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Curso de Gestão da TI

Modelagem de Processos

Prof. Reginaldo Gotardo

12/08/2009
1
Módulo 4.1

Aula 2

2
Programação da disciplina

• Aula 1 - Visão geral sobre processos

• Aula 2 - Gestão por processos

• Aula 3 - Mapeamento e modelagem


de processos (1)

• Aula 4 - Mapeamento e modelagem


de processos (2)

3
Programação da disciplina

• Aula 5 - Ferramentas e técnicas para


avaliação e melhoria
• Aula 6 - Melhoria da qualidade – Estrela
Decisória
• Aula 7 - (Re)estruturação e
(re)engenharia de processos
• Aula 8 - TI e Processos de negócios
• Aula 9 - Business Process Management

4
Aula 2 – Gestão por
Processos
5
Objetivos desta Aula
• Ao final desta aula você aprenderá:
– Apresentar as origens dos processos de negócio;
– Entender processos de negócio e como são compostos;
– Apresentar o conceito de Gestão por Processos.
– Analisar a importância da Gestão por Processos nas
empresas;
– Elencar diversas características relacionadas à gestão
e processos.

6
"Um bom chefe faz com
que homens comuns façam
coisas incomuns."
Peter Drucker

7
“O consumidor é o elo mais fraco da
economia.
E nenhuma corrente pode ser mais
forte do que o seu elo mais fraco.”
Henry Ford

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Objetivos desta Aula
• Modelagem de Processos:
– função empresarial
– processos de negócios

• Temas importantes e debatidos por


pesquisadores.

• Cultura predominante de função


empresarial, ou seja, a empresa é orientada
a áreas funcionais. (SORDI, 2005)

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Programação da Aula 2

Conceitos de Processos de Negócio

Elementos dos Processos de Negócio

Gestão por Processos de Negócio

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Programação da Aula 2

Conceitos de Processos de Negócio

Elementos dos Processos de Negócio

Gestão por Processos de Negócio

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Origem dos Processos de Negócio
• Formas iniciais de agrupamentos empresariais:
– Repetição do funcionamento natural da sociedade
– Modelo de hierarquias
– Estruturas representadas por organogramas

• Organogramas X Personogramas
– Nos quais as funções das caixas são substituídas por
nomes de pessoas. (MARANHÃO e MACIEIRA, 2004)

• As ações em administrações hierárquicas são


verticais:
– Relativas a departamentos e não a objetivos bem
definidos
– Modelo funcionou bem e funciona bem em muitos
casos
• Aumento da complexidade da cadeia produtiva:
– Novas formas de gestão e organização
Conceitos de Processos de Negócio 12
Origem dos Processos de Negócio
• Áreas funcionais ou função empresarial:
– Origem na década de 1920
– Frederick Taylor estudou a complexidade dos processos,
analisando a sistemática das atividades de trabalho
• introduziu novos conceitos como eficiência,
especialização e medição de processos
• especialização de atividades profissionais
• definição de perfis de acordo com habilidades
necessárias na execução de algumas tarefas
• concentrou o domínio técnico de alguns profissionais
em áreas e daí vieram os departamentos
• Os departamentos ou áreas são a representação de
“silos funcionais” ou agrupamento de funções e este
modelo de organização ainda é predominante.
(SORDI, 2005)
Conceitos de Processos de Negócio 13
Origem dos Processos de Negócio

Conceitos de Processos de Negócio Fonte: Elaborado pelo Autor. 14


Origem dos Processos de Negócio
• Últimos quinze anos diversas técnicas e métodos,
além de novas teorias, foram incorporados ao
quesito gestão como resposta às mudanças nos
formatos de negócios impostos pela globalização e
pela grande competitividade.

• Um dos grandes conceitos advindos foi a gestão


por processos de negócio:
– fluxos de atividades, envolvendo diferentes áreas
funcionais, ou mesmo empresas diferentes, mas
tendo como resultado gerar valor para os clientes.

Conceitos de Processos de Negócio 15


Origem dos Processos de Negócio
• Estrutura vertical
– Distanciamento na comunicação entre os “silos
funcionais”
– Áreas que deveriam atuar em conjunto acabam por
distanciarem-se, prejudicando o desempenho da
empresa.
– Perda do “Foco”:
• Cliente
• Maximizar lucros
• Pessoas cuidam apenas do seu “posto”
– Ex.: Atendendo um pedido de um cliente

Conceitos de Processos de Negócio 16


Origem dos Processos de Negócio

Conceitos de Processos de Negócio Fonte: Elaborado pelo Autor. 17


Origem dos Processos de Negócio
• Você nunca trabalhou numa empresa onde
ao ocorrer um determinado evento foi preciso
ligar para alguém ou virar para o colega e
perguntar: “o que eu faço com isto”?

• Muitas vezes você tem um cargo, uma


função, mas nem sabe direito para que ele
serve dentro dos processos que deveria
executar!!!!

Conceitos de Processos de Negócio 18


Vídeo
• Vida de Inseto!

• Como a falta de conhecimento nos


processos de negócio pode atrapalhar!

Conceitos de Processos de Negócio 19


Processos de Negócio
• Combinam diversos trabalhos num único fluxo.
– Proporcionando uma visão de trabalho em
equipes ou gerenciamento de casos.

• Trabalhadores ganham mais poder de decisão.


– Empowerment

• As áreas e departamentos funcionais:


– substituídos por equipes de trabalho.
– empresa passa a operar de maneira horizontal.
– não mais vertical, como impõem a estrutura
funcional.

Conceitos de Processos de Negócio 20


Processos de Negócio
• Empresas orientadas a processos X Empresas
Baseadas em Funções.

• Companhias tradicionais orientadas a processos não


deixam de ter seus “silos”.
– a visão gerencial, a descrição de fluxos de
atividades, as métricas e demais aspectos do
negócio são descritos dentro da visão de
processos.

• A orientação a processos também é tida como uma


estrutura horizontal, cujo foco é o cliente e a
operação é sobre uma estrutura matricial.

Conceitos de Processos de Negócio 21


Processos de Negócio
• Gerentes do antigo modelo de hierarquias
são substituídos por “donos” de processos
que possuem responsabilidade e autonomia
sobre a toda a operação, não
necessariamente dependente da hierarquia
da empresa (vista pelo modelo funcional).

Conceitos de Processos de Negócio 22


Processos de Negócio

Conceitos de Processos de Negócio 23


Processos de Negócio

Conceitos de Processos de Negócio 24


Processos de Negócio

Conceitos de Processos de Negócio 25


Processos de Negócio
• Assim, o desenvolvimento de um produto, por exemplo,
exige esforços da área comercial que deverá estudar a
aceitação de mercado ou mesmo receber o pedido de um
cliente; da área industrial que realizará a efetiva produção
do bem e da área financeira que, por exemplo, fará a
compra dos materiais necessários, o registro da venda e
do pagamento realizado por isto.

Conceitos de Processos de Negócio Fonte: Elaborado pelo Autor. 26


Características de uma
Organização Funcional
• A informação entra e sai pelo topo dos silos (pelas chefias);
• Buracos negros absorvem algumas informações - simplesmente
desaparecem;
• Existência de “supernovas” (áreas de pressão muito grande e
conflitos);
• “Gargalos” de informação;
• Gestor serve para administrar silo e não para gerir relacionamentos,
interfaces;
• Não existem feedbacks e a comunicação é vertical;
• Interesses e motivações das pessoas são funcionais X interesses e
motivações dos clientes são transversais e não dependem da estrutura
da empresa. Resultado: clientes ficam em segundo plano;
• Por conta da limitação de autoridade há muito vaivém de informações
e isto se traduz em lentidão no tempo de ciclo dos processos;
• Funcionário exerce função e pensa em ganhar nova função, só isto.
Não entende sua importância nos processos da empresa;
• Processos inúteis sendo realizados sem que ninguém questione o
porquê.
(MARANHÃO e MACIEIRA, 2004):
Conceitos de Processos de Negócio 27
Paradoxo da Ortogonalidade
• Cruzamento em linha reta entre o interesse funcional (organização tradicional) e
o interesse do cliente (transversal à organização).

• Nas empresas há um “chefe” instituído com delegação de poderes.

• O funcionário prioriza o atendimento ao chefe e deixa o cliente como


secundário.

– Assim, talvez não consiga aquelas “promoções” tão esperadas ou nem


mesmo manter seu emprego e, portanto, deverá manter constante
relacionamento entre estas duas questões.

• Interesses podem ser diferentes entre o dono do processo e o chefe funcional.


– Surge uma nova forma de relacionamento: a negociação.

• Antes, apenas obedecer ordens hierárquicas era o suficiente e tudo funcionava.


Agora, devido ao paradoxo da ortogonalidade, o chefe precisa contribuir na
forma hierárquica (fluxo vertical) e o dono do processo precisa coordenar a
obtenção da satisfação do cliente, operando de maneira eficiente e eficaz o
processo (fluxo horizontal). (MARANHÃO e MACIEIRA, 2004)
Conceitos de Processos de Negócio 28
Atividade 1

Conceitos de Processos de Negócio 29


Atividade
• Discuta com sua turma um exemplo de
processo de negócio real na sua empresa.

• Apresente-o para todos nós em seguida!

5 a 10 minutos
Conceitos de Processos de Negócio 30
Programação da Aula 2

Conceitos de Processos de Negócio

Elementos dos Processos de Negócio

Gestão por Processos de Negócio

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Elementos de um Processo de
Negócio
• Para as pessoas que não têm muito contato com
processos, todo processo é complicado.
– Na prática não existem processo complicados.
– Dizer se um processo é simples ou complexo depende de
diversos fatores.
– O que comumente se faz é desdobrar processos mais
complexos (macroprocessos) em processos menores.
• Alguns autores classificam a complexidade de um
processo de acordo com o número de atividades que
o mesmo comporta.
• Mas, vamos analisar o processo de negócio do ponto
de vista de seus elementos constituintes.
(CRUZ, 2005).
Elementos dos Processos de Negócio 32
Clientes Externos

Elementos dos Processos de Negócio 33


Clientes Externos
• São a razão da existência das empresas e, no
nosso estudo, a razão da existência de
processos de negócio.
• Existem os clientes externos de processos
primários que são usuários dos serviços que a
empresa provê ou compradores dos bens que a
mesma produz.
• Também há os clientes externos de processos
secundários que, não necessariamente adquiriu
bens da empresa, mas precisa de algum
processo de suporte para alguma informação ou
atendimento.
Elementos dos Processos de Negócio 34
Ocorrências

Elementos dos Processos de Negócio 35


Ocorrências
• As ocorrências são os elementos, os pacotes, contendo
instruções, dados, informações e insumos, que dão “vida” aos
processos.
• A ocorrência não faz parte da atividade, mas a função das
atividades é processar ocorrências.
• As ocorrências são compostas de elementos que a
acompanham na entrada, processamento e saída da atividade.
• Os mais comuns são as mídias físicas, as mídias lógicas e os
insumos.
– Mídias físicas transportam dados e informações a respeito da ocorrência
por meio de representações físicas.
– Mídias lógicas transportam dados e informações por meio eletrônico,
como sistemas de informação, ERP, etc.
– Os insumos são os materiais que serão usados pela atividade para
realizar o processamento da ocorrência.
• podem ser diretos (usados na confecção do produto) ou indiretos (apóiam a
produção do produto).

Elementos dos Processos de Negócio 36


Atividades

Elementos dos Processos de Negócio 37


Atividades
• Elementos que realmente realizam o trabalho num
processo de negócio.
• Atividades Ativas
– Primárias: são aquelas ligadas diretamente nas
operações de produção de parte do produto referente ao
processo analisado.
– Secundárias: são aquelas que dão suporte às atividades
primárias e secundárias, realizando os serviços de apoio.
• Atividades Latentes
– Internas: são aquelas presentes em processos que não
ocorrem com frequência. Um exemplo é o recall das
montadoras de veículo, como citado no capítulo 1.
– Externas: são aquelas que podem participar de
processos primários, secundários e latentes, mas são
externas em relação a empresa.
Elementos dos Processos de Negócio 38
Atividades

Um conjunto de atividades coordenadas na


execução de um processo.
Elementos dos Processos de Negócio 39
Atividades
Exemplo
• “Um programador de produção, ao fazer o plano
de produção, descobre que determinado item está
com a quantidade em estoque perigosamente
baixa. Ele entra num processo de compra e
submete uma ocorrência de compra para o item.
Essa ocorrência é imediatamente passada ao
comprador responsável pelo grupo ao qual o item
pertence e dispara uma cotação de compras para
três ou quatro fornecedores já cadastrados. Os
fornecedores recebem a cotação e pela própria
ocorrência enviam os preços solicitados de volta
ao comprador.” (CRUZ, 2005)

Elementos dos Processos de Negócio 40


Através de uma ferramenta de Workflow o
programador usou Atividades
um formulário
eletrônico e inseriu o código do item com
problemas no estoque.
• “Um programador de produção, ao fazer o plano
de produção, descobre que determinado item está
com a quantidade em estoque perigosamente
baixa. Ele entra num processo de compra e
submete uma ocorrência de compra para o item.
Essa ocorrência é imediatamente passada ao
comprador responsável pelo grupo ao qual o item
pertence e dispara uma cotação de compras para
três ou quatro fornecedores já cadastrados. Os
fornecedores recebem a cotação e pela própria
ocorrência enviam os preços solicitados de volta
ao comprador.” (CRUZ, 2005)

Elementos dos Processos de Negócio 41


O comprador, ao receber tal ocorrência,
Atividades
escolheu quais fornecedores deveria
mandar essa cotação (às vezes, isto pode
ser automático).
• “Um programador de produção, ao fazer o plano
de produção, descobre que determinado item está
com a quantidade em estoque perigosamente
baixa. Ele entra num processo de compra e
submete uma ocorrência de compra para o item.
Essa ocorrência é imediatamente passada ao
comprador responsável pelo grupo ao qual o item
pertence e dispara uma cotação de compras para
três ou quatro fornecedores já cadastrados. Os
fornecedores recebem a cotação e pela própria
ocorrência enviam os preços solicitados de volta
ao comprador.” (CRUZ, 2005)

Elementos dos Processos de Negócio 42


Pela Internet ou por uma extranet, os fornecedores receberam a
Atividades
ocorrência e emitirão a resposta de acordo com as regras de negócio
estabelecidas com a empresa que a enviou. Caso infrinjam tais
regras (como por exemplo demorar e perder o prazo de resposta),
podem perder a chance de vender (e até perder o cliente!).
• “Um programador de produção, ao fazer o plano
de produção, descobre que determinado item está
com a quantidade em estoque perigosamente
baixa. Ele entra num processo de compra e
submete uma ocorrência de compra para o item.
Essa ocorrência é imediatamente passada ao
comprador responsável pelo grupo ao qual o item
pertence e dispara uma cotação de compras para
três ou quatro fornecedores já cadastrados. Os
fornecedores recebem a cotação e pela própria
ocorrência enviam os preços solicitados de volta
ao comprador.” (CRUZ, 2005)

Elementos dos Processos de Negócio 43


Atividades
• Todas as atividades participam de processos de
negócio.
• Podem participar de maneira direta ou indireta.
– Direta significa que a atividade (primária ou secundária)
sempre está inserida no processo.
– Indireta significa que a atividade participa de maneira
esporádica num processo, ou seja, é executada
eventualmente.

Elementos dos Processos de Negócio 44


Participação Indireta
• “Numa certa organização, a atividade de nome
Assistente de RH está diretamente ligada ao
processo de Seleção e Contratação de
Pessoal, sendo sempre executada para a
escolha do novo profissional. Entretanto, no
processo Avaliação Anual de Desempenho,
esta mesma atividade, além de ser indireta, só
será acionada se houver divergências quanto à
análise do resultado de cada profissional, caso
contrário ela ficará latente.”
(CRUZ, 2005)

Elementos dos Processos de Negócio 45


Confusão de Atividades!
• Todas as ações num processo são feitas
através de atividades:
– Ao analisar problemas num processo (dizer que
está demorando demais, por exemplo) é preciso
verificar as atividades envolvidas e seus tempos
de execução, encontrar o problema e corrigi-lo.
– Gerenciar custos, melhorar tempos, papéis
funcionais, plano de contingência, tudo isto está
relacionado às atividades.
– Os processos em si são abstratos e tornam-se
práticos por meio das atividades. (CRUZ, 2005)

Elementos dos Processos de Negócio 46


•CHAOS (CompreHensive Absense of Sinergy – Compreensiva ausência de
sinergia).
•Todo mundo faz de tudo. Toda vez que é necessária a execução de um
processo (pelo seu conjunto de atividades) é uma desorganização total.
•(CRUZ, 2005)
Elementos dos Processos de Negócio 47
Metas e Indicadores de Desempenho

Elementos dos Processos de Negócio 48


Metas e Indicadores de
Desempenho
• A meta é o resultado esperado.
– Quando se executam o conjunto de atividades supõe-
se que atingirá um fim, um resultado. A suposição é a
meta.
– Pode ser influenciada por agentes externos e internos.
– A influência externa é difícil de controlar, já que são
fatores que, normalmente, não pertencem à empresa.
• Os indicadores de desempenho, também
chamados de métricas, medem os parâmetros
quantitativos (numéricos) ou qualitativos
(descritivos) a respeito de uma meta.

Elementos dos Processos de Negócio 49


Metas e Indicadores de Desempenho

Elementos dos Processos de Negócio 50


Clientes Internos

Elementos dos Processos de Negócio 51


Clientes Internos
• São tão importantes quanto os clientes
externos, pois são a forma como os
externos obterão o produto ou serviço que
desejam.
• Os clientes internos são os próprios
funcionários vistos com um olhar diferente.
– São clientes de processos e atuam esperando
respostas e produtos.
– Claro que também são funcionários e terão
papéis funcionais.

Elementos dos Processos de Negócio 52


Papéis Funcionais

Elementos dos Processos de Negócio 53


Papéis Funcionais
• O funcionário ou o conjunto de funcionários que
executam alguma atividade possuem como atribuição
uma função.
– A função deles é executar uma atividade.
– A existência da função está atrelada à existência da
atividade.
• Antes cada empregado tinha um papel funcional que
era relacionado à própria função.
• Hoje os termos se confundem e incluem um outro:
cargo.
• Vamos separar os termos.
– Papel funcional é o que se espera da pessoa em relação à
atividade que deve executar num processo.
– Cargo está ligado às políticas de RH, planos de carreira e
estrutura hierárquica.

Elementos dos Processos de Negócio 54


Papéis Funcionais

• Atividade Contas a Receber


– Função da Atividade: cobrar os recebíveis da empresa
(títulos à vista, à prazo, cobrança bancária, etc).

– Papel funcional: responsável pelos recebíveis,


mantendo as metas estabelecidas pela gerência. O
número de 20 dias marcará o valor de medição para
medida de desempenho dessa atividade.

– Cargo: profissional formado em Ciências Contábeis,


com pós graduação em Recebíveis, experiência em
cobrança para empresas de grande porte, ter inglês
avançado e domínio de informática. Salário de
$5.000,00 cinco mil pratas por mês e participação nos
lucros da empresa.

Elementos dos Processos de Negócio 55


Procedimentos

Elementos dos Processos de Negócio 56


Procedimentos
• Os procedimentos servem para especificar o
que as atividades devem contemplar, quais
recursos usar, como fazer, etc.
• Segundo a norma ISO 8402, que define a
terminologia usada nas outras ISO, um
procedimento deve ser escrito e
documentado e definir o que deve ser feito,
por qual papel funcional, quais recursos
devem ser alocados e de que forma serão
usadas. Além disto, os documentos gerados
devem ser definidos.
Elementos dos Processos de Negócio 57
Procedimentos

Fonte: Elaborado pelo Autor.

• Atividade Contas a Receber


– Função da Atividade: cobrar os recebíveis da empresa (títulos à vista, à prazo,
cobrança bancária, etc).

– Papel funcional: responsável pelos recebíveis, mantendo as metas estabelecidas


pela gerência. O número de 20 dias marcará o valor de medição para medida de
desempenho dessa atividade.

– Cargo: profissional formado em Ciências Contábeis, com pós graduação em


Recebíveis, experiência em cobrança para empresas de grande porte, ter inglês
avançado e domínio de informática. Salário de $5.000,00 cinco mil pratas por mês e
participação nos lucros da empresa.

Elementos dos Processos de Negócio 58


Procedimentos
• Procedimento:
– De acordo com a norma ISO 8402 a atividade Contas a
Receber tem a função de criar, manter e operar as tarefas que
garantem o recebimento dos títulos devidos à empresa.
– O papel funcional Contas a Receber é o responsável por tal
atividade e esta lotado na área financeira.
– Terá seu desempenho avaliado pelo índice de dias recebíveis.

• Atividade Contas a Receber


– Função da Atividade: cobrar os recebíveis da empresa (títulos à vista, à prazo,
cobrança bancária, etc).

– Papel funcional: responsável pelos Recebíveis, mantendo as metas estabelecidas


pela gerência. O número de 20 dias marcará o valor de medição para medida de
desempenho dessa atividade.

– Cargo: profissional formado em Ciências Contábeis, com pós graduação em


recebíveis, experiência em cobrança para empresas de grande porte, ter inglês
avançado e domínio de informática. Salário de $5.000,00 cinco mil pratas por mês e
participação nos lucros da empresa.

Elementos dos Processos de Negócio 59


Tarefas

Elementos dos Processos de Negócio 60


Tarefas
• As tarefas são o detalhamento dos procedimentos.
• Ao executar uma atividade, o funcionário deverá saber
como começar, como se comportar em algumas
situações, etc.
• Além disto, é difícil dizer ao certo o que um papel
funcional deve fazer apenas olhando os
procedimentos.
• Atividade Contas a Receber
– Função da Atividade: cobrar os recebíveis da empresa (títulos à vista, à prazo,
cobrança bancária, etc).

– Papel funcional: responsável pelos recebíveis, mantendo as metas estabelecidas


pela gerência. O número de 20 dias marcará o valor de medição para medida de
desempenho dessa atividade.

– Cargo: profissional formado em Ciências Contábeis, com pós graduação em


Recebíveis, experiência em cobrança para empresas de grande porte, ter inglês
avançado e domínio de informática. Salário de $5.000,00 cinco mil pratas por mês e
participação nos lucros da empresa.

Elementos dos Processos de Negócio 61


Tarefas
• Procedimento:
– De acordo com a norma ISO 8402 a atividade Contas a
Receber tem a função de criar, manter e operar as tarefas que
garantem o recebimento dos títulos devidos à empresa.
– O papel funcional Contas a Receber é o responsável por tal
atividade e esta lotado na área financeira.
– Terá seu desempenho avaliado pelo índice de dias recebíveis.
• Atividade Contas a Receber
– Função da Atividade: cobrar os recebíveis da empresa (títulos à vista, à prazo,
cobrança bancária, etc).

– Papel funcional: responsável pelos recebíveis, mantendo as metas estabelecidas


pela gerência. O número de 20 dias marcará o valor de medição para medida de
desempenho dessa atividade.

– Cargo: profissional formado em Ciências Contábeis, com pós graduação em


Recebíveis, experiência em cobrança para empresas de grande porte, ter inglês
avançado e domínio de informática. Salário de $5.000,00 cinco mil pratas por mês e
participação nos lucros da empresa.

Elementos dos Processos de Negócio 62


Tarefas
• Tratam-se da menor parte de um processo de negócio e
detalham ao máximo uma atividade.

• Funcionário deve entrar pela manhã nos bancos onde a


empresa possui conta e checar:
– Títulos pagos até o dia anterior.
– Títulos vencidos
• Há mais de 7 dias
• Há mais de 30 dias
– Checar saldos das contas.
– Emitir carta de cobrança para os títulos vencidos há mais de 7
dias.
– Executar trâmites legais para títulos vencidos há mais de 30 dias.
– Gerar relatórios de entrada em caixa por cada banco e enviá-los
ao tesoureiro.

Elementos dos Processos de Negócio 63


Regras de Negócio

Elementos dos Processos de Negócio 64


Regras de Negócio
• Orientar a execução das tarefas, seguindo um
conjunto de normas definidas nos procedimentos.

• No exemplo anterior, para que o funcionário emita a


carta de cobrança aos títulos vencidos há mais de
sete dias ele deverá acrescer multa de 5% e juros
de mora de 10% ao mês.

• Estas regras costumam ser implementadas em


software ou mesmo já ficarem bem definidas nas
tarefas.

• Algumas vezes são especificadas separadamente.

Elementos dos Processos de Negócio 65


Exceções e Anomalias

Elementos dos Processos de Negócio 66


Exceções e Anomalias
• Acontecimentos não esperados.
– não necessariamente caracteriza erros.
– se os processos forem bem documentados e, realmente, o evento
não era esperado e nem foi previsto.
• Não existem regras bem definidas ou ordem de grandeza
para exceções.
– ao produzir papel, uma exceção que ocorra 1% das vezes numa
produção de 100 mil toneladas/mês ditará um desperdício de 1 mil
toneladas/mês
– este mesmo valor (1%) para a produção de aviões por ano,
considerando a saída de 100 aviões por ano, resultará em 1 avião
caindo por ano e matando (ou ferindo) 100 pessoas ou mais
– Qual prejuízo é maior?
• Anomalias
– Pode-se dizer que as exceções não devidamente tratadas geram as
anomalias.
– anomalia é um erro.
– neste caso, é muito importante ter um plano de contingência que
detalhe o que deve ser feito em caso de exceções e para que
exceções não virem anomalias.

Elementos dos Processos de Negócio 67


Tempos

Elementos dos Processos de Negócio 68


Tempos
• O tempo influencia em toda a execução do processo.
– Melhorias ou Falhas por influência do tempo.
• Tipos
– Tempo de ciclo: O tempo de ciclo é o tempo decorrido
entre cada execução de um processo e suas atividades.
É o somatório dos tempos de ciclo das atividades.

– Tempo de processamento: O tempo de processamento


é o tempo de trabalho efetivo na atividade.

– Tempo de atraso: O tempo de atraso é o vilão nos


processos. Pode ser algo identificado como ficar
esperando numa fila (tempo não produtivo) ou algum
fator inexplicável!

Elementos dos Processos de Negócio 69


Tempos

Elementos dos Processos de Negócio 70


Rotas

Elementos dos Processos de Negócio 71


Rotas
• As rotas são os caminhos pelos quais serão
transportadas as ocorrências (insumos,
dados, informações, etc).
– Podem ser lineares ou paralelas.
• Rotas lineares são simples e cada atividade,
geralmente, contém uma atividade anterior e
uma posterior
• Rotas paralelas: os processos podem
desdobrar-se em caminhos ou subprocessos

Elementos dos Processos de Negócio 72


Rota Linear

Elementos dos Processos de Negócio 73


Rota Paralela

Adaptado de CRUZ, 2005.


Elementos dos Processos de Negócio 74
Rota Condicional

Adaptado de CRUZ, 2005.


Elementos dos Processos de Negócio 75
Atividade 2

Elementos dos Processos de Negócio 76


Atividade
• Nós vimos a decomposição de Macrofluxos e a
decomposição dos processos de negócio

• Tenho duas questões para vocês pensarem:

– Qual a diferença entre eles?

– Até onde devemos nos preocupar com o


detalhamento de processos de negócio?
• Lembre-se que o processo divides-se em atividades,
procedimentos, tarefas ...

5 a 10 minutos
Elementos dos Processos de Negócio 77
Programação da Aula 2

Conceitos de Processos de Negócio

Elementos dos Processos de Negócio

Gestão por Processos de Negócio

78
Vídeo
• Como é a administração sem processos definidos?

• The EDS Airplane


– Desenvolvido por Fallon, Minneapolis
www.fallon.com
– Direção: John O’Hagan
– Produção: Bob Wendt
– Edição: Sight Effects.
– Originalmente desenvolvido para falar sobre produção de
software
• Fonte externa:
http://www.youtube.com/watch?v=_uUpgBY8TxU

Gestão por Processos de Negócio 79


Gestão

• Gerir e gerenciar são, por vezes, usados


como sinônimos. Você já deve ter
aprendido estes conceitos ao longo do
curso, certo? Mas, nunca é demais
fazermos uma pequena revisão.

Gestão por Processos de Negócio 80


Gestão
• “Gerenciar”
– Refere-se às funções de monitoramento e
controle de algum recurso.
• “Gerir”
– Planejar, projetar, construir, implementar,
utilizar, monitorar, identificar melhorias e fazer
ajustes.
– A Gestão de Recursos implica comprometer-
se com a evolução do mesmo que está sendo
gerido por meio de processos. (SORDI, 2005)

Gestão por Processos de Negócio 81


Gestão de Recursos

• Atividade com forte


vínculo no plano de
negócios.

• Afinal, são através


dos objetivos
principais e das
estratégias traçadas
que a empresa deve
começar a operar.

Gestão por Processos de Negócio 82


Gestão de Recursos

• Realiza-se a definição
das necessidades para
que a operação do
processo possa ocorrer.
• Devem ser
identificadas,
quantificadas e
qualificadas as
necessidades de
material, equipamento,
sistemas de informação
e pessoas.

Gestão por Processos de Negócio 83


Gestão de Recursos

• A fase de
construção envolve
uma série de outras
atividades que
visam colocar em
prática o
funcionamento da
empresa através da
montagem dos
recursos
necessários e
relatados no projeto.

Gestão por Processos de Negócio 84


Gestão de Recursos

• Instalar, testar e
verificar se as
funcionalidades
estão sendo
atingidas.

Gestão por Processos de Negócio 85


Gestão de Recursos

• Na utilização deve
ser assegurado que
tudo está
funcionando e sendo
usado da maneira
como foi projetado.
• Também aguardam-
se eventos que
devem ser tratados.

Gestão por Processos de Negócio 86


Gestão de Recursos

• O monitoramento
implica em ter
mecanismos que
informem aos
gestores dos
processos o quão
eficaz e eficiente tais
processos estão.

Gestão por Processos de Negócio 87


Gestão de Recursos

• Através de
informações sobre o
desempenho dos
recursos envolvidos
nos processos
podem ser
identificadas
melhorias ou ajustes
de acordo com as
necessidades
descobertas.

Gestão por Processos de Negócio 88


Gestão de Recursos

• Os ajustes tem a ver


com a melhoria do
processo para
adequação aos
objetivos previstos
na fase de
planejamento.

Gestão por Processos de Negócio 89


Gestão por Processos

Gestão por Processos de Negócio 90


Gestão por Processos

Gestão por Processos de Negócio 91


Gestão por Processos

Gestão por Processos de Negócio 92


Gestão por Processos
Estrutura Organizacional
• No exemplo anterior, da loja de roupas, os
funcionários devem ser contratados com base em
papéis e não em posições ocupadas.

• Numa gestão por processos, cada recurso


humano é uma nó de uma rede de trabalho e não
um recurso de uma única função no organograma
da empresa.

• As estruturas de operação passa a ser matricial e


multifuncional e não vertical como era
antigamente.
Gestão por Processos de Negócio 93
Gestão por Processos

Gestão por Processos de Negócio 94


Gestão por Processos
Recursos Humanos
• Diversas são as áreas e profissionais
especializados, colaborando na operação e no
apoio aos processos.
• Gestão por processos de negócios implica que
deve-se haver a conciliação dos interesses e da
interação e integração destes visando obter
melhores resultados.
• Alguns recursos ficam totalmente dedicados à
gestão por processos de negócio, por exemplo, o
recurso humano “vendedor” em relação ao
processo de negócios “Serviços a Clientes”.
Gestão por Processos de Negócio 95
Gestão por Processos

Gestão por Processos de Negócio 96


Gestão por Processos
Facilidades
• Neste item são incluídos recursos adicionais
que auxiliam na operação e gestão por
processos de negócios como salas de reunião,
máquinas, equipamentos, facilidades de
comunicação móvel, computadores e
impressoras com capacidade e desempenho
satisfatórios para o trabalho.

• Além disto, inclui outros itens como redes de


comunicação, dispositivos de armazenamento,
backups, etc.

Gestão por Processos de Negócio 97


Gestão por Processos

Gestão por Processos de Negócio 98


Gestão por Processos
Papéis e Responsabilidades
• Quando pensamos numa arquitetura de negócios orientada
a processos de negócios faz-se necessário o fortalecimento
da autonomia de ação e “reação” dos funcionários dentro do
contexto administrativo.

• Também chamado de empowerment, o treinamento de


funcionários para que possam desempenhar diversos
papéis e ter autonomia de decisão quando desempenharem
seus papéis.

• Um exemplo seria numa loja de roupas onde, num horário


de pico, uma funcionária administrativa poderia assumir o
papel de vendedora para que os clientes não esperem
demais e fiquem irritados. Perceba que colocamos o
atendimento ao cliente e tempo de espera como prioritários.
Gestão por Processos de Negócio 99
Gestão por Processos

Gestão por Processos de Negócio 100


Gestão por Processos
Tecnologias da Computação e Comunicação
• O papel das tecnologias é fundamental nos extensos e
complexos processos de negócios.

• A tecnologia da informação, por exemplo, é empregada


para automação de regras e atividades, para
monitoramento do desempenho e para formação de
ambientes colaborativos de trabalho.

• A comunicação entre as pessoas e integração dos


diferentes sistemas da empresa depende muito da
infraestrutura computacional envolvida nos processos.

Gestão por Processos de Negócio 101


Gestão por Processos

Gestão por Processos de Negócio 102


Gestão por Processos
Políticas e Regras
• Para direcionar o comportamento e desempenho dos
recursos humanos dentro da empresa e na interação
com os processos de negócios são definidas regras que
não podem ser passíveis de interpretação ou de decisão
de cada indivíduo.

• Regras como aspectos legais, financeiros ou


confidencialidade de informações são alguns exemplos
de requerimentos regulatórios a serem cumpridos nas
empresas.

• Em geral, estas regras são implementadas com o apoio


de recursos tecnológicos que facilitam o uso e servem
como meio de controle.
Gestão por Processos de Negócio 103
Gestão por Processos

Gestão por Processos de Negócio 104


Gestão por Processos
Conhecimento
• Área importante a ser ressaltada na gestão por
processos de negócio.

• Ao gerir de maneira eficiente o conhecimento relativo


aos recursos da organização e o envolvimento destes
nos processos de negócio, podemos aprimorar cada
vez mais os próprios processos de negócios.

• A operação diária dos demais recursos gera


conhecimento acumulado que pode ser reaproveitado
tanto para análise quanto para melhorias.

Gestão por Processos de Negócio 105


Atividade 3

Gestão por Processos de Negócio 106


Atividade
• Vamos definir as principais diferenças na
gestão por processos de negócio e na
gestão baseada em funções?

5 a 10 minutos
Gestão por Processos de Negócio 107
Dúvidas??

Conceitos de Processos de Negócio

Elementos dos Processos de Negócio

Gestão por Processos de Negócio

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Referências
• CRUZ, T. Sistemas, métodos & processos:
administrando organizações por meio de processos de
negócio. São Paulo - SP: Atlas. 2005.

• LAURINDO, F. J. B. e ROTONDARO, R. G. Gestão


Integrada de processos e da tecnologia da informação.
São Paulo - SP: Atlas. 2006.

• MARANHÃO, M. e MACIEIRA, M. E. B. O processo


nosso de cada dia: modelagem de processos de
trabalho. Rio de Janeiro - RJ: Qualitymark. 2004.

• OLIVEIRA, D. D. P. R. D. Administração de Processos:


conceitos, metodologia, práticas. São Paulo - SP: Atlas.
2007.
109
Sistemas Integrados de
Gestão Empresarial

FIM

Prof. Reginaldo Gotardo

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