CONCEITO E

CATEGORIA DE
CIDADE
MAX WEBER
 CONCEITO E CATEGORIA DE CIDADE

• A condição humana e as cidades

• Distinção humana: consciência da morte
• Linguagem complexa
• Trabalho

• As cidades como produto do trabalho humano

• Desafio à finitude: os diferentes estratos do tempo na cidade
• Particularidades das cidades: grupos, classes e fauna específicas
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• Se estudamos o fenômeno urbano,

como podemos defini-lo?

• O que caracteriza um lugar ser

qualificado como cidade?
 CONCEITO E CATEGORIA DE CIDADE

• O autor que trabalharemos neste texto é considerado um dos

fundadores da Sociologia
• As obras do autor tem a característica de tratar de uma vasta gama de
temas e abordagens bem como apresentar uma forma densa do ponto
de vista teórico e conceitual
• O texto em questão é intitulado Conceito e Categorias de Cidade, no
qual o fenômeno urbano será analisado à luz da sociologia weberiana e
suas formas de conceber as relações sociais
 CONCEITO E CATEGORIA DE CIDADE
• Quem é Max Weber (1864 – 1920)?
• Nasce na cidade de Erfurt, na atual Alemanha, no ano de 1864
• Filho de pais protestantes, o que influenciará toda sua obra
• Sua obra mais conhecida, A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, discute
como o protestantismo tem, em sua ética, uma adequação maior ao capitalismo do
que a ética da religião católica.
• Em poucas palavras, a ideia fundamental é que os protestantes se dispõem a trabalhar
mais e acumular, enquanto os católicos trabalhariam por obrigação
• Calvinismo: Trabalho e a prosperidade gerada por ele aproxima a humanidade
de Deus
• Catolicismo: Trabalho se relaciona com punição e expulsão primordial do paraíso
(Adão e Eva) e a acumulação é barreira para a entrada no céu (é mais fácil um
camelo passar pelo fundo de uma agulha que um rico entrar no reino do céu)
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• Quem é Max Weber? (1864 – 1920)

• Divergência de Marx e Engels: opõe à visão marxista de que a

economia está na base de toda a explicação da vida social. Como
o autor pretendeu demonstrar com seu livro, existem muitos
outros elementos que compõem uma explicação sociológica da
realidade social, por exemplo, a religião.
• Pluralismo de aspectos da realidade social: Direito, Política,
Economia, Música, Religião, Costumes, etc.
• Separação entre política e ciência: neutralidade na ciência?
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• Os tipos ideais de Weber
• Um conceito ideal é normalmente uma simplificação e
generalização da realidade. Partindo desse modelo, é possível
analisar diversos fatos reais como desvios do ideal: Tais
construções (…) permitem-nos ver se, em traços particulares
ou em seu caráter total, os fenômenos se aproximam de uma
de nossas construções, determinar o grau de aproximação do
fenômeno histórico e o tipo construído teoricamente. Sob esse
aspecto, a construção é simplesmente um recurso técnico que
facilita uma disposição e terminologia mais lúcidas.
(WEBER, M. Ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1979).
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• Considerações iniciais:
• Cidade x Campo: diferentes representações entre o progresso e o atraso
• Definição do perfil conceitual de cidade e suas variações
• A importância do aspecto físico para a determinação da cidade
• Variabilidade do conceito de cidade: historicidade e localização geográfica

• Tipologia das cidades:

• Cidade principesca (administrativa)
• Cidade de consumidores (sem base produtiva)
• Cidade de produtores (industriais)
• Cidade mercantil
• Cidade universitária
• Cidade turística
• Cidade dormitório
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• O aspecto jurídico da definição das cidades:
• Os assentamentos espontâneos
• Cidades a partir da autorização do governante: o caso do Brasil Colonial

•A cidade definida em seu sentido econômico

• Falaremos de “cidade” no sentido econômico quando a população local satisfaz uma parte
economicamente essencial de sua demanda diária no mercado local e, outra parte essencial
também, mediante produtos que os habitantes da localidade e a povoação dos arredores produzem
ou adquirem para colocá-los no mercado. Toda cidade no sentido que aqui damos a essa palavra é
um “local de mercado”, quer dizer, conta como centro econômico do estabelecimento com um
mercado local e no qual em virtude de uma especialização permanente da produção econômica,
também a população não-urbana se abastece de produtos industriais ou de artigos de comércio ou
de ambos e, como é natural, os habitantes da cidade trocam os produtos especiais de suas
economias respectivas e satisfazem desse modo suas necessidades. [...] a cidade – no sentido que
usamos o vocábulo aqui – é um estabelecimento de mercado (WEBER, 1973, p. 69-70).
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• A cidade definida em seu sentido econômico
• Economicamente, é cidade no caso em que a localidade está em simbiose com seus
arredores criando um Mercado para a satisfação das necessidades e demandas de seus
habitantes
• Mercado: No sentido aqui empregado não é apenas um lugar físico. Mercado é o ambiente
social (ou mesmo virtual, nos dias atuais) propício às condições para a troca de bens e
serviços
• Portanto, pelo viés econômico, cidade é um local de mercado, um centro de dinâmica
econômico, que pela especialização do trabalho, abastece a população urbana e não
urbana
• Para chamarmos, portanto, um aglomerado de casas em um local densamente povoado de
cidade é imprescindível que esse espaço tenha atingido tal grau de desenvolvimento no qual
os indivíduos são incapazes de produzir tudo aquilo de que necessitam para sobreviver,
desde alimentos até ferramentas
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• A economia urbana:
• Define-se por Economia Urbana o padrão de trocas entre cidade e campo
• Ex.: Campo: Alimentos e Matérias-Primas/Cidade: Serviços e Bens Industriais

• A condição política das cidades

• Regulação das práticas econômicas
• Leis e governança das relações sociais
• Corpo jurídico e conflitos internos
• Aldeias: gestão pelo costume

• As cidades e a Defesa/Segurança
• A insegurança do urbano: Migrações Germânicas, Reduções Indígenas, Megalópoles Contemporâneas e
as Epidemias
• Segurança Coletiva: Burgos, Portos e Fortalezas
• Garantia da ordem