inclusiva no Brasil”, analisamos o contexto histórico da inclusão em
nosso país; “Conceito de Educação Física e Educação Física Adaptada”, abordamos
os conceitos de educação física e educação adaptada; “Educação Física Adaptada”,
apresentamos o conceito geral e sua importância para as pessoas com deficiência.
Esta pesquisa, tem por objetivo geral o de analisar a prática da educação
física inclusiva dentro das escolas públicas do Município de Viana (MA). Além disso,
tem por objetivos específicos averiguar o percentual de estudantes que participam
das aulas de Educação Física; Identificar o percentual de escolas do município de
Viana que atendem à prática da Educação Física Inclusiva e Apresentar a prática
metodológica adotada pelos docentes frente à prática da Educação Física Adaptada.
Para alcançar os objetivos da pesquisa, fez-se necessário o estudo do tipo
explicativo, para que fosse possível aprofundar o conhecimento da realidade. Como
define Gil (1999, p. 28), “as pesquisas explicativas são estudos que têm por objetivo
principal compreender e explicar as relações de causa e efeito entre as variáveis”. A
abordagem adotada foi qualitativa, porque trata de questões particulares, buscando
descrever, interpretar e compreender um tipo de realidade que não pode ser
quantificada (TRIVINÕS,1987).
A pesquisa foi realizada em escolas da rede municipal e estadual de
educação de Viana. Para a realização das entrevistas, foi estabelecido o horário e
local de acordo com a disponibilidade dos informantes, a entrevista teve duração de
15 minutos.
Portanto, como vimos a Educação Física Adaptada contribui para a criação de
sociedades mais inclusivas e igualitárias, onde todas as pessoas têm a oportunidade
de participar plenamente em atividades físicas e esportivas.
8

1 REVISÃO DE LITERATURA

1.1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA (CONCEITO E HISTÓRIA)

Para compreender a Educação Inclusiva faz-se necessário, primeiro entender


o que é inclusão. De acordo com o dicionário Aurélio (2004), incluir significa inserir
algo, em algum lugar. Podemos ver isso como um processo de inserção. Desta
maneira, o termo inserção se refere a incluir, isto é, nesse contexto significa inclusão
de pessoas em algum lugar.
Educação inclusiva é um conceito que visa garantir que todos os alunos,
independentemente de suas habilidades, origens ou características, tenham acesso
a uma educação de qualidade em um ambiente que valoriza a diversidade e oferece
suporte para suas necessidades individuais (CORREIA,1999). Isso envolve a
criação de práticas pedagógicas, recursos e ambientes de aprendizado que se
adaptem a cada aluno, promovendo a participação ativa e sucesso de todos. É a
partir desse entendimento, que Mantoan (1997) concebe que os sujeitos da
educação inclusiva são todos os alunos, dentre estes os com deficiências.
A educação inclusiva tem uma história que evoluiu ao longo do tempo em
resposta à compreensão e às necessidades das pessoas com deficiência. No
passado, pessoas com deficiência eram frequentemente excluídas da educação
formal. No entanto, movimentos sociais e avanços e concepções sobre igualdade e
direitos humanos influenciaram a forma como a educação inclusiva foi abordada
(BRUNO,2006).
De acordo com Facíon (2005) na antiguidade, a ideia de educação inclusiva
como a entendemos hoje era praticamente inexistente, as sociedades antigas
tinham sistemas educacionais que eram altamente seletivos e frequentemente
excluíam pessoas com deficiências físicas, cognitivas ou outras diferenças. Na
Grécia Antiga, onde surgiram algumas das primeiras formas de educação formal,
como as escolas de filosofia de Platão e Aristóteles, a educação era reservada
principalmente para jovens do sexo masculino e não incluía aqueles com
deficiências (FERREIRA,1994). A ênfase estava na formação de cidadãos capazes
de participar na vida pública e política da cidade-estado (BIANCHETTI,1995).
Na Roma Antiga, havia uma educação formal, mas ela também estava
limitada a certos grupos privilegiados da sociedade, como os filhos da aristocracia
romana, as pessoas com deficiências não eram incluídas nesses sistemas
9

educacionais (BUENO,1999). A falta de preocupação com a inclusão educacional


nas sociedades antigas refletia a visão predominante de que apenas certos
indivíduos mereciam educação formal e participação plena na sociedade. De acordo
com Carvalho (2010) a concepção moderna de educação inclusiva, que busca
garantir que todos os indivíduos tenham igualdade de acesso à educação,
independentemente de suas diferenças, é um desenvolvimento relativamente
recente na história da educação.
No século 19 e no início do século 20, a educação inclusiva estava longe de
ser uma realidade. A educação de pessoas com deficiências era muitas vezes
negligenciada e não fazia parte do sistema educacional convencional, em vez disso,
eram adotadas abordagens segregacionistas e discriminatórias em relação a esses
indivíduos (CORREIA,1999). Para Stobaus e Mosquera (2004), durante o século 19,
a educação de pessoas com deficiências era rara e frequentemente limitada a
instituições segregadas, onde os alunos eram separados da sociedade em geral.
Pessoas com deficiências era frequentemente excluída da educação formal e,
quando recebiam alguma forma de educação, esta era voltada para desenvolver
habilidades práticas, como trabalhos manuais (SASSAKI,2003).
No início do século 20, começaram a surgir escolas especializadas para
pessoas com deficiências, mas essas escolas tendiam a isolar ainda mais esses
alunos do sistema educacional regular (MITTLER,2003). O foco estava na
segregação, com a crença de que os alunos com deficiências não poderiam se
beneficiar do mesmo ambiente educacional que seus pares sem deficiência
(MIRANDA,2012).
Nas décadas de 1950 e 1960, a educação inclusiva estava em um estágio
inicial, mas começou a ganhar impulso devido a mudanças significativas na
sociedade e na percepção das necessidades dos alunos com deficiências. De
acordo Werneck (1997, p.38) houve alguns eventos importantes desse período:
Movimento pelos Direitos Civis nos EUA: Esse movimento, que atingiu
seu auge na década de 1960, teve um impacto profundo na educação
inclusiva. O caso legal emblemático, “Brown v.Board of Education”(1954),
determinou que a segregação racial nas escolas públicas era
inconstitucional. Embora esse caso tenha se concentrado na segregação
racial, suas implicações se estenderam a outros grupos marginalizados,
incluindo pessoas com deficiências.
Desenvolvimentos em Educação Especial: Durante décadas de 50 e 60,
houve um aumento no reconhecimento da necessidade de educação
especializada para alunos com deficiências. Programas de educação
especial começaram a se expandir, embora ainda frequentemente
mantivessem os alunos em escolas separadas.
10

Luta por Direitos das Pessoas com Deficiências: Nesse período, houve
um crescente movimento de defesa pelos direitos das pessoas com
deficiência. Isso levou a uma maior conscientização sobre a importância da
igualdade de acesso à educação.

Nas décadas de 1970 e 1980, a educação inclusiva deu passos significativos


em direção à sua concepção moderna, com a promulgação de leis e
regulamentações importantes em vários países. Em 1975, de acordo com Sassaki
(2003), os EUA promulgaram a Lei de Educação para Todos os Deficientes (EHA-
Education for ALL Handicapped Children Act), agora conhecida como a Lei de
Educação para Indivíduos com Deficiências (IDEA- individuals with Disabilities
Education Act). Esta lei estabeleceu os direitos à educação para Crianças com
deficiências e exigiu que elas recebessem uma educação apropriada em um
ambiente o mais normal possível, isso marcou um importante ponto de viragem em
direção à inclusão (WERNECK,1997).
A década de 1990 foi um período crucial para o desenvolvimento da
educação inclusiva em todo o mundo. Vários eventos e marcos importantes
ocorreram nessa década, consolidando ainda mais o compromisso com a inclusão
educacional (CARVALHO,1997). A declaração de Salamanca foi uma delas, ela foi
uma conferência internacional promovida pela UNESCO, foi um dos eventos mais
significativos da década de 90 em relação à educação inclusiva.
Essa declaração enfatizou a importância da educação inclusiva como um
direito fundamental de todos os alunos, independentemente de suas
diferenças. Ela instou os governos a adaptarem seus sistemas para
acomodar as necessidades de todos os alunos e a promoveram a inclusão
em escolas regulares (Declaração de Salamanca,1994).

A década de 1990 também viu um avanço significativo na legislação


internacional relacionada à inclusão educacional. A Convenção das Nações Unidas
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência foi adotada em 2006, mas sua
elaboração e discussão começaram na década de 1990 (BRUNO,2006). Essa
convenção reforçou a importância da igualdade de acesso à educação para pessoas
com deficiências.
Nos anos 2000, a inclusão continuou a ser uma questão importante e ganhou
destaque em diversas áreas. A tecnologia assistiva avançou significativamente,
proporcionando às pessoas com deficiência ferramentas e dispositivos que
melhoraram sua qualidade de vida e sua inclusão em atividades diárias, como
comunicação e mobilidade (GALVÃO FILHO,2009).
11

A promoção da educação inclusiva continuou a ser uma prioridade, com mais


escolas adotando abordagens que atendem às necessidades de todos os alunos,
independentemente de suas habilidades ou deficiências. a inclusão é uma questão
de grande importância e continua a evoluir em várias áreas da sociedade. Embora
haja avanços notáveis na inclusão de pessoas com deficiência, ainda existem
desafios a superar, como garantir que todas as políticas sejam implementadas
efetivamente e que a conscientização sobre as necessidades das pessoas com
deficiência continua a crescer.

1.2 HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NO BRASIL

Analisar a história da educação inclusiva em nosso país, é algo que nos


remete a procurar entender o que se passou e como começou esse processo na
educação. Sabemos, que o movimento de inclusão das pessoas com deficiência é
recente.
A História da Educação Inclusiva no Brasil é marcada por uma evolução
gradual, com avanços significativos nas últimas décadas. De acordo com Correia
(1999.p.25)” Na década de 1950 e 1960 houve uma ênfase na educação especial,
com a criação de escolas especiais para crianças com deficiências, durante esse
período, houve um modelo predominante segregacionista para lidar com pessoas
com deficiência”. Durante essas décadas, a educação especial estava em ascensão,
e as crianças com deficiência eram frequentemente colocadas em escolas especiais
separadas das escolas regulares (JANNUZI,2004).
A década de 1970 foi um período crucial para a inclusão de pessoas com
deficiência no Brasil, marcado pelo início de movimentos e iniciativas importantes.
Neste período, surgiram movimentos e organizações que começaram a advogar
pelos direitos das pessoas com deficiência. Isso inclui adoções de ativistas, pais e
familiares que buscavam melhores condições de vida e educação para pessoas com
deficiência (JANNUZZI,2004). De acordo com Carvalho (2010, p.20)” foi durante
essa década, que houve um movimento crescente em direção à inclusão de crianças
com deficiência nas escolas regulares”.
A década de 1980 a 1990 foi um período de suma importância para a inclusão
de pessoas com deficiência no Brasil. Vários marcos legais e desenvolvimentos
importantes ocorreram durante esse período. A constituição de 1988 foi uma delas,
12

ela foi um marco significativo, pois estabeleceu o princípio da igualdade de direitos e


oportunidades para todas as pessoas, incluindo aqueles com deficiência, ela
reconheceu a dignidade e os direitos das pessoas com deficiência
(MAZZOTTA,1996).
De A Lei de Diretrizes e Bases Curriculares Nacional (LDB) de 1994
estabeleceu a educação inclusiva como um princípio, promovendo a integração de
crianças com deficiência em escolas regulares sempre que possível. Nesse ano foi
criada a Política Nacional de Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (PNPH)
de 1989 que foi criada para promover a integração das pessoas com deficiência em
todas as áreas da vida social, incluindo educação, trabalho e acessibilidade
(SASSAKI,2003).
De acordo com Aguiar (2010, p.18)” Mesmo com a tendencia em direção à
inclusão, as escolas especiais ainda existam, mas começaram a ser repensadas e
transformadas para se adequarem a uma abordagem mais inclusiva”. Organizações
e movimentos de pessoas com deficiência lutaram pela inclusão. Um exemplo
notável é o Movimento de Vida Independente, que promove a autonomia das
pessoas com deficiência (SASSAKI,2003).
A inclusão de pessoas com deficiência avançou significativamente de 2000
até os dias atuais, com diversas iniciativas e avanços em várias áreas. O Brasil
promulgou a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (2015), também
conhecida como Estatuto da Pessoa com Deficiência, essa lei fortaleceu os direitos
das pessoas com deficiência em várias áreas, incluindo educação, saúde, trabalho
acessibilidade e assistência social (FACÍON,2005).
Vários avanços correram como a Resolução CNE/CEB que determina no que
“os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos como parte de seu
compromisso com a educação inclusiva”. Promovendo a eliminação das barreiras
que impede o acesso à escolarização. Neste mesmo período, é criado o Plano
Nacional de Educação – Lei nº 10.172, destaca que “a construção de escolas
inclusivas, é de fato um objetivo importante para melhorar o sistema educacional de
nosso país” (IACONO,2006).
Em 2002 a LIBRAS é reconhecida com a lei nº 10.436/02 que reconheceu a
Língua Brasileira de Sinais como meio legal de comunicação e expressão, devendo
esta ser parte integrante do currículo nos cursos de formação de professores e de
fonoaudiologia (FACION,2012). Em relação ao Braile em classes, houve a portaria
13

nº 2.678/02 do MEC que aprova normas para o uso, o ensino, a difusão do Braile em
todas as modalidades de Educação (IACONO,2006).
Em 2004 O Ministério Público Federal publica o documento “O Acesso de
Alunos com Deficiência as Escolas e Classes Comuns da Rede Regular”,
reafirmando o direito a escolarização de alunos com e sem deficiência no ensino
regular. Tem-se também o Decreto nº 5.296/04 que regulamentou as leis nº
10.048/00 e nº 10.098/00, estabelecendo normas e critérios para a promoção da
acessibilidade às pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida; tendo por
objetivo promover a acessibilidade urbana e apoiar ações que garantam o acesso
universal aos espaços públicos (IACONO,2006).
No ano de 2005 Implantação dos Núcleos de Atividade das Altas
Habilidades/Superdotação – NAAH/S em todos os estados e no Distrito Federal, cujo
objetivo é promover o pleno desenvolvimento dos alunos com altas habilidades,
oferecendo-lhes oportunidades educacionais enriquecidas e desafiadoras que
correspondam ao seu potencial (CLAUDIO e NETA, 2009).
No ano de 2006 A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência,
aprovada pela ONU em 2006, da qual o Brasil é subscritor, estabelece que os
Estados devam assegurar um sistema de educação de acordo com os princípios e
diretrizes estabelecidos em leis e regulamentos educacionais. A inclusão na
educação se refere à prática de garantir que todos os alunos, independentemente de
suas habilidades, necessidades especiais, origens culturais ou outras características
tenham acesso a uma educação de qualidade em escolas regulares (SILVA,2012).
Em 2008 é criado o decreto 6.571 para a sustentação da política denominada
de “Educação Inclusiva” o qual “dispõe sobre o atendimento educacional
especializado e modifica as regras do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB)”. De
acordo com Silva (2012, p.29)” esse decreto tinha a visão de garantir recursos
àqueles estudantes que efetivamente estejam matriculados em escolas públicas e
recebendo atendimento educacional especializado”.
No ano de 2009 foi estabelecida através da Resolução n.º 4 que instituiu as
Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação
Básica, modalidade Educação Especial, e estabelece as formas possíveis desse
atendimento (SILVA,2012). Já em 2011 é instituído o Plano Nacional dos Direitos da
Pessoa com Deficiência-Viver sem limite e o Decreto n.7611/2011 é instituído, ele
14

versa sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá


outras providencias (FACION, 2012). Neste contexto, mais recentemente a
Convenção Sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, em seu decreto 6.949,
de 25 de agosto de 2009, refere-se à incorporação da dessa convenção à legislação
brasileira ela foi uma etapa importante para a promoção e proteção dos direitos das
pessoas com deficiência no Brasil.
No ano de 2012, a Lei Berenice é instituída, ela versa sobre a Política
Nacional de Proteção de Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista
(SANTOS, 2019). Em 2019, é criada a lei Romeo Mion que tem por objetivo garantir
os direitos básicos às pessoas com autismo em todo o Brasil, ela prevê atendimento
com prioridade em diversos estabelecimentos, como banco e hospitais para pessoas
com transtorno do espectro autista, com mobilidade reduzida e doadores de sangue
(ALVES,2021).
A inclusão de crianças com deficiência nas escolas regulares tornou-se uma
prioridade. Programas e Políticas de educação inclusiva foram desenvolvidos para
apoiar a integração de alunos com deficiência nas escolas, com um foco na
adaptação do ambiente escolar e no desenvolvimento de recursos específicos.
Houve um aumento na conscientização sobre a acessibilidade em espaços públicos,
edifícios, transporte e na web. O país adotou diretrizes de acessibilidade, como as
normas do Web Content Accessibility Guideliness (WCAG), para tornar a tecnologia
digital mais acessíveis, têm contribuído para melhorar a autonomia e a vida das
pessoas com deficiência (SANTOS, 2019).
Embora tenha havido progressos notáveis na inclusão de pessoas com
deficiência no Brasil, ainda existem desafios, como a necessidade de implementar
plenamente as políticas existentes, garantir a acessibilidade em todos os setores e
combater o preconceito e a discriminação. A busca por uma inclusão verdadeira e
eficaz é um esforço continuo.

1.3 CONCEITO DE EDUCAÇÃO FÍSICA E EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA

A educação Física é uma disciplina acadêmica e uma área de estudo que se


concentra na promoção de saúde, desenvolvimento físico, habilidades motoras e
bem-estar por meio da atividade física e do exercício (SOUZA,2010). A educação
15

física abrange uma variedade de conteúdos, incluindo esportes, jogos, dança,


ginástica, atividades ao ar livre e teoria do exercício (DA COSTA; SOUSA,2004).
Além disso, a Educação Física não se limita apenas às atividades físicas, mas
também aborda aspectos relacionados à nutrição, saúde mental, prevenção de
lesões, trabalho em equipe e habilidades socioemocionais. Para Souza (2010) a
educação física desempenha:

Um papel importante na educação ao promover o desenvolvimento holístico


dos alunos, incluindo sua aptidão física, habilidades motoras, cognição e
aspectos sociais e emocionais (SOUZA 2010, p. 19).

Atualmente, a Educação Física Escolar é uma disciplina curricular abrange


uma variedade de atividades físicas, incluindo esportes, jogos, dança, ginástica,
atividades ao ar livre e exercícios (DARIDO E SOUZA JÚNIOR,2007). Seu objetivo
vai além do simples desenvolvimento de habilidades físicas e inclui a promoção de
hábitos saudáveis de vida, a aprendizagem de valores como trabalho em equipe,
respeito e ética esportiva, além da conscientização sobre a importância da atividade
física para a saúde em geral. (DAOLIO, 2004).
Considerando as individualidades de cada um dentro do coletivo e do meio
onde vive, a Educação Física sendo obrigatória na escola tem um papel importante
na matriz curricular desempenha um papel fundamental na formação dos estudantes
promovendo um estilo de vida saudável e o desenvolvimento de habilidades
essenciais para a vida.
Educação Física Escolar é um componente curricular obrigatório, onde os
estudantes são obrigados a participar das aulas de Educação Física como
parte do seu currículo regular, juntamente com outras disciplinas
acadêmicas, como Matemática, Ciências, História, entre outras
(BRASIL,2018, p.28).

É importante observar que os currículos de Educação Física podem variar de


acordo com os sistemas educacionais e os padrões locais. A Educação Física
Escolar, está incluída na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como uma
disciplina que “oferece uma série de circunstâncias para enriquecer a experiencia
das crianças, jovens, e adultos na Educação Básica, permitindo assim o acesso a
uma gama de oportunidades” (BRASIL,2018, p.240).
Educação Física Escolar é um componente curricular que tematiza as
práticas corporais em suas diversas formas de codificação social,
entendidas como manifestações das possibilidades expressivas dos sujeitos
16

produzidas por diversos grupos sociais no decorrer da história. Nessa


concepção, o movimento humano está sempre inserido no âmbito da
cultura, os padrões de movimento e dança, gestos e até mesmo a maneira
como as pessoas se deslocam em espaços públicos são moldados pela
cultura em que vivem. (BRASIL,2018, p.213).

Castro (2005) entende a educação física adaptada desempenha um papel


abrangente tanto no aspecto acadêmico quanto no campo de conhecimento e na
atuação profissional:
[...]” A educação física adaptada é um campo que integra conhecimentos de
diversas disciplinas para proporcionar uma abordagem holística e eficaz
para a inclusão de pessoas com necessidades especiais na atividade física
e no esporte.” (p.33)

Incluir, então, torna-se a essência de qualquer intenção de passar um


determinado conhecimento e não apenas incluir a diferença física e/ou biológica, e
sim a diferença evidente nas relações sociais. Incluir e abordar na visão do direito e
das diferentes questões de gênero, raça, etnia, minimizando o preconceito, o bulling,
e a violência. De acordo com Rodrigues (2003) respeitar a diversidade humana é
uma proposta fundamental e altamente benéfica para a educação física. Além disso,
contribui para a formação de cidadãos mais conscientes e compassivos.
A educação Física Adaptada é uma área especializada da Educação Física
que se concentra em atender às necessidades de pessoas com deficiência ou com
limitações físicas, sensoriais, cognitivas ou emocionais. De acordo com Winnick
(2004) seu principal objetivo é garantir que todos os indivíduos tenham
oportunidades equitativas de participar de atividades físicas, esportes e educação
física.
A inclusão de pessoas com necessidades especiais nas aulas de Educação
Física é fundamental para garantir que todos os alunos tenham oportunidades
equitativas de participar e se beneficiar das atividades físicas. A definição de
educação inclusiva se dá por alguns aspectos como o acesso para todos; a
participação e o pertencimento; atendimento às diferenças; apoio individualizado;
colaboração; avaliação justa; desenvolvimento Social e Emocional; Respeito à
Diversidade Cultural; Promoção de Valores de Igualdade e Justiça
(SANT’ANA,2005).
Educação física adaptada é uma parte da Educação Física, cujos objetivos
são o estudo e a intervenção profissional no universo das pessoas que apresentam
17

diferentes e peculiares condições para a prática das atividades físicas. Seu foco
proporcionar oportunidades de participação ativa em atividade físicas, esportes e
exercícios para indivíduos com diferentes habilidades e necessidades (PEDRINELLI
e VERENGUER, 2019).
De acordo com Mantoan (1997.p.20),” a Educação inclusiva exige flexibilidade
e adaptação as necessidades individuais dos alunos, o que torna impossível definir
um método único que funcione para todos”. Em vez disso, a inclusão na educação
física envolve a implementação de uma variedade de estratégias e abordagens que
podem ser ajustadas conforme necessário (CIDADE e FREITAS,2002).
Os professores desempenham um papel crucial na Educação Física
Adaptada contribuindo para o sucesso dos alunos com necessidades especiais. Eles
avaliam as necessidades e habilidades individuais de cada aluno com deficiência
para criar planos de ensino adaptados. Isso envolve a compreensão das limitações e
capacidades de cada aluno (ZOBOLI E BARRETO, 2006). De acordo com
Rodrigues (2003, p.15) “Eles modificam atividades físicas e esportivas para garantir
que todos os alunos possam participar de maneira significativa, considerando
questões como acessibilidade, equipamento adaptado e regras modificadas”.
Professores de Educação Física Adaptada oferecem suporte e instrução
personalizada, adaptando seu ensino de acordo com as necessidades de cada
aluno. Isso pode envolver o uso de estratégias de ensino diferenciado. Para isso
ocorrer, de acordo com é necessário promover um ambiente inclusivo, onde todos
os alunos se sintam bem-vindos e valorizados. Isso inclui criar uma cultura de
respeito pela diversidade (DUARTE E WERNER, 1995).
A contribuição do professor na Educação Física adaptada é essencial para
criar um ambiente inclusivo e equitativo, onde todos os alunos possam participar
ativamente e desfrutar dos benefícios da atividade física e do esporte. Eles
desempenham um papel crucial na promoção da inclusão e no apoio ao crescimento
e ao desenvolvimento dos alunos com deficiência.
18

2 METODOLOGIA

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Esta pesquisa atende a abordagem qualitativa descritiva. Que conforme Gil


(1999), a pesquisa qualitativa descritiva tem como objetivo principal apresentar a
busca de opiniões e experiencias das pessoas por meio de métodos como
entrevistas, observações e análise de conteúdo.
De acordo com Minayo (1994), a pesquisa qualitativa é uma abordagem de
pesquisa que se concentra na compreensão aprofundada e na interpretação de
fenômenos sociais, culturais e humanos.

2.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A população foi composta por professores de Educação Física que atuam em


escolas públicas do Município de Viana (MA).
A amostra foi composta pelos professores que atuam dentre 4 escolas da
rede municipal e 1 escola da rede estadual. Participaram da pesquisa 5 professores
de educação física, 3 do sexo masculino e 2 do sexo feminino. As escolas
participantes encontram-se no Quadro 1.
Quadro 1-Escolas participantes da pesquisa.

NOME DA ESCOLA NÚMERO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA


C.E Raimundo Marcellino Campelo 44
U.I Nossa Senhora da Conceição 30
U.E Luís Carlos Guimarães 15
U.E Professora Edith Nair Furtado da 22
Silva
E.M Professora Zilda Dias da Silva 30
Fonte: Elaboração Própria (2023)

Critérios de inclusão:
✓ Escolas Públicas;
✓ Professores da área de educação física;
✓ Escolas que possuem alunos com deficiência;
Critérios de exclusão:
✓ Escolas que não continham alunos com deficiência matriculados participantes
das aulas de educação física.
19

2.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

O instrumento utilizado para esta pesquisa foi um questionário, de autoria da


pesquisadora, composto por questões subjetivas, contendo questões elaboradas
com base na Literatura, o mesmo se divide em temáticas em relação ao tema
proposto (educação física, educação física e educação física inclusiva e educação
física adaptada) contendo oito perguntas abertas, sendo aplicadas apenas no dia da
coleta, são elas:
1. Na sua opinião, o que é inclusão?
2. Você acha que em sua escola há inclusão?
3. Você tem aluno público-alvo da educação especial? Entende-se que como
público-alvo da educação especial os alunos com deficiência, Transtornos
globais do desenvolvimento e superdotação.
4. Você acha que sua escola há uma estrutura apropriada para a educação
inclusiva?
5. Você se sente preparado(a) para lidar com esse público-alvo?
6. Em sua formação, você viu algum assunto da educação inclusiva?
7. Você considera sua prática pedagógica compatível com a educação
inclusiva? Porque?
8. Se existe, quais as principais dificuldades que você acha para a prática da
educação inclusiva nas aulas de educação física?

2.4 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS

Para realizar a coleta de dados, foi solicitada inicialmente a autorização das


escolas (Anexo A). A pesquisa foi apresentada aos docentes das escolas
selecionadas, para o agendamento da aplicação do questionário (Apêndice A).
Logo após, a coleta de dados foi realizada através de aplicação de
questionários nas escolas com os professores no dia previamente acordado,
individualmente, antes ou após as aulas de educação física.

2.5 TRATAMENTO E ANÁLISE ESTATISTICA DOS DADOS

As respostas dos questionários foram elencadas em dimensões relacionadas


à qualidade estrutural da escola, aos alunos com deficiência, a formação do
20

professor, a prática da educação inclusiva e qualidade das aulas. Os seus


conteúdos foram analisados com base na Literatura relacionada ao tema. Após
analisados, os dados foram apresentados em forma de gráficos e análise do
discurso do sujeito.
21

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Conforme os achados da pesquisa, pôde se delinear um perfil das escolas


que participaram da pesquisa quanto ao seu aspecto inclusivo. Desta forma, os
resultados obtidos serão totalmente descritos nas três categorias: prática da
educação inclusiva nas escolas do município de Viana, educação física e educação
inclusiva nas escolas do município de Viana e prática da educação física adaptada.

3.1 PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA NAS ESCOLAS DOS


MUNÍCIPIOS DE VIANA (MA).

.
Gráfico 1- Predominância masculina nos indivíduos questionados no grupo de professores do
município de Viana.

40%

60% Homens
Mulheres

Fonte: Elaboração Própria (2023)

De início convém destacar a predominância masculina entre os pesquisados


do grupo de professores de educação física das escolas municipais e estaduais do
município de Viana, quando confrontada aos indivíduos do sexo feminino.

Quadro 2- Nível de atuação dos professores.

Ensino Fundamental 4 professores


Ensino Médio 1 professor
Fonte: Elaboração Própria (2023)

De acordo com os dados obtidos, os mesmos atuaram ou atuam em níveis de


educação apresentados no quadro 2:
22

Com relação à quantidade de alunos com deficiência nas escolas estaduais


no município de Viana,1 dos professores afirmou possuir alunos com deficiência em
sala de aula. Entretanto, em todas as escolas pesquisadas há alunos do público-alvo
da educação especial matriculados.
Concordemos que diante do fato da Constituição Federal, determinar no
artigo 205 que a educação é direito de todos, como também, a Resolução do
CNE/CEB nº2/2001, no qual versa sobre as diretrizes nacionais para a educação
especial na educação básica, obriga que as escolas do ensino regular precisam
matricular todos os alunos em classes comuns, como , também, qualquer escola,
seja ela particular ou pública, que rejeite ou negligencie matrícula a um aluno com
deficiência comete crime, que pode receber como punição de 1(um) a 4(quatro)
anos (Art 8º da Lei nº 7.853/89), ainda se torna escasso o número de matriculas e
alunos com deficiência das escolas regulares da região.
Em relação a prática da educação física nas escolas pesquisadas, a maior
parte dos docentes, em suas respostas, citam conceitos bastante parecidos sobre a
educação inclusiva, afirmando que todos os alunos merecem ter uma educação de
qualidade. Isso pode ser observado nos trechos das entrevistas expostas abaixo:

Professor 1:” É um ato de acrescentar ou igualar coisas ou pessoas em um grupo


que antes não faziam parte”.

Professor 3: “É o ato de acolher, possibilitando aos excluídos do processo de


ensino aprendizagem sejam integrados ao sistema de ensino oficial em iguais
condições de aprendizagem e permanência na escola e na vida social”.

Professor 5: “Inclusão refere-se ao processo de garantir que todas as pessoas


tenham igualdade de oportunidades, de acesso e participação de todos os aspectos
da sociedade, independentemente de suas características individuais, como raça,
gênero, idade, deficiência, orientação sexual, religião, origem étnica, status
socioeconômico, entre outros”.
Sobre esse assunto, conforme Sant’ana (2005) e Sassaki (2003) deve, por
definição, favorecer todos os alunos, sem exceção. Pois, a mesma é baseada no
princípio de que todos os alunos, independentemente de suas diferenças individuais,
23

têm o direito fundamental à educação de qualidade em um ambiente que valoriza a


diversidade.

3.2 PRÁTICA DA EDUCAÇÃO FÍSICA INCLUSIVA NO MUNÍCIPIO DE VIANA(MA).

Gráfico 2- Escolas que possuem e não possuem educação física de caráter inclusivo.

20%

Sim
Não
80%

Fonte: Elaboração Própria (2023)

Quando os professores foram questionados se a instituição em que trabalham


possuíam aulas de Educação Física de caráter inclusivo, 80% dos professores
afirmam que as escolas possuem esse caráter, ou seja, a maioria.Em relação aos
dados obtidos, Da Costa e Sousa (2004) relatam que sobre as metodologias
adotadas sobre os professores de Educação Física, os mesmos são obrigados a
ofertarem métodos que incluam todos os alunos, pois, a inclusão é um princípio
importante na educação física, permitindo que todos os alunos participem,
independentemente de suas habilidades físicas ou limitações. Isso vai de encontro
ao que diz Araújo (1999) que fala que nas aulas de educação física pode envolver
adaptações de atividades e estratégias para atender as necessidades dos alunos.
24

Gráfico 3- Infraestrutura adequada para a prática da educação física inclusiva

20%

Sim
Não
80%

Fonte: Elaboração Própria (2023)

Uma vez questionados sobre a disponibilidade de infraestrutura adequada


para a prática de educação física inclusiva, 80 % dos professores entrevistados
afirmaram que as escolas possuem estrutura adequada para trabalhar com tal
público, apesar de possuírem alunos com deficiência matriculados e outros 20%
afirmaram que a escola não possui estrutura adequada. Em relação a isso Costa
(2010) vai mencionar que a tendencia global na educação é promover a inclusão em
escolas, buscando oferecer oportunidades educacionais para todos os alunos,
independentemente de suas necessidades especiais.
Essa realidade na qual nos encontramos, de possuirmos nas instituições
alunos com deficiência se dá ao cumprimento de algumas leis sobre acessibilidade,
a exemplo podemos destacar a lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 que versa
dispõe sobre a acessibilidade das pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.
Ela estabelece normas e critérios básicos para a promoção da acessibilidade em
edifícios públicos e privados, nos sistemas de transporte coletivo, vias públicas e em
espaços de uso público.
Encontramos também a lei 13,146, de 06 de julho de 2015 que é a Lei
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, também conhecida como estatuto
da Pessoa com Deficiência. Essa lei é um marco na legislação brasileira e tem como
objetivo promover a inclusão, a igualdade de oportunidades e a participação plena
das pessoas com deficiência na sociedade.
25

Gráfico 4- Percepção de conforto dos docentes em trabalhar com práticas inclusivas

40%

60% sim
não

Fonte: Elaboração Própria (2023)

A questão seguinte abordou sobre a percepção de conforto dos docentes em


trabalhar com prática inclusiva, constatou que 60% dos docentes se sentem
confortáveis em trabalhar com a prática inclusiva e 40% não se sentem confortáveis.
Segundo Mantoan (2008) muitos professores já possuem formação especifica em
trabalhar com educação inclusiva e se sentem confiantes em atender às
necessidades dos alunos com deficiência.
A respeito da formação inicial dos professores de educação física
pesquisados, 60% disseram que viram disciplinas que discutiam questões referentes
a educação inclusiva e outros 40% afirmaram que não viram essas disciplinas, onde
foram obtidas as respostas:

Professor 4: “sim, mas não foi muito aprofundado”

Professor 5: “Na época que me formei em letras, vi sobre essa temática e achei
super interessante. Também vi na graduação de educação física a disciplina de
LIBRAS”

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB-lei nº 9.394/96) falar


estabeleceu diretrizes fundamentais para a formação e valorização dos professores
no sistema educacional brasileiro, promovendo a qualidade da educação e
aprimorando as práticas pedagógicas e nas escolas do país. Segundo Freire (1996),
26

os cursos de formação de professores devem incluir um foco na preparação para


lidar com alunos necessidades especiais ou deficiências, isso é essencial para que
os professores estejam bem preparados para criar ambientes educacionais
inclusivos e atender às necessidades variadas de todos os alunos.
De acordo com Chimentão (2009) a formação continuada em educação
inclusiva é fundamental para garantir que os professores estejam preparados para
atender às diversas necessidades de seus alunos e criar um ambiente onde todos
tenham a oportunidade de aprender e prosperar.
A formação continuada beneficia não apenas os professores, mas também os
alunos, pois os professores melhores preparados são capazes de oferecer uma
educação de maior qualidade e adaptada às necessidades individuais dos
estudantes (CHIMENTÃO, 2009). Além disso a formação contínua desempenha um
papel fundamental na promoção de inclusão, na compreensão das diferenças e na
construção de ambientes de aprendizado mais inclusivos.

3.3 PRÁTICA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA

Diante do assunto discutido, Rodrigues (2003), afirma que a educação física


adaptada é uma área de estudo e prática que se concentra em tornar a educação
física acessível e significativa para pessoas com deficiência. Ela é uma área
multidisciplinar que combina conhecimentos de educação, ciências do esporte,
reabilitação de outras disciplinas para garantir que pessoas com deficiência tenham
a oportunidade de participar ativamente de atividades físicas e esportivas
(SANTOS,2009).
Quanto à questão 7, tratando sobre as metodologias utilizadas pelos
professores, utilizadas pelos professores durante os momentos de aula, todos
confirmaram que usam métodos relacionados à inclusão, destacando respostas
como:

Professor 2: “Não, falta recursos na escola para a inclusão desses alunos.”

Professor 5: “Sim, infelizmente de forma superficial, insuficiente para capacitar o


professional enfrentar tamanho desafio.”
27

De acordo com Bueno (1999), os conteúdos de educação física podem ser


mais eficazes quando aborda uma variedade de tópicos, como atividades esportivas,
condicionamento físico, saúde e bem-estar, para atender às necessidades e
interesses dos alunos. A educação física compreende técnicas, metodologias e
novas formas de organização para que sejam aplicadas aos alunos com deficiência
(SILVA,2012).
Gráfico 5- Dificuldades elencadas pelos professores.

Suporte de Recursos
profissionais Metodológicos
qualificados 20%
20%

Apoio da familia
20%

Infraestrutura
40%

Fonte: Elaboração Própria (2023)

Já na última pergunta, onde foi questionado a respeito que os professores


elencassem quais as dificuldades vividas para a prática de educação física inclusiva
na escola, cerca de 40% citaram como principal problema a infraestrutura das
instituições. As demais dificuldades encontradas e destacadas pelos docentes
foram: suporte de profissionais qualificados, apoio da família e Recursos
Metodológicos. Diante do que foi exposto em relação as dificuldades elencadas
pelos professores, alguns autores como Bueno(1999) e Sant’Ana(2005), confirmam
que a infraestrutura inadequada pode ser um dos principais desafios enfrentados
nas salas de aula inclusivas, para garantir que todos os alunos tenham acesso a
uma educação de qualidade, é fundamental que as escolas estejam equipadas com
instalações e recursos que atendam às necessidades de alunos e deficiências, como
rampa de acesso , banheiros acessíveis , materiais didáticos adaptados e tecnologia
28

assistiva. A falta de infraestrutura apropriada pode dificultar a participação e o


aprendizado de alunos com deficiências.
No que tange a respeito do suporte por profissionais capacitados Mendes
(2011), nos conta que um suporte adequado de profissionais capacitados
desempenha um papel fundamental em uma escola inclusiva. Professores,
educadores especializados, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos e outros
profissionais desempenham um papel crucial em garantir que os alunos com
deficiência recebam o apoio necessário para ter sucesso na escola. Além disso, já
existem leis de acessibilidade, as quais já foram citadas, que obrigam as escolas de
ensino regular dispor destes profissionais, pois é um direito por lei dos alunos com
deficiência.
29

4 CONCLUSÃO

A educação física inclusiva é uma abordagem que visa garantir que todos os
alunos, independentemente de suas habilidades ou deficiências, tenham a
oportunidade de participar e se beneficiar das aulas de educação física. Isso requer
adaptações no currículo, nas atividades e na infraestrutura da escola para atender
às necessidades individuais dos alunos.
A educação inclusiva promove a inclusão de alunos com deficiências, criando
um ambiente onde todos se sintam parte da comunidade escolar e tenham a
oportunidade de interagir e se relacionar com seus colegas. Para alunos com
deficiências, a educação física inclusiva pode ajudar no desenvolvimento de
habilidades motoras, coordenação e força, contribuindo para uma vida mais ativa e
saudável.
Participar de atividades físicas em um ambiente inclusivo pode melhorar a
autoestima, a confiança e as habilidades sociais dos alunos, promovendo o bem-
estar emocional. Ela ainda reconhece que cada aluno é único e adapta o ensino
para atender às suas necessidades individuais, promovendo uma abordagem de
aprendizado holístico que leva em consideração não apenas o desenvolvimento
físico, mas também o intelectual, emocional e social.
Ao participar de atividades inclusivas, os alunos adquirem habilidades que
podem ser aplicadas em suas vidas diárias, como trabalho em equipe, resolução de
problemas e comunicação. Ela ainda ensina sobre a importância da diversidade e do
respeito pelas diferenças, isso ajuda a criar uma sociedade mais inclusiva e
tolerante.
Como vimos na pesquisa, por meio dos dados adquiridos, percebe-se a
predominância de alunos com deficiência matriculadas e que participam das aulas
de educação física no município de Viana (MA), é razoavelmente boa. Com relação
a prática da Educação Física, as escolas participantes em sua maioria dispõem de
aulas com caráter inclusivo, isso é, estão preparadas para oferecer educação
inclusiva na escola. As escolas participantes possuem estrutura adequadas para
oferecer aos alunos com deficiência. Ademais, 60% dos professores se sentem
confortáveis para a pratica de educação física inclusiva, sendo isso prejudicial para o
processo educativo ofertado pelas instituições.
30

Diante do que se pôde observar, é notória a prática metodológica da


educação física adaptada nas escolas, mesmo com as dificuldades elencadas pelos
professores, eles buscam adaptar suas aulas de acordo com as dificuldades de cada
escola.
A educação física inclusiva em Viana é carente em falta de estrutura, apoio de
escolas e de familiares, de profissionais adequados para dar suporte durante essas
aulas, mas mesmo assim conforme os professores ainda é possível oferecer essa
educação inclusiva. Como limitações encontradas para a realização desta pesquisa,
foram as respostas incompletas ou que não haviam clareza, que impediram uma
análise mais profunda sobre a realidade da região. Sendo assim, utilizadas para o
resultado da pesquisa as respostas claras e coerentes com objetivos propostos pelo
estudo.
31

REFERÊNCIAS

AGUIAR, M. A. S. Avaliação do plano nacional de educação 2001-2009:


questões para reflexão. Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 112, p. 707-727, jul.-set.
2010.
ALVES, Andressa Rodrigues de Magalhães. Inclusão Escolar de Crianças e
Adolescentes com Transtorno de Espectro Autista (TEA). A Efetividade da
Legislação do Município de Goiânia. Monografia (Curso de Direito) - Faculdade de
Direito, Ciências Sociais, Universidade de Goiás, p.36.2021.
ARAÚJO, P. F. A educação física para pessoas portadoras de deficiências nas
instituições especializadas de Campinas. Campinas: Unicamp, 1999.
BIANCHETTI, Lucídio. Aspectos Históricos da Educação Especial. Revista
Brasileira de Educação Especial. Vol. 03, 1995.
BRASIL. Diretrizes nacionais para a educação especial na educação básica.
Brasília: MEC/SEESP, 2001.
______. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a base. Ensino
Médio. Brasília, MEC. 2018.
______. Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Brasília, DF:
Presidência da República, 2015. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm. Acesso
em: 10 set. 2023.
______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB. 9394/1996
BRUNO, Marilda Moraes Garcia. Educação infantil: saberes e práticas da
inclusão: introdução. 4. ed. Brasília: MEC, Secretaria de Educação Especial, 2006.
BUENO, J.G.S. Crianças com necessidades educativas especiais, política
educacional e a formação de professores: generalistas ou especialistas?
Revista Brasileira de Educação Especial, n.3, p. 7-25, 1999.
CARVALHO Rosita Edler. 1997. A nova LDB e a educação especial. Rio de
Janeiro: WVA.
CARVALHO, Rosita Edler. Escola Inclusiva, a reorganização do trabalho
pedagógico. Porto Alegre: Editora Mediação, 2010.
32

CHIMENTÃO, Lilian Kemmer. O significado da formação continuada docente.


Universidade de Londrina, 2009. Disponível em:
<http://www.uel.br/eventos/conpef/conpef4/trabalhos/comunicacaooralartigo/artigo
comoral2.pdf>. Acesso em: 10 set. 2023.
CIDADE, R. E. A.; FREITAS, P. S. Introdução à educação física e ao desporto
para pessoas portadoras de deficiência. Curitiba: UFPR, 2002.
CLAUDIO, J. P.; NETA. C. N. X. O mundo surdo infantil. Porto Alegre: FADERS,
2009.
CORREIA, L. de M. Alunos com necessidades educativas especiais nas classes
regulares. Porto, Portugal: Porto, 1999.
COSTA, Vanderlei Balbino da. Inclusão escolar na educação física: reflexões
acerca da formação docente. Motriz: ver. Educ. fis. Vol.16, n.4, pp889-899,2010.
DA COSTA, A. M; SOUSA, S. B. Educação física e esporte adaptado: história,
avanços e retrocessos em relação aos princípios da integração/inclusão e
perspectivas para o século XXI. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 25, n.
3, 2004.
DAOLIO, J. Educação física e o conceito de cultura. Campinas, SP: Autores
Associados, 2004.
DARIDO, S. C; SOUZA JUNIOR, O, M. Para ensinar educação física:
possibilidades de intervenção na escola. Campinas: Papirus, 2007.
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área
das Necessidades Educativas Especiais, 1994, Salamanca-Espanha.
DUARTE, E.; WERNER, T. Conhecendo um pouco mais sobre as deficiências.
In: DUARTE, E.; WERNER, T. Curso de atividade física e desportiva para pessoas
portadoras de deficiências: educação a distância. Rio de Janeiro: ABTa, 1995. v. 3.
FACÍON, J. R. Inclusão Escolar e Suas Implicações. Curitiba: Ibpex, 2005.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: o dicionário
da língua portuguesa. 3 Curitiba: Editora Positivo, 2004, 2120 p.
FERREIRA, Júlio Romero. A exclusão da diferença: a educação do portador de
deficiência. 2. ed. Piracicaba: Editora da UNIMEP, 1994
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários a prática
educativa. São Paulo: Paze terra.1996.
33

GALVÃO FILHO, T. A. A Tecnologia Assistiva: de que se trata? In: MACHADO, G.


J. C.; SOBRAL, M. N. (Orgs.). Conexões: educação, comunicação, inclusão e
interculturalidade. 1 ed. Porto Alegre: Redes Editora, p. 207-235, 2009a.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. Edição. São
Paulo: Atlas, 1999.
IACONO, J. P. “Reflexões sobre a política de formação de professore para a
educação especial / educação inclusiva, In UNIOESTE, Pessoa com Deficiência
na Sociedade Contemporânea: Problematizando o Debate Org. Programa
Institucional de Ações Relativas às Pessoas com Necessidades Especiais.
PEE. Cascavel: Edunioeste, 2006.
JANNUZZI, Gilberta. A educação do deficiente no Brasil. Campinas: Autores
Associados, 2004
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. A Integração de pessoas com deficiência:
contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon, 1997.
______. Deficiência Mental. In: MANTOAN, M. T. E. (Org.) O Desafio das
Diferenças nas Escolas. Petrópolis: Vozes, 2008.
MAZZOTTA, Marcos José Silveira. Educação Especial no Brasil: Histórias e
políticas públicas. SP, Ed. Cortez, 1996.
MENDES, Eniceia Gonçalves. ALMEIDA, Maria Amélia. TOYODA, Cristina Yoshie.
Inclusão escolar pela via da colaboração entre a educação especial e
educação regular. Educar em Revista, (41), 80-93.2011
MINAYO, M. C. S. Ciência, técnica e arte: o desafio da pesquisa social. In: .
(Org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 18. ed. Petrópolis: Vozes,
1994. p. 9-29.
MINETTO, Maria de Fátima Joaquim ET ALL. /Diversidade na aprendizagem de
pessoas portadoras de necessidades especiais. / Maria de Fátima Joaquim
Minetto ET ALL – Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2010.
MIRANDA, Theresinha Guimarães; FILHO, Teófilo Alves Galvão (Org). O professor
e a Educação Inclusiva: formação, práticas e lugares. Salvador: EDUFBA, 2012.
MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: Contextos sociais. Porto Alegre: Artmed,
2003.
NOGUEIRA, Mário Lúcio de Lima; Oliveira, Eloiza da Silva Gomes de; SÁ, Márcia
Souto Maior Mourão. /Legislações e Políticas Públicas em educação Inclusiva.
2ª Ed. – Curitiba: IESDE Brasil S.A., 2009 184 p.
34

PEDRINELLI, V. J.; VERENGUER, R. C. G. Educação Física Adaptada:


introdução ao universo das possibilidades. In: Greguol, M.; COSTA, R. F. (Orgs.)
Atividade Física Adaptada. 4.ed. São Paulo: Manole, 2019.
RODRIGUES, D. A Educação física perante a educação inclusiva: reflexões
conceptuais e metodológicas. Revista da Educação Física da UEM, Maringá, v.
14, n. 1, p. 67-73, 2003.
RODRIGUES, David. A Educação Física perante a educação inclusiva:
Reflexões e conceptuais e metodológicas. Revista de Educação Física /UEM.
Maringá, v.14, n.1, p.67-73, 1.sem 2003.
SANT’ANA, Isabela Mendes. Revista Psicologia em estudo, Maringá, v.10, n.2, p.
227-234, mai/ago. 2005.
SANTOS, Elias Souza dos. DÍAZ, Felix. BORDAS, Miguel. GALVÃO. Nelma.
MIRANDA, Theresinha. Educação Inclusiva, deficiência e contexto social:
questões contemporâneas. Editora da Universidade Federal da Bahia.EDUFBA.
P.297. Salvador.2009.
SANTOS, Lilian Cristina dos. A inclusão da pessoa cega em cursos a distância,
mediada por recursos de Tecnologia Assistiva: uma proposta de design
instrucional. Dissertação de Mestrado - Programa de Pós-graduação Interdisciplinar
em Educação, Linguagem e Tecnologias (PPGIELT). Anápolis: Universidade
Estadual de Goiás (UEG), 2019.
SASSAKI, Romeu Kazumi. Como chamar as pessoas que têm deficiência?”. In:
Vida Independente: história, movimento, liderança, conceito, filosofia e fundamentos.
São Paulo: RNR, 2003. P. 12-16.
SILVA, Aline Maira da. Educação Especial e Inclusão Escolar: história e
fundamentos. Curitiba: Ibpex, 2012.
SOUZA, G. K. P; BOATO, E. M. Inclusão de alunos com necessidades
educacionais especiais nas aulas de educação física do ensino regular:
concepções, atitudes e capacitação dos professores. Educação Física em
Revista, v. 3, n. 2, p. 1-15, 2010.
STOBÄUS, C.D.; MOSQUEIRA, J. J. M. (Orgs). Educação Especial: em direção à
Educação Inclusiva. 2. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004.
TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a
pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.
35

WERNECK, Cláudia. Ninguém Mais Vai Ser Bonzinho na Sociedade Inclusiva.


Rio de Janeiro: WVA, 1997.
WINNICK, J. P. Educação Física e Esporte adaptado. São Paulo: Manole, 2004.
ZOBOLI, F.; BARRETO, S. J. A Corporeidade como fator de inclusão de alunos
com necessidades especiais nas aulas de Educação física. In: RODRIGUES, D.
Atividade motora adaptada: a alegria do corpo. São Paulo: Artes Médicas, 2006.
36

ANEXOS
37

APÊNDICE A- QUESTIONÁRIO PARA OS PROFESSORES

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE BACABEIRA

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE BACABEIRA


Discente: Samara Silva
Orientadora: William Leitão Vilhena
Polo: Viana -MA

Prezado(a),
Sou aluna do curso de educação física Licenciatura do Centro de ensino Superior de
Bacabeira (CESBA) e estou desenvolvendo o meu trabalho de conclusão de curso
(TCC) com assunto: A inclusão de alunos com deficiência nas aulas de educação
física no município de Viana (MA). Solicito por gentileza, que responda o
questionário, que visa fornecer informações para as analises. Por essa razão, não
há necessidade de colocar seu nome, garantindo assim, liberdade em responder o
questionário. Para responder esse questionário, responda apenas as respostas que
você acha adequado e que expressa sua opinião. Agradeço sua atenção e coloco-
me à disposição para qualquer tipo de dúvidas.
Atenciosamente, Samara Silva
QUESTIONÁRIO
1-Na sua opinião, o que é inclusão para você?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
2-Você acha que em sua inclusão há inclusão?
___________________________________________________________________
38

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
3-Você tem alunos público alvo da educação especial. Entende-se como público
alvo da educação especial os alunos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades e superdotação?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
4-Você acha que em sua escola há uma infraestrutura apropriada para a prática de
uma educação inclusiva?
_______________________________________________________________
5-Você se sente preparada para atuar com esses alunos?
_______________________________________________________________
6-Em sua formação, você viu algum assunto sobre a educação inclusiva?
_______________________________________________________________
7-Você considera sua prática pedagógica compatível com a educação inclusiva?
Por que?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
8-Se existe, quais as principais dificuldades que você acha para a prática da
educação inclusiva nas aulas de educação física?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________

Você também pode gostar