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Pericardite.

Série de 84 casos consecutivos

Marco Túlio Zanettini, joáo otavio Zanettini, Jacira


Pisani Zanettini Caxias do Sul, RS

Profª Anna Paula Faria


Andréia Carvalho
Introdução

• Pericardite aguda:
• Síndrome caracterizada por inflamação do pericárdio.

• Manifestação:
•  dor torácica
•  atrito pericárdico
•  alterações eletro e ecocardiográficas
• Principais causas:

• Infecções
• IAM
• IC
• Uremia
• Neoplasias
• Doenças sistêmicas e Metabólicas.
• A pericardite aguda idiopática pode evoluir para miocardite, derrame
pericárdico com tamponamento e pericardite constritiva tardia.
Metodologia

• Para o estudo foram utilizados:

• Idade sexo caracteristicas antropométricas

• Hábitos presão arterial casual causas potenciais

• Comorbidades sinais e sintomas medicação

• complicações

• Pacientes 84
• Diagnóstico: Pericardite

• Grupo A Grupo B
• 61 pacientes 23 pacientes
• Etiologia conhecida Etiologia incerta
• Análise estatística

• Idade
• Sexo
• Tabagismo
• Pressão arterial casual
• Mês do diagnóstico
• Sinais e sintomas
• Passado mórbido
• Medicação
• Aplicação prévia de vacinas
• Na PA casual foi levado em consideração.

• Massa corpórea  Normal


• Sobrepeso
• Obesidade  grau I; grau II; mórbida.

• Foi utilizado o teste Qui-quadrado para comparar os grupos.


Resultados

• Nos dois grupos os resultados foram semelhantes quanto à


• Idade  Sexo  Medidas antropométricas
• Hábitos  Medida de pressão arterial casual

• Grupo B  23(100%) casos foram diagnosticados entre os meses


de abril e agosto contra 24(39,4%) no mesmo período no grupo
A(p<0,01).
• Vinte e três (100%) dos pacientes do grupo B receberam vacina
antiinfluenza e no mesmo ano do diagnóstica da pericardite contra
nenhum no grupo A. Dispnéia (p=0,02) e edema (p=0,01) foram
mais frequentes no grupo A, enquanto fadiga foi mais presente no
grupo B (p=0,01). Para tratar, administrou-se antiinflamatórios não
esteróides (AINE) em 5(8,2%) pacientes do grupo A e em 19(82,6%)
do grupo B(p=0,01).
• Observou-se que 17(73,9%) pacientes do grupo B evoluíram sem
intercorrências; 3(13,0%), desenvolveram IC (p=0,05%) e 3(13,0%)
infecção respiratória. Já no grupo A, 31(50,8%) evoluíram sem
complicações e 20(32,8%) com IC. Dos 14(16,4%) restantes do
grupo A com complicações, 5(8,2%) precisaram fazer cirurgia
cardíaca.
Discussão

• Segundo alguns autores após administração da vacina contra


influenza surgiram casos de pericardite aguda.

• A infecção e o período de incubação da vacina depene:


• Da dose viral e estado imunológico do paciente.


• Contra-indicação da vacina antiinfluenza
• Alergia à proteína do ovo.

• Efeitos adversos:
• Dor  vermelhidão  enduração local  febrícula  mal estar 
• Mialgias  reações anafiláticas  hiperssenssibilidade 
angioedema  asma  síndrome de Guillian Barré
• Tratamento da pericardite idiopática:
• Dor  AINE

• Evolução para grandes efusões pericárdicas ou tamponamento:


• Está indicada a pericardiocentese associada ou não a
percardioscopia com biópsia pericárdica.
• Todos indivíduos do grupo B receberam a vacina antiinfluenza por
iniciativa própria ou indicação externa no mesmo ano e previamente
ao quadro de pericardite.

• Houve sazanalidade no diagnóstico de pericardite nos pacientes do


grupo B, coincidindo com a época das campanhas de vacinação
antinfluenza.
Conclusão

• Relação: causa-efeito  Pericardite


•  Vacina antiinfluenza
Referências

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