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Matriz Energética Brasileira

Nathália Duarte Braz Vieira

Novembro/2019
Aula 2: Planejamento e políticas energéticas, balanço
energético e prospecção da matriz energética (23/11)

1. Planejamento e políticas energéticas;

2. Matrizes energéticas consolidadas:

1. Matriz energética mundial;

2. Balanço Energético Nacional – BEN;

3. Prospecção futura da matriz energética:

1. Planos Decenais

2. Planos Nacionais de Energia


Planejamento e Política
Energética
PLANEJAMENTO X POLÍTICA ENERGÉTICA

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PLANEJAMENTO ENERGÉTICO

• O que queremos?
• Garantir o atendimento da demanda energética
• Viabilizar oferta de energia necessária

• De que forma?
• Econômica – modicidade tarifária
• Segura – confiabilidade
• Sustentável

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PLANEJAMENTO: DEFINIÇÃO

• Planejamento: processo de estabelecer estratégias adequadas para atingir determinados objetivos,


levando em consideração as diversas alternativas possíveis para as variáveis que possam afetar as
condições nas quais as decisões são baseadas, para um período de tempo;

• O planejamento energético pode ser indicativo, determinativo, ou misto

• Define metas de desenvolvimento para o setor, alinhadas com as políticas energéticas, que
devem ser flexíveis, reavaliadas periodicamente e discutidas com a sociedade

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FINALIDADES DO PLANEJAMENTO ENERGÉTICO

Pelo lado da Pelo lado da


oferta demanda

Promoção do
Resolução de
desenvolvimento
conflitos
sustentável

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PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NO BRASIL: BREVE HISTÓRICO
• Década de 90: atividades do setor energético eram vistos como monopólios naturais. Ex: setor elétrico

Geração Distribuição

Grupo Coordenador de Grupo Coordenador de


Planejamento dos Sistemas Operação Integrada
Elétricos (GCPS) (GCOI)
Transmissão

• Década de 2000:
• Abertura do setor: entendeu-se que era necessário a busca por competição, especialmente na geração.
• Questões ambientais: o planejamento energético e o ambiental passam a ser alinhados

• Racionamento em 2001: necessidade de criação de órgãos específicos para o planejamento e monitoramento do


setor energético. 8
O ambiente institucional do setor energético
O ambiente institucional do setor elétrico
Articulação entre os agentes
EPE/MME: Planejamento

Visão estratégica Planejamento


Plano Nacional de Energia
Estudos de longo prazo (até 30 indicativo
anos)

Plano Decenal de Expansão da Planejamento


Visão de programação Energia misto
Estudos de curto e médio
prazo (até 10 anos)

Leilões
Petróleo e gás
Monitoramento Energia
(visão de 1 a 3 anos) elétrica
Transmissão
Biodiesel
Planejamento elaborado pela EPE/MME – curto prazo
Complexidade do planejamento no curto/médio prazo - preços

Sistemas térmicos Sistemas Hidrelétricos


• Desacoplado no tempo: uma decisão • Otimização: minimização do custo esperado da
operativa tomada hoje não interfere no custo operação
dos próximos estágios (semanas ou meses)
• Grande porte: bacias hidrográficas com muitos
• Desacoplado no espaço: o custo de uma reservatórios (219 UHEs) (REE)
unidade depende apenas do seu nível de • Dinâmico: decisões no presente afetam o futuro
geração, e não da produção de outras usinas
• Incertezas: vazões afluentes, mercado de energia,
• Cujo risco de racionamento não depende da fontes intermitentes
“política de operação”, mas apenas da
capacidade total das termelétricas disponíveis • Acoplado: decisões de uma usina interferem nas
demais
• Não linear: funções de produção das UHEs e de custo
de produção do sistema
Planejamento elaborado pela EPE/MME – médio/longo prazo
Contexto atual do planejamento energético: drivers e desafios

Uso intensivo de
recursos
ambientais e
discussões globais

Crescimento da
demanda e
necessidade de
expansão da oferta
Contexto atual do planejamento energético: drivers e desafios

• PNEf – Redução
Novo enfoque de 10% até
2030
INDC COP 21 -
43,0% (2005) até • Bioenergia
2030 sustentável -
18% até 2030

• Participação
estimada de
45% de
energias
renováveis

Participação dos setores nas emissões


globais. Emissões de CO2 brasileiras de 1990 a 2014.
Fonte: IPCC (2014) Fonte: SEEG (2016)
Contexto atual do planejamento energético: drivers e desafios

Medidas mitigatórias necessárias para limitar a concentração de CO2 para diferentes cenários em 2060. Fonte: IEA
(2017)
Contexto atual do planejamento energético: drivers e desafios

Forte inserção de renováveis. Qual o problema?

Crescimento da capacidade instalada de geração eólica mundial. Fonte: International Renewable Energy Agency -
IRENA. Wind Power: Technology brief (2016)
Contexto atual do planejamento energético: drivers e desafios

Forte inserção de renováveis. Qual o problema?

“The Duck Curve” - Curva de geração de sistemas fotovoltaicos na Califórnia.


Fonte: http://instituteforenergyresearch.org/solar-energys-duck-curve/#_edn1
Contexto atual do planejamento energético: drivers e desafios

Além disso...

Perda de energia Características das novas


armazenada usinas e acoplamento

Pontos críticos

Custo Futuro da Água e


deslocamento de térmicas Política de preços
para base
Contexto atual do planejamento energético: drivers e desafios
Matrizes Energéticas
Consolidadas
Matriz Energética Mundial
Balanço Energético Nacional
MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL

Fontes de dados:
MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL
Consumo mundial de energia – BP Statistical Review of World Energy 2019
MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL
Consumo mundial de energia – Global Statistical Yearbook - Enerdata
MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL
Produção mundial de energia – Global Statistical Yearbook - Enerdata
MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL
Consumo mundial de energia – BP Statistical Review of World Energy 2019
MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL
Consumo mundial de energia – BP Statistical Review of World Energy 2019
MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL
Consumo mundial de energia – BP Statistical Review of World Energy 2019
MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL
Consumo mundial de energia – BP Statistical Review of World Energy 2019
MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL
MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL
Participação de renováveis na matriz elétrica – Global Statistical Yearbook - Enerdata
MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL
Emissões de CO2 da matriz energética – Global Statistical Yearbook - Enerdata
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019

"O mundo precisa urgentemente de um foco semelhante ao laser na redução das


emissões globais. Isso exige uma grande coalizão que inclua governos, investidores,
empresas e todos os demais comprometidos em combater as mudanças climáticas”
Faith Birol, diretor da Agência Internacional de Energia.

• As disparidades profundas definem o mundo energético atual:


• Mercados de petróleo e tensões geopolíticas;
• Emissões de carbono e metas climáticas;
• A promessa de energia para todos e a falta de acesso à eletricidade para 850 milhões de
pessoas em todo o mundo.
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019

• Sustainable Development: mudanças rápidas e generalizadas no setor energético; cumprimento das metas do Acordo de
Paris e limite de aquecimento de 1,5°C
• Stated Policies: incorpora as metas e intenções atuais, com crescimento da demanda em 1% a.a., sendo supridas em sua
metade por solar PV e um terço por gás natural; a demanda por carvão e petróleo diminui em 2030.
• Current Policies: atual caminho, sem mudança na política energética, com crescimento da demanda em 1,3% a.a. até
2040.
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019
A segurança energética continua um paradigma e o óleo se mantem nos holofotes...

• Importância de uma abordagem ampla e dinâmica à segurança energética:


• Ataques à Arábia Saudita em setembro/2019 – instabilidade suprimento;
• Novos riscos como segurança cibernética e eventos climáticos extremos;

• A produção de xisto dos Estados Unidos permanece mais alta por mais tempo, remodelando os
mercados globais, os fluxos comerciais e a segurança
• Estados Unidos representam 85% do aumento da produção global de petróleo até 2030 no cenário
de políticas declaradas e 30% do aumento de gás;
• A maior produção dos EUA diminui a participação dos países da OPEP e da Rússia na produção total
de petróleo.

• Qualquer que seja o caminho que o sistema de energia siga, o mundo ainda depende muito do
suprimento de petróleo do Oriente Médio
• No cenário de políticas declaradas, 80% do comércio internacional de petróleo termina na Ásia em
2040
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019
A segurança energética continua um paradigma e o óleo se mantem nos holofotes...
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019
A eletricidade se move para o coração da segurança energética moderna...

• Reduções de custos em energias renováveis e avanços nas tecnologias digitais estão abrindo enormes
oportunidades para transições de energia, ao mesmo tempo em que criam novos dilemas de
segurança energética:
• A energia solar e eólica corresponderam ao suprimento de mais da metade da geração elétrica
adicional em 2040 em um cenário de desenvolvimento sustentável;
• Maior necessidade de operação flexível dos sistemas de energia;
• Design de novos mercados de armazenamento;
• Interface entre veículos elétricos e a rede;
• Privacidade dos dados – exposição de consumidores a novos riscos.
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019
A eletricidade se move para o coração da segurança energética moderna...
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019
A ascensão do consumidor africano de energia...

• A África é cada vez mais influente nas tendências globais de energia:


• O aumento do consumo de petróleo da África para 2040 é maior que o da China, enquanto o
continente também vê uma grande expansão no uso de gás natural;
• A expansão da energia solar no continente é uma questão em aberto – até agora, a capacidade
instalada é de 5 GW, menos de 1% da participação mundial, sendo o continente um dos maiores
potenciais.
• Mais de meio bilhão de pessoas são adicionadas à população urbana da África até 2040 -
implicações energéticas das tendências da urbanização africana ainda são profundas – aumento na
demanda por refrigeração? Opções de transporte disponíveis?
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019
A ascensão do consumidor africano de energia...
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019
Por mais rápido que a demanda energética geral cresça, a eletricidade cresce mais rapidamente...

• O uso da eletricidade cresce mais que o dobro do ritmo da demanda geral de energia:
• O crescimento do uso de eletricidade no cenário de políticas declaradas é liderado por motores
industriais (principalmente na China), seguidos por eletrodomésticos, refrigeração e veículos
elétricos;
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019
• A energia solar fotovoltaica se torna o principal componente da capacidade instalada mundial:
• A expansão da geração de energia eólica e energia solar fotovoltaica ajuda as energias renováveis a
ultrapassar o carvão no mix de geração de energia em meados da década de 2020.
• Até 2040, as fontes de baixo carbono fornecem mais da metade da geração total de eletricidade;
• A velocidade com que os custos da bateria diminuem é uma variável crítica para os mercados de
energia e para os carros elétricos.
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019
A energia eólica offshore está ganhando velocidade...

• As reduções de custo e a experiência adquirida no Mar do Norte da Europa estão abrindo um enorme
recurso renovável.
• O vento offshore tem o potencial técnico para atender à demanda de eletricidade atual muitas vezes.
• É uma fonte variável de geração, mas a energia eólica offshore oferece fatores de capacidade
consideravelmente mais altos do que a energia solar fotovoltaica e a energia terrestre, graças às
turbinas cada vez maiores que utilizam velocidades de vento mais altas e confiáveis, distantes da costa.
• Existem outras inovações no horizonte, incluindo turbinas flutuantes que podem abrir novos recursos e
mercados.
• Projetos eólicos offshore cada vez mais competitivos estão em andamento para atrair um trilhão de
dólares em investimentos para 2040.
• Uma implantação ainda maior é possível se a energia eólica offshore se tornar a base para a produção
de hidrogênio de baixo carbono.
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019
A energia eólica offshore está ganhando velocidade...
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019
Lidando com os problemas herdados de frente...

• Se o mundo quiser mudar a tendência das emissões de hoje, precisará se concentrar não apenas na nova
infraestrutura, mas também nas emissões "bloqueadas" nos sistemas existentes:
• Existem emissões de usinas, fábricas, navios de carga e outras infraestruturas de capital intensivo já em
uso.

• A longevidade do estoque existente de usinas a carvão hoje representam 30% de todas as emissões
relacionadas à energia – dificultando as reduções nas emissões de CO2
• Nos últimos 20 anos, a Ásia foi responsável por 90% da capacidade instalada das usinas de carvão
construídas no mundo – longa vida útil operacional pela frente.

• Opções para reduzir as emissões do estoque existente de usinas:


• Adaptá-las com equipamentos de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) ou co-
queima de biomassa;
• Redirecioná-los para que se concentrem no fornecimento de adequação e flexibilidade do sistema,
reduzindo as operações;
• Aposentá-las cedo.
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019
Lidando com os problemas herdados de frente...
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019
O gás de xisto e a energia solar fotovoltaica mostram que é possível uma mudança rápida, mas a
direção e a velocidade são definidas pelos governos...

• Há dez anos, a ideia de que os Estados Unidos pudessem se tornar um exportador líquido de petróleo e gás era
quase impensável:
• O esforço público de pesquisa e desenvolvimento iniciado nos anos 1970, créditos tributários, reformas de
mercado e parcerias forneceram uma plataforma para iniciativa privada, inovação, investimento e rápidas
reduções de custo.

• A energia solar fotovoltaica e algumas outras tecnologias renováveis ​estão transformando políticas de incentivo
e apoio financeiro em desenvolvimento em larga escala

• A transformação de todo o sistema energético exigirá progresso em uma gama muito maior de tecnologias
energéticas, incluindo eficiência, CCUS, hidrogênio, energia nuclear e outras

• Os governos devem assumir a liderança:


• Iniciativas de indivíduos, sociedade civil, empresas e investidores podem fazer uma grande diferença, mas a
maior capacidade de moldar nosso destino energético está nos governos.
• Estes estabelecem as condições que determinam a inovação e o investimento em energia.
WORLD ENERGY OUTLOOK 2019
MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

Fontes de dados:
MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA

Fontes de dados:
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018

Oferta: 288,4 Mtep (-1,7% em relação a 2017)

• Incremento das fontes hídrica e eólica na geração de energia elétrica associado ao recuo do
consumo de energia nos setores de alimentos e bebidas (- 17,4%), não ferrosos e outros da
metalurgia (-20,2) e rodoviário (-1,2%) puxaram para baixo as ofertas internas de gás natural (-
5,4% ) e de petróleo e derivados no período (-6,5%) .

• Energia elétrica: aumento de 10,7 TWh (+ 1,7% em relação a 2017) - condições hidrológicas
favoráveis (+4,1% energia hidráulica); expansão eólicas (48,5 TWh energia – +14,4%; 14.390
MW potência - +17,2%)
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018

Consumo: Recuo de 1,0%

• Eletricidade: crescimento de 1,4% - expansão do consumo nos setores Residencial (+1,3%),


Energético (+5,4%), Industrial (+0,6%) e o Agropecuário (+3,9%)

• Indústria: - 4,12 Mtep - queda de -23,1% na produção de açúcar, impactando o consumo


energético de bagaço de cana em -23,4%; queda acentuada nas produções de alumínio (-
17,8%) e alumina (-25,0%), com redução da demanda energética deste segmento em -20,2%.

• Transporte: - 0,69 Mtep


• Gasolina A: -13,1% (-3,3 Mtep) – Anidro: -15,4% (- 1,0 Mtep)
• Álcool hidratado: + 38,6% (2,9 Mtep)
• Biodiesel: +25,7% (0,7 Mtep) - Diesel : -1,4% ( -0,5 Mtep).
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL - 2018
Prospecção da Matriz Energética

Planos Decenais e Nacionais de Energia


Modelos para elaboração e prospecção da matriz energética
• Softwares: simulações de oferta e consumo de energia, considerando:
• Características específicas de cada tipo energético: rendimento, perdas no transporte, perdas
comerciais, etc.
• Características específicas de cada setor de consumo: residencial, comercial, industrial, rural,
público, transportes;
• Avaliação dos impactos ambientais
• Importações e exportações

• Análise de consumo: baseadas no estabelecimento de relações (modelos) que permitem associar o


consumo energético de diferentes setores e subsetores da economia às variáveis e índices
globais/regionais/locais (PIB, evolução dos preços dos energéticos, políticas de uso eficiente, estratégias
energéticas, restrições ambientais, políticas de universalização do atendimento energético).

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Índices e indicadores representativos da evolução energética
• Permitem a avaliação/simulação, de forma quantitativa, dos resultados de estratégias e políticas
voltadas à área energética para o caso em questão. Exemplos:
• Intensidade energética (PIB/energia) – associadas a políticas de eficiência energética
• Índice equivalente setorial (Energia/Unidade de produção de um setor)
• Comércio Exterior (Energia/Unidade de exportação; Energia/Unidade de Importação) – associados a
políticas comerciais.

• Permitem a avaliação dos aspectos sociais, ambientais, econômicos, tecnológicos, índices de


universalização, energia disponibilizada per capita, intensidade energética, utilização de recursos
renováveis, qualidade ambiental da produção e uso de energia.

• Regionalização dos índices: permite avaliações das disparidades regionais e estabelecimento de


políticas distributivas;

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Prospecção da matriz e aperfeiçoamento ao longo do tempo

• Pilares de sustentação da prospecção: relacionados ao cenário energético atual e à necessidade de


uma visão integrada, consistente e transparente

Integração da visão de planejamento e do


acompanhamento tecnológico de fomento

Estabelecimento de procedimentos de
montagem de sistema integrado, transparente
e consistente em informações, dados e
modelos de simulação e análise
Avaliação dinâmica e periódica do
planejamento e monitoramento contínuo do
cenário energético

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Planejamento elaborado pela EPE/MME – médio/longo prazo
Planos Decenais de Energia – PDE 2029

Objetivo: indicar, sob a ótica do Governo, a expansão do setor de


energia no horizonte de dez anos, dentro de uma visão integrada
para os diversos energéticos, visando o aumento de confiabilidade,
redução de custos de produção e redução de impactos ambientais.

Dimensões associadas ao planejamento energético:


• Econômica: permitir o desenvolvimento da economia nacional e,
por conseguinte, a competitividade do País
• Estratégica: melhor aproveitamento dos recursos energéticos
nacionais, dentro de uma visão de médio e longo prazo e
encorajando a integração regional.
• Social: expansão da oferta de energia deve ser feita com acesso a
toda população brasileira, e considerando seriamente os aspectos
socioambientais.
Planos Decenais de Energia – Premissas

Premissas Sociodemográficas:
• Crescimento populacional: 0,6% a.a.
• Crescimento do número de domicílios: 13 milhões (2018) – 3,1 p/ 2,7 hab./domicílio em 2029
Planos Decenais de Energia – Premissas

Premissas Macroeconômicas:
• Crescimento econômico mundial: méd. 3,3% a.a. - projeções de PIB e comércio mundial do Fundo
Monetário Internacional;
• Economia Brasileira: o PIB médio de 2,9% a.a; PIB per capita: 2,2% a.a
Planos Decenais de Energia – Premissas

Premissas Macroeconômicas:
• Perspectivas Econômicas Setoriais
Planos Decenais de Energia – Premissas

Demanda de Energia:
• Consumo de energia: crescimento à taxa média de 2,5% - elasticidade-renda de 0,85.
Planos Decenais de Energia – Premissas

Demanda de Energia:
Planos Decenais de Energia – Resultados Consolidados
Planos Decenais de Energia – Resultados Consolidados
Planos Decenais de Energia – Resultados Consolidados
Plano Nacional de Energia – PNE 2050

Aspectos que influenciam no estudo:


• Recentes mudanças nos ambientes energéticos nacional e mundial - necessidade de se reavaliar a evolução
do setor energético nacional brasileiro em uma perspectiva de longo prazo, bem como a estratégia para a
expansão da oferta interna de energia.
• As discussões e a influência do tema “mudanças climáticas” têm justificado pesquisas e investigações em
diversas áreas - perspectiva de introdução do carro híbrido ou do veículo elétrico nos transportes; captura e
armazenamento do carbono no setor de carvão; advento de novos materiais e novas tecnologias, como a
difusão do uso de LED na iluminação.
• A expansão do gerenciamento da demanda pelo consumidor e o incremento da geração distribuída poderão
ser facilitados com a introdução de smart grids, com grande potencial modificador das redes elétricas
• Avanço tecnológico no uso de outras fontes renováveis, como a energia eólica e a solar, tem permitido a
redução continuada dos custos de produção, ampliando a perspectiva do uso mais intenso dessas fontes.
• Na área de combustíveis fósseis, os avanços na exploração e produção do shale gas nos Estados Unidos têm
potencial para alterar significativamente o quadro geopolítico mundial da energia.
• No Brasil, a confirmação das reservas de petróleo e gás do pré-sal alteram consideravelmente a posição e o
papel do País no cenário mundial da energia.
Plano Nacional de Energia – PNE 2050
Plano Nacional de Energia – PNE 2050

Invariantes e Incertezas Críticas:


• Aplicação da técnica de cenários: permitir a extrapolação criativa para proporcionar a reflexão diante de
uma ampla gama de políticas e consequências futuras, de modo a tornar possível vislumbrar no futuro os
impactos das políticas e ações formuladas
Plano Nacional de Energia – PNE 2050

Fatores invariantes:

• Estados Unidos e China permanecem como polo • Pressões ambientais crescentes na produção e no
dinâmico da economia mundial. uso da energia;
• Países/regiões com abundância em recursos• Crescente uso de energia;
naturais e necessidade de expansão em• Mudança do padrão da competitividade – novo
infraestrutura concorrem com Brasil na atração paradigma industrial-tecnológico;
de investimentos.
• Premissas macroeconômicas e demográficas
brasileiras;
• Papel do Estado Brasileiro;
Plano Nacional de Energia – PNE 2050

Incertezas Críticas:
• Padrão de consumo de energia nas edificações. • Preços internacionais do petróleo, gás natural e
• Matriz de transportes: participação dos diferentes commodities agrícolas.
modais. • Volume da produção nacional de petróleo e gás
• Evolução do transporte urbano de massa natural.
(mobilidade urbana) e do transporte • Penetração do gás não convencional e do biogás.
• aéreo. • Mudanças climáticas e tecnologias associadas.
• Inserção de tecnologias de baixo carbono. • Atendimento da demanda por bens e serviços do
• Penetração dos veículos híbridos e elétricos. setor de petróleo e gás natural pela indústria
nacional (Política de Conteúdo Local).
• Armazenamento da energia.
• Futuro das políticas globais para biocombustíveis.
• Geração distribuída de eletricidade (redes
inteligentes). • Diminuição da desigualdade econômica e ampliação
da base de consumo a nível mundial e nacional.
• Exploração do potencial hidrelétrico da Amazônia.
• Evolução das energias renováveis.
• Usinas para atendimento à base da demanda por
energia elétrica.

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