Você está na página 1de 8

VAGABUNDO NA

ESPLANADA
Conto de Manuel da Fonseca

Trabalho Realizado por:


Ana
Jéssica
Telma
Valério

Personagens
 Vagabundo ( protagonista )
 Empregado ( personagem secundária )
 “Um rapaz aproximou-se. Casaco branco, bandeja sob o
braço, muito senhor do seu dever. Mas, ao reparar no
rosto do homem, tartamudeou:
 - Não pode...
 E calou-se. O homem olhava-o com atenta
benevolência.
 - Disse?
 - É reservado o direito de admissão – tornou o
rapaz hesitando.”

 Pessoas que se encontravam na esplanada e que


desprezam o vagabundo ( figurantes )
 “O facto, de si tão discreto, pareceu constituir a
máxima ofensa para os presentes... Nas caras,
descompostas pelo desorbitado melindre, havia o que
quer que fosse de recalcada, hedionda raiva contra o
homem mal vestido e tranquilo, que lia o jornal na
Evolução Psicológica do
Protagonista
 Ao longo do conto, o vagabundo é
desprezado e discriminado pelas
pessoas, mas perante isso ele não se
mostra intimidado.
Na parte final da história, quando o
empregado o manda embora, o
protagonista faz-se de desentendido,
ignorando-o até, de certa forma. Ele
não se interessa minimamente por
aquilo que os outros dizem e pensam
de si.

Espaço
 Físico - Cidade, esplanada.
 “Era assim, ao que se via, o
seu natural comportamento de
caminhar pela cidade.”
 “Sem dar por tal, o homem
seguia adiante. Junto dos
Restauradores, a esplanada
atraiu-lhe a atenção. “
 “A meio da esplanada havia
uma mesa livre. Com o à-vontade
de um frequentador habitual, o
homem sentou-se. “
Espaço
 Social / Cultural - O vagabundo pertencia à classe baixa.

 “Cerca de cinquenta anos, atarracado, magro, tudo nele era


limpo, mas velho e cheio de remendos. Sobre a esburacada
camisola interior, o casaco, puído nos cotovelos e demasiado
grande, caía-lhe dos ombros em largas pregas, que ondulavam
atrás das costas ao ritmo lento da passada. “

 O empregado e os figurantes pertencem à classe média-alta.


 Devido à sua diferença de classes, o vagabundo era
rebaixado e desprezado pelas outras pessoas da classe média.

 “Num instante, embora se desconhecessem, aliava-os a unânime


má vontade contra quem tão vincadamente os afrontava em plena
rua. Pronta, a vingança surgia. Falavam dos sapatos cambados, do
fato de remendos, do ridículo chapéu. “


Relação com a Realidade
do País
 No nosso país existem frequentes
discriminações deste género.
 As pessoas sentem-se incomodadas apenas
pelo aspecto considerando, alguém que
tenha uma maneira de estar/ vestir
diferente, um “coitadinho” ou uma pessoa
distinta das outras.
 Sentem-se incomodadas com a presença dessas
pessoas, chegando por vezes a tratá-las
mal e esquecendo-se de que um dia podem
vir a estar na mesma situação e que estas
pessoas têm sentimentos tal e qual como
qualquer outro ser vivo.
Recursos Estilísticos e
sua Intencionalidade
 Ironia : “E diga a gerência que os deixe ficar. Por
mim não me importo.”

 O vagabundo sabia que o empregado estava a falar


dele, mas fez-se desentendido como se se tratasse de
outra pessoa.

 Comparação : “Franzidos, empertigaram-se, circunvando
os olhos, como se gritassem: «Pois não há um
empregado que venha expulsar daqui este tipo!» ”

 O olhar das pessoas para o vagabundo transmitia um


clima de mau estar perante a sua presença na
esplanada.


AUTO-RETRATO

Uma das senhoras da esplanada…

Você também pode gostar