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Diagrama de cores CIE 1931

Paulo Sérgio Soares Guimarães


maio 2012
Motivação:

Karolline S. Araújo et al., submetido para publicação

a, b, …., g: luz emitida sob diferentes potências do laser de excitação


CIE: Comission Internationale de l’Ecleraige
baseada em Viena, Austria, é a autoridade internacional
em luz, iluminação, cor (e assemelhados)

Diagrama de cor CIE 1931: criado em 1931 para padronizar


as referências a cores

Objetivo deste seminário: uma explicação simples do que é


e como calcular o diagrama CIE 1931 para uma determinada
fonte de luz
Olho humano: extremamente complicado
Células fotoreceptoras:
• cones – sensíveis a luz
de “alta” intensidade
(~ 7 x 106)
• bastonetes – sensíveis
a luz de “baixa”
intensidade (~108)
Cones concentrados na fóvea, bastonetes ao redor da fóvea
Três tipos diferentes de cones: L, M, S
• pássaros, alguns peixes e
outros animais (?) tem 4 tipos de
cones, um cone adicional no
ultravioleta

• uma determinada fonte de luz


vai excitar todos os 3 tipos de
cones, em geral

Bastonetes: só um tipo, com uma curva de resposta


centrada em 490 – 495 nm
Cor: como o cérebro interpreta os sinais dos cones (e
bastonetes!)

A cor “vista” pode ser descrita por 3 números: IS, IM, IS

Note que duas fontes de


luz com espectros
diferentes podem
aparentar a mesma cor!
Metamerismo

Luz 2
Luz 1
Os três números usados para representar a sensação de cor
não precisam ser necessáriamente as intensidades
registradas pelos 3 cones

No esquema CIE 1931 os três números usados são X, Y e Z

X ~ mistura da intensidade dos cones vermelho (L) e azul (S)


Y ~ brilho (luminância) da fonte
Z ~ intensidade do cone azul (S)

Definições: X   I    x    d
0

Y   I    y    d onde I é a distribuição
0
espectral de potência

Z   I    z    d
0

X   I    x    d
0

Y   I    y    d
0

Z   I    z    d
0

As funções x , y , z são as chamadas “funções de casamento de


cor” (color matching functions) e representam uma descrição
colorimétrica de um observador padrão, ou seja, representam a
resposta cromática de um olho humano médio, para visão em 2o.
Observador padrão CIE 1931 2o
O diagrama de cromaticidade CIE 1931

Não utiliza X, Y e Z, mas sim x, y e z definidos por:


X
x
XYZ
Y
y
XYZ
Z
z  1 x  y
XYZ

Lembrando que: X   I    x    d
0

Y   I    y    d
0

Z   I    z    d
0
O diagrama de cromaticidade CIE 1931
• basta fornecer x e y, pois
z=1-x-y.
(para obter X, Y e Z,
necessita-se, por exemplo,
x, y e Y)

• curva externa: locus


espectral
(fontes monocromáticas)

• linha reta inferior: linha


do púrpura, não
corresponde a fontes
monocromáticas.
O diagrama de cromaticidade CIE 1931
• ferramenta para especificar como olho
humano “vê” a cor de determinada fonte de luz

• não especifica a cor do objeto, esta


depende da fonte usada para iluminação!

• representa todas as cromaticidades vistas


pelo olho humano “padrão”, o gamut humano.

• todas as cromaticidades correspondem a valores positivos de x, y


e z (e também de X, Y e Z).
• dados dois pontos no diagrama, todas as cromaticidades na linha
reta entre esses dois pontos podem ser representadas por uma
mistura das duas fontes representadas pelos 2 pontos.
• dados três pontos, todas as cromaticidades dentro do triângulo
definido pelos 3 pontos podem ser representadas por uma mistura
das 3 fontes correspondentes aos pontos.
Como calcular onde está a sua fonte no diagrama?

1. Determinar I() da fonte (ou seja, fazer uma medida);


2. Determinar X   I    x    d
 0

Y   I    y    d
0

Z   I    z    d
0

3. Determinar X
x
XYZ
Y
y
XYZ

4. Marque o seu ponto no diagrama!


Karolline S. Araújo et al., submetido para publicação


X   I    x    d
X
x
0

Y   I    y    d XYZ
0
Y

Z   I    z    d
y
0
XYZ
FIM!

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